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Escola Politécnica da Universidade de São Paulo

Departamento de Estruturas e Fundações

ES-012
Estruturas Pré-moldadas de Concreto

Prof. João Carlos Della Bella

4º Ciclo - 1999
3. Projeto de Elementos para Pisos

3.4 Pré-Laje Simples e Treliçada


a.) Aspectos Gerais
As pré-lajes (lajes de pequena espessura h=4 a 10cm)
são empregadas como formas para o concreto
moldado no local, integrando junto com este a
espessura final da laje.

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3. Projeto de Elementos para Pisos
3.4 Pré-Laje Simples e Treliçada
De modo a aumentar a
resistência e a rigidez
dessas “formas”, são
incorporadas às pré-
lajes treliças metálicas.
Armaduras passivas ou
protendidas são
colocadas na pré-laje as
quais, juntamente com o
banzo inferior da treliça,
fornecem a resistência
da peça composta aos
momentos fletores
positivos.

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3. Projeto de Elementos para Pisos
3.4 Pré-Laje Simples e Treliçada

As treliçadas empregadas, além da rigidez durante a fase


provisória, fornecem:
– Ligação mecânica entre os concretos pré-moldado e
moldado no local.
– Parte da armadura de flexão.
– Pontos de içamento adequados.

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3. Projeto de Elementos para Pisos
3.4 Pré-Laje Simples e Treliçada

A vantagem deste sistema estrutural está na eliminação


do emprego de formas, na redução do cimbramento e
na rapidez de montagem, especialmente quando se
empregam grandes painéis (100m²/h).

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3. Projeto de Elementos para Pisos
3.4 Pré-Laje Simples e Treliçada

Pré- Laje Protendida sem uso de Treliça

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3. Projeto de Elementos para Pisos
3.4 Pré-Laje Simples e Treliçada

Pré- Laje Protendida sem uso de Treliça

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3. Projeto de Elementos para Pisos
3.4 Pré-Laje Simples e Treliçada

Comparativamente com outros sistemas, apresenta peso


próprio elevado, o qual pode ser aliviado com o
emprego de blocos leves (isopor), fixados sobre a pré-
laje durante sua moldagem.
O concreto das pré-lajes apresenta, em geral, fck 30MPa
para C.A. e 40MPa para C.P., e o concreto moldado no
local 20 a 25MPa.

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3. Projeto de Elementos para Pisos
3.4 Pré-Laje Simples e Treliçada

Emprego de Blocos Leves

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3. Projeto de Elementos para Pisos
3.4 Pré-Laje Simples e Treliçada

b.) Diretrizes de Projeto


A treliça é constituída por uma barra superior e duas
inferiores, ligadas lateralmente por diagonais contidas
em dois planos. Essas diagonais, formadas pelo
dobramento em “zig-zag” de barras contínuas, são
soldadas às barras superior e inferiores.

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3. Projeto de Elementos para Pisos
3.4 Pré-Laje Simples e Treliçada
Dimensões Típicas e Características Mecânicas

Barra superior : φmáx =12,5mm hmáx :25cm


Barras inferiores : φmáx =12,5mm Aço CA60
Diagonais : φmáx =6mm

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3. Projeto de Elementos para Pisos
3.4 Pré-Laje Simples e Treliçada

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3. Projeto de Elementos para Pisos
3.4 Pré-Laje Simples e Treliçada

Essas treliças são responsáveis pela resistência à flexão e


ao cisalhamento da pré-laje durante toda a fase provisória.
O esquema estrutural é de uma viga sobre dois apoios
quando não se empregam apoios intermediários, e o de
uma viga contínua caso contrário.
A barra superior da treliça pode ser determinada, para a fase
provisória, como:
onde:
M1
=
M1: Momento para peso total da laje +
A sup sobrecarga de construção.
Z1 × f yd Z1: Distância vertical entre o eixo da
barra superior e o eixo da barra
inferior.

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3. Projeto de Elementos para Pisos
3.4 Pré-Laje Simples e Treliçada

As barras inferiores devem, juntamente com a armadura


complementar, resistir aos esforços das duas fases.

'
M M2
A inf + A compl = 1
+
Z1 × f yd Z 2 × f yd
onde:
M1’ : Momento devido ao peso total da laje.
M2 : Momento devido às cargas complementares.
Z2 : Braço interno da peça composta.

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3. Projeto de Elementos para Pisos
3.4 Pré-Laje Simples e Treliçada

A resistência à força cortante na fase provisória é dada


pelas diagonais da treliça (2 planos), às quais podem
ser determinadas como:

V1
A s,diag =
sen á × f yd
sendo:
α : Ângulo entre a diagonal e a direção horizontal.
V1 : Força cortante para o peso total da laje+sobrecarga de
construção.

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3. Projeto de Elementos para Pisos
3.4 Pré-Laje Simples e Treliçada

As diagonais da treliça têm ainda a função de costurar os


dois concretos da peça composta, devendo ser
dimensionadas para esse fim conforme o item 4.
Na peça completa, raramente há necessidade de
armaduras de cisalhamento, exceto na presença de
grandes aberturas ou grandes cargas concentradas.
Nesses Casos deve ser dimensionada armadura de
cisalhamento (estribos), como no caso de peça
monolíticas.
Essas lajes são, em geral, armadas preferencialmente
em uma direção, sendo possível adotar armaduras de
distribuição transversais sobre a pré-laje.
Eventualmente o trabalho em duas direções pode ser
levado em conta, desde que se considere a diferença
de alturas úteis nas duas direções, para efeito de
resistência e rigidez. 16
3. Projeto de Elementos para Pisos
3.4 Pré-Laje Simples e Treliçada

O vão para a pré-laje sem apoio provisório intermediário


varia entre 3,0m a 5,0m, e com um apoio intermediário
entre 3,0m e 9,0m.
As lajes aliviadas com o uso de blocos leves têm o seu
peso reduzido de 30% a 60% para peças com alturas
de 20cm a 35cm respectivamente.

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3. Projeto de Elementos para Pisos

3.5 Vigas e Pré-Lajes


a.) Aspectos Gerais
Este sistema
estrutural é
composto por três
elementos:

– Vigas Pré-moldadas
– Pré-lajes
– Capeamento
moldado no local

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3. Projeto de Elementos para Pisos
3.5 Vigas e Pré-Lajes

As vigas são geralmente protendidas, com alturas de até


55cm, vencendo vãos da ordem de 21m para
coberturas e de 18m para pisos de escritórios. O
espaçamento entre as mesmas varia de 0,90m a
2,40m.
As pré-lajes com espessuras entre 5cm e 8cm apoiam-se
nas vigas, podendo apresentar larguras de até 2,40m.
É possível utilizar placas menores de 0,60m de largura
para montagem manual, pesando da ordem de 50Kgf.
O capeamento, com espessuras de 4cm a 5cm de
concreto moldado no local e fck~30MPa, integra todos
os elementos em um conjunto quase que monolítico.

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3. Projeto de Elementos para Pisos
3.5 Vigas e Pré-Lajes

A esbeltez típica VÃO:ALTURA deste sistema estrutural


é da ordem de 1:25 para edifícios de escritórios e 1:30
para edifícios residenciais.
Este sistema estrutural pode ser aplicado em estruturas
moldadas no local e em estruturas metálicas. Sua
versatilidade de adaptação a geometrias irregulares é
maior que os sistemas em laje alveolar ou peças π

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3. Projeto de Elementos para Pisos
3.5 Vigas e Pré-Lajes

Seu emprego é feito de forma generalizada também em


outros tipos de estruturas, como por exemplo no caso
de pontes.

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3. Projeto de Elementos para Pisos
3.5 Vigas e Pré-Lajes

b.) Diretrizes de Projeto


As vigas pré-moldadas devem resistir a todos os pesos
da estrutura, e mais a sobrecarga da construção,
trabalhando apenas como seção retangular.
Posteriormente ao endurecimento da capa, a viga pode
ser considerada como “T” para as demais cargas.
A integração desses elementos depende das tensões de
cisalhamento e das armaduras que atravessam as
interfaces entre os mesmos, devendo ser
explicitamente verificadas, como se verá no item 4.

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4. Peças Compostas
4.1 Aspectos Gerais
Peças compostas são obtidas quando o elemento
estrutural final é construído em etapas, utilizando
concretos com idades e resistências diferentes, ou
mesmo outros materiais estruturais. Em todos os
casos deseja-se que a peça composta trabalhe
como um elemento monolítico.

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4. Peças Compostas
4.1 Aspectos Gerais

Este tipo de procedimento é utilizado principalmente para:


– Aumentar a resistência à flexão e ao cisalhamento de lajes.
– Ligar lajes a vigas garantindo um apoio seguro, aumentando
a resistência ao cisalhamento e à flexão de vigas.
– Permitir a transferência de forças normais ou de
cisalhamento:
è entre paredes,

è entre paredes de contraventamento e pilares e

è entre pilares de fundação.

– Garantir a ação de diafragma dos pisos com ou sem


capeamento.
– Garantir a continuidade de vigas e pilares
– Reduzir o peso de peças pré-moldadas.

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4. Peças Compostas
4.1 Aspectos Gerais
Exemplos de Elementos Compostos

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4. Peças Compostas

4.2 Resistência das Juntas


O trabalho monolítico das peças compostas
mencionadas depende da efetiva transferência das
tensões de cisalhamento ao longo da interface entre os
dois concretos (ou dois materiais).

τ sd

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4. Peças Compostas
4.2 Resistência das Juntas
A resistência ao cisalhamento dessas juntas é composta
por duas parcelas. A primeira corresponde ao atrito
entre os dois concretos e a segunda à coesão.

A sf yd
ôsd ≤ â + â c × f td → ( NBR9062)
b× s
Onde:
As As: Armadura que atravessa a
junta, perpendicular à
interface e efetivamente
τsd ancorada em ambos os
lados da junta.
b: largura da junta.
τsd s: espaçamento de As.
ftd: resistência à tração de
cálculo do concreto de
s menor
resistência(NBR6118) 27
4. Peças Compostas
4.2 Resistência das Juntas
A tensão de cálculo τsd pode ser estimada em seu valor
médio como:

Fd
ôsd =
a v× b av
M
Onde:
Fd: Valor da força em um dos
lados da junta.
av: Distância entre os pontos de V
momento máximo e nulo.
0 Fd
Mmáx

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4. Peças Compostas
4.2 Resistência das Juntas

Quando se trata de região comprimida, Fd corresponde à


resultante das tensões de compressão no concreto
moldado no local. Quando se trata de região tracionada,
Fd corresponde à força de cálculo máxima atuante nas
armaduras.

Fd 0

av
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4. Peças Compostas
4.2 Resistência das Juntas

Os valores de βs(coef. de atrito) e βc são fornecidos para


juntas intencionalmente rugosas (sulcos com 0,5cm a
cada 3cm).

As/(sXb) βs βc

≤ 0,2 0 0,3
≥ 0,5 0,9 0,6

Interpolar linearmente para As/(sXb) entre 0,2% e 0,5%

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4. Peças Compostas
4.2 Resistência das Juntas
Permite-se juntas sem armadura de costura (As=0) quando
τsd ≤ β c ftd, e forem satisfeitas simultaneamente as condições:
a) A interface ocorra em região da peça onde haja a
predominância da largura sobre as outras dimensões (topos
das pré-lajes, lajes alveolares, peças π, etc.).
b) A superfície de ligação apresente a rugosidade mínima de
0,5cm a cada 3cm
c) O plano de ligação não esteja submetido a tensões normais
de tração, nem a tensões alternadas provenientes de
carregamentos repetidos.
d) A armadura de cisalhamento da alma resista às forças
cortantes sem a consideração do concreto acima da interface
e) Seja escovada a superfície do concreto já endurecida para
eliminar a nata de cimento superficial e seja abundantemente
molhada e encharcada a superfície que irá receber o novo
concreto, pelo menos com 2h de antecedência à nova
concretagem.
31
4. Peças Compostas
4.2 Resistência das Juntas

Apresentam-se a seguir valores limites para τsd dados


pela British Standard BS8110, para vários tipos de
superfície sem armadura de costura.
Tipo de Superfície Concreto fck (MPa)
20 25 35
(*)Como moldada ou extrudada 0,4 0,55 0,65
(Lajes Alveolares)
(*)Escovada ou Acabamento Rugoso 0,6 0,65 0,75
(Peças π )
Lavada p/ remoção da nata ou 0,7 0,75 0,8
Tratada c/ agentes retardadores
(Agregado Graúdo Exposto)
(*) ELLIOTT

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4. Peças Compostas
4.2 Resistência das Juntas

Elliott recomenda, para o uso desses valores, que se


trabalhe com τsde (efetivo) e não médio, como
calculado anteriormente. Com essa finalidade, admite-
se uma distribuição de τsde proporcional ao diagrama
de forças cortantes.

q P

τsde
τsd
2τsd

τsd = τsde

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4. Peças Compostas

4.3 Tensões Devidas à Retração Diferencial entre os


dois Concretos
Quando são ligados concreto pré-moldado com concreto
moldado no local, o primeiro já sofreu parte de sua
retração (e deformação lenta para C.P.), enquanto que
o segundo ainda não.

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4. Peças Compostas
4.3 Tensões Devidas à Retração Diferencial entre os dois Concretos
Pode-se dizer que o concreto pré-moldado representa
uma restrição à livre retração do concreto moldado no
local.
2
h2
A c2

h1 A c1
As
1

Pode-se também dizer que a armadura As representa


uma restrição à livre retração do concreto pré-moldado.

35
4. Peças Compostas
4.3 Tensões Devidas à Retração Diferencial entre os dois Concretos
Sugere-se um processo aproximado para a avaliação
dos esforços internos na peça, onde:
ε1 : Deformação livre do concreto pré-moldado após a
data de ligação.
ε2 : Deformação livre do concreto moldado no local.

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4. Peças Compostas
4.3 Tensões Devidas à Retração Diferencial entre os dois Concretos
Com essa simplificação podemos imaginar que para a
deformação uniforme ε1 seria necessário aplicar os
esforços Rs e Rc:

2 - 1

Rc

Rs

1
Onde: Rs = ε1 * Es * As
Rc = ( ε2- ε1) * Ec2 * Ac2
37
4. Peças Compostas
4.3 Tensões Devidas à Retração Diferencial entre os dois Concretos
Esses esforços podem podem ser liberados na seção
homogeneizada, onde:
h2
A c2 Ec2 =A'c2 Rc M
Ec1 ec N
h1 A c1 es
Rs
A s Es =A's
E c1
b

N = Rs - Rc
M = Rc * ec + Rs * es

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4. Peças Compostas
4.3 Tensões Devidas à Retração Diferencial entre os dois Concretos
A força final atuante no trecho moldado no local será a
superposição dos dois carregamentos:

N ' M '
Fc 2 = R c + ' × A c 2 − ' × mc 2
Ac Ic

com:
Ac’ : Área total da seção.
Ac2’ : Área do concreto moldado no local.
Ic’ : Momento de inércia.
mc2’ : Momento estático de Ac2’ em relação ao C.G.
Todos relativos à seção homogeneizada.

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4. Peças Compostas
4.3 Tensões Devidas à Retração Diferencial entre os dois Concretos
A partir de Fc2 é possível estimar as tensões tangenciais
na interface como:

τ
Fc 2
ô=
b× (1,5 × h)
h

1,5 x h
40
4. Peças Compostas
4.3 Tensões Devidas à Retração Diferencial entre os dois Concretos
Exemplo:
f ck 1 = 40 MPa
f ck 2 = 25MPa
−5
200
å1 = 10 × 10
å 2 = 20 × 10 −5 7 A c2
E s = 210GPa
50 A c1
E c1 = 31,0GPa
E c 2 = 27,5GPa
A s=40cm²
[cm]
l = 8,00m 30

41
4. Peças Compostas
4.3 Tensões Devidas à Retração Diferencial entre os dois Concretos
Exemplo:
Seção homogeneizada:

E c2 Es
= 0,89 = 6,77
E c1 E c1 178
A 'c = 3017cm ²
A 'c 2 = 1246cm ² 7 22,03
I 'c = 1,14 × 106 cm 4
50 34,97
m '
c2 =
4
2,31× 10 cm 4 5
ec = 22,03 − 3,5 = 18,53 271cm²
[cm]
es = 34,97 − 5,0 = 29,97 30

42
4. Peças Compostas
4.3 Tensões Devidas à Retração Diferencial entre os dois Concretos
Exemplo:

R s = 10 × 10 − 5 × 210 × 10 6 × 40 × 10 − 4 = 84 KN
R c = (20 × 10 − 5 − 10 × 10 − 5 ) × 27,5 × 10 6 × 7 × 200 × 10 − 4 = 385 KN

N = 84 - 385 = − 301KN
M = 385 × 0,1853 + 84 × 0,2997 = 96,51KN

− 301 2,31 × 10 4 2
Fc2 = 385 + × 1246 − 96,51× 6
× 10 = 66,84 KN
3017 1,14 × 10
66,84
ô= = 260 KPa = 0, 26 MPa
0,30 × 1,5 × 0,57

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4. Peças Compostas

Diagrama de tensões em x

44
4. Peças Compostas

Diagrama de Tensões de Cisalhamento

45
4. Peças Compostas

4.4 Esforços Atuantes nas Peças Compostas


As peças compostas são verificadas em duas fases
distintas: Antes da solidarização e após a solidarização.
Na primeira fase atua o peso próprio dos elementos pré-
moldados mais o peso próprio das partes moldadas no
local. O elemento resistente é apenas o pré-moldado.

46
4. Peças Compostas
4.4 Esforços Atuantes nas Peças Compostas
Assim, para a viga da figura, na fase inicial atua o peso da
viga e laje pré-moldados (gp) e o peso da capa (gc).
Deve-se ainda considerar uma sobrecarga de
construção qc ≅ 1,5KN/m².

gc

h2
h1

gp
47
4. Peças Compostas
4.4 Esforços Atuantes nas Peças Compostas
A peça trabalha no estádio II se for de C.A. ou no estádio I
se for de C.P., estabelecendo-se tensões de compressão
no concreto σc1 e forças Fs1 na armadura no caso do C.A.

g p+gc+qc
σ c1 σ c1

h1 z1
Fs1

C.A. C.P.
48
4. Peças Compostas
4.4 Esforços Atuantes nas Peças Compostas
Após o endurecimento do concreto da capa, para o restante
da carga permanente (revestimentos, alvenarias, etc.) e
para a carga variável, a peça oferece a rigidez e resistência
da peça composta, desenvolvendo os seguintes esforços:

g r+q

σ c2 σ c2

h2 z2
Fs2

C.A. C.P. 49
4. Peças Compostas
4.4 Esforços Atuantes nas Peças Compostas
Dessa forma, no estado limite de utilização as tensões na
armadura, no caso do C.A., devem ser verificadas, tendo em
vista a fissuração, para a soma das forças Fs1+Fs2. Para o
C.P., as tensões de compressão devem ser verificadas na fibra
superior e inferior do pré-moldado, e na fibra superior da capa.
g p+gc+gr+q

σc σc

h2
Fs1+Fs2

C.A. C.P. 50
4. Peças Compostas
4.4 Esforços Atuantes nas Peças Compostas
A soma de F s1 e Fs2 conduz a resultados a favor da
segurança.
Para as armaduras transversais, devem ser consideradas
também as duas etapas, ou seja, o pré-moldado deve ter
armadura suficiente para resistir as cargas iniciais com
altura h1. Resulta também a favor da segurança somar as
armaduras transversais necessárias nas duas etapas.

1,15 × ôwd1 − ôc
para h1 , e g p + g c + q c → ñ w1 =
f ywd

1,15 × ôwd2
para h 2 , e g r + q → ñ w2 =
f ywd
51
4. Peças Compostas
4.4 Esforços Atuantes nas Peças Compostas
Atenção especial deve ser dada às armaduras de costura,
ligando pré-moldado e concreto moldado no local,
conforme item 4.2
Para efeito de verificação dos E.L.Últimos, é possível
considerar todas as cargas atuando na peça composta
desde que se garantam as tensões tangenciais nas
interfaces.
As capas das lajes devem considerar a redução de
espessura no meio do vão devida à contraflecha nos
elementos protendidos.

52
4. Peças Compostas
4.4 Esforços Atuantes nas Peças Compostas
Exemplos:

53
4. Peças Compostas
4.4 Esforços Atuantes nas Peças Compostas
Exemplos:

Carga útil em função do vão para Peças Pi simples,


e com capa de 75mm

54
4. Peças Compostas
4.4 Esforços Atuantes nas Peças Compostas
Exemplos:

A eficiência do emprego de capa em lajes alveolares


é tanto menor quanto maior for o vão.A medida que
aumenta o vão, o momento fletor devido ao peso
próprio da capa pode superar o ganho de
resistência devido ao aumento da altura estrutural.

54
4. Peças Compostas
4.5 Escoramento de Peças Compostas
É usual o emprego do escoramento intermediário,
especialmente no caso das pré-lajes treliçadas ou não.

55
4. Peças Compostas
4.5 Escoramento de Peças Compostas

Assim, para o caso de um apoio central, são estabelecidas


compressões na fibra inferior da peça, na fase inicial.
Após o endurecimento do concreto moldado (quando é
retirado o escoramento), esta força de escoramento
passa então a atuar na peça composta, superpondo-se
os dois carregamentos.

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