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© 2017 Dr. Guilherme Gomes 1


INDICE DE CONTEUDO

DIREITOS AUTORAIS E MARCA REGISTRADA .................................................................. 1

INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 3

1. COMPREENDENDO O DIABETES TIPO2 ....................................................................... 6

2. CAUSAS E FATORES DE RISCO .................................................................................... 10

3. SINTOMAS .................................................................................................................. 12

4. COMPLICAÇÕES E DOENÇAS RELACIONADAS ........................................................... 16

5. DIABETES TIPO 2 – VERDADES OCULTAS E ABORDAGENS ATUAIS .......................... 37

6. A LEPTINA – RESOLVENDO O QUEBRA-CABEÇA DO DIABETES ................................ 47

JUNTANDO TUDO........................................................................................................... 64

7. RECEITAS PARA REVERTER O DIABETES – ALIMENTE SUA SAÚDE ........................... 66

REFERÊNCIAS .................................................................................................................. 84

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INTRODUÇÃO

O SÍMBOLO UNIVERSAL DO DIABETES

“É uma batalha impossível de ganhar”. “Uma guerra para a vida toda”.


“Uma causa perdida”. Você ouviu muitas descrições e com certeza
conhece as prescrições médicas. Ele pode vir por várias estradas da
vida, mas só pode levar à estrada única da morte.

Diabetes tipo 2

Diabetes mellitus ou simplesmente diabetes, é uma doença séria que


afeta como seu corpo lida com a glicemia.

E deixe-me te dizer isso: a glicemia não deixa sua vida mais fácil, mas
ela pode te matar. Facilmente.

A cada ano, dezenas de milhares de americanos morrem por causa do


diabetes. A cada ano milhões mais sofrem em agonia. Desamparados.

E o pior é que o diabetes não é somente um problema médico, mas


também um fardo emocional.

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Pacientes. Amigos. Familiares. Todos sofrem.

E com um corpo afetado pela doença, em um ambiente medicamente


sufocante, a vida como você a conhece muda drasticamente.

Em outras palavras, o diabetes tipo 2 é uma doença violenta que mata


milhares, afeta milhões e que geralmente é caracterizada pela relação
entre a glicemia e o hormônio produzido pelo pâncreas chamado
insulina. Contudo, há muito mais do que se pode ver.

Em um momento, você vai descobrir o motivo. Mas primeiro, vou te


fazer uma pergunta simples.

Se você pudesse ter um botão na sua frente, que ao apertá-lo seu


diabetes fosse removido permanentemente de seu corpo...

Você o apertaria? Você aproveitaria a oportunidade?

E seu te dissesse que você pode encontrar esse botão dentro de você?

Avanços recentes na ciência médica e nutrição apontam que tratar o


diabetes pelo ponto de vista da glicemia e da insulina é somente
metade da solução.

A outra metade extremamente necessária foi escondida


deliberadamente. Até agora.

Para curar de verdade o diabetes, você precisa completar o quebra-


cabeça. E a peça mais importante se chama leptina.

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Não é nenhuma droga. É um hormônio regulador do apetite produzido
por seu corpo e que desempenha um papel fundamental no controle
do diabetes tipo 2.

De forma simples, enxergar a doença sem levar a leptina em


consideração é o mesmo que lutar em uma batalha que já está perdida.
E a derrota significa morte ou remédios.

Mas agora você provavelmente deve estar pensando que eu vou


começar a falar em te forçar a seguir dietas rigorosas.

Não, eu não estou falando em passar fome ou punir seu corpo.

Isso é que o te deixa mais doente e mais fraco. Dietas restritivas podem
colocar sua própria saúde em maior risco.

Eu estou falando em retardar, acabar e tratar o diabetes ao enxergar o


quadro todo, resolvendo o problema e usando a ferramenta certa.

Conheça esse e-book. A partir de agora, ele é seu guia do diabetes,


então se esqueça de todas os equívocos nocivos e deixe seus medos
para trás. Você será apresentado a cada aspecto e assunto da vida
como um diabético, e no processo vai descobrir não só que você não
precisa morrer por causa da doença, mas o mais importante, que você
não precisa viver com ela.

Pois o diabetes não é nem uma prisão perpétua nem uma sentença
de morte.

Então vamos prosseguir e começar a jornada de cura juntos.


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1. COMPREENDENDO O DIABETES TIPO2

Ser diagnosticado com o diabetes tipo 2 pode parecer como ser


atropelado por um trem de carga. O impacto é enorme e vira sua vida
de cabeça para baixo.

Mas o que é o diabetes exatamente e o qual a sua causa?

Para entender o diabetes, primeiro você precisa entender como a


glicose é processada normalmente pelo seu corpo.

A glicose é um tipo de açúcar que age como a principal fonte de energia


das células que fazem músculos e outros tecidos corporais.

A glicose vem de duas grandes fontes. Uma fonte interna – seu fígado,
que pode armazená-la e uma fonte externa – alimento.

Quando seus níveis de glicose estão baixos, como por não ter comido
por um tempo, o fígado divide o glicogênio em glicose para manter sua
glicemia dentro do limite normal.
© 2017 Dr. Guilherme Gomes 6
O açúcar é absorvido na corrente sanguínea, por onde ele entra nas
células com a ajuda da insulina.

A insulina é um hormônio que vem de outro órgão crucial, porém


menor que está atrás e abaixo do estômago – o pâncreas.

O pâncreas manda insulina para a corrente sanguínea, onde o


hormônio circula e permite que o açúcar entre nas suas células.

Além disso, a insulina diminui a quantidade de açúcar no sangue e


conforme os níveis de glicemia caem, acontece o mesmo com a
secreção de insulina de seu pâncreas.

O diabetes é uma doença na qual a glicose se acumula no sangue e


começa a causar problemas. Ou seja, ela se desenvolve quando os
níveis de glicemia estão muito altos.

Como mencionado anteriormente, o pâncreas produz insulina que


permite que as células transformem a glicose do alimento que você
come em energia.

Mas no diabetes tipo 2, as células não usam a insulina como deveriam.


Isso se chama resistência à insulina.

Deste modo, o açúcar fica abandonado e começa a se acumular no


sangue e por fim prejudica a sua saúde.

É por isso que o diabetes tipo 2 pode causar sérios problemas de saúde
com o tempo. Seus nervos podem ficar danificados, sua visão pode se

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enfraquecer e pode haver riscos para o coração, problemas de peso,
entre outros perigos.

Inclusive, pode ser que você acabe sofrendo de problemas que


envolvam muitos órgãos de seu corpo que ficarão incapazes de cumprir
suas funções normais por um período longo de tempo.

Portanto, não é nenhuma surpresa que os tratamentos mais


convencionais para o diabetes giram em torno da insulina.

Mas lidar com a insulina não é o suficiente.

Como já foi mencionado, a luta contra o diabetes não pode ser vencida
sem a leptina. Por esse motivo, eu vou te contar tudo o que sei sobre
ela.

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Você vai descobrir:

 O que é a leptina?
 Quais são seus papéis?
 O que a torna tão importante?
 Como você pode usá-la para tratar o diabetes?

Mas antes disso, é de igual importância observar várias outras coisas


para entender completamente a dimensão da doença: suas possíveis
causas e fatores de risco em potencial, os sintomas de alerta e as
complicações relacionadas.

Além disso, você também precisa entender que o diabetes é uma


doença que está no mundo todo e o “interesse” por trás de retratá-la
como incurável é enorme.

E se você está se perguntando porque tudo isso é importante, é porque


um problema esclarecido claramente já é metade da solução.

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2. CAUSAS E FATORES DE RISCO

Enquanto as causas do diabetes tipo 2 ainda sejam muito debatidas, os


especialistas concordam que há vários fatores contribuintes:

 Peso – Quanto mais tecido adiposo você tem, mais resistentes à


insulina as suas células se tornam. Ou seja, a obesidade é o fator
de maior risco para o desenvolvimento do diabetes.1
 Falta de atividade física – Quanto menos ativo você for, maior o
risco. Atividades físicas e exercícios ajudam a controlar seu peso
ao deixar suas células mais sensíveis à insulina e seu corpo mais
eficiente no uso de glicose como energia.2
 Histórico familiar – O risco pode aumentar se um dos pais ou
irmãos tiverem diabetes tipo 2. Mesmo que não seja
compreendido claramente o motivo, genes compartilhados
podem desempenhar um papel importante.3
 Raça – Embora não seja claro o porquê, pessoas de certas raças
– inclusive afro-americanos, asiático-americanos, hispânicos e
índios americanos – apresentam maior risco.4
 Idade – O risco de desenvolver o diabetes aumenta conforme
você fica mais velho. Isso pode acontecer porque você tende a
fazer menos exercícios, perder massa muscular e ganhar peso
conforme envelhece.5

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 Síndrome do Ovário Policístico – Para as mulheres, ter a
síndrome do ovário policístico, ou SOP, aumenta o risco de
diabetes.6
 Estresse - O estresse contribui para o aumento da glicemia
devido ao fato de que ele estimula a liberação de vários
hormônios que podem elevar os níveis de glicose no sangue.
Embora este seja um processo normal em um corpo saudável, em
diabéticos, como consequência da falta relativa ou absoluta de
insulina, o estresse induzido aumenta a glicose que não pode ser
metabolizada adequadamente.7
 Pressão alta – Ter uma pressão mais alta que 140/90 mmHG
(milímetros de mercúrio) está conectada a um maior risco de
diabetes tipo 2.8
 Colesterol alto – O colesterol, a substância cerosa encontrada no
sangue pode levar a um maior risco de diabetes se ele se
acumular além dos limites normais. 9

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3. SINTOMAS

No que se relaciona aos sintomas, contudo, as coisas são mais claras. O


diabetes tipo 2 tem vários sinais de alerta. Eles são:

 Poliúria – Aumento da frequência urinária

Urinar em excesso ocorre quando você urina mais do que o normal. Se


for mais de 2.5 litros por dia, é considerado excessivo, mas o volume
normal de urina depende de muitos fatores, tais como a idade e sexo.

Em uma pessoa saudável, beber uma quantidade muito grande de


líquidos leva a urinar frequentemente. Nesse caso, não é um problema
de saúde para se preocupar.

No diabetes, a poliúria acontece porque a glicose é expelida na urina, e


a água segue a concentração de glicose através do sistema de
drenagem de seu corpo, levando a uma produção anormal de urina.

 Polidipsia – Sede excessiva

Geralmente surge junta da poliúria, a polidipsia é o termo médico


atribuído ao excesso de sede e é um dos sintomas iniciais do diabetes.

Normalmente é acompanhada pela xerostomia, comumente chamada


de boca seca.

A sede é a reação natural de seu corpo à falta de líquidos e é um


mecanismo crucial para manter um equilíbrio fluido.

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É por isso que todos nós ficamos com sede em vários momentos do dia
– o consumo de água é essencial para o seu corpo.

A polidipsia acontece porque a glicose fica hiper-concentrada em sua


corrente sanguínea e os rins perdem a capacidade de retirar glicose da
água.

Sob circunstâncias normais, quase toda a glicose é retirada


cuidadosamente da urina e colocada de volta no corpo.

Mas no caso do diabetes, o corpo não pode mais fazer isso, a pressão
osmótica se acumula – a pressão entre dois líquidos com concentrações
diferentes – e, eventualmente, ela fica muito alta.

Quando isso ocorre, a água não pode mais ser absorvida de volta em
sua corrente sanguínea e sim é absorvida fora dela.

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 Polifagia – Fome excessiva

Sem comida, o corpo humano não sobrevive. Através de vários


processos químicos, nosso corpo transforma o alimento que comemos
em energia.

Enquanto que um aumento da fome é a resposta normal do corpo


depois de exercícios intensos ou outra atividade que requer esforço,
um aumento anormal pode ser um dos primeiros sinais do diabetes.

De forma simples, em pessoas saudáveis, o alimento que é consumido


é convertido em glicose, que depois é levada pelas células do corpo
para atender as necessidades do corpo.

No caso do diabetes, a glicose não entra nas células e o corpo interpreta


isso como fome que se manifesta na forma de pontadas de fome
frequentes.

 Perda de peso

Devido o hormônio da insulina não estar colocando a glicose nas


células, onde ela pode ser usada como energia, o corpo pensa que é
fome e começa a dividir as proteínas dos músculos e tecido adiposo
como uma fonte alternativa de alimento.

Em outras palavras, a perda de peso ocorre no diabetes porque o corpo


é incapaz de obter a energia necessária do alimento, portanto ele
recorre aos músculos e gordura e começa a dividi-los para criar energia.

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 Visão embaçada

A visão embaçada aparece no diabetes porque o corpo tenta colocar


mais líquido no sangue para combater a glicemia alta e um dos
primeiros lugares de onde ele retira são dos olhos. Isso resulta em visão
embaçada e problemas de foco.

 Infecções

O diabetes tipo 2 torna difícil para o seu corpo combater as infecções.


Isso acontece porque o ambiente criado em seu sangue pelos altos
níveis de glicose favorece uma disfunção imune e a depressão do
sistema antioxidante. 10

 Cura lenta de feridas

Parecida com a inabilidade do corpo de afastar as infecções, o diabetes


também torna a cura mais difícil. Mais uma vez, o motivo por trás disso
é a glicemia alta, que afeta como os glóbulos brancos funcionam – eles
são responsáveis por curar feridas.

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4. COMPLICAÇÕES E DOENÇAS RELACIONADAS

O diabetes pode afetar diferentes órgãos e sistemas do corpo e, com o


tempo, pode gerar graves complicações.

As complicações do diabetes podem ser classificadas de duas maneiras:


macrovascular e microvascular.

Os problemas macrovasculares incluem doenças cardíacas, derrame e


doença vascular periférica, que pode levar à gangrena e por fim à
amputação.

Complicações microvasculares incluem danos nos olhos (retinopatia),


nos rins (nefropatia) e no sistema nervoso (neuropatia).

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1. Complicações macrovasculares

a. Doença cardiovascular

Doença cardiovascular, mais conhecida como doença do coração,


causa cerca de 65 a 70% de todas as mortes em pessoas com diabetes.

Além disso, quem tem diabetes também está de 2 a 4 vezes mais


propenso a sofrer derrames do que quem não tem. 11 E o pior, as taxas
de morte devido a doenças de coração são de 2 a 4 vezes mais altas
entre pessoas com diabetes comparadas com aquelas sem diabetes.

Enquanto que o papel da glicemia em complicações cardiovasculares


não seja claro, mais de 70% das pessoas com diabetes tem pressão alta
ou estão atualmente fazendo algum tratamento médico por causa dela.

O que se sabe é o fato de que taxa alta de glicose no sangue pode levar
com o tempo a grandes depósitos de gordura nos vasos sanguíneos,
afetando o fluxo do sangue e aumentando a chance de muitas doenças
cardiovasculares.

Em outras palavras, o diabetes contribui para a queda na eficiência e


força dos vasos sanguíneos, o que pode levar a uma coagulação
extensiva e o desenvolvimento de doença arterial coronária.

Além da glicemia alta e pressão alta, o fumo excessivo e aumento dos


níveis de colesterol também contribuem muito para acelerar a
progressão de doenças cardiovasculares em quem tem diabetes.

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b. Doença arterial periférica (DAP)

A doença arterial periférica, também chamada de doença vascular


periférica é causada pelo estreitamento dos vasos sanguíneos que
levam o sangue para os braços, pernas, estômago e rins.

Em pessoas com diabetes, o risco dessa doença aumenta com a idade,


com a duração do diabetes e com a presença de danos nos rins.

A DAP é caracterizada por dois tipos de sintomas:

 Dor intermitente ou desconforto que podem ocorrer durante os


exercícios ou ao caminhar, mas que desaparece com o repouso.
 Dor em repouso, causada pelo fluxo inadequado de sangue para
o membro afetado.

A DAP é um grande fator de risco para amputações dos membros


inferiores.

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2. Complicações microvasculares

a. Glaucoma

O glaucoma é um grupo de problemas de vista que leva a danos no


nervo ótico, o responsável por transferir a informação dos olhos para o
cérebro. Sem o nervo ótico, a visão serviria pouco para o corpo
humano.

O glaucoma é a perda irreversível e progressiva da visão, causada por


uma pressão extra no olho, que danifica as frágeis fibras nervosas.

E o que é pior, a maioria das pessoas afetadas por essa doença não
percebe sua presença até que o nervo tenha sido significantemente
danificado.

O glaucoma se desenvolve devido a diminuição do fluxo sanguíneo e


aumento da pressão no olho, quem tem diabetes está duas vezes mais
propenso a desenvolver o glaucoma.

Existem muitos tipos de glaucoma:

Glaucoma de ângulo aberto (a forma mais comum) – nesse tipo, o


ângulo de seu olho onde a íris se encontra com a córnea é largo e aberto
como deveria ser, mas os canais de drenagem dos olhos se entopem
com o tempo, causando um aumento na pressão interna do olho e
subsequentemente dano no nervo ótico.

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O dano desse tipo ocorre gradualmente e sem dores até que seja tarde
demais para revertê-lo.

Glaucoma de ângulo fechado – esse tipo de glaucoma ocorre quando


ângulo de drenagem se estreita dentro do olho e fica bloqueado.

Os sintomas incluem dores fortes nos olhos, dores de cabeça e visão


embaçada. A cegueira vai ocorrer rapidamente se não for tratado por
um oftalmologista.

Contudo, esse é considerado um dos tipos mais fáceis de identificar


sem exames regulares de vista.

Glaucoma pigmentar – nesse tipo, a íris se move para trás e interrompe


as células com pigmento. Isso libera as partículas e o sistema de
drenagem dos olhos se entope.

Glaucoma neovascular – normalmente ele é associado a um número


de anormalidades e ocorre quando novos vasos sanguíneos se formam
na íris, bloqueando o fluxo de líquido e aumentando a pressão nos
olhos.

Esse tipo é parecido com a retinopatia, que funciona essencialmente da


mesma maneira.

Os danos causados pelo glaucoma não podem ser revertidos, mas a


progressão da doença pode ser rapidamente desacelerada e
interrompida até que seja tratada completamente.

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b. Retinopatia

A retinopatia é a doença de vista mais comum nos diabéticos e também


a que tem os efeitos mais assustadores e nocivos, principalmente entre
os jovens.

A doença causa deficiência visual, ou em casos mais graves, cegueira


total. Por esse motivo, ela é a maior causa de cegueira em adultos.

Dois tipos de retinopatia diabética ocorrem:

Ou os vasos sanguíneos dos olhos vão vazar ou inchar ou vasos


sanguíneos vão crescer na superfície da retina.

Em ambos os casos, o problema pode se tornar grave antes de ser


percebido. Existem quatro estágios de retinopatia diabética:

Retinopatia diabética não proliferativa leve – caracterizada por uma


série de pequenos aneurismas, praticamente imperceptíveis – inchaço

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dos vasos sanguíneos. A deficiência visual quase nunca ocorre nesse
estágio

Retinopatia diabética não proliferativa moderada – mais vasos


sanguíneos começam a inchar e muitos dos vasos mais importantes que
abastecem a retina com nutrientes podem ser bloqueados. A visão
começa a se deteriorar de forma perceptível nesse estágio.

Retinopatia diabética não proliferativa severa – o inchaço e bloqueio


se tornam severos, cortando o fornecimento de nutrientes para os
olhos a uma taxa elevada. A visão será afetada consideravelmente.

Como resultado de um bloqueio em larga escala, o corpo vai reagir e


começar a produzir mais vasos sanguíneos nos olhos.

Retinopatia diabética proliferativa – nesse estágio, o risco de perda


de visão instantânea é constantemente presente.

Os vasos recém-formados no estágio anterior são muito frágeis e se


concentram ao redor da retina e em outras áreas do olho.

O grau de deficiência visual normalmente varia, mas em muitos casos,


a cegueira total ocorre.

c. Nefropatia

Nefropatia quer dizer danos ou doença nos rins. A nefropatia diabética


é o dano nos rins causado pelo diabetes. É uma doença de cinco
estágios que na maioria das vezes resulta em queda na eficiência dos
rins ou em casos mais graves, insuficiência renal total. Enquanto o
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diabetes não é a única causa da nefropatia, ele aumenta
significantemente o risco.

Dentro do corpo, uma das funções dos rins é absorver a glicose da


corrente sanguínea, contudo, há um limite para isso.

Os rins podem chegar nesse limite por vários motivos – por exemplo,
mau funcionamento do rim ou excesso de glicose na corrente
sanguínea devido ao diabetes.

Quando isso ocorre, a glicose vai começar a se acumular e forçar mais


líquidos para fora do corpo. É por isso que os diabéticos sentem uma
necessidade constante de urinar.

Porém com o aumento da urina, vem a menor densidade de várias


substâncias que são eliminadas normalmente pela urina, como o
cloreto de sódio, conhecido como sal. Isso desencadeia um alarme que
leva a um aumento na produção de um composto chamado renina, que
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por sua vez reduz o fluxo sanguíneo através dos rins. Por fim, isso
resulta em uma redução drástica do envio de nutrientes para os rins
devido à falta de sangue fluindo por eles.

A nefropatia é caracterizada por vários sintomas:

 Edema ou inchaço em volta dos olhos


 Fadiga, náuseas, vômitos, dores de cabeça
 Perda de apetite
 Ganho súbito de peso devido à retenção de líquidos
 Urina em excesso

A doença tem 5 estágios:

O estágio 1 é definido pela hiper-função urinária e aumento da


excreção urinária de albumina.12

A albumina é a proteína encontrada no sangue. Um rim saudável não


deixa que a albumina passe para a urina, mas um rim danificado,
permite que um pouco passe.

O estágio 2 se desenvolve silenciosamente ao longo de muitos anos e é


caracterizado por lesões ocultas sem sinais clínicos de doença.

Contudo, exames de função renal revelam mudanças.13

O estágio 3, ou nefropatia diabética incipiente, é o precursor da


nefropatia diabética. Sua principal manifestação é excreção urinária de
albumina elevada de forma anormal.14 O estágio 4 é a nefropatia
diabética, a entidade clássica caracterizada pela proteinúria persistente
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– que é a grande quantidade de proteína na urina. Essa fase é bastante
associada à pressão alta.15

O estágio 5 é o estágio final da nefropatia e basicamente significa


falência renal.

Os rins filtram pouco ou nada do sangue, apresentam danos estruturais


avançados e a pressão sanguínea aumenta drasticamente.16

d. Neuropatia

Neuropatia, ou dano neural, é considerada a grande preocupação entre


os diabéticos. A doença resulta da glicose excessiva no sangue e
pressão sanguínea incontrolável. Mais uma vez, os diabéticos não são

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as únicas pessoas com risco de dano neural, mas a doença contribui
para seu rápido desenvolvimento.

E o que é pior, os diabéticos enfrentam complicações adicionais que


são associadas com a doença do nervo.

A glicose normalmente não é uma substância nociva, na verdade, ela é


necessária para quase toda vida no planeta.

Contudo, as fibras nervosas do corpo se deterioram quando expostas à


glicose por um período longo de tempo.

Já que o diabetes tipo 2 não controlado resulta no aumento da glicose


no sangue, principalmente em conjunto da nefropatia (devido à
falência renal), níveis altos de glicose descontrolados podem levar ao
rompimento de pequenos vasos que fornecem sangue para os nervos,
resultando em carência de oxigênio e nutrientes.

Para piorar, a neuropatia ocorre em 4 tipos diferentes, cada um com


sintomas e sinais diferentes:

Neuropatia periférica – é a mais comum, mas ainda assim uma forma


assustadora da doença.

Ela afeta os pés primeiro, causando problemas como dor constante ao


caminhar, dor extrema no meio do pé a qualquer momento sem
nenhuma razão aparente, entorpecimento e sensibilidade elevada dos
pés, variando de dormência à dores insuportáveis, assim como
deformidades, úlceras e muitas infecções.

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Depois dos pés, a doença progride para as pernas, mãos e finalmente
para os braços. Nos casos mais graves, é necessária a amputação.

Os diabéticos são 2 mil vezes mais propensos a precisar da amputação


do que aqueles que desenvolvem a neuropatia sem ter diabetes.

As amputações geralmente ocorrem devido ao avanço das infecções


que causa estragos ao custo da dormência.

Neuropatia Periférica Diabética

DANOS DOS TECIDOS A perda de


sensibilidade e
Tecido saudável problemas de
circulação resultam
no aumento de risco
de infecções, úlceras
e gangrena
Doenças metabólicas ou O dano capilar pode levar ao
Ferida devido a perda
vasculares relacionadas ao dano neural e perda da
de sensibilidade
diabetes podem causar sensibilidade, principalmente
dano capilar nas extremidades

Neuropatia autonômica – essa forma consiste no dano neural do


sistema nervoso autônomo que controla as funções autônomas do
corpo. Exemplos de áreas afetadas incluem o coração, bexiga,
estômago e olhos. Os sintomas dessa forma incluem urina frequente,
transpiração excessiva, uma alteração perceptível na temperatura
corporal, dificuldade ou incapacidade para engolir, constipação ou

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diarreia, pressão arterial e frequência cardíaca estagnadas e perda da
visão escotópica – visão em baixa luminosidade.

Um dos problemas mais significantes desse tipo de neuropatia é a


hipoglicemia inconsciente, que pode levar a outras complicações.

Neuropatia proximal – também chamada de amiotrofia, afeta os


nervos próximos ao centro do corpo e em casos raros progride para a
parte superior do corpo.

As nádegas, coxas, pernas e quadris podem todos sofrer danos nesse


caso.

Ela é geralmente considerada uma forma menos forte de neuropatia,


particularmente porque é a mais provável de ser tratada.

Seus sintomas incluem inchaço do abdômen, perda de peso sem


explicação, dores em áreas específicas do corpo sem motivo, perda
gradual de força muscular e por fim, atrofia (redução do tamanho) do
músculo afetado.

Mononeuropatia – é a única neuropatia de curto prazo.

Como o nome sugere, ela afeta somente um único nervo, causando


nele o menor impacto em potencial das outras quatro.

Contudo, a doença deve ser levada a sério, pois a mononeuropatia


pode afetar qualquer nervo do corpo – até do rosto e do peito.

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Quaisquer problemas diretos da doença podem ser aliviados
temporariamente na maioria dos casos e ela quase sempre vai
desaparecer por si só dentro de poucos meses.

A má notícia é que qualquer dano duradouro pode não ser reparado. Já


que essa forma pode aparecer em qualquer lugar, os sintomas são
difíceis de identificar.

Contudo, sinais comuns são dores intensas em uma única área (como
o peito, coxa ou maxilar), paralisia facial parcial, visão embaçada ou
desfocada e síndrome do túnel do carpo, identificada pelo
formigamento dos dedos e ineficiência da coordenação motora.

3. Outras complicações

a. Cetoacidose diabética

A cetoacidose diabética (CAD) é a emergência hiperglicêmica mais


grave em diabéticos.

Relata-se que a CAD é responsável por mais de 100.000 admissões


hospitalares por ano, somente nos Estados Unidos.17

Quando suas células não recebem a glicose necessária para energia,


seu corpo começa a queimar gordura para energia, o que produz
cetonas. As cetonas são compostos orgânicos que seu corpo produz

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quando divide a gordura para usá-la para energia. O corpo faz isso
quando não possui insulina o suficiente para usar glicose, a fonte
normal de energia do corpo. Quando as cetonas se acumulam no
sangue, elas o deixam mais ácido e altos níveis de cetona podem
intoxicar o corpo. A CAD tem sido considerada por muito tempo uma
característica clínica fundamental do diabetes tipo 1 ou diabetes
insulinodependente.

Contudo, há poucos anos um número crescente de cetoacidose foi


relatado em pessoas com diabetes tipo 2.

O que a CAD cria, na verdade, é uma condição complicada que


incorpora características de ambos os tipos de diabetes chamada de
diabetes propenso a cetose.18

Um paciente com CAD tipicamente fica desidratado e com a respiração


ofegante. Dor abdominal é comum e pode ser severa, enquanto que o
nível de consciência é tipicamente normal até processos mais
avançados, quando a letargia pode progredir para o coma.

E o pior é que a cetoacidose pode se tornar grave o bastante para


causar hipotensão, choque e até a morte.

b. Estado hiperosmolar hiperglicêmico

O estado hiperosmolar hiperglicêmico é outra complicação metabólica


grave que ocorre em pacientes com diabetes mellitus e pode ser uma

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emergência com ameaça à vida. Ele é menos comum que o CAD, mas é
mais comum em pacientes com diabetes tipo 2 do que os com tipo 1.

O estado hiperosmolar hiperglicêmico ocorre em pacientes que


apresentam uma doença concomitante que causa consumo reduzido
de líquidos. Infecções precedem a doença atual, mas muitos outros
problemas podem causar desidratação.

Uma vez que o estado hiperosmolar hiperglicêmico se desenvolve,


pode ser difícil diferenciá-lo da doença que o precedeu.

A doença é caracterizada por glicemia anormalmente alta e


desidratação.

Normalmente, os rins tentam compensar pelo alto nível de glicose no


sangue ao permitir que a glicose extra saia do corpo pela urina, mas
isso também faz com que o corpo perca água. Se você não bebe água
o suficiente ou os líquidos que você bebe contêm muito açúcar, os rins
não conseguem se livrar do excesso de glicose e isso resulta em altos
níveis de glicose em seu sangue.

A desidratação também deixa o sangue mais concentrado do que o


normal, causando hiperosmolaridade, um problema no qual o sangue
fica com uma concentração muito alta de sal, glicose e outras
substâncias que normalmente fazem que a água entre na corrente
sanguínea. Isso retira a água de outros órgãos do corpo, incluindo o
cérebro. A hiperosmolaridade coloca em ação um ciclo de aumento dos
níveis de glicose no sangue e desidratação. Fatores de risco incluem

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eventos estressantes, ataques cardíacos, derrames, desidratação,
envelhecimento, insuficiência renal e descontrole do diabetes.

Os sintomas incluem desorientação, convulsão, boca seca, febre,


aumento da sede, náuseas, fraqueza e perda de peso.

Se não for tratado, pode levar ao coma e à morte.

c. Doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA)

Doença hepática gordurosa não alcoólica é um termo generalista para


uma série de problemas de fígado que afetam pessoas que ingerem
pouco ou nada de álcool.

Como o nome sugere, a característica principal da DHGNA é o excesso


de gordura armazenado nas células do fígado.

Esteato-hepatite não alcoólica, uma forma grave em potencial da


doença, é marcada pela inflamação do fígado, que pode progredir para
uma cicatrização profunda e danos irreversíveis similares aos causados
pela alta ingestão de álcool.

Nos casos mais graves, a esteato-hepatite não alcoólica pode progredir


para cirrose e falência do fígado. A doença hepática gordurosa não
alcoólica ocorre em todas as faixas etárias, mas principalmente em
pessoas com 40 e 50 anos que apresentam alto risco de doenças
cardíacas, assim como fatores como obesidade e diabetes tipo 2.

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Isso mesmo, diabetes tipo 2.

Você deve estar se perguntando... por que se importar com o fígado, se


você tem diabetes? Mas essa pergunta se refere brevemente aos
fatores de a DHGNA ser ignorada, já que os pacientes geralmente são
assintomáticos e a progressão da doença é lenta.

Além disso, nenhum indicador específico está disponível atualmente e


o diagnóstico definitivo somente pode ser feito com a biopsia do fígado,
para a qual a relação risco-benefício é duvidosa.

Finalmente, o prognóstico pode ser mais severamente limitado pelo


metabolismo, complicações microvasculares e macrovasculares do que
por doença do fígado.

De fato, a importância da DHGNA no diabetes tipo 2 vai muito além do


impacto em potencial nas taxas de morbidez e mortalidade observadas
na população em geral.

Devido sua inter-relação com a resistência à insulina e a cada


componente da síndrome metabólica, a DHGNA pode favorecer o
surgimento do diabetes tipo 2, piorar sua progressão e complicações
crônicas e aumentar o risco de morte relacionada ao fígado,
particularmente por carcinoma hepatocelular.

O fígado é o local essencial da ação da insulina – ele é a principal fonte


de produção de glicose, um local importante para a síntese e
eliminação dos lipídios e o local primário da degradação da insulina.
Portanto, não é surpresa que a gordura excessiva no fígado esteja
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fortemente associada não só com o tecido hepático, mas também com
o dos músculos e o adiposo, e tanto indivíduos obesos quanto não-
obesos que acumulam gordura no fígado têm mais risco de desenvolver
a DHGNA.

Há uma forte relação entre a quantidade de gordura hepática e


deficiência na ação da insulina. Na verdade, uma vez que o fígado fica
gorduroso, a capacidade da insulina de inibir a glicose fica deficiente: a
resistência à insulina é o principal fator responsável pelo
desenvolvimento da hiperglicemia de jejum.

A DHGNA também é caracterizada por um defeito na inibição da


insulina de produção de lipoproteína de baixa densidade, levando à
hipertrigliceridemia e baixa concentração de colesterol HDL (o bom
colesterol).

A DHGNA se desenvolve em quatro estágios principais. A maioria das


pessoas vai desenvolver o primeiro estágio sem nem mesmo notá-lo.

Os principais estágios da DHGNA são:

1. Fígado gorduroso (esteatose) – acúmulo inofensivo de gordura


nas células do fígado que só pode ser diagnosticado durante
exames.
2. Esteato-hepatite não alcoólica (EHNA) – uma forma mais grave da
DHGNA, na qual o fígado fica inflamado.

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3. Fibrose – na qual uma inflamação persistente causa tecido de
cicatrização ao redor do fígado e de seus vasos sanguíneos, mas
o fígado ainda é capaz de funcionar normalmente.
4. Cirrose – é o caso mais grave, que ocorre após anos de
inflamação, na qual o fígado encolhe e fica cicatrizado e nodoso.
Esse dano é permanente e pode levar a falência hepática e câncer
de fígado.

A maioria das pessoas com DHGNA não desenvolvem problemas


graves, mas se você for diagnosticado com a doença, é uma boa
ideia seguir os passos para que ela não piore. Não há atualmente
nenhuma medicação específica para a DHGNA, mas fazer escolhas
de vida saudáveis pode ajudar e o tratamento pode ser
recomendado para doenças relacionadas (pressão alta, diabetes e
colesterol).

Adotar um estilo de vida saudável é a principal maneira de lidar com


a DHGNA.

Os seguintes passos podem ajudar:

 Perca peso – você deve almejar um Índice de Massa Corporal


(IMC) de 18.5 a 24.9; use o cálculo de IMC para trabalhar no
seu IMC. Perder mais de 10% do seu peso pode remover parte
da gordura do fígado e melhorar sua condição.
 Tenha uma dieta saudável – tente seguir uma dieta balanceada
com frutas, verduras, proteínas e carboidratos, mas que seja

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baixa em gordura, açúcar e sal. Comer porções menores de
comida pode ajudar também.
 Exercite-se regularmente – foque em fazer pelo menos 150
minutos de atividades de intensidade moderada por semana,
como caminhar ou pedalar. Todos os tipos de exercício podem
ajudar a melhorar a DHGNA, mesmo que você não perca peso.
 Pare de fumar – se você fuma, parar pode te ajudar a reduzir
o risco de problemas como ataques cardíacos e derrames.

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5. DIABETES TIPO 2 – VERDADES OCULTAS E ABORDAGENS ATUAIS

O diabetes alcançou proporções mundiais. Dados publicados em 2006


no Atlas Mundial de Diabetes da Federação Internacional de Diabetes
mostraram que a doença afetou aproximadamente 250 milhões de
pessoas, sendo 47% delas da faixa etária entre os 40 e os 59 anos.

Isso foi há pouco mais de 10 anos.

Atualmente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que há


mais de 420 milhões de diabéticos no mundo todo .19

Contudo, se você foi diagnosticado com o diabetes tipo 2, você não


precisa se sentir como isso fosse uma piada do destino.

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Existem milhões de pessoas como você que estão lidando com essa
doença no dia a dia.

Mas o interessante é que em certas partes dos Estados Unidos, as


pessoas são mais propensas a ter a doença.

Por exemplo, pessoas do sudeste e sudoeste do país tendem a ter


diabetes tipo 2 em maior taxa comparada a pessoas de outras partes
do país.

É óbvio que as pessoas podem correr o risco de ter a doença não


importa onde vivam. Ainda assim, você precisa ter plena consciência do
que acontece no que se refere a essa doença e o modo como ela pode
se desenvolver com o tempo.

Além disso, suas chances de desenvolver o diabetes tipo 2 aumentam


com a idade. Estima-se que uma entre quatro pessoas com 65 anos –
ou mais velha – tem diabetes. Um em cada dez adultos com 20 anos ou
mais também tem.

Os relatórios também mostram que as minorias são mais propensas a


ter o diabetes tipo 2 do que outros.

Afro-americanos, índios americanos, mexicano-americanos, asiático-


americanos e nativos do Havaí são mais propensos a sofrer de diabetes.

Isso acontece porque essas pessoas tendem a estar mais acima do peso
em geral e também a desenvolver doenças que envolvam altos níveis

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de pressão alta. Alguns traços genéticos que envolvem essas minorias
também são responsáveis.

Além disso, há várias outras questões que devem ser exploradas para
entender essa doença:

 É estimado pela Associação Americana de Diabetes que 250


bilhões são gastos a nível nacional com casos de diabetes por ano,
e esse número continua crescendo.20 Muito disso se deve
diretamente a custos médicos, mas a baixa produtividade dos
diabéticos também é levada em consideração, como os
tratamentos e questões médicas oriundas do diabetes que os
impedem de voltar para suas rotinas facilmente.
 Pode custar uma quantia substancial de dinheiro para que você
lide com essa doença. Você pode acabar pagando cerca de
US$2.000,00 em medicamentos por ano, incluindo custos
associados com consultas médicas e outras coisas. Às vezes você
pode descobrir que a política do seu seguro de saúde não vai
cobrir os custos de algumas coisas.
 As pessoas com diabetes são mais prováveis a terem sua
expectativa de vida reduzida por uma média de 10 anos.
Isso não quer dizer que cada pessoa com diabete vai morrer cedo,
mas ainda é uma coisa que se deve ter consciência.

Está claro que você precisa cuidar da doença tão bem quanto for
possível. O potencial para que você tenha um tempo de vida mais curto

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e gaste mais dinheiro com tratamentos pode ser um ponto que deve
ser explorado.

O diabetes tipo 2 é uma doença que tem tanto uma etiologia simples
quanto uma complexa (a explicação médica da doença).

Baseado em diversos estudos científicos e experiências clínicas, o


culpado número um das crises de diabetes é o consumo enorme de
açúcar branco, pão branco e carboidratos refinados em contraste com
um de carboidratos complexos naturais como grãos e feijão.

O avanço no entendimento do diabetes foi encontrado no livro


“Doença Sacarina” do Dr. Thomas Cleave, que mostrou que dentro de
20 anos após o açúcar branco e pão branco serem introduzidos em uma
cultura ou país, há um surto de diabetes.

De acordo com o Dr. Cleave, em 1995 o diabetes era considerado uma


doença relacionada ao consumo de gordura, pois sua causa principal
estava conectada com esse consumo. Contudo, esse ponto de vista

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mudou quando o médico mostrou que quando a mortalidade por
diabetes era comparada com o consumo de carboidratos refinados –
açúcar branco e farinha branca – em vez de com o consumo total de
carboidratos (refinados e complexos), havia uma correlação estatística
muito próxima entre o consumo de carboidratos refinados e a
mortalidade por diabetes.

Essa correlação era maior para carboidratos refinados do que para o


consumo de gordura.

O Dr. Cleave também mostrou que o aumento no consumo de gordura


na primeira metade do século XX foi quase insignificante comparado
com o aumento do consumo de carboidratos refinados dos anos 1900
quando o diabetes passou do número 27 para o sétimo na lista de
causas de morte nos anos 1960.

Somente o aumento drástico no consumo de carboidratos refinados se


equiparava ao aumento drástico na mortalidade por diabetes.

Esse ponto de vista ficou mais claro devido ao fato de que em


comunidades onde carboidratos refinados não tinham sido
introduzidos e o alto consumo de carboidratos complexos foi mantido,
não houve um crescimento significante no diabetes.

Portanto, a conclusão que foi tirada é que a introdução de carboidratos


refinados em uma cultura foi a causa principal – mas não a única – para
o aumento de diabetes. Outra causa implícita inclui o aumento do

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consumo de gordura animal cozida e gordura trans, metais pesados,
produtos químicos na agricultura e deficiências mineral e de vitaminas.

O resultado foi uma dieta em alimentos pobres em nutrientes. E por


todo o mundo, das areias do Oriente Médio até a neve do Canadá, a
correlação existia – a principal causa alimentar do diabetes é o açúcar
processado.

O segundo maior contribuinte para o surgimento do diabetes é uma


dieta com muita gordura animal cozida e ácidos graxos saturados.

Um excesso de gordura animal saturada e ácidos graxos saturados está


associado ao aumento do diabetes, câncer de mama, câncer de
próstata, disfunção da imunidade e até infertilidade.

Na verdade, de acordo com a estimativa de especialistas da Escola de


Saúde Pública de Harvard, aproximadamente 30.000 mortes
prematuras são atribuídas cada ano ao nosso consumo de gordura
trans.

Mas vamos deixar claro. Nem toda gordura é prejudicial.

O ômega 3 e gorduras monoinsaturadas aumentam a função da


insulina.

É o tipo errado de gordura em nossa dieta que cria – e mantém – uma


estrutura de membrana celular anormal, levando à deficiência na ação
da insulina. Uma membrana celular com mau funcionamento diminui a

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imunidade celular, criar inflamações e nos deixa suscetíveis ao
desenvolvimento de doenças crônicas.

Considerando esse fato, pode-se dizer que o diabetes deveria ter sido
curado até hoje e não ter apenas um “tratamento”. Ainda assim, apesar
de seu funcionamento aparentemente elementar, nenhuma cura foi
reconhecida oficialmente.

Se você se pergunta o porquê, continue lendo para descobrir.

No momento, vários tratamentos existem, é claro, mas a maioria dos


especialistas concordam que a melhor maneira para “reparar” o
diabetes, envolve mudanças no estilo de vida em vez de tomar
remédios.

De fato, essa abordagem é melhor para os diabéticos, já que as drogas


sintéticas acabam causando mais problemas do que resolvem, na
maioria das vezes.

Então por que são vendidas?

Porque querem que a doença continue por aí sem uma cura, enquanto
garantem muito dinheiro para as indústrias farmacêuticas .21

A metformina, por exemplo, a medicação de primeira linha que é


recomendada por médicos e dada para os diabéticos acima do peso e
obesos para desacelerar ou controlar a doença, possui muitos efeitos
colaterais:

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 Náuseas
 Vômitos
 Irritação no estômago
 Diarreia
 Fraqueza no corpo
 Acidose lática
 Hipoglicemia (somente quando combinada com outras
substâncias)

De todos esses, a hipoglicemia se destaca. Quando se considera o efeito


dessa droga, a preocupação é compreensível – a metformina funciona
ao cessar a produção de glicose do fígado.

O objetivo dessa droga é diminuir a quantidade de glicose no sangue


enquanto melhora os efeitos da insulina, resultando em uma pequena
chance de neuropatia e falência renal.

Porém, qualquer droga, dieta ou condição que resulte em aumento ou


diminuição satisfatórios de glicose ou que alterae a sensibilidade do

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corpo à insulina de qualquer forma, pode tornar essa droga uma
ameaça a vida de alguém.

Mesmo algo simples como exercícios, que esgotam os níveis de glicose,


pode causar hipoglicemia muito mais rapidamente.

Contudo, a hipoglicemia é uma prudência razoável. Esse medicamento


é uma solução rápida que deve fazer alguns sacrifícios para que
funcione.

Um efeito que não deve ser ignorado é a acidose lática, um problema


identificado por muitos dos mesmos efeitos colaterais naturalmente
presentes quando se toma metformina (náuseas, fraqueza, etc.)

Alguém com acidose lática apresenta um acúmulo de ácido lático na


corrente sanguínea e músculos somente ao fazer exercícios leves e
moderados.

Isso acontece porque o corpo tem um limite natural para a quantidade


de glicose que ele pode usar para exercícios em qualquer período
devido à liberação de ácido ático como um subproduto.

Portanto, quando se atinge o limite, o ácido lático vai começar a se


acumular em uma taxa alarmante.

Embora o fígado possa estar produzindo menos glicose, ela ainda pode
estar vindo de outras fontes. Além disso, ela não está sendo removida
do corpo tão rapidamente. Isso quer dizer, essencialmente, que muita

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glicose está presente – o problema contrário de misturar essa droga
com outras.

Alguém que toma metformina nunca vai precisar se preocupar com


hiperglicemia (muita glicose) – a acidose lática vai começar muito antes
que isso aconteça, resultando em um aumento na fadiga, sensação de
ardor nos músculos, falta de ar e, finalmente, morte.

Além da hipoglicemia, ganho de peso é outro efeito colateral comum


da terapia de insulina.

Quando você toma insulina, a glicose é capaz de entrar nas suas células
e os níveis de glicose no sangue caem. Isso, é claro, é o objetivo
desejado.

Contudo, se o número de calorias que você ingere e seu nível de


atividade resultar em mais calorias do que você precisa para manter um
peso saudável, suas células vão receber mais glicose do que precisam.

A glicose que suas células não usam, se acumula como gordura. Estar
acima do peso é a causa principal de vários outros problemas de saúde
além do diabetes, incluindo doenças do coração.

O ganho de peso também causa efeitos adversos em seu diabetes,


então ao fim do dia, a droga que deveria te ajudar a manter sua glicemia
vai causar ganho de peso e mais complicações por causa disso.

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6. A LEPTINA – RESOLVENDO O QUEBRA-CABEÇA DO DIABETES

Parabéns por chegar até aqui.

Chegar a esse ponto significa que você ganhou um entendimento


minucioso do que é o diabetes tipo 2. E porque um problema
esclarecido claramente já ser metade da solução, chegou a hora de lidar
com a outra metade, a que se chama leptina.

A leptina, junto da insulina, é um hormônio que nosso corpo produz. A


palavra tem raiz do grego “leptos” que quer dizer magro. Por esse
motivo, a leptina é chamada de “o hormônio da saciedade”

Os hormônios são mensageiros químicos que nosso corpo usa para


direcionar todo tipo de atividade, incluindo o quanto comemos. Não é

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de se surpreender que eles podem trabalhar com você – ou contra
você.

Então vamos começar observando o que a leptina realmente é e quais


são seus papéis, o que a torna tão importante e como você pode usá-
la para solucionar seu diabetes para sempre.

A leptina é o rei dos hormônios e o comandante-chefe de praticamente


tudo que acontece no corpo.

Entender como ela funciona e aplicar essa informação na sua vida


cotidiana pode mudar totalmente sua saúde.

Isso é ainda mais verdade no que se refere às questões de controle de


peso, estresse, inflamação, imunidade, reprodução, saúde
cardiovascular e, é claro, o diabetes.

Aprofundando em sua funcionalidade, nós descobrimos que a leptina


não é somente um hormônio, mas também é um hormônio proteico
envolvido no consumo e gasto de energia.

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Além disso, a leptina é uma citocina importante – um tipo de célula de
sinalização – que desempenha um papel fundamental na regulação do
apetite, consumo de alimentos e metabolismo.

A maior parte do hormônio leptina é produzida nos depósitos de


gordura branca no corpo e os níveis de leptina estão diretamente
associados à quantidade total de gordura no corpo.

Ela também pode ser produzida nas células de gordura marrom, como
também em outras partes do corpo, como os ovários, músculo
esquelético, glândulas estomacais, medula óssea, placenta e fígado.

Em outras palavras, a leptina é a proteína que é feita nas células de


gordura, circula pela corrente sanguínea e vai para o cérebro, onde
informa seu corpo que você tem energia o suficiente armazenada em
suas células de gordura para se engajar em processos metabólicos
normais.

Então como você pode ver, a leptina age como um hormônio que
modula o tamanho dos tecidos adiposos do corpo.

Além disso, ela também atua em receptores específicos no seu


hipotálamo para inibir o apetite através de mecanismos neutralizantes
e estimulantes.

Quando a massa de gordura diminui, o nível de leptina plasmática cai


para que o apetite seja estimulado até que a massa seja recuperada.

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Há também uma queda na temperatura corporal e o gasto de energia
é suprimido.

Em contrapartida, quando a massa de gordura aumenta, os níveis de


leptina também e o apetite é suprimido até que ocorre a perda de peso.

Dessa maneira, a leptina regula o consumo de energia e


armazenamento de gordura para que o peso seja mantido dentro de
um limite relativamente normal.

A descoberta desse hormônio em si é uma história interessante. Lá em


1994 – há mais de 20 anos! – cientistas da Universidade Rockfeller de
Nova Iorque conseguiram mostrar que uma linhagem particular de
ratos obesos não tinha um gene que os impedia de produzir um
hormônio importante, que mais tarde foi chamado de leptina.

Por não ter esse gene, os ratos não tinham controle sobre o peso de
seus corpos ou de seus comportamentos alimentares.

Sendo assim, o peso deles aumentou o triplo, eles desenvolveram o


diabetes tipo 2, perderam a capacidade de se reproduzir e acima de
tudo, sempre queriam comer.

Os cientistas sintetizaram a leptina e quando a deram aos ratos, eles


perderam vários quilos, ficaram sem diabetes, recuperaram a função
reprodutiva e desenvolveram um apetite normal.

A comunidade científica ficou espantada e pensou que essa seria a


grande descoberta da perda de peso da história. De várias maneiras,

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ela foi – mas não em termos de fornecer drogas de leptina para as
pessoas.

Isso é somente porque poucas pessoas são incapazes de produzir a


leptina. Os problemas surgem quando a produção excede o necessário.

Na verdade, 99,9% da população acima do peso produz muita leptina


por causa de seus quilos extras.

Todo esse excesso de leptina impede a função da leptina, como uma


espécie de engarrafamento no corpo e cria um problema chamado
resistência à leptina – o que quer dizer que mesmo que haja muita
leptina, ela não está indo para o cérebro corretamente e, portanto, o
cérebro se comporta como se não houvesse leptina nenhuma.

Simplificando, se você vive para comer, você tem um problema de


leptina. Se você come para viver, você provavelmente tem mais
controle da leptina.

A boa notícia é que a resistência à leptina pode ser quebrada e a


sensibilidade à leptina restaurada. Isso, por sua vez, aumenta a
sensibilidade à insulina e faz com que o diabetes tipo 2 seja uma doença
curável.22

Por esse motivo, compreender a resistência à leptina é de extrema


importância para sua saúde. No caso de resistência à leptina, sua
leptina é alta, o que significa que você está gordo, mas seu cérebro não
percebe. Ou seja, seu cérebro está com fome enquanto seu corpo está

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obeso. Além disso, a leptina não é somente parte do sistema
metabólico, ela é também parte do sistema de recompensa.

Quando os níveis de leptina estão baixos, a comida se torna ainda mais


uma recompensa. Quando os níveis estão altos, isso deve interromper
o sistema de recompensa para que você não precise comer demais e a
comida perde seu encanto.

Tudo isso muda com a resistência à leptina.

Em pessoas que sofrem disso, o sistema de recompensa não incita a


pessoa a parar de comer quando os níveis de leptina aumentam, como
deveria acontecer.

Em vez disso, você fica com mais fome e o sistema de recompensa


continua “funcionando”. Então você come cada vez mais e isso se torna
um círculo vicioso.

E é assim que ocorre a obesidade.

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A obesidade e o diabetes tipo 2 são questões importantes de saúde
pública no mundo todo, por causa de sua incidência e prevalência
crescentes.

Indivíduos obesos têm o risco de morte mais alto devido a várias


doenças relacionadas, incluindo o diabetes mellitus, acidentes
cardiovasculares, derrames e até câncer.23

A leptina desempenha um papel mais importante em sua saúde do que


você imaginava – ainda mais do que o colesterol.

Porém, somente poucos médicos foram ensinados a prestar atenção a


ela ou a saber muito sobre ela.

Isso se deve ao fato de que a importância crítica da leptina é


amplamente desconhecida pela comunidade médica porque não há
nenhuma droga que regula suas atividades, portanto, não há incentivos
em gastar dinheiro para educar os médicos sobre ela.

A única maneira adequada de restabelecer a sensibilidade à leptina – e


finalmente à insulina – é através de alimentos saudáveis, hábitos
alimentares consistentes e um pouco de exercício.

A leptina e a insulina têm efeitos em comum no controle do consumo


de alimento e metabolismo de energia.

Na homeostase da glicose – regulação da glicose – ambas têm um papel


importante.

A leptina e a insulina regulam uma a outra.

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A leptina inibe a insulina e a insulina estimula a síntese e secreção da
leptina.

A leptina também aumenta a sensibilidade à insulina, não só ao


diminuir o tecido adiposo e a lipotoxicidade (acúmulo de gordura em
tecidos não adiposos), mas também a ação insulino-independente,
tanto central quanto perifericamente. Ela também diminui a produção
hepática de glicose, contribuindo para seus efeitos da redução de
glicose.24

Além disso, uma vez que a sinalização da leptina foi interrompida, a


pessoa se torna propensa a comer mais, ganhar peso e ter resistência
à insulina.

Então vamos deixar as coisas claras, a leptina não é somente


importante para se lidar com a obesidade, mas também com a insulina.

Como você já sabe agora, a obesidade contribui para a resistência à


insulina e vice-versa.

Basicamente, um círculo vicioso.

Portanto, se a leptina, e mais especificamente, a quebra da resistência


à leptina é tão importante, por que a comunidade médica e a indústria
farmacêutica ficam em silêncio?

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A resposta é simples. A indústria do diabetes e da perda de peso são
duas indústrias lucrativas gigantescas e interesses poderosos as
querem separadas. Afinal, dois – ou mais – comprimidos dão mais
dinheiro do que um, certo?

Além da nutrição, a sensibilidade à leptina pode ser restaurada através


de exercícios. A leptina e a insulina se comunicam e agem em conjunto
dos hormônios para controlar seus níveis de energia. Conforme os
níveis de insulina aumentam, os de leptina também o fazem.

A boa notícia é que foi comprovado que os exercícios aumentam a


sensibilidade à insulina e quebram a resistência à leptina.

Enquanto muitos conselhos convencionais giram em torno da insulina,


a leptina também desempenha um papel crucial no desenvolvimento
do diabetes tipo 2. Como você sabe, ela é produzida principalmente nas
células de gordura e um de seus papéis principais é regular o apetite e

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peso do corpo. A leptina diz a seu cérebro quando comer, quanto
comer e o mais importante, quando parar de comer.

Ela também instrui o cérebro do que fazer com a energia disponível.

Agora lembre-se, quando sua glicemia fica elevada, insulina é liberada


para direcionar a energia extra para armazenamento – a maioria da
qual é armazenada como gordura, e a leptina é produzida nessas
células de gordura.

Portanto, quanto mais gordura você tiver, mais leptina é produzida.

Além disso, conforme o açúcar é metabolizado em suas células de


gordura, a gordura libera mais ondas de leptina.

Basicamente, a resistência à insulina e à leptina andam de mãos dadas.

Quando você desenvolve resistência à leptina, seu cérebro não


consegue mais ouvir os sinais da leptina, resultando em fome crônica,
alto consumo de alimento, incapacidade de queimar gordura
corretamente e, tipicamente, em obesidade.

A resistência à insulina e finalmente o diabetes tipo 2 seguem o


exemplo. Assim como todas as questões hormonais, a da resistência à
leptina é uma questão complexa sem uma causa única, mas há muitos
fatores que podem impactá-la negativamente:

 Consumo de frutose (principalmente na forma de xarope de milho)


 Altos níveis de estresse
 Consumo de muitos carboidratos simples (açúcar)
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 Falta de sono
 Comer em excesso
 Altos níveis de insulina (círculo vicioso aqui)
 Excesso de exercícios

Portanto, você pode observar que a insulina pode não ser o hormônio
mais importante no diabetes.

Essa honra é da leptina.

E o motivo para isso é simples: a leptina é amplamente responsável pela


precisão da sinalização da insulina e por alguém se tornar resistente à
insulina ou não.

Dado o estado atual das coisas, contudo, não é surpresa que o diabetes
tipo 2 não tenha sido derrotado.

De acordo com algumas estimativas, o diabetes aumentou mais de


750% nos últimos 50 anos.

Isso, por sua vez, revela dois fatos muitos importantes:

 O diabetes não pode ser uma doença principalmente genética, já


que a estatística anterior se passou dentro da mesma geração e
teoricamente da mesma genética.
 Alguma coisa que temos feito está obviamente errada e precisa ser
mudada.

Essa coisa – você adivinhou – é a dieta. Eis aqui o motivo.

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Pelos últimos 50 anos, os americanos têm seguido recomendações
nutricionais de uma dieta com muitos carboidratos complexos e baixo
teor de gordura saturada, recomendada pelas:

 Associação Dietética Americana


 Associação Americana do Coração
 Associação Americana de Diabetes

A questão é que esses carboidratos complexos, como batatas, arroz,


cereais, massas e pães, rapidamente se tornam açúcar e o excesso de
açúcar (glicose) rapidamente se torna uma cadeia longa de ácidos
graxos saturados. E isso é errado.

Basta dizer que o diabetes é uma doença da nutrição e que é a ciência


da nutrição que deve tratá-lo.

Portanto, dado o fato de que agora você possui um claro entendimento


da raiz da causa da resistência à insulina, à leptina e do diabetes tipo 2,
chegou a hora de reverter esse quadro através de uma nutrição
adequada.

Os seguintes ajustes nutritivos e estilo de vida devem ser a base do seu


plano de tratamento e prevenção do diabetes. Assegure-se também de
monitorar seu nível de insulina em jejum. Isso é tão importante quanto
monitorar sua glicemia em jejum. O ideal é que seu nível de insulina em
jejum esteja entre 2 e 4.

Quanto mais alto estiver o nível, maior será sua resistência à insulina e
mais agressivo você deverá ser em seu plano de tratamento.
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 Limite ou elimine grãos e açúcar da sua dieta, principalmente a
frutose, que é tipo mais prejudicial de açúcar

Em um estudo da Universidade da Califórnia em 2009, Davis mostrou


que consumir xarope de milho com altos níveis de frutose é a maneira
mais rápida de destruir efetivamente sua saúde.

A frutose é um adoçante barato geralmente derivado do milho e é


usado em vários produtos alimentícios e bebidas não alcoólicas. Seu
consumo em excesso pode causar danos metabólicos severos e
desencadear os primeiros estágios de diabetes e doenças cardíacas.25

 Substitua alimentos processados – principalmente frutose e grãos


– por alimentos frescos.

O motivo principal para o fracasso em tratamentos convencionais de


diabetes nos últimos 50 anos ou mais tem a ver com más
recomendações de dietas.

A frutose, grãos e outras formas de açúcar com carboidrato rico em


amido, são os principais culpados pelas reações adversas à insulina de
seu corpo e todo açúcar e grãos precisam ser drasticamente reduzidos.
© 2017 Dr. Guilherme Gomes 59
Portanto, é ideal limitar sua dose diária de frutose para 15g por dia até
que sua resistência à insulina e à leptina tenha sido restabelecida. Para
pessoas que não tem diabetes, eu recomendo limitar o consumo diário
a 25g por dia ou menos para manter uma saúde ideal.

Além da frutose, as gorduras trans aumentam o risco de diabetes ao


interromper os receptores de insulina. A gordura saturada saudável não
faz isso.

Já que você está cortando muita energia – carboidratos – de sua dieta


ao reduzir açúcar e grãos, você precisa substitui-los por outra coisa.

Essa substituição consiste principalmente de quantidade baixa a


moderada de proteína de alta qualidade. Quantidades substanciais de
proteína podem ser encontradas em carne, peixe, ovos, laticínios,
legumes e castanhas.

Na verdade, consumir proteína e gordura saudável logo pela manhã


promove saciedade e fornece ao corpo o que é necessário para
produzir hormônios. Porém, não exagere, como a maioria dos
americanos. Consulte o seu médico sobre essa questão.

 Melhore sua relação de ômega 3 para ômega 6

Atualmente a dieta ocidental tem muitas gorduras ômega 6 prejudiciais


e muita falta de gorduras ômega 3. As principais fontes de gordura
ômega 6 são o milho, canola, amendoim e óleo de girassol. Nossos
corpos evoluíram para uma relação ideal de 1:1. Contudo, ele

© 2017 Dr. Guilherme Gomes 60


deteriorou seriamente para entre 20:1 e 40:1 em favor do ômega 6,
gerando consequências perigosas para a saúde.

Para lidar com isso, reduza o consumo de óleos vegetais e aumente o


de ômega 3 de origem animal, tais como o óleo de krill, óleo de linhaça
e óleo de nozes.

Lembre-se, porém, que eles não podem tomar o lugar dos de ômega 3
de origem animal.

 Mantenha a vitamina D em um nível ideal

Novas evidências sugerem que a vitamina D é altamente benéfica não


somente para o diabetes tipo 1, mas também para o tipo 2. A melhor
maneira de otimizar seus níveis é ficar exposto ao sol regularmente ou
usar camas de bronzeamento seguras. Como última medida, considere
suplementos orais monitorando a vitamina D regular, para confirmar

© 2017 Dr. Guilherme Gomes 61


que você está tomando vitamina D o suficiente para que seus níveis no
sangue fiquem no limite normal de 50-70 ng/ml.

Por favor consulte o seu médico sobre essa questão.

 Tenha um sono de alta qualidade toda noite

Sono insuficiente aparenta aumentar o estresse e a glicemia,


contribuindo para a resistência à leptina e à insulina, assim como o
ganho de peso. Um estudo dos Arquivos da Medicina Interna de 2006
verificou que aqueles que relataram sono de má qualidade possuem
A1cs mais elevados (média de glicose no sangue de dois a três meses).

Essa descoberta é de se preocupar por causa da prevalência de apneia


obstrutiva do sono em diabéticos.

 Otimize sua saúde intestinal

Seu intestino é um ecossistema vivo, cheio de bactérias boas e ruins.


Inúmeros estudos mostraram que pessoas obesas tem bactérias
intestinais e estomacais diferentes de pessoas magras.

Quanto mais bactérias boas você tiver, mais forte seu sistema
imunológico será e melhor o seu corpo vai funcionar como um todo.
Felizmente, otimizar sua saúde intestinal é fácil.

Você precisa consumir regularmente alimentos fermentados, como


natto, queijo orgânico, missô e vegetais fermentados.

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 Exercite-se regularmente

Pesquisas mostraram que o exercício, mesmo sem haver perda de


peso, aumenta a sensibilidade à insulina.

Porém, a hipótese de mergulhar de cabeça em uma rotina de treinos


pode ser intimidadora. Se você for como a maioria dos recém-
diagnosticados com diabetes tipo 2, você pode não ter se exercitado
por anos. Se for esse o caso, não se preocupe.

Não tem problema em começar devagar e ir aumentando o ritmo. Essas


dicas vão te ajudar a retornar aos exercícios e a encontrar um plano de
treino que seja bom para você.

© 2017 Dr. Guilherme Gomes 63


JUNTANDO TUDO

Você não precisa fazer parte da epidemia de diabetes que acontece


diante de seus olhos. Você só precisa fazer algumas mudanças em seu
estilo de vida e estar atento a seus hábitos.

Essas mudanças, destacadas acima, vão prevenir que você caminhe


para o diabetes para poder caminhar por uma estrada saudável que
você tem buscado se você já for resistente à insulina ou diabético.

Nenhuma dessas estratégias são caras ou demoradas, porém, elas


requerem uma reflexão honesta e disciplina pessoal.

Então agora que você entendeu o que o diabetes realmente é, como


ele se desenvolve e qual a relação entre a insulina e a leptina, você pode
evitar comportamentos que prejudicam sua saúde e incorporar aqueles
que vão melhoras sua qualidade de vida. E nada é melhor nisso do que
a nutrição.

Por esse motivo, o próximo capítulo será sobre melhorá-la. Resumindo,


uma boa nutrição é um bom remédio e vice-versa.

As receitas de fácil preparo que vêm a seguir não são somente


nutritivas para o corpo, mas também para o cérebro, ou seja, elas foram
feitas para facilitar sua transição para uma vida melhor e mais saudável
ao quebrar a resistência à leptina, restabelecer a sensibilidade à
insulina e aumentar a qualidade de sua nutrição como um todo. Você

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deve tentar incluir o máximo delas em sua dieta por um período de pelo
menos 30 dias para poder notar resultados palpáveis.

Confiem em mim, você não vai se arrepender depois.

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7. RECEITAS PARA REVERTER O DIABETES – ALIMENTE SUA SAÚDE

RECEITA 1: SALADA DE FRANGO DELICIOSA

Essa salada está repleta de gordura boa – nozes, abacate e azeitonas.


Acrescente alface romana e você terá uma salada de ótima textura de dar
água na boa. Serve 2 pessoas.

Vinagrete Dijon:

½ xícara de azeite de oliva extra virgem


3 colheres de sopa de vinagre de vinho tinto
¼ de colher de sopa de mostarda dijon
1 dente de alho
Sal a gosto
Stévia em pó à gosto
1 peito de frango sem osso e sem pele
1 alface romana pequena, lavada e seca
¼ de xícara de nozes picadas
6 azeitonas gregas sem caroço e picadas no meio
1 abacate maduro fatiado

Modo de fazer:

1. Bata o vinagrete em um liquidificador.


2. Ferva um pouco de água em uma frigideira funda, acrescente o peito de frango.
3. Cozinhe em fogo brando de 10 a 15 minutos. Verifique se o frango está cozido
completamente cortando-o no meio. A carne deve estar branca, não rosa e o
caldo deve estar claro, não vermelho.
4. Em uma tigela para salada, misture a alface, nozes, azeitonas e as fatias de
abacate.
5. Acrescente metade do molho na salada, misture bem e separe em dois pratos.
6. Corte o frango em diagonal e o coloque em cima da salada.
7. Despeje mais molho em cima do frango e sirva.

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RECEITA 2: SALMÃO COM ENDRO E ASPARGOS FRESCOS

O salmão é uma ótima fonte de ácidos graxos ômega 3. O sabor distinto do


salmão é complementado maravilhosamente por endros frescos e suco de
limão. Serve 2 pessoas.

Marinada:

¾ de xícara de azeite extra virgem


1/3 de xícara de endro fresco picado
¼ de xícara de suco de limão fresco
¼ de colher de chá de sal
Uma pitada de pimenta caiena
Uma pitada de pimenta do reino
500g de filé de salmão
250g de aspargos
1 colher de sopa de óleo de abacate

Modo de fazer:

1. Pré-aqueça o forno a 200º C.


2. Bata os ingredientes da marinada em um liquidificador.
3. Coloque os filés de salmão com a pele voltada para cima em uma assadeira de
vidro, cubra com a marinada e deixe na geladeira por aproximadamente 1 hora.
4. Asse por cinco minuto, vire os filés e asse por mais cinco minutos com a pele para
baixo. Verifique se está bom vendo se o peixe se quebra facilmente e se está
opaco.
5. Encha uma frigideira funda com um pouco de água e ferva. Coloque os aspargos,
cozinhe por cinco minutos, retire a água e despeje o óleo de abacate. Acrescente
o sal e a pimenta à gosto.

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RECEITA 3: OVOS COZIDOS COM ACELGA

Um café da manhã simples e delicioso. A acelga é cheia de antioxidantes


saudáveis. Serve 2 pessoas.

Molho de linhaça:

3 colheres de sopa de óleo de linhaça


½ xícara de manjericão picado
2 colheres de sopa de gergelim
1 colher de sopa de linhaça
1 colher de sopa de tamari
2 ovos
1 maço de acelga, lavado e picado
Uma pitada de canela

Modo de fazer:

1. Bata o molho de linhaça no liquidificador.


2. Coloque os ovos em uma panela com água e deixe ferver, depois abaixe o fogo e
cozinhe por 5 minutos.
3. Encha uma panela com 1/3 de água e ferva, acrescente a acelga, abaixe o fogo e
deixe cozinhar por 5 minutos. Esfrie os ovos com água gelada, descasque-os e
corte-os em rodelas.
4. Escorra a acelga e separe em dois pratos.
5. Coloque os ovos por cima da acelga e despeje o molho.

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RECEITA 4: SALDA DE ATUM DELICIOSA

Aqui está a prova de que a gordura boa e saudável pode ser deliciosa! Serve
2 pessoas.

1 lata de atum em pedaços


¼ de xícara de castanha de caju
2 colheres de sopa de aipo picado
2 colheres de sopa de maionese caseira
1 colher de sopa de cebolinha picada
Uma pitada de pimenta caiena
Sal a gosto
Torradas de pão integral

Modo de fazer:

1. Misture bem com um garfo o atum, as castanhas, o aipo, maionese, cebolinha, a


pimenta e o sal.
2. Sirva nas torradas de pão integral.

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RECEITA 5: ATUM GRELHADO

Essa marinada doce e picante dá um sabor incrível ao atum fresco. Grelhar o


peixe aprofunda o sabor. Serve 2 pessoas.

Marinada:

1 xícara de suco de laranja


1 colher de chá de raspa da casca da laranja
2 colheres de sopa de tamari
3 colheres de sopa de suco de lima fresco
500g de bife de atum
½ pepino
¼ de xícara de nozes picadas
1 cabeça de alface
1 endívia cortada em rodelas finas
3 colheres de sopa de palmaria palmata (encontrada em lojas de alimentos saudáveis)

Vinagrete azedo:
½ xícara de azeite de oliva extra virgem
2 colheres de sopa de suco de limão fresco
2 colheres de sopa de vinagre de ameixa
1 colher de sopa de alecrim fresco picado
Uma pitada de tamari
Stévia em pó a gosto

Modo de fazer:

1. Misture os ingredientes da marinada


2. Enxague o bife de atum, seque com papel toalha e o coloque em uma assadeira
de vidro com a pele para cima.
3. Despeje a marinada sobre o atum e deixe na geladeira por 1 hora.
4. Pré-aqueça o forno.
5. Torre as nozes em uma frigideira de ferro fundido até começar a chiar, depois
deixe-as esfriar em um prato grande.
6. Corte o pepino pela metade e pique em meias-luas finas.
7. Coloque a alface em uma tigela para salada com o pepino, as nozes, a endívia e a
palmaria palmata.
8. Misture o vinagrete e mexa com a salada antes de servir.
9. Grelhe o atum por 5 minutos de cada lado até que fique pronto.

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RECEITA 6: SALADA DE ALFACE ROMANA CROCANTE

Leve, deliciosa e saudável! Serve 2 pessoas.

Vinagrete cítrico:

½ xícara de azeite de oliva extra virgem


2 colheres de sopa de suco de limão fresco
1 colher de sopa de suco de lima fresco
¼ de xícara de hortelã picado
Stévia em pó a gosto
3 alfaces romana baby, lavadas e secas
1 talo de aipo picado
½ pimentão amarelo cortado em tiras
1 cabeça pequena de radicchio, lavado e fatiado
½ xícara de nozes-pecã

Modo de fazer:

1. Bata o vinagrete no liquidificador


2. Coloque o resto dos ingredientes em uma tigela para salada, acrescente o molho,
misture e sirva.

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RECEITA 7: VERDURAS E TOFU EM DELICIOSO MOLHO DE LIMÃO

Esse é um dos meus pratos preferidos. Sabe o que é melhor? Ele é delicioso.
Serve 2 pessoas.

½ bloco de tofu firme orgânico


2 colheres de sopa de azeite de oliva extra virgem
1 colher de sopa de tamari
3 cebolinhas picadas
1 xícara de repolho roxo em fatias finas
2 xícaras de flores de brócolis
1 xícara de ervilha torta

Molho de limão delicioso:

2 ou 3 colheres de sopa de óleo de abacate


1 ou 2 colheres de sopa de tahine
3 colheres de sopa de suco de limão
1 colher de sopa de tamari
Uma pitada de pimenta caiena
¼ de xícara de manjericão fresco picado
Stévia em pó a gosto

Modo de fazer:

1. Pré-aqueça o forno a 200ºC


2. Enxague o tofu e o corte em cubinhos. Coloque-os em uma assadeira de vidro e
misture com o azeite, o tamari e a cebolinha.
3. Coloque água para ferver em uma panela grande cheia pela metade.
4. Asse o tofu por cerca de 45 minutos.
5. Coloque o repolho na água fervente, abaixe o fogo de deixe cozinhar por 5
minutos, acrescente o brócolis e cozinhe por mais 3 minutos, depois acrescente
a ervilha torta e deixe por mais 2 minutos.
6. Bata o limão e o tahine no liquidificador.
7. Coe as verduras e coloque em pratos.
8. Coloque o tofu por cima com o molho de limão e tahine.

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RECEITA 8: FRANGO AO MOLHO DE ESTRAGÃO

Surpreendentemente fácil, inesperadamente delicioso! Serve 2 pessoas.

1 cebola picada
2 colheres de sopa de manteiga clarificada
3 cogumelos shiitake fatiado e sem talo
2 peitos de frango sem osso e sem pele
5 xícaras de caldo de galinha
¼ de xícara de estragão fresco picado
1 colher de sopa de tomilho fresco
2 maços de espinafre bem lavados
¼ de xícara de castanhas de caju picada

Modo de fazer:

1. Refogue a cebola na manteiga em uma frigideira média ou grande por 5 minutos.


2. Acrescente os shiitakes e refogue por mais 3 minutos.
3. Acrescente os peitos de frango e doure cada lado.
4. Adicione o caldo e as ervas, tampe e deixe cozinhar por cerca de 2 horas,
prestando atenção para que o frango sempre fique coberto de líquido,
acrescentando mais caldo se for necessário.
5. Cozinhe o espinafre no vapor e coloque em dois pratos.
6. Cubra com os peitos de frango, bastante caldo e as castanhas.

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RECEITA 9: QUEIJO COTTAGE E COUVE SALTEADO

Queijo cottage coberto de pimenta caiena e couve. Serve 2 pessoas.

1 maço de couve lavado e picado


1 dente de alho moído
Azeite de oliva extra virgem
Sal a gosto
Uma pitada de pimenta caiena
1 xícara de queijo cottage com baixo teor de gordura

Modo de fazer:

1. Refogue a couve e o alho no azeite em uma frigideira.


2. Divida em dois pratos e adicione o sal e a pimenta.
3. Coloque meia xícara de queijo por cima de cada prato e sirva.

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RECEITA 10: TOFU E BRÓCOLIS AO MOLHO DE AMÊNDOAS COM LIMÃO

Outro prato delicioso com tofu que é fácil de fazer. Serve 2 pessoas.

½ bloco de tofu
1 colher de sopa de azeite de oliva
1 colher de sopa de tamari
1 colher de sopa de amêndoas

Molho:

3 colheres de sopa de amêndoas picadas


1 colher de sopa de tamari
1 dente de alho moído
2 ou 3 colheres de sopa de suco de limão fresco
2 colheres de sopa de azeite de oliva extra virgem
2 xícaras de flores de brócolis

Modo de fazer:

1. Pré-aqueça o forno a 200ºC.


2. Corte o tofu em cubinhos.
3. Misture o tofu com o azeite e o tamari, coloque em uma assadeira de vidro e asse
por cerca de 30 minutos.
4. Bata o molho no liquidificador.
5. Cozinhe o brócolis no vapor
6. Misture o tofu e o brócolis com o molho, coloque em dois pratos, cubra com as
amêndoas picadas e sirva.

RECEITA 11: ABACATE E TORRADAS DE SALMÃO FUMADO


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Sirva essa receita elegante em um brunch ou chá da tarde! O sabor suave do
abacate junto do saboroso salmão fumado é delicioso. Serve 2 pessoas.

1 abacate maduro
1 dente de alho picado
1 colher de sopa de suco de limão fresco
1 colher de chá de óleo de linhaça
¼ de xícara de coentro picado
200g de salmão fumado
2 pães integrais

Modo de fazer:

1. Corte o abacate no meio, retire o caroço e a pele e coloque em um processador


de alimentos.
2. Acrescente o alho, o suco de limão, o óleo de linhaça e o coentro e bata tudo.
3. Torre o pão integral, passe o abacate batido e depois o salmão fumado por cima.

RECEITA 12: SOPA DE PEIXE

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O alho-poró é o ingrediente secreto dessa sopa saborosa. Serve 2 pessoas.

3 alhos-poró picados
2 colheres de sopa de azeite de oliva extra virgem
3 xícaras de caldo de galinha
4 talos de aipo picados
2 xícaras de couve-flor picada
2 dentes de alho picado
1 colher de sopa de tomilho fresco
2 colheres de sopa de manjericão fresco
500g de filé de bacalhau cortado em pedaços pequenos
Sal a gosto
Uma pitada de pimenta caiena
Salsinha fresca picada

Modo de fazer:

1. Refogue o alho-poró no azeite por 5 minutos.


2. Acrescente ¼ de xícara de caldo de galinha, o aipo, alho e as ervas, tampe e
cozinhe por 10 minutos.
3. Acrescente o bacalhau e o resto do caldo de galinha e deixe cozinhar por 30
minutos.
4. Adicione o sal, a pimenta e sirva decorado com a salsinha.

RECEITA 13: SOPA DE BRÓCOLIS


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O brócolis é sempre surpreendente. Serve 2 pessoas.

3 colheres de sopa de manteiga clarificada


1 cebola roxa picada
2 dentes de alho
4 xícaras de caldo de galinha
4 xícaras de brócolis picado, as flores e os talos mais macios
1 bloco de tofu soft cortado em pedaços
½ xícara de amêndoas picadas
1 colher de chá de sal
½ colher de chá de páprica
Uma pitada de pimenta caiena

Modo de fazer:

1. Em uma panela grande para sopa, derreta a manteiga, acrescente a cebola e


refogue por 5 minutos.
2. Acrescente o alho e o caldo de galinha e deixe ferver.
3. Acrescente o brócolis, abaixe o fogo e cozinhe por 10 minutos, depois retire do
fogo.
4. Bata a sopa em um processador de alimentos, acrescentando o tofu, as
amêndoas, o sal, a páprica e a pimenta. Sirva quente.

RECEITA 14: SALMÃO GRELHADO E ACELGA COZIDA NO VAPOR

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Simples, porém, satisfatória. Serve 2 pessoas.

650g de filés de salmão


2 colheres de sopa de azeite de oliva extra virgem
2 dentes de alho picados
¼ de xícara de suco de limão fresco
1 maço de acelga lavado, picado e cozido no vapor
2 colheres de sopa de salsinha picada

Modo de fazer:

1. Pré-aqueça o forno.
2. Enxague e seque os filés, passe-os no azeite e alho.
3. Grelhe o salmão por 5 minutos de cada lado.
4. Faça uma camada com acelga no prato e coloque o salmão.

RECEITA 15: LASANHA

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Substitua a massa de lasanha pesada e cheia de amido por fatias de
abobrinha e abóbora de verão. Serve 2 pessoas.

3 abobrinhas grandes
3 abóboras de verão grandes
3 colheres de sopa de azeite de oliva extra virgem

Recheio:

¼ de xícara de queijo parmesão ralado


2 xícaras de ricota com baixo teor de gordura
1 ovo
½ xícara de salsinha italiana fresca picada
2 maços de espinafre lavados e cozidos no vapor
½ xícara de nozes
Molho pesto de manjericão

Modo de fazer:

1. Pré-aqueça o forno a 200ºC.


2. Fatie as abobrinhas e as abóboras, coloque no azeite e asse numa forma untada
por 15 minutos, retire-as e abaixe o fogo. Misture os ingredientes do recheio.
3. Coloque uma camada das abóboras assadas no fundo de uma assadeira de vidro.
4. Espalhe uma camada fina de molho pesto sobre elas e uma camada de recheio
por cima e depois outra camada de abóboras, vá intercalando e termine com uma
camada de abóboras coberta com molho pesto.
5. Cubra com parmesão e asse por 40 minutos.

RECEITA 16: PIMENTÕES RECHEADOS

© 2017 Dr. Guilherme Gomes 80


Delicioso e leve. Serve 2 pessoas.

2 pimentões vermelhos grandes


1 cebola média picada
2 colheres de sopa de azeite de oliva
4 dentes de alho picados
250g de carne de peru moída
150g de tomates triturados
1 colher de sopa de tomilho seco
¼ de xícara de manjericão fresco
½ xícara de quinoa
½ xícara de queijo parmesão ralado
Uma pitada de pimenta caiena
Sal e pimenta a gosto

Modo de fazer:

1. Pré-aqueça o forno a 180ºC.


2. Encha ¾ de uma panela grande com água e ferva.
3. Corte o topo de cada pimentão e retire as sementes. Quando a água ferver,
coloque os pimentões e cozinhe por 5 minutos.
4. Esfrie com água gelada e reserve. Pique os topos dos pimentões.
5. Pique a cebola e refogue no azeite, depois acrescente os pimentões picados e
refogue por 5 minutos.
6. Acrescente a carne de peru e mexa até ficar dourada por cerca de 5 minutos.
7. Acrescente o tomate e as ervas e cozinhe de 10 a 15 minutos.
8. Cozinhe a quinoa como indicado na embalagem.
9. Adicione a caiena, o sal e a pimenta, o queijo parmesão e a quinoa cozida.
10. Recheie cada pimentão, coloque mais parmesão ralado por cima. Asse por 15
minutos a 180ºC.

LANCHES, VITAMINAS E SOBREMESAS


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Lanches (Castanhas torradas)
1. Faça em fornadas para durar por toda a semana.
2. Pré-aqueça o forno a 200ºC.
3. Misture as castanhas e os temperos.
4. Asse de 10 a 20 minutos.
5. Esfrie e guarde na geladeira para não estragar

Amêndoas com tamari:


2 xícaras de amêndoas
1 colher de sopa de tamari
Uma pitada de pimenta caiena

Nozes-pecã temperadas:
2 xícaras de nozes-pecã
1 colher de chá de manteiga clarificada
2 colheres de chá de pumpkin pie spice

Castanhas de caju temperadas:


2 xícaras de castanha de caju
¼ de colher de chá de pimenta caiena
½ colher de chá de sal
¼ de colher de chá de canela

Vitaminas:
Vitamina de avelã:
2 conchas de whey protein em pó
1 colher de chá de óleo de linhaça
¼ de xícara de avelã sem casca
½ xícara de morangos lavados e sem o topo
450ml de água
Uma pitada de canela
Bata tudo no liquidificador e sirva

Vitamina de castanha de caju:


2 conchas de whey protein em pó
¼ de xícara de castanha de caju
© 2017 Dr. Guilherme Gomes 82
½ xícara de mirtilo
450ml de água
Uma pitada de canela
Bata tudo no liquidificador e sirva

Sobremesas:
Bolo mousse de framboesa:
O adoçante sucralose é o único adoçante artificial que eu permito na minha dieta e
somente em quantidades limitadas. Você o encontra em qualquer supermercado. Serve
8 pessoas.

Recheio:
2 caixas pequenas de framboesa
1 pacote de tofu soft
2 colheres de sopa de suco de limão fresco
3 colheres de sopa de adoçante

Massa:
½ xícara de castanha de caju
½ xícara de amêndoas
4 colheres de sopa de manteiga
Uma pitada de noz-moscada
Uma pitada de canela

Modo de fazer:

1. Bata os ingredientes do recheio em um processador de alimentos.


2. Bata os ingredientes da massa em um processador de alimentos e forre o fundo
de uma assadeira para tortas.
3. Coloque o recheio sobre a massa.
4. Deixa na geladeira por 3 horas. Sirva.

Torta de mirtilo:
Essa é uma sobremesa deliciosa. Você pode usar adoçante sucralose ou stévia em pó
(adoçante natural). Serve 8 pessoas.
© 2017 Dr. Guilherme Gomes 83
Recheio:
2 pacotes de mirtilo congelado
1 colher de sopa de suco de limão
1 colher de chá de adoçante sucralose ou stévia
1 colher de chá de goma xantana (encontrada em lojas de alimentos saudáveis)

Cobertura:
1 xícara de nozes
1 xícara de farinha de espelta
¼ de xícara de noz-moscada
Uma pitada de canela
4 colheres de sopa de manteiga

Modo de fazer:

1. Unte uma assadeira de torta com manteiga.


2. Misture os ingredientes do recheio e os coloque no fundo da assadeira.
3. Bata os ingredientes da cobertura em um processador de alimentos.
4. Coloque a massa batida sobre o recheio.
5. Asse por 40 minutos a 180ºC.

REFERÊNCIAS

© 2017 Dr. Guilherme Gomes 84


1
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/14559925 - Anderson JW, Kendall CW, Jenkins DJ;
Importance of weight management in type 2 diabetes: review with meta-analysis of clinical
studies; Department of Internal Medicine, College of Medicine, University of Kentucky,
Lexington, KY, USA; 2003
2
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21569087 - Admiraal WM, van Valkengoed IG, L de
Munter JS, Stronks K, Hoekstra JB, Holleman F; The association of physical inactivity with Type 2
diabetes among different ethnic groups; Internal Medicine Public Health, Academic Medical
Centre, Amsterdam, The Netherlands; 2011
3
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