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e Ensino a Distância são marcas regist
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dução deste fascículo. Cópia
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culo
fascí

Matemática e suas
Tecnologias
r Targino
Carlos Davyson Xavie
Ma rtin(Max)
Francisco Antônio
Sílvio Mota

Linguagens, Códigos
e suas Tecnologias
Ana Barros Jucá
Cláudio Neves

Universidade Aberta do Nordeste | Colégio 7 de Setembro


161
ias
Matemáticas e suas Tecnolog

Competência de área V: Modelar e resolver problemas que envolvem variáveis socio-


econômicas ou técnico-científicas, usando representações algébricas.

D
esde que o homem começou a observar ver a evolução de um sistema no espaço e no tempo.
http://www.pedagobrasil.com.br/pedagogia/amatematica.htm.
os fenômenos naturais e verificar que Acesso em 07/06/2010 (Adaptado).
esses seguiam princípios constantes,
verificou que tais fenômenos podiam ser repre- des H-19
Desenvolvendo Habilida
sentados por meio de “fórmulas”. Este princípio
algébri-
levou-o à utilização da matemática como uma Identificar representações
o entre
ferramenta para auxiliá-lo nessas observações. cas que expressem a relaçã
Este é o princípio da matemática como um mo- grandezas.
delo, ou seja, modelar matematicamente o mun-
do em que vivemos e suas leis naturais. Texto de referência
A partir da Idade Média até o fim do século Tarifas da Cagece
passado, os grandes pensadores utilizaram a mate- O modelo tarifário da Cagece leva em conside-
mática como uma ferramenta para modelar os fe- ração o custo dos serviços e uma parcela destinada
nômenos da natureza (gravidade, luz, reflexo, velo- a investimentos. Este custo é representado pelas
cidade, tempo, etc...). Renné Descartes (matemático despesas de pessoal, energia elétrica, material de
e filósofo francês) foi um pesquisador das ciências, manutenção, produtos de tratamento, combustí-
filosofia, direito, entre outras, que procurou mode- veis, depreciação e uma parcela para fazer frente
lar situações do cotidiano e da natureza por meio aos juros e às amortizações de financiamentos re-
da geometria analítica. alizados para implantação de sistemas de água e
Descartes foi quem, em primeiro lugar, repre- esgoto. A estrutura tarifária da Cagece, após apro-
sentou funções por meio de representações gráfi- aprovação das Agências Reguladoras de Serviços
cas. Muitas das modelagens que Descartes fez com Públicos Delegados do Estado do Ceará (Arce) e
a geometria analítica são base, hoje, para situações de Fortaleza (Arfor).
da administração, economia, ciências contábeis, TABELA DE TARIFAS

informática, etc. Isaac Newton procurou modelar (válida a partir de 25/07/2009)

os fenômenos físicos por meio de modelos mate- Residencial Normal

máticos. Newton conseguiu demonstrar que todos Faixa de consumo(m3) Valor(R$/m3)


os fenômenos da natureza podem ser demonstra- 0 - 10 R$1,18
dos matematicamente. 11 - 15 R$2,00
Com o avanço das técnicas computacionais, 16 - 20 R$2,14
a modelagem matemática revelou uma riqueza 21 - 50 R$3,67
muito maior, capaz de descrever fenômenos bas- acima de 50 R$6,45
tante complexos, desde o crescimento de tumores à Para você entender o demonstrativo acima, uti-
propagação de epidemias. Modelar é, por meio da lizaremos como exemplo o cálculo do valor da
linguagem matemática, traduzir os aspectos funda- conta de água de uma residência cuja demanda
mentais de um fenômeno, através de leis. É descre- mensal é de 25m3.

Expediente
Presidente: Luciana Dummar Coordenação de Design Gráfico: Deglaucy Jorge Teixeira
Coordenação da Universidade Aberta do Nordeste: Sérgio Falcão Projeto Gráfico e Capas: Mikael Baima, Suzana Paz, Welton Travassos
Coordenação do Curso: Sílvio Mota Editoração Eletrônica: Mikael Baima, Welton Travassos
Coordenação Editorial: Eloísa Vidal, Ricardo Moura Ilustrações: Suzana Paz
Coordenação Acadêmico-Administrativa: Ana Paula Costa Salmin Revisão: Wilson Pereira da Silva
Os 25m3 são divididos por faixas de deman-
des H-20
da e calculados considerando os valores corres- Desenvolvendo Habilida
pondentes para cada faixa: o que re-
Interpretar gráfico cartesian
A. Os primeiros 10m3 são calculados conside- grand ezas.
presente relações entre
rando a primeira faixa de demanda no valor de
R$ 1,18. Portanto, por esses 10m3, serão pagos
10 x R$ 1,18 = R$ 11,80. Questão 2
O gráfico que modela corretamente o valor(P) da con-
B. Os 5m3(consumo de 10m3 até 15m3)
ta de água de uma residência, quando são consumi-
seguintes são calculados considerando a
dos “C” m3 de água, é:
segunda faixa de demanda no valor de R$ 2,00.
Por esses 5m3, serão pagos 5 x R$ 2,00 = R$
10,00.
C. Os próximos 5m3(consumo de 15m3 a
20m3) serão calculados considerando a terceira
a) b)
faixa de demanda no valor de R$ 2,14. O custo
desses 5m3 será 5 x R$ 2,14 = R$ 10,70.
D. Finalmente, os últimos 5m3(consumo de
20m3 a 25m3) serão calculados considerando a
quarta faixa de demanda no valor de R$ 3,67. O
valor para esses 5m3 será de 5 x R$ 3,67 = R$ c) d)
18,35.
A conta de água final dessa residência será o so-
matório dessas quatro faixas, portanto, um total
de (11,80 + 10,00 + 10,70 + 18,35) = R$ 50,85.
Disponível em: www.cagece.com.br/portal/seguro/agencia . Aces- e)
so:28/05/2010 (Adaptado). Solução comentada: Nesse caso, para a construção do
gráfico, é importante que escolhamos os pontos limí-
Questão 1 trofes, aqueles nos quais há alteração no valor do m3, e
Para uma casa cujo consumo(C) de água por mês é que calculemos o valor a ser pago para cada um deles.
sempre superior a 50m3, é possível estabelecer uma Vejamos:
correspondência entre este consumo(C) e o valor da Se C = 0m3, implica que P = R$0,00.
conta de água(P) dada por: Se C = 10m3, implica que P = 10x1,18.
a) P = 6,45.C. P = R$11,80.
b) P = 6,45.C – 322,50. Se C = 15m3, implica que
c) P = 6,45.C + 142,60. P = 10x1,18 + 5x2,00 e P = R$21,80.
d) P = 6,45.C – 179,90. Se C = 20m3, implica que
e) P = 6,45.C – 142,60. P = 10x1,18 + 5x2,00 + 5x2,14 e P = R$32,50.
Solução comentada: O raciocínio é idêntico ao do Se C = 50m3, implica que
exemplo dado, veja: P = 10x1,18 + 5x2,00 + 5x2,14 + 30x3,67 e
- Primeiros 10m3: 10xR$1,18 = R$11,80 P = R$142,60.
- 5m3(de 10m3 a 15m3): 5xR$2,00 = R$10,00 Finalmente, devemos escolher algum valor superior
- 5m3(de 15m3 a 20m3): 5xR$2,14 = R$10,70 a 50m3 para direcionar o segmento final do gráfico.
- 30m3(de 20m3 a 50m3): 30xR$3,67 = R$110,10 Escolhemos 60m3 .
Atenção, o consumo acima de 50m3 será:(C – 50)m3 e o Se C = 60m3, implica que
valor pago referente a esta parte será: P = 10x1,18+ 5x2,00+ 5x2,14+30x3,67+10x6,45
(C – 50) x 6,45 = 6,45.C – 322,50. P = R$207,10.
Portanto, o valor a ser cobrado por um consumo C >
Resposta: A
50m3 deverá ser:
P = 11,80+10,00+10,70+110,10+6,45C –322,50
P = 6,45.C – 179,90.
Resposta: D

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ton e a hora em que ocorreu pela primeira vez após a
des H-21
Desenvolvendo Habilida utilização da fórmula é:
a) 0,1m, aproximadamente 6 horas da manhã de
a cuja
Resolver situação-problem 11/02/1990.
cimentos
modelagem envolva conhe b) 1,5m, aproximadamente 6 horas da tarde de
algébricos. 11/02/1990.
c) 2,9m, aproximadamente meio-dia de 11/02/1990.
Texto de referência d) 1,5m, aproximadamente meio-dia de 12/02/1990.
As marés e a trigonometria e) 2,9m, aproximadamente meia-noite de 11/02/1990.
Os movimentos periódicos de elevação e abai- Solução comentada: Nesse item, é exigido o conhe-
cimento básico sobre o comportamento das funções
xamento da superfície dos oceanos, mares e lagos
trigonométricas.
são provocados pela força gravitacional da Lua e
do Sol sobre a Terra. As marés ocorrem a interva-
los regulares de 6 horas e 12 minutos. Portanto,
O primeiro deles é reconhecer que o valor máximo
a cada 24 horas e 50 minutos, o mar sobe e des-
do cosseno de qualquer ângulo é 1, este conhecimen-
ce duas vezes, constituindo o fluxo e refluxo das to ajuda na solução, pois o valor máximo de será 1 e,
águas. À medida que a Terra gira, outras regiões como consequência,veremos que o valor máximo de
passam a sofrer elevações, como se a subida de
nível se deslocasse, seguindo a Lua. H = 1,5 + 1,4. será:
No lado oposto da Terra, dá-se o mesmo: as
águas também se erguem, de forma que uma H = 1,5 + 1,4 x 1, portanto, Hmáx. = 2,9m.
elevação compensa a outra. Assim, nas regiões
da costa, essas elevações das águas correspon-
dem às marés altas. Enquanto o nível das águas Para que a altura seja máxima, já vimos que é necessá-
sobe em dois lados opostos na Terra, em outras rio que, e nesse momento, nosso problema passa a ser
duas regiões do globo (também diametralmente descobrir para quais ângulos seu cosseno é 1.Observe-
opostas), ele desce: é a maré baixa. mos o ciclo trigonométrico e vejamos que os ângulos
Embora muito maior que a Lua, o Sol tem cujos cossenos iguais a 1 são 0º, 360º, 720º, ou seja,
todo ângulo da forma 2.k..
menor efeito sobre as marés, porque sua dis-
tância da Terra é muito grande. A elevação das
águas, contudo, é bem mais acentuada quando
os três corpos estão alinhados, o que é verificado
duas vezes por mês, na Lua cheia e na Lua nova;
são as chamadas marés grandes. Quando o Sol,
a Lua e a Terra estão dispostos em ângulo reto
(sendo a Terra o vértice) , a variação das marés é
menor; são as marés mortas.
Disponível em: http://calculu.sites.uol.com.br/Textos/martrigonome-
tria .Acesso em:29/07/2010.

Questão 3
No porto de Boston, a altura da maré é aproximada Concluímos, então, que ,
pela fórmula: e
Com este resultado, concluímos que de 12 em 12 ho-
ras a maré atinge sua altura máxima, e se:
Em que t é o tempo em horas decorrido desde a meia-
noite de 10 de fevereiro de 1990. De acordo com as k = 0, temos t = 0, ou seja, a maré estava alta exata-
informações do texto e da fórmula citada acima, po- mente no início
demos afirmar que a altura máxima da maré em Bos- da adoção da fórmula, à meia-noite de 10 de fevereiro
de 1990.

164
k = 1, temos t = 12, logo a maré estará em seu ápice q2
novamente Questão 4
12 horas após a adoção da fórmula, portanto ao meio- Não satisfeita com o terceiro lugar do Brasil na com-
dia de 11 de fevereiro de 1990. petição, uma professora de Matemática sugeriu que
O raciocínio nos permite concluir que, sempre ao a classificação geral deveria ser feita pelo total de
meio-dia e à meia-noite de cada dia, a maré estará em pontos obtidos por cada equipe segundo o seguinte
sua altura máxima. critério: cada medalha de bronze valeria 1 ponto, cada
Resposta: C medalha de prata q pontos e a cada medalha de ouro
pontos, sendo q um natural maior que 1. Sobre a pro-
des H-22
Desenvolvendo Habilida posta da professora, podemos observar que:
a) mesmo com esse critério, independente do valor de
ébricos
Utilizar conhecimentos alg q, o Brasil não ultrapassará Cuba.
o rec urs o para a
/ geométricos com b) o Brasil só conseguirá ultrapassar Cuba caso q seja
um en taç ão .
construção de arg igual a 2.
c) para qualquer valor de q superior a 2, o Brasil ultra-
Texto de referência passará Cuba.
Os Jogos Pan-Americanos são um evento d) se 2< q < 5, o Brasil ultrapassará Cuba na classifi-
cação geral.
multiesportivo, que têm como base os Jogos
e) admitindo que q é natural maior que 1, indepen-
Olímpicos e são organizados pela Organização
dentemente do valor de q, o Brasil ultrapassará
Desportiva Pan-Americana (Odepa). Funcionam
Cuba na classificação geral.
como uma versão das Olimpíadas modernas, Solução comentada: Adotando este critério, temos que
das quais participam os países do continente observar a pontuação obtida por cada delegação, veja:
americano. Brasil 54.q2 + 40.q + 67.1
Nos Jogos, são praticados esportes incluídos Cuba 59.q2 + 35.q + 41.1
no Programa Olímpico e outros não realizados em Para o Brasil conseguir ultrapassar Cuba, é necessário
Olimpíadas. Acontecem a cada quatro anos e, tra- então que:
dicionalmente, seguem um rodízio entre as três re-
giões do continente: América do Sul, Central e do
Norte. A primeira edição foi realizada em Buenos
Aires, capital da Argentina, em 1951, a última, em
2007, no Rio de Janeiro, Brasil (Pan 2007).
54.q2 + 40.q + 67.1 > 59.q2 + 35.q + 41.1
O histórico dos atletas brasileiros no Pan 2007 5.q2 + 5.q + 26 > 0
(54 de ouro, 40 de prata e 67 de bronze, total de 5.q2 - 5.q - 26 < 0, uma inequação do 2º grau.
161 medalhas) superou os objetivos traçados Para a resolução da inequação, devemos conhecer as
pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB). raízes de 5.q2 - 5.q - 26 = 0, no caso e
A delegação de atletas brasileiros, embora a seguir construir o esboço do gráfico.
tenha superado, em quantidade total de meda-
lhas, Cuba (59 de ouro, 35 de prata e 41 de bron-
ze, total de 135 medalhas), terminou os Jogos em
terceiro lugar no quadro, atrás de Cuba (segun-
do) e Estados Unidos (primeiro lugar, com 237
medalhas), pois o critério de classificação dos
países contempla primeiramente a quantidade
de medalhas de ouro, em caso de empate, pratas
e, na persistência do empate, as de bronze.
Há algum tempo, esse modelo de classifica- Veja pelo esboço que a condição 5.q2 - 5.q - 26 < 0 é
ção que considera apenas as medalhas de ouro, satisfeita somente quando:
e, posteriormente, em caso de empates, pratas e
bronzes, é questionado por atletas e delegações.
Adaptado de: http://pt.wikipedia.org/wiki/Jogos_Pan-Americanos È importante, neste momento, saber que

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165
a) siga em frente e percorra mais 30km para chegar ao
ponto final da etapa.
b) faça um giro de 90o no sentido anti-horário e percor-
Desta desigualdade, descobrimos que - 1,7 < q < 2,8, ra mais 30km para chegar ao ponto final da etapa.
em valores aproximados. c) faça um giro de 90o no sentido horário e percorra
Lembrando que q é um natural maior que 1, concluí- mais 50km para chegar ao ponto final da etapa.
mos que a situação só é possível para d) siga em frente mais 15km, pois estão na rota correta.
q = 2. Finalizando a ideia, descobrimos que o Brasil só ul- e) faça um giro de 45o no sentido anti-horário e percor-
trapassaria Cuba no quadro de medalhas se fosse adota- ra mais 40km para chegar ao ponto final da etapa.
do o sistema proposto pela professora e q fosse igual a 2. Solução comentada: Uma ideia para iniciar a questão
Resposta: B é descobrir a equação da reta que passa pelos pontos
de partida e chegada do rali para que assim possa-
des H-23
Desenvolvendo Habilida mos, posteriormente, definir se, no momento de veri-
ficação da rota, o piloto estava no caminho correto ou
enção na
Avaliar propostas de interv se teria de fazer alguma correção.
cimentos
realidade utilizando conhe Para descobrir a equação da reta que passa por (20, 35) e
algébricos. (60, 65), utilizaremos como a base a equação y = a.x + b;
substituindo os pontos em questão, chegamos ao sistema:
Texto de referência Resolvendo o sistema,
A tecnologia atual permite que qualquer pes- encontramos a = 0,75 e b = 20 e a equação da reta que
soa possa se localizar no planeta com uma pre- une os pontos de largada e chegada é y = 0,75.x + 20.
Para reconhecer se o carro está na rota no momento da
cisão nunca imaginada por navegantes e aven-
verificação, basta substituirmos as coordenadas deste
tureiros há até bem pouco tempo. O sofisticado ponto e observar se a equação é satisfeita.
sistema que tornou realidade esse sonho é cha- Veja:
mado GPS - Global Positioning System (Sistema y = 0,75.x + 20 e o ponto (48,56), substituindo x por 48
de Posicionamento Global). Em competições de e y por 56, teremos 56 = 0,75.48 + 20 que é uma igual-
rali, os participantes precisam chegar ao seu des- dade verdadeira e nos garante que, naquele instante,
tino em um tempo menor que os outros compe- o competidor estava na rota correta.
Resta-nos descobrir a distância que ainda falta para
tidores. A maioria dos carros dos competidores
completar o percurso. Para isso analisemos o gráfi-
é equipada com aparelhos GPS, que ligados a sa- co cartesiano que representa o caminho percorrido
télites informam a posição em que eles se encon- durante o rali, sendo P(20,35) o ponto de partida,
tram. Para a navegação, utiliza-se um sistema de V(48,56) o ponto de verificação e C(60,65) a chegada.
posicionamento chamado coordenadas UTM, Vejamos que surge um triângulo retângulo cujos cate-
que nada mais é que imaginar a Terra planifica- tos medem 12 e 9 e a hipotenusa VC é a distância que
da e sobre ela aplicar um sistema cartesiano, isto resta para completar o percurso.
Pelo teorema de Pitágoras, descobrimos que:
é, todo ponto da superfície terrestre tem uma
VC = 15km
abscissa e uma ordenada.
Resposta: D
Questão 5
Imagine que você esteja participando de um rali
como navegador, que uma das etapas tenha início no Aprenda Fazendo
ponto de coordenadas UTM (20; 35) e que as coorde-
nadas do local de chegada sejam UTM (60; 65), sendo
uma rota retilínea e a unidade de medida de distância
entre os pontos, o quilômetro. Após uma verificação Q1. Área- 5 / Habilidade 19 (Enem 2002)
de rota, você percebe que seu GPS indica ponto de co- Considerando que o Calendário Muçulmano teve iní-
ordenadas UTM (48; 56). Portanto, você deve sugerir cio em 622 da era cristã e que cada 33 anos muçulma-
ao piloto que : nos correspondem a 32 anos no Calendário Cristão, é
possível estabelecer uma correspondência aproxima-
da de anos entre os dois calendários, dada por:
(C =Anos Cristãos / M= Anos Muçulmanos)
a) C = M + 622 – (M/33).

166
b) C = M – 622 + (C – 622/32). dados de que dispõe. Ele sabe que a porção de batatas
c) C = M – 622 – (M/33). tem 200g, o que equivale a 560 calorias, e que o sandu-
d) C = M – 622 + (C – 622/33). íche tem 250g e 500 calorias. Como ele deseja comer
e) C = M + 622 – (M/32). um pouco do sanduíche e um pouco das batatas, ele se
__________________________________________ vê diante da questão: “Quantos gramas de sanduíche e
quantos gramas de batata eu posso comer para ingerir
Q2. Área- 5 / Habilidade 20 (Enem 2009 anulada) apenas as 462 calorias permitidas para esta refeição?”
Uma empresa produz jogos pedagógicos para com- Considerando que x e y representam, respectivamen-
putadores, com custos fixos de R$1.000,00 e custos va- te, em gramas, as quantidades do sanduíche e das ba-
riáveis de R$100,00 por unidade de jogo produzida. tatas que o garoto pode ingerir, assinale a alternativa
Desse modo, o custo total para x jogos produzidos é correspondente à expressão algébrica que relaciona
dado por C(x) = 1 + 0,1 x (em R$1.000,00). corretamente essas quantidades:
A gerência da empresa determina que o preço de ven- a) 2x+ 2,8y = 462 b) 2,8x + 2y = 462
da do produto seja de R$700,00. Com isso a receita
bruta para x jogos produzidos é dada por R(x) = 0,7x c) 1,8x + 2,3y= 1.060 d) + 0,4y = 462
(em R$1.000,00). O lucro líquido, obtido pela venda
de x unidades de jogos, é calculado pela diferença en- e) 0,4x+ = 462
tre a receita bruta e os custos totais.
O gráfico que modela corretamente o lucro líquido
dessa empresa, quando são produzidos x jogos, é: __________________________________________
Q4. Área- 5 / Habilidade 20
Um usuário pagou R$2.000,00 para adaptar o motor
do seu carro, originalmente movido a gasolina, para
funcionar também com gás natural. Considerando
que esse carro faz, em média, 10 km por litro de gaso-
lina, cujo preço é de R$2,00 o litro, e 15 km por metro
cúbico de gás, cujo preço é de R$0,90 o metro cúbico,
assinale a alternativa em que o gráfico descreve cor-
retamente os custos totais (C) em função da distância
percorrida (d):

a) b)

c) d)

e)
__________________________________________
Q5. Habilidade 21 (Enem 2009 anulada)
__________________________________________
A empresa WQTU Cosmético vende um determinado
Q3. Área- 5 / Habilidade 19 (Enem 2009 anulada) produto x, cujo custo de fabricação de cada unidade é
Diante de um sanduíche e de uma porção de batatas dado por 3x2 + 232, e o seu valor de venda é expresso
fritas, um garoto, muito interessado na quantidade de pela função 180x - 116. A empresa vendeu 10 unidades
calorias que pode ingerir em cada refeição, analisa os do produto x, contudo deseja saber quantas unidades

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167
precisa vender para obter um lucro máximo. A quan- médio de fregueses por semana sofria um acréscimo
tidade máxima de unidades a serem vendidas pela de 100 passageiros. Considerando que essa demanda
empresa WQTU para a obtenção do maior lucro é: seja linear, se o preço for reduzido para R$ 18,00, o nú-
a)10. b)30. c)58. d)116. e)232. mero médio de passageiros esperado por semana será:
__________________________________________ a) 360. b) 540. b) 640. d) 700. e) 1360.
__________________________________________
Q6. Área- 5 / Habilidade 21
Carlos paga R$1.000,00 mensais de aluguel por uma Q9. Área- 5 / Habilidade 23
máquina copiadora que faz cópias coloridas e em pre- Alguns produtos agrícolas têm seu preço de venda
to e branco. Considere que o custo de uma cópia colo- com variação periódica. Esses produtos apresentam
rida é R$0,20 e o de uma em preto e branco é R$0,01 e épocas de safra e épocas de entressafra. Suponhamos
que Carlos recebe R$1,00 por cópia colorida e R$0,10 que o preço médio de venda da saca de feijão do pro-
por cópia em preto e branco. Sabendo que, no mês dutor ao atacadista, numa determinada região, possa
de maio, o total de cópias foi 11.000 e a receita prove- ser representado pela equação,
niente dessas cópias foi R$2.000,00, é correto afirmar
que, nesse mês, Carlos obteve, com essa copiadora,
o lucro de:
a) R$ 700,00. b) R$ 300,00. c) R$ 1.000,00. sendo p o preço da saca ( 60kg ) de feijão, em reais, e
d) R$ 600,00. e) R$ 800,00. x o mês do ano. Um produtor desta região programou
__________________________________________ sua colheita para o mês de julho. Se ele deseja obter o
valor máximo na venda de uma saca de feijão, então
Q7. Área- 5 / Habilidade 22 ele deve alterar seu cronograma inicial e reprogramar
Um rapaz participou de entrevistas de em prego em sua colheita para o mês de:
duas lojas. Na loja Men’s, ele receberia um salário a) dezembro. b) outubro. c) junho.
fixo de R$ 300,00 mais comissão de 1,5% sobre as d) abril. e) março.
vendas, enquanto na loja Clothes, o salário fixo seria
__________________________________________
de R$ 336,00 mais comissão de 1,2% sobre as vendas.
Diante da situação acima, ele deverá: Q10. Área- 5 / Habilidade 23
a) escolher a loja Men´s, pois, independentemente de As empresas de telefonia I e II, na disputa pelos
seu volume de vendas, receberá um salário maior. clientes, lançaram as seguintes tabelas de preços
b) escolher a loja Clothes se for possível conseguir para seus serviços:
vendas mensais superiores a R$3.600,00, caso con- Empresa Assinatura Preço do minuto Preço do minuto
trário, deverá optar pela Men’s. (R$) diurno (R$) noturno (R$)
c) optar apenas pela Men’s se for possível ultrapassar I 32,00 0,60 0,25
R$12.000,00 em vendas mensalmente. II 18,00 0,80 0,35
d) escolher qualquer uma das duas lojas, caso o volu-
me de vendas mensais não ultrapasse R$12.000,00. Se chamarmos de P o valor mensal da conta, de D o
Se ultrapassar esse valor, deverá optar pela Men’s. número de minutos diurnos falados e de N o número
e) escolher a loja Clothes, pois independentemente de de minutos noturnos falados, obteremos as leis mate-
máticas que relacionam esses valores:
seu volume de vendas, receberá um salário maior.
P = 32 + 0,60D + 0,25N para a empresa I
P = 18 + 0,80D + 0,35N para a empresa II
Q8. Área- 5 / Habilidade 22 Para um assinante que só utiliza os serviços diurnos,
O gerente de uma agência de turismo promove pas- é mais vantajoso optar pelos serviços da empresa I se
seios de bote para descer cachoeiras. Ele percebeu que, o número de minutos falados for:
quando o preço pedido para esse passeio era R$ 25,00, a) maior que 60. b) maior que 70.
o número médio de passageiros por semana era de 500. c) menor que 60. d) menor que 70.
Quando o preço era reduzido para R$ 20,00, o número e) menor que 50.

168
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

Competência de área VII: Confrontar opiniões e pontos de vista sobre as diferen-


tes linguagens e suas manifestações específicas.

T
omemos aqui os termos “opiniões” e pectos mais cotidianos de nossa vida. A religião,
“pontos de vista” como sinônimos fun- por exemplo, pressupõe a existência de uma
cionais. Ainda que pudéssemos nos esten- divindade (ou mais de uma delas, no caso das
der na análise de cada um deles, isso de pouco religiões politeístas), de uma ordem superior e
valeria para nosso objetivo inicial – que é o de transcendente, que nos ultrapassa, limita e obri-
compreender em profundidade a área de com- ga. Por isso, numa discussão entre um cristão e
petência e, claro, saber o que ela implica e que um judeu, ainda que ambas as religiões sejam
dificuldades pode trazer a você na hora da pro- monoteístas e tenham boa parte de sua doutrina
va. Confrontar opiniões significa, como sabe- em comum, o papel de Jesus é bem diverso – o
mos, cotejar, comparar. Também significa, num que fará com que, a partir de certo ponto, as di-
nível outro (e mais profundo), decompor cada vergências sejam inconciliáveis. O mesmo acon-
uma dessas opiniões nos diversos elementos que tece na política. Um comunista ferrenho se opõe
a constituem. ao conceito de “propriedade”, e, a partir dessa
Mas do que se compõem opiniões? Ba- convicção profunda, desacredita de todo e qual-
sicamente de argumentos e valores. Sim, porque quer sistema baseado nela. Por outro lado, um
opinar é, naturalmente, propor uma visão de ultraliberal acredita na propriedade e no Estado
mundo, ou seja, argumentar em favor de algo ou mínimo, o que inviabiliza um possível acordo ou
de alguém, ainda que essa argumentação seja, um possível convencimento de uma das partes
muitas vezes, apenas parcial e, nem sempre, envolvidas na discussão.
científica ou empiricamente comprovável. Acontece que você deve, com razão, estar se
É o que aprendemos, por exemplo, no perguntando: mas todo mundo discute sobre
conhecidíssimo ditado: “Sobre política e religião política e religião? Sim, claro. Sobre política, reli-
não se discute”. Ora, essa máxima admite que, gião, arte, direito, etc. Discutir, opinar é próprio
em campos do conhecimento cruciais, mas que do ser humano e é, talvez, o uso mais ancestral e
despertam paixões e arrebatamentos, a discus- produtivo da linguagem.
são costuma dar em nada e levar a um agasta- E aqui chegamos ao centro de nossa introdução.
mento daqueles que discutem. Isso se dá porque A área de competência 7 não pede que você se
os conceitos religiosos e políticos são, via de posicione sobre os pontos de vista que lhe serão
regra, “preconceitos”, ou seja, ideias pré-conce- apresentados nas questões. Até porque, numa
bidas cujo proponente não deixará de defender, questão de múltipla escolha, as opções já lhe são
ainda que confrontado, pelo adversário, com ar- dadas. O que a competência exige é que você re-
gumentos razoáveis. conheça os procedimentos usados pelo autor ou
O ditado, todavia, nos diz mais – e sem atores para expor e defender sua opinião.
dizê-lo explicitamente. Ele nos diz que, no cam- Assim, poderíamos associar alguns temas
po da religião e da política, estão em jogo não e pontos de vista a certos procedimentos argu-
apenas argumentos, proposições gratuitas ou mentativos. Por exemplo:
instigantes – estão em jogo “valores”. a) Temas técnico-científicos, em que as opi-
E o que é valor? Podemos dizer com al- niões e argumentos se baseiam em dados con-
guma segurança que é um “bem” sempre e em cretos, verificáveis, oriundos de um campo de
certa medida subjetivo, porém cultural, de raiz conhecimento definido.
ética sobre o qual fundamentamos mesmo os as- b) Temas religiosos, em que os procedimen-

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169
tos se voltam ora para a mera exposição de con- d) ilustra a possibilidade de entendimento e de respeito
vicções (assumindo caráter didático), ora para a entre as pessoas a partir do debate político de ideias.
“conversão” do interlocutor (assumindo caráter e) mostra a preponderância do ponto de vista masculino
emotivo e, muitas vezes, intimidatório). Os argu- nas discussões políticas para superar divergências.
Solução comentada: Trata-se de uma questão, como
mentos, como dissemos acima, são dogmáticos.
inúmeras nas várias edições do Enem, de gênero, no
c) Temas oriundos das ciências humanas. caso a tirinha, publicada em jornais. E a tira pode, e
Aqui, embora o vocábulo “ciência” seja válido e deve, ser considerada como um gênero jornalístico,
bem empregado, a discussão se torna mais aber- porque é na mídia diária e impressa que se realiza. A
ta, plural, apelando à capacidade interpretativa tira conta, normalmente, com a familiaridade do leitor
e à sensibilidade do ouvinte / leitor. com a personagem central. No caso, a impagável Ma-
d) Temas do cotidiano. Bem, nesses, tudo se falda, criada pelo desenhista argentino Quino.
As tirinhas visam ao humor, seja ele debochado, sutil,
mistura e, às vezes, percebe-se um, digamos,
negro e assim por diante. Quase todas elas empregam
“excesso” argumentativo. A percepção, pelo ou- como instrumento para alcançar o humor um ruído.
vinte/leitor, da cultura geral do interlocutor/au- Ruído, quando empregado no contexto de um sistema
tor pode ser decisiva. de comunicação, equivale a um elemento que pertur-
E é claro que poderíamos enumerar muitos ba a comunicação, tornando-a ineficaz. Ou seja, um
outros tipos de temas, mas deles daremos con- personagem diz ou faz alguma coisa que não é per-
ta na resolução das questões que exemplificam cebida do modo desejado por um outro personagem.
cada uma das habilidades. Temos, portanto, uma antítese, ou seja, uma oposição
entre o que se diz ou faz e o que, no contexto da cena,
des H-21 um dos participantes percebe.
Desenvolvendo Habilida E a antítese está, por exemplo, na raiz:
erentes
Reconhecer, em textos de dif
1) da ironia (dizer algo através de seu oposto);
não-verbais 2) do paradoxo ou oxímoro (construção de pensamen-
gêneros, recursos verbais e
de criar e to em que os termos mutuamente se anulam);
utilizados com a finalidade 3) da zombaria (quando um dos personagens tripudia
hábitos.
mudar comportamentos e sobre a ignorância do outro).

Questão 1 – Enem 2004 Vamos à tirinha da questão. Mafalda, como sempre,


lança uma pergunta de natureza gratuita, talvez fi-
losófica: “para onde vocês acham que a humanidade
está indo?”. E a antítese, ou paradoxo, nasce já no se-
gundo quadrinho, quando os dois amigos da protago-
nista concordam que a humanidade está indo “para a
frente”. Porém, a frase se interrompe (“é cla...”) por um
motivo banal e risível. Como um está de frente para o
outro, a “frente” que um vê é diferente da do outro.
A discussão, embora pareça infantil, se reveste de
complexidade, porque os meninos compreendem que
é a partir de um determinado ponto de vista que co-
nhecemos e organizamos a realidade. Mafalda se reti-
ra, deixando-os ainda a discutir. E a fala final da meni-
na, “Estou começando a entender porque é tão difícil
a humanidade ir para a frente”, é propositalmente
ambígua: seria a “frente” uma mera direção, ou, em
A conversa entre Mafalda e seus amigos: sentido maior, um novo estágio de desenvolvimento?
a) revela a real dificuldade de entendimento entre po- O paradoxo (de que lado fica a “frente”) é rematado
sições que pareciam convergir. com fina ironia.
b) desvaloriza a diversidade social e cultural e a capa- A alternativa correta é, portanto, a letra A, uma vez
cidade de entendimento e respeito entre as pessoas. que a tira revela a dificuldade de convergência de
c) expressa o predomínio de uma forma de pensar e a pos- opiniões, ainda quando pareçam idênticas – e, claro,
sibilidade de entendimento entre posições divergentes. a dificuldade de a sociedade evoluir, em sentido mais

170
profundo, se não consegue resolver discordâncias ba- com um homem que se chamava
nais como a apresentada. Pedro João Boa-Morte,
Resposta: A lavrador de Chapadinha:
talvez tenha morte boa
des H-22
Desenvolvendo Habilida porque vida ele não tinha.
(GULLAR, Ferreira. Toda poesia. Rio de Janeiro, Civilização Brasi-
tos,
Relacionar, em diferentes tex
leira, 1983).

untos e recursos e) Trago-te flores, – restos arrancados


opiniões, temas, ass Da terra que nos viu passar
linguísticos. E ora mortos nos deixa e separados.
(ASSIS, Machado de. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguillar,
Questão 2 – Enem 2000 1986).
Em muitos jornais, encontramos charges, quadri- Solução comentada: Essa questão trata, basicamente,
nhos, ilustrações inspirados nos fatos noticiados. do reconhecimento de um mesmo tema em diferentes
Veja um exemplo: textos (um deles visual e o outro verbal). O texto visu-
Jornal do Commercio, 22/8/93 al apresentado é uma charge. Como gênero, a charge
parte de um fato do noticiário, geralmente político ou
econômico, e busca despertar no leitor uma visão crí-
tica do tema.
Aqui se trata da demarcação das terras dos índios.
Como se sabe, as populações indígenas brasileiras
diminuíram vertiginosamente desde o início da colo-
nização. Foram por vezes dizimadas, sofrendo violên-
cias de toda sorte. Também como se sabe, os índios
vivem em reservas, e a demarcação dessas reservas
sofre contestação por parte de grupos econômicos
interessados na exploração da terra, principalmente
O texto que se refere a uma situação semelhante à que
através do extrativismo mineral e da pecuária. A char-
inspirou a charge é:
ge, portanto, valendo-se da metáfora e da metonímia,
a) Descansem o meu leito solitário
associa a terra dos índios à terra em que foram (e são)
Na floresta dos homens esquecida,
enterrados, vítimas que são da sociedade branca.
À sombra de uma cruz, e escrevam nela
O comando da questão pede para que você identifi-
– Foi poeta – sonhou – e amou na vida.
(AZEVEDO, Álvares de. Poesias escolhidas. Rio de Janeiro/Brasília: que, em textos literários, todos eles poéticos, uma si-
José Aguilar/INL, 1971). tuação semelhante àquela abordada na charge.
b) Essa cova em que estás A alternativa B traz um excerto da obra Morte e Vida
Com palmos medida, Severina, de João Cabral de Melo Neto, cujo tema é a
é a conta menor retirada do sertanejo Severino em direção à capital. O
que tiraste em vida. trecho em questão chama-se Funeral de um lavrador,
É de bom tamanho, e diz que o sertanejo, que tanto luta contra o latifún-
Nem largo nem fundo, dio, terá, depois de morto uma terra só sua – sua cova.
É a parte que te cabe Alude, portanto, à exploração do homem e à ironia
de caber-lhe alguma terra só quando ela já de nada
deste latifúndio.
(MELO NETO, João Cabral de. Morte e Vida Severina e outros poe- lhe vale. Os versos são a tradução perfeita do mesmo
mas em voz alta. Rio de Janeiro: Sabiá, 1967).
tema central da charge, constituindo-se, portanto, na
c) Medir é a medida opção correta.
mede Resposta: B
A terra, medo do homem, a lavra;
des H-23
lavra Desenvolvendo Habilida
duro campo, muito cerco, vária várzea. os ob-
(CHAMIE, Mário. Sábado na hora da escutas. São Paulo: Summus, Inferir em um texto quais são
em é seu
1978). jetivos de seu produtor e qu
s procedi-
d) Vou contar para vocês público alvo, pela análise do
lizados.
um caso que sucedeu mentos argumentativos uti
na Paraíba do Norte

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171
Questão 3 - Enem 2009 prova anulada
des H-24
Em Touro Indomável, a dor maior e a violência ver- Desenvolvendo Habilida
dadeira vêm dos demônios de La Motta - que fizeram
os ob-
dele tanto um astro no ringue como um homem fadado Inferir em um texto quais são
em é seu
à destruição. Dirigida como um senso vertiginoso do jetivos de seu produtor e qu
s pro cedi-
destino de seu personagem, essa obra-prima de Mar- público alvo, pela análise do
liza do s.
tin Scorcese é daqueles filmes que falam à perfeição de mentos argumentativos uti
seu tema (o boxe) para então transcendê-lo e tratar do
que importa: aquilo que faz dos seres humanos apenas
Questão 4 - Enem 2009 Inep
isso mesmo, humanos e tremendamente imperfeitos.
Apesar da ciência, ainda é possível acreditar no sopro
Revista Veja. 18 fev., 2009 (adaptado).
divino – o momento em que o Criador deu vida até ao
Ao escolher este gênero textual, o produtor do texto
mais insignificante dos microorganismos?
objetivou:
Resposta de Dom Odilo Scherer, cardeal arcebispo de
a) construir uma apreciação irônica do filme.
São Paulo, nomeado pelo papa Bento XVI em 2007:
b) evidenciar argumentos contrários ao filme de Scorcese.
“Claro que sim. Estaremos falando sempre que, em
c) elaborar uma narrativa com descrição de tipos li-
algum momento, começou a existir algo, para poder
terários.
evoluir em seguida. O ato do criador precede a pos-
d) apresentar ao leitor um painel da obra e se posicio-
sibilidade de evolução: só evolui algo que existe. Do
nar criticamente.
nada, nada surge e evolui.”
e) afirmar que o filme transcende o seu objetivo inicial LIMA, Eduardo. Testemunha de Deus. SuperInteressante, São Paulo,
e, por isso, perde sua qualidade. n. 263-A, p. 9, mar. 2009 (com adaptações).
Solução comentada: Primeiro, observe a legenda (sem- Resposta de Daniel Dennet, filósofo americano ateu e
pre observe a legenda dos textos, porque ela costuma evolucionista radical, formado em Harvard e Doutor
ser de grande valia na resolução da questão). Trata-se por Oxford:
de um texto publicado na Revista Veja, semanário de “É claro que é possível, assim como se pode acreditar
grande circulação e que aborda os mais variados te- que um super-homem veio para a Terra há 530 mi-
mas. Dessa informação, já podemos inferir o público- lhões de anos e ajustou o DNA da fauna cambriana,
alvo (leitor) do texto: o cidadão de classe média ou alta, provocando a explosão da vida daquele período. Mas
normalmente assinante da revista, que busca nesse tipo não há razão para crer em fantasias desse tipo.”
de publicação manter-se bem-informado. LIMA, Eduardo. Advogado do Diabo. SuperInteressante, São Paulo,
Este não será, portanto, um texto excessivamente n. 263-A, p. 11, mar. 2009 (com adaptações).
técnico-científico. Trata-se de um texto que se constrói Os dois entrevistados responderam a questões idên-
numa linguagem basicamente formal, mas sem rebus- ticas, e as respostas a uma delas foram reproduzidas
camento. aqui. Tais respostas revelam opiniões opostas: um
Qual seu objeto (tema)? Um filme de Martin Scorcese. defende a existência de Deus e o outro não concorda
E finalmente nos perguntamos: a que gênero textual com isso. Para defender seu ponto de vista:
pertence? a) o religioso ataca a ciência, desqualificando a Teo-
Trata-se de uma resenha crítica, cuja estrutura é a se- ria da Evolução, e o ateu apresenta comprovações
guinte: científicas dessa teoria para derrubar a ideia de
Descrição do enredo + opinião que Deus existe.
Importante: O enredo se subdivide em: b) Scherer impõe sua opinião pela expressão “claro
ação + motivação (da ação). que sim”, por se considerar autoridade compe-
Perceba que, após algumas alusões à vida do prota- tente para definir o assunto, enquanto Dennett ex-
gonista, segue-se uma opinião bastante favorável do pressa dúvida, com expressões como “é possível”,
filme, o que se percebe pelo uso de termos como “sen- assumindo não ter opinião formada.
so vertiginoso do destino de seu personagem”, “obra- c) o arcebispo critica a teoria do Design Inteligente,
prima”, “perfeição”. E o autor encerra sua apreciação pondo em dúvida a existência de Deus, e o ateu
dizendo que a obra “transcende” (ultrapassa) o mundo argumenta com base no fato de que algo só pode
do boxe, para constituir-se em metáfora da vida huma- evoluir se, antes, existir.
na. Logo, há a emissão de um juízo (crítico) de valor. d) o arcebispo usa uma lacuna da ciência para defen-
A opção correta é, portanto, a letra D, que fala em der a existência de Deus, enquanto o filósofo faz
“painel” (enredo ou plano geral da obra) e que afirma uma ironia, sugerindo que qualquer coisa inven-
o jornalista “se posicionar criticamente”. tada poderia preencher essa lacuna.
Resposta: D

172
e) o filósofo utiliza dados históricos em sua argumen- Ser gagá não é viver apenas nos idos do passado: é
tação, ao afirmar que a crença em Deus é algo pri- muito mais! É saber que todos os amigos já morreram
mitivo, criado na época cambriana, enquanto o e os que teimam em viver são entrevados. É sorrir, in-
religioso baseia sua argumentação no fato de que terminavelmente, não por necessidade interior, mas
algumas coisas podem “surgir do nada”. porque a boca não fecha ou a dentadura é maior que
Solução comentada: Trata-se de mais um capítulo da a arcada.
FERNANDES, Millôr. Ser gagá. In: SANTOS, Joaquim Ferreira dos
discussão interminável entre a religião e a ciência so- (Org.). As cem melhores crônicas brasileiras. Rio de Janeiro: Objetiva,
bre a origem da vida. 2005. p. 225.
Como já dissemos no início deste fascículo, o argu-
mento religioso não é (nem deve ser) comprovável, Os textos utilizam os mesmos recursos expressivos
pois se baseia em dogmas, ou seja, verdades aceitas para definir as fases da vida, entre eles:
como evidentes por si mesmas. a) expressões coloquiais com significados semelhantes.
O arcebispo deixa implícito que admite que Deus b) ênfase no aspecto contraditório da vida dos seres
pode não ter criado todos os seres tais como hoje os humanos.
conhecemos, mas que, em algum momento, interveio c) recursos específicos de textos escritos em lingua-
para que surgisse a vida. Vida essa que, claro, segun- gem formal.
do suas palavras, pode ter evoluído – mas evoluído a d) termos denotativos que se realizam com sentido
partir de alguma coisa já existente. O religioso utiliza- objetivo.
se de um silogismo, ou seja, de uma proposição que e) metalinguagem que explica com humor o sentido
parte de uma premissa para chegar a uma dedução. de palavras.
Já o filósofo zomba de tal argumento, afirmando que __________________________________________
qualquer fator externo (chega ironicamente a aludir ao
super-homem) pode tê-lo feito, o que não tem, necessa- Q2. Área-7 / Habilidade 22 (Enem 2009 anulada)
riamente, ligação com qualquer gesto ou vontade divina.
O problema, porém, é que a ciência até hoje não re- TEXTO A
solveu o enigma do exato instante em que tudo come-
çou. E é exatamente disso que o religioso se aproveita,
beneficiando-se dessa “lacuna” para introduzir um
raciocínio que, embora dogmático, parece (e em certa
medida é) lógico. Ora, se houve um ponto de mudan-
ça, e se não sabemos qual foi, por que não terá sido
esse ponto a Criação (no sentido divino)?
Percebe-se, portanto, que a alternativa correta é a letra D.
OITICICA, H. Metaesquema I, 1958. Guache s/ cartão 52 cm x 64 cm.
Talvez a única alternativa que possa oferecer alguma Museu de Arte Contemporânea – MAC/USP. Disponível em: http://
dificuldade é a A. Note, contudo, que o religioso não
www.mac.usp.br. Acesso em: 01 maio 2009.
“desqualifica” a Teoria da Evolução. Ele a admite, em-
TEXTO B
bora a partir de um primeiro e primordial gesto divino.
Metaesquema I
Resposta: D Alguns artistas remobilizam as linguagens geométri-
cas no sentido de permitir que o apreciador partici-
pe da obra de forma mais efetiva. Nesta obra, como
Aprenda fazendo
o próprio nome define: meta - dimensão virtual de
movimento, tempo e espaço; esquema - estruturas,
Q1. Área-7 / Habilidade 22 (Simulado Enem – Inep) os Metaesquemas são estruturas que parecem movi-
Texto I mentar-se no espaço. Esse trabalho mostra o desloca-
Ser brotinho não é viver em um píncaro azulado; é mento de figuras geométricas simples dentro de um
muito mais! Ser brotinho é sorrir bastante dos ho- campo limitado: a superfície do papel. A isso pode-
mens e rir interminavelmente das mulheres, rir como mos somar a observação da precisão na divisão e no
se o ridículo, visível ou invisível, provocasse uma tos- espaçamento entre as figuras, mostrando que, além
se de riso irresistível. de transgressor e muito radical, Oiticica também era
CAMPOS, Paulo Mendes. Ser brotinho. In: SANTOS, Joaquim Ferrei- um artista extremamente rigoroso com a técnica.
ra dos (Org.). As cem melhores crônicas brasileiras. Rio de Janeiro: Disponível em: http://www.mac.usp.br. Acesso em: 02 maio 2009
Objetiva, 2005. p. 91.
(adaptado).
Levando-se em consideração o texto e a obra Metaes-
Texto II quema I, reproduzidos acima verifica-se que:

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173
a) a obra confirma a visão do texto quanto à ideia de Q4. Área-7 / Habilidade 21 (Enem 2009)
estruturas que parecem se movimentar, no campo
limitado do papel, procurando envolver de ma-
neira mais efetiva o olhar do observador
b) a falta de exatidão no espaçamento entre as figuras
(retângulos) mostra a falta de rigor da técnica em-
pregada, dando à obra um estilo apenas decorativo.
c) Metaesquema I é uma obra criada pelo artista para
alegrar o dia dia, ou seja, de caráter utilitário.
d) a obra representa a realidade visível, ou seja, espe-
lha o mundo de forma concreta.
e) a visão da representação das figuras geométricas é
Disponível em: http://www.uol.com.br. Acesso em: 15 fev. 2009.
rígida, propondo uma arte figurativa.
Observe a charge, que satiriza o comportamento dos
__________________________________________ participantes de uma entrevista coletiva por causa do
Q3. Área-7 / Habilidade 24 que fazem, do que falam e do ambiente em que se
As imagens seguintes fazem parte de uma campanha encontram. Considerando-se os elementos da charge,
do Ministério da Saúde contra o tabagismo. conclui-se que ela:
a) defende, em teoria, o desmatamento.
b) valoriza a transparência pública.
c) destaca a atuação dos ambientalistas.
d) ironiza o comportamento da imprensa.
e) critica a ineficácia das políticas.
__________________________________________
Q5. Área-7 / Habilidade 21 (Enem 2009)
Você sabia que as
metrópoles são as
grandes consumido-
ras dos produtos fei-
tos com recursos na-
turais da Amazônia?
Você pode diminuir
os impactos à flo-
resta adquirindo
produtos com selos
de certificação. Eles
] são encontrados em
Disponível em: http: //www.cafesemfumo.blogspot.com. Acesso em: itens que vão desde
10 abr. 2009 (adaptado).
lápis e embalagens de papelão até móveis, cosméticos
e materiais de construção. Para receber os selos esses
O emprego dos recursos verbais e não-verbais nesse produtos devem ser fabricados sob 10 princípios éticos,
gênero textual adota como uma das estratégias per- entre eles o respeito à legislação ambiental e aos direitos
suasivas: de povos indígenas e populações que vivem em nossas
a) evidenciar a inutilidade terapêutica do cigarro. matas nativas.
b) indicar a utilidade do cigarro como pesticida contra
ratos e baratas.
c) apontar para o descaso do Ministério da Saúde com Vida simples. Ed. 74, dez. 2008.
a população infantil.
d) mostrar a relação direta entre o uso do cigarro e o apa- O texto e a imagem têm por finalidade induzir o leitor
recimento de problemas no aparelho respiratório. a uma mudança de comportamento a partir do(a):
e) indicar que os que mais sofrem as consequências do a) consumo de produtos naturais provindos da Amazônia.
tabagismo são os fumantes ativos, ou seja, aqueles b) cuidado na hora de comprar produtos alimentícios.
que fazem o uso direto do cigarro. c) verificação da existência do selo de padronização
de produtos industriais.

174
d) certificação de que o produto foi fabricado de acor- senta aquele primeiro contato. Da mesma forma que
do com os princípios éticos. o Brasil de hoje não é o Brasil de ontem, tem 160 mi-
e) verificação da garantia de tratamento dos recursos lhões de pessoas com diferentes sobrenomes. Vieram
naturais utilizados em cada produto. para cá asiáticos, europeus, africanos, e todo mundo
__________________________________________ quer ser brasileiro. A importante pergunta que nós
fazemos é: qual é o pedaço de índio que vocês têm? O
Q6. Área-7 / Habilidade 23 (Enem 2009) seu cabelo? São seus olhos? Ou é o nome da sua rua?
O nome da sua praça? Enfim, vocês devem ter um pe-
daço de índio dentro de vocês. Para nós, o importante
é que vocês olhem para a gente como seres humanos,
como pessoas que nem precisam de paternalismos,
nem precisam ser tratadas com privilégios. Nós não
queremos tomar o Brasil de vocês, nós queremos
compartilhar esse Brasil com vocês.
TERENA, M. Debate. MORIN, E. Saberes globais e saberes locais. Rio
de Janeiro: Garamond, 2000 (adaptado).

Na situação de comunicação da qual o texto foi retira-


do, a norma padrão da língua portuguesa é emprega-
da com a finalidade de:
a) demonstrar a clareza e a complexidade da nossa
língua materna.
b) situar os dois lados da interlocução em posições
simétricas.
c) comprovar a importância da correção gramatical
nos diálogos cotidianos.
d) mostrar como as línguas indígenas foram incorpo-
O texto exemplifica um gênero textual híbrido entre radas à língua portuguesa.
carta e publicidade oficial. Em seu conteúdo, é possí- e) ressaltar a importância do código linguístico que
vel perceber aspectos relacionados a gêneros digitais. adotamos como língua nacional.
Considerando-se a função social das informações __________________________________________
geradas nos sistemas de comunicação e informação
Q8. Área-7 / Habilidade 23 (Enem 2009)
presentes no texto, infere-se que:
Analise as seguintes avaliações de possíveis resulta-
a) a utilização do termo download indica restrição
dos de um teste na Internet:
de leitura de informações a respeito de formas de
combate à dengue.
b) a diversidade dos sistemas de comunicação emprega-
dos e mencionados reduz a possibilidade de acesso
às informações a respeito do combate à dengue.
c) a utilização do material disponibilizado para down-
load no site www.combatadengue.com.br restrin-
ge-se ao receptor da publicidade.
d) a necessidade de atingir públicos distintos se revela
por meio da estratégia de disponibilização de in-
formações empregada pelo emissor.
e) a utilização desse gênero textual compreende, no
próprio texto, o detalhamento de informações a
respeito de formas de combate à dengue.
__________________________________________
Q7. Área-7 / Habilidade 23 (Enem 2009)
Quando eu falo com vocês, procuro usar o código de
vocês. A figura do índio no Brasil de hoje não pode Veja. 8 jul. 2009. p.102 (adaptado).
ser aquela de 500 anos atrás, do passado, que repre-

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175
Depreende-se, a partir desse conjunto de informações, ce que chovia − peneirava −
que o teste que deu origem a esses resultados, além de uma chuvinha miúda, triste e
estabelecer um perfil para o usuário de sites de relacio- constante, tão constante e tão
namento, apresenta preocupação com hábitos e propõe triste, que levou um daqueles
mudanças de comportamento direcionadas: fiéis da última hora a interca-
a) ao adolescente que acessa sites de entretenimento. lar esta engenhosa ideia no
b) ao profissional interessado em aperfeiçoamento discurso que proferiu à beira
tecnológico. de minha cova: −”Vós, que o
c) à pessoa que usa os sites de relacionamento para conhecestes, meus senhores,
complementar seu círculo de amizades. vós podeis dizer comigo que
d) ao usuário que reserva mais tempo aos sites de a natureza parece estar cho-
relacionamento do que ao convívio pessoal com os rando a perda irreparável de
amigos. um dos mais belos caracteres
e) ao leitor que se interessa em aprender sobre o fun- que tem honrado a humanidade. Este ar sombrio, estas
cionamento de diversos tipos de sites de relaciona- gotas do céu, aquelas nuvens escuras que cobrem o azul
mento. como um crepe funéreo, tudo isto é a dor crua e má que
__________________________________________ lhe rói à natureza as mais íntimas entranhas; tudo isso é
um sublime louvor ao nosso ilustre finado.” (....)
Q9. Área-7 / Habilidade 22 (Enem 2006) (Adaptado. Machado de Assis. Memórias póstumas de Brás Cubas.
As linhas nas duas figuras geram um efeito que se as- Ilustrado por Cândido Portinari. Rio de Janeiro: Cem Bibliófilos do
Brasil, 1943. p.1.)
socia ao seguinte ditado popular:

Compare o texto de Machado de Assis com a ilustra-


ção de Portinari. É correto afirmar que a ilustração do
pintor:
a) apresenta detalhes ausentes na cena descrita no tex-
to verbal.
b) retrata fielmente a cena descrita por Machado de Assis.
a) Os últimos serão os primeiros. c) distorce a cena descrita no romance.
b) Os opostos se atraem. d) expressa um sentimento inadequado à situação.
c) Quem espera sempre alcança. e) contraria o que descreve Machado de Assis.
d) As aparências enganam.
e) Quanto maior a altura, maior o tombo.
__________________________________________
Q10. Área-7 / Habilidade 22 (Enem 2005) B E C C A B C A B A
Leia o texto e examine a ilustração:
Q10 Q9 Q8 Q7 Q6 Q5 Q4 Q3 Q2 Q1
Óbito do autor
(....) expirei às duas horas da tarde de uma sexta-feira do Matemática – Gabarito
mês de agosto de 1869, na minha bela chácara de Catum-
bi. Tinha uns sessenta e quatro anos, rijos e prósperos, A D D B C D E D A E
era solteiro, possuía cerca de trezentos contos e fui acom-
panhado ao cemitério por onze amigos. Onze amigos! Q10 Q9 Q8 Q7 Q6 Q5 Q4 Q3 Q2 Q1

Verdade é que não houve cartas nem anúncios. Acres- Linguagens e Códigos - Gabarito

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