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Universidade Federal de Minas Gerais

Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas – FAFICH


Programa de Pós-Graduação em História
Disciplina: Tópico Especial I – Frantz Fanon: anticolonialismo,
psiquiatria e política
Carga horária: 60 hs
2º semestre de 2018

FRANTZ FANON: ANTICOLONIALISMO, PSIQUIATRIA E POLÍTICA


PROGRAMA DA DISCIPLINA

Docente responsável: Alexandre Almeida Marcussi


Endereço de e-mail: alexandremarcussi@gmail.com

OBJETIVOS

A obra de Frantz Fanon ocupa lugar de destaque na produção intelectual do


continente africano e no pensamento pan-africanista do século XX, tendo constituído
um importante marco ideológico do antirracismo e uma referência de grande impacto
nos movimentos nacionalistas anticoloniais africanos de meados do século. Para além
da relevância da recepção de suas ideias no contexto histórico da crise dos impérios
coloniais europeus no continente africano, a obra fanoniana foi posteriormente
recuperada e ressignificada a partir da década de 1980 na produção acadêmica em
diversas áreas disciplinares, oferecendo uma referência teórica fulcral para a
constituição da chamada “crítica pós-colonial”.
Frantz Fanon nasceu em 1925 na ilha da Martinica, então um território colonial
francês localizado no Caribe, e morreu em 1961. Sua trajetória incluiu a formação
acadêmica no campo da Psiquiatria (com ênfase psicanalítica), a atuação como
psiquiatra-chefe no hospital psiquiátrico de Blida-Joinville, na Argélia (então uma
colônia francesa no norte do continente africano) e o envolvimento na luta armada
promovida pela Frente de Libertação Nacional, movimento político que objetivava a
independência da Argélia, conquistada apenas em 1962, um ano após a morte de Fanon.
A obra fanoniana caracteriza-se pela interdisciplinaridade, envolvendo
dimensões filosóficas, psiquiátricas, sociológicas e políticas. Até por conta disso, é
frequente que suas ideias sejam analisadas de forma fragmentada, atentando-se apenas
para este ou aquele aspecto da obra do autor de acordo com os objetivos de seus
leitores. Esta disciplina propõe uma leitura sistemática da obra fanoniana,
contemplando os três livros completos que o autor publicou ainda em vida – Pele negra,
máscaras brancas (1951), O ano V da revolução argelina (1959) e Os condenados da
terra (1961), bem como artigos, conferências e textos avulsos produzidos por Fanon em
veículos e suportes distintos e coligidos na antologia póstuma intitulada Em defesa da
revolução africana (1964). Para uma melhor compreensão dos fundamentos
interdisciplinares das ideias de Fanon, será realizada uma discussão de algumas das
matrizes teóricas que informam suas análises nos campos da Filosofia e da Psicanálise.
É frequente que a obra fanoniana seja esquematicamente dividida em duas
“fases”: as reflexões de Fanon sobre problemas psicológicos relativos ao racismo e suas
teses políticas sobre a libertação africana. O que se pretende aqui é interpretar o
desenvolvimento de suas ideias atentando para sua organicidade, evidenciando tanto
os vínculos quanto as descontinuidades entre suas obras, sem deixar de atentar para as
tensões que emergem no interior da teorização fanoniana. A noção de “situação
colonial” será apresentada como o fundamento que, ao informar tanto suas análises
psicológicas quanto seu projeto político-ideológico, confere unidade conceitual à
trajetória intelectual de Fanon. Assim sendo, sua orientação anticolonialista nos permite
apreender tanto a concepção de clínica quanto o projeto político de Fanon. Ao final,
pretende-se abordar uma pequena amostra das leituras e reapropriações da obra
fanoniana no seio do pensamento pós-colonial, sem a pretensão de esgotar o tema.

METODOLOGIA E FORMAS DE AVALIAÇÃO

As aulas estarão estruturadas em torno da leitura atenta e discussão sistemática


da obra fanoniana, abrangendo a quase totalidade do conteúdo das obras mais
conhecidas de Fanon. A maior parte das aulas contará com a discussão de pelo menos
dois textos do autor, cada um dos quais será apresentado por um(a) discente
responsável por uma exposição breve do conteúdo (em torno de 15 minutos) e pela
proposição de questões para dar início a um debate coletivo envolvendo toda a turma.
Não havendo número suficiente de discentes na turma para abranger todos os textos, o
docente ficará responsável pela exposição de alguns dos textos e pela proposição das
questões correspondentes.
A avaliação será dividida em quatro partes: dois seminários (20% da nota final
cada um deles), um projeto para trabalho monográfico (20% da nota final) e um trabalho
monográfico (40% da nota final). Os seminários terão duração de 15 minutos e
corresponderão a uma breve apresentação do(s) texto(s) designado(s), seguida da
proposição de duas questões para encaminhar o debate coletivo (às quais se somará
mais uma questão complementar proposta pelo docente). A apresentação do seminário
deve ser seguida da elaboração de um relatório de discussão: o(a) discente deverá
escolher qualquer uma das questões propostas para o debate e desenvolvê-la em até 2
páginas, entregando o relatório na semana seguinte à realização do seminário. Cada
discente deverá realizar dois seminários ao longo do semestre. Os seminários serão
preferencialmente realizados de forma individual, exceto no caso de haver mais de 12
alunos na turma.
O trabalho monográfico deverá ser entregue impresso no último dia letivo e
consistirá em um texto em formato de ensaio ou artigo acadêmico, com extensão
máxima de 20 páginas. Idealmente, o ensaio ou artigo deverá estabelecer relações entre
o tema de pesquisa do(a) discente e a obra fanoniana. Se isso não for possível, o(a)
discente pode optar por uma análise de um aspecto da obra fanoniana, ou por uma
comparação entre Fanon e outros autores que trataram temáticas semelhantes. Na aula
9 (dia 09/10), os discentes deverão entregar um projeto para o trabalho monográfico,
com extensão máxima de 5 páginas, em que irão apresentar um primeiro esboço do
texto a ser entregue como trabalho monográfico. O projeto deve conter uma
apresentação geral do tema selecionado, objetivos, uma justificativa a respeito da
relação entre o tema proposto e a obra fanoniana e um esboço das ideias a serem
desenvolvidas no trabalho, bem como um levantamento bibliográfico preliminar.

CRONOGRAMA DE AULAS

07/08 – Aula 01. Apresentação do curso e dos métodos de avaliação

14/08 – Aula 02. Matrizes filosóficas do pensamento fanoniano: dialética e


reconhecimento
Leitura obrigatória: HEGEL, Georg Wilhelm Friedrich. A verdade da certeza de si mesmo.
In: Fenomenologia do espírito. Trad. Paulo Meneses. 9ª ed. Petrópolis, RJ/Bragança
Paulista, SP: Vozes/Editora Universitária São Francisco, 2014, p. 135-170.
Seminário docente: A verdade da certeza de si mesmo

21/08 – Aula 03. Matrizes psicanalíticas do pensamento fanoniano: a estrutura


psíquica
Leitura obrigatória: FREUD, Sigmund. O eu e o id (1923). In: Obras completas, volume
16: O eu e o id, “autobiografia” e outros textos (1923-1925). Trad. Paulo César de Souza.
São Paulo: Companhia das Letras, 2011, p. 13-74.
Seminário 1: Consciência e inconsciente; O eu e o id; O eu e o super-eu (ideal do eu)
Seminário 2: As duas espécies de instintos; As relações de dependência do eu

28/08 – Aula 04. Racismo, linguagem e erotismo


Leitura obrigatória: FANON, Frantz. Pele negra, máscaras brancas. Trad. Renato da
Silveira. Salvador: EDUFBA, 2008, p. 11-82 (prefácio, introdução e caps. 1-3).
Seminário 3: Prefácio; Introdução; O negro e a linguagem
Seminário 4: A mulher de cor e o branco; O homem de cor e a branca

04/09 – Aula 05. Psicologia negra e negritude


Leitura obrigatória: FANON, Frantz. Pele negra, máscaras brancas. Trad. Renato da
Silveira. Salvador: EDUFBA, 2008, p. 83-126 (caps. 4-5).
Seminário 5: Sobre o pretenso complexo de dependência do colonizado
Seminário 6: A experiência vivida do negro
11/09 – Aula 06. Racismo, psicopatologia e clínica política
Leitura obrigatória: FANON, Frantz. Pele negra, máscaras brancas. Trad. Renato da
Silveira. Salvador: EDUFBA, 2008, p. 127-191 (caps. 6-7 e conclusão).
Seminário 7: O preto e a psicopatologia
Seminário 8: O preto e o reconhecimento; À guisa de conclusão

18/09 – Aula 07. Clínica e cultura na situação colonial


Leitura obrigatória: FANON, Frantz. O “síndroma norte-africano”; Antilhanos e africanos;
Racismo e cultura. In: Em defesa da revolução africana. Lisboa: Livraria Sá da Costa
Editora, 1980, p. 7-48.
Seminário 9: O “síndroma norte-africano”; Antilhanos e africanos
Seminário 10: Racismo e cultura

25/09 – Aula 08. Luta de libertação e transformações sociais


Leitura obrigatória: FANON, Frantz. Sociología de una revolución. Cidade do México:
Ediciones Era, 1968, p. 9-49, 77-96 (introducción e caps. 1 e 3).
Seminário 11: Introducción; La familia argelina
Seminário 12: Argelia se quita el velo

02/10 – Atividades acadêmicas complementares. Não haverá aula nesta data.

09/10 – Aula 09. Luta de libertação, tecnologia e modernização


Leitura obrigatória: FANON, Frantz. Sociología de una revolución. Cidade do México:
Ediciones Era, 1968, p. 50-76, 97-119 (caps. 2 e 4).
Seminário 13: Aquí la voz de Argelia
Seminário 14: Medicina y colonialismo
Data de entrega do projeto para o trabalho monográfico.

16/10 – Aula 10. Violência anticolonial e a esquerda francesa


Leitura obrigatória: FANON, Frantz. Sociología de una revolución. Cidade do México:
Ediciones Era, 1968, p. 120-151.
FANON, Frantz. A Argélia perante os torcionários franceses; A propósito de uma defesa;
Os intelectuais e os democratas franceses perante a Revolução Argelina. In: Em defesa
da revolução africana. Lisboa: Livraria Sá da Costa Editora, 1980, p. 71-100.
Seminário 15: La minoría europea de Argelia, Conclusión
Seminário 16: A Argélia perante os torcionários franceses; A propósito de uma defesa;
Os intelectuais e os democratas franceses perante a Revolução Argelina
23/10 – Aula 11. Pan-africanismo e libertação continental
Leitura obrigatória: FANON, Frantz. Nas Antilhas, nascimento de uma nação?;
Descolonização e independência; Carta à juventude africana; Verdades primeiras a
propósito do problema colonial; A guerra da Argélia e a libertação dos homens; Accra: a
África afirma sua unidade e define a sua estratégia; Esta África futura. In: Em defesa da
revolução africana. Lisboa: Livraria Sá da Costa Editora, 1980, p. 101-109; 121-128; 137-
151; 173-179; 185-189; 213-227.
Seminário 17: Nas Antilhas, nascimento de uma nação?; Descolonização e
independência; Carta à juventude africana; Accra: a África afirma sua unidade e define
a sua estratégia
Seminário 18: Verdades primeiras a propósito do problema colonial; A guerra da Argélia
e a libertação dos homens; Esta África futura

30/10 – Aula 12. Dialéticas da violência


Leitura obrigatória: FANON. Frantz. Os condenados da terra. 2ª ed. Pref. Jean-Paul
Sartre. Trad. José Laurênio de Melo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1979, p. 1-85
(prefácio de Jean-Paul Sartre e cap. 1).
Seminário 19: Prefácio de Jean-Paul Sartre
Seminário 20: Da violência

06/11 – Aula 13. Espontaneidade revolucionária, nacionalismo e burguesia nacional


Leitura obrigatória: FANON. Frantz. Os condenados da terra. 2ª ed. Pref. Jean-Paul
Sartre. Trad. José Laurênio de Melo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1979, p. 87-
167 (caps. 2 e 3).
Seminário 21: Grandeza e fraquezas da espontaneidade
Seminário 22: Desventuras da consciência nacional

13/11 – Aula 14. Cultura e psiquismo nas lutas de libertação


Leitura obrigatória: FANON. Frantz. Os condenados da terra. 2ª ed. Pref. Jean-Paul
Sartre. Trad. José Laurênio de Melo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1979, p. 169-
275 (caps. 4 e 5 e conclusão)
Seminário 23: Sobre a cultura nacional
Seminário 24: Guerra colonial e perturbações mentais; Conclusão

20/11 – Aula 15. Clínica política e a emergência de um novo humanismo


Leitura obrigatória: MBEMBE, Achille. Clínica do sujeito. In: Crítica da razão negra. Trad.
Sebastião Nascimento. São Paulo: n-1 edições, 2018, p. 263-307.
Seminário 25: Clínica do sujeito
Data de entrega do trabalho monográfico.

04/12 – Prazo final para entrega do Exame Especial


BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

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APPIAH, Kwame. Na casa de meu pai: a África na filosofia da cultura. Trad. Vera Ribeiro.
Rio de Janeiro: Contraponto, 1997.

BALANDIER, Georges. Sociologia da África negra: dinâmica das mudanças sociais na


África Central. Ramada/Luanda: Edições Pedago/Edições Mulemba, 2014.

BHABHA, Homi K. O local da cultura. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1998.

CARVALHO FILHO, Silvio de Almeida; NASCIMENTO, Washington Santos (Org.).


Intelectuais das Áfricas. Campinas: Pontes Editores, 2018.

CÉSAIRE, Aimé. Cahier d’un retour au pays natal, Diário de um retorno ao país natal.
Trad., posfácio e notas Lilian Pestre de Almeida. São Paulo: Editora da Universidade de
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Paris: Éditions La Découverte, 2015.

______. Em defesa da revolução africana. Lisboa: Livraria Sá da Costa Editora, 1980.

______. Œuvres. Paris: Éditions La Découverte, 2011.

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______. Pele negra, máscaras brancas. Trad. Renato da Silveira. Salvador: EDUFBA,
2008.

______. Sociología de una revolución. Cidade do México: Ediciones Era, 1968.

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HEGEL, Georg Wilhelm Friedrich. Fenomenologia do espírito. Trad. Paulo Meneses. 9ª


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KOJÈVE, Alexandre. Introdução à leitura de Hegel: aulas sobre a Fenomenologia do


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LACAN, Jacques. Escritos. Trad. Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: Zahar, 1998.

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______. Necropolítica: biopoder, soberania, estado de exceção, política da morte. Arte


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NKRUMAH, Kwame. Neocolonialismo: último estágio do imperialismo. Trad. Maurício C.


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ORTIZ, Renato. Frantz Fanon: um itinerário político e intelectual. Contemporânea,


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Deslocalizar a “Europa”: Antropologia, Arte, Literatura e História na Pós-Colonialidade.
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SENGHOR, Léopold Sédar. O contributo do homem negro. In: SANCHES, Manuela Ribeiro
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