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Introdução ....................................................................................................................................... 3
1.Contextualização .......................................................................................................................... 4
1.1.Actos de Fala............................................................................................................................. 4
As autoras acima afirmam ainda que o acto ilocutório ................................................................... 5
1.2.Classificação dos actos ilocutórios/de fala ............................................................................... 5
1.2.1.Actos ilocutórios assertivos ................................................................................................... 5
1.2.2.Actos ilocutórios Directivos .................................................................................................. 6
1.2.3.Actos elocutórios compromissivos ........................................................................................ 7
1.2.4.Actos ilocutórios expressivos ................................................................................................ 8
1.2.4.Declarações ............................................................................................................................ 9
1.2.5.Declarações assertivas ........................................................................................................... 9
2.Modalidades e Actos Ilocutórios ............................................................................................... 10
3.Actos ilocucionarios................................................................................................................... 11
4. Acto Ilocutório Indirecto........................................................................................................... 11
5.Acto Perlocutório ....................................................................................................................... 12
6.A Força ilocutória ...................................................................................................................... 12
Conclusão ..................................................................................................................................... 13
Bibliografia ................................................................................................................................... 14
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Introdução
No acto da comunicação diante de um alocutário precisamos de usar expressões que possam
mostrar o interesse da nossa comunicação. Além disso, cada expressão tem um determinado
enquadramento, isto é, tem um momento certo, na hora certa e para a pessoa certa também. Para
tal, é necessário um conhecimento sólido sobre a determinada língua, sobretudo os actos de fala.
É Nesta perspectiva que no presente trabalho vamos abordar esta questão, onde no esnta,
apresentaremos o conceito de acto de fala, que está relacionado ao estatuto dos enunciados
utilizados quotidianamente nas interacções entre os falantes. Mais adiante procuraremos expor de
forma sucinta os actos de fala, as suas divisões, os actos persecutórios e locutórios e a força
ilocutoria entre outro aspectos inerentes aos acto ilocutórios ou de fala. Visto que pretendemos,
mostrar a contribuição dos actos de fala no funcionamento da língua. É necessário distinguir a
simples produção de um enunciado (ato locutório), a intenção com que o falante produz esse
enunciado (ato ilocutorio), e as consequências que a produção do enunciado (actos persecutório).
Neste sentido, é necessário distinguir a simples produção de um enunciado, a intenção com que
o falante produz esse enunciado e as consequências da produção desse tal enunciado.
Para iniciar, focalizaremos os actos de fala na perspectiva de análise que Austin faz de um
conjunto de verbos usados tipicamente para realizar actos de fala. Na continuação desta
actividade faremos o desdobramento dos actos de fala propostos por Searle. Segundo este autor,
não basta considerar a intenção que o falante tem de realizar determinadas acções pela língua.
Trata-se enunciados que se caracterizam por serem formadas de realização de acções. Austin e
Searle mostram que há determinado tipos de acções que são realizadas pela fala, cumprimentar,
despedir-se, prometer, pedir, mandar, advertir, desculpar-se, entre muitas outras.
Contudo, o presente trabalho tem como objectivo geral compreender os actos de fala e o sou
funcionamento na nossa comunicação diária. Para alcançar este objectivo, baseamo-nos no
método bibliográfico, que consistiu na leitura de diversas obras/gramáticas que falam sobre o
assunto.
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1.Contextualização
1.1.Actos de Fala
O conceito de actos de fala, foi formulado inicialmente pelos filósofos britânicos J.A. Austin.
Nesse trabalho, Austin chama atenção de uma abordagem que considere que as frases produzidas
em uma língua qualquer sejam formas de representação da realidade e que possam ser avaliadas
simplesmente como verdadeiras ou falsas, (CASTELEIRO, 1988:45). Ele mostra que um grande
numero de frases Produzidas usualmente [elos falantes não fazem representações do mundo, mas
são formas pelas quais os falantes realizam determinadas acções. Sobretudo pela discussão das
consequências que a produção de determinados tipos de sentença desencadeia.
A formulação de Austin foi posteriormente retomada por outros filósofos britânicos, John R.
Searle no livro de Speech Acts, obra na qual aprofundou os tratamentos de actos de fala,
sobretudo pela discussão das consequências que a produção de determinados tipos de sentença
desencadeia. Antes desses estudos os enunciados eram tomados como afirmações sobre um
determinado estado.
O autor acima, realça que o conceito de acto de fala é muito interessante e esclarece o
funcionamento de aspectos relevantes ao uso da linguagem. No entanto, a incorporação desse
conceito para os estudos linguísticos traz uma serie de dificuldades. Uma “e a complexidade
inerente a interpretação de conjuntos necessários para a realização de qualquer acto de fala.
Alem da complexidade a interpretação das condições de felicidade, estes apresentam diferenças
consideráveis entre uma cultura e a outra, (CASTELEIRO, 1998:46).
Embora este enunciado tenha a forma de uma pergunta, o falante está fazendo um pedido, tanto
que se a resposta for simplesmente “tenho”, esta será considerada uma resposta inadequara e não
cooperativa.
Actos de fala são um comportamento verbal, governado por regras que asseguram que as
intenções comunicativas venham a ter atenção adequadamente interpretada. Algumas dessas
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regras definem os próprios tipos de actos que podem ser realizados pela fala, (MATEUS et al,
2003:73).
Faz parte da competência comunicativa de qualquer falante distinguir uma ordem de um pedido,
uma intenção de um compromisso, uma asserção de uma representação de um estado emocional.
As autoras acima afirmam ainda que o acto ilocutório consiste na produção de um enunciado,
formato de acordo com as regras gramaticais de uma determinada língua - nos planos fonéticos,
morfológico, sintáctico e semântico - que transmite um conteúdo proposicional, (MATEUS et al,
2003:73).
Faz o interlocutor tentar que o alocutário realiza futuramente uma acção verbal ou não verbal que
reflicta o reconhecimento, por parte desse mesmo alocutário, do conteúdo proporcional do
enunciado proferido pelo locutor. Esta tentativa de determinação da realização da acção verbal
ou não verbal que se espera do alocutário é assumida em vários graus, pela representação verbal
do tipo de controlo do locutor sobre o alocutário. Para tal, pode fazer-se uso de uma hierarquia
de controlo, que vai da expressão da ordem a sugestão, ao conselho ou, mesmo, ao simples
pedido de informação.
O conteúdo proposicional de qualquer acto directivo não é susceptível de ser interpretado como
verdadeiro ou falso. Ele é dependente das condições que regulam o seu reconhecimento por parte
do alocutário, nomeadamente: da legitimidade do acto directivo, quer no que toca os princípios
de classificação do universo de referência, quer no que toca o seu enquadramento linguístico. Os
valores de verdade num acto ilocutório ficam inteiramente dependentes da realização futura da
acção por parte do alocutário.
Constituem actos ilocutórios directivos indirectos frases interrogativas contendo uma negativa
com valor positivo, cuja força ilocutória é semelhante à dos pedidos de confirmação cuja marca
directiva é dada por:
Os actos de fala compromissos tem como objective comprometer o locutor no desenrolar futuro
de uma acção expressa no conteúdo Professional. Esse compromisso por parte do locutor conta
com uma condição de sinceridade que há de o locutor “ ter intenção” de relacionar com o
desenvolvimento futuro da acção. O acto locutor compromisso traduz verbalmente a relação de
poder e de controlo do locutor na determinação de um mundo (estado de coisas) futuro.
a) Frases simples com utilização de tempo futuro do indicativo aos seus substitutos como
presente do indicativo.
- Irei
- Vou ver assim que poder
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1.2.4.Declarações
As declarações têm como objectivo ilocutório fazer com que o estado de coisas em referência
coincida com o conteúdo proposicional do enunciado. Numa declaração, a força ilocutória não se
diferencia do conteúdo proposicional, (FARIA et al, 1996:246).
Uma declaração não descreve a posição do locutor (como um acto ilocutório assertivo) nem
implica condições de sinceridade (como actos ilocutórios directivos, com promissivos e
expressivos) uma vez que não estabelece relação com um estado de coisas futuras.
Enquanto acto ilocutório, a declaração coloca directamente o locutor em termo, os de poder criar
a realidade, i.e., de fazer com que o número de referência coincida com o conteúdo proposicional
do enunciado. Este privilégio resulta da relação social que o locutor mantém com os seus
alocutários, os quais lhe reconhecem estatuto para criação do universo em referência.
Uma declaração é a expressão verbal da realidade que ela mesma cria ou de que pontualmente
depende. Mesmo fazendo o uso de verbos como “declarar ou nomear” uma declaração só é
entendida como tal se for proferida pelo locutor cujo estatuto permite lhe a criação do estado de
coisas enunciado. Ex: a sessão sessão; “ declaro vos marido e mulher” é uma declaração, se o
enunciado for proferido pelo oficial do registo ou padre.
Tem a função de declaração se o professor estiver de facto nesse momento a iniciar a aula. Em
caso contrário, o enunciado pode ter objectivos ilocutórios directivos (mandar, falar, por, etc.),
constituindo então um acto ilocutório directivo. Em ambos casos, o enunciado não consiste
apenas num pedido de informação, esse sim constituído pela interpretação literal do conteúdo
proposicional do enunciado.
1.2.5.Declarações assertivas
As declarações assertivas apresentam forças ilocutórias assertivas mantendo os objectivos
ilocutórios das declarações. Por outras palavras numa declaração assertiva apesar de
explicitamente relacionar o locutor com o valor de verdade do conteúdo proposicional, utiliza
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Marcas igualmente fortes não são sistematicamente encontráveis nos restontes actos alocutorios,
i.e., nas declarações , nas declarações assertivas e nos actos ilocutórios assertivos. Nestes casos
as modalidades estão directamente dependentes do estudo do sujeito enquanto locutor, estatuto
esse que revela o maior ou menor poder de declarar, maior ou menor grau de controle sobre a
interpretação do alocutário no que toca ao conteúdo proporcional de enunciados proferidos. Esse
poder e esse controlo sobre o alocutário fazem com que estes actos ilocutórios apresentem uma
relação predominante entre o locutor e estado de coisas.
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É de notar que, sempre que esse tipo de conhecimento é, por alguma razão posto em causa se
recorre quer a entoação quer a deslocação desses mesmos verbos, muitas vezes reforçados por
inversão do sujeito para o fim do enunciado:
A frase em (c) ocorre na situação em que o locutor pensa controlar fortemente a posição do
alocutário em relação ao conteúdo proposicional.
3.Actos ilocucionarios
Os actos ilocucionarios correspondem as acções que os falantes pretendem realizar quando
produzem os enunciados. Os actos ilocucionarios correspondem a realização de acções como
“pedir, cumprimentar, exigir, desculpar se, censurar, etc.’
Exemplos:
As diferentes culturas podem levar a formulação de condições bem diferentes associadas aos
actos ilocucionarios.
mente algo diferente. Assim os actos de fala indirectos contêm implicaturas que o ouvinte deve
interpretar correctamente para reconhecer a intenção ilocutória do falante. ( Searl 1975: 62)
Exemplo: “ gostavas de almoçar comigo?” um acto de fala indirectop. Para ser um acto de fala
directo o enunciado devia ser enunciado da seguinte forma “ almoça comigo”.
5.Acto Perlocutório
É um acto de fala que num determinado contexto, pela sua força ilocutória, gera no receptor o
efeito pretendido pelo emissor (intimidar, persuadir, seduzir, ameaçar, etc.
É possível distinguir em cada tipo de acto ilocutório uma força de ilocução (F) e um conteúdo
proposicional (P). Cada tipo de acto ilocutório tem implicado um objectivo ilocutório que, de
certo modo, regula e integra a forca de ilocução. Se considerarmos por exemplo um “pedido” e
uma “ordem” notamos que ambos têm o mesmo objectivo ilocutório “tentar que o locutor faça
algo”, embora as forças de ilocução sejam completamente diferentes: a ordem que normalmente
expressa pelo modo imperativo aos seus substitutos; o pedido pode assumir a forma de uma
pergunta ou de uma frase complexa os conteúdos de oração subordinada constitui aquilo que é de
facto, pedido.
A Ordem das palavras, a entoação, a pontuação, o modo verbal e os verbos performativos. Pode
se indica o tipo de acto ilocutório que se pretende realizar, começando a frase por “ Juro….”, “
Aviso que…”, “ peço desculpa por…”, etc. Por vezes a situação enunciativa “e suficiente para a
determinação da força ilocutória do enunciado, dispensando-se a explicitação dos verbos
performativos. Para que tal aconteça o ouvinte terá que ter as capacidades inferenciais para
interpretar correctamente o discurso.
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Conclusão
Após a realização do trabalho chegamos a conclusão que os actos de fala têm como um dos seus
pressupostos nucleares a concepção dos interlocutores como indivíduos sinceros e cooperativos.
Concluímos também que com os actos são um comportamento verbal, governado por regras que
asseguram que as intenções comunicativas venham a ter atenção adequadamente interpretadas. O
que podemos notar também é que diariamente quando nos comunicamos verbalmente com o
nosso interlocutor utilizamos os actos de fala de uma maneira implícita para fazer chegar a
mensagem e atingir os nossos objectivos.
Por outro lado, os actos ilocutorios consistem na produção de um enunciado, formado de acordo
com as regras gramaticais de uma determinada língua - nos planos fonéticos, morfológico,
sintáctico e semântico - que transmite um conteúdo proposicional. Entretanto, com base nestas
definições, percebemos que os actos de fala ou ilocutórios estão subdivididos em seis principais
partes que são actos de fala assertivos, compromissivos, directivos, directos, actos ilocutórios,
perlocutórios estes que utilizamos diariamente nas interacções sociais com o outro.
Assim a teoria de actos de fala oferece-nos um corpo de conhecimentos formais dos processos
que estão por detrás destas descodificações. É de realçar que os actos de fala fazem parte do
nosso quotidiano, razão pela qual notamos que a presente temática é de extrema importância para
esta camada estudantil, sobretudo os de línguas. Afirmamos isto porque nem a maneira de
saudar, cumprimentar, pedir algo ou mesmo a sermos interditos de algo, estamos perante os actos
de fala. Em todas as ocasiões, sempre usamos os actos de fala, referimo-nos dos grandes debates,
reuniões e há certos actos de fala que regem uma regra, por exemplo no parlamento, o∕a
presidente declara abertura e assim será de uma certa reunião.
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Bibliografia
CASTELEIRO, João Malaca at Al, Nível Limiar, edição: instituto de Cultura de Língua
Portuguesa, 1988, Lisboa.
FARIA, Isabel Hub; et al.: introdução a linguística geral e portuguesa, Caminho, serie
Linguísticas, Lisboa, 1996.
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MATEUS Maria Helena Mira, et All, Gramática de linga portuguesa, editorial, Caminho, s.a
Lisboa 2003, 7a edição.
MATOS João Carlos, Gramática moderna da língua portuguesa, Conceição editorial e gráfica,
editoram escolar, Lisboa 2010