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Unidade 1: Questões urbanas na sociedade moderna brasileira.

Definição dos espaços de


moradia, produção, circulação de pessoas e de bens materiais e simbólicos.

Espaço como referência: habitar o espaço

Em seu livro "Ser e tempo", Martin Heidegger (2011) propunha a vinculação ontológica do espaço
com o lugar. Apesar de Heidegger não se interessar pelo estudo do espaço absoluto de Newton,
ele colocou o espaço como um elemento fundamental para a vida psíquica do indivíduo.
Em seu pensamento, Heidegger (2011) entende que Dasein (o ser-aí ou o ser-no-mundo) jamais
se encontra dentro ou fora de algum lugar, mas ele mesmo cria um espaço em torno de si, e essa
criação de pertencimento é um dos aspectos básicos da autocompreensão da existência.
O espaço da ação do ser-no-mundo, para Heidegger (2011), não é homogêneo e está intimamente
ligado ao tempo, organizando-se com base nas coisas, acontecimentos e objetos. Isso acontece
porque o Daseincompreende o espaço simultaneamente à compreensão de seu próprio ser. Assim,
a existência do ser só ocorre a partir de um lugar determinante. Cabe ao Dasein, em sua unidade
com o mundo, "libertar os espaços", dar espaços ou "espaciar" (Eiräumen), o que aponta para um
arranjo de conceber espaços para o alojamento, para a permanência em seu lugar. É importante
que nesse processo o Dasein traga para dentro de si o espaço, determinando e conservando o seu
próprio lugar.
(In: FRANCO, Renato Ferreira; VAN STRALEN, Cornelis Johannes. O espaço de habitação e sua importância para a produção de
subjetividade. Psicol. rev. (Belo Horizonte), Belo Horizonte , v. 18, n. 3, p. 402-419, dez. 2012 . Disponível em
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-11682012000300005&lng=pt&nrm=iso>. acessos
em 30 ago. 2018. http://dx.doi.org/DOI-10.5752/P.1678-9563.2012v18n3p402.)

Consórcio Novo Recife apresenta redesenho do projeto no Cais José Estelita

O Consórcio Novo Recife, formado pelas empresas Ara Empreendimentos, GL


Empreendimentos, Moura Dubeux Engenharia e Queiroz Galvão, apresentou na manhã desta
quinta-feira o redesenho do projeto imobiliário e urbanístico para ser implementado no terreno de
101,7 mil m² no Cais José Estelita, no bairro de São José. A entrevista coletiva aconteceu no
Beach Class Transamérica Internacional, sala Boa Viagem II.
De acordo com o grupo de empresas, foram cumpridos os parâmetros elencados pelo poder
público, junto às expectativas sociais, para construção na área, seguindo as novas diretrizes
urbanísticas elaboradas pela Prefeitura do Recife para a região.
(Disponível em: http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/vida-urbana/2014/11/06/interna_vidaurbana,541153/consorcio-
novo-recife-apresenta-redesenho-do-projeto-no-cais-jose-estelita.shtml).

1) Quais são as partes interessadas que a intervenção apresenta? Quais conflitos e


embasamentos os distintos grupos adotam?
2) Apresente uma evolução histórica do planejamento urbano que explicite a
estruturação da produção do espaço em questão de forma genérica e aplicável a
outras capitais.
3) Qual a concepção de espaço de moradia dos agentes do conflito? Justifique.
4) Quais são os bens materiais e simbólicos em questão? Justifique.
5) Apresente de forma fundamentada a visão urbanística da produção do espaço
urbano.

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