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TAREFA 03 - ESCOLA BANDEIRANTE

ALUNO: Rafael Zadrozny

O(A) senhor(a) foi convidado(a) a realizar uma Avaliação Ergonômica do


Trabalho – AET dos professores da escola de ensino fundamental Bandeirante.

O(A) senhor(a), com base nas informações da escola, deverá apresentar: 1º


identificar os problemas (listá-los); 2º a metodologia que será aplicada para resolver os
problemas identificados; 3º resultados esperados; 4º benefícios diretos e indiretos da
solução dos problemas; 5º investimento necessário.

REQUISITOS LEGAIS
1.Atendimento das exigências legais do Ministério do Trabalho e Emprego (NR 17 –
NBR14006)
2.Atendimento dos itens do projeto social.

PREVENÇÃO DE RISCOS
1.Gestão dos Perigos e riscos a saúde dos usuários(alunos e funcionários);
2.Garantir da integridade física das pessoas;
3.Controle do passivo trabalhista por doenças ocupacionais (LER/DORT);
4.Subsidiar exames médicos ocupacionais;
5.Reversão debenefícios acidentários do INSS,
6.Neutralizar ações regressivas do INSS.

PRODUTIVIDADE
1.Redução de casos de afastamentos relacionados a fatores ergonômicos;
2.Melhoria no desempenho escolar dos alunos e eficiência produtiva/satisfatória dos
funcionários.

Metodologia

Foram observados e analisados os componentes mobiliários, estruturais e o


comportamento dos alunos e funcionários da Escola Bandeirante, instituição da rede
privada que atende crianças do ensino infantil até o ensino fundamental.
Para realizar a análise, optou-se por selecionar, como campo de investigação, o
mobiliário, a estrutura física do imóvel, bem como críticas, sugestões e o dia-a-dia dos
alunos e funcionários.
Para a coleta de dados, na primeira etapa, emprega-se o formulário de observação
contendo itens a serem observados e descritos minuciosamente.
O prédio escolar, por sua vez, deve ser vistoriado “in loco”, anotando-se todos os
elementos de interesse ao caso e informações repassadas, para posterior
pronunciamento acerca do verificado.
Com os dados obtidos em todas as etapas torna-se possível obter resultados e elaborar
a análise objetivando adequar tudo aquilo que foge à questão Prevenção e Segurança
Escolar.
Resultados Esperados

Cada vez mais a sociedade “pensante” está preocupada não apenas com a estética ou
a construção de uma escola em si, mas também pelo desempenho que ela pode
oferecer aos seus usuários. Ressalte-se a importância do espaço escolar no
desenvolvimento da aprendizagem infantil, as relações pessoa-ambiente e a
preocupação com a definição dos lugares que contribuem para a formação da
identidade pessoal e de competências a serem desenvolvidas individualmente.

Os ambientes escolares deveriam possuir um espaço físico amplo, iluminado e arejado,


composto de dependências salubres e agradáveis para o devido atendimento a todas
as necessidades dos professores, alunos e funcionários.

O projeto de uma escola pode tornar-se obsoleto e daí a importância da mutabilidade e


adequabilidade aos tempos modernos. Considerando a necessidade diária do aluno de
permanecer uma boa parte do seu tempo numa sala de aula, verifica-se a importância
deste local oferecer o conforto ambiental de melhor qualidade para proporcionar o
ensino e o convívio social.

Pode-se constatar que apesar da existência de Normas Brasileiras que regulamentam


e preveem os problemas observados nas instituições educacionais, parecem à margem
de nossa realidade educacional. Porém, já é crescente o número de escolas que
buscam mobiliários alternativos para equacionar os problemas advindos da questão
antropométrica.

Dos Benefícios

Nesse levantamento foram verificadas condições físicas do prédio escolar que precisam
alterações e adequações para melhor atender seus alunos e funcionários.
A escola vistoriada demonstra estar mais desatualizada com relação a sua
infraestrutura, deixando de oferecer inúmeras condições que os estudantes e
funcionários têm por direito. É importante pensar no conforto do ambiente em relação
ao espaço físico e também pessoal. Elementos como acústica, temperatura, distribuição
da mobília em sala de aula, pátio escolar, piscina, banheiros e outros são relevantes
para formação do aluno. Os fatores externos podem contribuir ou retardar o processo
de ensino-aprendizagem dependendo da natureza de cada elemento. Percebeu-se que
a escola é falha no que diz respeito ao cumprimento da legislação e normas
arquitetônicas.
Existem ainda muitas barreiras físicas que impedem o acesso de alunos com
necessidades especiais, o que certamente será sanado com a apresentação do Laudo
de Avaliação Ergonômica – AET (Análise Ergonômica do Trabalho).
Do Investimento Necessário

Em pesquisa realizada em firmas do ramo, somente a título de base orçamentária,


estimamos uma importância de R$ 340.00,00(trezentos e quarenta mil reais).

Problemas Detectados e Adequações Sugeridas

A Escola de ensino fundamental Bandeirante está situada no


entroncamento de duas ruas de grande movimento principalmente caminhões.
Por sorte o horário de maior fluxo não coincide com o horário de entrada e saída
dos alunos, e sim no turno corrido de aula – onde a trepidação se faz sentir nas
salas de aula e o som chega nos horários de maior movimento a 68db(a).

Ruído acima do permitido. Níveis de ruído de acordo com o estabelecido na NBR10152,


norma brasileira registrada no INMETRO. O nível de ruído aceitável para efeito de
conforto será de até 65 dB (A) e a curva de avaliação de ruído (NC) de valor não superior
a 60 dB.

Intervenção sobre a propagação acústica, como por exemplo, utilizar material


absorvente de som no interior, tipo lã de vidro, lã de rocha, espuma de poliuretano ou
borracha. Silenciadores podem evitar ruídos por via aérea e consistem no tratamento
do conduto por meio de revestimento com materiais fonoabsorventes porosos ou
tratamento com materiais nos quais o ruído se dissipa pelo fenômeno de ressonância.

Como a escola está num entroncamento, não há local para os carros


estacionarem no horário de entrada e de saída o que provoca engarrafamentos e
conflitos com a vizinhança. A escola possui um grande estacionamento a cerca
de 180m da escola, mas os pais não o utilizam.

O fato pode ser sanado com a construção de bolsões adjacentes à via, para
embarque/desembarque nas imediações da porta de entrada, possibilitando segurança
para os alunos, encarregados de acompanhar crianças ao interior do prédio e dos
condutores;

A Escola possui 22 salas de aula divididas em três andares e atende as


crianças do ensino infantil até o 9º ano do ensino fundamental, com as seguintes
características:

• Pé direito é de cerca de 2,20m.

O Pé-direito mínimo deveria ser de 2,60m. Recomenda-se nas regiões mais


quentes, ou quando for possível, o pé-direito de 3,00m.

• Portas com largura de 0,70m.

Portas com largura (0,70 m) imprópria para a circulação de cadeirantes, consoante


disposto nas Regras de Acessibilidade ao meio Físico para Deficientes e ABNT-NBR
9050/2004 (0,80m vão livre mínimo), bem como para eventuais saídas emergenciais ou
mesmo a entrada de maca para socorro médico de urgência.

Sugestão para solução: alargamento das portas, providas de batentes compatíveis,


arredondados nas bordas.

• As salas de aula possuem uma metragem de 35m².


• Cada sala tem em média 28 alunos.

O espaço destinado a cada aluno do ensino fundamental e médio diz que cada aluno
deverá ter no mínimo 1,5m², portanto cada sala poderia ter aproximadamente 23 alunos.

• As salas são servidas por ventiladores com acionamento na própria


sala de aula.

Execução de abertura para entrada e saída de ar, em alturas adequadas, que


proporcione renovação e movimentos do ar nos ambientes da escola.

• O primeiro andar é destinado as crianças do ensino infantil com seis


salas com banheiros infantis e um parquinho. O índice de iluminamento
médio das salas é de 400 lux e do corredor é de 140 lux.

Inadequada localização do parque de lazer e ensino infantil localizados no primeiro


andar. De acordo com a NBR 5413, o índice de iluminamento encontra-se dentro dos
valores aceitáveis.

Sugestão para solução: remanejá-los para o pavimento térreo, evitando-se quedas em


escadas e vãos existentes na construção.

• No segundo andar possui 12 salas e dois banheiros (um masculino e


um feminino) com 6 sanitários em cada um deles. O índice de
iluminamento médio das salas é de 410 lux e do corredor é de 160 lux.

Insuficiência de banheiros. De acordo com a NBR 5413, o índice de iluminamento


encontra-se dentro dos valores aceitáveis.

É sugerido 1 bacia e 1 lavatório para cada 20 pessoas, obtendo-se um total


aproximado de 20 bacias e 20 lavatórios. Porém, é razoável a presença de 3
banheiros para cada sexo.

• No terceiro andar temos 5 salas de aula e as salas administrativas e a


sala dos professores. O índice de iluminamento médio das salas é de
380 lux e do corredor é de 260 lux, e das salas administrativas o índice
é de 560 lux.
• O prédio é servido por um elevador com capacidade máxima de 12
pessoas, as professoras basicamente preferem usar das escadas, pois
o elevador ou está sendo usado pela área de manutenção ou pelos
alunos.

As salas administrativas localizadas no pavimento superior tornam-se de difícil


acesso, conturbando o fluxo no elevador, o qual escasso, e insubstituível em caso
de defeito ou manutenção. De acordo com a NBR 5413, o índice de iluminamento
encontra-se dentro dos valores aceitáveis.

Sugestão para solução: posicionamento do espaço administrativo no pavimento


térreo e implantação de, ao menos, outro elevador.

• Os pisos e paredes são bem conservados, não havendo problemas de


manutenção e de infraestrutura.

• A escada de acesso aos andares é interna e tem largura de 2,00m, com


patamar de 15cm, feita de mármore já desgastado pelo uso.

Irregularidade no patamar da escada (visando acessibilidade).

Sugestão para solução: cumprir o disposto na NBR 9050/2004: “As escadas fixas
devem ter no mínimo um patamar a cada 3,20 m de desnível e sempre que houver
mudança de direção”.

• Em cada andar existe um filtro de garrafão no corredor, e fica um garrafão


cheio do lado, para o caso de acabar um dos professores ou pessoal da limpeza
possa repor e os alunos não ficarem sem água (normalmente quem faz a troca são
as professoras).

Posicionamento dos filtros e reposição dos garrafões desobedecendo princípios


básicos de limpeza e desinfecção.

Sugestão para solução: comportar o bebedouro em local específico (livre de


impurezas e obstrução de fluxo). Por outro lado, o reservatório interno de água
proveniente do garrafão deve, pelo menos 1 vez por semana, ser lavado com
solução de detergente, enxaguado com água limpa e, desinfetado com solução de
hipoclorito de sódio a 0,02% durante 60 minutos, deixando em seguida a solução
escorrer pelas torneiras abertas para desinfetar também o seu lúmen.
Agravos ergonômicos podem ocorrer nas professoras quando das reposições, uma
vez que o peso (20 Kg , os mais usuais) aliado à postura incorreta ao levantá-los
corrobora o quadro citado, sem dizer que ao abastecer o bebedouro deve-se lavar
previamente as mãos, higienizar a superfície externa do garrafão com solução de
detergente, enxaguar o garrafão com água limpa, secá-lo com pano limpo e, por fim,
friccioná-lo com álcool a 70%, não mais tocando com as mãos a região do gargalo.
Professoras, certamente, não estão preparadas para cumprir esses procedimentos.

• Somente existe banheiro para os funcionários no último andar, sendo os


mesmos unissex, são três aparelhos sanitários.

Irregularidade nos banheiros dos funcionários.

Sugestão para solução: os banheiros destinados aos funcionários deveriam ser


realocados estrategicamente nos pavimentos e não apenas no último, para evitar
longos trajetos e maior utilização do elevador, sem dizer a insuficiência dos
aparelhos sanitários (vide mensuração do item 5) e falta de exclusividades para
homens e mulheres.

• A escola possui 35 professores, sendo 33 mulheres – destas 8 são


exclusivas do ensino infantil, e dois homens. Possui ainda 7 funcionários
administrativos todos mulheres e sete vigias em regime de plantão 24/36.

Ilegalidade no turno dos vigias (24x36 hs).

Sugestão para solução: De acordo com a CLT-art 58, a jornada citada não está
dentro dos parâmetros legais, uma vez previsto o máximo de 8 horas diárias com
mais 2 horas extras, totalizando 10 horas diárias. A CLT também prevê que o
intervalo de uma jornada para outra deve ser de no mínimo 11 horas, e para refeição
e descanso no mínimo 1 e no máximo 2 horas. Tal turno, além de desgastante físico
e mentalmente, vai contra a legislação trabalhista vigente, a qual permite, embora
polêmica, em casos previamente acordados, apenas turno de 12 x 36.

• A escola é cercada por um jardim interno onde predomina uma planta


denominada “coroa de cristo” pela quantidade de espinho que a planta possui.

Riscos na área da jardinagem.

Sugestão para solução: Arbustos com espinhos de fácil acesso à crianças ou


mesmo adolescentes, podem se tornar iminente perigo por conta de corriqueiras
brincadeiras ou desatenções juvenis. Sabe-se que espinhos são considerados
agentes perfurantes que causam lesões, desde leves, até graves (perfurações do
globo ocular, por ex.). Portanto, substituindo-se essa espécie ornamental por outra
inofensiva, resolve-se essa insegurança na área livre.
• A escola possui uma piscina com cerca de 80m² de lâmina de água, com
profundidade média de 0,70m, e é tratada pelo sistema de gás cloro.

• A piscina está dentro de uma estrutura coberta, não há vestiário para os


alunos, eles se utilizam dos banheiros do andar térreo.

• As aulas na piscina são monitoradas pelas próprias professoras da turma,


com a ajuda de um salva vida.

Riscos na piscina (clorada e desprovida de vestiários), de acordo com a San Diego


State University Natação Science Journal informou que crianças que frequentam
piscinas cloradas relataram níveis mais elevados de problemas respiratórios como
ofegância e asma. Compostos orgânicos como as células de pele e suor podem
reagir aos níveis de cloro acrescido à forma trihalometanos e podem causar agravo
respiratório, irritação dos olhos e pele. Isso é mais comum quando os níveis de cloro
são maiores do que o que é recomendado para uma utilização segura;

Sugestão para solução: Persulfatos são saneantes alternativos ao cloro que são
eficazes para matar bactérias nocivas. Não só são eficazes em matar algas, mas
para quebrar os contaminantes prejudiciais e banhistas dos resíduos (resíduos
orgânicos produzidos pela transpiração, como o óleo). Funcionam como um tipo de
filtro químico e estão disponíveis em forma de saquinho e pastilhas. Por outro lado,
a ausência de vestiários na área da piscina coberta, pode acarretar choque térmico
nos alunos e, por conseguinte causando gripe, arritmias, alterações metabólicas
etc., isto aliado a grande distância a ser percorrida até o pavimento térreo, facilitando
quedas em piso escorregadio ou respingar água em ambientes na passagem.

Obs.: desde que ministradas por professoras de educação física e monitoradas por
salva vidas, as aulas de natação podem transcorrer dentro da normalidade e
atribuições profissionais garantidas

• Todos os professores cumprem jornada completa, isto é, entram às 7h e


saem às 18h, atendendo o turno matutino e vespertino, com duas horas de
almoço. Os professores realizam sua coordenação pedagógica na própria escola
na sala dos professores, em um dia da semana específico. É comum como a todos
os professores, levar as atividades para correção para casa, ampliando em muita
sua jornada efetiva de trabalho, sem a necessária remuneração, o que implica em
um turno noturno, e que para as casadas gera uma terceira ou quarta jornada.

Ilegalidade na jornada de trabalho diária dos professores.


Sugestão para solução: cada estabelecimento de ensino, é limitada a, no máximo, 4
(quatro) aulas consecutivas ou 6 (seis) intercaladas, tal como disposto no art. 318 da
CLT.

A escola é toda monitorada por câmeras de vigilância, inclusive nas salas de aula
para os alunos de educação infantil – para que os pais possam acompanhar seus
filhos, o que gera diversos atritos com as professoras com relação a condução
das mesmas em sala de aula.

Determina a Constituição Federal de 1988, por meio do Princípio da Legalidade, em seu


inciso II do artigo 5º que
" ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de
lei;"
Não existe no ordenamento jurídico brasileiro legislação que proíba a instalação e uso
de câmeras para gravação de vídeos nas salas de aula das instituições públicas ou
privadas de ensino.
Na verdade, a tendência legislativa aponta para a obrigatoriedade da instalação das
câmeras de segurança.
No Distrito Federal já há lei que obriga a instalação das mesmas: É a Lei nº 4.058, de
18 de dezembro de 2007, que “Dispõe sobre o uso obrigatório de sistema de segurança
baseado em monitoramento por meio de câmeras de vídeo nas escolas públicas do
Distrito Federal e dá outras providências”.
Art. 1º As escolas de educação básica da rede pública de ensino do Distrito Federal
devem possuir sistema de segurança baseado em monitoramento por meio de câmeras
de vídeo nas áreas externa e interna de suas dependências.
Em âmbito federal, o projeto de lei 6154/2005, que dispõe sobre o monitoramento
eletrônico em estabelecimentos de ensino, sugere a instalação de câmeras de
segurança DENTRO das salas de aula.
O mesmo ocorre com condomínios residenciais, por meio do projeto de lei 3604/2008
também em tramitação da Câmara dos Deputados, apenso ao projeto de Lei 3279/2008,
o qual, no parecer do relator recebeu a seguinte afirmação:
.
Dentre os principais argumentos que motivam a instalação das câmeras de segurança
dentro das salas de aula estão a segurança física e patrimonial, a inibição para atos de
fraude em avaliações por parte dos alunos e a avaliação de desempenho dos
professores; seguidos, logicamente, do meio probatório lícito possibilitado pelos
aparelhos de gravação de vídeo, excluindo a gravação de áudio para resguardar os
direitos autorais do trabalho realizado pelos professores em sala de aula, uma vez que
devem ser instalados juntamente com os respectivos avisos públicos, como o já
conhecido: “Sorria, você está sendo filmado” ou "Comporte-se, você está sendo filmado,
quem não deve não teme!". Avisos esses que legitimam o uso das provas produzidas.
O argumento contrário refere-se à violação do Princípio da Intimidade, previsto no art.
5º, X da Constituição Federal:
“são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas...”
Ocorre que, as sedes das instituições de ensino, assim como as salas de aula, são
locais de acesso público, cuja entrada é determinada pelo preenchimento dos requisitos
para matrícula, e não a convite do proprietário como ocorre nas residências e demais
locais de acesso exclusivamente privado. Assim, as câmeras em sala de aula em nada
se diferenciam das câmeras instaladas em lojas, shoping centers, condomínios
residenciais; locais, aliás, onde o que já causa estranheza é a falta das mesmas.
Imprescindível considerar ainda o número de celulares que disponibilizam a gravação
de imagens. E, nesse caso, adentram as salas de aula sem qualquer aviso de “Sorria,
você está sendo filmado”. Esse fato é ora descrito para demonstrar que a gravação de
imagens já faz parte do cotidiano das salas de aula, sob pena de termos todos, então,
que deixar o celular em casa a cada vez que nos dirigirmos a uma sala de aula.
A prática do uso de Câmeras de vídeo em sala de aula já pode ser verificada em
diversas escolas do Rio de Janeiro e de São Paulo, desde 2005, conforme informa a
Associação Brasileira de Tecnologia Educacional (www.abt-br.org.br):
Para controlar 1.600 alunos, há mais de três anos uma outra escola, na Zona Norte de
São Paulo, vem monitorando as salas com câmeras. No início era por causa dos furtos.
"Com as câmeras, isso diminuiu de 80% a 90%”.
Diante de tudo isso, conclui-se que, uma vez que não existe legislação que proíbe a
instalação e uso de câmeras de vídeo nas salas de aula, bem como diante do atual
cenário de violência bastante noticiado nesse ambiente de estudos, as mesmas podem
e devem ser utilizadas.

A escola é tradicional em sua essência, computadores somente na administração e dois


na sala de professores. Os professores ministram as aulas com giz e quadro negro. Nas
salas somente existem uma televisão e um aparelho de DVD, não há nenhuma outra
mídia disponível para os professores – projetor, tablets, etc... Alguns professores, com
melhores condições levam os seus próprios aparelhos, pois isso otimizam as suas
aulas, mas criam uma disputa velada com os demais professores, pois estes
professores não precisam gastar o mesmo tempo para preparar as suas aulas e não se
degastam para escrever no quadro.

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