You are on page 1of 2

Ruído Ambiental: um risco à qualidade de vida

O ruído é definido como um som indesejável, sendo normalmente o resultado de atividades


humanas do dia-a-dia.

21/07/2016
A diferença entre som e ruído reside apenas na percepção subjetiva das pessoas, pois
ambos constituem o mesmo fenômeno físico. O cérebro reconhece as vibrações sonoras
que entram pelo ouvido e dão ao ser humano uma sensação que caracteriza a percepção
daquele som ou ruído, que pode ser variável, envolvendo o fator psicológico de tolerância
de cada indivíduo.

A poluição sonora ocorre quando num determinado ambiente o som altera a condição normal
de audição. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) a poluição sonora
hoje é considerada como o terceiro problema ambiental que afeta o maior número de
pessoas no mundo, atrás apenas da poluição do ar e da água.

Os efeitos negativos relacionados ao ruído incluem perda da audição, estresse, irritabilidade,


hipertensão, perda do sono, fadiga, falta de concentração, distúrbios digestivos, baixa
produtividade, deterioração da qualidade de vida e redução de oportunidades de repouso.

É fundamental ressaltar que o nível do ruído não é o único parâmetro que causa problemas
a saúde humana, o tempo ao qual a pessoa fica exposta a esse ruído também é relevante.
A Norma Regulamentadora 15 dispõe sobre atividades e operações insalubres, onde
descreve as atividades e operacionais e agentes insalubres, incluindo o ruído, e define seus
limites de tolerância. Tal norma traz recomendações, onde os tempos máximos de exposição
diária permissíveis para variados níveis de ruído contínuos.

Uma excelente maneira de se combater o poluente – ruído – é através de leis, normas, e em


especial do desenvolvimento da consciência dos envolvidos – população, governo, políticos,
juristas, trabalhadores – na solução do problema. A maior dificuldade é que a própria
população afetada tem dificuldade na avaliação deste poluente, por desconhecimento sobre
o assunto e por sua passividade frente a poluição sonora, dizendo-se “acostumada ao
barulho”.
No que diz respeito às legislações relacionadas ao ruído, na esfera federal, a Resolução
CONAMA 01/90 dispõe sobre os critérios de padrão da emissão de ruídos em diferente locais
e suas respectivas fontes de ruído. Esta resolução relaciona a normas a serem seguidas
para avaliação da aceitabilidade do ruído em comunidades, independente da existência de
reclamações, e ainda dispõem sobre os métodos para a medição do ruído.

Atualmente, as grandes cidades brasileiras, em sua maioria, possuem leis quanto ao ruído
que visam regulamentar a questão da poluição sonora urbana. Seguindo nesta linha, o
município de Campo Grande/MS possui a Lei n° 2909/92, sendo que esta posteriormente
alterada pela Lei Complementar n° 8/96. Tal Lei fixa os níveis máximos de ruído permitidos
em diversas áreas da cidade de Campo Grande de acordo com as respectivas atividades
(comercial, residencial, industrial, etc), bem como as penalidades a serem aplicadas caso os
níveis máximos permitidos não sejam respeitados.

Visto os prejuízos que o ruído acarreta à saúde humana e que pode ser considerado uma
contravenção penal, este tipo de poluição deve ser considerada e devidamente avaliada.
Esta avaliação se aplica a todas as empresas geradoras de poluição sonora ou que:
busquem a licenciamento ambiental; obrigadas por força de legislação específica; para
processos de certificação ambiental (ISO 14000 e outros); ou para subsidiar programas de
melhoria ambiental.

Publicado em: https://www.ambientec.com/ruido-ambiental-um-risco-a-qualidade-de-


vida/

You might also like