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1.

Características dos Estados Mentais:

Estados mentais são propriedades mentais. Podem ser intencionais como


crenças, desejos e ações ou não intencionais como sensações e emoções. É
importante frisar que os estados mentais dependem de níveis, mais elevados
ou mais fracos, de consciência para sua existência.

2. Categorias dos Estados Mentais:

Sensações: Dores, Comichões, cócegas, palpitações

Cognitivas: Acreditar, saber, compreender, conceber, pensar, raciocinar

Emoções: Medo, ciúmes, inveja, raiva

Percepções: Ver, ouvir, degustar, cheirar, tocar

Quase-percepção: Sonhar, imaginar, ver na imaginação, alucinar, ver pós


imagem

Conativos: Agir, tentar, querer, intencionar, desejar

3. Conceito de Qualia

Qualia são as propriedades subjetivas às experiências mentais conscientes,


cada tipo de sensação é sentida de um modo qualitativamente distinto. Ou
seja, a forma como as coisas parecem ao sujeito que as experiência.

4. Conceito de Intencionalidade

A intencionalidade é uma das propriedades de alguns de nossos estados


mentais, pela qual estão direcionados para, ou acerca de objetos e estados de
coisas pertencentes ao mundo externo.

5. Conceito de Dualismo Substancial

O Dualismo defende a presença de dois princípios ou substâncias. Para


Descartes (Dualismo cartesiano) o espírito, substância imaterial, está
diretamente ligado à consciência e é dissociado do cérebro, que seria apenas
um suporte da inteligência. A alma é capaz de existir por si própria e ao longo
da vida de um individuo estaria ligada ao corpo, mas essa ligação seria
rompida na morte.

6. Argumentos platônicos pró Dualismo

Argumento do instrumento: O usuário de um instrumento e o instrumento usado


são duas coisas distintas, uma mente usa seu corpo, logo, mente e corpo são
diferentes.
Argumento do oposto: Todo ser engendra seu oposto, logo, assim como o que
está morto vem do que está vivo, o que está vivo precisa vir do que está morto,
se não fosse assim, tudo acabaria morto.

Argumento do composto: As ideias em si não são compostas, portanto não se


decompõe. O corpo é composto e se decompõe. A alma pode conceber ideias,
portanto é da mesma natureza delas.

Argumento da vida: A alma traz a vida para o corpo, portanto ela carrega a vida
em si. Não pode aceitar seu contrário.

7. Argumentos Cartesianos pró Dualismo

Argumento pró- alma: Animais não podem se comunicar ou usar quaisquer


símbolos, animais não criam comportamentos novos e agem de forma
estereotipada, logo, seres humanos tem algo que eles não têm. Ora, eles tem
corpo, logo, não possuem alma.

Argumento da dúvida: para duas substâncias serem a mesma, tem que possuir
todos os atributos em comum. Eu posso duvidar do meu corpo, mas não posso
duvidar da minha consciência. Logo, meu corpo e minha consciência não são a
mesma substância.

Argumento das percepções claras e distintas: Só constato como minha


essência minha consciência, posso me imaginar sem todo o resto. Sou uma
coisa consciente e não extensa. Meu corpo é extenso, não consciente. Posso
clara e distintamente perceber meu corpo separado de mim. Logo, ele não é da
minha essência. Logo, devo ser totalmente não corpóreo, não-extenso, uma
res cogitans.

8. Criticas ao Dualismo:

Crítica ao dualismo de substâncias: Ausência de propriedades em comum


entre matéria e mente tornariam impossível influencia causal entre uma e outra.

Critica ao argumento do instrumento: Pessoas não tem um corpo, são um


corpo. O verbo “usar” estaria sendo usado erroneamente. Usamos um objeto
por intermédio de outra ação, mas movimentamos o corpo diretamente.

9. Conceito da teoria da identidade tipo-tipo

A teoria da identidade tipo-tipo afirma que cada tipo de estado mental será
idêntico a um dado tipo de estado cerebral. Assim, por exemplo, uma
determinada sensação estará relacionada a um determinado estado físico do
cérebro.
10. Conceito da teoria espécime-espécime

É a ideia de que estados mentais poderiam se dar de formas múltiplas –isto é,


incorporado em todos os tipos de arranjos materiais e de forma diferente em
cada individuo.

11. Conceito de Materialismo eliminativo

Só podemos explicar a mente nos termos das neurociências. Quando falamos


sobre estados mentais estamos realmente falando sobre estados cerebrais.
Devemos desistir de falar completamente sobre estados mentais. Para cada
um desses termos (estados mentais) existe um único evento neural ou físico
que o descreve.

12. Definição geral de Behaviorismo Analítico:

Para o Behaviorismo analítico os estados mentais na verdade seriam


comportamentos ou disposições para se comportar. O comportamento seria
definido por meio de unidades analíticas, como respostas e estímulos e essas
descrições comportamentais deveriam ser pensadas como reveladoras da
verdadeira natureza mental.

13. Conceito do teste de Touring:

O teste de Touring testa a capacidade de uma máquina exibir comportamento


inteligente equivalente a um ser humano. Pretendia-se descobrir se um
computador pode ou não pensar. Um interrogador (humano) fará perguntas a
duas entidades ocultas; uma delas é um humano e a outra um computador. A
comunicação entre o interrogador e as entidades é feita de modo indireto, pelo
teclado por exemplo. O interrogador tentará, através do diálogo realizado entre
ele e as entidades, decidir qual dos dois é o humano.

14. Conceito geral de Funcionalismo

O funcionalismo é um conjunto de teses que defende a analise do


comportamento e fenômenos mentais segundo as funções que desempenham.
Para o funcionalismo a mente está para o cérebro como um programa para o
computador. “O que é importante para a existência de uma mente não é a
matéria da qual a criatura é feita, mas a estrutura das atividades internas
mantidas por essa matéria.” Dessa forma o funcionalismo admite a
possibilidade de criarmos computadores e robôs inteligentes, possuidores de
uma mente.

15. Definição de Função

Uma função é um tipo de algoritmo que segue determinadas instruções, uma


dependente da outra para que se chegue a um resultado. Algoritmo é uma
sequencia de instruções bem definidas, usadas na execução de uma tarefa
expecífica. Basicamente em qualquer função, inclusive na de programação se
segue uma lei, em que os valores resultantes serão coerentes com os valores
inseridos.

16. Críticas ao funcionalismo:

A implementação de um programa de computador não é por si só suficiente


para a instanciação de estados mentais genuínos, pois não há cognição
relevante. Mesmo o teste de Touring sendo uma boa definição operacional de
inteligência, isso pode não indicar que a máquina tem uma mente, consciência
ou intenção-sobredade. A manipulação de informação envolve também
semântica, não só sintaxe, ou seja, o computador pode saber sintetizar mas
não saberá interpretar a informação. (teoria do quarto chinês)

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