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LITURGIA

Liturgia – refere-se à função santificadora da Igreja.

Etimologicamente, vem do grego clássico “leitourgía”. “Leit” – “líos” –


“povo”, “popular”. “Ourgía” – “érgon” – “obra”.

Mais tarde, passou a significar “serviço público”. Na religião, significava


“culto oficial aos deuses”. Naquela época, o culto era matéria pública.

Na Bíblia, “leitourgía” significa o culto realizado pelos sacerdotes, o culto


oficial, levítico. Não significa culto cristão. Apenas em Atos 13 adquire esse
significado.

No Novo Testamento, “leitourgía” tem 4 sentidos:

- Civil: serviço público oneroso (grego clássico) – Rm 13,6 e 15,27; Fl


12,25-30; 2Cor 9,12.

- Técnico: culto sacerdotal e levítico (antigo testamento) – Hb 8, 2-6 e


9,21.

- Culto espiritual: serviço de evangelização – Rm 15,16; Fl 2,17.

- Culto comunitário cristão: At 6,6. Não há outra citação com esse


sentido em toda a Bíblia.

A evolução do sentido da palavra acontece posteriormente, num


contexto extrabíblico.

Segundo a doutrina católica:

Pai – quer salvar;

Filho – salvou;

Espírito Santo e Igreja – continuam a salvação.

Na igreja, por meio da liturgia, continuamos a obra da salvação,


realizada em Cristo.

Cristo usou sua humanidade, por ele assumida, como instrumento da


salvação. Através da nossa humanidade, alcançamos a nossa salvação.

O mistério pascal sintetiza a humanidade de Jesus; apenas o humano-


divino morre e ressucita.
A igreja nasce com a agonia de Cristo na cruz; quando do seu lado jorra
água e sangue. Cristo é o novo Adão e a Igreja a nova Eva (interpretação
patrística).

A eucaristia e os demais sacramentos estão no centro de toda a vida


litúrgica (liturgia das horas, celebração da palavra e sacramentais, piedade
popular etc.). Não pode haver inversão, como a piedade popular ficar no centro
e os sacramentos fora.

Ritmo da liturgia:

- Diário: Manhã – Ressurreição; Tarde – Entrega; Noite – Sepultura.

- Domingo: Sepultura.

- Anual: Tríduo Pascal – Sepultura.

Todas invocam o mistério pascal.

Sobre o domingo cristão – Ler “Dies Domini”, de João Paulo II.

Citações bíblicas sobre o domingo: Cor 16,2; At 20,7-12; Ap 1,9-10; Jo


20,19-26. Os relatos das aparições de Jesus sempre falam em 1º ou 8º dia da
semana.

A profissão de fé e o “glória” são próprios das solenidades, como a


missa dominical.

Nas festas, não há “creio”.

Na memória, não há “glória” nem “creio”, como na missa durante a


semana.

Leituras da vigília pascal:

1. Gn 1,1 a 2,2 (criação)

2. Gn 22,1-18 (Abraão e o sacrifício de Isaac)

3. Ex 14,15 a 15,1 (passagem pelo Mar Vermelho)

4. Is 54,5-14 (Jerusalém como imagem da Igreja)

5. Is 55,1-11 (salvação oferecida gratuitamente)

6. Br 3,9-15 e 32;4,4 (palavra de Deus como fonte de sabedoria)

7. Ez 36,16-28 (coração novo)

8. Rm 6,3-11 (batismo cristão)

9. Evangelho A, B ou C (Cristo como luz do mundo)


Bibliografia

A liturgia da Igreja. Julian Lopes Martin.

Sinais do mistério de Cristo. Salvatore Massilin. Ed. Paulinas.

A celebração da Igreja. Dionisio Borobio (org.). Ed. Loyola.

Guia litúrgico pastoral. CNBB.

Introdução ao espírito da liturgia. Bento XVI. Ed. Paulinas.

Os sinais sagrados. Romeo Guardini. Ed. Quadrante. (IMPORTANTE)

Vocabulário básico de liturgia. Ed. Paulinas.

Liturgia de coração. Ione Buysti. Ed. Paulinas.

O mistério do culto no cristianismo. Odo Casel. Ed. Loyola.

Coleção “Revisitar o Concílio” (texto e comentários) – “Sacrosantum


Concilium”. Ed. Paulinas.

Revista de Liturgia – www.revistadeliturgia.com.br.

Site: www.ecclesia.pt

Textos catequéticos – folhetos Ed. Paulinas sobre liturgia. *

As 4 noites da salvação. Bruno Forte (para ler na quaresma).

Páscoa ontem e hoje. Gregório Lutz. Ed. Paulus.

Liturgia em mutirão. CNBB (livro ou disponível na internet). *

Painéis litúrgicos – Um guia sobre o ano litúrgico. Apostolado Litúrgico.

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