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1.2. Resenhas:
Antes de fazer qualquer resenha de livro ou artigo, não deixe de consultar o 2. CRITÉRIOS BIBLIOGRÁFICOS
seguinte site: www2.ifrn.edu.br/.../resenhas_acad%EAmicas_-
gisele_carvalho.doc;
Você não pode citar os textos consultados de qualquer maneira. Existem
1.3. Como escrever um texto acadêmico: regras específicas para isso, embora nem todas as revistas acadêmicas se
orientem pelos mesmos critérios bibliográficos. A seguir, encontram-se as
Mais uma vez, recomenda-se fortemente que se consulte Introdução às
normas adotadas para a apresentação de colaborações à Revista Brasileira
técnicas do trabalho intelectual, de José Carlos Bruni e José Aluysio Reis de
de Ciências Sociais:
Andrade, Segunda Parte, que trata da redação. Em todo caso, as
advertências seguintes sempre deverão ser levadas em conta: Livro: SOBRENOME DO AUTOR (em caixa alta) /VÍRGULA/ seguido do nome
(em caixa alta e baixa) /PONTO/ data entre parênteses /VÍRGULA/ título da
A B
obra em itálico /PONTO/ nome do tradutor /PONTO/ nº da edição, se não • Citação de citação: transcrição direta ou indireta em que a consulta
for a primeira /VÍRGULA/ local da publicação /VÍRGULA/ nome da editora não tenha sido no trabalho original.
/PONTO.
EXEMPLO:
3.1. Regras Gerais
SACHS, Ignacy. (1986), Ecodesenvolvimento, crescer sem destruir.
Tradução de Eneida Cidade Araújo. 2a edição, São Paulo, Vértice. A- Quando o(s) autor(es) citado(s) estiver no corpo do texto a grafia deve
ser em minúsculo, e quando estiver entre parênteses deve ser em
maiúsculo.
Artigo: sobrenome do autor, seguido do nome e da data (como no item
anterior) / “título do artigo entre aspas /PONTO/ nome do periódico em B- Devem ser especificadas, o ano de publicação, volume, tomo ou seção,
itálico /VÍRGULA/ volume do periódico /VÍRGULA/ número da edição /DOIS se houver e a(s) página(s).
PONTOS/ numeração das páginas.
EXEMPLO: C- A citação de até 03 linhas acompanha o corpo do texto e se destaca com
REIS, Elisa. (1982), “Elites agrárias, state-building e autoritarismo”. Dados, dupla aspas.
25, 3: 275-96. Exemplos: Barbour (1971, v.21, p. 35) descreve "o estudo da morfologia
dos terrenos"
"Não se mova, faça de conta que está morta" (CLARAC; BONNIN, 1985, p.
Coletânea: sobrenome do autor, seguido do nome e da data (como nos 72)
itens anteriores) / ‘‘título do capítulo entre aspas’’ /VÍRGULA/ in (em
itálico)/ iniciais do nome, seguidas do sobrenome do(s) organizador(es) D- Para as citações com mais 03 linhas, deve-se fazer um recuo de 4,0 cm
/VÍRGULA/ título da coletânea, em itálico /VÍRGULA/ local da publicação na margem esquerda, diminuindo a fonte e sem as aspas. Exemplo:
/VÍRGULA/ nome da editora /PONTO.
Devemos ser claros quanto ao fato de que toda conduta
EXEMPLO:
eticamente apropriada pode ser guiada por uma de
ABRANCHES, Sérgio Henrique. (1987), “Governo, empresa estatal e política duas máximas fundamentalmente e irreconciliavelmente
siderúrgica: 1930-1975”, in O.B. Lima & S.H. Abranches (org.), As origens diferentes: a conduta pode ser orientada para uma
da crise, São Paulo, Iuperj/Vértice. "ética das últimas finalidades", ou para uma "ética da
responsabilidade". Isso não é dizer que uma ética das
últimas finalidades seja idêntica à irresponsabilidade, ou que
Teses acadêmicas: sobrenome do autor, seguido do nome e da data (como a ética de responsabilidade seja idêntica ao
nos itens anteriores) /VÍRGULA/ título da tese em itálico /PONTO/ grau oportunismo sem princípios (WEBER, 1982, p.144).
acadêmico a que se refere /VÍRGULA/ instituição em que foi apresentada
/VÍRGULA/ tipo de reprodução (mimeo ou datilo) /PONTO.
EXEMPLO: E- Para citações do mesmo autor com publicações em datas diferentes, e na
mesma seqüência, deve-se separar as datas por vírgula. Exemplo:
SGUIZZARDI, Eunice Helena. (1986), O estruturalismo de Piaget: subsídios
(CRUZ, 1998, 1999, 2000)
para a determinação de um lugar comum para a Ciência e a Arquitetura.
Tese de mestrado. Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo,
datilo. F- Nas citações que aparecerem na seqüência do texto podem ser
referenciadas de maneira abreviada, em notas:
- sequentia ou et seq. - seguinte ou que se segue. relações entre cidadãos, deveriam submeter-se ao debate dentro dos
Somente a expressão apud pode ser usada no decorrer do texto. públicos nacionais e contemplar reparações pelos Estados nacionais.
Texto plagiado:
4.4. O fato de o texto original estar publicado na internet e ser de
Já que normalmente aconteciam no interior dos Estados territoriais conhecimento público não significa que possa ser plagiado.
modernos, supunha-se que as discussões acerca da justiça concerniam às
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Aliás, uma das possíveis razões para o aumento de casos de plágio no objetivo ou intuito de, com
interior das universidades se deve à facilidade, proporcionada pela Internet, a finalidade de, tendo em
vista
de empregar o recurso conhecido como “copiar e colar”. Esse recurso • pois (no início de oração) • já que, porque, uma vez
consiste em selecionar materiais de diferentes fontes e reuni-los num outro que, visto que
texto em que não se faz referência aos autores originais. Em certos casos, o • sendo que • e
plagiador intercala um texto próprio entre os trechos citados ou intercala
trechos de autores distintos (como já mencionado acima, em 4.2); em 5.3. Expressões que exigem cuidado
outros, ele simplesmente “cola” longos trechos de citações, dando a
• à medida que = à proporção que, ao mesmo tempo que, conforme
entender que ele próprio escreveu todo o texto.
• na medida em que = tendo em vista que, uma vez que
• a meu ver, e não ao meu ver
É preciso saber que muitos professores e leitores são capazes de identificar
• a ponto de, e não ao ponto de
essa fraude, que mais frequentemente é grosseira, mesmo quando o plágio • em termos de – modismo; evitar
resulta num texto altamente complexo. Quem praticar o plágio deve estar • até porque – modismo; evitar
ciente de que, se a fraude for identificada, muito provavelmente haverá • em vez de = em lugar de
punição. Plágio é crime4. Assim, por exemplo, o aluno que plagiar num • ao invés de = ao contrário de
trabalho poderá e deverá ser reprovado. • enquanto que – o que é redundante
• implicar em – a regência correta é direta, isto é, sem a preposição
“em”
• ir de encontro a = chocar-se com
5. QUESTÕES DE ESTILO • ir ao encontro de = concordar com
• aonde – não é sinônimo de onde. Usar apenas com verbos de
5.1 Expressões condenáveis Opções movimento, regidos pela preposição a, como ir e chegar
• a nível (de), ao nível • em nível, no nível • Afim, numa única palavra, significa “que tem afinidade, parentesco,
• face a, frente a • ante, diante de, em face analogia: famílias afins, palavras afins.
de, em vista de, perante • A fim de equivale a para, com a intenção de.
• onde (quando não exprime “lugar”) • em que, na qual, nas • A fim de, com o s entido de estar com vontade de, é coloquial. Não
quais, no qual, nos quais deve ser empregado em textos mais formais.
• (medidas) visando • (medidas) destinadas a
• sob um ponto de vista • de um ponto de vista
• sob um prisma • por (ou através de) um
prisma
• como sendo • suprimir a expressão
• em função de • em virtude de, por causa
de, em conseqüência de,
em razão de
6. NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO DA LÍNGUA PORTUGUESA5
Bibliografia consultada
NOVO MANUAL DE REDAÇÃO. (1992), São Paulo: Folha de São Paulo, 331p.
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Sites consultados
INTROOUÇAO
FESPSP. BIBLIOTECAS
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PR1ME1RA PARTE
C O M O L E R
Sugestões para uma prática produtiva da leitura
Aprende-se a mecânica de
ler aos sete :::inos
de idade.
entanto, a leitura, concebida co1110 i11strun1ento de
compreensão de uma idéia, é processo bem mais con1plexo. Sei;
aprendizado não pode ser fixado numa idade determinélcJa e o
aprimoramento da téc·nica de leitura é tarefa de toda uma
Vi ria.
COM O LER
V;Hnos tratar aqui Lle alquns aspectos in;:iis irnpr1rt êH1te.:s
deSSd
técnica e de modo extremarr,entc esq11em6I i, 11.
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esq1Je1na· Bq11i propostOf>:iplic,1- ~e t·',!)1:1 io!m,.. 111
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üe Ciê11cia~ H11manas). ,IU:, j \.' X ( IJ '.
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linguagem 8'.~Crilci. A:, ,Ji1111.:.·1:'_,11,:'·,
te~Lo são variáveis. Textos pode1n U1J
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vá1·ios volumes; um livro ir1tei1·0;
U/113 parte Ue Uill liv1,1, UIIJ
várlos capítlilos; ~Ih ~apítula de
Ulíl li 1.' rn; l!lll i ~ l°lli ill:' UIII
capít11Jo; às vezes, tlílifl pági11a i.:J p ,_: :1 ,:, ~-
L;astante ricn. fll d~ ,!,.
-02-
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secundár L-1.s, acessórias, que servem dt~ i-lpüiü fHra o idélJ
Este deve ser o princípio que deve nortear toda leitura. central. As partes que se sucede1n no lt.•:,;t_u l:StcJ·,
Todos os outros pTincípios estão subordinados a este e devem relacionadas e11tre si de modo dete1·n1lnad1J ~ ~
contribuir para a realização deste. relacionamento das diver~;as p;_,i·tes ,·11·,t,, si .-1uf: ,:i•,iJ11",111LJ:, ,I· 0
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Tendo em vista essas considerações, poder11os tentar fixar a E.st.a lei l11r::1, já 1:1cJi.s _d[)Juf:_11,rJ;o,rj;-, •J, q•1,~ a c1iil.1cl i,,i ,:e,-
primeira regra da técnica de leitura: prestar mais atençã~ aos ponr•e1101t''.J, ai::,, ele1:.r:r1lLJ ..
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··-,-~ subordinabos à idéia central, coH10 eis exemplos, 1Js ,J~Hk,·,
LER INICIALMENTE o TEXTO i'fffE:rRO. Pl\RI\ OBTER UMA visdo ilustrativos, etc. Deve-se verj fj(_-~1 quais s.Jc, -,, -\ r l \i ·
DE CONJUNTO 00 TODO. temas trat3dos, como deé'qm se pas~-~1 ,-1c-' ·-•utru.
Termihada esta primeira leitura, 11ecessuriRme1lle ;1 mais conceitos, (;;nl1::11de11dú-&e l•.!111 i:;::,o d~, i~hi·ias 111ai·; t:Jv111c1·1td!,:
superficial, é interessante tentar fazer, mentalmente ou por de um texto. São como que ,_is tijo1rJs rlt: uma cas3, 8ssi111 u.111,
escrito, um apanhado geral das idéias que se revel8rarn mais êis pa1l'.2·:; t.·ut·resp,Jnderictm ;jrJS vári<i•:; c1º1n1ü•.los del·,1. r, ;-,r:d~j
salientes, que mais chamaram a ater1ção, das idéias que d1i texto di.::vt: r:hegdr aus L"u11Lel l,.iS LitJt: u i;ori:;t i tuu:i. [lói
formam um conjunto global, sem consultar o texto novamente. terceira regra de leittira:
Essa idéia geral será o guia para os passos restnnles do
trabalho.
UMl~ ll·H1.ElRI\ LFlTURr\ !"JU 1[:Xli."I üf'vl_ APREE.Nül::H U:, 1ií'\i-:i1J"
Como vimos, a idéia bãslca percarr~ o tPxtu i11teiru, isto 0, ) !" •l 1 ,J - :·, ,': , i,l~:-nti:1111:nl,.:, t1d lt":il_11t:-, 1;1:,is 1..: u j d ci d u ·e, -:J , '1,,j J
polêmica, por exemplo, devemos tomar cuidado com os recursos f'ni·r;s de nrcL:,111 pol]Lic-:1, ~'~:1111,-.iinir',1 1· i:,1 '•i,, L. 1.J r_- t 1° r ri, i 11 ,,1,
de estilo, como a ironia, para n§o confundir o que d autor C) l,Uil!:exto dr) \:f:-'ILIJ i,_•_bi·!, ,1 ll'·~l_(_t l'·'r', •:1,1,; 1 ,:J,;t ,1
afirma com aquilo que ele próprio q;:J.,tica. suô produçãu - que o maíl::a como pruciuLP dv :n,, ltistória e d,~
lê~_:; "- · ,
uma epoca.,(t '
contexto !,istóri.cn il1,m.i,,,;; '-''..;la 1. ,;m~ . ,11 ::: 1 l d;, 1J,·
... •-·--..
do texto.
EM SUMA, DEVE-SE LER UM TEXTO CJENT!rito·TRÊS V[-
ZES. A PRIMEIRA _.LEITURA DEVE AfREENDER A IDÉIA BA- [E':d.o 2.>'.3US t j V(! (/IJ t'L,lil I rJt: ·J,j i Cul1 l ;J rJ,,
SICA, A SEGUNDA DEVE:,, riR,QCURAR AS PARrES E SUA CON- estrulur;,i l11t·.~r11é-l ;J,~ tt.-,t.u ·Li', l(J,j i .1
2. ANALISE EXTERNA
~- ',,
I Por fim requer o conhecimento do
escrever.
ass1Jnto sobre o qu~l se vai
-09-
-08-
A REDAÇAD feita a análise interna do texto ou QLJe o levantamento dt
dados foi realizado, através de questionários, de
entrevistas ou, simplesmente, que foram utilizadas as atJlas
Cohsideia-se aqui redação todo texto de sentlao completo e determinado(s) livro(s) indicado(s) 1iclo p1·ofesso1 Lr11
encarado quanto à sua produção, ou seja, como trabalho a se~ trabalhos originais, resultantes de uma peSQLJisa científica,
executado. E toda redação corn~õe-se basicamente de três as exigências são muito mais complexas. Po1 exemplo, d
partes: de um~ intTodução, de um desenvolvimento e de segunda e a terceira função estão intimoniente relacionadas.
conClúsão.
Enfim, a boa intr'odução questiona o tema, transforma-o numa
interrogação e num desafio. O que vem depois é a resposta.
1. A íNrlmouçno
EM RESUMO: A ''INTRODUÇÃO DEVE ENUNCIAR DE FORMA CLARA [l
A introdução tem as seguintes funções: ! primeira é a de TEMA QUE É PROPOSTO; DEVE INDICAR COMO Víll SER DESfNVOLVIDO
apresentar o TEMA sobre o qual s.e:.:y•ai escrever. ·uma vez E DEVE MENCIONAR, DE F01'i.!,1A SUCINTA, O MÉTODO E O M/1:[RJI\L
escolhido ou proposto o tema ou·· o •a..ssunto_, deve ser feito um UTILIZA ••.:
cuidadoso exame de sua formulação e d~ seus.le!m • s, para se
chegar à compreensão bem clara, através do levantamento de
todas as idéias nele ·Jmpl ieada·s. T-al exame leva a um cert1o 2. O DESE~VOLVIMENTO
j
número de interrogaçõe·r; ··ti1.fií'~. ·são oS:: problemas que devem ·ser
respondidos pela redação e que cons~ituem a própria razão de
set da situação criada. A seguir~ e ainda antes de dar O DESENVOLVIMENTO é o corpo do trabalho, é a dissertação,
início à redação 1 deve-se procurar reunir todos os dados e propriamente dita. É onde se procura respoder às questões
informações de que se dispõe sobre o assunto, procurando-se levantadas na introdução, segundo o plano aí traçado, o que
mobilizá-los para as questões levantadas. Há casos em que deve resultar em uma sequência concatenada de idéias. O que
essa operação é feita mentalmente (por exemplo, em uma prova está em causa é a melhor forma de se produzir um texto. Quem
sem consulta). Há· outros, em que se tem que recorrer a escreve se deve preocupar com o deser1volvimer1to de uma idéia
anotaÇões e à bibliografia (por ex~mplo, em uma prova com entral, que vai estruturar e comandar a articulação das
consulta ou em um trabalho a ser feito fora da escola). várias partes do texto. Essa idéia se vai apoiar em um
Essa primeira etapa é de muita importância, pois já se conjunto de outras idéias, que podem ser iridicadas como
observou qUe a boa compreensão de um te~a representa mais da idéias secundárias, mas que são indispensáveis, como seu
metade de seu desenvolvimento. Só com auxíli-0 dessa operação inttrumento de apoio. Mas quem escreve, além de atender às
, é que é pos·sível enfrentar-se diretamente o tem-a, exigências lógicas de estruturação do texto, tem a obrigação
evitando-se expos1çoes paralelas longas e, com ele, de supor que escreve para um leitor, isto é, que o texto
confusamente relacionadas, mesmo quando ••se saiba' 1 tudo deve ser entendido por outras pessoas. E e1n qualque1 caso,
sobre o assunto. deve ser esquecido que o tema foi proposto por um professor,
por exemplo. Deve-se sempre pensar em uma forma de redação,
~ segunda função da introdução é a de indicar de forma que possa ser eritendida por Ql1alquer pessoa interessada. E
sumária o método e o material que foi utilizado. Essa para se fazer entender, é r1ecessã1·iu ~ue a ~~crilíl S(;_j.i
indicação depende muito da disciplina ou (ciência) ou do simples, clara e direta.
tipo de trabalho. No nível em que se situam as presentes
recomendações, é suficiente dizer-se, por exemplo, que foi
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Outra exigência a ser atendida na redação é a relacionada à 4. BIBLIOGRAFIA E COMUNICAÇAO CIENTÍFICA:
linguag~m científica. Cada ciência tem o seu voc~buiário
próprio, Que vai sendo assimilado aos poucos, até se atingir
tim certo ideal de precisão e de rigor. Mas essas exigências A Bibliografia, de maneira geral, é o conjunto de atiras d
~specíficas, não devem ser confundidas nem com a respeito de um autor ou a respeito de tim a~sunto. U1nu
obScúridade, nem com o pedantismo. bibligrafia compreende um certo riúmero de obra~
fundamentais, como é o caso dos escritos orii;iin;:iis de um
Do ponto de vista prático, recomenda-se fazer um rascunho da autor a ser estudado, e um certo número de o!Jfas ou dt:'
redação, seguindo o esquema traçado. Proceder-se a uma artigos em revistas especializadas, que procurarn escl~recei
rigorosa revisão, para se verificar se o que se pretendeu e partes dessas obras ou que completam poritos especificas dos
planejou foi efetivado. A. seguir, proceder-se às correções assuntos tratados. É impossível preten~er-se um
que se fizerem necessárias e só então passar à forma conhecimento cientifico, de um determinado assur1Lo, sem LJ 111
definitiva. bom domínio da biblioÇj.iafia básica e um razoávt:1 dornínio da
1
bibliogra/ia complemen-l~r. Os chamados manuais são obr c1'.,
gerais, c'om fins didáticos. Podem ser muito úteis, para 5 e
EM RESUMO: O "DESENVOLVIMENTO·,; ..T O CÕRPO DA REOAÇ'AO. ter uma visão introdutória e geral, do assunto em estudo. E
PROCURA DESENVOLVER UMA IDÉIA, OE ACOROd COM UM PLANO uma de su13s funções é f:de relacionar um·a boa bibligrafià
PREVIAMENTE TRAÇADO,. OE MANEI.RA DIRETA, CLARA E COERENTE. ' sobre o s~u tema, mas em hipótese alguma, pode,n substituir
'· as obras básicas. Esquematicamente, a bibligrafia pode ser
'Í"
separada em:
3. A CONCLUSÃO
Bibliografia Básica, que inclui textos originais ou obras
A função da co·nclusão é a de relacionar,de forma resumida e fundamentais, para o estudo de um autor, de um tema ou de
precisa, o problema colocado na introdução, com que foi um determinado problema.
exposto no desenvolvimento .. Deve-se procurar ligar os
resultadós a que se chegou, na expos1çao, com a questão Bibliografia Complementar, que compreende estudus
propsota na introdução, de forma que o leitor fique com uma especiais, que focalizam aspectos ou partes do assunto em
idéia 'global do que acabou de ler. estudo.
podem ser incluídos os
- Bibliografia Auxiliar, onde
obras equivalentes, de
EM RESUMO: A "CONCLUSAO DEVE PROCURAR ARTICULAR A manuais, as introduções ou
"INTROD0ÇA0" E O "OESENVOLVIMENTO", PARA. QUE O LEITOR iniciação.
GUARDE UM ESQUEMA MAIS OU MENOS NÍTIDO DO QUE ACABOU OE
LER. _ Bibliografia de Referência, que c • íl1pree11de os
vocabulários, os dicionários especializados e outras obr·as
de apoio J em geral.
Depois de examinar as partes da redação e agora tomando-a em
seú conjunto, pode-se dizer que: redigir, no sentido aqui
usado, con~iste em apresentar claramente uma idéia, Os livros, por si só, não possuem a agilidade r1t-~U:!Ssária <-H 1
transformá-la em problema, desenvolvê-la em seus vários acompanhamento da extensão, da rapidez e da con1~le~ida~e. da
aspectos, e concluir, apresentando soluções para as questões pesquisa, em nossos dl·as. Por· outro lado, e 1mposs1vel
levantadas. -·'
fazer-S..f: cí'ência, em completo isolamento. Por isso, são
-12- -13-
instrumentos, cada vez mais importantes, de comunicação
importante dos apontamentos ou fichament11s. Com ett'it1),
científica os congressos (reuniões científicas em geral) e
devido ao seu alto custo, cada dia se vai tornando mal~
os artigos publicados em periódicos ou revistas
especializadas. É muito comum uma nova idéia ou difícil a posse individual de livros técnicos ou d~
publicações especializadas, em geral. E, por suu vez, d
descoberta, só aparecer em livro, depois de discutida,em um
bibliotecas, de livre acesso, pelo grande e crescer1re númt1,1
congresso e depois de publicada em uma revista. Para
de consulentes, permitem u~1 uso multo 1in1ilad11 1Jo SfL1
terminar, devem ser lembradas as publicações especialmente
acervo. Por isso, o uso de anotações coritinucJ ser1Llu u1;1
orientadas par~ a atualização bjbliográfica e ta1nbém as
instituições ~ue se dedicam ~ pesquisa, que além
recurso insubstituível. tanto para o estudar1te, 1.Junnto pdri,
de
o professor ou pesquisador. Isso não quer dizer qLJe IJ
bibliotecas, m~ntém centros de doCL1mentação e de informação
fichamento possa substituir, em todos os casos, a Jeit.ur·d
científica, hoje com adiantada informatização.
direta do texto. Conforme a natureza do assuntq, há obras de
conte~do tão rico, que, a cada nova leitura, têm algo de
novo a otr:recer. Mas, a boél a11oli:!Çãu, o/Jvi:-ime11le su (;
EM RESUMO: ''BlBL.IOGRAFIA'' ~ O tONJUNJO OE OBRAS A RfSPE11·0
possível depois de uma _boa leittira, isto é, deµuls de ~~ l~i·
DE UN AUTOR OU DE UM ASSUNTO E A COMUN!CAÇ'AO CIEN(fFICA
conseguido uma compre~sã_o global do texto. Umo pr8tica
SE FAZ POR MEIO DE CONGRESSOS. Of r>U'!l'CfciiçilES TÉCNICI\', E
NAS lNSl!TIJIÇÕES DE PESQUISA. muito comLm, e completamente inoperante, consiste e111 se
tentar resumir, cada parágrafo, logo na primeira leitura,
sem antes.se ter uma id~a do conjunto do texto. Aí não se
5. SUGESTÕES PARA O uso flli•·~PÔNTAMEN ros.
consegue ~eparar o· importante 1 do secundário. E é 1JrecisL1
:,• · -~-","'\ que se lembre que o sistema de aponta111~ntos ocaba
adquirir1do, a partir de certos cuidados gerais, uma
fisionomia pessoal. Com a prática continuada, cada u1r1 acaba
A técnica do apontamento, da anoCaçifo uu do l'ii:.r1ament1.,, descobrindo pequenos truq1Jes ou macetes, que se tor,1an1 de
constitui um dos recursas auxi1la1·e~, ir1djs1,er1sáveis ~~1 grande 1Jtilidade. Uma combinação interessante consistg no
1
trabalho científico. rata-se aqui J.Hincjpa1mer1te do,
uso il!Jstrativo 1 de copias reprográficas (xerox), dP
apor, ta ~en_ to d,~., _l ~} ~}J r. a$ (;! . o.ã.o d.e . ,., Bu. l·a ~-~ '·' e m"b(J'f~'' :fr~ j â., -;;,ú i t ~-[ em pequerios trechos da obra estudada, ao lado das a11otaçôes.
comum entre ambos. Na verdade, ninguém pode co11FJar à
memória, todos os elementos das leituras feitas e nem inesmo Por fim, vale dizer que os apn11tamentas nãu se µude111
é conveniente Qtie o faça. O esfo1·çc, de 111em • rizaçj0, l)O~ constituir numa rep1·od1;c;ão literal do text.o originol, r1urH0
moldes antigos (quando se recorria à 'cJrte rnneu111ônica'), r1ãu simples cópia truncada, pois, sendo mL1ito extensos, r1a~~
tem mais lugar na vida intclectuel r1e :11.1.ssus tii,~s, ,1u.jn1.h, ~,,_'. mõi:-; são que uma subrecarga inútil. E pur outro J~cJo, se1,dr1
pode contar com jnstru111ent.os eletrônicu~,, (j(-, ::1r111azen81nenlu niuitu r,~sur:1.idos, não of~recem mais que lJflld pálidu i111aut'111 ,Jr,
de dados. O que realmente impurta é se poder disriur, a origi11ol. Anotar, po.is, curresponde a um trabalhu de
qualquer momento, de resu1nos de Jeilt11·os felt;J~. 1,1;1·
1·f-prPd'!Ç:=ii",, q11e é ta11ti-, r11<1js eficaz, 4LJ,311du 1t:·p1,.-'c,:1·11c.1
escritas e orga11izada·s c./e tal forrna, q1J1·~ 11âo seja 1-ir;.~i: ,·:;iri 1 1 r,.;.·i)rnf;11tr:: 1111; esfnn;n IH~SSl1iil dr~ c,jntese.
refazê-las. O processo de anotaç~o é t;,:;1:;icarnentr: 1rn1,·1 ! :C:1·r,i1.;:1
de reproduç~o, que economiza tempo e trabalt10 e quR ~,~ t(1111
sentido ~e . reijlmente alcançai· es~~ o!Jjetivri. 11 t101,1 E.J.l ~-'..~.l!MU: O'.) /~PUNliH1EHf0S DEVEM REPRClDUZJH OE FORl~/1
8:p-ontainento permite, pur exenrplu, que telta a lei1.11uJ rJe CÔMUOA, AS IOÉJAS CENíRAIS DO !EXTO E OE MOLílE A DISPENSAR
determinada obra, no início do curso, nã.o seja necesstlrio ~OVAS E FREQUEN.íES CONSL!LTA5.
repetí'-la, por o·casião de uma prnva a SP.I realizada n(1 Final
do semestre. Mas i1 ' 1 econômico" não é r-, únicri a:;pp( i.r1
-1 /-~-----------------
-16- ...-----------· ----
semelhantes às da Espanha, na forma de um l11cratlvo império ~-
rSferência a algo que vem abaixo no texto
ultramarino. "CF. ANDERSON, P., in Linhagens do Estado in - em
Absolutista, la. ed., S.P., Ed. Brasiliense, 1985, pág. 84. ln fine - no Fim pur palavr::;
Quando o trabalho for curto, esses dados podem ser indicados -:- --(ipsis verbis} - letra por lP.\.ra, palavra
1p,v, , ~ _ página ( s)
logo a segir, no próprio corpo do texto, mas em trabalhos pág, ou f'-, ~lura!, ~ e - -
mais longos e com numerosas citações, usam-se chamadas pref. - pref~c1~
numeradas, para o pé da página, para o fim do capítulo ou ~_referencia
para o fim pa obra. A chamada consiste na colocação, entre ~ -
revisto não houve er1gano, rnes111L1
parênteses,~ de um nGmero ou, em alguns casos, de um sic. _ assim mesmo, para lembrar que
art~rísticoi logo depois da passagem citada: (l}, (2) ou(*) --que provoque ctõvida ou espanto.
etc. Esse n~mero é repetÍdo no local escolhido pelo autor. silicet - subentende-se
Em seguida, vêm as referências necessárias. Muitas vezes não s.d. _ sem data
se faz uso literal de um texto, em vez disso, procura-se s,ed. _ sem editor
~l.- scn1 jndicar;ão ~~ lt1ga1
reproduzir, com as próprias palavras, as ·ldéJas aí contidas.
Nesse caso, não se trata nials de um cit8ç§o, mas de uma m. _s~parata
,.,L-1·ma rio mesmo texto.
paráfrase, que como tal, não €!:O°çfê· · aspas. Mas mesmo na .§.Y~ - u '
;,, ':-·,,~_
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-LO-