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Instruções para redação


A) Em qualquer texto acadêmico, seja resenha, análise, resumo, projetos
(iniciação científica, mestrado, doutorado, pós-doutorado), é de primordial
importância escrever de maneira clara, precisa, concisa e com bom domínio
acadêmica – Curso de Ciências Sociais do idioma culto.

B) O texto deve se desenvolver por meio de encadeamentos lógicos ou


nexos argumentativos evidentes. Um texto prolixo, impreciso e
1.TEXTOS desorganizado dificilmente prenderá a atenção do leitor e, portanto, não
conseguirá convencê-lo das hipóteses defendidas e das teses sustentadas.
1.1. Como ler um texto acadêmico: Um texto que exige do leitor um enorme esforço de compreensão é, do
ponto de vista demonstrativo, ineficaz.
Seja qual for a técnica de leitura adotada, é imprescindível ter como ponto
de partida que toda leitura exige concentração. Nenhum texto jamais será C) Convém que as frases sejam curtas e que cada uma delas contenha uma
suficientemente claro se o leitor não prestar atenção nele. Muitas vezes, só ideia. Evite intercalações excessivas ou ordens inversas desnecessárias.
mais de uma leitura é necessária para se alcançar uma compreensão
razoável do texto. Faça anotações, grife, consulte dicionários, discuta com D) Na construção dos argumentos, é preciso evitar tanto o excesso de
os colegas, pergunte-se se o que está lendo faz sentido. De qualquer parágrafos, em que cada frase é considerada um novo parágrafo, como a
maneira, caso você não saiba como se faz uma leitura acadêmica, antes de ausência de parágrafos. No texto, os parágrafos representam a articulação
começar a ler as obras indicadas na bibliografia dos cursos, não deixe de dos raciocínios e por isso a relação entre um parágrafo e o seguinte deve
consultar Introdução às técnicas do trabalho intelectual, de José Carlos ser evidente e linear. Lembre-se que “a mudança de parágrafo toda vez que
Bruni e José Aluysio Reis de Andrade, em especial a Primeira Parte, que se avança na sequência do raciocínio marca o fim de uma etapa e o começo
trata da leitura. A cópia desse texto se encontra na pasta Redação de outra” (SEVERINO, 2003, p. 85).
Acadêmica, no xerox da faculdade, prédio do meio. Em Severino, 2003,
E) Evite expressões coloquiais, gírias, jargões, excesso de termos técnicos,
cap. III, também se encontram indicações de como fazer uma leitura
pedantismo, barbarismos, bem como expressões e raciocínios de senso
acadêmica corretamente.
comum. Tampouco aposte numa suposta erudição para impressionar o
Também é importante salientar que a bibliografia secundária ou bibliografia leitor.
de apoio nunca substitui a leitura da bibliografia básica. Os manuais, livros
F) Um bom texto é gramaticalmente correto. Respeite as regras de
paradidáticos e de divulgação podem eventualmente ajudar a esclarecer
pontuação e acentuação (em especial a crase). Atente para a concordância
dificuldades encontradas na interpretação dos textos indicados na
verbal e nominal, regência verbal e nominal. Lembre-se que nem os
bibliografia básica. Entretanto, por seu caráter introdutório, costumam
acentos nem a pontuação foram abolidos. Na dúvida, consulte um bom livro
abusar de informações de senso comum, quando não resultam em meras
de gramática e os dicionários da língua portuguesa.
simplificações de conceitos e argumentos. Uma formação acadêmica sólida
exige o enfrentamento com os textos básicos.

1.2. Resenhas:

Antes de fazer qualquer resenha de livro ou artigo, não deixe de consultar o 2. CRITÉRIOS BIBLIOGRÁFICOS
seguinte site: www2.ifrn.edu.br/.../resenhas_acad%EAmicas_-
gisele_carvalho.doc;
Você não pode citar os textos consultados de qualquer maneira. Existem
1.3. Como escrever um texto acadêmico: regras específicas para isso, embora nem todas as revistas acadêmicas se
orientem pelos mesmos critérios bibliográficos. A seguir, encontram-se as
Mais uma vez, recomenda-se fortemente que se consulte Introdução às
normas adotadas para a apresentação de colaborações à Revista Brasileira
técnicas do trabalho intelectual, de José Carlos Bruni e José Aluysio Reis de
de Ciências Sociais:
Andrade, Segunda Parte, que trata da redação. Em todo caso, as
advertências seguintes sempre deverão ser levadas em conta: Livro: SOBRENOME DO AUTOR (em caixa alta) /VÍRGULA/ seguido do nome
(em caixa alta e baixa) /PONTO/ data entre parênteses /VÍRGULA/ título da
A B
 

obra em itálico /PONTO/ nome do tradutor /PONTO/ nº da edição, se não • Citação de citação: transcrição direta ou indireta em que a consulta
for a primeira /VÍRGULA/ local da publicação /VÍRGULA/ nome da editora não tenha sido no trabalho original.
/PONTO.
EXEMPLO:
3.1. Regras Gerais
SACHS, Ignacy. (1986), Ecodesenvolvimento, crescer sem destruir.
Tradução de Eneida Cidade Araújo. 2a edição, São Paulo, Vértice. A- Quando o(s) autor(es) citado(s) estiver no corpo do texto a grafia deve
ser em minúsculo, e quando estiver entre parênteses deve ser em
maiúsculo.
Artigo: sobrenome do autor, seguido do nome e da data (como no item
anterior) / “título do artigo entre aspas /PONTO/ nome do periódico em B- Devem ser especificadas, o ano de publicação, volume, tomo ou seção,
itálico /VÍRGULA/ volume do periódico /VÍRGULA/ número da edição /DOIS se houver e a(s) página(s).
PONTOS/ numeração das páginas.
EXEMPLO: C- A citação de até 03 linhas acompanha o corpo do texto e se destaca com
REIS, Elisa. (1982), “Elites agrárias, state-building e autoritarismo”. Dados, dupla aspas.
25, 3: 275-96. Exemplos: Barbour (1971, v.21, p. 35) descreve "o estudo da morfologia
dos terrenos"
"Não se mova, faça de conta que está morta" (CLARAC; BONNIN, 1985, p.
Coletânea: sobrenome do autor, seguido do nome e da data (como nos 72)
itens anteriores) / ‘‘título do capítulo entre aspas’’ /VÍRGULA/ in (em
itálico)/ iniciais do nome, seguidas do sobrenome do(s) organizador(es) D- Para as citações com mais 03 linhas, deve-se fazer um recuo de 4,0 cm
/VÍRGULA/ título da coletânea, em itálico /VÍRGULA/ local da publicação na margem esquerda, diminuindo a fonte e sem as aspas. Exemplo:
/VÍRGULA/ nome da editora /PONTO.
Devemos ser claros quanto ao fato de que toda conduta
EXEMPLO:
eticamente apropriada pode ser guiada por uma de
ABRANCHES, Sérgio Henrique. (1987), “Governo, empresa estatal e política duas máximas fundamentalmente e irreconciliavelmente
siderúrgica: 1930-1975”, in O.B. Lima & S.H. Abranches (org.), As origens diferentes: a conduta pode ser orientada para uma
da crise, São Paulo, Iuperj/Vértice. "ética das últimas finalidades", ou para uma "ética da
responsabilidade". Isso não é dizer que uma ética das
últimas finalidades seja idêntica à irresponsabilidade, ou que
Teses acadêmicas: sobrenome do autor, seguido do nome e da data (como a ética de responsabilidade seja idêntica ao
nos itens anteriores) /VÍRGULA/ título da tese em itálico /PONTO/ grau oportunismo sem princípios (WEBER, 1982, p.144).
acadêmico a que se refere /VÍRGULA/ instituição em que foi apresentada
/VÍRGULA/ tipo de reprodução (mimeo ou datilo) /PONTO.
EXEMPLO: E- Para citações do mesmo autor com publicações em datas diferentes, e na
mesma seqüência, deve-se separar as datas por vírgula. Exemplo:
SGUIZZARDI, Eunice Helena. (1986), O estruturalismo de Piaget: subsídios
(CRUZ, 1998, 1999, 2000)
para a determinação de um lugar comum para a Ciência e a Arquitetura.
Tese de mestrado. Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo,
datilo. F- Nas citações que aparecerem na seqüência do texto podem ser
referenciadas de maneira abreviada, em notas:

- apud - citado por, conforme, segundo;


3. REGRAS DE CITAÇÕES (SEGUNDO A ABNT):
- idem ou id - mesmo autor;
Existem 04 definições para citação:
- ibidem ou ibid - na mesma obra;
• Citação: menção, no texto, de uma informação extraída de outra
- opus citatum, opere citato ou op. cit. - obra citada;
fonte;
- passim - aqui e ali (quando foram retirados de intervalos);
• Citação direta: transcrição textual do autor consultado;
- loco citato ou loc. Cit. - no lugar citado;
• Citação indireta: transcrição livre do autor consultado;
- cf. - confira, confronte;
C D
 

- sequentia ou et seq. - seguinte ou que se segue. relações entre cidadãos, deveriam submeter-se ao debate dentro dos
Somente a expressão apud pode ser usada no decorrer do texto. públicos nacionais e contemplar reparações pelos Estados nacionais.

4. HONESTIDADE INTELECTUAL1 4.2. Mistura ou intercalações de diferentes trechos de textos. Há casos em


que o plagiador segmenta o texto original e o espalha ao longo do seu
Além dessas regras que norteiam a redação acadêmica, é importante saber
próprio texto, na tentativa de ocultar seu plágio. Há casos, ainda, em que o
que a universidade preza a chamada honestidade intelectual. Entre os casos plagiador intercala textos de diferentes autores. Exemplo:
de desonestidade intelectual, o que nos interessa mais de perto diz respeito
ao plágio. Plagiar, segundo as definições correntes2, é: Já que normalmente aconteciam no interior dos Estados territoriais
modernos, supunha-se que as discussões acerca da justiça concerniam às
- apresentar palavras e ideias alheias como se fossem próprias;
relações entre cidadãos, deveriam submeter-se ao debate dentro dos
- usar trabalhos de outras pessoas sem fornecer os créditos; públicos nacionais e contemplar reparações pelos Estados nacionais. Os
debates sobre a situação atual que conduzimos hoje tornam evidente a
- praticar roubo literário; cisão sempre maior entre os limitados espaços de ação circunscritos aos
estados nacionais, de um lado, e os imperativos globais, ou seja, os
- apresentar como novas e originais ideias extraídas de uma fonte já
imperativos econômicos que praticamente não se podem mais influenciar
existente.
por meios políticos, de outro3.

Quer seja praticado por desconhecimento ou de propósito, o plágio é moral


4.3. Paráfrase (também chamada de citação conceptual ou citação livre):
e legalmente condenável, já que implica se apropriar do trabalho de outra
reprodução em que não se transcrevem as próprias palavras do autor, mas,
pessoa e posteriormente ocultar esse fato. Para tentar evitá-lo, a seguir
por outro lado, não se exclui o conteúdo do documento original. No entanto,
apresentamos brevemente alguns exemplos mais comuns dessa prática.
nem toda paráfrase constitui plágio. É plágio quando há alteração e/ou
4.1. Citação direta ou cópia literal de outro texto: o trecho plagiado é inversão de ordem de algumas palavras ou frases, sem o reconhecimento
idêntico ao original. A diferença é que o trecho citado não está entre aspas. da fonte original. A paráfrase não é plágio quando se reconhece a fonte
Exemplo: original e são utilizadas as próprias palavras e frases. O texto original,
nesse caso, serve apenas de inspiração. Se queremos dizer o que o autor
Texto original: argumenta com nossas próprias palavras, podemos usar os termos:
conforme, segundo, de acordo etc. Exemplo de plágio (tendo como base o
“Já que normalmente aconteciam no interior dos Estados territoriais
texto de Fraser citado acima em 4.1):
modernos, supunha-se que as discussões acerca da justiça concerniam às
relações entre cidadãos, deveriam submeter-se ao debate dentro dos Como as discussões sobre a justiça normalmente aconteciam no interior dos
públicos nacionais e contemplar reparações pelos Estados nacionais.” Estados territoriais modernos, pensava-se que elas dissessem respeito às
(FRASER, Nancy (2009). “Reenquadrando a justiça em um mundo relações entre cidadãos e, por isso, deveriam se submeter ao debate dentro
globalizado”. Lua Nova, São Paulo, 77, Disponível em das arenas nacionais, sendo as reparações proporcionadas pelos Estados
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102- nacionais.
64452009000200001&lng=pt&nrm=iso.)

Texto plagiado:
4.4. O fato de o texto original estar publicado na internet e ser de
Já que normalmente aconteciam no interior dos Estados territoriais conhecimento público não significa que possa ser plagiado.
modernos, supunha-se que as discussões acerca da justiça concerniam às

 
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Aliás, uma das possíveis razões para o aumento de casos de plágio no objetivo ou intuito de, com
interior das universidades se deve à facilidade, proporcionada pela Internet, a finalidade de, tendo em
vista
de empregar o recurso conhecido como “copiar e colar”. Esse recurso • pois (no início de oração) • já que, porque, uma vez
consiste em selecionar materiais de diferentes fontes e reuni-los num outro que, visto que
texto em que não se faz referência aos autores originais. Em certos casos, o • sendo que • e
plagiador intercala um texto próprio entre os trechos citados ou intercala
trechos de autores distintos (como já mencionado acima, em 4.2); em 5.3. Expressões que exigem cuidado
outros, ele simplesmente “cola” longos trechos de citações, dando a
• à medida que = à proporção que, ao mesmo tempo que, conforme
entender que ele próprio escreveu todo o texto.
• na medida em que = tendo em vista que, uma vez que
• a meu ver, e não ao meu ver
É preciso saber que muitos professores e leitores são capazes de identificar
• a ponto de, e não ao ponto de
essa fraude, que mais frequentemente é grosseira, mesmo quando o plágio • em termos de – modismo; evitar
resulta num texto altamente complexo. Quem praticar o plágio deve estar • até porque – modismo; evitar
ciente de que, se a fraude for identificada, muito provavelmente haverá • em vez de = em lugar de
punição. Plágio é crime4. Assim, por exemplo, o aluno que plagiar num • ao invés de = ao contrário de
trabalho poderá e deverá ser reprovado. • enquanto que – o que é redundante
• implicar em – a regência correta é direta, isto é, sem a preposição
“em”
• ir de encontro a = chocar-se com
5. QUESTÕES DE ESTILO • ir ao encontro de = concordar com
• aonde – não é sinônimo de onde. Usar apenas com verbos de
5.1 Expressões condenáveis Opções movimento, regidos pela preposição a, como ir e chegar
• a nível (de), ao nível • em nível, no nível • Afim, numa única palavra, significa “que tem afinidade, parentesco,
• face a, frente a • ante, diante de, em face analogia: famílias afins, palavras afins.
de, em vista de, perante • A fim de equivale a para, com a intenção de.
• onde (quando não exprime “lugar”) • em que, na qual, nas • A fim de, com o s entido de estar com vontade de, é coloquial. Não
quais, no qual, nos quais deve ser empregado em textos mais formais.
• (medidas) visando • (medidas) destinadas a
• sob um ponto de vista • de um ponto de vista
• sob um prisma • por (ou através de) um
prisma
• como sendo • suprimir a expressão
• em função de • em virtude de, por causa
de, em conseqüência de,
em razão de
6. NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO DA LÍNGUA PORTUGUESA5

5.2. Expressões não recomendáveis Opções


• a partir de (a não ser com valor • com base em, tomando-se
temporal) por base, valendo-se de
• através de (para exprimir “meio” ou • por, mediante, por meio
“instrumento” de, por intermédio de,
segundo
• devido a • em razão de, em virtude
de, graças a, por causa de
• fazer com que • compelir, constranger,
fazer que, forçar, levar a
• inclusive (a não ser quando significa • até, ainda, igualmente,
“incluindo-se”) mesmo, também
• no sentido de, com vistas a • a fim de, para, com o 
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Bibliografia consultada

BRUNI, José Carlos, & ANDRADE, José A. R. (1989). Introdução às técnicas


do trabalho intelectual. Araraquara, Unesp.

NOVO MANUAL DE REDAÇÃO. (1992), São Paulo: Folha de São Paulo, 331p.
??


O ESTADO DE S. PAULO. (1992), Manual de redação e estilo. 2a. ed. São


Paulo, Maltese.

REVISTA BRASILEIRA DE CIÊNCIAS SOCIAIS (2009).

LUA NOVA – Revista de Cultura e Política (2009)

SEVERINO, A. Joaquim (2003), Metodologia do trabalho científico. 20a. ed.


São Paulo, Cortez.

SHIKIDA, Cláudio (2005), Honestidade acadêmica e plágio: observações


importantes. Local de publicação não divulgado.

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA. Coordenadoria Geral de Bibliotecas,


Editora Unesp. Normas para publicações da UNESP (1994), São Paulo,
Editora UNESP, 4v., v. 1. Artigos de publicação periódica.

Sites consultados

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.


http://www.firb.br/abntmonograf.htm
www2.ifrn.edu.br/.../resenhas_acad%EAmicas_-gisele_carvalho.doc
http://www.plagiarism.org/
http://sociology.camden.rutgers.edu/jfm/plagiarism/plagiarism-jfm.htm
http://www.indiana.edu/~wts/pamphlets/plagiarism.shtml
http://www.admin.cam.ac.uk/univ/plagiarism/students/statement.html
http://naogostodeplagio.blogspot.com/
http://www.infoseg.gov.br/arquivos/o-plagio-e-crime
UNESP UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
FACULDADE DE CltNCIAS E LETRAS
JNTROOUÇAO As TÉCNICAS 00 TRABALHO INTELEClUAL

INTROOUÇAO

O trabalh_o_ intele_ctual., como


todo. trabal/10, supõe o domíni
de. determinadas técnicas que o
1 são correr1tes entre os que
dedicam a essa atividade. Ela se
s devem sei usadas, tanto
aqueles que já alcançaram os por
INTRODUÇÃO À•~ TÉCNICAS DO TRABALHO INTELECTUAi, mais altos graus da carreir
científica, como pelos que a
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FESPSP. BIBLIOTECAS

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CAMPUS DE ARARAQUARA

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PR1ME1RA PARTE
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Sugestões para uma prática produtiva da leitura

Aprende-se a mecânica de
ler aos sete :::inos
de idade.
entanto, a leitura, concebida co1110 i11strun1ento de
compreensão de uma idéia, é processo bem mais con1plexo. Sei;
aprendizado não pode ser fixado numa idade determinélcJa e o
aprimoramento da téc·nica de leitura é tarefa de toda uma
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COM O LER
V;Hnos tratar aqui Lle alquns aspectos in;:iis irnpr1rt êH1te.:s
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técnica e de modo extremarr,entc esq11em6I i, 11.

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idéias e pela demonstração das af'i1·1ni~Çô~s, u1:1p01·L1 urniJ
JMé Ca!tlM Blr.urú lr:i1·1Jra intf'r11,-, e 1rn1a ar,álise e,.tern,i.. A lc>jtu1:.-, ir1LeH1d
atém--se ao q1Je 0 texto diz explicitamente, íl an~lise ~xter11a
utiliza 1J8!lnc; q11e não ap8recem no texto, 1r.,rs qut: n r:-xpli!.'<J111.

1. LI' l ltJRA INTElmA

. " . ,'\ idéié.i básica

Ler 0, fundanlentaJn1ente, o rll.o de aprupr.iJ(:.i,,


c·entral do texto, isto é,
1J,J
idéia
da idé i i..i prinr.ipal, td~.ic.1,

-02-
-1J:l-
..
secundár L-1.s, acessórias, que servem dt~ i-lpüiü fHra o idélJ
Este deve ser o princípio que deve nortear toda leitura. central. As partes que se sucede1n no lt.•:,;t_u l:StcJ·,
Todos os outros pTincípios estão subordinados a este e devem relacionadas e11tre si de modo dete1·n1lnad1J ~ ~
contribuir para a realização deste. relacionamento das diver~;as p;_,i·tes ,·11·,t,, si .-1uf: ,:i•,iJ11",111LJ:, ,I· 0
.

estrutura de L1m texto.


A idéia básica não está localizada em um ponto perfeitamente
identificável do texto. Não se constitui em uma ou duas Com istci pncJernos furmu.lo1 cJ segunda regra da j.._,it11r~i:
frases do texto·. A idéia básica anima o texto inteiro,
podendo transp;recer mais claramente em certas frases do que
em outras, Há icertos trechos mais "quentes" em que certas N/1 ~;1 CUN(){l, 1..El ruim, r 1 fWC(/H/\H llill·JI li JU\H /\'., f'/\1{1[" 1111
frases s§0 muito importantes. Mas a leitura desses trechos lêX.TO QUE CONTÉM /IS JüÉIAS Sl-tUNliÁH!A:;, 1:lEM L'OM\1 lJ
não é suficiente para produzir a idéia b~sica do texto. MílllO 1:0MO ESTA • RELAl'lllNAílílS.

Tendo em vista essas considerações, poder11os tentar fixar a E.st.a lei l11r::1, já 1:1cJi.s _d[)Juf:_11,rJ;o,rj;-, •J, q•1,~ a c1iil.1cl i,,i ,:e,-
primeira regra da técnica de leitura: prestar mais atençã~ aos ponr•e1101t''.J, ai::,, ele1:.r:r1lLJ ..
_.,;J""r'"· ""
··-,-~ subordinabos à idéia central, coH10 eis exemplos, 1Js ,J~Hk,·,
LER INICIALMENTE o TEXTO i'fffE:rRO. Pl\RI\ OBTER UMA visdo ilustrativos, etc. Deve-se verj fj(_-~1 quais s.Jc, -,, -\ r l \i ·
DE CONJUNTO 00 TODO. temas trat3dos, como deé'qm se pas~-~1 ,-1c-' ·-•utru.

Nesta leitura, deve-5'~~41?~:,,~~,_..Y,f.ar pre'.Star atenção apends Pél[êJ


o importante, deixando-sÉ°! de lado 0·1s pormenores, o que não é 1 .4. Os cur1ceitos
essencial, como exemplos, repetiçõ~s 1 dados ilustrativos,
etc. /Is p::Jrt,-:~- :J,,, 1m: tcxf.tl, 1.1,11 ·.,,,.·1 ,,_,_.. ,1 ,,111f.111•,,1 -..1, 11 j'

elemenL,,s, que pouemns L·h:jrn,'-lr, •ll~ ,!1d!"lt;ÍJ'd '.Jr 1·,JJ, if,· 0

Termihada esta primeira leitura, 11ecessuriRme1lle ;1 mais conceitos, (;;nl1::11de11dú-&e l•.!111 i:;::,o d~, i~hi·ias 111ai·; t:Jv111c1·1td!,:
superficial, é interessante tentar fazer, mentalmente ou por de um texto. São como que ,_is tijo1rJs rlt: uma cas3, 8ssi111 u.111,
escrito, um apanhado geral das idéias que se revel8rarn mais êis pa1l'.2·:; t.·ut·resp,Jnderictm ;jrJS vári<i•:; c1º1n1ü•.los del·,1. r, ;-,r:d~j
salientes, que mais chamaram a ater1ção, das idéias que d1i texto di.::vt: r:hegdr aus L"u11Lel l,.iS LitJt: u i;ori:;t i tuu:i. [lói
formam um conjunto global, sem consultar o texto novamente. terceira regra de leittira:
Essa idéia geral será o guia para os passos restnnles do
trabalho.
UMl~ ll·H1.ElRI\ LFlTURr\ !"JU 1[:Xli."I üf'vl_ APREE.Nül::H U:, 1ií'\i-:i1J"

ELEMENTOS COMPONENTES DAS DlFERENlES PAíllES, U~


1.3. As idéias secundárias (.íJN[r !1íJS.

Como vimos, a idéia bãslca percarr~ o tPxtu i11teiru, isto 0, ) !" •l 1 ,J - :·, ,': , i,l~:-nti:1111:nl,.:, t1d lt":il_11t:-, 1;1:,is 1..: u j d ci d u ·e, -:J , '1,,j J

Não é imprescindível ter em !',,11,J


ela não se apresenta dechofre, mas é o desenrolar ordenadD rr1jnucjr.,s3.
do discurso, são as partes sucessivas do discurso q1J8 ror1r1a111 1r,.1menl·.o - ;J Í(léia t.Jásico 1 mns sirn deve-s>:: tt""?nt.ar (.i1111f.1rl°tõ1,dt'i

a i.déia básica. f\ lrJéia


básica vai estrut11rar o texto, vai ;:is miX;LÍci:=1::, d<:1s iiiél.;:,, i"1U t:ir:t+~•c:;, us elémenLCl', 111í11l11·,l)'; ,.L
com~ndar a articulação das vérias partes do texto. que r;sl;ãu roimadas. Procura-se, er1l ~iu, dc:,ter111in<:1r c1 :,t:fl\ icl1i
de r:ad3 pJJavra ser~incio-se das i11dicaçôes dadas 11tJ próµ1io
Em· ~i~l-, tod6 texto encontra-se dividido em várias partes l:exto.
cad uma contendo uma idéia, não a central, mas as idéias
-04- -os-
L---------------------------_J
l.5. Os níveis do texto ser chamHdD de 0s p~essupostos ~ti te1t11. l1JJds d'_;
consequências que o texto acarreta, t11do Hq1JiltJ a que
A leitura interna de um texto deve portanto captar s1Ja idéia texl.o leva porJe :>e1 cham,nin dtõ as implicuções IJCJ lcxlu.
básica e seus conceitos, Trata-se de um movimento que pa1te
do mais geral, do mais global, para terminar no mais
particular, no mais elementar. Podemos chamar a idéia V
bãsica 1 a estr~tura e os conceitos de níveis do texto. A PRESSUPOSTOS-E--~----1: TEXlO)----.ca-
leitura corret~ é aquela que consegue apreender os vários
níveis do tex~o sem confundir um com o outro. Hd outros "~-----------...//
níveis - menosi importantes - n1as que convém conhecer para i''(JN 1 ["_XI' 1)
não se imagi~ar que iodo texto tenha apenas aqueles
mencionados. Quando num texto predomina, a Intenção (J contexto /)jstlJricu Ci,Jil Ít:lt t 1t
,,, l• 1,'Jill r_•; Í lll(·;l)t,)'.',

polêmica, por exemplo, devemos tomar cuidado com os recursos f'ni·r;s de nrcL:,111 pol]Lic-:1, ~'~:1111,-.iinir',1 1· i:,1 '•i,, L. 1.J r_- t 1° r ri, i 11 ,,1,

de estilo, como a ironia, para n§o confundir o que d autor C) l,Uil!:exto dr) \:f:-'ILIJ i,_•_bi·!, ,1 ll'·~l_(_t l'·'r', •:1,1,; 1 ,:J,;t ,1

afirma com aquilo que ele próprio q;:J.,tica. suô produçãu - que o maíl::a como pruciuLP dv :n,, ltistória e d,~
lê~_:; "- · ,
uma epoca.,(t '
contexto !,istóri.cn il1,m.i,,,;; '-''..;la 1. ,;m~ . ,11 ::: 1 l d;, 1J,·
... •-·--..
do texto.
EM SUMA, DEVE-SE LER UM TEXTO CJENT!rito·TRÊS V[-
ZES. A PRIMEIRA _.LEITURA DEVE AfREENDER A IDÉIA BA- [E':d.o 2.>'.3US t j V(! (/IJ t'L,lil I rJt: ·J,j i Cul1 l ;J rJ,,

SICA, A SEGUNDA DEVE:,, riR,QCURAR AS PARrES E SUA CON- estrulur;,i l11t·.~r11é-l ;J,~ tt.-,t.u ·Li', l(J,j i .1

CATENAÇAD, A TERCEIRA DEVE FIXIR OS CONCEITOS.


,:-umpree11~-;J11 c"!uc. F.c,f,11 :· 1 ! •~ 1 ,, /' l!1 i •, :·; 1, ! ,•
,.il1,:-,JT, r,1rd ,1,~1,,',
Observação: A prátjca cl)nst.ante da tej LunJ rle 1 e:,:.tos
científicos vai aos poucos d_ispensando o leitor das iei tunis ')Ó i],~p[,j - d'.: ·1 'Jll1!JI ,-_., 11,J l 11, , l \. 1 .1 :1 1 I]
'
obriga_tóriasj com. o treino e o r·e·n1'pó· 1 '.lá' ·r.üm·a ··primeira . crilírar.JrJ, i'jf"i"'it.r1 011 r,·ic•·11 :,-J1J.
leitura pode-se distinguir com bastante seyu1·ança os v~rios
níveis do texto. Para o principiante, poré1n, estudar um
texto ·significa lê-lo no mini.mo trê~ vezes.

2. ANALISE EXTERNA

Todo o texto esté inserido num contexto. An cnr1Lri:•ir1 do


text_o, o contexto é invis.ível, isto é, não r~sl.6 ri.irf:! 8101Jnt:e
presente ao leitor.. O contexto ~eve ser llLucurado,
pesquisado, reconstruído.

Contexto é o conjunto dos elementos que cercao), de alyum


modo, o texto. O ciontexto ló~ico é composto pelo$ elenientos
de· ordem intelectual que envolvem o texto. Tudo aquilo que
antecede logicamente o texto e de que o te~to dep~nde pode
-06- i) ; -
SUGESTÕES PARA COMO ESCkEVER
SEGUNVA PA RT E
ADVERTÊNCIA PRELIMINAR

A redação de textos científi~os apresenta um certo número de


exigências que são anteriores a qualquer tipo de trabaltrn
sério e que são aqui enumeradas apenas a título de lembrete.

Em primeiro lugar, supôe o pleno domínio_ da


e oMo ES C R EV ER vernácula, isto é, exige conhecimentos gramaticais básicos,
sobret11do, ~e concordãncia, de ortografia, de pontuaç§u e
ainda o uso adequado ~das orações, dos períodos fc dcis
parágrafos;. Em segundo 1tgar, requer um razoável domínio do
vocabulári'•. Pelo meno.s, daquele usado pelos meios de
comunicaçã,o, o que permi_,te às pessoas se expressare111 com
alguma flufncia. :?.·:~

~- ',,
I Por fim requer o conhecimento do
escrever.
ass1Jnto sobre o qu~l se vai

JMé Alwjuo Rw de And,r.ade.

-09-
-08-
A REDAÇAD feita a análise interna do texto ou QLJe o levantamento dt
dados foi realizado, através de questionários, de
entrevistas ou, simplesmente, que foram utilizadas as atJlas
Cohsideia-se aqui redação todo texto de sentlao completo e determinado(s) livro(s) indicado(s) 1iclo p1·ofesso1 Lr11
encarado quanto à sua produção, ou seja, como trabalho a se~ trabalhos originais, resultantes de uma peSQLJisa científica,
executado. E toda redação corn~õe-se basicamente de três as exigências são muito mais complexas. Po1 exemplo, d
partes: de um~ intTodução, de um desenvolvimento e de segunda e a terceira função estão intimoniente relacionadas.
conClúsão.
Enfim, a boa intr'odução questiona o tema, transforma-o numa
interrogação e num desafio. O que vem depois é a resposta.
1. A íNrlmouçno
EM RESUMO: A ''INTRODUÇÃO DEVE ENUNCIAR DE FORMA CLARA [l
A introdução tem as seguintes funções: ! primeira é a de TEMA QUE É PROPOSTO; DEVE INDICAR COMO Víll SER DESfNVOLVIDO
apresentar o TEMA sobre o qual s.e:.:y•ai escrever. ·uma vez E DEVE MENCIONAR, DE F01'i.!,1A SUCINTA, O MÉTODO E O M/1:[RJI\L
escolhido ou proposto o tema ou·· o •a..ssunto_, deve ser feito um UTILIZA ••.:
cuidadoso exame de sua formulação e d~ seus.le!m • s, para se
chegar à compreensão bem clara, através do levantamento de
todas as idéias nele ·Jmpl ieada·s. T-al exame leva a um cert1o 2. O DESE~VOLVIMENTO

j
número de interrogaçõe·r; ··ti1.fií'~. ·são oS:: problemas que devem ·ser
respondidos pela redação e que cons~ituem a própria razão de
set da situação criada. A seguir~ e ainda antes de dar O DESENVOLVIMENTO é o corpo do trabalho, é a dissertação,
início à redação 1 deve-se procurar reunir todos os dados e propriamente dita. É onde se procura respoder às questões
informações de que se dispõe sobre o assunto, procurando-se levantadas na introdução, segundo o plano aí traçado, o que
mobilizá-los para as questões levantadas. Há casos em que deve resultar em uma sequência concatenada de idéias. O que
essa operação é feita mentalmente (por exemplo, em uma prova está em causa é a melhor forma de se produzir um texto. Quem
sem consulta). Há· outros, em que se tem que recorrer a escreve se deve preocupar com o deser1volvimer1to de uma idéia
anotaÇões e à bibliografia (por ex~mplo, em uma prova com entral, que vai estruturar e comandar a articulação das
consulta ou em um trabalho a ser feito fora da escola). várias partes do texto. Essa idéia se vai apoiar em um
Essa primeira etapa é de muita importância, pois já se conjunto de outras idéias, que podem ser iridicadas como
observou qUe a boa compreensão de um te~a representa mais da idéias secundárias, mas que são indispensáveis, como seu
metade de seu desenvolvimento. Só com auxíli-0 dessa operação inttrumento de apoio. Mas quem escreve, além de atender às
, é que é pos·sível enfrentar-se diretamente o tem-a, exigências lógicas de estruturação do texto, tem a obrigação
evitando-se expos1çoes paralelas longas e, com ele, de supor que escreve para um leitor, isto é, que o texto
confusamente relacionadas, mesmo quando ••se saiba' 1 tudo deve ser entendido por outras pessoas. E e1n qualque1 caso,
sobre o assunto. deve ser esquecido que o tema foi proposto por um professor,
por exemplo. Deve-se sempre pensar em uma forma de redação,
~ segunda função da introdução é a de indicar de forma que possa ser eritendida por Ql1alquer pessoa interessada. E
sumária o método e o material que foi utilizado. Essa para se fazer entender, é r1ecessã1·iu ~ue a ~~crilíl S(;_j.i
indicação depende muito da disciplina ou (ciência) ou do simples, clara e direta.
tipo de trabalho. No nível em que se situam as presentes
recomendações, é suficiente dizer-se, por exemplo, que foi

-10- -11-
Outra exigência a ser atendida na redação é a relacionada à 4. BIBLIOGRAFIA E COMUNICAÇAO CIENTÍFICA:
linguag~m científica. Cada ciência tem o seu voc~buiário
próprio, Que vai sendo assimilado aos poucos, até se atingir
tim certo ideal de precisão e de rigor. Mas essas exigências A Bibliografia, de maneira geral, é o conjunto de atiras d
~specíficas, não devem ser confundidas nem com a respeito de um autor ou a respeito de tim a~sunto. U1nu
obScúridade, nem com o pedantismo. bibligrafia compreende um certo riúmero de obra~
fundamentais, como é o caso dos escritos orii;iin;:iis de um
Do ponto de vista prático, recomenda-se fazer um rascunho da autor a ser estudado, e um certo número de o!Jfas ou dt:'
redação, seguindo o esquema traçado. Proceder-se a uma artigos em revistas especializadas, que procurarn escl~recei
rigorosa revisão, para se verificar se o que se pretendeu e partes dessas obras ou que completam poritos especificas dos
planejou foi efetivado. A. seguir, proceder-se às correções assuntos tratados. É impossível preten~er-se um
que se fizerem necessárias e só então passar à forma conhecimento cientifico, de um determinado assur1Lo, sem LJ 111
definitiva. bom domínio da biblioÇj.iafia básica e um razoávt:1 dornínio da
1
bibliogra/ia complemen-l~r. Os chamados manuais são obr c1'.,
gerais, c'om fins didáticos. Podem ser muito úteis, para 5 e
EM RESUMO: O "DESENVOLVIMENTO·,; ..T O CÕRPO DA REOAÇ'AO. ter uma visão introdutória e geral, do assunto em estudo. E
PROCURA DESENVOLVER UMA IDÉIA, OE ACOROd COM UM PLANO uma de su13s funções é f:de relacionar um·a boa bibligrafià
PREVIAMENTE TRAÇADO,. OE MANEI.RA DIRETA, CLARA E COERENTE. ' sobre o s~u tema, mas em hipótese alguma, pode,n substituir
'· as obras básicas. Esquematicamente, a bibligrafia pode ser
'Í"
separada em:
3. A CONCLUSÃO
Bibliografia Básica, que inclui textos originais ou obras
A função da co·nclusão é a de relacionar,de forma resumida e fundamentais, para o estudo de um autor, de um tema ou de
precisa, o problema colocado na introdução, com que foi um determinado problema.
exposto no desenvolvimento .. Deve-se procurar ligar os
resultadós a que se chegou, na expos1çao, com a questão Bibliografia Complementar, que compreende estudus
propsota na introdução, de forma que o leitor fique com uma especiais, que focalizam aspectos ou partes do assunto em
idéia 'global do que acabou de ler. estudo.
podem ser incluídos os
- Bibliografia Auxiliar, onde
obras equivalentes, de
EM RESUMO: A "CONCLUSAO DEVE PROCURAR ARTICULAR A manuais, as introduções ou
"INTROD0ÇA0" E O "OESENVOLVIMENTO", PARA. QUE O LEITOR iniciação.
GUARDE UM ESQUEMA MAIS OU MENOS NÍTIDO DO QUE ACABOU OE
LER. _ Bibliografia de Referência, que c • íl1pree11de os
vocabulários, os dicionários especializados e outras obr·as
de apoio J em geral.
Depois de examinar as partes da redação e agora tomando-a em
seú conjunto, pode-se dizer que: redigir, no sentido aqui
usado, con~iste em apresentar claramente uma idéia, Os livros, por si só, não possuem a agilidade r1t-~U:!Ssária <-H 1
transformá-la em problema, desenvolvê-la em seus vários acompanhamento da extensão, da rapidez e da con1~le~ida~e. da
aspectos, e concluir, apresentando soluções para as questões pesquisa, em nossos dl·as. Por· outro lado, e 1mposs1vel
levantadas. -·'
fazer-S..f: cí'ência, em completo isolamento. Por isso, são

-12- -13-
instrumentos, cada vez mais importantes, de comunicação
importante dos apontamentos ou fichament11s. Com ett'it1),
científica os congressos (reuniões científicas em geral) e
devido ao seu alto custo, cada dia se vai tornando mal~
os artigos publicados em periódicos ou revistas
especializadas. É muito comum uma nova idéia ou difícil a posse individual de livros técnicos ou d~
publicações especializadas, em geral. E, por suu vez, d
descoberta, só aparecer em livro, depois de discutida,em um
bibliotecas, de livre acesso, pelo grande e crescer1re númt1,1
congresso e depois de publicada em uma revista. Para
de consulentes, permitem u~1 uso multo 1in1ilad11 1Jo SfL1
terminar, devem ser lembradas as publicações especialmente
acervo. Por isso, o uso de anotações coritinucJ ser1Llu u1;1
orientadas par~ a atualização bjbliográfica e ta1nbém as
instituições ~ue se dedicam ~ pesquisa, que além
recurso insubstituível. tanto para o estudar1te, 1.Junnto pdri,
de
o professor ou pesquisador. Isso não quer dizer qLJe IJ
bibliotecas, m~ntém centros de doCL1mentação e de informação
fichamento possa substituir, em todos os casos, a Jeit.ur·d
científica, hoje com adiantada informatização.
direta do texto. Conforme a natureza do assuntq, há obras de
conte~do tão rico, que, a cada nova leitura, têm algo de
novo a otr:recer. Mas, a boél a11oli:!Çãu, o/Jvi:-ime11le su (;
EM RESUMO: ''BlBL.IOGRAFIA'' ~ O tONJUNJO OE OBRAS A RfSPE11·0
possível depois de uma _boa leittira, isto é, deµuls de ~~ l~i·
DE UN AUTOR OU DE UM ASSUNTO E A COMUN!CAÇ'AO CIEN(fFICA
conseguido uma compre~sã_o global do texto. Umo pr8tica
SE FAZ POR MEIO DE CONGRESSOS. Of r>U'!l'CfciiçilES TÉCNICI\', E
NAS lNSl!TIJIÇÕES DE PESQUISA. muito comLm, e completamente inoperante, consiste e111 se
tentar resumir, cada parágrafo, logo na primeira leitura,
sem antes.se ter uma id~a do conjunto do texto. Aí não se
5. SUGESTÕES PARA O uso flli•·~PÔNTAMEN ros.
consegue ~eparar o· importante 1 do secundário. E é 1JrecisL1
:,• · -~-","'\ que se lembre que o sistema de aponta111~ntos ocaba
adquirir1do, a partir de certos cuidados gerais, uma
fisionomia pessoal. Com a prática continuada, cada u1r1 acaba
A técnica do apontamento, da anoCaçifo uu do l'ii:.r1ament1.,, descobrindo pequenos truq1Jes ou macetes, que se tor,1an1 de
constitui um dos recursas auxi1la1·e~, ir1djs1,er1sáveis ~~1 grande 1Jtilidade. Uma combinação interessante consistg no
1
trabalho científico. rata-se aqui J.Hincjpa1mer1te do,
uso il!Jstrativo 1 de copias reprográficas (xerox), dP
apor, ta ~en_ to d,~., _l ~} ~}J r. a$ (;! . o.ã.o d.e . ,., Bu. l·a ~-~ '·' e m"b(J'f~'' :fr~ j â., -;;,ú i t ~-[ em pequerios trechos da obra estudada, ao lado das a11otaçôes.
comum entre ambos. Na verdade, ninguém pode co11FJar à
memória, todos os elementos das leituras feitas e nem inesmo Por fim, vale dizer que os apn11tamentas nãu se µude111
é conveniente Qtie o faça. O esfo1·çc, de 111em • rizaçj0, l)O~ constituir numa rep1·od1;c;ão literal do text.o originol, r1urH0
moldes antigos (quando se recorria à 'cJrte rnneu111ônica'), r1ãu simples cópia truncada, pois, sendo mL1ito extensos, r1a~~
tem mais lugar na vida intclectuel r1e :11.1.ssus tii,~s, ,1u.jn1.h, ~,,_'. mõi:-; são que uma subrecarga inútil. E pur outro J~cJo, se1,dr1
pode contar com jnstru111ent.os eletrônicu~,, (j(-, ::1r111azen81nenlu niuitu r,~sur:1.idos, não of~recem mais que lJflld pálidu i111aut'111 ,Jr,
de dados. O que realmente impurta é se poder disriur, a origi11ol. Anotar, po.is, curresponde a um trabalhu de
qualquer momento, de resu1nos de Jeilt11·os felt;J~. 1,1;1·
1·f-prPd'!Ç:=ii",, q11e é ta11ti-, r11<1js eficaz, 4LJ,311du 1t:·p1,.-'c,:1·11c.1
escritas e orga11izada·s c./e tal forrna, q1J1·~ 11âo seja 1-ir;.~i: ,·:;iri 1 1 r,.;.·i)rnf;11tr:: 1111; esfnn;n IH~SSl1iil dr~ c,jntese.
refazê-las. O processo de anotaç~o é t;,:;1:;icarnentr: 1rn1,·1 ! :C:1·r,i1.;:1
de reproduç~o, que economiza tempo e trabalt10 e quR ~,~ t(1111
sentido ~e . reijlmente alcançai· es~~ o!Jjetivri. 11 t101,1 E.J.l ~-'..~.l!MU: O'.) /~PUNliH1EHf0S DEVEM REPRClDUZJH OE FORl~/1
8:p-ontainento permite, pur exenrplu, que telta a lei1.11uJ rJe CÔMUOA, AS IOÉJAS CENíRAIS DO !EXTO E OE MOLílE A DISPENSAR
determinada obra, no início do curso, nã.o seja necesstlrio ~OVAS E FREQUEN.íES CONSL!LTA5.
repetí'-la, por o·casião de uma prnva a SP.I realizada n(1 Final
do semestre. Mas i1 ' 1 econômico" não é r-, únicri a:;pp( i.r1

-14- L__ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _-]_


5-_ _ _ _ _ _ _ _ _
'------------------- ··--------···---· -·····
6. A TERMINOLOGIA CIENTÍFICA E O USO DOS OICIONARIOS caso, os significados correspondentes àquele LermiJ, qLJ~,
neste caso, são dispostos na orden1 de sua generalidade. E111

u sinificado mais g e r ci l ou r!c uso Ili iJ Í '


primeiro lugar,
Vocabulário Científico é o co11ju11to de termos usados por u111a coinum, que aparece a,1tecedldo de_ um~- E,
os signi fir.acJi;
ciência, para expor o seu sistema de conheci1nentos ou para citação, é Q significado ~. D~po1s, ~:gL_i~rn
comunicar as suas novas descobertas. Os Lermos são palavras mais particulares ou de uso n1a1s espec1f1cu. ~s__Qctc.
que,_ com determinado sigr1ificado 1 tornaram-se de uso
corrente, em~ determinada especialidade cientifica. Dai, a
designação d~ Terminologia Científica. E toda ciência tem a EM RESUMO· PARA O ESTUDO DE QUALYUER CIÊNCIA t NECESSARIA
sua. Os termbs cientificas podem ser recolhidos da linguagem AFAMILIA~[ZAÇAO COM o SEU VOCABULAR!O TÉCNICO .. ALÉM IJSU
comum, _podem~ser .tomados de uma ciência afim ou podem ser DOS TEXTOS O RECURSO AUXILIAR RECOMENOADQ E O
cria~os. Neste Gltimo caso, trata-se de neologismos FREQUENTE O~ DICIONÁRIOS OU VOCABUU\R!OS TÉCNICOS.
óientíficos 1 que são Jnventados, dentro de certos critérios,
quahdo não há, na_ linguagem comum ou n::is outras c_iências, um
termb capaz de comunicar, de Forma precisa, aqui)o que se ~
qu~r Tepresentar ou quanto o termJ?;:'I!'tl'entualmente utiliz~vel
7. CONVE~ÇÕES MAIS COMUNS aos TEXTOS CIENTÍFICOS
Se. Pode pres_tar a interpreta-ç•ão.:; . ambfgu,as. Sociedade é um
eXêrriàjô de um termo da l ing~,ag-êm comum- 1 usacfo pelos ~~'
cieritista~ sociais. Já Eçologia é um termo criado, par~ R lacionab1os a seguir um Certo r1Jn1ero de prãtlcas . -·e de
espetificar um novo-·campd,·de~estudos, dos nossos dias. p que s:nais convencionais, qL1e são usados rios textos cient1r1cc1::.
peimit€! 'distinguir o-u:"pÔ:,,~,.de uso que se está fãzendo de ~om o f 1m. d·e fai•ilitar
- os t1·ah8ll1os de citaç~ü,
1
déÍ:erminado termo é o seu signiflc ~dcJ. Mas deve-se Jevar em referência bibliográfica e de fonte~.
'conta Qlle um mesmo termo pode·- co11iporta1· mais de u1n . l 1 . J tP-:to quê-' eslá c;e1111,,
significado. 1: mais, dentro de uma mesu1a c:iê11c:ia, Pode t·1ave1 H3 citaçãr; qunnrlo se 1r1 er1~J a, i11 . . - d• (JUlfr1s
usos diferentes do mesmo termo, confo1·1ne a época ou confo1·1ne produzido, trect1os de obras ou d8 escrito~ ~ ('' ''),
. . da citação é o uso de aspas
os autores. Daí ser indispensável, ao se iniciar no estudo aLitores. A pr1me1ra regra ·t·d Em te~l'JS i,11prcs~1JS,
de qualquer ciência, o uso frequente de Dicionários ou de no ir1icio e no fim da passagem c1_ a '3'. .,
t r· )C- 1jitf-Jt_'.r1tc.':,,
iJ,-.,r"
Vocabulários Técnicos. São obras de consulta, que reGnem o em vez de aspas, usam-s<~ tanibem l Jr __, 'l r.l'él i: i t,1~·<.1G é
repertório dos termos mais usados 1 por uma ciência, com os destacar a passage111 enxertada. Outra regi·; 1.
respectivos significados e suas variações. Não devem ser Ub cprvãncia da seguinte ordem na enumeração dos Llados:
-'w t (no caso, do sobrenOlllt')'
confundidos com os dicion~rios co,nuns .. Estes podem 0B1· uma lndlcação rlo r1on1e do ~u ar do r) • n:e
as inciais dos componer1tes
noção geral do uso científico de u,n • terrno, mas para o maiúscula:;, seguem-se ( 2 etc),
usada, edição la. a, _
ini~resse de leigos. Pode ocorrer até Qu8 o ir1leressado n~o completo; 2. títulü dã obra ·d"l --- . r~ ano de jJu!JI i1 d(;·:11,;
r,,,til ic 8 i",·ão; nome (ja e l ora, ·
conhe~~ nem mesm6 o uso comum de um termo. Nesse ~aso, ~ 101:alde, .. nqueselocali1.cj
aconselhavel que consulte primeiro o Diciu11d1·Jo de L.ingun 5. i.ni:Jir::<lt_,'cio de- página, o11 das paginas, e1
p 8 ~sayem u'..;éJ11<1.• l'•-.J·e-se o exemplo abai~o.
Portuguesa, para depois, passar à cun~uJtu do vucotiu.lário
especiálizado.
o c1t1solut. i smn etJl • peu
nJo se ,Ji'.SE:'r1vol veu de ITIO(ie i J ,',

,iot.aiii-se sigrii fici:lt.lvt,•~


Cpmo os demais, os dicionários especiallzados compõe-se de uni l'or111e. Mes1i 10 no Ucidente,
Perry Hnderso11: "A F rd11~ci
verbet'es-: à cada termo .corresponde um verbete. Em -geral, a di.ferer1ças. A respeito esclarece
· 1 - itú dlv""TS • elo padrãu 11i~;pf111iL"U.
apres"11ta IJ!:=a GVO. i,çao 1111 J.. w
or~em dos termos e 1 portanto, dos respectivos verbetes é dispôs :1f: vc;nt:ager!:, j CI ( C Í .-, Í
A.Í,
• 1 CJ···
cll:~,11)11/. i::1:1<1 '' ''
81 fabética. O verbete contém o signl ficado ou, se for o 0

-1 /-~-----------------
-16- ...-----------· ----
semelhantes às da Espanha, na forma de um l11cratlvo império ~-
rSferência a algo que vem abaixo no texto
ultramarino. "CF. ANDERSON, P., in Linhagens do Estado in - em
Absolutista, la. ed., S.P., Ed. Brasiliense, 1985, pág. 84. ln fine - no Fim pur palavr::;
Quando o trabalho for curto, esses dados podem ser indicados -:- --(ipsis verbis} - letra por lP.\.ra, palavra
1p,v, , ~ _ página ( s)
logo a segir, no próprio corpo do texto, mas em trabalhos pág, ou f'-, ~lura!, ~ e - -
mais longos e com numerosas citações, usam-se chamadas pref. - pref~c1~
numeradas, para o pé da página, para o fim do capítulo ou ~_referencia
para o fim pa obra. A chamada consiste na colocação, entre ~ -
revisto não houve er1gano, rnes111L1
parênteses,~ de um nGmero ou, em alguns casos, de um sic. _ assim mesmo, para lembrar que
art~rísticoi logo depois da passagem citada: (l}, (2) ou(*) --que provoque ctõvida ou espanto.
etc. Esse n~mero é repetÍdo no local escolhido pelo autor. silicet - subentende-se
Em seguida, vêm as referências necessárias. Muitas vezes não s.d. _ sem data
se faz uso literal de um texto, em vez disso, procura-se s,ed. _ sem editor
~l.- scn1 jndicar;ão ~~ lt1ga1
reproduzir, com as próprias palavras, as ·ldéJas aí contidas.
Nesse caso, não se trata nials de um cit8ç§o, mas de uma m. _s~parata
,.,L-1·ma rio mesmo texto.
paráfrase, que como tal, não €!:O°çfê· · aspas. Mas mesmo na .§.Y~ - u '

paráfrase, é de boa norma, lo·ca--J,jz?f-S'e· o que foi utilizado, t. _ t amo


com o mesmo procedimento usado p~ra a cita~ão literal. Tanto t~ad. _ t;raduç8o
a citação, como a parlfrase, podem ser acompantiadas I da -;:--::-veri- (vide)
í,. piJf exemplu
abreviatura cf. (r:o-nferlr., ·compa}ar), que é um COl!vH~ ao -;~ CJ..~ <~~-~l 9-l~.1.i)
;idelicet - corno ~e pode ver.
leitor, paraqüe c.:on·S"IJH.e~~Ô' texto em c;:iusa. Quamlu uma obra ----
é citada mais de uma vez 1 usam-sb as seg1Jintes conve11ções:
de novo o nome Ou autor, acompélnl1âdo l!e .122....:._ ~.LL. (cio lalim.
opus citatum), ohra citada, e l..2.l:.:.f..!!-.: (J'.J_f,_Q. c_ilado),
passagem citalia. US(l semelhan!e têu1 .tde!l_(, péiro i1HJicar u
n1esma aut11r, antes 1ne11cJor1ada e da mesmii t·ormc1. Seguern-se
outras alternativas, em geral de palavras uu expressôes
latinas.

~s ~ais comuns são as que se seguem:


-,
at,ud (segundo) - usa-se para uma citação indireta.
ad.lit. (ad. litterman) - literalmente. l'u1·:J o 111e~1110 fJm
usam-se também:
verbatim e ~ llt. (ipsis lltteris)
~ - ediçãci
ed.cit. - edi~ão citada
~t.alii - e outros autores
et ~ O u ™ (.ê!_ passim) - e em diversas passagens
~ ~ o u f ill..ê_ - e páginas seguintes
ibidem - na mesma obra
-1 'J-
-18- '---·--··-.
- datilografia, capa e composição -

- josé sebastião soares -

;,, ':-·,,~_

\.

- impresso na gráfica do campu::, -

-LO-

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