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AGENTES ANTIMICROBIANOS

E ANTIBIOGRAMA
(Mecanismos de aquisição de
resistência bacteriana à antimicrobianos)

Profª. Ms. Zilka Nanes Lima


Microbiologia Básica / Farmácia
Universidade Estadual da Paraíba
zilkananeslima@gmail.com
RESISTÊNCIA / SENSIBILIDADE

1. Como definir bactéria sensível ou resistente?

2. Para que drogas ? A quantas drogas ?

3. Como as bactérias adquirem resistência ?


Estrutura bacteriana
Estrutura bacteriana
Principais Mecanismos de
ação dos antibióticos:
PRINCIPAIS MECANISMOS DE AÇÃO DOS
ANTIMICROBIANOS

• Efeitos sobre a síntese da parede celular: Beta-


lactâmicos, carbapenêmicos e glicopeptídeos.
• Inibição da síntese proteíca: macrolídeos,
aminoglicosídeos, lincosamidas, tetraciclinas,
estreptogramina
• Efeitos sobre a estrutura e função da membrana
celular: Polimixinas
• Interferência na síntese do ácido nucléico:
Quinolonas
• Atividade antimetabólica ou competitividade
antagônica: inibidores do ácido fólico
Como as bactérias adquirem
resistência ?
• Resistência intríseca
• Resistência adquirida
1. Mutação
2.Transferência de DNA
2.a) Conjugação
2.b) Transdução
2.c) Transformação
2.d) Transposição
Resistência bacteriana
(Pressão seletiva)
Resistência bacteriana
(Pressão seletiva)
Resistência intrínseca
• Característica natural de determinados
grupos de bactérias
• Pode muitas vezes ser utilizada para
confirmar a correta identificação de uma
bactéria
• Staphylococcus spp. (ácido nalidíxico, ácido pipemídico)
• Staphylococcus saprophyticus (novobiocina, fosfomicina)
• Proteus mirabilis (colistina, nitrofurantoína, tetraciclina)
• Serratia marcescens (ampicilina, amoxicilina, amoxicilina+ ácido
clavulânico, cefuroxima, colistina, cefoxitina)
Resistência adquirida
(1. Mutação)
• Cromossômica
• Bactérias se replicam – ocorrem erros que
modificam a sequência da codificação do DNA
• Mutação específica – transmitida a novas
gerações
• As mutações são consideradas a forma menos
freqüente de resistência adquirida
Resistência adquirida
(2.Transferência de DNA)
• 2.a) Conjugação
Transferência dos genes de resistência através dos plasmídios,
havendo, necessariamente, contato entre as células bacterianas
Resistência adquirida
(2.Transferência de DNA)
• 2.b) Transdução
A transferência de dos genes de resistência é realizada por intermédio
de um vírus (bacteriofágo).
Resistência adquirida
(2.Transferência de DNA)
• 2.c) Transformação
Transferência de genes de resistência da célula doadora para a receptora sem
contato entre as células

Bactéria A - Sem cápsula / Não patogênico.


Bactéria B - Patogênica; com cápsula

01. Inocula bactéria A em rato = rato não morre;


02. Inocula bactéria B em rato = rato morre;
03. Inocula bactéria A morta em rato = rato não morre;
04. Inocula bactéria B morta em rato = rato não morre;
Resistência adquirida
(2.Transferência de DNA / 2.c) Transformação)

05. Em um meio de cultura inocula bactéria


A viva e B morta em rato = rato morre
Resistência adquirida
(2.Transferência de DNA)

• 2.d) Transposição

Genes determinantes de resistência


podem transferir-se de um plasmídio
a outro, para cromossomo ou para
um bacteriófago.
O elemento responsável pela
transferência é o transposon.
Foto copiadas do facebook do
jovem Staphylococcus aureus:
Principais Mecanismos de
Resistência das Bactérias
• 1. Inativação Enzimática (constitutivas e indutivas) – neutralizam a
droga ou seus efeitos antimicrobianos (Ex: produçao de
penicilinases, cefalosporinases, metilases)

• 2. Alteração da permeabilidade da membrana (canais de porinas


modificados, Ex; Imipenem em Pseudomonas aeruginosa)

• 3. Efluxo de antibióticos (Ex: tetraciclinas)

• 4. Alteração do sítio de ligação do antibiótico (alvo)


(Ex:Staphylococcus aureus resistente à meticilina)
Principais Mecanismos de
Resistência das Bactérias
Mecanismo de resistência
O Laboratório de Microbiologia na
Detecção de Resistências
• Antibiograma

• Teste de sensibilidade aos antimicrobianos


avalia o padrão de resposta da bactéria diante
de concentrações preestabelecidas de
antibióticos, correlacionadas com níveis séricos
atingidos após doses usuais em pacientes em
condições de normalidade.
• Reflete duas variáveis: a droga e a bactéria
Metodologias Utilizadas
(antibiograma)
Vários comitês internacionais de padronização
1) EUA: Clinical and Laboratory Standards Institute -
CLSI (antigo NCCLS / National Commitee for
Clinical Laboratory Standards)
2) França : Société Française de Microbiologie
Methodologie
3) Inglaterra: British Societty for Antimicrobial
Chemoterapy Methodology
4) Alemanha: Deutsches Institut fur Normung
Methodology
5) Brasil: Até o momento não possui normas
definidas. A maioria dos laboratórios utiliza as
normas do CLSI.
Metodologias utilizadas
(antibiograma)
• Teste de disco difusão (Kirby e Bauer)
• Qualitativo
Metodologias utilizadas
(antibiograma)
• MIC – Concentração Inibitória Mínima
• Quantitativa

Concentração Bactericida
Mínima
Metodologias utilizadas
(antibiograma)
• E-test : gradiente de difusão (fitas)
• Quantitativa
O Laboratório de Microbiologia na
Detecção de Resistências
• O conhecimento de taxas de resistência locais é
uma das etapas básicas para o estabelecimento
de estratégias particularizadas em relação ao
uso racional de antimicrobianos.
• O laboratório de microbiologia desempenha um
papel crítico no contexto de resistência, pois é
responsável pela identificação e realização dos
testes de sensibilidade, sendo a fonte para
estudos epidemiológicos, moleculares e
planejamento estratégico.
PRINCIPAIS AGENTES ETIOLÓGICOS DAS
INFECÇÕES HOSPITALARES

• Staphylococcus aureus
• SNC (Staphylococcus coagulase negativo)
• Enterococcus spp
• Streptococcus pneumoniae
• Pseudomonas aeruginosa
• Acinetobacter spp
• ESBL: Klebsiella pneumoniae,
Klebsiella oxytoca, Proteus mirabilis
Escherichia coli
• CESP: Citrobacter, Enterobacter,
Serratia e Providencia
Resistência em
Staphylococcus aureus
• Maioria resistente à penicilina – beta-lactamase
(plasmídios)
• Oxacilina (penicilina resistente a betalactamase)
• S. aureus resistente à oxacilina (ORSA) –
resistente a todos os beta-lactâmicos,
tratamento é com glicopeptídeos (vancomicina e
teicoplanina); linezolida, quinupristin-dalfopristin
• 1996 – cepa vancomicina resistente
(VISA/GISA) – Japão
• 2002 – cepa VRSA - EUA
Considerações finais
• Resistência bacteriana - um dos maiores
desafios ao Controle de Infecções em
Serviços de Saúde

• “...a emergência da resistência microbiana


é o sinal mais evidente que nós não temos
levado a sério a ameaça das doenças
infecciosas.” (OMS – relatório de 2000)
Usem o
antimicrobiano por
via oral,
intravenosa mas
nunca por via das
dúvidas!!!!
Futuro ????
Ser farmacêutico(a) é...

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