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As árvores podem ser divididas em 2 grandes grupos: as endógenas e exógenas.

As
endógenas são as árvores cujo crescimento diametral ocorre de dentro para fora, sendo a
parte mais externa a mais antiga e mais endurecida, como por exemplo as palmeiras,
bambus, dentre outras. As exógenas são as árvores cujo crescimento diametral ocorre de
fora para dentro, pela superposição de novas camadas. (1) As árvores exógenas são
classificadas ainda em dois subgrupos, devido às diferenças anatômicas que existem
entre elas:

 As coníferas - não produzem frutos e suas folhas têm forma de agulha.


Exemplos: pinus, timbauva, etc.
 As folhosas - produzem frutos e têm folhas achatadas. É neste subgrupo onde se
encontram as madeiras nobres. Exemplos: peroba, cedro, ipê, etc.

No Brasil, a grande maioria das construções em madeira se resumem


ao telhado (armação), assoalhos em algumas residências e algumas construções simples
(quiosques, casebres, etc). Diferindo-se consideravelmente de alguns países como os
Estados Unidos, Alemanha, Suíça, dentre outros. Isto se deve a um ainda
existente preconceito em relação ao emprego da madeira, creditado ao desconhecimento
do material e à falta de projetos específicos e bem elaborados. As construções em
madeira geralmente são idealizadas por pessoas sem um conhecimento técnico, como
carpinteiros, pedreiros, que não são preparados para projetar, mas apenas para executar.
(2)

Uma grande preocupação são as questões ambientais, pensa-se erroneamente que o uso
da madeira por si só destrói as florestas, o uso desenfreado por pessoas que apenas
visam o lucro contribuem para formar esse pensamento na maioria da população,
contudo esquecem-se que as florestas são renováveis e quando realizada de uma forma
sustentável e com responsabilidade ambiental não acarreta danos irreversíveis ao
equilíbrio do ecossistema.

O aproveitamento de florestas de rápido crescimento na produção de madeira serrada


é fundamental na diminuição das concentrações de gás carbônico na atmosfera, pois o
gás absorvido da atmosfera e contido na madeira é imobilizado durante toda a
existência da madeira, sendo tanto mais efetivo, quanto mais duradoura é a peça de
madeira. Assim sendo, enquanto a madeira existe na forma de móveis, objetos de
madeira, construções e componentes para edificações, a atmosfera terrestre estará com
menor concentração de gás carbônico, o principal responsável pelo efeito estufa. Assim
sendo o uso do produto florestal como madeira sólida além dos benefícios econômicos
e sociais, gera também consequências positivas para o meio ambiente. (3)

Dependendo do tipo do material, técnica e sistema construtivo do projeto, podem


ocorrer inúmeras deteriorações numa edificação. Nos telhados por exemplo, as
principais têm origem nas goteiras, quer por percolação nas telhas mal cozidas, quer por
infiltração em cumeeiras, beirais e transbordamento nas bicas estreitas (4), logo se faz
necessário uma execução correta aliado a um estudo específico e técnico com o objetivo
de detalhar qual tipo de madeira deve ser realizado no projeto, de acordo com o clima
da região onde o projeto será executado, com o processo de secagem correto, o
tratamento contra ações biológicas, a seleção do lote sem defeitos aparentes, a
preocupação com o nível de umidade, o transporte e o armazenamento, logo se faz
consideravelmente necessário uma atenção ao pré-projeto, contrariando-se a muitas
práticas das construções realizadas por pessoas despreparadas.

Devem ser realizadas periodicamente inspeções que busquem indícios de má


conservação dos elementos de madeira, frequentemente assolados por deformações
acentuadas ou sintomas diversos associados a umidificação frequente ou contínua dos
materiais da construção. (5), afim de se permitir uma proteção preventiva.

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