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CONHECENDO O

CAÇA E
PESCA
CONHECENDO O ATELIÊ VI
TURMA 24ABCD
ANÁLISE | DIAGNÓSTICO

CAÇA E PROFESSORAS
CAMILA ALDIGUERI
E CINIRA ARRUDA

PESCA ANTONIO WALBERTO


MARINA RIBEIRO
THAIS VIEIRA
THAIS CARVALHO
_

+
NINGUÉM DECIDE MORAR EM FAVELA
PORQUE QUER. A FAVELA É O QUE O
MERCADO IMOBILIÁRIO DISPONIBILIZA
PARA QUEM TEM POUCA RENDA, EM
GERAL EM ÁREAS QUE O MERCADO
FORMAL NÃO PODE OU NÃO QUER
OCUPAR.

RAQUEL ROLNIK, 2009


_
SUMÁRIO |
DIAGNÓSTICO

1 CONDICIONANTES LEGAIS

2 ÁGUA l HIDROGRAFIA

3 VEGETAÇÃO l ESPAÇOS LIVRES

4 MOBILIDADE l USOS

5 CARACTERIZAÇÃO SOCIOECONÔMICA l INFRAESTRUTURA

6 CARACTERÍSTICAS HABITACIONAIS

7 SÍNTESE DO DIAGNÓSTICO

8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ATELIÊ VI
TURMA N460

CAÇA E PESCA | FONTE: GCA CONSUTORES ASSOCIADOS

ANTONIO WALBERTO
MARINA RIBEIRO
THAIS VIEIRA
THAIS CARVALHO

URBANO
CONDICIONANTES
LEGAIS
01
HISTÓRIA LOCAL | CAÇA E PESCA
_
A Comunidade do Caça e Pesca, localizada na porção do bairro Praia do Futuro II, às
margens da foz do Rio Cocó, surgiu após a construção, nos anos 40, da Sociedade
Cearense de Tiro no final da Av. Zezé Diogo. O clube foi inaugurado em 1952, naquela
praia então deserta e isolada. Após 37 anos de funcionamento o empreendimento foi
fechado.

A Praia do Futuro II segue até o Rio Cocó, na divisa com a Praia da Sabiaguaba, último
trecho de orla ao leste da cidade. O bairro conta com 11.957 habitantes, segundo
dados do último censo do IBGE (2010).

Hoje, anos após os primeiros estabelecimentos de moradias, o Caça e Pesca é um


espaço “tomado” pela malha da cidade que avança sem que exista uma documentação FIGURA 01: Dunas da Praia do Futuro na FIGURA 02: Banhistas na Praia do Futuro na
específica sobre o processo de sua transformação. Essa região desassociada do tecido década de 50 | Jablonsky, Tibor década de 60 | Arquivo Nirez F

urbano da cidade, assim como outras áreas periféricas, não tem suas necessidades
atendidas e pode perder e perde, todos os dias, suas características tradicionais.

FONTE: ELABORADO PELOS ALUNOS


+ “A pobreza adquire grande visibilidade na metrópole perversa,
manifesta-se em tudo e em toda parte. Bairros desprovidos de
infra-estrutura, pavimentação de vias de péssima qualidade,
precarização dos transportes, aviltamento dos salários, redução
acentuada do poder de compra. (...) A violência, em situações
múltiplas, se manifesta na cidade, inquietando, causando um
grande incômodo, um tremendo mal-estar.” (BORZACCHIELLO
MAPA 02: Recorte área de
DA SILVA, 2002).
intervenção no contexto do bairro

O Caça e Pesca, como lugar que perde sua identidade cotidianamente, do ponto de
vista dos que o habitam, perde cada vez mais o controle das decisões importantes
para a comunidade ao mesmo tempo que permanece preterido dentro da cidade,
correndo o risco de desaparecer sob a pressão das mudanças a ele impostas, não é
um bairro da periferia da cidade, mas um lugar que integra o bairro Praia do Futuro II,
segundo o IBGE. Essa área da cidade foi a última zona de praia incorporada à malha
urbana de Fortaleza. Localizando-se na área denominada Sítio Cocó, a exemplo de MAPA 01: Área de intervenção
no Município
outras praias, incorporou-se ao espaço urbano, ora como periferia, ora como espaço
onde se estabeleceram as classes abastardas e dominantes da cidade. Legenda: ATELIÊ VI PROFESSORAS
2.5 0 2.5 5km TURMA 24ABCD CAMILA ALDIGUERI
E CINIRA ARRUDA

06 53 ANTONIO WALBERTO
MARINA RIBEIRO
THAIS VIEIRA
THAIS CARVALHO
ZONEAMENTO | OBJETIVOS
_

ZIA ZONA DE INTERESSE AMBIENTAL

 

Os objetivos da ZIA Praia do Futuro visam a
sustentabilidade  e a qualidade ambiental ao
Ao analisar a zona, observa-se o não cumprimento
de seus objetivos. Apesar da função ambiental +
ZO II ZONA DE ORLA II

Os objetivos da Zona de Orla VII são proteger e
recuperar os sistemas ambientais existentes,
prevista não ser completamente realizada, a área
articular a conservação dos sistemas se encontra parcialmente preservada. Já o projeto garantir a preservação dos ambientes
Os objetivos das zonas buscam ambientais, disciplinar o processo de uso e fundiário é existente na lei, entretanto não existem litorâneos, assegurar acesso público às praias,
ocupação do solo, promover a educação instrumentos reguladores para garantir a função conferindo boas condições para atividades de
estabelecer medidas de planejamento ambiental e alavancar a regularização lazer e recreação, promovendo sempre a
social da terra. Em relação as tipologias de uso,
e gestão para regularizar a área, fundiária, principalmente nas áreas de podemos perceber que há poucos equipamentos qualidade ambiental e o bem-estar da
interesse social. públicos, a predominância maior é de residências. população.
considerando-se os aspectos sócio-

+

 

econômicos, sociais, ambientais e Podemos observar que as tipologias de
patrimoniais. 
 uso estão de acordo com os objetivos

FONTE: ELABORADO PELOS ALUNOS


da zona ao permitir apenas edificações
que não agridam o ecossistema local.
A área de estudo e seu entorno As condições ambientais da região,
encontram-se situadas nas zonas de como a alta salinidade, são fatores que
ZIA, ZPA, Zona de Orla II e ZEIS. que contribuem para o baixo índice de
construção e especulação, o que de
certa forma contribui para a relativa
preservação de características naturais
do local e respeito aos objetivos da

 zona.


ZPA ZONA DE PRESERVAÇÃO
 ZEIS ZONA ESPECIAL DE INTERESSE SOCIAL



 

Os objetivos da ZPA 1 são a preservação O objetivo da ZEIS é promover o
dos sistemas, ambientes e sítios desenvolvimento humano dos ocupantes,
naturais, e da fauna e flora existentes cumprindo com as funções sociais da cidade e
no local, bem como possibilitar a da propriedade urbana, promovendo a
realização de estudos e pesquisas regularização urbanística e fundiária dos
científicas ao mesmo tempo em que assentamentos, eliminando os riscos nas
promove o turismo ecológico e garante o ocupações situadas em áreas inadequadas.
uso público das praias, não sendo Deve-se também ampliar a oferta de
permitido a construção de edificações.
 infraestrutura e equipamentos comunitários.

+ De acordo com o estudo da zona,


pode-se observar que os objetivos da
mesma não estão sendo atendidos.

+ O cumprimento da função social da


zona torna-se impossibilitado pela não
aplicação de instrumentos urbanísticos
Observa-se um número relevante de
regularizados. A oferta de serviços
ocupações irregulares, onde não pode
públicos e acesso a equipamentos
haver construções, as quais não são
sociais é prejudicada pela falha
permitidas pela legislação, de modo
atenção dada à áreas socialmente
que o ambiente natural não é
excluídas da cidade, apesar da mesma
preservado. As atividades previstas
ser localizada nas proximidades de
para o local são relacionadas ao
espaços de interesse público, turístico
cultivo vegetal e associadas a
e ambiental.
hábitos recreativos de baixo impacto
ambiental, porém esses usos não são
atendidos.
MAPA 03: Zoneamento da área e entorno 100 0 100 200m

Legenda:
ATELIÊ VI PROFESSORAS
TURMA 24ABCD CAMILA ALDIGUERI
E CINIRA ARRUDA

07 53 ANTONIO WALBERTO
MARINA RIBEIRO
THAIS VIEIRA
THAIS CARVALHO
PARÂMETROS | ÍNDICES URBANÍSTICOS
_
SIMULAÇÃO ZONA DE ORLA VII

1 2 3 4

c * a c *
a
b b
d d
h h
g g f
f e
e

Loteamento atual l Loteamento atual l Formatação l Formatação l


Altura máxima Taxa de Ocupação Altura máxima Taxa de Ocupação
Máxima Máxima FIGURA 03: Simulação dos parâmetros no entorno l Google FIGURA 04: Simulação dos parâmetros no entorno l
MEMORIAL DE CÁLCULO Earth Google Earth

1 2 3 A aplicação dos parâmetros urbanísticos máximos, como a

FONTE: ELABORADO PELOS ALUNOS


e a e altura máxima, pode causar importantes impactos no
Para o cálculo, área = 1.713m² área = 3.476m² área = 11.180m² ambiente urbano no qual está inserido, bem como aos seus
área = 3.476m²
foram aplicados os i.a = 29.068m² usuários. A verticalização dos edifícios exerce uma influência
i.a = 9.037m² i.a = 4.453m² i.a = 9.037m²
valores encontrados t.o = 2.422m²
t.o = 753m² t.o máx. = 856m² t.o máx. = 1.738m² direta sobre a dinâmica da vida urbana.
nos lotes nos h máx. = 36m
parâmetros da ZO7. h máx. = 36m h = 15m h = 15m
A inserção de um ou mais edifícios altos pode promover a
a f b f 4 especulação imobiliária dos imóveis do entorno, impactando
área = 1.713m² área = 1.001m² área = 1.001m² área = 1.001m² diretamente a ZEIS da Praia do Futuro II.
i.a = 4.453m² i.a = 2.602m² i.a = 2.602m² i.a = 2.602m²
área = 11.180m² Além do impacto econômico da verticalização, o aumento da
t.o = 371m² t.o = 216m² t.o máx. = 500m² t.o máx. = 500m²
i.a = 29.068m² densidade populacional envolve uma sobrecarga na
h máx. = 36m h máx. = 36m h = 15m h = 15m
t.o máx. = 5.590m² infraestrutura existente, requerendo um incremento no
b g h = 15m abastecimento de água, esgotamento sanitário, energia
c g
área = 1.001m² área = 1.059m² área = 2.506m² área = 1.059m² elétrica, equipamentos de uso coletivo e até mesmo uma
i.a = 2.602m² Parâmetros ZO 7 reestruturação da malha viária. MAPA 04: Mapa de referência
i.a = 2.753m² i.a = 3.915,6m² i.a = 2.753m²
75 0 75 150km
t.o = 216m² t.o = 229m² t.o máx = 753m² t.o máx. = 529m² i.a = 2,0 + 30% = 2,6 Em relação aos impactos ambientais, a verticalização pode
h máx. = 36m h máx. = 36m h = 15m h = 15m Legenda:
t.o máx. = 50% canalizar o percurso do vento, interferindo nas condições
c h máx. = 36m climáticas do entorno, principalmente em uma zona de orla. QUADRA ZO 7
h d h área mín. = 200m²
área = 2.506m² QUADRA ZIA
área = 298m² área = 990m² área = 298m² A implantação de edifícios murados não respeita a escala
i.a = 3.915,6m²
i.a = 774m² i.a = 2.574m² i.a = 774m² humana, de modo que cria-se uma segregação entre a
t.o = 326,3m² * arquitetura e os pedestres, pois ao diminuir o campo de visão,
t.o = 64,56m² t.o máx. = 495m² t.o máx. = 149m²
h máx. = 36m o pedestre tem a sensação de estreitamento da rua, podendo
h máx. = 36m h = 15m h = 15m área inadequada aos
parâmetros. reduzir a percepção de conforto ambiental.
ATELIÊ VI PROFESSORAS
d *
área = 990m²
* TURMA 24ABCD CAMILA ALDIGUERI
E CINIRA ARRUDA
área = 156m² área = 156m²
i.a = 2.574m² i.a = 407m²

08 53 ANTONIO
i.a = 407m² WALBERTO
t.o = 214,5m² t.o = 34m² MARINA RIBEIRO
h máx. = 36m t.o máx. = 78,38m² THAIS VIEIRA
THAIS CARVALHO
PARÂMETROS | ÍNDICES URBANÍSTICOS
_
SIMULAÇÃO ZIA - ZONA DE INTERESSE AMBIENTAL

1 2 3 4

* b * b
a a
c c
d d

Loteamento atual l Loteamento atual l Formatação l Formatação l


Altura máxima Taxa de Ocupação Altura máxima Taxa de Ocupação
Máxima Máxima
FIGURA 05: Simulação dos parâmetros no entorno l Google FIGURA 06: Simulação dos parâmetros no entorno l
MEMORIAL DE CÁLCULO Earth Google Earth

1 2 3 A

FONTE: ELABORADO PELOS ALUNOS


aplicação dos parâmetros urbanísticos máximos, como a
a ocupação máxima, pode causar importantes impactos no
Para o cálculo, área = 1.298m² área = 5.698m² ambiente urbano no qual está inserido, bem como aos seus
foram aplicados os i.a = 3.374m² i.a = 14.814m² usuários. A ocupação dos edifícios exerce uma influência
valores encontrados t.o = 925m²
t.o máx. = 649m² direta sobre a dinâmica da vida urbana.
nos lotes nos h máx. = 36m
parâmetros da ZO7. h = 15m
A taxa de ocupação é normalmente definida como o
a b 4 percentual utilizado pela edificação em relação a área total do
área = 1.298m² área = 737m² lote, considerando apenas sua projeção horizontal.
i.a = 3.374m² i.a = 1.917m² área = 5.698m² Com o uso máximo do terreno, a área de permeabilidade
t.o = 210m² t.o máx. = 368m² i.a = 14.814m² diminui drasticamente, diminuindo a absorção de água pelo
h máx. = 48m h = 15m
t.o máx. = 2.849m² solo, o que pode causar regiões alagadas e,
b h = 15m consequentemente, poluição dos recursos hídricos.
c
área = 737m² área = 3.571m² Ao utilizar a taxa de ocupação máxima, criando edifícios de
Parâmetros ZIA MAPA 05: Mapa de referência
i.a = 1.917m² i.a = 9.285m² gabarito mais baixo, evita-se os impactos negativos causados 75 0 75 150km
t.o = 119,83m² t.o máx = 1.785m² pela verticalização, como a formação de ilhas de calor e o
i.a = 2,0 + 30% = 2,6
h máx. = 48m h = 15m aumento da densidade populacional que pode envolver uma Legenda:
t.o máx. = 50%
h máx. = 48m sobrecarga na infraestrutura existente. QUADRA ZO 7
c d área mín. = 300m²
área = 3.571m² QUADRA ZIA
área = 1.073m²
i.a = 9.285m² i.a = 2.790m²
t.o = 380,35m² t.o máx. = 536m² *
h máx. = 48m h = 15m área inadequada aos
parâmetros.
ATELIÊ VI PROFESSORAS
d TURMA 24ABCD CAMILA ALDIGUERI
área = 1.073m² E CINIRA ARRUDA
i.a = 2.790m²

09 53 ANTONIO WALBERTO
t.o = 174m² MARINA RIBEIRO
h máx. = 48m THAIS VIEIRA
THAIS CARVALHO
PARÂMETROS | HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL
_
SIMULAÇÃO HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL

FONTE: ELABORADO PELOS ALUNOS


1 PERSPECTIVA
SEM ESC.
MAPA 06: Mapa de referência 10 0 10 20km

Legenda:
FIGURA 07: Simulação dos parâmetros no entorno l Google

+
QUADRA EM ESTUDO
Earth

A simulação de habitação social demonstra uma quadra de alta


57,89m

densidade, com poucos espaços permeáveis devido à falta de


41,35m
recuos e lote mínimo obrigatórios ditos pela LUOS.

As medidas mínimas da rua de pedestre são pequenas,


diminuindo as áreas livres da quadra e, assim, resultando em
pouco espaço para boa salubridade das casas.
130,27m
Podem ser construídas muitas casas, abrigando muitas famílias,

2 PLANTA BAIXA
SEM ESC.
entretanto, devido aos parâmetros, será que há qualidade nestes
ambientes?

A situação atual é similar a da simulação, em especial em relação


aos recuos e espaços livres. Entretanto, na simulação é possível
Parâmetros Habit. de Interesse Social perceber uma maior ordem e organização.

+
FONTE: LUOS 2016

Índice de Aproveitamento mínimo (IA): 2,34% (1,8 + 30%) Vias locais


Vias locais para Ninguém decide morar numa favela porque
Características para
Taxa de Ocupação máxima (TO): 80% veículos
pedestres quer. A favela é o que mercado imobiliário
Recuo frontal: *Opcional Largura mínima (m): 6,00 1,60 disponibiliza para quem tem pouca renda, em
Recuo lateral: *Opcional Caixa carroçável mínima (m): 3,20 - geral em áreas que o mercado formal não
Recuo de fundo: No mínimo 2m Calçada mínima (m): 1,10 - pode ou não quer ocupar. (…) A urbanização
Testada máxima da quadra: 200m Calçada mínima com poste (m): 1,70 - das favelas é a melhor alternativa para
Testada mínima da quadra: 30m enfrentar o passivo socioambiental das
Extensão máxima (m): 200,00 60,00
cidades, pois preserva redes comunitárias e
Área mínima do lote: 60m² Extensão máxima sem saída (m): 60,00 60,00
acesso a empregos e outros equipamentos ATELIÊ VI PROFESSORAS
Testada mínima do lote: 4m TURMA 24ABCD CAMILA ALDIGUERI
públicos. (ROLNIK, RAQUEL. 2009) E CINIRA ARRUDA
* Desde que respeite as condições mínimas de ventilação e iluminação,
proporcionando conforto ambiental aos moradores.

10 53 ANTONIO WALBERTO
MARINA RIBEIRO
THAIS VIEIRA
THAIS CARVALHO
PROJETOS PROPOSTOS | IMPACTO SOCIAL
_
PROJETOS PROPOSTOS DESCRIÇÃO IMPACTOS POSITIVOS IMPACTOS NEGATIVOS

PARQUE TECNOLÓGICO Projeto municipal que prevê o acolhimento de um Parque A inserção do projeto pode gerar A instalação de grandes equipamentos podem trazer
Tecnológico, área destinada à instalação de empresas do empregos diretos e indiretos. processos de gentrificação em áreas próximas,
setor de tecnologia da informação e comunicação na supervalorização do valor da terra e exclusão de
Praia do Futuro. A poligonal do projeto terá cerca de 3,85 comunidades menos favorecidas.
quilômetros quadrados. 


O projeto não apresenta impactos


DUNAS DA SABIAGUABA Aprovado pelo Conselho Gestor da Sabiaguaba, um O espaço em questão localiza-se em Área de Proteção
positivos à área.
projeto de controle sobre o avanço da areia na pista da Integral (API), sendo destinada à preservação. O impacto
CE-10. Conforme divulgado pelo Departamento Estadual imediato será a desconfiguração das Dunas, alterando sua
de Rodovias (DER), o projeto prevê a implantação de uma dinâmica natural e morfologia. A rodovia não beneficia a
estrutura semelhante a uma cerca, com o objetivo de comunidade local, apenas incentiva a degradação ambiental e
desviar o fluxo da areia da área de dunas. a especulação imobiliária da região.

 


OUC - DUNAS DO COCÓ A operação urbana consorciada prevê a construção de Criação de parque linear. O projeto pode destruir o ecossistema, ameaçar uma
unidades residenciais, parcelamentos do solo e importante reserva de água doce existente no local e
loteamentos além de abrir novas vias visando preservar comprometer importantes informações paleogeográficas
faixas vegetais nativas e viabilizar a instituição de um relacionadas a formação costeira do  município.
parque linear.

PLANO DE MANEJO DO PARQUE Plano de ação pertencente ao masterplan do Fortaleza _


Além de conservar e proteger o
NATURAL MUNICIPAL DAS DUNAS 2040, promove a efetiva gestão das unidades de ecossistema existente o plano também
DA SABIAGUABA (2040) conservação da Sabiaguaba, promovendo sua integração prevê a participação e conscientização da
à vida econômica e social das comunidades vizinhas. população existente.

 


PROJETO ORLA (2040) Plano de ação pertencente ao masterplan do Fortaleza Requalificação dos espaços verdes, Efetivação duvidosa/demorada.
2040, procura realizar gestão da zona costeira que tem retirada das barracas da faixa de praia, 

sido negligenciada ao longo dos anos. orla disciplinada, implantação da ZEIS,

 fiscalização sobre a implantação da
Legislação de Uso e Ocupação do Solo e
Código de Obras.

ATELIÊ VI PROFESSORAS
TURMA 24ABCD CAMILA ALDIGUERI
E CINIRA ARRUDA

11 53 ANTONIO WALBERTO
MARINA RIBEIRO
THAIS VIEIRA
THAIS CARVALHO
MAPA 07: Projetos na Comunidade e entorno
FONTE: ELABORADO PELOS ALUNOS

PROJETOS PROPOSTOS | IMPACTO SOCIAL

PARQUE TECNOLÓGICO

PROJETO ORLA

PROJETO DUNOS DO COCÓ

PLANO ESPECÍFICO SABIAGUABA 2020

DUNAS SABIAGUABA

LEGENDA
PROJETO DUNAS DO COCÓ ATELIÊ VI PROFESSORAS
TURMA 24ABCD CAMILA ALDIGUERI
PLANO ESPECÍFICO SABIAGUABA 2020 E CINIRA ARRUDA
DUNAS SABIAGUABA

12 53 ANTONIO WALBERTO
PROJETO ORLA MARINA RIBEIRO
PARQUE TECNOLÓGICO THAIS VIEIRA
esc - 1:5.500 THAIS CARVALHO
ATELIÊ VI
TURMA N460

CAÇA E PESCA | FONTE: GCA CONSUTORES ASSOCIADOS

ANTONIO WALBERTO
MARINA RIBEIRO
THAIS VIEIRA
THAIS CARVALHO

PAISAGEM
ÁGUA
HIDROGRAFIA
02
MAPA 08: Águas na Comunidade e entorno
FONTE: ELABORADO PELOS ALUNOS

COMUNIDADE E ENTORNO |
CAÇA E PESCA

ÁREA DE OCUP. IRREGULAR DUNAS MÓVEIS

ÁREA DE OCUP. IRREGULAR DUNAS FIXAS

ÁREA DE OCUP. IRREGULAR EM ZPA

LEGENDA
ZEIS
COMUNIDADE CAÇA E PESCA
ÁREAS ALAGÁVEIS
CORPOS D’ÁGUA
DRENAGEM
ZPA
POTENCIAL PAISAGÍSTICO
SISTEMA AMBIENTAL
PLANICIE LITORÂNEA DUNAS FIXAS
PLANÍCE LITORÂNEA DUNAS MÓVEIS
TOPOGRAFIA ATELIÊ VI PROFESSORAS
0-5 TURMA 24ABCD CAMILA ALDIGUERI
E CINIRA ARRUDA
10 - 15
15 - 20

14 53 ANTONIO WALBERTO
MARINA RIBEIRO
20 - 25 THAIS VIEIRA
esc - 1:5.500 THAIS CARVALHO
MAPA 09: Fluxos das águas
FONTE: ELABORADO PELOS ALUNOS

QUADRA RUA |
CAÇA E PESCA

LEGENDA
FLUXO DAS ÁGUAS

ATELIÊ VI PROFESSORAS
TURMA 24ABCD CAMILA ALDIGUERI
E CINIRA ARRUDA

15
ANTONIO WALBERTO
53 MARINA RIBEIRO
THAIS VIEIRA
esc - 1:1.500 THAIS CARVALHO
MAPA 10: Águas na Comunidade
FONTE: ELABORADO PELOS ALUNOS

QUADRA RUA |
CAÇA E PESCA

LEGENDA
COMUNIDADE CAÇA E PESCA
ÁREAS ALAGÁVEIS

PAVIMENTAÇÃO
ASFALTO
CALÇAMENTO
AREIA
TOPOGRAFIA
0-5 ATELIÊ VI PROFESSORAS
TURMA 24ABCD CAMILA ALDIGUERI
10 - 15 E CINIRA ARRUDA
15 - 20

16
ANTONIO WALBERTO
20 - 25 53 MARINA RIBEIRO
THAIS VIEIRA
esc - 1:1.500 THAIS CARVALHO
QUADRA RUA |
CAÇA E PESCA
FONTE: ELABORADO PELOS ALUNOS

LEGENDA
COMUNIDADE CAÇA E PESCA
R. ALBERTO MONTEIRO
R. INTERNA

FIGURA 08: Vista R. Alberto Monteiro l Acervo dos alunos FIGURA 09: R. Interna l Acervo dos alunos

MAPA 11: Mapa de referência l Comunidade Caça e Pesca


50 0 50 100m

+ RUA ALBERTO MONTEIRO

0 5 15 35m
1 l CORTE ESQUEMÁTICO

+ RUA INTERNA
+ O principal problema no abastecimento está Na primeira visita realizada, dia 09 de março,
relacionado a topografia, pois é comum faltar a Comunidade estava há 4 dias corridos sem
água nos pontos mais altos da Comunidade. água. Devido essa falta d’água sem aviso
Isso ocorre porque o sistema funciona por prévio, alguns moradores optam por formas
pressão e, talvez, a bomba não esteja alternativas de abastecimento, como poços,
0 5 15 35m corretamente calculada para a área. Desse cisternas e também caixas d’água.
2 l CORTE ESQUEMÁTICO
modo, a despressurização da rede geral e a
distribuição da água acaba sendo ATELIÊ VI PROFESSORAS
TURMA 24ABCD CAMILA ALDIGUERI
prejudicada. E CINIRA ARRUDA

17 53 ANTONIO WALBERTO
MARINA RIBEIRO
THAIS VIEIRA
THAIS CARVALHO
QUADRA RUA |
CAÇA E PESCA

+
FONTE: ELABORADO PELOS ALUNOS

REFERENTE À RUA

ABASTECIMENTO TOPOGRAFIA
CAGECE ACENTUADA
POÇO ARTESIANO MUITO ACENTUADA
POÇO PROFUNDO PLANA

PAVIMENTAÇÃO
ASFALTO
CALÇAMENTO
TERRA BATIDA
50 0 50 100m

MAPA 12: Mapa de referência l Comunidade Caça e Pesca

LEGENDA
COMUNIDADE CAÇA E PESCA
ZONA C
RUAS EM ESTUDO

0 5 10m
1 l ELEVAÇÃO

CARACTERÍSTICAS DA RUA

➜ Rua com acesso para pedestres e


veículos, apesar de estreita, com 2,4m de
espessura.

0 5 10m
2 l CORTE ➜ Pavimentada de pedras.


➜ Presença de edificações de dois


pavimentos.
MAPA 13: RUA POLARI MAIA E ENTORNO
FONTE: ELABORADO PELOS ALUNOS ATELIÊ VI PROFESSORAS
TURMA 24ABCD CAMILA ALDIGUERI
E CINIRA ARRUDA
LEGENDA
R. POLARI MAIA

18 53 ANTONIO WALBERTO
MARINA RIBEIRO
CALÇAMENTO THAIS VIEIRA
10 0 10 20 30m THAIS CARVALHO
VEGETAÇÃO
QUADRA RUA |
CAÇA E PESCA

+
FONTE: ELABORADO PELOS ALUNOS

REFERENTE À RUA

ABASTECIMENTO TOPOGRAFIA
CAGECE ACENTUADA
POÇO ARTESIANO MUITO ACENTUADA
POÇO PROFUNDO PLANA

PAVIMENTAÇÃO
ASFALTO
CALÇAMENTO
TERRA BATIDA
50 0 50 100m

MAPA 12: Mapa de referência l Comunidade Caça e Pesca

LEGENDA
COMUNIDADE CAÇA E PESCA
ZONA C
RUAS EM ESTUDO

0 5 10m
1 l ELEVAÇÃO

CARACTERÍSTICAS DA RUA

➜ Rua com acesso para pedestres e


veículos, apesar de estreita, com 2,45m
de espessura.

0 5 10m
2 l CORTE
➜ Pavimentada de pedras.


➜ Predominância de edificações de
apenas um pavimento.

MAPA 14: RUA INTERNA E ENTORNO
FONTE: ELABORADO PELOS ALUNOS ATELIÊ VI PROFESSORAS
➜ Não possui calçada. TURMA 24ABCD CAMILA ALDIGUERI
E CINIRA ARRUDA
LEGENDA

19 53 ANTONIO
RUA INTERNA WALBERTO
MARINA RIBEIRO
CALÇAMENTO 20 0 20 40m THAIS VIEIRA
VEGETAÇÃO THAIS CARVALHO
QUADRA RUA |
CAÇA E PESCA

+
FONTE: ELABORADO PELOS ALUNOS

REFERENTE À RUA

ABASTECIMENTO TOPOGRAFIA
CAGECE ACENTUADA
POÇO ARTESIANO MUITO ACENTUADA
POÇO PROFUNDO PLANA

PAVIMENTAÇÃO
ASFALTO
CALÇAMENTO
TERRA BATIDA
50 0 50 100m

MAPA 12: Mapa de referência l Comunidade Caça e Pesca

LEGENDA
COMUNIDADE CAÇA E PESCA
ZONA C
RUAS EM ESTUDO

0 5 10m
1 l ELEVAÇÃO

CARACTERÍSTICAS DA RUA

➜ Rua com acesso para pedestres e


veículos, apesar de estreita, com 2,20m
de espessura.


0 5 10m ➜ Pavimentada de pedras.



2 l CORTE
MAPA 15: TRAVESSA ALBERTO MONTEIRO
➜ Predominância de edificações de FONTE: ELABORADO PELOS ALUNOS ATELIÊ VI PROFESSORAS
apenas um pavimento.
 TURMA 24ABCD CAMILA ALDIGUERI
LEGENDA E CINIRA ARRUDA

➜ Não possui calçada. RUA ALBERTO MONTEIRO VEGETAÇÃO

20 53 ANTONIO WALBERTO
MARINA RIBEIRO
CALÇAMENTO
20 0 20 40m THAIS VIEIRA
CASA SELECIONADA THAIS CARVALHO
QUADRA RUA |
CAÇA E PESCA

LEGENDA
ÁGUA DA CHUVA
ÁGUAS CINZAS
ÁGUAS NEGRAS
ABASTECIMENTO CAGECE
FOSSA SÉPTICA

0 2 4 8m
1 l LOCAÇÃO

0 2 4 8m
2 l CORTE

CARACTERÍSTICAS DA CASA

➜ Casa da Dona Luciene.


➜ Abastecimento direto da rede, sem caixa d’água.

➜ A moradora não paga taxa de esgoto, as águas


negras vão para a fossa séptica e as águas cinzas
são jogadas no quintal.
 MAPA 15: TRAVESSA ALBERTO MONTEIRO
FONTE: ELABORADO PELOS ALUNOS ATELIÊ VI PROFESSORAS
TURMA 24ABCD CAMILA ALDIGUERI
FIGURA 10: CASA DA DONA LUCIENE l Acervo ➜ A casa possui um banheiro para três pessoas.

dos alunos LEGENDA E CINIRA ARRUDA

RUA ALBERTO MONTEIRO VEGETAÇÃO

21 53 ANTONIO WALBERTO
➜ O quintal alaga quando chove. MARINA RIBEIRO
CALÇAMENTO
20 0 20 40m THAIS VIEIRA
CASA SELECIONADA THAIS CARVALHO
ATELIÊ VI
TURMA N460

CAÇA E PESCA | FONTE: REGISTRADA PELOS ALUNOS

ANTONIO WALBERTO
MARINA RIBEIRO
THAIS VIEIRA
THAIS CARVALHO

PAISAGEM
VEGETAÇÃO
ESPAÇOS LIVRES
03
MAPA 16: Espaços livres na Comunidade e entorno
FONTE: ELABORADO PELOS ALUNOS

COMUNIDADE E ENTORNO |
CAÇA E PESCA
ANÁLISE:
Pode-se observar, na área em análise (Comunidade e Entorno), que
a Zona de Interesse Ambiental da Praia do Futuro (ZIA) estende-se
sobre a Área de Proteção Ambiental (ZPA) como em forma de uma
“cauda de peixe”. Desse modo, a porção da ZIA dentro da ZPA é
ocupada por residências e suas áreas livres. A contraponto pode-se
observar que a porção territorial situada a leste da ZPA é tão
adensada construtivamente quanto a porção com forma de “cauda
de peixe”, porém permanece dentro da zona de proteção. Já a
porção oeste é ocupada por terrenos de grandes proprietários de
terra. Assim, surge o questionamento: A quem serve o zoneamento
urbano e ambiental de Fortaleza?

ÁREA DE OCUP. IRREGULAR EM ZPA

ÁREA DE OCUP. IRREGULAR EM ZPA E APP

LEGENDA
COMUNIDADE CAÇA E PESCA
CORPOS D’ÁGUA
EQUIPAMENTOS DE LAZER
ÁREAS LIVRES SISTEMA VIÁRIO
ZIA PRAIA DO FUTURO
APP
VAZIOS URBANOS
ZPA
TOPOGRAFIA
0-5 ATELIÊ VI PROFESSORAS
TURMA 24ABCD CAMILA ALDIGUERI
10 - 15 E CINIRA ARRUDA
15 - 20

23 53 ANTONIO WALBERTO
20 - 25 MARINA RIBEIRO
THAIS VIEIRA
esc - 1:5.500 THAIS CARVALHO
MAPA 17: Espaços livres na Comunidade
FONTE: ELABORADO PELOS ALUNOS

QUADRA RUA |
CAÇA E PESCA

LEGENDA
COMUNIDADE CAÇA E PESCA

VAZIOS URBANOS
ÁREAS LIVRES SERVIÇOS
ÁREAS LIVRES PRIVATIVAS
ÁREAS LIVRES PÚBLICAS

TOPOGRAFIA
0-5 ATELIÊ VI PROFESSORAS
10 - 15 TURMA 24ABCD CAMILA ALDIGUERI
E CINIRA ARRUDA
15 - 20

24
20 - 25 ANTONIO WALBERTO
53 MARINA RIBEIRO
THAIS VIEIRA
esc - 1:1.500 THAIS CARVALHO
CASA LOTE |
CAÇA E PESCA
+ Dados referentes ao lote selecionado l
Área total lote: 145.72m²

Área de contribuição do telhado: 84.90m²

Área permeável: 60.82m²

Taxa de permeabilidade: 42%

FIGURA 11: Casa selecionada l


Google Earth
22.2
4.0

5.9
7.2

2.2
0.6

20.8

1 PLANTA BAIXA
SEM ESC.

FIGURA 12: Casa selecionada l Acervo dos alunos FIGURA 13: Casa selecionada l Acervo dos alunos

+ No mapa ao lado (Mapa 15), é possível compreender melhor os espaços livres da


Comunidade, mais especificamente do entorno da Travessa Alberto Monteiro.
MAPA 18: TRAVESSA ALBERTO MONTEIRO
A maioria das áreas verdes identificadas são privativas, ou seja, localizadas no interior FONTE: ELABORADO PELOS ALUNOS ATELIÊ VI PROFESSORAS
dos lotes, sendo geralmente os quintais das casas. Entretanto, também ao observar o TURMA 24ABCD CAMILA ALDIGUERI
Mapa 18, é possível perceber que apesar da presença de algumas áreas livres privativas, LEGENDA E CINIRA ARRUDA

a maioria dos lotes não apresentam espaços livres e/ou verdes. RUA ALBERTO MONTEIRO VEGETAÇÃO

25 53 ANTONIO WALBERTO
MARINA RIBEIRO
CALÇAMENTO
20 0 20 40m THAIS VIEIRA
CASA SELECIONADA THAIS CARVALHO
ATELIÊ VI
TURMA N460

CAÇA E PESCA | FONTE: REGISTRADA PELOS ALUNOS

ANTONIO WALBERTO
MARINA RIBEIRO
THAIS VIEIRA
THAIS CARVALHO

PAISAGEM
MOBILIDADE
E USOS
04
MAPA 19: Mobilidade na Comunidade e Entorno
FONTE: ELABORADO PELOS ALUNOS

COMUNIDADE E ENTORNO |
CAÇA E PESCA

Projeto de Via Paisagística com início na Praia do


Titanzinho, seguindo na orla pela Praia do Serviluz até a
Praia do Caça e Pesca, atravessando o Rio Cocó,
passando às margens das Dunas da Sabiaguaba e
terminando na Rodovia CE 010 com R. Precabura, entre
a Lagoa da Precabura e o Rio Pacoti.

LEGENDA
COMUNIDADE CAÇA E PESCA
CORPOS D’ÁGUA
VIA ARTERIAL
VIA COLETORA ATELIÊ VI PROFESSORAS
VIA LOCAL TURMA 24ABCD CAMILA ALDIGUERI
E CINIRA ARRUDA
VIA PAISAGÍSTICA
LINHA DE ÔNIBUS

27 53 ANTONIO WALBERTO
PARADA DE ÔNIBUS MARINA RIBEIRO
THAIS VIEIRA
esc - 1:5.500 THAIS CARVALHO
MAPA 20: Mobilidade na Comunidade
FONTE: ELABORADO PELOS ALUNOS

QUADRA RUA |
CAÇA E PESCA

LEGENDA
COMUNIDADE CAÇA E PESCA
RAIO PONTO DE ÔNIBUS
LINHA DE ÔNIBUS
PARADA DE ÔNIBUS
VIAS PEDONAIS
LARGURA ENTRE 1.0 - 1.6
LARGURA ENTRE 1.6 - 2.0

VIAS VEÍCULOS ATELIÊ VI PROFESSORAS


TURMA 24ABCD CAMILA ALDIGUERI
LARGURA ENTRE 2.0 - 6.0 E CINIRA ARRUDA
LARGURA ENTRE 6.0 - 14.0

28
ANTONIO WALBERTO
53 MARINA RIBEIRO
THAIS VIEIRA
esc - 1:1.500 THAIS CARVALHO
QUADRA RUA l
CAÇA E PESCA

1
cort1e

2
2e
cort

1 | AV. DIOGUINHO
Avenida larga, pavimentada de asfalto, de fluxo

5
5

corte
arterial. Presença de passeios mais largos e 4 | RUA SEM NOME 1
edificações mais altas.
Via local, com pavimentação6 de terra,

corte 6
com presença de terrenos murados e
áreas livres e com topografia íngreme.

cor
e3t
corte 4
4

50 0 50 100m
MAPA 21: Mapa de referência dos Cortes l Elaborado pelos alunos
2 | RUA OTACILO VERÇOSA
Rua local, pavimentada de pedra, com passeios
estreitos e com presença de edificações de dois
pavimentos.

3 | RUA GERMINIANO JUREMA 5 | RUA ALBERTO MONTEIRO


Rua local, parcialmente pavimentada de pedra, Rua local, pavimentada de pedra e concreto,
com crateras e presença de pontos de sem calçadas e utilizada para o acesso
alagamento. residencial e de veículos.

ATELIÊ VI PROFESSORAS
TURMA 24ABCD CAMILA ALDIGUERI
4 | RUA SEM NOME 1 6 | RUA SEM NOME 2 E CINIRA ARRUDA
Via local, com pavimentação de terra, com Beco estreito, com largura reduzida e de

29
ANTONIO WALBERTO
presença de terrenos murados e áreas livres e com
topografia íngreme.
tipologia recorrente na comunidade.
Pavimentação de concreto e impermeável.
53 MARINA RIBEIRO
THAIS VIEIRA
THAIS CARVALHO
MAPA 22: Uso e Ocupação do Solo na Comunidade
FONTE: ELABORADO PELOS ALUNOS

COMUNIDADE E ENTORNO l
CAÇA E PESCA

RELEVÂNCIA HISTÓRICA / CULTURAL: Casa de farinha

ÁREAS APROPRIADAS PELA POPULAÇÃO:


1 R. Sem Nome, apropriada pelos moradores e crianças
para conversar e jogar bola.

2 Área apropriada principalmente pelas crianças, para


brincadeiras e jogar bola.
6
Área apropriada principalmente pelas crianças, para
3
brincadeiras e jogar bola.

O Rio Cocó é ponto de encontro dos moradores para


4
tomar banho e pescar.

Parquinho localizado na R. Polari Maia, onde as crianças


5
brincam e os moradores socializam.

6 Areninha localizada próxima à Comunidade, onde as


crianças jogam bola.

2
3

LEGENDA
ATIVIDADES
ATIVIDADE PERMANENTE
ATIVIDADE SAZONAL
RELEVÂNCIA CULTURAL

PROCESSO HISTÓRICO DE OCUPAÇÃO


2017
2012
2007

USOS PREDOMINANTES 4 ATELIÊ VI PROFESSORAS


TURMA 24ABCD CAMILA ALDIGUERI
PARQUE URBANO E CINIRA ARRUDA
FAIXA DE PRAIA / ORLA

30
ANTONIO WALBERTO
RESIDENCIAL 53 MARINA RIBEIRO
THAIS VIEIRA
esc - 1:5.500 THAIS CARVALHO
MAPA 23: Uso e Ocupação do Solo na Comunidade
FONTE: ELABORADO PELOS ALUNOS

QUADRA RUA l
CAÇA E PESCA

LEGENDA
COMUNIDADE CAÇA E PESCA
HOSPEDAGEM
RESIDÊNCIA MULTIFAMILIAR
RESIDÊNCIA UNIFAMILIAR
COMERCIAL
MISTO
VAZIO
SEM USO IDENTIFICADO
ATELIÊ VI PROFESSORAS
NO BANCO DE DADOS TURMA 24ABCD CAMILA ALDIGUERI
E CINIRA ARRUDA

31
ANTONIO WALBERTO
53 MARINA RIBEIRO
THAIS VIEIRA
esc - 1:1.500 THAIS CARVALHO
ATELIÊ VI
TURMA N460

CAÇA E PESCA | FONTE: REGISTRADA PELOS ALUNOS

ANTONIO WALBERTO
MARINA RIBEIRO
THAIS VIEIRA
THAIS CARVALHO

URBANO
CARACTERIZAÇÃO SOCIOECONÔMICA E
INFRAESTRUTURA URBANA
05
CARACTERIZAÇÃO SOCIOECONÔMICA | CAÇA E PESCA
_
+
DEMOGRAFIA
DADOS GERAIS

De acordo com os dados do censo IBGE, entre 2000 e 2010, a No Mapa 17, é possível compreender a distribuição do número de POPULAÇÃO TOTAL SETORES
população de Fortaleza cresceu 14%. No mesmo período, no bairro habitantes em Fortaleza. Alguns bairros apresentam uma grande fonte: IBGE 2010 - elaborado pelos alunos
Praia do Futuro II, onde a Comunidade do Caça e Pesca está situada, concentração de habitantes, como é o caso do Mondubim e da Barra do
ocorreu um crescimento populacional acentuado de 64%, avançando de Ceará. Outros bairros, no entanto, apresentam poucos moradores, como
7.651 habitantes para 11.957 habitantes. o bairro da Sabiaguaba e a Praia do Futuro II. 29% Setor 01 - 1066 moradores
Setor 02 - 580 moradores
Já o número de domicílios aumentou em 96%, passando de 1.751 para 55%
Setor 03 - 2042 moradores
SETOR CENSITÁRIO - IBGE 2010
3.442 domicílios, mostrando um crescimento significativo no bairro.
16%
Setor Censitário é a menor unidade de coleta territorial do IBGE. Desse
É interessante perceber que o crescimento e a ocupação da área na
modo, a Comunidade do Caça e Pesca está inserida em 3 setores
qual a Comunidade está inserida avançou de forma rápida. O
censitários. Vamos determiná-los como Setor 01, Setor 02 e Setor 03. A
crescimento populacional, em 10 anos, foi 4,5 vezes maior que o do
Comunidade está dividida em proporções semelhantes entre os três
município.
CRESCIMENTO POPULACIONAL PRAIA DO FUTURO II setores.
fonte: IBGE 2010 - elaborado pelos alunos
A população total dos três setores é, de acordo com o IBGE (2010), Já de acordo com o PLHIS (Plano Local de Habitação de Interesse
1751 3688 habitantes. O Setor 03, o maior em extensão territorial, também Social) 2013, estima-se uma média de 5.894 habitantes e 1.473
2000 é o com maior número de moradores (2042). famílias na área que abrange a Comunidade do Caça e Pesca,
7651
resultando em uma média de 4 membros por família, que de acordo
Ao analisar a escala da Comunidade, é possível perceber que as áreas com entrevistas realizadas na área, são em sua maioria compostas por
3442
2010 com maior número de domicílios - e também de moradores - estão um casal e 2 filhos.
11957 inseridas nos setores 01 e 03. O Setor 02, apesar de ter uma
proporção territorial semelhante aos demais, possui alguns vazios Para se determinar uma estimativa de número de habitantes e número
0 3000 6000 9000 12000 urbanos. de famílias, o PLHIS utiliza um critério específico.*
N° de domicílios N° de habitantes
FONTE: ELABORADO PELOS ALUNOS

MAPA 25: POPULAÇÃO


fonte: IBGE 2010
N° de habitantes
1 2 Até 200
200 - 600
600 - 1.200
3
1.200 - 2.100

*Habitantes = (N° imóveis x 4) + (famílias coabitantes x 4) / Famílias = n° imoveis + (famílias


coabitantes) / Famílias coabitantes = n° imóveis x índice de coabitação

250 0 250 500m


100 0 100 200km ATELIÊ VI PROFESSORAS
MAPA 24: POPULAÇÃO TURMA 24ABCD CAMILA ALDIGUERI
fonte: SEFIN / PMF (2015) E CINIRA ARRUDA

N° de habitantes

33
ANTONIO WALBERTO
Até 10.148 19.934 a 33.612 53 MARINA RIBEIRO
THAIS VIEIRA
10.148 a 19.934 33.612 a 52.000 Acima de 52.000 THAIS CARVALHO
CARACTERIZAÇÃO SOCIOECONÔMICA | CAÇA E PESCA
_
+
RENDA
DADOS GERAIS SETOR CENSITÁRIO - IBGE 2010
RENDA NOMINAL MENSAL
Os dados do censo IBGE do ano 2000 indicam que a renda média da O IBGE classifica a renda nominal mensal dos setores censitário como a SETORES POR S.M.
área de estudo era R$496,57, cerca de 3,3 salários mínimos (R$151,00 soma dos rendimentos (do trabalho e outras fontes) que uma pessoa fonte: IBGE 2010 - elaborado pelos alunos
à época). de 10 anos ou mais de idade recebeu no período de um mês. 2%

2%
Já em 2010, essa média desceu para R$479,88, valor que corresponde É possível analisar que o Setor 03, além de concentrar o maior número
a apenas 0,9 salários mínimos (R$510,00 à época). Esses dados de moradores, também apresenta a maior renda nominal mensal, sendo 15% 2% até 1 salário mínimo
inferem um empobrecimento da população da Praia do Futuro II, que 3x maior que a renda do Setor 02 e 2x maior que a renda do Setor 01. de 1 a 3 salários mínimos
podem, entre outras consequências, influenciar na perda de qualidade 79% de 3 a 5 salários mínimos
do ambiente natural da região, devido a ocupações irregulares em superior a 5 salários mínimos

FONTE: ELABORADO PELOS ALUNOS


zonas de APP e ZPA. sem renda mensal
MAPA 27: POPULAÇÃO
No Mapa 19, é possível perceber a desigualdade da cidade de fonte: IBGE 2010
Fortaleza. Segundo dados do Instituto de Pesquisa e Estratégia Renda Nominal Mensal (R$)
Econômica do Ceará (Ipece), 7% dos fortalezenses concentram 26% da De acordo com o PLHIS, 60% dos assentamentos apresentam renda
1 2 Até 270 mensal dos responsáveis dos domicílios de 0 a 3 salários mínimos.
renda total da cidade, enquanto os 44 bairros de menor renda, que
270 - 700 Assim, levando em consideração essa afirmativa do PLHIS e os dados
somam quase metade da população (49%), concentram os mesmos
26%. 700 - 900 levantados pelo IBGE, estima-se que a média de renda da
VARIAÇÃO RENDA MÉDIA PRAIA DO FUTURO II 3 Comunidade seja de 0 a 2 salários mínimos.
Acima de 900
fonte: IBGE 2010 - elaborado pelos alunos

Em relação a fonte de renda, a maioria dos moradores da Comunidade


2000 496,57
do Caça e Pesca trabalham de forma informal, ou seja, não possuem
vínculos registrados na carteira de trabalho ou documentação
2010 479,88 250 0 250 500m equivalente.
470 477,5 485 492,5 500
É possível observar, no Mapa 20, a renda do entorno da Comunidade. Ao longo das visitas realizadas na Comunidade, percebeu-se que a
Renda Média Pode-se perceber que a renda nominal mensal da área é similar nos Praia do Futuro é a principal fonte de renda de muitos dos habitantes.
setores vizinhos, sendo os setores mais próximos da Sabiaguaba os São catadores de lixo reciclável, vendedores de cigarros, bronzeador,
que apresentam rendas mais baixas. sorvetes, chapéus, óculos, castanha de caju, queijo assado, água de
côco, dentre outras atividades. Outras formas de fonte de renda
Já ao analisar a renda nominal mensal por salários mínimos, também foram identificadas, como trabalhar em serviços (na pousada
compreende-se melhor a baixa renda dos habitantes da área, onde 79% localizada na área, por exemplo), peixarias, dentre outros.
possui renda de até 1 salário mínimo (R$510,00 em 2010) e apenas
5% renda superior a 5 salários mínimos (R$2.550).

RENDA NOMINAL MENSAL


SETORES
fonte: IBGE 2010 - elaborado pelos alunos

26%
100 0 100 200km Setor 01 - R$ 364,83 ATELIÊ VI PROFESSORAS
MAPA 26: RENDA MÉDIA Setor 02 - R$ 261,52 TURMA 24ABCD CAMILA ALDIGUERI
fonte: IBGE Censo 2010 56% Setor 03 - R$ 793,59 E CINIRA ARRUDA
Renda Média (R$) 18%

34
ANTONIO WALBERTO
197.05 - 832.21 1467.38 - 2102.54 2737.70 - 3372.86 53 MARINA RIBEIRO
THAIS VIEIRA
832.21 - 1467.38 2102.54 - 2737.70 THAIS CARVALHO
CARACTERIZAÇÃO SOCIOECONÔMICA | CAÇA E PESCA
_
+
ESCOLARIDADE
DADOS GERAIS

Segundo a classificação do IBGE, uma pessoa alfabetizada é aquela NÍVEL DE INSTRUÇÃO PRAIA ALFABETIZAÇÃO SETORES
que tem a capacidade de ler ou escrever um texto simples no seu DO FUTURO II fonte: IBGE 2010 - elaborado pelos alunos
idioma de origem. fonte: IBGE 2010 - elaborado pelos alunos

Dados do Censo 2010 indicam que 93,4% da população de Fortaleza 22%


16%
são alfabetizados. Esse número aumentou aproximadamente 12% em 28% habitantes alfabetizados
comparação com os dados coletados pelo Censo 2000. Sem instrução e fundamental incompleto habitantes analfabetos
Fundamental completo e médio incompleto
Entretanto, ao considerar a escala da Paia do Futuro II, apenas Médio completo e superior incompleto
Superior completo 78%
88,70% da população sabiam ler e escrever, 1,05 vezes menor que a 37%
19%
média da capital. Além disso, 72% da população do bairro Praia do
Futuro II possui o ensino fundamental completo. Entretanto, apenas
16% dos habitantes possuem nível superior completo. ALFABETIZAÇÃO SETORES POR
IDADE
Segundo o Índice de Desenvolvimento Educacional de Fortaleza por SETOR CENSITÁRIO - IBGE 2010 fonte: IBGE 2010 - elaborado pelos alunos
Bairros (IDE), baseado no Censo Demográfico de 2010, a Praia do
Futuro II possui aproximadamente 22% da população em idade ativa Na escala do setor censitário, 78% da população é alfabetizada, 1,2x 4%
analfabeta ou com Ensino Fundamental Incompleto. O bairro com pior menor que a média do município e 1,26x menor que a média do bairro 20%
índice é o Conjunto Palmeiras (72,49%). 35%
Meireles, o com melhor taxa de alfabetização de Fortaleza, possuindo até 20 anos
quase 100% dos habitantes alfabetizados (98,8%). de 21 a 40 anos
Pode-se também perceber, no Mapa 21, que os bairros com maiores de 41 a 60 anos
níveis de alfabetização de Fortaleza estão localizados na região acima de 61 anos
FONTE: ELABORADO PELOS ALUNOS

central da cidade, como Meireles e Aldeota, enquanto aqueles que 41%


concentram os piores índices tendem a estar situados na periferia, o MAPA 29: ALFABETIZAÇÃO
que evidencia que os bairros mais pobres são os responsáveis pelo fonte: IBGE 2010
grande número de analfabetos. Ao tratar o dimensionamento de esquipamentos educacionais, Moretti
Alfabetização (%) (1997) estabelece que escolas de Ensino Infantil apresentam um raio
1 2 74 - 76% de atendimento de 500m, de Ensino Fundamental um raio de 800m e
76 - 84% de Ensino Médio um raio de 1.600m.
3 Dessa forma, como é possível observar no Mapa 39, na Pprancha
41/53, a Comunidade é abrangida por 3 escolas, sendo nenhuma de
Ensino Médio. O Centro Educacional Sol, que possui uma concorrência
de mais de 80 crianças por vaga, o Centro Educacional Vitória, que é
Creche Infantil e Ensino Fundamental, e a Escola Municipal Frei Tito de
Alencar Lima, de Ensino Infantil e Fundamental.
250 0 250 500m

No Mapa 22, observa-se que o entorno da Comunidade possui um nível


100 0 100 200km de alfabetização semelhante, entre 74 e 84% de alfabetizados. ATELIÊ VI PROFESSORAS
MAPA 28: ALFABETIZAÇÃO TURMA 24ABCD CAMILA ALDIGUERI
fonte: IBGE Censo 2010 E CINIRA ARRUDA
Alfabetização (%)

35
ANTONIO WALBERTO
77.33 - 80.81 84.29 - 87.77 91.25 - 94.73 53 MARINA RIBEIRO
THAIS VIEIRA
80.81 - 84.29 87.77 - 91.25 THAIS CARVALHO
CARACTERIZAÇÃO INFRAESTRUTURA URBANA | CAÇA E PESCA
_
+
ESGOTAMENTO SANITÁRIO
DADOS GERAIS SETOR CENSITÁRIO - IBGE 2010
VIA SETORES ESGOTAMENTO
O esgotamento sanitário é o principal problema de infraestrutura Nas visitas realizadas a Comunidade, foi possível perceber a SANITÁRIO
identificado na área de estudo. Observa-se também uma precariedade precariedade do esgotamento sanitário na área. Praticamente 100% fonte: IBGE 2010 - elaborado pelos alunos
na rede de esgoto em todo o município, haja vista que apenas 60% dos domicílios não possuem ligação com a rede pública de esgoto,
dos domicílios de Fortaleza estão ligados a rede geral de esgoto. Ao fazendo uso de vias alternativas, como a fossa séptica, a fossa 3% 9%
analisar individualmente bairros da cidade, percebe-se uma expressiva rudimentar ou até mesmo nenhuma via, despejando o esgoto nas ruas
desigualdade na oferta deste serviço, pois há bairros com percentual ou nos quintais. via rede de esgoto
27%
de cobertura acima de 95% e outros com menos de 5%. via fossa séptica
Ao analisar os setores, confirmou-se essa precariedade, pois apenas 9% via fossa rudimentar
62% outras vias
Em relação ao bairro no qual a Comunidade está inserida, de acordo dos domicílios possuem ligação com a rede de esgoto. Os demais
com o censo IBGE 2010, apenas 37,01% dos domicílios da Praia do domicílios fazem uso de vias alternativas, sendo a fossa rudimentar,
Futuro II estão ligados à rede geral de coleta de esgoto. Os outros que consiste basicamente de um buraco na terra que recebe todos os
63% utilizam outras formas de despejo de dejetos, como fossa dejetos sem qualquer tratamento, a mais utilizada, estando presente
séptica, fossa rudimentar ou até mesmo jogado diretamente nas vias. em 62% dos domicílios, em sua maioria localizados no Setor 03. A ausência de rede de esgoto na Comunidade apresenta diversos
riscos aos moradores. Sendo considerado um problema de saúde
É importante ressaltar que a variável do IBGE 2010 identifica o De acordo com o PLHIS (Plano Local de Habitação de Interesse Social), pública, a precariedade do sistema pode provocar doenças que são
esgotamento sanitário ligado à rede geral tanto do esgoto quanto mais da metade dos assentamentos precários de Fortaleza, cerca de transmitidas por meio hídrico ou pelo contato direto com o esgoto.
pluvial. A pluvial é caracterizada por conexões clandestinas à rede de 63%, necessitam de investimento em infraestrutura de esgotamento
drenagem, de modo que o esgoto é encaminhado diretamente para o sanitário, visto que a forma mais eficiente e adequada ao meio Além da saúde pública, o meio ambiente também é prejudicado. A
mar, causando danos ambientais ao recurso hídrico. ambiente urbano e à população é a rede de tratamento de esgoto. utilização de fossas rudimentares contamina o solo e o lençol
freático.

Outra forma de escoamento adotada é por meio de ligações


FONTE: ELABORADO PELOS ALUNOS

clandestinas, que causam diversos danos ao meio ambiente, afetando


MAPA 31: ESGOTO a qualidade da água e ocasionando a poluição de rios e mares.
fonte: IBGE 2010
Esgotamento (%)
1 2 0% FIGURA 14: Fossa séptica
0 - 5% identificada em visita à
Comunidade l Acervo dos
Acima de 5%
3 alunos

250 0 250 500m


100 0 100 200km
MAPA 30: ESGOTAMENTO SANITÁRIO
fonte: IBGE Censo 2010
Esgotamento Sanitário (%)
ATELIÊ VI PROFESSORAS
0.54 - 20.41 40.28 - 60.15 80.02 - 99.89 TURMA 24ABCD CAMILA ALDIGUERI
E CINIRA ARRUDA
20.41 - 40.28 60.15 - 80.02

36
ANTONIO WALBERTO
53 MARINA RIBEIRO
THAIS VIEIRA
THAIS CARVALHO
CARACTERIZAÇÃO INFRAESTRUTURA URBANA | CAÇA E PESCA
_
+
ÁGUA
DADOS GERAIS SETOR CENSITÁRIO - IBGE 2010
FORMAS DE ABASTECIMENTO
A Região Metropolitana de Fortaleza está inserida em uma paisagem Na escala dos setores censitários, 94% da área é abastecida pelo DE ÁGUA SETORES
litorânea composta com um conjunto de Bacias Hidrográficas de sistema de rede geral da CAGECE (Companhia de Água e Esgoto do fonte: IBGE 2010 - elaborado pelos alunos
médio e pequeno porte. A rede de distribuição de água tratada tem, Ceará). Apenas 6% da área utiliza outras formas de abastecimento,
em média, 4.667km de extensão, com um índice de cobertura de água como poço/nascente na propriedade. 2%
de 98,49%, ou seja, praticamente todo o município é bem servido de
água. ABASTECIMENTO DE ÁGUA SETORES 4%
fonte: IBGE - elaborado pelos alunos rede geral
A Praia do Futuro II está localizada entre os bairros com melhor poço ou nascente na propriedade
94% outras formas de abastecimento
abastecimento de água, juntamente com Meireles, Aldeota e Mucuripe.

FORMAS DE ABASTECIMENTO
DE ÁGUA EM FORTALEZA
fonte: IBGE 2010 - elaborado pelos alunos Apesar de 94% da área dos setores possuir ligação com a rede geral
1%
de distribuição de água, em visitas à Comunidade foi possível detectar
5% alguns problemas no abastecimento.
1%
rede geral O principal problema no abastecimento está relacionado a topografia,
poço ou nascente na propriedade pois é comum faltar água nos pontos mais altos da Comunidade. Isso
poço ou nascente fora da propriedade rede geral (94%) outras formas de abastecimento (6%) ocorre porque o sistema funciona por pressão e, talvez, a bomba não
93%
outra
esteja corretamente calculada para a área. Desse modo, a
despressurização da rede geral e a distribuição da água acaba sendo
FONTE: ELABORADO PELOS ALUNOS

prejudicada.
MAPA 33: ÁGUA
fonte: IBGE 2010 Na primeira visita realizada, dia 09 de março, a Comunidade estava
há 4 dias corridos sem água. Devido essa falta d’água sem aviso
Abastecimento por Rede
prévio, alguns moradores optam por formas alternativas de
1 2 Geral (%)
abastecimento, como poços, cisternas e também caixas d’água.
0 - 70%
70 - 90% Outro ponto a ser destacado é que, apesar dos problemas
3 90 - 100% identificados, a Comunidade do Caça e Pesca está localizado em um
dos bairros com melhor abastecimento de água da cidade.

FIGURA 15: Foram identificadas


diversas casas com ligação
250 0 250 500m com a Cagece em visita à
Comunidade l Acervo dos
alunos
100 0 100 200km No Mapa 26 é possível verificar que a Comunidade é bem servida da
MAPA 32: ABASTECIMENTO DE ÁGUA rede geral de abastecimento de água. Entretanto, é interessante
fonte: IBGE Censo 2010 destacar que os setores do entorno com menor rede de abastecimento ATELIÊ VI PROFESSORAS
são os locados inteiramente (ou sua maior porção) em zonas de APP e TURMA 24ABCD CAMILA ALDIGUERI
Abastecimento de Água (%) E CINIRA ARRUDA
ZPA.
55.84 - 64.58 73.32 - 82.06 90.80 - 99.54

37 53 ANTONIO WALBERTO
64.58 - 73.32 82.06 - 90.80 MARINA RIBEIRO
THAIS VIEIRA
THAIS CARVALHO
CARACTERIZAÇÃO INFRAESTRUTURA URBANA | CAÇA E PESCA
_
+
ENERGIA ELÉTRICA E ILUMINAÇÃO PÚBLICA
DADOS GERAIS

A rede geral de energia elétrica da cidade de Fortaleza abrange ENERGIA ELÉTRICA POR com áreas escuras, por exemplo, que contribuem para a insegurança
praticamente todo o município, havendo poucas áreas sem serviço de DOMICÍLIOS SETORES nos assentamentos e na cidade.
energia. fonte: IBGE - elaborado pelos alunos
ILUMINAÇÃO PÚBLICA
Em relação a iluminação pública, atualmente cerca de 72% (193.41 1% SETORES
fonte: IBGE - elaborado pelos alunos
mil pontos) da iluminação pública de Fortaleza está equipada com luz
4%
de LED, um dado 3x maior que o de 2013, no qual o índice era de de companhia distribuidora
apenas 21,45%. de outras fontes
95% sem energia elétrica 4%
possui iluminação pública
não possui iluminação pública
96%

FONTE: ELABORADO PELOS ALUNOS


MAPA 35: ENERGIA Na análise da escala dos setores censitários, confirma-se a
ELÉTRICA afirmativa do PLHIS. Cerca de 96% da área possui o serviço de
fonte: IBGE 2010 iluminação pública. Nas visitas realizadas, foram visto novos postes
1 2 De companhia distribuidora (%) de luz com luz de LED, implementados recentemente.
90 - 95%
95 - 100% Uma iluminação pública de qualidade nos espaços públicos contribui
3 para melhor qualidade de vida e redução dos índices de violência.

100 0 100 200km


Entretanto, vale a pena questionar a qualidade desse serviço. A
iluminação pública deve respeitar a NBR 5101, que dispõe os
MAPA 34: ENERGIA ELÉTRICA requisitos que a iluminação pública deve atender, de forma a
fonte: IBGE Censo 2010 promover benefícios econômicos e sociais aos cidadãos.
Energia Elétrica (%)
250 0 250 500m FIGURA 16: Em visita à
96.02 - 97.01 98.01 - 99.00 Comunidade, foram identificados
97.01 - 98.01 99.00 - 100.00 No Mapa 28, é possível identificar que toda a Comunidade possui mais diversos pontos de iluminação
de 90% dos domicílios com energia elétrica via companhia distribuidora. pública l Acervo dos alunos
SETOR CENSITÁRIO - IBGE 2010
Segundo o PLHIS, com relação à energia elétrica domiciliar, a maioria
Na escala dos setores censitários, 95% da área possui rede de dos assentamentos de Fortaleza estão ligados à rede elétrica com
energia elétrica e apenas 1% não possui energia elétrica. medidor, cerca de 78% dos assentamentos, sendo esse o caso da
Comunidade do Caça e Pesca.
Entretanto, nas informações trocadas durante as visitas na
Comunidade, foi possível perceber que a prática do “gato”, que Já em relação ao serviço de iluminação pública, o PLHIS afirma que em
consiste em uma ligação clandestina para furtar energia elétrica sem termo quantitativo, praticamente a totalidade dos assentamentos de
pagar pelo valor consumido, é bastante comum na área. Fortaleza são contemplados com iluminação pública. ATELIÊ VI PROFESSORAS
TURMA 24ABCD CAMILA ALDIGUERI
E CINIRA ARRUDA
Essa prática pode colocar em risco a rede elétrica e o responsável Entretanto, essa análise não contempla a qualidade do serviço. Apesar

38
ANTONIO WALBERTO
pela ligação clandestina, sendo crime previsto em lei no artigo 155 do
Código Penal.
de Fortaleza ser praticamente toda coberta pela rede de energia elétrica
pública, é possível identificar falhas em relação a qualidade,
53 MARINA RIBEIRO
THAIS VIEIRA
THAIS CARVALHO
CARACTERIZAÇÃO INFRAESTRUTURA URBANA | CAÇA E PESCA
_
+
COLETA DE LIXO
DADOS GERAIS

A cidade de Fortaleza possui hoje um sistema de gestão de resíduos


que conta com coleta domiciliar porta a porta, em dias alternados,
realizado por meio de sistema de concessão. O serviço conta com
Entretanto, em visita à Comunidade, alguns problemas foram
identificados em relação ao serviço de lixo. As ruas estreitas, por
exemplo, dificultam o percurso do caminhão de lixo. Também foi
+ "A gestão do lixo é complexa e envolve uma multiplicidade de atores
e questões, de natureza tanto ambiental como social, passando pela

possível identificar lixo depositado em terrenos baldios e logradouros. responsabilidade individual de cada um em diminuir a produção do
coleta, transporte, destinação e tratamento final dos resíduos sólidos.
Cerca de 107 mil toneladas de lixo são recolhidas em 25 zonas próprio lixo, bem como pelo desenvolvimento de alternativas de
geradoras de lixo por caminhões de coleta e outros equipamentos. Um espaço público livre, localizado na R. Polari Maia, próximo ao reaproveitamento e modos de coleta e reciclagem.

 parquinho, é uma área de depósito de descarte de lixo e entulho.
A Autarquia de Regulação Fiscalização e Controle dos Serviços (Mapa 39, prancha 4/53). (ROLNIK, RAQUEL. 2016)
Públicos de Saneamento Ambiental (Acfor) é a responsável por
monitorar e fiscalizar toda a operação referente ao lixo. Esse lixo depositado nas ruas, a céu aberto, atrai ratos, baratas e
moscas, o que pode trazer doenças à população. Além das doenças, o
Em 2017, a Prefeitura lançou o Plano de Gestão de Resíduos Sólidos. lixo jogado nas ruas contribui para o entupimento das redes de esgoto, FIGURA 17: Lixão identificado
em visita à Comunidade l Acervo
o que pode gerar alagamentos e causar danos às casas. dos alunos

FONTE: ELABORADO PELOS ALUNOS MAPA 37: COLETA


DE LIXO
fonte: IBGE 2010
1 2 Coleta de lixo (%)
60 - 80%
80 - 90%
3 FIGURA 18: Lixão identificado
90 - 100% em visita à Comunidade l Acervo
dos alunos

100 0 100 200km


MAPA 36: COLETA DE LIXO
fonte: IBGE Censo 2010
Coleta de Lixo (%) 250 0 250 500m

78.18 - 82.54 86.91 - 91.27 95.64 - 100.00


82.54 - 86.91 91.27 - 95.64
COLETA DE LIXO SETORES
SETOR CENSITÁRIO - IBGE 2010 fonte: IBGE - elaborado pelos alunos

Segundo o PLHIS (Plano Local de Habitação de Interesse Social), a 4%


maioria dos assentamentos de Fortaleza são atendidos pela coleta de
2%
lixo, sendo 75% dos assentamentos contemplados pelos serviços de lixo coletado
coleta pública. lixo queimado na propriedade
94% lixo enterrado na propriedade ATELIÊ VI PROFESSORAS
TURMA 24ABCD CAMILA ALDIGUERI
Na escala dos setores censitários, 94% da área é abrangida pela lixo jogado em terreno baldio ou logradouro E CINIRA ARRUDA
coleta de lixo, que pode ser coletado diretamente pelo serviço de

39 53 ANTONIO
limpeza ou em caçamba de serviço de limpeza, quando o lixo do WALBERTO
MARINA RIBEIRO
domicílio é depositado em uma caçamba, tanque ou depósito, fora do THAIS VIEIRA
domicílio, para depois ser coletado pelo serviço de limpeza. THAIS CARVALHO
MAPA 38: Equipamentos na Comunidade e entorno
FONTE: ELABORADO PELOS ALUNOS

EQUIPAMENTOS | CAÇA E PESCA


_
+ EQUIPAMENTOS

LAZER
Foram identificados 3 polos de lazer no entorno da Comunidade.
A Areninha, localizada na Av. Clóvis Arrais Maia, a Praça da Paz
Dom Hélder Câmara e Praça do Shopping Riomar. Para análise
do raio de alcance das áreas de lazer, considerou-se o
estabelecido por Moretti (1997) de 500m. Nesse raio, apenas a
Areninha abrange a Comunidade. Nas visitas de campo,
confirmou-se que a Areninha é bastante utilizada pela
população. Entretanto, os moradores sentem falta de outros
equipamentos de lazer, sendo apenas um insuficiente para a
área.

SAÚDE
Foram identificados 3 equipamentos de saúde no entorno da
Comunidade. O Posto de Saúde Frei Tito, a UPA da Praia do
Futuro e o HGF (Hospital Geral de Fortaleza). O HGF, por ser um
hospital geral, abrange todo o município. Considerando raios de
atendimento estabelecidos por Moretti (1997) de 2000m, a
Comunidade é servida pelo HGF e o Posto de Saúde Frei Tito,
que encontra-se geralmente superlotado e insuficiente para a
população.

EDUCAÇÃO
É possível identificar até mais de 10 escolas no entorno da
Comunidade. Entretanto, de acordo com o radio de atendimento
estabelecido por Moretti (1997) de 800m, a Comunidade é
servida por 3 escolas, sendo apenas uma pública. O Centro
Educacional Sol, que possui uma concorrência de mais de 80
crianças por vaga, o Centro Educacional Vitória, que é Creche
Infantil e Ensino Fundamental, e a Escola Municipal Frei Tito de
Alencar Lima, de Ensino Infantil e Fundamental. Pode-se
perceber a ausência de escolas de Ensino Médio. É também
LEGENDA importante comparar os serviços oferecidos na Praia do Futuro
II e em seu entorno, pois pode-se perceber uma concentração
ENSINO INFANTIL
de equipamentos educacionais na Cidade 2000 e Cocó e
ESCOLA ausência de tais equipamentos na área de estudo.
POLOS DE LAZER
SAÚDE
UNIVERSIDADE

RAIOS DE ABRANGÊNCIA

ENSINO INFANTIL 500m


ATELIÊ VI PROFESSORAS
ESCOLA 800m TURMA 24ABCD CAMILA ALDIGUERI
E CINIRA ARRUDA
SAÚDE 2000m

40 53 ANTONIO
POLOS DE LAZER 600m WALBERTO
MARINA RIBEIRO
UNIVERSIDADE THAIS VIEIRA
esc - 1:10.100 THAIS CARVALHO
MAPA 39: Espacialização da infraestrutura urbana
FONTE: ELABORADO PELOS ALUNOS

INFRAESTRUTURA URBANA | CAÇA E PESCA

LEGENDA
COMUNIDADE CAÇA E PESCA
POLO DE LAZER: ARENINHA
EQUIPAMENTOS EDUCACIONAL:
CENTRO EDUCACIONAL VITÓRIA
VIAS COM ACESSO DO CAMINHÃO
DE COLETA DE LIXO
LIXO ACUMULADO
PONTO DE ÔNIBUS
LINHA DE ÔNIBUS
DEFICIÊNCIA NO ABASTECIMENTO
DE ÁGUA
ATELIÊ VI PROFESSORAS
TOPOGRAFIA TURMA 24ABCD CAMILA ALDIGUERI
0-5 E CINIRA ARRUDA

10 - 15

41 53 ANTONIO WALBERTO
15 - 20 MARINA RIBEIRO
THAIS VIEIRA
20 - 25 esc - 1:1.500 THAIS CARVALHO
ATELIÊ VI
TURMA N460

CAÇA E PESCA | FONTE: REGISTRADA PELOS AUTORES

ANTONIO WALBERTO
MARINA RIBEIRO
THAIS VIEIRA
THAIS CARVALHO

URBANO
CARACTERÍSTICAS
HABITACIONAIS
06
CARACTERÍSTICAS HABITACIONAIS | BANCO DE DADOS
_
A favela, como experiência visual e de estética particular, fez
parte do imaginário urbano como porção do território da
cidade que não está adequado às regras formais de
+ LABIRINTO
ordenamento e construção, que corriqueiramente passa por A formação da malha interna das favelas constituída pelo
tentativas de adequação ao tecido regular urbano. Com a seu longo, contínuo e sem preocupações urbanísticas
Comunidade do Caça e Pesca não é diferente. Situado às processo de formação se dá de modo irregular,
“bordas” da cidade dita formal sobre território de dunas, o configurando-se forma labiríntica.
lugar é considerado “parte da cidade só que não muito”. Sem
o apoio do poder público para fornecer direitos básicos, a No Caça e Pesca esse fenômeno faz-se visível na forma
população local reivindica e em vitórias diárias consegue como o crescimento das fachadas desordenadas e que
acesso a água, luz, coleta de lixo. A drenagem é feita pela passam por frequentes mudanças, sobreposto à
comunidade da forma que é possível, o zoneamento é formação de ruelas e becos que dão acesso a uma
decidido pelos próprios moradores. grande quantidade de habitações. O ato de caminhar
pelas ruas da favela é mais que um simples ato de se
Para além dos inúmeros problemas, a favela e sua estéticas locomover por coordenadas geográficas, mas sim é uma
são próprias, únicas e como questiona Paola Berenstein em FIGURA 21: Paisagem labiríntica no Caça e Pesca l Acervo verdadeira experiência estética e de desvendura de
"Estética da favela": Por que é tão necessário uniformizar o dos alunos
novas realidades a cada esquina.
tecido urbano da favela, por que não se assume o território e

+

suas características como únicos? A Favela como fragmento
se fraciona e se agrega de acordo com a vida e os desafios
cotidianos, ela é como uma grande casa coletiva que cria RIZOMA
cenários e surpresas a cada nova esquina como um labirinto,
e como rizoma ela forma novos territórios, novos “pedaços”
de cidade. A construção de favelas em terrenos livres dentro da

 cidade possui característica selvagem e assemelha-se ao

+ FRAGMENTO
crescimento de ervas em meio de árvores, ocupando todo
o espaço horizontal possível e, às vezes, verticalizando-
se, esse crescimento não domesticável dessas
comunidades é o que a autora Paola Berestein
Constituem-se como fragmentos a construção de forma caracteriza como rizoma. Essas comunidades costumam
fracionada das favelas a partir da lógica contrária a viver sob as próprias leis e buscam se organizar para
arquitetura da cidade formal. estabelecer melhores condições de vida, já que não
FIGURA 19: Estética da Favela, via na Comunidade l Acervo dos possuem fácil acesso à infraestrutura oferecida a outras
alunos Por muitas vezes na visita foi possível se observar na área partes da cidade.
FIGURA 22: Comunidade do Caça e Pesca em 2007 |
as marcas da constante construções das casas do Caça e Acervo dos alunos
Pesca onde nota-se que a aplicação de novos materiais é Analisando imagens de satélite, a partir de 2007, pode-
feita em diferentes momentos e há contraste de marcas do se observar que o tecido da favela vem crescendo e
tempo em seus materiais. expandindo sua área, ocupando cada vez mais a Zona de
Proteção ambiental às margens do rio Cocó. Por outro
Ao andar pela comunidade percebe-se o efeito de lado o crescimento da comunidade é limitado pelas
fragmentação de suas construções pelas características das barreiras físicas, como a Av. Dioguinho e os terrenos
fachadas que possuem aparência de inacabada, mostrando privados, que barram o crescimento horizontal. Esse fator
que estas estão frequentemente sofrendo intervenções por se reflete na comunidade por meio do crescimento
seus moradores, para que melhorias sejam feitas. vertical das moradias, que já chegam alcançar a altura de
quatro andares.Tais barreiras, além de limitadores físicos,
Isso ocorre porque, diferente das construções feitas na dificultam a interação dos moradores com a cidade dita
cidade formal que buscam uma estética final, na favela as formal.
autoconstruções são feitas de acordo com as condições 

limitadas, sejam elas financeiras, de espaço, de tempo ou
estruturais. Por conta disso, é possível notar nas fachadas
às vezes inacabadas que mostram que tais casas foram
construídas apenas até onde o morador pode comprar os ATELIÊ VI PROFESSORAS
TURMA 24ABCD CAMILA ALDIGUERI
materiais, ou até mesmo ao se observar construções E CINIRA ARRUDA
FIGURA 20: Diferentes tipos de texturas e materiais que paradas no meio do processo e casas com novos
compõem as construções locais como tijolos aparentes com ou FIGURA 23: Comunidade do Caça e Pesca em 2009 |

43
pavimentos recém construídos ou ainda em construção. ANTONIO WALBERTO
sem reboco e revestimentos diversos | Acervo dos alunos

Acervo dos alunos 53 MARINA RIBEIRO
THAIS VIEIRA
THAIS CARVALHO
CARACTERÍSTICAS HABITACIONAIS | BANCO DE DADOS
_
O levantamento dos dados sobre a comunidade do Caça e Pesca foi
feito a partir de shapes do Q-Gis, por meio de análises fotográficas
e informações coletadas em visitas ao local. O Banco de dados foi
desenvolvido em conjunto com as outras equipes da turma dividida
por meio de “áreas”. Essa equipe ficou responsável pela área 1.

1 l MAPA 40: ALTURAS 2 l MAPA 41: PAVIMENTOS


LEGENDA LEGENDA
Altura das edificações (m) N° de pavimentos
fonte: Banco de dados elaborado pelos alunos fonte: Banco de dados elaborado pelos alunos
1.00 – 2.00 6.00 – 12.00 1
2.00 – 2.10 CASAS QUE NÃO POSSUEM 2
2.10 – 3.00 DADOS DISPONÍVEIS 3
3.00 – 6.00 4à7
6.00 – 12.00 CASAS QUE NÃO POSSUEM
DADOS DISPONÍVEIS

A porção territorial da comunidade do Caça e Pesca em Dentro do perímetro analisado, nota-se a grande
estudo mostra ter uma altura geral de seus gabaritos predominância de edificações de 1 e 2 pavimentos,
bem homogênea, em sua maioria distribuindo-se entre essas geralmente localizadas ao longo das vias de
2.50 e 6.50 metros (edificações com 1, 2 e 3 acesso e na parte mais consolidada da Comunidade,
pavimentos). Nota-se duas edificações mais altas, de com exceção de algumas edificações localizadas mais
até 23 metros, localizadas às margens da Comunidade. ao norte do mapa e próximas à Av. Dioguinho, área que
também é a menos adensada construtivamente.
Durante as visitas à Comunidade, observou-se a
existência de edificações de alturas muito mais baixas Pode-se observar que gabarito baixo é uma
que o recomendável (de acordo com a NBR 15.575 - característica geralmente identificada em ATELIÊ VI PROFESSORAS
edificações habitacionais, é recomendável um pé-direito assentamentos precários, devido a baixa renda dos TURMA 24ABCD CAMILA ALDIGUERI
E CINIRA ARRUDA
de no mínimo 2.50m). moradores, que não possuem condições financeiras
para construir edificações de muitos pavimentos.

44 53 ANTONIO
Essa altura reduzida é geralmente decorrente da falta WALBERTO
FIGURA 24: Integrante da equipe com 1.80m FIGURA 25: Área com MARINA RIBEIRO
de recursos financeiros ou do aterramento das ruas no de altura em relação a altura da casa | Acervo THAIS VIEIRA
edificações mais consolidas |
entorno da moradia. dos alunos THAIS CARVALHO
Acervo dos alunos

CARACTERÍSTICAS HABITACIONAIS | BANCO DE DADOS
_
3 l MAPA 42: ÁREA DO LOTE 4 l MAPA 43: ÁREA DA BASE E ÁREA CONSTRUÍDA
LEGENDA LEGENDA
fonte: Banco de dados elaborado pelos alunos
Área Lote (m²)
Área da base (m²) Área construída (m²)
fonte: Banco de dados elaborado pelos alunos
4 – 30 12 – 60
12 – 30 500 – 1100
30 – 60 60 – 100
30 – 60 CASAS QUE NÃO POSSUEM
60 – 100 100 – 200
60 – 100 DADOS DISPONÍVEIS
100 – 200 200 – 1000
100 – 250
200 – 400 1000 – 2533
250 – 500

No mapa acima, identificamos todos os lotes e casas da Assim, pode-se perceber a incapacidade de aplicar
Comunidade. tais recomendações em diversos lotes, pois seria No mapa acima, foram analisados os dados de Área da base
necessário, em muitos casos, ocupá-los 100% para e Área construída. De acordo com a LUOS 2016 do município
Em destaque estão os lotes de 12m² a 30 m², que construir edificações de dimensões consideráveis. de Fortaleza, a Área construída é a área de construção de
estão abaixo da medida recomendada, de 30 a 60 m², piso do pavimento, inclusive as ocupadas por paredes e
que apesar de maior do que recomendado ainda é de pilares, incluindo-se as áreas comuns e excluido-se os vazios
tamanho reduzido, considerando que normalmente a Sala Estar 10 m² de poços de ventilação e iluminação.
casa é do mesmo tamanho do lote e geminadas, não
propiciando qualidade. Copaminimas
Tabela com areas 4.00 m² Assim, em relação a área construída, a maioria dos imóveis
Também identificamos que a maioria dos lotes se analisados apresentam entre entre 60 e 100m² de área. É
Cozinha 4.00 m² possível notar um percentual menor de imóveis com até
encontram na faixa de 60 - 100 m², sendo de tamanho
consideravelmente agradável. 200m² e uma parcela mínima com até 400m² de área
Dois dormtórios 7.50 m²
construída. ATELIÊ VI PROFESSORAS
De acordo com o Código de Obras, considerando as Banheiro compartilhado
TURMA 24ABCD CAMILA ALDIGUERI
1.50 m² E CINIRA ARRUDA
áreas mínimas dos ambientes de uma edificação Não existe uma aparente padrão para a distribuição dos
residencial de habitação social (no caso, consideramos imóveis menores que estão distribuídos por toda a

45 53 ANTONIO WALBERTO
sala de estar, copa, cozinha, um banheiro compartilhado Tabela com áreas mínimas para habitação de comunidade. Nota-se que os maiores imóveis estão na área MARINA RIBEIRO
entre todos os moradores e dois dormitórios), interresse social de acordo com o Código de menos adensada próxima a Av. Dioguinho. THAIS VIEIRA
identificamos o recomendável de 30m² de área. Obras de Fortaleza. THAIS CARVALHO
CARACTERÍSTICAS HABITACIONAIS | BANCO DE DADOS
_
5 l MAPA 44: RECUO FRONTAL 6 l MAPA 45: RECUO LATERAL E DE FUNDO
LEGENDA LEGENDA fonte: Banco de dados elaborado pelos alunos
Recuo frontal (m) Recuo de fundo (m) Recuo lateral (m)
fonte: Banco de dados elaborado pelos alunos 0.0 – 0.5 0.0 – 0.5
0 0.5 – 4.0
0.5 – 5.0
0.5 – 4 5.0 – 15.0 4.0 – 8.0
4–8 8.0 – 12.0
15.0 – 25.0
8 – 12 12.0 – 15.0
25.0 – 38.6
12 – 16.2

Em uma área urbana altamente adensada Podemos novamente identificar que a grande porção Recuo frontal: *Opcional
construtivamente, é difícil identificar recuos entre as da Comunidade registra o índice mínimo de recuos,
edificações e as vias, pois os moradores buscam fazer ou então recuos inexistentes. Recuo lateral: *Opcional
o maior proveito possível dos lotes. 
 Recuo de fundo: No mínimo 2m
De acordo com a LUOS 2016 do município de
No caso da análise em questão, a grande parte dos Fortaleza, as habitações de interesse social não Área mínima do lote: 60m²
imóveis encontram-se com até 2 metros de recuo, precisam ter recuos laterais, apenas recuos mínimos
entretanto, em diversos casos o recuo frontal é 2 metros no fundo dos lotes. Testada mínima do lote: 4m
inexistente. Poucos são os casos em que existem
recuos mais generosos. Parâmetros de Habitação de Interesse Social,
No entanto, nota-se que a maioria dos lotes (em
azul) não possuem recuo de fundo, tendo medidas segundo a LUOS 2016
De acordo com a LUOS 2016 do município de Fortaleza,
não existe recuo frontal ou lateral mínimo para de 0 a 0.5 m, não sobrando muito espaço para
habitações de interesse social, apenas recuos de fundo considerar como recuo. ATELIÊ VI PROFESSORAS
de no mínimo 2 metros. No mapa acima, pode-se TURMA 24ABCD CAMILA ALDIGUERI
E CINIRA ARRUDA
perceber que esse recuo é quase inexistente devido as Em relação aos recuos lateral a maioria também
condições financeiras e até de segurança da própria FIGURA 26: A maioria das residências são geminadas e apresenta na faixa de 0 a 0.5m, ou seja, as casas

46 53 ANTONIO WALBERTO
comunidade. não possuem afastamento da rua | Acervo dos alunos são geminadas, porém, como citado, isso é MARINA RIBEIRO

 permitido para habitações de interesse social. THAIS VIEIRA
THAIS CARVALHO
CARACTERÍSTICAS HABITACIONAIS | BANCO DE DADOS
_
8 l MAPA 47: TAXA DE OCUPAÇÃO
7 l MAPA 46: TESTADA
LEGENDA LEGENDA fonte: Banco de dados elaborado pelos alunos
Testada (m) Tx. Ocuapação (%) Tx. Permeabilidade (%)
fonte: Banco de dados elaborado pelos alunos
0.0 – 0.2 0.0 – 0.1
2.1 – 3.99
0.2 – 0.4 0.1 – 0.3
4.0 – 8.0
0.4 – 0.5 0.3 – 0.5
8.0 – 12.0
0.5 – 0.6 0.5 – 0.6
12.0 – 25.0
0.6 – 0.8 0.6 – 0.8
25.0 – 42.0
0.8 – 1.0 0.8 – 1.0
Predominância da
maior taxa

De acordo com a LUOS 2016 do município de A maioria das edificações analisadas na Comunidade
Fortaleza, a testada é a distância horizontal, medida encontram-se ocupando toda ou quase toda as áreas do
no alinhamento, entre as divisas laterais do lote. seu lote, principalmente na área central e mais
consolidada da comunidade. As “amebas” que circundam
No mapa acima, pode-se identificar a predominância alguns conjuntos de edificações tem a função de
de testadas com dimensões entre 4 a 8 m. destacar essas concentrações mais “intensas”.

Entretanto, de acordo com a Tabela 5.2 da LUOS Conforme se direciona o olhar para as margens da área
2016 de Fortaleza, a testada mínima recomendada de estudo, é possível notar a presença de grandes áreas
para a área é de 12m, o que é pouco identificado na pouco ou até não ocupadas.
Comunidade. Percebe-se que apenas pouquíssimas
edificações apresentam essa medida, sendo em sua A maioria dos lotes sendo quase que 100% ocupado,
maioria, localizados em áreas de baixa densidade, permite perceber que a qualidade dessas casas deve ser FIGURA 28: A maioria das
permitindo maiores construções. razoável ou precária, diversas são geminadas e não residências são geminadas e ATELIÊ VI PROFESSORAS
possuem recuo de fundo, assim a insalubridade deve ser não possuem afastamento da TURMA 24ABCD CAMILA ALDIGUERI
Já em relação as habitações de interesse social, a altíssima devida a falta de passagem de ar e luz. rua, ocupando perto de 100% do E CINIRA ARRUDA
LUOS 2016 delimita o tamanho de 4 metros mínimos, lote | Acervo dos alunos

47 53 ANTONIO
o que é identificado em boa parte das edificações da WALBERTO
MARINA RIBEIRO
Comunidade. Algumas, no entanto, ainda estão abaixo FIGURA 27: A maioria das residências com THAIS VIEIRA
do delimitado. testadas de apenas 4m | Acervo dos THAIS CARVALHO
alunos

CARACTERÍSTICAS HABITACIONAIS | BANCO DE DADOS
_
9 l MAPA 48: MATERIAIS 10 l MAPA 49: VIAS DE ACESSO
LEGENDA fonte: Banco de dados elaborado pelos alunos Tipologias de vias
fonte: Banco de dados elaborado pelos alunos
ALVENARIA, CERÊMICA, TELHA CERÂMICA
LEGENDA
ALVENARIA, CHAPISCO, TELHA CERÂMICA
CALÇADA VIA ARTERIAL
ALVENARIA, REBOCO, LAJE
TRAVESSA VIA COLETORA
ALVENARIA, REBOCO, TELHA CERÂMICA
RUA VIA LOCAL
ALVENARIA, TELHA CERÂMICA
VIA PAISAGÍSTICA
ALVENARIA, TINTA, TELHA CERÂMICA
ALVENARIA C/ACABAMENTO
ALVENARIA C/REBOCO
ALVENARIA C/REBOCO E PINTURA

Em relação aos materiais empregados nas O sistema viário e de acesso em Comunidades é


construções da Comunidade, é possível notar o geralmente um ponto crítico. Por causa da falta de FIGURA 30: Uma travessa da comunidade
efeito de fragmento em toda a área estudada. Boa planejamento a maioria das vias são muito estreitas Caça e Pesca | Acervo dos alunos
parte desses materiais são adicionados às para circulação de veículos.
construções ao decorrer do tempo e de acordo com
Em relação as vias de acesso e circulação na
as possibilidades financeiras dos moradores, por tal
Comunidade observa-se que são vias locais na maioria
fato a aparência estética é sempre de “obra
das vezes muito estreitas e que recorrentemente são
inacabada”.
utilizadas por pedestres e alguns poucos veículos. Na
A grande maioria das edificações da Comunidade porção sudoeste do mapa existe uma via de carácter
possuem telhado de telha cerâmica, com paisagístico.
revestimentos nas paredes externas ou apenas ATELIÊ VI PROFESSORAS
Pelo mapa podemos perceber que há casas acessadas
reboco. . É possível notar edificações com até várias TURMA 24ABCD CAMILA ALDIGUERI
por ruas, travessas (vias de menor dimensão, E CINIRA ARRUDA
possibilidades de materiais. Em grande parte elas
adequadas apenas para pedestres) e passeios. O dado
são rebocadas e recebem algum tipo de pintura.
passeio é para destacar aquelas casas que possuem

48 53 ANTONIO
FIGURA 29: É possível identificar em apenas uma rua WALBERTO

 vários tipos de materiais diferentes; de revestimento calçadas, são vias mais preparadas fisicamente. MARINA RIBEIRO
THAIS VIEIRA
cerâmicos a pintura | Acervo dos alunos

 THAIS CARVALHO
ATELIÊ VI
TURMA N460

CAÇA E PESCA | FONTE: REGISTRADA PELOS AUTORES

ANTONIO WALBERTO
MARINA RIBEIRO
THAIS VIEIRA
THAIS CARVALHO

URBANO PAISAGEM
PROBLEMAS E
POTENCIALIDADES
07
SÍNTESE | PROBLEMAS E POTENCIALIDADES

PROBLEMAS [-] POTENCIALIDADES [+]

USO DO SOLO • Precariedade e degradação das áreas de lazer. • Presença de vazios urbanos.
• Ocupações irregulares. • ZEIS
• Lotes fora de legislação. • Traçado irregular da comunidade promovendo múltiplas
• Área central da comunidade extremamente adensada. esquinas, pontos de encontro.
• Pouca diversidade dos usos.
 


INFRAESTRUTURA E • Ausência de equipamentos educacionais públicos de Ensino Médio e • Presença da Areninha.


EQUIPAMENTOS URBANOS Ensino Infantil. • Presença de Posto de Saúde.
• Carência de equipamentos culturais. • Proximidade com a UPA Praia do Futuro.
• Falta de equipamentos voltados para geração de emprego e renda. • Visual paisagístico locado nas Dunas que hoje é lixão.
• Espaços livres em estado precário e mal utilizados.
• Precariedade no esgotamento sanitário.
• Sistema de abastecimento de água ineficiente para toda a Comunidade.
• Ineficácia dos Postos de Saúde que não atende a necessidade do bairro.
• Drenagem insuficiente.
• Excesso de fiação área.
• Vies estreitas para acesso de caminhão de lixo

TRANSPORTE E MOBILIDADE • Ausência de infraestrutura de acessibilidade (rampa, sinalização, e outros). • Paradas de ônibus na Av. Dioguinho.
• Precariedade de infraestrutura para o pedestre (passeios e arborização). • Projeto BRT pelo Fortaleza 2040.
• Pouca diversidade de meios de transporte. • Área próxima à comunidade permite expansão dos modais
• Ausência de sistema cicloviário. existentes e não existentes no bairro
• Vias com dimensões que dificultam o acesso do transporte público. 

• Corridas ilegais de veículos automotores que ocorrem na Av. Dioguinho.

MEIO AMBIENTE • Ocupações irregulares em zonas de APP e ZPA. • Proximidade com recursos hídricos.
• Áreas alagáveis na Comunidade. • Existência de legislação que protege as áreas ambientalmente frágeis.
• Acúmulo de lixo.
 • Presença de áreas com vegetação preservada, de dunas fixas/móveis
e mangue.
• Potencial paisagístico do Projeto Especial Zona de Orla.


CONDIÇÕES SOCIOECONÔMICAS • Sensação de insegurança por parte da população. • Previsão de implementação de Via Paisagística no entorno da
Comunidade.
• Projetos futuros que possibilitam aumentar empregabilidade.
• Organização comunitária.
• Proximidade às barracas de praia possibilitam aumentar a
empregabilidade

ATELIÊ VI PROFESSORAS
TURMA 24ABCD CAMILA ALDIGUERI
E CINIRA ARRUDA

50 53 ANTONIO WALBERTO
MARINA RIBEIRO
THAIS VIEIRA
THAIS CARVALHO
MAPA 50: Problemas X Potencialidades
FONTE: ELABORADO PELOS ALUNOS

SÍNTESE | COMUNIDADE ENTORNO

LEGENDA
COMUNIDADE CAÇA E PESCA
ZPA

PROBLEMAS
ACÚMULO DE LIXO / LIXÃO
ÁREAS LIVRES DEGRADADAS
ÚNICOS PONTOS DE DRENAGEM
ÁREAS ALAGÁVEIS
ASSENTAMENTOS INFORMAIS
VIAS C/ DIMENSÕES INADEQUADAS
PROJETOS PROPOSTOS

POTENCIALIDADES
ARENINHA
PONTOS DE ÔNIBUS
PROJETO BRT
VAZIOS URBANOS
ZEIS
ÁREAS PRESERVADAS ATELIÊ VI PROFESSORAS
TURMA 24ABCD CAMILA ALDIGUERI
VIA PAISAGÍSTICA E CINIRA ARRUDA
POTENCIAL PAISAGÍSTICO

+
51 53 ANTONIO WALBERTO
POSTO DE SAÚDE MARINA RIBEIRO
PROJETOS PROPOSTOS THAIS VIEIRA
esc - 1:5.000 THAIS CARVALHO
MAPA 51: Problemas X Potencialidades
FONTE: ELABORADO PELOS ALUNOS

SÍNTESE | QUADRA RUA

LEGENDA
COMUNIDADE CAÇA E PESCA
ZPA
PROBLEMAS
ACÚMULO DE LIXO / LIXÃO
ÁREAS LIVRES DEGRADADAS
ÚNICOS PONTOS DE DRENAGEM
ÁREAS ALAGÁVEIS
ASSENTAMENTOS INFORMAIS
VIAS C/ DIMENSÕES INADEQUADAS
ÁREA ADENSADA
OCUPAÇÃO IRREGULAR EM ZPA

POTENCIALIDADES
ARENINHA
PONTOS DE ÔNIBUS
PROJETO BRT ATELIÊ VI PROFESSORAS
TURMA 24ABCD CAMILA ALDIGUERI
VAZIOS URBANOS E CINIRA ARRUDA
ZEIS

52 53 ANTONIO WALBERTO
ÁREAS PRESERVADAS MARINA RIBEIRO
VIA PAISAGÍSTICA THAIS VIEIRA
esc - 1:2.000 THAIS CARVALHO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS l DIAGNÓSTICO
_
FORTALEZA, Prefeitura Municipal de. Lei de Uso e Ocupação do Solo (Lei Complementar 236) 2016.

FORTALEZA, Prefeitura Municipal de. Plano Local de Habitação de Interesse Social, 2013.

FORTALEZA, Prefeitura Municipal de. Código de Obras e Postura do Município de Fortaleza. (Lei 5530/81) 1981.

FORTALEZA, Prefeitura Municipal de. Plano Diretor Participativo de Fortaleza (Lei 062/2009) 2009.

HABITAFOR, Fundação de Desenvolvimento Habitacional de Fortaleza. Plano Local de Habitação de Interesse Social de
Fortaleza - PLHISFor. Fortaleza, jan de 2013.

IBGE - Censos 1991; 2000; 2010 disponível em < http://downloads.ibge.gov. br/downloads_estatisticas.htm > acesso em
março / 2018

MARICATO, Ermínia. Habitação e Cidade. São Paulo: Atual, 1997.

MORETTI, Ricardo de Sousa. Normas urbanísticas para habitação de interesse social: recomendações para elaboração. São
Paulo: IPT, 1997.

BERENSTEIN, Paola. Estética da Favela. 2009

Escola filantrópica modifica comunidade no Caça e Pesca. Jornal O Povo. Fortaleza: 25/04/2016. disponível em < https://
www20.opovo.com.br/app/opovo/cotidiano/2016/04/25/noticiasjornalcotidiano,3607365/escola-filantropica-modifica-
comunidade-no-caca-e-pesca.shtml > acesso em fevereiro / 2018

[Ser do Bem] - Escola no Caça e Pesca tem concorrência de 80 crianças por vaga. Saiba por que. Revista Vós. Fortaleza:
18/03/2016. disponível em < http://www.somosvos.com.br/escola-gratuita-no-caca-e-pesca-tem-concorrencia-de-80-criancas-
por-vaga-saiba-por-que/ > acesso em fevereiro / 2018

ATELIÊ VI PROFESSORAS
TURMA 24ABCD CAMILA ALDIGUERI
E CINIRA ARRUDA

53 53 ANTONIO WALBERTO
MARINA RIBEIRO
THAIS VIEIRA
THAIS CARVALHO

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