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revista m&T - manutenção & tecnologia

N º 1 8 6 - D E Z E M b r O / j a n e i r o - 2 0 1 5 - w w w. r e v i s ta m t. c o m . b r - R $ 1 5 , 0 0
ESTUDO DE MERCADO - Panorama de um ano desafiador

ESTUDO DE
MERCADO
Panorama de um
nº186 - DEZEmbro/janeiro - 2015

ano desafiador
Disponível
para download

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EDITORIAL

Entrelinhas de uma
retração anunciada
Segundo o Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de frotas, mais por necessidade operacional que por expansão
Equipamentos para Construção, em 2014 a comercialização efetiva no número de equipamentos.
de equipamentos de construção retraiu cerca de 6% em Já no caso da importação, o Estudo de Mercado estima
relação ao ano anterior. De acordo com o trabalho, foram que houve uma retração de algo em torno de 27% em
vendidas 67,7 mil máquinas no ano, contra mais de 72 mil relação a 2013. Os fatores para esse resultado são a própria
unidades comercializadas em 2013. Considerando apenas desaceleração do mercado interno com a desvalorização
a Linha Amarela, a diminuição foi de 12,7% nas vendas em cambial e a entrada de novos fabricantes globais em
relação ao mesmo período do ano passado. território nacional.
Significativa, a queda decorre basicamente de fatores O fato é que a entrada de produtos importados caiu mais
como a desaceleração da economia brasileira e a que as vendas internas, mostrando que o mercado brasileiro
morosidade dos investimentos em infraestrutura, com vem sendo majoritariamente suprido por fabricantes
projetos que ainda não se materializaram em obras. No nacionais, que ampliaram sua participação para 75% do
entanto, alguns aspectos precisam acrescidos ao contexto. total. Nesse ponto, é possível concluir dos números que o
Excetuando-se as compras do governo impulsionadas Brasil consolidou-se definitivamente como polo produtor
em 2013 pelo PAC, a queda total registrada foi de de equipamentos, o que não vai mais mudar daqui para

“Com uma população crescente de equipamentos


com até dez anos, desenha-se uma retomada
do setor já a partir de 2016, quando deve ser
feita a renovação das frotas”

3,7%, o que mostra a dependência dos investimentos frente. Por fim, também temos de olhar para o crescimento
do governo que o setor viveu nos últimos exercícios e, histórico do setor. A Linha Amarela avançou 10% por ano
após o fim deste ciclo, a necessidade de se reforçar a nos últimos oito anos, ao passo que os demais equipamentos
participação junto ao setor privado, que – como se sabe registraram aumento de 8,5% nas vendas desde 2007.
– historicamente sempre foi o principal comprador de Portanto, se o cenário atual não é tão bom, devemos
equipamentos para construção no país. considerar que é possível reverter o quadro, partindo de
Outro aspecto importante a se destacar é que a população informações estratégicas como essas que a Sobratema
de máquinas com até quatro anos está caindo, causando fornece ao mercado e o leitor pode conferir na síntese
o envelhecimento do parque nacional. Como, de maneira publicada pela primeira vez nas páginas de M&T.
inversa, a população de equipamentos com até dez anos é Boa leitura e Feliz Ano Novo.
crescente (a uma taxa estimada de 7% ao ano até 2019),
desenha-se uma provável retomada já a partir de 2016, Claudio Schmidt
quando deve começar a ser feita uma renovação dessas Presidente do Conselho Editorial

dezembro/janeiro - 2015 3

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expediente
EXPEDIENTE índice
índice

Associação Brasileira de Tecnologia


para Construção e Mineração
Conselho de Administração
Presidente:
Afonso Mamede (Odebrecht)
Vice-Presidentes:
Carlos Fugazzola Pimenta (Intech)
Eurimilson João Daniel (Escad)
Jader Fraga dos Santos (Ytaquiti)
Juan Manuel Altstadt (Herrenknecht)
Mário Humberto Marques (Consultor)
Mário Sussumu Hamaoka (Rolink)
Múcio Aurélio Pereira de Mattos (Entersa)
Octávio Carvalho Lacombe (Lequip)

12
Paulo Oscar Auler Neto (Odebrecht)
Silvimar Fernandes Reis (Galvão Engenharia)
Conselho Fiscal
Álvaro Marques Jr. (Atlas Copco) – Carlos Arasanz Loeches (Loeches) – Dionísio Covolo
Jr. (Metso) – Marcos Bardella (Brasif) – Permínio Alves Maia de Amorim Neto (Getefer) –
Rissaldo Laurenti Jr. (SW)
Diretoria Regional
Ameríco Renê Giannetti Neto (MG) (Barbosa Mello) – Gervásio Edson Magno (RJ / ES)
(Queiroz Galvão) – José Demes Diógenes (CE / PI / RN) (EIT) – José Érico Eloi Dantas (PE / PB)
(Odebrecht) – José Luiz P. Vicentini (BA / SE) (Terrabrás) – Luiz Carlos de Andrade Furtado (PR)
(Consultor) – Rui Toniolo (RS / SC) (Toniolo, Busnello)
ESTUDO DE MERCADO
Diretoria Técnica
Aércio Colombo (Auxter) – Afrânio Chueire (Volvo) – Agnaldo Lopes (Komatsu) – Ângelo
Cerutti Navarro (U&M) – Benito Francisco Bottino (Odebrecht) – Blás Bermudez Cabrera
Um ano difícil para o setor
(Serveng Civilsan) – Cláudio Afonso Schmidt (Odebrecht) – Davi Morais (Sotreq) – Edson Reis
Del Moro (Yamana) – Eduardo Martins de Oliveira (Santiago & Cintra) – Fernando Rodrigues
dos Santos (Ulma) – Giancarlo Rigon (BSM) – Gino Raniero Cucchiari (CNH) – Guilherme R. de
Oliveira Guimarães (Andrade Gutierrez) – Ivan Montenegro de Menezes (Vale) – Jorge Glória
(Comingersoll) – Laércio de Figueiredo Aguiar (Queiroz Galvão) – Luis Afonso D. Pasquotto

20
(Cummins) – Luiz A. Luvisário (Terex) – Luiz Gustavo R. de Magalhães Pereira (Tracbel) –
Marluz Renato Cariani (Iveco) – Maurício Briard (Loctrator) – Paulo Carvalho (Locabens)
– Paulo Esteves (Solaris) – Paulo Lancerotti (BMC Hyundai) – Pedro Luiz Giavina Bianchi CONTROLE DE EMISSÕES
(Camargo Corrêa) – Ramon Nunes Vazquez (Mills) – Raymond Bales (Caterpillar) – Ricardo
Lessa (Stetter) – Ricardo Pagliarini Zurita (Liebherr) – Roberto Leoncini (Scania) – Rodrigo
Konda (Odebrecht) – Roque Reis (CNH) – Sérgio Barrêto da Silva (Renco) – Valdemar Suguri
A vez dos equipamentos pesados
(Komatsu) – Wilson de Andrade Meister (Ivaí) – Yoshio Kawakami (Raiz)
Diretoria Executiva
Diretor Comercial: Hugo José Ribas Branco
Diretora de Comunicação e Marketing: Márcia Boscarato de Freitas
Assessoria Jurídica
Marcio Recco
Revista M&T – Conselho Editorial

26
Comitê Executivo: Claudio Afonso Schmidt (presidente) – Eurimilson Daniel –
Norwil Veloso – Paulo Oscar Auler Neto – Permínio Alves Maia de Amorim Neto –
Silvimar Fernandes Reis CONTROLE DE EMISSÕES
Membros: Adriana Paesman, Agnaldo Lopes, Benito F. Bottino, Cesar A. C. Schmidt,
Eduardo M. Oliveira, Gino R. Cucchiari, Lédio Vidotti, Leonilson Rossi, Luiz Carlos de A. Fabricantes adaptam-se às
Furtado, Mário Humberto Marques e Pedro Luiz Giavina Bianchi
Produção novas regras
Editor: Marcelo Januário
Jornalista: Melina Fogaça
Reportagem Especial: Rodrigo Conceição Santos
Revisão Técnica: Norwil Veloso
Gerente Comercial: Flávio Campos Ferrão
Publicidade: Diego Santos Batista, Edna Donaires,
Evandro Risério Muniz, Suelen de Moura e Suzana Scotini Callegas

36
Assistente Comercial: Renata Oliveira
Circulação: Julierme F. S. de Oliveira
Produção Gráfica: Diagrama Marketing Editorial
BAUMA CHINA
A Revista M&T - Manutenção & Tecnologia é uma publicação dedicada à tecnologia,
gerenciamento, manutenção e custos de equipamentos. As opiniões e comentários O passo do dragão
de seus colaboradores não refletem, necessariamente, as posições da diretoria da
SOBRATEMA.
Tiragem: 13.000 exemplares
Circulação: Brasil e América Latina
Periodicidade: mensal
Impressão: Duograf

Endereço para correspondência:


Av. Francisco Matarazzo, 404, cj. 401 – Água Branca
São Paulo (SP) – CEP 05001-000

48
Tel.: (55 11) 3662-4159 – Fax: (55 11) 3662-2192

LANÇAMENTO
Auditado por: Filiado à:
w w w. a n a t e c . o r g . b r
Asseio urbano
Latin America Media Partner:

4 REVISTA M&t

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revista
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nº 186
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50
r$ 15,00

EQUIPAMENTOS PORTUÁRIOS Capa: Uma pá carregadeira

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modelo 721E realiza manobra

Panorama
Logística de precisão

De um
circular sobre terreno arenoso

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(Foto: Case CE).
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nº186
- DeZem
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AnO RDAEMSAA DE UM

o - 2015
fiA DOR

56 FINANCIAMENTO
Dispo
para Down nível
loaD

Caminho das pedras

74
MINERAÇÃO
Reaproveitamento da água

62
TELEMETRIA impulsiona tecnologias
Gestão integrada cada
vez mais próxima

64 LEGISLAÇÃO
Polêmica à vista
77 A ERA DAS MÁQUINAS
O desenvolvimento das esteiras

80
MOMENTO EXPO

68
SEGURANÇA Investimento recorde
A redução de riscos e Cidades do futuro
nos canteiros

70 INSTITUCIONAL
Tendência irreversível 85 MANUTENÇÃO
Vida útil plena e produtiva

ENTREVISTA - LI QIANJIN

71 TORRES DE ILUMINAÇÃO
Luz nos canteiros 89 “A indústria chinesa pôs
fim ao monopólio no
mercado de equipamentos”

SEÇÕES
06 84
painel internacional 92 Compactos
& Ferramentas 96 Tabela de Custos 98 coluna do yoshio

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PAINEL
Sandvik lança
peneira modular dupla
Atualizando sua linha Premium de produtos, a Sandvik lan-
çou a nova peneira móvel QA441 Doublescreen, que possui
dois decks de peneiramento independentes (de 6 x 1,5 m)
e – segundo a fabricante – é ideal para produção de agrega-
dos em larga escala, além de aplicações de minério de ferro,
reciclagem, areia, cascalho e outras.

Deutz fecha parceria


com a Hitachi
A Deutz fechou parceria com a Hitachi Construction Machi-
nery, que passará a fabricar as carregadeiras de rodas ZW100
e ZW120 equipadas com motores TCD 3.6. O acordo vale para
os mercados japonês e norte-americano, informa a empresa.
Metso expande
capacidade de britador cônico
Apresentado como o maior britador cônico do mundo, o
modelo MP2500 entrará em operação neste início de ano na
mina Sentinel, na Zâmbia. Desenvolvido para atuar na brita-
gem secundária e terciária, o equipamento possui a maior
abertura de alimentação já obtida pela indústria, podendo
esmagar pedaços maiores de rochas, diz a Metso.

Liebherr introduz
novos modelos de dozers
A fabricante expandiu sua linha de dozers para o mercado
norte-americano com a inclusão de novas máquinas nas clas-
ses de 30 a 40 ton. Segundo a empresa, a principal inovação
dos modelos PR 746 e PR 756 Litronic é a estação de trabalho
remodelada, o que inclui aperfeiçoamento da visão da lâmina
por meio de diversas modificações no layout.

WEBNEWS
Filial Distribuição Aquisição Expansão Fábrica Escritório
Em parceria com a A John Deere Constru- Por US$ 220 mi- A Sumitomo Rubber A Kobelco Cons- A divisão Material
MLX Máquinas, a ção abriu sua primeira lhões, o Grupo Weir Industries anunciou truction Machinery Handling Machines
Sany inaugurou filial loja no estado do Rio Minerals adquiriu sua mais nova sede abriu as portas de do Grupo Mant-
em Contagem (MG), de Janeiro. Localizada a Trio Engineered na África do Sul, com sua nova fábrica em sinen expande as
em uma área de em Itaboraí, o esta- Products, fabrican- plano de investimen- Katy, no Texas. A suas operações
3.200 m² que inclui belecimento será filial te sino-americana to de aproximada- unidade atenderá na América Latina
estoque de peças do distribuidor Inova de equipamentos mente 100 milhões a clientes dos EUA, com a abertura de
e showroom de Máquinas. para britagem e de dólares. Canadá e América escritório de vendas
equipamentos. separação. Latina. em São Paulo.

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Empresa oferece ESPAÇO SOBRATEMA
serviço customizado
A SH traz ao mercado uma opção que GUIA SOBRATEMA
permite às construtoras contratarem pacotes Lançado no evento estratégico Ten-
de serviços para fôrmas de concreto, escora- dências no Mercado da Construção, o Guia
mentos e andaimes de acesso, de acordo com Sobratema de Equipamentos 2014-2016
conta com 1.556 equipamentos nacionais
o porte e a complexidade da obra. Os pacotes
e importados para escavação, carga,
contemplam projetos, assistência, treinamen- transporte, concretagem e pavimentação,
to, ART, certificação na NR-35 e gestão dos divididos em 33 famílias e 98 marcas.
equipamentos locados. Acesse em: www.guiasobratema.org.br

M&T EXPO
As principais empresas do setor já
confirmaram sua participação na M&T
Pneu de Expo 2015, que será realizada de 9 a 13
empilhadeiras ganha de junho, no São Paulo Expo Exhibition &
Convention Center. Além da exposição, a
novo padrão feira sediará um Congresso para debater
A Continental Specialty Tires (CST) os principais temas relacionados ao setor
apresenta o modelo compacto SC8 de equipamentos para construção, mine-
para manipulação de materiais, espe- ração e agricultura. Informações:
www.mtexpo.com.br
cialmente desenvolvido para o mer-
cado asiático. Apresentado como um
dos mais sólidos da marca, o modelo INTELIGÊNCIA
oferece padrão de profundidade extra
DE MERCADO
A Pesquisa Principais Investimentos em
de até 54,4 mm e garante tração em Infraestrutura no Brasil até 2019 compila
qualquer superfície. informações de 6.068 obras em andamen-
to, divididas em oito setores da economia,
por região e estado. O montante previsto
é de cerca de R$ 1,17 trilhão. Lançada
recentemente, a publicação pode ser
adquirida na Loja Sobratema:
Controle de tração reduz custos www.sobratema.org.br/LojaSobratema
A Meritor traz ao mercado uma nova solução destinada a caminhões com configura-
ção de eixos 6x4. Com capacidade de carga de 57 a 100 t, o eixo traçado tandem permi- CURSOS IN
te controlar a distribuição da tração entre o eixo anterior e posterior de acordo com a COMPANY
condição de operação do veículo, gerando economia de combustível de 3% a 6%. No último ano, o Instituto Opus promo-
veu uma série de cursos in company para
construtoras de todo o Brasil, incluindo
Andrade Gutierrez, Milplan, Odebrecht e
outras. Rigger, supervisor de rigging, sina-
leiro amarrador, operador de guindauto e
operador de ponte rolante e pórtico estão
entre os cursos ministrados. Informações:
www.sobratema.org.br/Opus

DEZEMBRO/janeiro - 2015 7

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PAINEL
Terex lança módulo
de peneiramento
A Terex Minerals Processing Systems (MPS) apresenta o
modelo MHS8203, a maior unidade modular de peneiramen-
to de seu portfólio. Segundo a empresa, o produto tem tela
de 1.438 x 6.096 mm e traz aperfeiçoamentos em relação à
logística, além de estrutura em aço galvanizado, incluindo
passarelas, escadas e guarda-corpos.
Linha de eixos
corta o deserto na Arábia
JCB apresenta Demonstrando robustez para operar em calor escaldante e
retroescavadeira compacta terreno arenoso, a linha de eixos MHD da Nicolas transportou
A fabricante traz ao país sua nova retroescavadeira com- um separador de líquidos de 252 ton de Al Jubail até uma re-
pacta de esteira 1CXT, uma das menores do mercado com finaria de gás em Khursaniyah, na Arábia Saudita. Na missão,
altura de 2,38 m e largura de 1,80 m. Equipada com engate o equipamento modular percorreu 100 km, sendo 30 km em
rápido, a máquina apresenta caçamba da carregadeira com pleno deserto.
capacidade de 0,36 m³, ou seja, 14% maior que a similar com
pneus, além de maior altura de carga, de 2,65 m.

PERSPECTIVA ERRATA
Primeiro foi a crise europeia e, depois, Diferentemente
do que afirma a
o câmbio desvalorizado que encareceu reportagem “Nível
o equipamento brasileiro nos últimos avançado” (edição
nº 185, de novem-
anos. O impacto que isso trouxe aos
bro), a Ammann
negócios é muito simples: no nosso caso, não produz solu-
chegamos a ter 20% do faturamento ções para micro-
pavimentação.
oriundo de exportações. Hoje, essa
O comentário da
representatividade é quase zero”, empresa refere-se
apenas às tecnolo-
destaca Marcos Cló, diretor comercial da CZM
gias mais usuais no
mercado.

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PAINEL
Sistema de segurança FEIRAS & EVENTOS
ganha prêmio
Vencedor do prêmio Leadership in Lifting Equip- JANEIRO
ment and Access Platforms (LLEAP), o Activ’Shield
Bar da Haulotte é uma barra dinâmica que provê BAU 2015
Trade Fair for Architecture, Materials, Systems
margem de segurança ao operador de PTA. A partir Data: 19 a 24/01
de 18º de inclinação, o sistema para a máquina e Local: Messe München International
Munique – Alemanha
emite sinais sonoros e luminosos, permitindo que o
operador escape do aprisionamento.
STONE EXPO 2015
International Exhibition for Mining, Processing,
Nova associação busca Treatment and Use of Natural Stone
Data: 20 a 23/01
estimular setor de rental Local: Mandalay Bay Convention Center
A Sobratema promoveu mais uma reunião preparató- Las Vegas – EUA
ria para a criação da Analoc (Associação Brasileira dos
INFRATECH
Sindicatos, Associações e Representantes dos Locadores Trade Fair for the Complete Ground, Water and
de Equipamentos, Máquinas e Ferramentas), que visa a Road Engineering
atuar para o desenvolvimento do segmento, incluindo o Data: 20 a 23/01
Local: Ahoy Rotterdam – Roterdã – Holanda
incentivo para a criação de novas entidades no país.
CONSTRUCTION AND ARCHITECTURE
Relatório mapeia projetos de infraestrutura Building Projects and Architectural Designs,
Elaborado pela consultoria CG-LA Infrastructure, o “Strategic Top 100” lista os 100 Equipment, Construction and Finishing Materials
Data: 20 a 23/01
maiores projetos em 47 países. Ao todo, nos próximos 18 meses são previstos US$ 406 Local: Siberia International Exhibition Business
bilhões em 10 setores, destacando-se rodovias e pontes (US$ 80,3 bi) e saneamento Centre – Krasnoyarsk – Rússia
(US$ 69,6 bi). Na América Latina, o bolo é de US$ 36 bi, em 19 projetos.
FEVEREIRO
WORLD OF CONCRETE 2015
Products, Equipment and Services
Data: 3 a 6/02
Local: Las Vegas Convention Center
Las Vegas – EUA

VITORIA STONE FAIR


39ª Feira Internacional do Mármore e Granito
Data: 3 a 6/02
Local: Parque de Exposições Floriano Varejão –
CONTRAPONTO Serra/ES

Países como Coreia e Índia passaram SCAFFOLDING & FORMWORK EXHIBITION


à nossa frente na formação de Industrial Construction Trade Fair
Data: 12 a 15/02
engenheiros, exalando tanto Local: İstanbul Expo Center – Istambul – Turquia

conhecimento que geram maior CIBEX EAST AFRICA


Construction, Infrastructure, Building, Energy
competitividade para as respectivas Data: 26 a 28/02
indústrias. Com o talento que temos, Local: Kenyatta International Conference Centre –
Nairóbi – Quênia
ainda não conseguimos isso e,
infelizmente, o trem passou”,
aponta Leandro Nilo de Moura, marketing
manager Latin America da Manitowoc

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Confiabilidade em Ação

Escavadeiras SDLG.
Sob medida para o deSenvolvimento do paíS.
Além de uma rede de distribuidores ampla, ágil e eficiente, agora a SDLG também conta com escavadeiras
produzidas no Brasil. Para marcar esse momento, as primeiras máquinas serão uma edição comemorativa.
E com as soluções financeiras exclusivas da SDLG Financial Services você pode adquirir a sua com
facilidade e muito mais vantagens. Esteja você em uma metrópole como Rio de Janeiro ou no interior do
país, as Escavadeiras SDLG são ideais para o seu negócio. E sob medida para um país cada vez maior.
Visite um distribuidor e conheça mais sobre a tecnologia na medida certa da SDLG.

www.sdlgla.com

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ESTUDO DE MERCADO

Um ano difícil
para o setor
Vendas na Linha Amarela recuam 12,7% em comparação a 2013, enquanto a queda geral foi de
6,1%, amortecida em parte pela recuperação no segmento de caminhões rodoviários
Por Brian Nicholson
LIEBHERR

12 REVISTA M&t

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A pós mais um ciclo de de-
safios, a pergunta que
não quer calar é se 2015
será melhor para o setor
da construção e, por consequência,
de equipamentos para construção.
Pode até vir a ser. Impossível não é,
VIÉS
Isso significaria que o mercado tem
uma visão mais ou menos equilibrada
em relação a 2015? Estatisticamente,
sim. Mas é importante observar que
um mercado dividido igualmente en-
tre empresas que esperam um ano
recente sondagem da Sobratema foi
conduzida nos meados de outubro, ou
seja, entre o primeiro e o segundo tur-
no da eleição presidencial. Quem res-
pondeu, portanto, não sabia quem se-
ria o próximo presidente. Da mesma
maneira, este texto foi escrito depois
uma vez que o ano inicia repleto de melhor, igual ou pior não é a mesma dos primeiros ajustes econômicos fei-
interrogações. coisa que um mercado em que to- tos após a reeleição da presidente Dil-
No entanto, o cenário mais provável das esperam um ano igual. Aritme- ma Rousseff, tanto na taxa Selic como
não é de melhoria. Até pelo contrário. ticamente, a opinião média pode ser no preço dos combustíveis, mas antes
A expectativa geral de quem fabrica, igual, nas duas situações. Porém, o de saber-se a identidade do próximo
importa, vende ou utiliza equipamen- mercado dividido indica um grau bem ministro da Fazenda ou ter-se qual-
tos de construção é de que neste ano maior de incerteza. Sugere, portanto, quer indicação mais concreta sobre
a demanda seja menor que em 2014, muito mais possibilidade de erro em as possíveis mudanças na política
ano em que a venda dos equipamen- qualquer previsão. econômica do país.
tos da Linha Amarela caiu em 12,7%, Nesse ponto, algumas ressalvas são
enquanto as vendas totais caíram em importantes. Primeiro, na questão de (DES)CONFIANÇA
6,1%, conforme o Estudo Sobratema expectativa de volume de negócios, Para tentar prever o comportamen-
do Mercado Brasileiro de Equipa- a sondagem detectou um nítido viés to do mercado em 2015, o ponto de
mentos para Construção 2014-2019, de porte. Empresas maiores – aqui partido necessário é entender o que,
lançado em novembro. Para a Linha definidas como as que possuem frota de fato, aconteceu durante o ano da
Amarela, especificamente, o ano de própria com mais de 100 equipamen- Copa, das eleições e de uma queda
2014 propiciou a segunda maior que- tos da Linha Amarela – estavam mais significativa nas vendas da maioria
da anual deste o início do Estudo So- pessimistas quanto a 2015, enquan- dos equipamentos.
bratema, em 2007. to o otimismo se concentrava muito Para tanto, convém voltar um pou-
Dentre os principais setores priva- mais entre as empresas com frota co no tempo. No último trimestre de
dos que compram equipamentos de própria com menos de 100 equipa- 2013, a Sobratema fechou seu Estudo
construção, ou seja, construtoras e mentos. Do mesmo modo, as empre- de Mercado daquele ano e apresentou
locadoras, há insegurança quanto ao sas maiores mostravam um viés sig- os resultados ao evento anual “Ten-
comportamento do mercado em 2015. nificativo no sentido de prever uma dências no Mercado da Construção”,
Na última sondagem feita pela Sobra- menor demanda de equipamentos em em São Paulo.
tema, o mercado mostrou-se bastante 2015, ao contrário das empresas me- Grosso modo, aos trancos e barran-
dividido a respeito do quê esperar para nores, nas quais o viés era exatamen- cos o mercado brasileiro completava
este ano. Conforme mostra o Gráfico te o contrário. mais um ano de vendas bastante in-
1 (pág. 14), em termos de volume de Obviamente, se o mercado como teressantes. Novas fábricas de gran-
negócios quase a metade das 35 em- um todo se mostra equilibrado entre des players internacionais estavam
presas ouvidas espera um ano igual ao otimistas e pessimistas – sendo que surgindo, sendo que o resultado do
de 2014, enquanto a outra metade se cada empresa recebe um peso unitá- Estudo confirmou o avanço: o cres-
divide mais ou menos igualmente en- rio, mas existe um nítido viés de pes- cimento nas vendas na Linha Ama-
tre otimistas e pessimistas. Já a Tabela simismo entre as maiores –, temos a rela foi de 13,1%. De fato, subiram
1 (pág. 15) evidencia que há incerteza probabilidade de demanda menor em as vendas de retroescavadeiras, pás
parecida quanto à demanda provável 2015. Seria mais uma razão para cau- carregadeiras, caminhões fora de
para equipamentos de construção em tela, frente a qualquer expectativa de estrada, rolos compactadores, mo-
2015, com as empresas se dividin- crescimento neste ano. toniveladoras e plataformas aéreas.
do igualmente entre demanda igual, Uma segunda ressalva é que a mais Também cresceram (embora menos
maior ou menor que em 2014.

dezembRO/janeiro - 2015 13

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ESTUDO DE MERCADO
GRÁFICO 1
que o esperado) as vendas de gru-
as, guindastes e telehandlers, en-
quanto caíram as de tratores de
esteira, escavadeiras hidráulicas
e minicarregadeiras. No geral, o
crescimento em 2013 de todos os
tipos de equipamento foi de 5,5%,
embora limitado pela queda na de-
manda de caminhões rodoviários
pelo setor de construção. Nada mal,
principalmente em um ano no qual
a economia brasileira conseguiu cres-
cer somente 2,3%.
Embora o crescimento brasileiro de nistro da Fazenda, Guido Mantega, do em 2014: uma queda de 3,3% na
2013 não fosse de nível “chinês”, era já falava de “um grande impulso no Linha Amarela, mas com crescimen-
bem melhor que o pífio “pibinho” de investimento a partir de 2014 que, to dos demais equipamentos, para
1% do ano anterior. Àquela altura, os diga-se de passagem, vai continuar um resultado final de crescimento de
ânimos também eram alimentados pelo menos por uma década”. 1,8%. Não era exatamente o que as
pelo crescimento da economia mais Mas nem todos compartilhavam empresas queriam ouvir, mas como
forte do que o previsto. Com isso, as deste otimismo. Quando os asso- o Estudo Sobratema essencialmente
manifestações de junho, aparente- ciados à Sobratema se reuniram em reflete a visão agregada das empre-
mente, estavam superadas. meados de novembro, o mercado – sas, não chegou a ser uma surpresa
Além disso, os estádios da Copa conforme o relatório Focus do Banco absoluta.
finalmente ficavam prontos. E o go- Central – já esperava crescimento em A partir de novembro, os ânimos
verno prometia, mais uma vez, des- 2014 ligeiramente acima de 2,1%. Ou no setor só pioraram, como pode ser
lanchar as concessões. Tudo isso seja, o mercado já esperava uma ligei- conferido nos Gráficos 2a e 2b (pág.
contribuía para um clima de otimis- ra desaceleração. 16). O primeiro mostra a queda mais
mo quanto a 2014. Em setembro, em Foi neste ambiente que a Sobratema ou menos constante na expectativa
entrevista ao jornal “O Globo”, o mi- anunciou sua previsão para o merca- do mercado quanto ao crescimento

Projeções são arriscadas EM UM ANO DE INCERTEZAS


Neste ano, o mais provável é que dificilmente haverá novas Amarela e de 5% no total de equipamentos) refletem não me-
compras de equipamentos pelo governo, visto que o gasto públi- ramente o feeling dos responsáveis, mas a expectativa do setor
co, como se supõe, deve sofrer forte restrição. Desse modo, sem como um todo.
o governo, a Linha Amarela já começa 2015 com déficit poten-
LIEBHERR

cial de 11,7%. Ou seja, as empresas privadas terão de aumentar


suas compras de equipamentos em 13,3% em 2015, para que o
mercado simplesmente empate com 2014. Outro ponto a levar
em consideração é a atual ociosidade na frota de equipamentos.
Na última sondagem da Sobratema, as construtoras e locadoras
teriam, em média, 24% das suas frotas paradas.
Não é nada catastrófico, mas indica que há um colchão a ser
absorvido. O fato é que, com tantas incertezas, chega a ser arris-
cado fazer uma previsão para o mercado em 2015. Mas o Estudo
Sobratema se apoia na visão agregada das empresas participan-
tes. Assim, as quedas previstas para 2015 (de 12,2% na Linha

14 REVISTA M&t

MT_186.indb 14 18/12/2014 10:40:24


TABELA 1
da economia no ano. Deslizou para 2% em janeiro, esta-
bilizou-se pouco acima de 1,5% até os meados do ano e,
depois da Copa, entrou quase em queda livre. Em outubro
de 2014, chegou ao nível abismático de 0,24%. Se alguém
insistir que, mesmo assim, o índice manteve-se positivo, é
bom lembrar que o Brasil conta com crescimento popula-
cional de 0,9% ao ano. Abaixo disso, portanto, sinaliza uma
queda no PIB per capita. fraestrutura sempre esteve bem abaixo da média do setor.
O Gráfico 2b (pág. 16) revela o comportamento da con- E, em ambos os casos, a confiança cai num ritmo que espe-
fiança do setor da construção, conforme medido men- lha a queda na expectativa geral para o PIB durante o ano.
salmente pelo Instituto Brasileiro de Economia (IBRE),
da Fundação Getúlio Vargas, numa amostra nacional de CONCESSÕES
700 empresas. As escalas temporais dos dois gráficos são Por que a confiança caiu tanto ao longo de 2014? Foram
iguais, para facilitar a comparação. A linha vermelha traça várias as razões. Uma das principais foi a incapacidade do
a confiança do setor como um todo, ao passo que a linha governo em deslanchar as concessões da maneira e com
amarela se refere especificamente às empresas envolvidas a velocidade prometidas. Em janeiro de 2014, o econo-
mais com a infraestrutura – construção de edifícios, obras mista e ex-ministro Antônio Delfim Netto ainda falava, em
de engenharia, edificações, obras viárias, obras de artes entrevista ao jornal “O Estado de S.Paulo”, que “o Brasil
especiais, obras de montagem, obras de infraestrutura deve crescer em 2014 um pouco mais do que 2013”. Para
para engenharia elétrica e telecomunicações e obras para justificar tal otimismo, ele citou, entre outras coisas, “uma
geração e distribuição de energia elétrica. A confiança de- compreensão do governo de que é preciso transferir para o
cresce de forma parecida em todos os grupos, mas em in- setor privado as obras de infraestrutura em forma de PPP

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DCML: Amapá – Maranhão – Pará PROBELT: Distrito Federal – Goiás – Tocantins TEC ROCK NORDESTE: Alagoas – Ceará – Paraíba
marketing@dcml.com.br probelt@uol.com.br Pernambuco – Rio Grande do Norte
(91) 3073-2700 (62) 3204-2477 tecrocknordeste@tecrocknordeste.com.br
(81) 3040-6295
GETEFER: Mato Grosso – Mato Grosso do Sul
Paraná – São Paulo ROCK BRIT: Minas Gerais – Rio de Janeiro TECDRAULICA: Rio Grande do Sul – Santa Catarina
getefer@getefer.com.br vendas@rockbrit.com.br sandvik@tecdraulica.com.br
(11) 5666-1795 (31) 3393-4240 (48) 3462-2525

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MT_186.indb 15 18/12/2014 10:40:25


ESTUDO DE MERCADO
GRÁFICO 2
(Parceria Público-Privada) ou con-
cessão”.
Mas, infelizmente, aquela “compre-
ensão” não se traduziu em ação. Hou-
ve, sim, algum avanço na área das
rodovias. Após assinar um contrato
de concessão em 2013, para a BR-
050 em Goiás e Minas Gerais, foram
firmados mais cinco em 2014, com
investimentos previstos que totali-
zaram R$ 29,7 bilhões ao longo de
vários anos. Mas outras concessões
prometidas ficaram no processo de
“elaboração de estudos”. Nas con-
cessões ferroviárias, que seriam po-
tencialmente grandes demandantes
de serviços de construção e, por ta-
estruturar um contrato de longo rações etc.?
bela, de equipamentos, nada saiu do
prazo que garanta retorno adequa- Há uma aceitação geral de que os
papel. Ficaram todas para 2015, na
do ao investidor, numa atividade em grandes benefícios do transporte fer-
melhor das hipóteses.
que a tarifa econômica e social mais roviário de carga para a sociedade
O problema das concessões ferro-
viável dificilmente vai cobrir o cus- justificam subsídios, mas é complica-
viárias é complexo, mas pode ser re-
to real, contando capital, juros, ope- do estruturar isso para 35 anos numa
sumido na seguinte questão: como
maneira que ofereça segurança ao in-
vestidor, sem riscos de onerar demais
Crescimento anual é de 8,1% desde 2007 os cofres públicos. Desse modo, ainda
Frente à desaceleração atual, é conveniente observar que desde 2007 o mercado de equi- não há certeza de que o governo des-
pamentos registra uma taxa composta de crescimento anual (CAGR) de 8,1% na conta- cobriu um modelo aceitável e factível
gem geral e 10,3% na Linha Amarela. Do mesmo modo, a expectativa é que o setor volte para atrair o investimento necessário
a crescer a partir de 2016. Segundo o economista Rubens Sawaya, responsável pela pro- nas ferrovias – foram previstos R$
jeção econômica de longo prazo do Estudo Sobratema, a previsão é de que a CAGR seja 91 bilhões ao longo da vida das con-
de 8,1% no período 2016-2019. Caso se concretize, isso cessões. Também nos portos, os pla-
levará a Linha Amarela para mais de 35 mil máquinas no nos do governo de atrair algo como
país – acima de seu marco histórico de 2013. 54 bilhões de reais de investimentos
privados em portos públicos e termi-
nais privados vêm sofrendo repetidos
atrasos. Há esperança de progresso
em 2015, mas a experiência recente
sugere cautela.
Em vários momentos, desde o
anúncio do programa nacional de
concessões em 2012, a Sobratema
solicitou as opiniões das empresas do
setor quanto ao seu provável impac-
to. Inicialmente, as expectativas eram
grandes. Em outubro daquele mesmo
ano, dois terços das empresas ouvi-

16 REVISTA M&t

MT_186.indb 16 18/12/2014 10:40:26


das esperavam um grande impacto frota relativamente nova e extensa Em agosto, frente a todas as evidên-
nos seus próprios negócios. Hoje, três destes equipamentos. cias de que não foi bem assim, Man-
em cada quatro descartam qualquer O impacto econômico geral da Copa tega culpou a redução da produção
impacto maior das concessões em também foi bastante aquém das es- industrial durante o evento esportivo
seus negócios. peranças, pelo menos de alguns. Em como um dos fatores responsáveis.
Não foi muito diferente com a Copa abril de 2013, por exemplo, o econo-
do Mundo. No início, houve bastante mista da MB Associados, José Roberto DISTORÇÃO
entusiasmo no setor quanto à pos- Mendonça de Barros, arriscou que o Em 2014, a única possibilidade que
sibilidade aberta pela Copa e pelas Brasil poderia crescer 3% em 2013 e restava para salvar o ano seriam os
Olimpíadas de 2016, cujas obras de mais ainda – 3,5% – em 2014, em boa investimentos e as compras diretas
mobilidade urbana em tese criariam parte por causa dos investimentos do governo. As obras do Programa de
uma demanda volumosa. E, de fato, públicos, muitos dos quais ligados às Aceleração do Crescimento prosse-
várias empresas trabalharam na eleições e à Copa. Ainda em maio de guiram normalmente, mas para quem
construção dos estádios e nas obras 2014, o ministro Guido Mantega, fa- atua com equipamentos de constru-
de melhorias urbanas. Mas o impac- lando do desempenho decepcionante ção o impacto mais visível veio pelas
to foi restrito e não se espalhou pelo do PIB no primeiro trimestre do ano, compras diretas do governo, por meio
setor. Equipamentos de içamento, por chegou a dizer que “a Copa do Mundo do Ministério do Desenvolvimento
exemplo, foram bastante requisitados deve ajudar a melhorar a economia Agrário (MDA). Ao longo de quatro
na construção dos estádios, mas tra- do país”, e que “o resultado do PIB anos, de 2011 a 2014, mas principal-
ta-se de uma fase que passou rapida- no segundo trimestre provavelmente mente em 2013 e 2014, o MDA com-
mente e que deixa como legado uma será melhor que no primeiro”. prou nada menos que 18.041 unida-

MT_186.indb 17 18/12/2014 10:40:28


ESTUDO DE MERCADO
des de equipamentos, divididas entre o programa terminou em 2 de julho das por tipo, com e sem as compras
retroescavadeiras, motoniveladoras, – três dias antes do prazo limite es- públicas, bem como uma sondagem
pás carregadeiras, caminhões bascu- tipulado, na lei eleitoral, para a inau- de construtoras e locadoras, levou a
lantes 6x4 e caminhões pipa. guração de obras públicas e a trans- uma revisão para baixo da previsão
Efetivamente, os equipamentos fo- ferência não-obrigatória de recursos da Sobratema para 2014, anunciada
ram doados a municípios menores federais aos municípios. A concentra- em Congresso da entidade realizado
para ajudá-los a implementar peque- ção das entregas no primeiro semes- em junho. Essa revisão qualitativa ex-
nas obras contra a seca e facilitar o es- tre do ano criou uma distorção sensí- pressava uma queda na Linha Amare-
coamento da safra familiar com a me- vel no fluxo de produção das fábricas la de -3,3% a -10% nas vendas.
lhoria das estradas vicinais. Ao todo, envolvidas e nas estatísticas do setor. Como pode ser visto no Gráfico 3
foram beneficiados 5.061 municípios Pelos dados da Associação Brasileira (pág. 19), o efeito das compras públi-
de pequeno porte, que correspondem de Máquinas e Equipamentos (Abi- cas foi significativo nos três tipos de
a 91% do total nacional, com 83% maq), as vendas de equipamentos da equipamentos favorecidos pelo MDA.
da população nacional. As licitações Linha Amarela no mercado brasileiro Das 11.500 retroescavadeiras vendidas
para os equipamentos de movimenta- no primeiro quadrimestre de 2014 se no Brasil em 2013, 33% foram para o
ção de terra incluíam treinamento de encontravam 12,5% acima do mesmo MDA. No caso das motoniveladoras, as
operadores locais e manutenção pelo período de 2013, fato que levou inclu- compras oficiais chegaram a represen-
fornecedor durante dois anos. sive a questionamentos das projeções tar um market share de 62% de todas
Em 2014, todas as entregas aconte- de queda no mercado. as vendas em 2013, caindo um pouco
ceram no primeiro semestre do ano e Mas uma simples análise das ven- em 2014, mas mesmo assim constituin-
do mais da metade do total.

Guia renova conceito editorial Também é instrutivo comparar as


compras do governo em 2013 e 2014
Com mudanças editoriais importantes, a 8º edição do Guia Sobratema de Equipamen- com a média das vendas nos dois
tos 2014-2016 atualiza uma das mais importantes fontes de consulta técnica do setor anos anteriores, indicada no Gráfico 3
de equipamentos. Lançada no final de 2014, a publicação enfoca equipamentos e solu- pelas linhas pretas. Para retroescava-
ções para as áreas de escavação, carga, transporte, concreto e pavimentação, reunindo deiras, as vendas no “mercado comer-
informações técnicas detalhadas de 1.574 equipamentos produzidos por 100 marcas cial” – ou seja, aquelas que não foram
mundiais e distribuídos em 33 diferentes famílias. para o MDA – em 2013 e 2014 ficaram
Lançado durante o evento “Tendências no Mercado da Construção”, realizado em bem abaixo da média das vendas nos
novembro em São Paulo (SP), o Guia ganha um aporte importante ao incorporar verbe- dois anos anteriores. No caso das pás
tes sobre nomenclaturas, siglas, terminologias, definições, normas, dimensionamentos, carregadeiras, as vendas “comerciais”
conversões e desenhos técnicos (na versão eletrônica). No site, também foram realizadas ficaram mais ou menos empatadas
mudanças, incluindo nova disposição gráfica e inserção de um tutorial. Já no conteúdo com a média anterior, enquanto as
descritivo, o Guia passa a informar o preço-base de referência dos equipamentos (quan- das motoniveladoras ficaram abaixo
do fornecido pelo fabricante), facilitando a avaliação técnica e comercial das diferentes da média em 2013 e acima em 2014,
opções de mercado. mais ou menos empatadas ao se com-
FABIO TIERI

E, segundo a Sobratema, as mudanças parar a média de 2013 e 2014 com a


devem ser mantidas nos trabalhos futu- média dos dois anos anteriores.
ros. “Na próxima edição, o Guia volta a A conclusão é que, sem o governo,
abordar equipamentos para manuseio as vendas de retroescavadeiras te-
de cargas, transporte vertical e trabalho riam caído em 2013 e novamente em
em altura”, afirma o engenheiro Norwil 2014, enquanto as vendas de pás car-
Veloso, coordenador do Guia e membro regadeiras e motoniveladoras seriam
do conselho editorial de M&T. “Já em basicamente iguais às dos anos ante-
termos editoriais, basicamente seguirá o riores. Isso supondo que 100% das
mesmo conceito atual.” vendas para o MDA eram “adicionais”,

18 REVISTA M&t

MT_186.indb 18 18/12/2014 10:40:29


GRÁFICO 3
os 3.422 equipamentos comprados
pelo MDA em 2014 e os 6.844 no
ano anterior, em vez de cair 12,7% a
Linha Amarela teria caído somente
3,1% em 2014. Assim, se em 2013
a presença do governo escondeu a
fraqueza do mercado, em 2014 ela
a exacerbou.
Finalmente, enquanto algumas fa-
bricantes vencedoras de licitações
reclamaram das margens estreitas
impostas pelos processos do MDA, no
final das contas é relevante observar
que o governo injetou R$ 4,93 bilhões
no setor.
sem qualquer tendência de substituir meiro, como teria sido o mercado Juntando tudo – a saber, a queda
vendas que, de outra maneira, teriam em 2013 e 2014 sem a presença do do ritmo da economia, a erosão de
acontecido para o setor privado. Ao governo? Pelos dados do Estudo So- confiança no setor de construção,
menos teoricamente, a prefeitura que bratema, as vendas totais da Linha a lentidão nas concessões e o fim
ganha equipamentos para realizar Amarela no Brasil avançaram em do programa de compras do gover-
pequenas obras por conta própria vai 3.950 unidades em 2013, ano em no federal –, chegamos ao final de
deixar de contratar serviços do se- que o MDA absorveu 6.844 equipa- 2014 com um mercado estimado
tor privado e, assim, o programa do mentos. Portanto (e desde que acei- pelo Estudo Sobratema em 29.185
MDA teria reprimido a demanda das temos como válida a hipótese de que equipamentos na Linha Amarela e
empresas por esses equipamentos. 100% das vendas para o MDA eram 67.715 na definição maior, que in-
Se tal fenômeno aconteceu na práti- adicionais, sem substituir vendas clui compressores portáteis, gru-
ca, é difícil dizer. Certamente, houve que, de outra maneira, teriam acon- as, guindastes, plataformas aére-
relatos de pequenas locadoras no tecidas para o setor comercial), po- as e manipuladores telescópicos,
interior do Nordeste que teriam so- demos inferir que, sem a presença além de uma estimativa de trato-
frido com a perda de negócios. Isso do governo no mercado, as vendas res agrícolas e caminhões rodovi-
sugere que os equipamentos doados totais da Linha Amarela em 2013 te- ários demandados pelo setor de
podem vir a diminuir a demanda “co- riam movimentado 2.894 unidades construção. Isso significa a queda
mercial” nas regiões mais atendidas abaixo do nível de 2012. Ou seja, citada de 12,7% na Linha Amarela
nos próximos anos. sem o governo, a Linha Amarela te- em comparação a 2013, enquanto
Algumas observações finais sobre ria caído 9,8% em 2013, em vez de no bolo total a queda foi de 6,1%,
as compras do governo federal. Pri- crescer 13,3%. Por outro lado, sem amortecida por uma recuperação
nos caminhões rodoviários, que
Compras do governo alavancaram a indústria de equipamentos, mas também distorceram a percepção do mercado
têm peso numérico grande no re-
DAVID ALVES

sultado.

*Brian Nicholson é coordenador do Estudo


Sobratema do Mercado Brasileiro de Equi-
pamentos para Construção.

Saiba mais:
Estudo Sobratema: www.sobratema.org.br/EstudoSobratema
Guia Sobratema: www.guiasobratema.org.br
Pesquisa Sobratema: www.sobratema.org.br/Pesquisa

dezembRO/janeiro - 2015 19

MT_186.indb 19 18/12/2014 10:40:30


CONTROLE DE EMISSÕES

CATERPILLAR

20 REVISTA M&t

MT_186.indb 20 18/12/2014 10:40:33


pesados
A vez dos equipamentos
Como ocorreu com automóveis e caminhões há alguns anos, a partir de 2015 a emissão
de poluentes por equipamentos fora de estrada passa a ser controlada pelo Proconve

O
Por Thomas Tjabbes

Brasil está prestes a se nos moldes de todas as homologações pelo Proconve-7, que inclui motores
tornar o primeiro país do Proconve antes direcionadas ape- com até 100 unidades vendidas ao
latino-americano a ter nas a veículos rodoviários, como au- ano. Mas para os equipamentos fora
uma legislação para tomóveis e caminhões. No caso dos de estrada, em razão do volume ainda
controle de emissão de poluentes e equipamentos fora de estrada, como menor de vendas e maior variedade
ruídos para equipamentos fora de es- a maioria dos fabricantes é de origem de propulsores, esse número cai para
trada. Isso porque, a partir de 1º de estrangeira e, portanto, já está habi- 50 unidades ao ano.
janeiro de 2015, todos os equipamen- tuada com tecnologias de motoriza-
tos novos – sejam nacionais ou im- ção que atendem aos padrões Tier e MUDANÇAS
portados – devem obrigatoriamente Euro Stage em estágios avançados, a Conforme determinação do Co-
atender aos níveis estipulados na pri- transferência para o Brasil tende a ser nama, a implantação do Mar-1 será
meira fase do Programa de Controle mais natural e pouco traumática. realizada em etapas, aplicadas para
de Poluição do Ar por Veículos Auto- Ainda para os importados, também grupos de motores e tipos de opera-
motores para Máquinas Agrícolas e estão previstas algumas facilidades ção. Para 2015, a resolução estabele-
Rodoviárias (Proconve/Mar-I). A me- para o futuro, como a aceitação de ce limites para motores de nova con-
dida segue as diretrizes estipuladas motores já validados internacional- figuração e aplicação rodoviária, com
na resolução Conama 433, publicada mente pelos padrões europeu ou potência de 37 a 560 kW, definindo
em julho de 2011 pelo Conselho Na- norte-americano. A medida será apli- os valores máximos na emissão de
cional do Meio Ambiente, seguindo o cada a motores com baixo volume de monóxido de carbônico (CO), hidro-
mesmo padrão de controle adotado vendas no Brasil e terá sistemática se- carbonetos (HC), óxido de nitrogênio
por suas similares norte-americana melhante à aplicada para caminhões (NOx) e material particulado (MP).
(EPA Tier III) e europeia (Euro Stage
IIIA).
Segundo o Conama, os equipamen-
tos serão homologados pelo Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Re-
cursos Naturais Renováveis (Ibama),

dezembRO/janeiro - 2015 21

MT_186.indb 21 18/12/2014 10:40:35


CONTROLE DE EMISSÕES
O Conama classifica como equi-

REPRODUÇÃO
pamento rodoviário as “máquinas
autopropelidas de rodas, esteiras ou
pernas, que possuem equipamentos
ou acessórios projetados, principal-
mente para realizar operações de
abertura de valas, escavação, carre-
gamento, transporte, dispersão ou
compactação de terra e materiais si-
Desde 1º de janeiro, equipamentos fora de estrada devem atender às resoluções do Proconve/Mar-I
milares”. Portanto, nesse rol, entram
as escavadeiras hidráulicas, tratores Os limites para emissão de poluentes
com lâmina, pás carregadeiras, mo- Potência P CO² HC + Nox MP
toniveladoras, retroescavadeiras e (kW*) (g/kWh) (g/kWh) (g/kWh)
rolos compactadores. 130 ≤ P ≤ 560 3,5 4 0,2
Em janeiro de 2017, as exigências 75 ≤ P < 130 5 4 0,3
se estendem a todas as faixas de mo- 37 ≤ P < 75 5 4,7 0,4
tores (a partir de 19 kW) e configura- 19 ≤ P < 37 5,5 7,5 0,6
*Potência máxima de acordo com a Norma ISO 14396:2002, que a critério do Ibama poderá adotar norma ABNT equivalente.
ções já vendidos no Brasil, de acordo Inclui máquinas rodoviárias e agrícolas.
com a tabela apresentada pela reso-
lução. Para equipamentos de terra- Proconve/Mar-1 exigirá as reduções automóveis e caminhões nos Estados
plenagem com potência entre 130 e em motores de, no mínimo, 75 kW. Unidos e Europa, o Mar-II terá redu-
560 kW, por exemplo, os motores não Para os motores de menor potência ções significativas nas emissões de
poderão emitir mais de 3,5 gramas de em equipamentos agrícolas (de 19 material particulado e NOx.
CO2 e 0,2 gramas de material particu- até 75 kW), a medida valerá apenas a Na passagem do Tier III para o Tier
lado por kWh. Para HC e NOx, o limite partir de 2019. IV, que teve início em 2011, houve re-
fica abaixo de 4 g/kWh (confira tabe- dução de 90% na emissão de material
la ao lado). particulado e 45% na de NOx. Com a
Já no setor agrícola, as máquinas SEGUNDA FASE implementação final da medida nor-
para preparo de solo, plantio e co- Apesar da corrida legislativa para
te-americana, que entrou em vigor
lheita também entram na resolução. acompanhar pari passu as normas
em 2014, houve novo corte de 45%
Nessa definição, podem ser incluídas Tier e Euro, que já se encontram em
de NOx, praticamente eliminando a
colheitadeiras, tratores agrícolas, cei- níveis muito mais rígidos, ainda não
emissão desses dois poluentes.
fadoras e enfardadeiras, entre outras. há uma definição sobre a segunda
Para alcançar esses níveis de efici-
Para essas máquinas, a mudança virá fase do Proconve/Mar-I. Todavia, se
ência, os motores a diesel podem ser
principalmente em 2017, quando o o processo seguir o que ocorreu com
equipados com dois tipos de tecnolo-
gias, que já são utilizadas inclusive em
Limites para emissão de ruídos caminhões brasileiros desde 2013,
Tipo de máquina Nível de potência sonora [em dB(A)/1pW] atendendo ao Proconve P7. Um deles,
Tratores de esteiras com lâmina, pás carregadeiras o sistema de Recirculação dos Gases
de esteiras, retroescavadeiras de esteiras 106
de Exaustão (RGE), permite que parte
Tratores com lâmina de rodas, pás carregadeiras dos gases liberados na exaustão seja
de rodas, retroescavadeiras de rodas, motonivela- 104 reutilizada na admissão. “Com isso,
doras, rolos compactadores não vibratórios
além da redução de poluentes lança-
Rolos compactadores vibratórios 109 dos ao ar, há também redução da tem-
peratura de combustão, diminuindo
Escavadeiras 96 principalmente as taxas de formação
*Máquinas rodoviárias.

22 REVISTA M&t

MT_186.indb 22 18/12/2014 10:40:36


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MT_186.indb 23 18/12/2014 10:40:41


CONTROLE DE EMISSÕES

REPRODUÇÃO
de NOx e material particulado”, afir-
ma Guilherme Ferreira, gerente de
produto da LiuGong Latin America.
Já o sistema de Redução Catalítica
Seletiva (SCR) é uma tecnologia seme-
lhante, que eleva a eficiência da com- Há tempos, fabricantes globais já utilizam
tecnologia mais limpa no exterior
bustão ao utilizar um catalisador e uma
solução composta por ureia (Arla 32), ser armazenado em tanque próprio e senta 10 partículas por milhão (ppm)
ativando reações químicas que redu- não deve ser misturado ao óleo die- de enxofre na composição. Hoje, os
zem as emissões de NOx. “Contudo, sel. Segundo especialistas, há atual- equipamentos pesados ainda podem
para aplicá-la em equipamentos pesa- mente uma grande disponibilidade utilizar, por regulamentação da ANP,
dos precisamos melhorar a qualidade do agente Arla 32 no país, que possui o diesel S-500, com 500 ppm de en-
do combustível distribuído no país”, uma rede de distribuição crescente. xofre. Apesar de ser considerado um
afirma Odirlei Ducatti, engenheiro es- Mas, como cita Ducatti, a qualidade contaminante proveniente dos deri-
pecialista sênior da Caterpillar. do combustível é primordial para que vados de petróleo, o enxofre tem teor
O Agente Redutor Líquido Automo- essas tecnologias funcionem bem, controlado para evitar a formação de
tivo, ou Arla, é uma solução aquosa à precisando apresentar teores cada produtos corrosivos no tanque, como
base de 32% de ureia e o restante de vez menores de enxofre. É o caso do vapor de água, além de aumentar a
água desmineralizada. O agente deve diesel S-10 para caminhões, que apre- lubricidade.

24 REVISTA M&t

MT_186.indb 24 18/12/2014 10:40:43


ABNT também normatiza emissões Apesar da comparação com outros
programas do Proconve, o caminho a
Em paralelo à resolução do Conama, outro procedimento para normatizar a emissão
ser trilhado pelo Ibama em direção
de poluentes e ruídos tem movimentado o mercado. A norma NBR/ISO 8178, da Asso-
ao Mar-II ainda permanece um mis-
ciação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), de março de 2012, definiu procedimentos
tério. Segundo Ducatti, apenas quan-
para medir os gases de exaustão nos equipamentos fora de estrada, sendo uma das
do a última etapa da primeira fase for
responsáveis pela operacionalização técnica da Resolução 433. Além do Ibama e outras
finalizada (em 2019) é que os desdo-
entidades públicas, a elaboração contou com as principais fabricantes presentes no país
bramentos serão conhecidos. “Ainda
à época, bem como com entidades privadas que representam o setor.
assim, estamos à frente na América
Para a emissão de ruídos, o Conama também prevê limites para serem aplicados a par-
Latina como o primeiro país da re-
tir de janeiro de 2015, estabelecendo níveis mínimos de potência sonora entre 96 e 109
gião a implementar normas para re-
dB(A)/1pW. Ou seja, o nível de potência sonora em decibel não deve exceder a relação
duzir as emissões de equipamentos
com potência líquida instalada em kW. Tal medida é válida apenas para equipamentos
pesados”, diz ele. “Além do Brasil, o
rodoviários com potência instalada inferior a 500 kW, que são os equipamentos mais
Chile tem demonstrado interesse
comuns em centros urbanos, onde os ruídos incomodam mais.
em criar uma regulamentação equi-
Essas medições, incluindo os equipamentos, locais e métodos de ensaio, devem seguir
valente à brasileira, mas caminha a
as diretrizes da NBR/NM/ISO 6395, cabendo ao Ibama estabelecer os procedimentos
passos lentos.”
complementares necessários. Além disso, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE)
também definiu – por meio da NR-15 – o tempo máximo de exposição diária de traba-
lhadores para cada nível de ruído. Esses níveis podem chegar a, no máximo, 115 dB(A), Saiba mais:
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exceto para ruídos de impacto, com o uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI) Conama: www.mma.gov.br/conama
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MT_186.indb 25 18/12/2014 10:40:45


CONTROLE DE EMISSÕES

Fabricantes adaptam-se
às novas regras

CATERPILLAR
Com boa parte dos motores já preparada para o Tier III, empresas focam em volume e

E
desenvolvimento para reduzir o impacto no preço e disponibilidade das máquinas
nquanto o mercado se folga – das exigências do Mar-I. Se- ao Proconve/Mar-I, prevendo a re-
prepara para atender às gundo Gabriel Freitas, especialista de gularização do restante até 2017, de
requisições do Mar-I, a produto da empresa na América Lati- acordo com a tabela progressiva do
principal questão debati- na, o grupo CNH Industrial (que con- Conama. “A nossa frota está atuali-
da nessa primeira etapa do programa trola as marcas Case e New Holland) zada há algum tempo, pois nos man-
recai sobre disponibilidade, preço e já investiu 30,5 milhões de reais na temos alinhados às exigências inter-
vendas dos equipamentos. Afinal, em adequação das linhas de produtos às nacionais”, explica Odirlei Ducatti,
termos tecnológicos, a transição já regras definidas pelo Mar-I. Com esse engenheiro especialista sênior da
não representa um grande problema aporte, a New Holland Construction Caterpillar e coordenador do grupo
para os fabricantes. afirma já possuir 80% das máquinas da comissão técnica da ABNT/CB-5,
Nas projeções da Case CE, por saindo de fábrica com o Tier III, de- responsável pela definição da NBR/
exemplo, aproximadamente 75% do vendo totalizar a produção neste pa- ISO 8178.
portfólio brasileiro de equipamentos drão no decorrer deste ano. Para Marcos Rocha, gerente de
já saem de fábrica equipados com O mesmo caso ocorre com a Ca- produto da New Holland Construc-
motores Tier III, uma classificação terpillar, que já possui em torno de tion, exigências semelhantes às
que garante o cumprimento – com 90% dos equipamentos adequados do Tier III já são de conhecimento

26 REVISTA M&t

MT_186.indb 26 18/12/2014 10:40:48


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CONTROLE DE EMISSÕES

FPT
do mercado de construção há um
bom tempo e, portanto, não repre-
sentam novidade para as empresas
com presença global. Em razão dis-
so, ele acredita que o mercado de
máquinas fabricadas no Brasil terá
um provável aumento nas vendas,
devido principalmente ao padrão
elevado obtido. “Além da questão
ambiental, o resultado dessa norma
também será de frear a importação
de máquinas sem qualidade, como
acontece com muitas chinesas”, diz.
No entanto, a fabricante de equi- Mercado brasileiro já é majoritariamente provido
por equipamentos com motores Tier III, com
pamentos fora de estrada LiuGong tecnologia adequada às novas regras para emissões
defende que a tecnologia também já
está avançada em muitos fabrican- maior deles é equalizar uma quanti- sim como ocorreu em 2012 com a
tes chineses de grande porte. Além dade elevada de atividades simultâ- chegada do Proconve-7 para cami-
das máquinas comercializadas que neas na fábrica, devido ao volume de nhões, a empresa não descarta uma
já atendem ao Tier III, o restante dos motores envolvidos. “Por conta disso, possível antecipação de compras no
modelos não certificados dessas mar- estamos nos preocupando em garan- final do ano, o que ainda não é pos-
cas seguirá um plano de migração tir o mínimo aumento nos custos e, sível aferir e poderia gerar um im-
para atender aos requisitos do Mar-I ao mesmo tempo, alcançar o menor pacto nas vendas em 2015. “Apesar
até 2016, também em consonância impacto possível na arquitetura do disso, com o trabalho que tivemos
com a tabela de referência. veículo”, afirma o especialista da fa- na adequação tecnológica dos mo-
bricante de motores fora de estrada tores e na minimização dos custos,
do grupo CNH. os possíveis incrementos no preço
DESAFIOS O diretor também explica que, as- final não ficarão altos e deverão ser
Porém, apesar das facilidades trazi-
das com a transferência de tecnologia
estrangeira, restam alguns desafios a
serem vencidos. De acordo com Ale-
xandre Xavier, diretor de engenharia
da FPT Industrial na América Latina, o

VOLVO CE

Graças ao elevado padrão obtido, norma deve


aumentar o mercado de máquinas fabricadas no Brasil

28 REVISTA M&t

MT_186.indb 28 18/12/2014 10:40:53


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MT_186.indb 31 18/12/2014 10:41:01
CONTROLE DE EMISSÕES
absorvidos pelos clientes sem difi-
culdade”, avalia Xavier.
Validação de motores custará caro
A Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) é a responsável
Para Ducatti, a maior preocupação
técnica pelas avaliações do Proconve. Cabe a ela, portanto, garantir que todos os
é justamente com o chamado “esto-
procedimentos sejam realizados de acordo com as diretrizes da Resolução Conama
que de passagem”, que são os equi-
433/11, além do acompanhamento das eventuais modificações em componentes que
pamentos já produzidos e que não
possam alterar os níveis de emissão durante a produção do equipamento.
atendem aos requisitos do Mar-I.
Desse modo, a Cetesb faz o reconhecimento técnico dos laboratórios de testes
Segundo ele, por decisão do Ibama,
e ensaios onde se verificam os equipamentos e processos de avaliação utilizados,
em 2015 os fabricantes terão três
obedecendo à norma NBR/ISO 8178, que especifica os ciclos de ensaio para medição
meses de tolerância para vendê-los.
e avaliação das emissões de exaustão gasosa e de material particulado de motores
Mas, também por regulamento, ape-
alternativos de combustão interna.
nas 30% do volume vendido poderão
Com o motor conectado a um dinamômetro, os ciclos são medidos em regime constante
ser comercializados no primeiro tri-
para diferentes aplicações. Para obter resultados fiéis, a Cetesb adverte que os laborató-
mestre sem os requisitos do Mar-I.
rios deverão estar atentos às calibrações dos equipamentos, que precisam estar de acordo
“Nesse sentido, as máquinas que não
com a Rede Brasileira de Calibração (RBC), do Inmetro. A resolução também define que
puderem ser comercializadas preci-
o combustível de referência a ser utilizado nos ensaios da fase Mar-I será regulamentado
sarão receber as adequações, o que
pela Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP).
é praticamente uma volta à linha de
Contudo, a preocupação dos fabricantes e importadores está na agilidade das ava-
montagem”, questiona o especialis-
liações, para evitar os pátios cheios de equipamentos à espera de crivo. Para mitigar
ta da Caterpillar. “É preciso ter um
essa dúvida, a Cetesb pede que haja um planejamento por parte dos interessados,
prazo maior para esse tipo de equi-
evitando solicitar o ensaio na última hora. “Se houver esse planejamento, haverá
pamento, que não possui os mesmos
tempo suficiente para homologar todos os motores e todas as máquinas. Portanto,
números de venda dos caminhões.”
não são esperadas filas”, explica a entidade pública. Os pedidos são realizados no
No caso das máquinas agrícolas, ele
sistema Infoserv, disponível no portal online do Ibama.
acredita que as vendas poderão so-
Segundo a Cetesb, somente os novos lançamentos de máquinas devem obter a
frer maior impacto nas etapas finais
Licença para Uso da Configuração de Veículo ou Motor (LCVM) ao longo de 2015 e
Principal mudança está nos componentes 2016. Para as máquinas já existentes, a entidade sugere iniciar os procedimentos de
eletrônicos, obtendo maior eficiência no processo homologação em 2016, para iniciar o ano seguinte com a licença em mãos. “Uma
vez que as informações sejam corretamente inseridas no sistema Infoserv, e haja
provisionamento para os ensaios testemunhados, o prazo médio para obtenção da
LCVM é de setenta dias”, informa a companhia. Caso o registro venha com informa-
ções inconsistentes ou com falta de identificação inequívoca dos componentes que
afetem as emissões da máquina, o prazo pode ser estendido e, por vezes, culminar no
indeferimento do pedido.
Contudo, para os níveis de emissão de ruídos, conforme novas determinações do
Ibama, todas as máquinas existentes já devem obter uma declaração de atendimento,
por meio de uma carta endereçada ao Ibama. A orientação pode ser encontrada na
página da Cetesb, buscando por homologação para Emissão Veicular.
O custo integral do processo de avaliação técnica, definido pela resolução do Co-
nama, será assumido pelo interessado em obter a licença ambiental, sendo fabricante
CATERPILLAR

ou importador. O preço final será variável, de acordo com a complexidade e número


de ensaios a serem realizados. Mas os valores finais variam entre 7 mil e 20 mil reais
por equipamento, sem contar as despesas de deslocamento dos auditores da Cetesb
ou do Ibama ao local de avaliação. Além disso, os interessados devem ainda levar
em conta o custo para obtenção e renovação anual da LCVM junto ao Ibama, hoje
estipulada em 266 reais.

32 REVISTA M&t

MT_186.indb 32 18/12/2014 10:41:03


MT_186.indb 33 18/12/2014 10:41:05
CONTROLE DE EMISSÕES
do trabalho em campo, que concen- sistema baseado no controle de ar uma ferramenta quase indispensável
tram tratores agrícolas menores, ge- de admissão e injeções múltiplas no quesito ambiental, reduzindo as
ralmente adquiridos por produtores (por série de bicos injetores) em emissões sem impacto significativo
rurais familiares e de baixa renda. motores eletrônicos. no consumo de combustível ou na
Já para as fabricantes exclusivas de Segundo Ducatti, esse conjunto de manutenção frequente”, diz ele.
equipamentos de construção, como é dispositivos permite fazer, em ques- No que tange à gestão de ruídos,
o caso da LiuGong, o mercado agríco- tão de milissegundos, uma injeção Ducatti, da Caterpillar, também apon-
la pode representar um incremento inicial de combustível que facilitará a ta a necessidade de outras adequa-
nas vendas, por conta da pluralidade série de injeções. O processo aumen- ções estruturais nos projetos, como
de aplicações de máquinas da Linha ta a eficiência de queima do diesel, o a utilização de abafadores na porta
Amarela como pás carregadeiras e que reduz a temperatura de combus- do motor e nas proteções, tratamen-
escavadeiras, que têm as mesmas tão e diminui as taxas de formação de tos de injeção no motor, ventiladores
demandas de redução na emissão de poluentes, principalmente do NOx e com rotações mais baixas e uso de
poluentes. material particulado. radiadores maiores. “Nesse sentido,
Freitas, da Case CE, aponta outra temos uma solução de ventiladores
vantagem de motores eletrônicos, que reduz o trabalho de acordo com
ADAPTAÇÕES que é o fato de poderem “conversar” a demanda hidráulica do sistema,
O fato é que, para atender às exi-
melhor com a transmissão, embar- podendo girar a 75% da rotação pa-
gências do Mar-I, o principal de-
cando dispositivos que permitem drão”, descreve o especialista.
senvolvimento nos motores ocor-
ao operador configurar diferentes
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terpillar, por exemplo, utiliza um New Holland Construction: www.newholland.com.br
gerenciamento eletrônico se torna

CATERPILLAR
Após três meses de tolerância, máquinas
já produzidas que não forem comercializadas
precisarão receber as adequações

34 REVISTA M&t

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Odopasso
BAUMA CHINA

dragão
Evento comprova o salto qualitativo que a China já
alcançou em seus equipamentos e tecnologias, reafirmando
o crescente protagonismo do país asiático no setor

U
Por Marcelo Januário

ma festa da indústria no rovias, túneis, habitações e usinas,


Extremo Oriente, em- tudo para prover um território de
balada pela exposição dimensões continentais e com a
de tecnologias cada vez maior população do mundo.
mais desenvolvidas e que, se ainda Além de servir a um dos mais
não chegaram lá, se aproximam a imponentes mercados da atuali-
passos largos do padrão ocidental de dade, os números comprovam a
equipamentos pesados. Em geral, foi importância da bauma China para
esta a percepção dos profissionais o comércio internacional de equi-
que participaram da bauma China pamentos. Ao todo, nesta edição a
2014 (7ª Feira Internacional de Ma- feira recebeu 191 mil visitantes,
quinário, Materiais, Veículos e Equi- oriundos de 149 países. O volu-
pamentos de Construção), realizada me representa um avanço de 6%
entre os dias 25 e 28 de novembro sobre a edição anterior, realizada
no Shanghai New International Expo em 2012. Depois da China, os pa-
Centre (SNIEC). íses que mais enviaram visitan- München, realizadora da feira.
Mesmo com a desaceleração do tes foram Rússia, Coreia do Sul, Com uma área de exposição de 300
gigante asiático, cujo PIB – pelas Japão, Índia, Malásia, Tailândia, mil m2, a bauma China 2014 registrou
projeções do FMI – teria avançado Singapura, Taiwan, Hong Kong e um aumento de 12% da participação
“apenas” 7,3% em 2014, o evento Indonésia, nesta ordem, mostran- de negociadores internacionais, reu-
promovido a cada dois anos pela do a forte penetração na região nindo 3.104 expositores de 41 paí-
Messe München International da Ásia Oriental. “Após 12 anos de ses (+14%), a maior parte (2.097) de
mais uma vez traçou um panora- evolução, esta edição tornou-se empresas chinesas. O evento também
ma das tecnologias disponíveis em não apenas uma plataforma para contou com nove pavilhões interna-
um país que se tornou um autên- apresentação de novos produtos, cionais, representando empresas da
tico canteiro de obras a céu aber- mas também uma gigantesca festa Áustria, Finlândia, Alemanha, Itália,
to, impulsionado por investimen- da indústria no sentido de comu- Coreia do Sul, Espanha, Turquia, Rei-
tos bilionários em infraestrutura, nicação e cooperação mútua para no Unido e EUA.
incluindo a construção em ritmo o crescimento”, comemorou Eu- Segundo o secretário geral da As-
acelerado de estradas, portos, fer- gen Egetenmeir, diretor da Messe sociação de Equipamentos de Cons-

36 REVISTA M&t

MT_186.indb 36 18/12/2014 10:41:11


MARCELO JANUARIO
IMAGENS: REPRODUÇÃO
trução da China, Su Zimeng, os resultados da feira foram
além do esperado. “Estou convicto de que este evento
continuará a liderar a indústria de equipamentos na
Ásia, envolvendo nossos clientes em todo o mundo e ga-
rantindo o desenvolvimento para o setor”, afirmou. Na
mesma linha, Huang Xiaomin, diretor da China Construc- Protótipo de dumper articulado da Sany, de 40 toneladas
tion Machinery, acredita que a bauma China tornou-se
um acontecimento vital para a indústria. “Como um dos
organizadores, tenho pessoalmente um enorme prazer HIGHLIGHTS
em ver cada expositor chegar à feira com grandes expec- Para os veteranos em bauma China, um aspecto que sal-
tativas e obter resultados no final do evento”, exultou. tou aos olhos nesta edição foi o significativo aumento da
E a próxima edição já tem data definida. A 8ª bauma Chi- presença de marcas chinesas. E, ainda mais importante,
na será realizada entre os dias 22 e 25 de novembro de sua nítida evolução no quesito tecnológico.
2016, novamente em Xangai. Nas próximas páginas, confi- A Sany, por exemplo, montou um impactante estande
ra alguns destaques do evento. de quatro andares e 3 mil m2, onde expôs equipamentos

dezembRO/janeiro - 2015 37

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BAUMA CHINA

Comitiva visita a maior fábri-


ca de escavadeiras do mundo
Sob a coordenação da Sobratema, a comitiva brasileira na bau-
ma China realizou um tour pela fábrica de escavadeiras da Sany
em Kunshan, considerada a maior planta fabril do mundo para
este tipo de equipamento e que também fabrica caminhões OTR.
Inaugurada de 2011, a fábrica possui instalações modernas
distribuídas por uma área de 72 mil m2, onde 1.500 funcionários
atuam na produção de 20 mil escavadeiras por ano, o que sig-
nifica uma máquina finalizada a cada dez minutos. “Em 2012,
foram vendidas 13 mil escavadeiras produzidas aqui”, destacou
Luis Lu, gerente de planejamento da Sany, complementando que
A LiuGong mostrou sua nova série de carregadeiras de rodas da Série H
a empresa – que possui 100% de capital privado – produz 120
como o protótipo de seu novo dumper articulado (ADT) diferentes modelos em 25 famílias de equipamentos.
para mineração. O modelo SAT40 de 40 ton é equipado Integrante da comitiva, o assistente técnico da SH Siste-
com motor Mercedes Benz Tier III MTU de 350 kW, que ma Óleo Hidráulico, José Vieira de Oliveira, de Belo Horizonte
impulsiona as seis rodas através de uma transmissão ZF (MG), pôde observar a qualidade das etapas de montagem,
de oito velocidades à frente e quatro em sentido inverso. que – segundo ele – possibilita maior facilidade no encaixe
Inicialmente, o caminhão estará disponível apenas para das peças. “Vendo a montagem das escavadeiras você conse-
o mercado chinês, mas deve ser disponibilizado ao mer- gue ter uma visão mais clara de como se pode fazer o proces-
cado internacional já em 2015. “Este é o nosso primei- so inverso, de desmontagem e até mesmo de manutenção das
ro modelo ADT e isso significa muito para nós”, afirmou peças, ou seja, possibilita um estudo mais aprofundado do
Zhichun Cao, gerente geral da Sany Mining Equipment. material”, disse.
“Escolhemos a capacidade após uma minuciosa pesquisa Já Humberto Pereira Lima, diretor da Pereira Lima Empreendi-
de mercado, que mostrou que esta categoria tem a maior mentos, de Ribeirão Preto (SP), notou um aspecto de aprendizado
demanda na China.” na visita. “Ao vermos uma fábrica como essa, conseguimos en-
Em um respeitável estande de 2.534 m2, a LiuGong exi- xergar a evolução de um país que investe em pessoas, tecnologia
biu 21 máquinas. Um dos destaques foi a nova geração e infraestrutura, posicionando-se à frente e dando retorno à so-
de carregadeiras de rodas da Série H, que fez sua estreia ciedade”, atestou. “Mas também muda a nossa percepção, pois
mundial no evento. O modelo CLG8128H é o maior já pro- ainda temos preconceitos sobre a China, que na verdade é um
duzido pela marca, com caçamba de 7,0 m3, capacidade exemplo para todos nós.”
de carga de 12 ton e força de arranque de 360 kN. Outro
MARCELO JANUARIO
XCMG destacou soluções de roadbuilding, como essa patrol da Linha G

Unidade em Kunshan produz um equipamento a cada dez minutos

38 REVISTA M&t

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BAUMA CHINA
LG6460E tem peso operacional de 44,5 ton e caçamba
de 2,1 m3, além de receber chassi com design renovado
e motor Tier III. Já a carregadeira de rodas L9120F é um
equipamento de 36 ton e 6 m3, equipado com transmissão
hydro-shift, força de arranque de 260 kN e motor de tor-
que elevado, que atende aos padrões Tier III de emissões
da região. “Somos reconhecidos pela qualidade de nossas
carregadeiras, mas também temos um portfólio forte co-
brindo uma ampla gama de equipamentos”, afirmou Guo
Shaohua, diretor de comunicação da SDLG. “Na bauma,
quisemos oferecer ao mercado alguns insights sobre nos-
sos planos futuros, por isso apresentamos essas máquinas
Com 44,5 ton, a escavadeira LG6460E foi apresentada pela SDLG conceituais.”
ponto forte foi a apresentação dos primeiros protótipos Já a Shantui divulgou suas ações de reposicionamento, de
de estações móveis de britagem e usinas de classificação, modo a fazer frente à crescente concorrência. Para tanto, a
desenvolvidas para o mercado asiático pela joint-venture empresa expandiu suas áreas de atuação, abrangendo no-
LiuGong-Metso Construction Equipment. vos segmentos para além do negócio de bulldozers no qual
A XCMG levou à feira sua linha de produtos para constru-
ção de estradas. Inaugurada em maio do ano passado, sua
nova fábrica na China tem capacidade de produção anual
de dez mil compactadores, 3.500 motoniveladoras, 600
pavimentadoras e 500 fresadoras. No portfólio se desta-
cam seis modelos da Linha G de motoniveladoras (GR100,
GR135, GR165, GR180, GR215 e GR300), com saídas de 75,
101, 123, 134, 160 e 224 kW, respectivamente. “Nosso ob-
jetivo é conquistar a liderança no mercado de equipamen-
tos para construção de rodovias”, afirmou Guo Chaohui, Guindaste da Tadano representou a tecnologia japonesa no evento
gerente do segmento de roadbuilding da fabricante. “Para
isso, queremos introduzir a empresa no mercado interna- teve origem. As soluções para concreto – principalmente
cional e aumentar progressivamente nosso portfólio.” autobetoneiras, centrais e bombas – se enquadram nesse
Quem também quer aumentar sua penetração global é esforço, visando a concorrer com outros players já estabe-
a SDLG, que apresentou nove máquinas em seu estande, lecidos neste segmento. “Há alguns anos, compramos uma
com destaque para modelos conceituais. A escavadeira fábrica de equipamentos para concreto em Wuhan, entran-
do neste nicho”, afirmou o gerente da empresa Will Zhu,
Shantui aproveitou o evento para divulgar ações de reposicionamento
complementando que o objetivo é crescer também no mer-
cado internacional. “Nos últimos dois anos, nossas vendas
têm avançado em outros países, como Venezuela, Equador,
Cuba e Brasil”, revelou.
Dentre os orientais, os japoneses também marcaram
presença. A Tadano exibiu o guindaste GT- 350E, ao lado de
outros destaques. O modelo é um equipamento de 80 ton
com cinco seções de lança, cujo comprimento total chega a
14,3 m, com largura de 3,3 m e altura de 3,7 m.
Além de carregadeiras de rodas, a Komatsu expôs oito
de suas escavadeiras hidráulicas, sendo quatro novas,
incluindo os modelos PC300-8 (32 ton) e PC360-8 (33,5
ton), que possuem propulsores Komatsu SAA6D114E-3

40 REVISTA M&t

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MT_186.indb 41 18/12/2014 10:41:24
BAUMA CHINA
Volvo detalha
mudança estratégica
Na mais concorrida coletiva de imprensa realizada durante a
bauma China 2014, a Volvo CE expôs os motivos que a levaram
a encerrar definitivamente a produção global de motonivelado-
ras e retroescavadeiras. Em novembro, a empresa surpreendeu o
mercado ao anunciar que descontinuaria as linhas de produção
desses equipamentos nas fábricas de Pederneiras (Brasil), Shi-
ppensburg (EUA) e Wroclaw (Polônia), uma vez que não vinham
obtendo os resultados esperados pela empresa. Além disso, foi
informado que no futuro o foco para estes produtos será dado na
produção da SDLG, na China.
O objetivo é atender ao programa estratégico da companhia,
que inclui aumento da eficiência operacional e redução de cus-
Komatsu mostrou todo seu know-how em escavadeiras hidráulicas
tos. Com a operação, o grupo espera reduzir os custos operacio-
nais em 3,5 bilhões de coroas suecas, caminhando no sentido de
de 8,2 l, além de caçambas de 1,4-1,6 m³ e 1.6 m³ e braços
atingir a meta de economizar 10 bilhões de coroas suecas até o
de 9,965-10,100 mm e 9,925 mm, respectivamente. Todos
final deste ano.
os modelos incluem sistema hidráulico HydrauMind CLSS
De acordo com Martin Weissburg, presidente global da Volvo
(Closed-Centre Load Sensing System).
CE, a empresa agora priorizará investimentos nas demais linhas
de produtos, assim como na exportação dos equipamentos da
OCIDENTAIS SDLG. “Não se trata de uma transferência, mas sim de aumentar
De olho no pujante avanço chinês, as fabricantes ociden- a exportação dos produtos já existentes”, disse o executivo na
tais também aproveitaram o evento para mostrar suas solu- coletiva. “Além disso, a Volvo CE garantirá o prosseguimento de
ções para o mercado local. Ao lado de equipamentos como todo o suporte técnico e de serviços, assim como o fornecimento
carregadeiras e pavimentadoras, a Volvo CE apresentou a de peças de reposição, seguindo rigorosamente o que dispõe a
escavadeira de esteiras EC170D de 17 ton, além de uma legislação nestes casos.”
gama de acessórios. A SDLG também se pronunciou sobre o assunto, garantindo
Oferecida também na região EMEA, a versão chinesa da que está pronta para abastecer o mercado internacional com os
escavadeira possui potência máxima de 122 hp, capacidade equipamentos agora exclusivos da marca. “Nosso objetivo é es-
de elevação de 5,4 ton, capacidade de escavação de 8,9 m, tabelecer SDLG como a marca líder no mercado de equipamentos
de construção”, comentou Yu Mengsheng, presidente executivo
Escavadeira de 17 ton ganhou global da SDLG. “Para isso, sabemos que não precisamos apenas
destaque no estande da Volvo CE dos produtos certos, mas também de uma rede de distribuição
direta e de apoio ao cliente.”
MARCELO JANUARIO

Martin Weissburg conversa com a imprensa na bauma China 2014

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BAUMA CHINA

Estabilizador de solo WR 250 é a aposta da Wirtgen para o mercado oriental Com inovações, a escavadeira Liebherr R 966 foi apresentada ao público na China
profundidade de escavação de 6,04 m e força de desagre- Em um estande com 2 mil m2, o Grupo Fayat exibiu tec-
gação de 82,3 kN (87 kN com power boost). “Após uma dé- nologias para compactação, fresagem e pavimentação de
cada de crescimento rápido, a indústria de equipamentos suas três marcas, Bomag, Marini e Breining. Em destaque,
de construção da China está passando por um período de a empresa exibiu três novos modelos de rolos compacta-
adaptação”, disse Martin Weissburg, presidente global da dores da Bomag, incluindo o BW 151 AD-5, um modelo ar-
Volvo CE. “Mas acreditamos que a China ainda é um merca- ticulado com motor Tier IV e novos recursos de gerencia-
do com enorme potencial.” mento da operação. O novo integrante da Série 5 tem peso
O Grupo Wirtgen expôs 38 máquinas das marcas Wir- operacional de 7,6 ton, motor Kubota de 73,2 hp e largura
tgen, Vögele, Hamm e Kleemann. No estande, a empresa de trabalho de 1.680 mm.
mostrou 13 equipamentos das divisões de roadbuilding e Com estandes nas áreas interna e externa, a Liebherr le-
mineração produzidos na fábrica de Langfang para aten- vou à China suas mais recentes tecnologias em escavadei-
der ao mercado local. A Wirtgen exibiu o estabilizador de ras, carregadeiras e guindastes, além de, pela primeira vez,
solo WR 250, um modelo com 580 kW de potência espe- apresentar componentes. Destinada a operações em mine-
cialmente projetado para estabilizar solos pesados e lama- ração e pedreiras, a escavadeira de esteiras R 966 possui
centos. O equipamento é indicado para trabalhos de reci-
Focada no mercado local, a John Deere promoveu o lançamento de três escavadeiras
clagem e pulverização, transformando pavimentos de até
25 cm de espessura em granulado homogêneo.

A Bomag apresentou rolos compactadores, como


o modelo articulado BW 151 AD-5, de 7,6 ton

44 REVISTA M&t

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como sete diferentes escavadeiras e pás
carregadeiras sobre rodas com controle
hidráulico. Dentre as escavadeiras, três
eram lançamentos. Segundo a empre-
sa, os modelos E300 (30 ton), E330 (33
ton) e E360 (36 ton) têm aplicação em
pedreiras e mineração e são equipados
com motores PowerTech Tier II. Os no-
vos modelos são produzidos na fábrica
de Tianjin. “Com o lançamento desses
produtos, esperamos expandir ainda
mais nossa participação na China”, res-
O MCT 85, guindaste de torre da Potain fabricado na China
saltou Jason Daly, diretor de vendas
peso operacional de 67 ton e motor Tier para a China da divisão de construção
III, com potência nominal de 435 hp e da John Deere.
caçamba de 4,5 m3. O modelo também A Manitowoc apresentou dois novos
traz uma nova gama de materiais rodan- modelos de guindastes de torre, ambos
tes, incluindo opção com ajuste de faixa oriundos da fábrica de Zhangjiagang,
variável. onde a empresa já produziu mais de
A John Deere apresentou diversos mo- 5 mil unidades desde 2006. O mode-
delos específicos para o público chinês, lo Potain MCT 85 possui capacidade Plataforma JLG R6 tem altura de trabalho de 5,7 m

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BAUMA CHINA
máxima de 5 ton e pode içar até 1,1 A JLG lançou na China duas novas ver-
ton com jib máximo de 52 m. O equi- sões de suas plataformas tipo tesoura
pamento, afirma a fabricante, tam- da linha RS. Voltados para o mercado
bém permite ser operado em áreas asiático, os modelo R6 e R10 possuem
internas, no interior da obra que está alturas de trabalho de 5,7 m e 9,7 m,
construindo. Montado sobre seções respectivamente. Ambos incluem me-
de mastro de 1,2 m, o guindaste ofere- canismo de proteção ativa, uma novida-
ce altura de 33,2 m quando operando de nesses modelos, que anteriormente
internamente. “Este modelo mantém contavam apenas com proteção passi-
o espírito de inovação que caracteriza va. “Temos registrado um sólido cres-
nossa marca”, afirmou Thibaut Le Bes- cimento de dois dígitos por ano, o que
nerais, diretor de produtos da divisão nos leva a prever um forte crescimento
de guindastes de torre da Manitowoc. na próxima década”, pontuou Alan Loux, Plataforma HA16 RTJ com 16 m de altura

PROFISSIONAIS Brasileiros avaliam evento


Como já é tradicional nas principais feiras do setor, a Sobrate- O aspecto de montagem também foi ressaltado, tendo em vista
ma também levou uma Missão Empresarial à bauma China 2014. a presença de profissionais ligados à realização da M&T Expo
Ao todo, 23 profissionais integraram a comitiva brasileira, que 2015. “A disposição dos pavilhões, por exemplo, é voltada para
– além de acompanhar o evento – realizou visitas técnicas e en- experiências em seu entorno, aumentando o foco na área ex-
contros comerciais no país asiático. De acordo com Arlene Vieira, terna, onde estão máquinas maiores”, analisou João Silva Neto,
diretora de relações internacionais da Sobratema, os “profissio- diretor de operações da JA Promoções e Eventos. “Com isso, os
nais brasileiros que integraram a missão destacaram como a qua- produtos de grande porte ganham o centro da feira, algo para
lidade dos equipamentos chineses está melhorando a cada ano”. se pensar no Brasil, no sentido de se criar uma planta com esse
Composta por representantes de diferentes setores da cadeia nível, que conduza a visitação.”
produtiva da construção, a comitiva impressionou-se com a di- Na mesma linha, para o diretor de operações da GL Events
mensão do evento, o que não impediu visões mais acuradas. “A para o São Paulo Expo – Exhibition & Convention Center, Juran-
meu ver, há uma série de empresas que ainda estão iniciando dir Silva Pedro, a logística do SNIEC chamou a atenção. Mas o
no mercado”, pontuou Valdir Farias, diretor da Fioito Consulto- especialista também fez ressalvas em relação ao atendimento a
ria. “Mas também foi um aprendizado, com uma surpreendente visitantes estrangeiros, por exemplo. “Sem apoio bilíngue, praça
variedade de soluções expostas, a introdução de empresas em de alimentação internacional ou sinalização eficiente, o visitante
mercados mais complexos e os investimentos em tecnologia das internacional pode sofrer bastante dentro de um evento de gran-
empresas chinesas.” de porte como este”, sublinhou. “Afinal, o mais importante é
Para Claudio Giuzio, diretor de suprimentos da Embu Enge- fazer com que ele se sinta confortável dentro do evento e, desse
nharia, os players chineses realmente avançaram bastante, mas modo, queira voltar outras vezes.”
ainda estão muito atrás dos ocidentais. “No nosso caso, ainda
Evento recebeu um público de 191 mil pessoas, de 149 países
não dá para colocar uma máquina dessas em uma produção de
pedreira”, frisou. “Mas não podemos fechar os olhos para o que
estão fazendo. Os coreanos, por exemplo, já estão em outro pa-
tamar de tecnologia e os chineses também vão chegar lá, é só
uma questão de tempo.”
A possibilidade de fechar negócios também mereceu destaque.
Segundo Tiago Dalla Lana, gerente comercial da Medal Bombas
Hidráulicas, o networking é um dos principais pontos positivos
MESSE MÜNCHEN

do evento. “Aqui se conhece pessoas de todo o mundo, servindo


como referência do mercado internacional”, atestou. “E prova-
velmente fecharemos alguma joint venture aqui.”

46 REVISTA M&t

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vice-presidente de marketing da JLG.
Dentre diversos equipamentos de elevação de pessoas, a
Haulotte exibiu dois modelos de plataformas articuladas, o
HT23 RTJ (de 22,5 m) e o HA16 RTJ (de 16 m). Segundo a
fabricante, são os modelos mais rápidos da categoria atual-
mente disponíveis no mercado, com velocidades de eleva-
ção de apenas 40 s e 56 s, respectivamente. Equipado com
motor Kubota de 35 hp, o modelo HA16 RTJ oferece redu-
ção de 15% no consumo de combustível em relação ao mo-
delo anterior, além de permitir aplicações em áreas como
construção, acabamento, manutenção e demolição.
Já a Sandvik divulgou seu novo britador CI532 HSI (Ho-
rizontal Shaft Impact) Prisec 3 secundário. Com peso
operacional de 29,6 ton, o equipamento possui rotor com
diâmetro de 1.390 mm x 1.900 mm e permite alimenta-
ção máxima de até 350 mm, alcançando uma produtivi-
dade na faixa de 250-400 toneladas métricas por hora,
informou a empresa.

Saiba mais:
A Sandvik aproveitou a bauma China para lançar seu novo britador CI532 HSI bauma China: www.bauma-china.com

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LANÇAMENTO

Asseio urbano
De olho no crescente mercado de equipamentos para engenharia sanitária, a fabricante

D
XCMG traz ao Brasil sua linha importada de soluções de limpeza urbana

XCMG
esde outubro, a multina-
cional chinesa XCMG vem
disponibilizando uma
linha completa de veícu-
los para limpeza urbana. Segundo Li
Qianjin, gerente geral da empresa no
Brasil, a família de equipamentos já é
comercializada há mais de 10 anos na
China e inclui desde autovarredeiras
até caminhões de compressão de lixo.
“Por enquanto, os equipamentos são
todos importados, sendo que o por-
tfólio está disponível a partir da equi-
pe de vendas para equipamentos da
Linha Amarela da XCMG”, diz Qianjin.
Segundo a empresa, a fábrica brasi-
leira em Pouso Alegre (MG) – que tem
uma capacidade produtiva de até 7 Autovarredeira de dois eixos pode ser encomendada para fabricação no Brasil
mil equipamentos ao mês – pode re-
ceber a linha em breve, dependendo índice de nacionalização de 60%. Qianjin. “Por isso, acreditamos que a
da recepção dos produtos no merca- Trata-se de um caminhão de dois demanda por equipamentos de lim-
do nacional. “Ainda não temos pro- eixos, equipado com varredeira a jato peza urbana será enorme nos próxi-
jeção de fabricar a linha de limpeza de alta pressão, incorporada entre os mos anos, o que justifica o lançamen-
urbana no Brasil e só a anunciaremos eixos. Diferentemente de outras au- to dessa linha de produtos para este
após validar a demanda interna para tovarredeiras do mercado, o controle mercado.”
esse tipo de produto”, ressalta Qian- da operação é centralizado na cabine Com faturamento de mais de 16
jin. “Porém, adianto que a fábrica na- do veículo, enquanto o mecanismo de bilhões de dólares em 2012, a XCMG
cional está preparada para fabricar acionamento entre o motor auxiliar e ocupa a 5ª posição mundial na venda
qualquer equipamento produzido o implemento é feito com ligação di- de equipamentos da Linha Amarela.
pela XCMG na China, inclusive os de reta na embreagem. Além da fábrica inaugurada recen-
limpeza urbana.” Ao disponibilizar esse produto, a temente, a empresa controlada pelo
empresa aposta no crescimento de governo chinês possui no Brasil (leia
serviços de engenharia sanitária no entrevista a partir da pág. 89) um
DESTAQUE país, um dos nichos que devem viven- centro de distribuição de peças e ser-
Na nova linha, a XCMG classifica ciar maior mecanização nos próximos viços técnicos com 50 mil m², locali-
como principal destaque a autovar- anos. “O Brasil é um país grande, com zado na cidade de Guarulhos (SP).
redeira, que inclusive também pode belezas naturais incontestáveis e uma
ser encomendada para fabricação na população cada vez mais preparada Saiba mais:
unidade de Pouso Alegre (MG), com no que tange à cidadania”, pontua XCMG: www.xcmgbrasil.ind.br

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EQUIPAMENTOS PORTUÁRIOS

IMAGENS: EMBRAPORT
Logística de
precisão
H
Com pouco mais de um ano
de atividades, o Terminal
Embraport utiliza alguns
dos equipamentos mais
á pouco mais de um
ano, a Empresa Brasilei-
ra de Terminais Portuá-
rios (Embraport) opera
um terminal próprio na margem
esquerda do Porto de Santos (SP).
Trata-se da maior operação priva-
para operações portuárias.
A primeira tecnologia de ponta é o
escâner. Hoje, as cargas que entram e
saem da Embraport são vistoriadas
pela solução. O mesmo acontece com
outros terminais no Porto de Santos
(SP), mas, segundo o gerente de ma-
avançados do setor, da do setor, com capacidade para nutenção da Embraport, José Roberto
movimentar cerca de 1,2 milhão de Rocco Júnior, a empresa já havia ado-
como transtêineres TEUs (unidade equivalente a um tado a tecnologia antes mesmo da exi-
equipados com câmaras de contêiner de 20 pés) por ano. O pro- gência do Porto, atendendo a um cri-
jeto recebeu investimento de R$ 2,3 tério próprio de combate a fraudes.
monitoramento bilhões em sua concepção, fruto de “Os scanners são equipamentos de
uma sociedade entre a Odebrecht inspeção por Raios-X que ficam po-
TransPort e a DP World. Instalado sicionados em locais estratégicos do
em área com acesso por vias maríti- terminal”, diz ele. “Atualmente, 65%
ma, rodoviária e ferroviária, o empre- da carga movimentada no terminal
endimento conta com 653 m de cais são escaneadas.”
na primeira fase de operação e ilustra O especialista explica que o escâ-
esta reportagem de M&T sobre o que ner reduz a necessidade de os con-
há de mais moderno em equipamentos têineres serem posicionados e ins-

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EQUIPAMENTOS PORTUÁRIOS
pecionados manualmente, o que
proporciona maior produtividade,
Conheça a frota atual do Embraport
além de agilidade na liberação
EQUIPAMENTO QUANTIDADE
das cargas. “Além disso, os órgãos Terminal Tractors 42
anuentes, como a Receita Federal, Transtêineres (RTG) 22
dão preferência às conferências Portêineres (Super Post Panamax) 6
não invasivas”, afirma Rocco.
Portais de OCR 4
O especialista acrescenta que o
sistema utilizado pela Embraport é Reach Stackers 3
semelhante ao dos aeroportos. Com Empty Handlers 2
o equipamento, é possível visuali- Escâneres 2
zar o tipo de mercadoria contida no
contêiner e também analisar a pos-
os empilha em um local específico da no Porto de Santos e está contribuindo
sibilidade de presença de materiais
retroárea”, explica Rocco. Na Embra- significativamente para a eficiência das
ilícitos, como drogas e armas.
port, são 22 deles em operação e as operações. “Um indicador dessa efici-
câmeras em questão foram instaladas ência é o tempo de atendimento dos
MOVIMENTAÇÃO em todos, em quatro diferentes pon- caminhões nos portões da Embraport,
No terminal da Embraport, aliás, tos de visão. que hoje é inferior a 30 minutos, bem
as ações de segurança extrapolam Com a tecnologia, os operadores menos do que os demais terminais de
as questões dos clientes e suas mer- podem visualizar com precisão o po- Santos”, diz ele.
cadorias. Recentemente, a empresa sicionamento do caminhão que trans- Semelhantes aos transtêineres, os
instalou câmeras nos RTG’s (transtêi- portará o contêiner no solo, atuando portêineres são equipamentos es-
neres), visando à segurança operacio- com mais segurança no momento do pecíficos para operação portuária e
nal. Os transtêineres são equipamen- encaixe ou da retirada da carga de também se locomovem sobre trilhos,
tos de grande porte, montados sobre cima da carreta. “Todas as imagens são como um pórtico. Esses, por sua vez,
trilhos, que fazem a movimentação de transmitidas em tempo real para o ope- ficam alocados no cais e percorrem o
contêineres no pátio. “São uma espé- rador, que as visualiza em monitor de costado do navio para as movimen-
cie de pórtico, que recebe e retira os 20 polegadas instalado na cabine”, diz tações de embarque e descarga de
contêineres dos Terminais Tractors e Rocco. Segundo ele, o sistema é inédito contêineres. A precisão obtida nos
movimentos garante maior eficiên-
Equipamentos instalados no terminal estão entre as mais avançadas tecnologias para o setor logístico
cia nas operações, fazendo com que
os navios fiquem atracados o menor
tempo possível.
Na frota atual, a Embraport possui
seis portêineres, que Rocco classifica
como os mais modernos em opera-
ção no Brasil. “Algumas tecnologias
empregadas nesses equipamentos
mostram isso, como sensores a laser
anticolisão, utilizados na lança para
evitar a colisão do equipamento com
a casa de máquinas do navio”, explica.
Com essa tecnologia, qualquer objeto
que se aproxime a menos de 10 m do
equipamento aciona automaticamen-
te o módulo de alerta, diminuindo a

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EQUIPAMENTOS PORTUÁRIOS
velocidade da máquina para 10% de menos da metade da capacidade to- cargas mais leves. Essas máquinas,
sua capacidade. “Caso a aproximação tal anunciada pela empresa, que deve porém, têm se mostrado versáteis
se agrave – ficando a menos de 1,5 m ampliar ainda mais esse resultado para outras operações no porto, como
do equipamento – o sistema inter- quando implantar a segunda fase de ocorreu na última temporada de cru-
rompe todos os seus movimentos”, operação. Dentre outras aquisições, zeiros da MSC, quando três navios
complementa. esse processo deve envolver a com- atracaram no Porto de Santos.
pra de novos equipamentos como Distribuidora e locadora de empi-
transtêineres, portêineres e reach lhadeiras da BMC-Hyundai, a Porto-
APOIO stackers. maq locou equipamentos do modelo
No pátio, a Embraport conta ainda
Até por isso, o CEO da Embraport, 25L-7M à MSC Cruzeiros para abas-
com três reach stackers, utilizados
Ernst Schulze, avalia como positivo o tecimento do consumo de bordo du-
para apoio às movimentações. Essas
primeiro ano de atividades do Termi- rante cada atracação. “A solicitação
máquinas sobre pneus operam prin-
nal, destacando o desenvolvimento era realizada previamente pela MSC,
cipalmente na movimentação de car-
de novos projetos, como a construção conforme necessidade de abasteci-
gas especiais no pátio da Embraport.
do pátio ferroviário e a implemen- mento de cada navio durante toda a
“Os reach stackers também são usa-
tação de novas soluções logísticas, temporada”, explica Douglas A. Silva,
dos para posicionar os contêineres
como é o caso do serviço de cross- diretor da Portomaq.
no armazém, preparando a vistoria
-docking (operação de estufagem e Segundo ele, a escolha pela Por-
de órgãos competentes como a Re-
desestufagem de contêineres). “Essas tomaq se deu pelo relacionamento
ceita Federal, Anvisa ou Ministério
ações reforçam a nossa estratégia de construído com o cliente, conside-
da Agricultura, por exemplo”, acresce
crescer no setor logístico, oferecendo rando que para a MSC Cruzeiros era
o gerente de manutenção da Embra-
serviços integrados à operação portu- mais viável locar do que comprar
port, salientando que os três equipa-
ária e com atendimento diferenciado empilhadeiras, devido ao curto pe-
mentos em operação são do mesmo
para nossos clientes”, enfatiza. ríodo das temporadas e à própria
modelo C4531, fabricado pela Linde.
expertise da Portomaq para lidar
Com esse aparato tecnológico, a
com os equipamentos. “A operação
Embraport comemorou o primei- EMPILHADEIRAS exigia confiabilidade, pois consistia
ro ano de operação em julho do ano Assim como os reach stackers – que
na retirada da carga de suprimentos
passado, quando contabilizou a movi- operam no pátio –, as empilhadeiras
dos caminhões e na sua movimenta-
mentação de 500 mil TEUs (ou cerca têm sua aplicação no mesmo ambien-
ção até o compartimento a bordo do
de 250 navios). Parece muito, mas é te, mas abarcam missões menores, de
navio”, diz Silva, explicando ainda
Projeto da Embraport recebeu investimentos de 2,3 bilhões de reais em sua concepção que esse percurso fica posicionado
entre o costado e a faixa primária do
Porto de Santos.
Detalhando os equipamentos, Sil-
va diz que as empilhadeiras 25L-7M
têm capacidade de elevação de 2,5 t,
podendo elevar as cargas menores a
até 4 m, demonstrando versatilidade
na mobilização das cargas. “A solução
permitiu 24 abastecimentos ao MSC
Preziosa, 17 ao MSC Magnífica e sete
ao MSC Orchestra”, finaliza.

Saiba mais:
Embraport: www.terminalembraport.com.br
Portomaq: www.portomaq.com.br

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vigentes do BNDES. Consulte taxas FINAME para grupos com ROB acima de noventa milhões de reais. Informações e condições a serem
validadas no seu Dealer Bomag Marini mais próximo. Base de preços setembro de 2014.Taxas Finame validas até 31/12/2014.

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FINANCIAMENTO

JOHN DEERE
Caminho das pedras
Até o Finame teve menos requisições no último ano, mostrando que nem mesmo a possibilidade
de financiamento a juros mais baixos minimiza os impactos do baixo crescimento econômico

N
Por Rodrigo Conceição Santos

o Brasil, é usual que os exemplo, o mercado de financiamen- país, pode ser explicado pelas altera-
fabricantes apostem em to teria retraído cerca de 10% em ções nas condições de Financiamento
bancos próprios para 2014, comparado ao ano anterior. Já para Máquinas e Equipamentos do
intermediar o financia- os dados do BNDES apontam para Programa de Sustentação do Finan-
mento de equipamentos de Linha um cenário ainda pior em relação ao ciamento (Finame-PSI). Os juros ofe-
Amarela com o Banco Nacional do mercado de construção civil. Segundo recidos pelo BNDES, antes fixados em
Desenvolvimento Econômico e Social seu levantamento, equipamentos pe- 3% ao ano, passaram para 4,5% a.a.
(BNDES), uma vez que oferecem con- sados para essa finalidade apresen- em operações contratadas com pe-
dições especiais de pagamento aos taram uma queda de 27,5% na busca quenas empresas. E esse mercado é
clientes. Mesmo assim, no ano passa- por financiamentos, em comparação justamente um dos que mais crescem
do a economia apresentou obstáculos com o primeiro semestre de 2013. no Brasil, representando grande par-
para quem planejava renovar a frota. Um dos motivos da queda, além te do impulso de compra por equipa-
Segundo o Banco Caterpillar, por do baixo crescimento econômico do mentos com índice de nacionalização

56 REVISTA M&t

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acima de 60%. duas fábricas foram inaugu-

ANFAVEA
Nem por isso as grandes radas em fevereiro de 2014,
empresas, com faturamento em Indaiatuba (SP), naciona-
acima de R$ 90 milhões, fo- lizando a linha de máquinas
ram beneficiadas. Para elas, de construção. Como alter-
as taxas de financiamento nativa ao financiamento di-
do BNDES passaram de 3% reto com o BNDES/Finame,
para 6% a.a., o que dificulta a fabricante aposta também
a renovação do pátio de gran- nas condições do Banco John
des frotistas. “Desse modo, Deere e do Consórcio Nacio-
muitos beneficiários apro- nal da marca, principalmente
veitaram as melhores taxas para equipamentos agrícolas.
de 2013 para renovar seu Evidentemente, a empre-
maquinário, antecipando as sa faz projeções de longo
aquisições do ano passado”, prazo, baseadas nos dados
relata a empresa pública. A da Associação Brasileira de
expectativa do banco era de Tecnologia para Construção
que os financiamentos se e Mineração (Sobratema),
mantivessem neutros até o que apontam um crescimen-
final do ano, em parte pela to anual de 5,5% nas vendas
postergação dos investimen- até 2018. Tais informações
tos até o mês de novembro. levam em conta os investi-
mentos previstos em infra-
estrutura no país, calculados
APOSTAS em R$ 500 bilhões para os
Mesmo em um ano difícil, próximos três anos, além de
algumas fabricantes apostam outros R$ 700 bilhões nos
nos investimentos do merca- projetos não executados.
do de equipamentos no Bra- Nesse contexto, a Cater- Alterações nas condições de financiamento
sil. No caso da John Deere, pillar espera um ano difícil dificultaram a renovação de frotas em 2014

MT_186.indb 57 18/12/2014 10:42:18


FINANCIAMENTO
para 2015, tanto no volume de fi- utilizado pelos clientes do setor e as- pelos riscos dos clientes. Para en-
nanciamento como nos números de sim deve continuar. Principalmente tender melhor, ele explica que, nos
inadimplência dos pagamentos. Para porque a conjuntura econômica se casos em que o cliente não honra
a empresa, há necessidade de o go- manteria estabilizada, já que, em se- os pagamentos ao Finame, a Cater-
verno assumir a análise e a revisão de tembro, o Comitê de Política Mone- pillar assume essa responsabilidade
contratos e projetos para esse mer- tária (Copom), do Banco Central do e o cliente passa a negociar com o
cado, o que também pode impactar o Brasil (BCB), confirmou que manterá Banco privado da empresa.
ritmo dos investimentos. a taxa Selic, que representa os juros Outra modalidade que tem sido
Mesmo com as projeções de inves- básicos da economia, em 11% ao ano. procurada pelos clientes da empre-
timentos pesados para os próximos A Selic é utilizada pelo Banco Central sa é o Crédito Direto ao Consumidor
anos, em 2014 o crescimento do Pro- para estabilizar a inflação oficial do (CDC). “Trata-se de um financiamen-
duto Interno Bruto (PIB) foi continu- CMN, de 4,5% a.a., apresentando uma to tradicional, no qual o equipamento
amente ajustado para baixo, chegan- tolerância máxima que não ultrapas- sempre é alienado a favor do banco,
do a 0,24%, o que configura o índice se 6,5%. E o Finame está atrelado a ofertando taxas de mercado”, comple-
mais baixo dos últimos dez anos, ex- essas informações (leia mais sobre o ta o gerente comercial. Além desses,
ceto em 2009, quando o Brasil sofreu Finame-PSI no Box abaixo). o Leasing financeiro constitui uma
os impactos da crise econômica mun- De acordo com Souza, o Finame- terceira opção, com taxas de juros
dial. “Já em 2016, acreditamos que o -PSI tem sido o principal canal de fi- próximas ao CDC e a abertura para
ritmo da economia deverá melhorar e nanciamentos do Banco Caterpillar, negociação de prazos e condições.
o PIB voltará a crescer”, afirma San- que funciona como agente repas- Nas operações de CDC e Leasing, a Ca-
derley Vieira de Souza, gerente co- sador dos recursos e o responsável terpillar afirma que a vantagem está
mercial do Banco Caterpillar.
De acordo com o BNDES, foi justa-
mente a crise econômica mundial que Entenda melhor como
impulsionou a criação do programa
BNDES PSI, que operacionalizou o
funciona o Finame-PSI
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é uma empresa
produto Finame, por meio da medida
pública federal e serve de instrumento de financiamento a longo prazo para investimen-
provisória nº 465, de 29/06/2009.
tos no país. Um dos programas do banco, iniciado em 2009, é o Finame-PSI, ou Finan-
Desde então, o programa tem desem-
ciamento de Máquinas e Equipamentos do Programa de Sustentação do Investimento.
penhado um importante papel anti-
Os benefícios são dados para financiamento na aquisição, produção e comercialização
cíclico, ou seja, mantendo o mercado
de equipamentos e máquinas.
ativo mesmo em época de recessão
Para ser elegível a uma operação de Finame, o programa estipulou algumas regras
da economia. Com isso, foi possível
básicas. Dentre elas, o equipamento precisa ser novo, credenciado na lista pré-aprovada
ao BNDES oferecer apoio financeiro a
e apresentar um índice de nacionalização mínimo de 60%. Além disso, para conseguir
investimentos e viabilizar a retomada
aprovação de crédito, os clientes precisam apresentar certidões de RAIS, FGTS, INSS e
do crescimento em diversos setores
Conjunta, bem como certidões e autorizações de extração, caso se enquadrem em cate-
econômicos, incluindo os equipamen-
gorias de mineração ou extração madeireira.
tos pesados.
O recurso do Finame provém do BNDES e é derivado de pagamentos e captações do
mercado. Atualmente, ele financia até 100% do preço de venda do equipamento para
CANAL empresas de todos os portes, cada qual com condições próprias de financiamento. Por
Apesar do aumento nas condições exemplo, para pequenas empresas e negócios, as taxas são de 4,5% ao ano. Já empresas
financeiras impostas aos clientes – maiores pagam 6% a.a.
estabelecido por intermédio da Re- No programa, destaca-se ainda o Cartão BNDES, semelhante a um cartão de crédito.
solução do Conselho Monetário Na- O produto corresponde a um meio de pagamento em sistema de crédito rotativo, por
cional (CMN) –, o BNDES afirma que meio do qual o BNDES disponibiliza determinada quantia ao Banco Emissor, que define
o Finame ainda está sendo bastante o limite utilizável para cada cliente na compra de equipamentos e máquinas.

58 REVISTA M&t

MT_186.indb 58 18/12/2014 10:42:18


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MT_186.indb 59 18/12/2014 10:42:27


FINANCIAMENTO

ENGEMIX
Dispositivos de financiamento cumprem um papel anticíclico, mantendo o mercado ativo mesmo em cenários desfavoráveis

nas exigências mais flexíveis, poden- OPÇÕES sive, entram planos para toda a li-
do inclusive financiar equipamentos No Banco John Deere, também há nha de produtos, que são pagos em
usados, o que não é feito pelo Finame. possibilidade de financiamento para parcelas de até 100 vezes, de acordo
Segundo Souza, o Banco Caterpillar equipamentos importados, com ta- com o planejamento financeiro de
solicita uma entrada de 10%, finan- xas equivalentes às do Finame, assim cada cliente. “Por meio desta opção,
ciando a diferença do valor. Em mé- como a tradicional intermediação os clientes podem adquirir máquinas
dia, o banco está oferecendo prazos para máquinas nacionais, feita pelo John Deere de maneira planejada, uti-
de 48 meses, tanto para o Finame BNDES. No caso dos importados, en- lizando o consórcio como forma de
como para outros produtos. No caso tram escavadeiras de grande porte, investir ou renovar na sua frota”, afir-
do Finame, a empresa afirma que é motoniveladoras e tratores de esteira. ma Marques.
oferecida uma carência de até seis Segundo Roberto Marques, líder da Para ele, utilizar os bancos das
meses, prazo que pode ser estendido, divisão de construção e florestal da marcas é uma grande vantagem, pois
dependendo das condições financei- John Deere Brasil, a fabricante ofere- além de obter planos especiais para
ras de cada cliente. ce planos de financiamento por meio financiamentos, inclusive por meio
Para assegurar e mitigar os riscos do Consórcio Nacional, realizado em do BNDES, os clientes podem encon-
de inadimplência, todas as modali- parceria com a Randon Consórcios. trar em um único canal uma solução
dades de financiamento requerem Nesse caso, são oferecidos aos clien- tanto para a escolha dos equipamen-
aprovação prévia do crédito do clien- tes planos para programar a renova- tos como para sua aquisição.
te junto ao banco, sendo que a apro- ção ou a ampliação da frota, permi-
vação leva em conta as restrições tindo a escolha do melhor período de Saiba mais:
apontadas pelo Serasa ou atrasos no investimento. BNDES: www.bndes.gov.br
Caterpillar: www.cat.com.br
BCB. Nesses casos, o crédito é vetado No consórcio da fabricante, inclu- John Deere: www.deere.com.br
ao cliente.

60 REVISTA M&t

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MT_186.indb 61 18/12/2014 10:42:31
TELEMETRIA

Gestão integrada cada


vez mais próxima
Tecnologia norte-americana promete unificar protocolos e sistemas de diferentes

O
marcas para superar de vez o Calcanhar de Aquiles na gestão de frotas
mercado brasileiro conso-

REPRODUÇÃO
me mais de 30 mil equi-
pamentos pesados de
construção e mineração
(off-road) ao ano. São modelos de es-
cavadeiras, pás carregadeiras, retroes-
cavadeiras, motoniveladoras e outros,
classificados de forma genérica pelo
setor como Linha Amarela. Nas gran-
des frotas de mineradoras e empreitei-
ras de infraestrutura, são demandadas
milhares dessas máquinas, de diferen-
tes marcas e que invariavelmente pre-
cisam trabalhar em conjunto. E, como
Gestão integrada de frotas off-road é sonho antigo do setor
se sabe, essa complexidade constitui o
eficientes para as suas máquinas, mas falhas) para serem implementados
“Calcanhar de Aquiles” dos gestores de
que, por outro lado, só podem ser li- pelos fabricantes.
frota, que ainda não dispõem de uni-
dos e interpretados pelos painéis ló- Atualmente, cinco grandes empre-
formidade nas informações geradas
gicos programáveis (PLC) da própria sas já estão filiadas ao projeto: Case
em cada equipamento. A boa notícia é
marca. Ou seja, os parâmetros mape- Construction Equipment, Caterpillar,
que o mercado caminha a passos largos
ados por uma marca são diferentes John Deere, Komatsu e Volvo Cons-
para superar mais este gargalo.
dos parâmetros absorvidos por outra, truction Equipment, além de desen-
impedindo que o frotista tenha um volvedores de sistemas e fornecedo-
PROTOCOLOS acompanhamento geral e uma visão res de insumos para equipamentos,
Antes disso, vale contextualizar em igualitária dos seus equipamentos. como a Castrol Lubrificantes. “Com o
detalhes: cada marca de equipamento Trata-se de uma antiga reclamação avanço desse programa da AEMP, que
pesado utiliza um conjunto diferente dos profissionais do setor, que an- deve se estender para vários países,
de eletrônica embarcada para controlar seiam por soluções intercambiáveis, chegaremos cada vez mais próximos
seus componentes mecânicos, hidráuli- complementares e customizáveis. da gestão integrada de frotas off-ro-
cos e até pneus. São esses sistemas que Nos EUA, por exemplo, a AEMP (As- ad, permitindo aos gestores mapear
informam o nível de temperatura e de sociation of Equipment Management com detalhes os dados operacionais,
pressão hidráulica, o consumo médio Professionals) iniciou há tempos uma de manutenção e de segurança de
de combustível, as anomalias em deter- padronização nesse sentido, criando seus equipamentos para alcançar a
minadas peças etc. protocolos-padrão para a indústria. máxima produtividade nas obras ou
Para transmitir essas informações, Atualmente, o programa está na ver- nas minas”, diz Tarik Sarhan, diretor
cada fabricante desenvolve protoco- são 1.2, abordando 19 campos de da- geral da desenvolvedora de sistemas
los de comunicação próprios, mais dos (que também geram códigos de Telogis na América do Sul.

62 REVISTA M&t

MT_186.indb 62 18/12/2014 10:42:33


TELOGIS
Plataforma multicamadas promete acelerar a unificação do processo de gestão

PLATAFORMA Intelligence) que permitem ao gestor


Aliás, é justamente para ajudar a olhar para o aspecto macro da fro-
sanar esse descompasso de informa- ta, obtendo dados de produtividade
ções que a Telogis vem pesquisando e ciclo de vida médio, por exemplo,
o problema em nível mundial, em um enquanto o gerente de manutenção
projeto que culminou no desenvolvi- avalia os detalhes de peças e itens de
mento de uma plataforma de teleme- consumo, como lubrificantes”, diz ele.
tria e softwares que promete otimizar Por outro lado, o executivo lembra
definitivamente o processo. que a obtenção dos dados para aná-
E os primeiros resultados já podem lise depende da leitura dos dados
ser conferidos no Brasil, pois a em- emitidos pelo fabricante do equipa-
presa acaba de introduzir aqui a pla- mento, o que remete novamente à
taforma Assets. De modo geral, são necessidade de padronização busca-
rastreadores que podem ser instala- da pela AEMP. Isso mostra que a tão
dos em vários componentes do equi- sonhada padronização ainda não está
pamento. Ligados por sinal de celular totalmente ao alcance, mas talvez seja
ou via GPS, eles emitem parâmetros apenas uma questão de tempo. Isso
específicos do componente para o porque, como explica o especialista,
software Assets. Na sala de controle, dados do trem de força (motoriza-
o gestor obtém relatórios personali- ção), por exemplo, já são mais “acom-
zados com esses dados, programando panháveis”, uma vez que a maioria
paradas de manutenção preventiva dos fabricantes utiliza o protocolo
ou, até mesmo, podendo intervir com padrão da SAE. “Para os parâmetros
antecedência em desgastes prematu- do trem de força, a tecnologia já pode
ros de peça. ser adquirida de prateleira, enquan-
Segundo Sarhan, a tecnologia da to para o monitoramento dos demais
Telogis apresenta várias camadas, componentes ainda é necessário ava-
sendo que a empresa buscou desen- liar caso a caso”, conclui.
volvê-la com o inovador conceito de
“gestão por exceção”. “Isso significa Saiba mais:
Telogis: www.telogis.com.br
que criamos camadas de BI (Business

dezembRO/janeiro - 2015 63

MT_186.indb 63 18/12/2014 10:42:36


LEGISLAÇÃO

Polêmica à vista

ODEBRECHT
A revisão da NR-1 vem
sendo seguidamente adiada,
mesmo com sua relevância
como base para as demais
A tualmente, diversas nor-
mas relativas à saúde
e segurança no traba-
lho estão em revisão no
Brasil. Além da NR-12 e da NR-18,
também a NR-1 (Norma Regulamen-
tadora nº 1) está recebendo propos-
órgãos dos Poderes Legislativo e Ju-
diciário, que possuam empregados
regidos pela Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT). Em suma, trata-se de
uma lei que estabelece procedimen-
tos para reduzir e mesmo eliminar os
riscos à saúde e integridade física e
normas e importância para a tas para alterações, mas a conclusão moral dos trabalhadores, aplicando-
deste processo vem sendo seguida- -se a todas as organizações e empre-
integridade do trabalhador mente postergada, no que pesem a gadores, que devem assumir os ris-
sua importância como base para as cos advindos do desenvolvimento de
demais normas e o impacto direto de atividades econômicas em qualquer
seu conteúdo para a integridade dos local de trabalho. O assunto, porém,
trabalhadores. abre espaço para muita discussão.
O principal escopo da NR-1 visa a
estabelecer as disposições gerais e os UNIFORMIZAÇÃO
requisitos mínimos para prevenção Segundo Robson Rodrigues da Sil-
em segurança e saúde no trabalho va, engenheiro civil de segurança do
(SST), obrigando ainda o atendimen- trabalho e representante da bancada
to às demais normas regulamentado- de governo no Comitê Permanente
ras pelas empresas privadas e públi- Nacional (CPN), a NR-1 deveria ser
cas, órgãos públicos da administração a primeira a ser alterada, pois é a di-
direta e indireta, bem como pelos retriz de todo o conjunto normativo

64 REVISTA M&t

MT_186.indb 64 18/12/2014 10:42:36


Proposta tem pontos polêmicos
A participação dos empregados do modelo tripartite, além de excluir a com-
processo de identificação dos riscos no petência explícita de embargo de obras
ambiente de trabalho é um dos pontos e interdição de processos de trabalho,
mais polêmicos da nova NR-1. Segundo a mantendo medidas mais conciliatórias
pesquisadora da Fundacentro, Maria Ma- de notificação de empresas. “Em uma si-
eno, a proposta de alteração da NR-1 não tuação em que há nitidamente um dese-
avança nesse sentido, embora destaque quilíbrio de poder entre o empregador e
a participação dos trabalhadores. “Parti- o empregado e conflito de interesses, as
cipação sem liberdade de organização é ações educativas, embora necessárias, são
uma afronta aos métodos de pesquisa e insuficientes para a proteção da saúde do
de intervenção, que pressupõem integra- trabalhador”, afirma.
ção de saberes de trabalhadores e técni- Outro tópico polêmico envolve o traba-
cos”, escreve a médica em texto divulga- lho domiciliar, em casos que caracterizem
do à imprensa. relações de emprego. “Isso abrangeria
Para Maeno, a proposta de alteração trabalho informal? Como seria a inter-
também restringiria a autonomia do MTE venção nas casas dos trabalhadores?”,
no que se refere à elaboração e revisão indaga-se a especialista. “Sem essa expli-
das NR, subordinando o ministério ao citação, cai-se no vazio.”

existente no país para um assunto petências da Secretaria de Segurança


que afeta a todos. Mas não é o que e Saúde no Trabalho (SSST) e da Dele-
acontece. gacia Regional do Trabalho (DRT) em
“O movimento de reforma das nor- situações como embargos de obras,
mas teve início em 1990, de modo que interdição de estabelecimentos, fren-
as outras normas trouxeram um his- tes de trabalho em canteiros de obras,
tórico para a NR-1”, afirma Rodrigues. uso de máquinas e equipamentos e
“Antes, não havia a preocupação com outras, além de impor sanções por
riscos e a NR-1 veio para corrigir o descumprimento dos princípios le-
disparate entre as normas modernas, gais e regulamentares.
uniformizando a linguagem e tentan- Justamente devido a essa importân-
do colocar as outras em um mesmo cia como referência para as demais
padrão.” normas, o prazo da consulta públi-
Conforme explica Decio Branco de ca da nova NR-1 foi prorrogado pelo
Mello Filho, engenheiro de segurança Ministério do Trabalho e Emprego
da Odebrecht, a NR-1 de fato é uma (MTE). Em parte, a decisão foi toma-
norma de gestão introdutória, sen- da devido às pressões dos sindicatos
do aplicável a todas às demais NR da para que o texto-base fosse retirado
Portaria nº 3.214, que desde 1978 ou a consulta pública prorrogada.
aprova as leis relativas à Segurança e Com isso, o novo prazo foi estabele-
Medicina do Trabalho no país. cido para o dia 24 de novembro, após
A NR-1, como destaca o especialis- o que prorrogou-se por mais 60 dias.
ta, é uma norma de poucos parágra- Polêmico, o novo texto da NR-1 pra-
fos, contendo atualmente apenas três ticamente propõe a exclusão dos em-
páginas, porém definidoras das com- pregados do processo de identificação

dezembRO/janeiro - 2015 65

MT_186.indb 65 18/12/2014 10:42:39


LEGISLAÇÃO

ODEBRECHT
dos riscos no ambiente de trabalho,
atribuindo ainda aos empregadores o
poder de definir o grau de risco (leia
Box sobre o assunto na pág. 65).

IMPACTOS
De acordo com Branco de Mello, a
Branco de Mello: empresas maiores já se adequam aos conceitos de gestão, mas restam pontos polêmicos a discutir
proposta da nova NR-1 foi embasada
em uma norma de gestão para aplica-
ção dos conceitos de PDCA (acrônimo ção da norma no trabalho executado versão da lei, o profissional da Ode-
para “Plan”, “Do”, “Check” e “Action”, no domicílio que, com certeza, não brecht avalia que as construtoras não
no sentido de corrigir ou agir de for- pode ser comparado com aquele de- irão enfrentar grandes conflitos, pois
ma corretiva) sobre as demais nor- sempenhado no estabelecimento do muitas já trabalham com os conceitos
mas regulamentadoras. empregador, onde há maior controle”, de PDCA em seu Sistema de Gestão In-
No entanto, como destaca o enge- diz Branco de Mello. tegrado em Qualidade (SGI). “Porém,
nheiro, ocorre redundância em rela- Ainda segundo o especialista, os pro- esses itens mais polêmicos citados na
ção às demais NR já em vigor, como é fissionais da área que têm debatido as norma, como a questão da integrida-
o caso, por exemplo, da NR-9 (Progra- disposições gerais da norma ainda dis- de moral e do trabalho executado no
ma de Prevenção de Riscos Ambien- cordam sobre a inclusão de “integrida- domicílio, poderão sim trazer sérias
tais), que já exige as etapas de anteci- de moral” dos trabalhadores no escopo complicações a todos os segmentos”,
pação e reconhecimentos dos riscos, da norma. “No meu entendimento, uma interpõe. “Por isso, acredito que de-
estabelecimento de prioridades e norma regulamentadora não deve in- vem ser extraídos da nova proposta
implantação de medidas de controle, cluir o assunto da integridade moral, de texto da NR-1.”
incluindo avaliação, monitoramento, que evidentemente é um assunto sério,
registro e divulgação dos dados sobre mas que deve ser tratado em outra es- Saiba mais:
Fundacentro: www.fundacentro.gov.br
a exposição dos trabalhadores. “Ou- fera”, ele comenta. MTE: portal.mte.gov.br/seg_sau/consultas-publicas.htm

tro fato que deve ser citado é a aplica- Em relação aos impactos da nova Sobratema: www.sobratema.org.br

Núcleo Jovem debate normas regulamentadoras


O Núcleo Jovem da Sobratema criou um Grupo de Trabalho tificação de desenvolvimento humano da Sobratema) e inclui
para discutir as normas regulamentadoras, suas revisões e os im- Bernardo Uliana (Tracbel), Claudio José Castro Silva (Queiroz
pactos para a produtividade, segurança e qualidade nos segmen- Galvão), Cláudio Morais (Makro), Daniel Rocha (Liebherr), Da-
tos de construção e mineração, niel Zacher (John Deere), Décio de Melo (Odebrecht), Gus-
De acordo com o coordenador do Núcleo Jovem, Rodrigo Kon- tavo da Fonseca (Manitowoc), Lupércio de Almeida Filho (IV
da, o GT tem o intuito de contribuir para que as construtoras, Guindastes), Rainer Rostirolla (Queiroz Galvão) e Raljo Borges
pedreiras, fabricantes e locadores de equipamentos participem Naylor (Queiroz Galvão).
ativamente das discussões relativas às revisões e elaborações
de NR, compartilhando experiências e desafios encontrados
nos canteiros de obras no Brasil. “O GT será uma interface
diferenciada que levará para dentro das empresas o que vem
ocorrendo nas Comissões Permanentes Regionais e na Comis-
são Permanente Nacional das NR”, acrescenta. “Além disso,
será uma maneira de mobilizar a opinião pública para um tema
relevante para nosso setor.”
O GT é coordenado por Wilson de Mello Jr. (diretor de cer-

66 REVISTA M&t

MT_186.indb 66 18/12/2014 10:42:40


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MT_186.indb 67 18/12/2014 10:42:41


SEGURANÇA

A redução de riscos
nos canteiros
Seguindo algumas diretrizes, é possível alcançar níveis elevados de segurança
e obter uma redução mútua de riscos de acidentes nas obras de engenharia

N
Por Camilo Filho

a implantação de qual- proximidades.

MAKRO
quer projeto, seja de O próximo passo é o conhecimento
construção civil, petro- dos tipos de içamentos, com seus res-
química, naval ou outro, pectivos pesos e dimensões. A seguir,
é comum a utilização de equipamen- o pessoal de segurança deve verifi-
tos de movimentação de cargas, em car o peso da carga, altura e raio de
especial os guindastes, exigindo a operação de cada içamento, ou seja,
consideração das necessidades espe- estabelecer um plano de rigging para
cíficas quanto à segurança das má- cada movimentação. Isto é funda-
quinas, dos operadores e da área ao mental inclusive para o isolamento da
redor. área e procedimentos de emergência,
Guindastes não são brinquedos gi- incluindo rotas de emergência, áreas
gantes, mas ferramentas que fazem de agrupamento para evacuação, de
com que a indústria da construção descanso, refeições e sanitários.
alcance os objetivos de seus projetos. Posteriomente, devem ser levados
Seguindo algumas diretrizes, é possí- em consideração o tipo e o tamanho
vel alcançar altos níveis de segurança do guindaste que será mobilizado
e obter redução mútua de riscos nas para o site, de modo que a área este-
obras, seja por meio de pré-planeja- ja preparada não só para o içamento
mento como com treinamentos con- propriamente dito, como para a mon-
tínuos de colaboradores para opera- tagem da máquina, preparativos das
ções com guindastes e movimentação peças a serem içadas e demarcação
Guindastes não são brinquedos gigantes
em geral. da área de contingência, viabilizan-
do um içamento seguro. Além disso, ção. O gestor deve assegurar-se de
REDUÇÃO MÚTUA somente pessoal com experiência, que todo o pessoal envolvido na ope-
treinado e qualificado em operações ração entende seu trabalho, respon-
Basicamente, isso é o que se chama
com guindastes, sinalização e rigging sabilidades e absoluto comprometi-
de “redução mútua de risco”, um pro-
deve ser permitido nas operações de mento com a segurança, sua e de seus
cedimento que inclui diferentes pas-
içamento. pares. Afinal, segurança é responsabi-
sos. O primeiro item é conscientizar
Por fim, resta emitir a Permissão lidade de todos.
os profissionais de suas responsabi-
lidades por meio de DDS’s, palestras, de Trabalho (P.T.) e fiscalizar, sempre.
treinamentos e outros meios, envol- Procedimentos, normas e diretrizes *Camilo Filho é especialista em içamentos pesa-
dos, membro da Association of Crane & Rigging
vendo todos os colaboradores que são muito importantes, mas sua mera Professionals (ACRP) e engenheiro de equipa-
atuem diretamente na operação e aplicação nada resolve sem fiscaliza- mentos na Odebrecht.

68 REVISTA M&t

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INSTITUCIONAL

Tendência irreversível
Sobratema e Abendi

MELINA FOGAÇA
assinam acordo referente
à Certificação de Terceira
Parte, projeto que busca
estabelecer um novo patamar
de qualificação profissional

E
para o setor da construção
m dezembro, a Sobrate-
ma (Associação Brasi-
leira de Tecnologia para
Construção e Mineração)
e a Abendi (Associação Brasileira de Mamede e Ferreira: esforço conjunto por melhorias na segurança operacional
Ensaios Não Destrutivos e Inspeção)
tadoras em vigência no país. Além ra, presidente da Abendi, a certifica-
selaram a parceria iniciada em 2013
disso, a certificação representa um ção é uma tendência internacional,
com a assinatura do acordo referente
diferencial para o profissional, pois que beneficia profissionais, empresas
à Certificação de Terceira Parte, que
reforça seu comprometimento com e a própria sociedade. “A certifica-
promove a qualificação e certificação
o cumprimento das normas de segu- ção é boa para os profissionais, pois
de profissionais no setor.
rança. “Com as certificações, as em- garante mais empregabilidade, tor-
Inicialmente, o projeto – que tem
presas também obterão ganhos de nando sua atividade mais reconhe-
base na norma ISO 17024 – certifi-
competitividade, tendo como resulta- cida, assim como para as empresas,
cará profissionais que atuam no seg-
do a melhoria dos serviços prestados pois encontrarão profissionais com a
mento de içamento e movimentação
e a redução de retrabalho, custos com qualificação requerida”, diz Ferreira.
de cargas, como rigger, supervisor
seguros e sinistros”, destaca. “Mas, acima de tudo, é benéfica para a
de rigging, sinaleiro amarrador e
sociedade, pois um profissional quali-
operadores de guindastes, gruas,
ficado reduz o risco de acidentes.”
guindautos, pontes rolantes e pórti- MULTIPLICADORES De fato, segundo Wilson de Mello
cos. Mas o projeto tende a expandir- Mamede frisa que a parceria pre-
Jr., diretor de Formação e Certifica-
-se para outros segmentos. “A partir vê ainda a formação e certificação de
ção da Sobratema, a parceria vislum-
de agora, já estamos trabalhando instrutores, que atuarão como multi-
bra um novo patamar de qualificação
na certificação para operadores de plicadores de conhecimento, além do
profissional, reduzindo o alto número
equipamentos da Linha Amarela” credenciamento de centros de treina-
de acidentes e óbitos ainda registrado
afirma Afonso Mamede, presidente mento. Isso significa que, com o tem-
no setor. “Não podemos aceitar que a
da Sobratema. po, diversos cursos estarão disponí-
indústria de construção gere mais de
Segundo ele, o projeto proporciona veis, com métodos, cargas horárias e
um óbito ao dia, principalmente devi-
uma garantia de que o profissional processos padronizados, de modo a
do à falta de qualificação de profissio-
possui qualificação para executar as garantir um conteúdo programático
nais”, finaliza.
atividades com qualidade e seguran- abrangente e garantir a formação e
ça, segundo padrões estabelecidos reciclagem dos profissionais. Saiba mais:
pelas principais normas regulamen- Para Luiz Fernando Corrêa Ferrei- Abendi: www.abendi.org.br
Sobratema: www.sobratema.org.br

70 REVISTA M&t

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TORRES DE ILUMINAÇÃO
ATLAS COPCO

Luz nos
canteiros
Essenciais para trabalhos
noturnos ou em obras com
luminosidade escassa, torres
de iluminação viabilizam
operações que não podem parar

M uitas vezes, quando o


prazo de entrega das
obras aperta, o traba-
lho noturno torna-se
indispensável nos canteiros. O mes-
mo ocorre no lusco-fusco das minas,
em condições absolutamente indi-
tura como construção de estradas,
aeroportos, portos, ferrovias e obras
de arte.
De fato, não são só as operações
noturnas que demandam estes equi-
pamentos de apoio, como também
locais que – mesmo de dia – contam
pactos de rajadas de ventos a mais de
100 km/h, como explica Manuel Sán-
chez Bada, gerente de engenharia da
Himoinsa. “Em relação à autonomia,
as torres também podem trabalhar
mais de sete noites, sem precisar de
reabastecimento”, diz ele, evidencian-
ferentes aos raios do sol. E é nesse com pouca iluminação, a exemplo do do as características dessas soluções.
ponto que entra em cena um recurso que ocorre na mineração e na cons- “Além disso, no verão as torres de
pouco visível para muitos observado- trução de túneis, por exemplo. iluminação trabalham durante toda a
res, mas que permite que todos vejam Disponíveis em modelos com alcan- noite e, no inverno, geram luz 24 ho-
com maior clareza. Evidentemente, ces variados, a depender da necessi- ras por dia, sendo que a luz natural é
estamos falando das torres de ilumi- dade de aplicação, normalmente os muito incipiente nesta época, aumen-
nação, que – além de eventos e outras equipamentos podem atingir alturas tando a necessidade de luz artificial.”
aplicações pontuais – são maciça- de até 9 metros e iluminar áreas de Um dos modelos de destaque do
mente utilizadas na construção civil, até 30 mil m², além de suportar varia- portfólio da Himoinsa é a torre de
mineração e em obras de infraestru- ções drásticas de temperaturas e im- iluminação a Apolo Start 4006 (ou

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TORRES DE ILUMINAÇÃO
AS4006), que, como informa Bada,

HIMOINSA
tem nove metros de altura e está pre-
parada para resistir a temperaturas
que variam de -20°C a 45°C, além de
possuir autonomia de trabalho de até
70 horas ininterruptas. Ou seja, não é
por falta de luz que a obra vai parar.

DIFERENCIAIS
Outro diferencial deste tipo de equi-
pamento é a praticidade do transpor-
te, um fator evidentemente muito va-
lorizado por responsáveis de projetos
construtivos, assim como no setor de
mineração, no qual as equipes preci-
sam se deslocar de um lugar a outro Equipamentos resistem a variações de temperatura, ventos e turnos ininterruptos de operação
nas jazidas, em função das diversas
fases de extração. conta com um modelo de equipamen- A propósito, o modelo LTA6 recen-
Nesse sentido, segundo Fred to desenhado especificamente para o temente ganhou produção nacional,
Shen, gerente regional de vendas mercado brasileiro. Conforme explica com a inauguração de uma fábrica
da Himoinsa, o mastro da AS4006 Eder Rodrigues, diretor comercial da da empresa em Contagem (MG), a
é exemplar, pois pode ser dobrado Himoinsa do Brasil, “o modelo LTA6 primeira da marca na América do
manualmente no sentido horizontal, foi projetado especialmente para Sul e que também produz grupos
garantindo um transporte facilitado atender aos requisitos técnicos do geradores de 23 a 750 kVA. “Com o
que reduz o tempo de trabalho e, con- público brasileiro, incluindo um chas- crescimento do interesse pelo setor
sequentemente, contribui para o au- si com contenção de 110% dos líqui- de locação, vimos uma grande opor-
mento da produtividade. dos, que contribui para maior prote- tunidade para iniciarmos a produção
Mas o portfólio da empresa também ção ao meio ambiente”. local“, afirma Rodrigues.

Equipamentos atuam SUSTENTABILIDADE


em sinergia com geradores Nesse segmento, as companhias
Como explica o diretor comercial da Himoinsa, Eder Rodrigues, uma série de fatores que mais se destacam no mercado
influencia na performance das torres de iluminação, como altitude, variação de tempera- oferecem produtos resistentes às
tura, clima, autonomia necessária, área a ser atendida e outros. Além disso, a utilização condições climáticas mais adversas,
dessas ferramentas requer a presença de geradores, para os casos de queda de energia com baixo nível de ruído e que, de
ou utilização em locais com difícil acesso à energia elétrica. quebra, possuem maior flexibilidade
Afinal, em trabalhos que necessitam de torres de iluminação, é necessário garantir que de rotação, o que permite sua utiliza-
os equipamentos funcionem sempre a pleno vapor, especialmente se estiverem servindo ção em diversas situações.
de suporte a trabalhos noturnos, com funcionamento ininterrupto. Por isso, caso aconte- Seguindo tais especificações, a
ça uma eventual queda de energia no local onde estão instaladas, é indicado o aluguel torre de iluminação sobre reboque
de um gerador de energia para abastecê-las. LTN6L da Wacker Neuson é outro
Ainda de acordo com Rodrigues, a manutenção da torre de iluminação também é exemplo adequado. Ajustável, o equi-
muito semelhante a um grupo gerador. “Como a torre é equipada com motor a diesel, pamento gira até 360º e emite níveis
deve-se seguir as instruções do fabricante, com manutenções preventivas, que incluem de 67 dB(A) a 7 m de altura, conforme
a troca de óleo e filtros dentro de um determinado período ou número de horas de fun- explica Marcelo Mariotto, gerente de
cionamento”, diz ele. vendas da Wacker Neuson Máquinas.

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Torre enfrenta temperaturas
WEBER MT
extremas na Mongólia
Fabricada pela Himoinsa, a torre de iluminação Apolo Start 4006 demonstra grande
capacidade de enfrentar situações adversas. Um dos cases mais recentes que ilustram
isso ocorre em Tavan Tolgoi, uma jazida de carvão ao sul da Mongólia, considerada uma
das maiores minas de carvão do mundo e onde ocorrem mudanças súbitas de tempera-
tura, que vão de -40°C no inverno a mais de 35°C no verão.
Segundo as mais recentes explorações, a Tavan Tolgoi possui 6,4 bilhões de toneladas
de carbono de alta qualidade. E, atualmente, cinco torres de iluminação AS4006 e um
grupo gerador silencioso modelo HFW250 T5 operam nos seis setores de extração da
desafiadora jazida asiática.

“Outra característica que permi- MOBILIDADE


te uma operação mais tranquila é o Já a empresa Weber MT tem em
chassi 100% vedado e atestado, ga- seu portfólio torres de iluminação
Mastro vertical elimina risco de queda das torres rantindo operação sem necessidade de mastro vertical, com oito metros
da utilização de bandejas de conten- de altura e suportes niveladores que
“Além disso, as torres de iluminação ção, além de eliminar os riscos de garantem a fixação da torre no solo.
montadas sobre reboque também contaminação do solo”, garante Ro- Segundo o departamento comercial
apresentam um modelo de carroceria drigo Vidal, gerente de produto da di- da empresa, o mastro vertical elimina
compacta e estreita, visando à melho- visão de energia portátil da empresa o risco da queda, aumentando assim
ria do custo-benefício com transporte sueca. a segurança dos operadores. “A torre
e armazenagem”, diz ele. Destaque-se que este fator é cada realiza um único movimento para er-
Em relação ao baixo ruído, aliás, a vez mais valorizado no mercado, pois guer e abaixar, além de já vir equipa-
torre de iluminação QLT M20 também as questões ambientais têm influên- da com gerador de 9 kVA”, acrescenta
merece menção. Fabricada no Brasil cia crescente na escolha de equipa- a empresa.
pela Atlas Copco, o equipamento tem mentos para a utilização em obras Outro modelo presente no portfólio
baixíssimo nível de ruído – de ape- da construção civil, infraestrutura de nacional da marca, a W-Linktower é
nas 59db(A) –, permitindo operações transportes e até mesmo aplicações uma torre de iluminação móvel, in-
noturnas em áreas residenciais, por como perfuração de poços. dicada para manutenção de rodovias,
exemplo.
locações e eventos. De acordo com
Modelo de torre sobre reboque permite ajuste para facilitar o transporte e armazenagem Carlos Hexsel, gerente nacional de
vendas da empresa, a torre de ilumi-
WACKER NEUSON

nação sem gerador deve ser conecta-


da a uma saída externa de energia ou
ligada a um gerador. “A W-Linktower
é capaz de iluminar 2.000 m²”, afirma
o especialista. “E, por ter uma estru-
tura mais compacta, um único cami-
nhão truck pode transportar até 32
torres W-Linktower.”

Saiba mais:
Atlas Copco: www.atlascopco.com.br
Himoinsa: www.himoinsa.com.br
Wacker Neuson: www.br.wackerneuson.com
Weber MT: www.webermt.com.br

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MINERAÇÃO

Reaproveitamento da água
impulsiona tecnologias
Em tempos de seca, a CDE traz ao mercado brasileiro suas soluções tecnológicas que

E
reaproveitam a água e demais materiais utilizados na produção de areia industrial
m âmbito mundial, re- a empresa irlandesa CDE – que atua Isso é possível com a recirculação
aproveitar o material com classificação de materiais nos de água doce pela unidade, dimi-
utilizado nas opera- setores de mineração, construção, nuindo o volume necessário do
ções tornou-se uma areias industriais e ambiental – (cada vez mais) precioso líquido.
preocupação constante para em- desenvolve equipamentos que se De fato, segundo o gerente regional
presas de diversos setores, espe- notabilizam pela recuperação da Pedro Freire, o foco da CDE é fornecer
cialmente na construção e mine- água, como uma planta para pro- soluções que reaproveitem ao má-
ração. E, em relação à água, isso é dução de areia industrial e clas- ximo a água utilizada no sistema de
ainda mais verdadeiro. Sem falar sificação de rejeitos de britagem lavagem do material. “A CDE é cons-
que, além de reduzir o impacto denominada AquaCycle, composta ciente quanto ao impacto ambien-
ambiental, a reciclagem também por um sistema de tratamento que tal, especialmente nas minerações,
ajuda a garantir uma produção recupera até 90% da água utiliza- principalmente em relação ao uso da
mais eficiente, diminuindo custos da nas unidades de classificação, água”, diz ele. “Por isso, fazemos de
e aumentando a produtividade. além de permitir reduções signi- tudo para obtermos um reaproveita-
Apostando neste conceito-chave, ficativas nos custos operacionais. mento mais eficaz possível.”

MELINA FOGAÇA

74 REVISTA M&t

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TENDÊNCIA

MELINA FOGAÇA
De acordo com a empresa, o siste-
ma AquaCycle pode ser integrado a
operações de pedreiras, reciclagem
e mineração, especialmente em uni-
dades de classificação que proces-
sem materiais diversos como areia,
cascalho, pedra britada, minério de
ferro e outros. Como enfatiza Edu-
ardo Lemes, engenheiro técnico da
empresa, a implantação desse tipo
de sistema para tratamento otimi-
za a reutilização da água e diminui Tendência em pedreiras é de processar a própria areia, levando à necessidade de reciclar a água
drasticamente o nível de rejeito de O objetivo é projetar um sistema de da planta. “Na Britagem Barracão, a
material. processamento de pedra calcária em combinação das soluções EvoWash
O especialista refere-se ainda a um sua unidade, localizada a 40 km de e AquaCycle integra diversas fases
problema recorrente no setor, em Belo Horizonte, utilizando para isso o de processamento, resultando em
que os fluxos de rejeitos (compostos espessador AquaCycle A600. uma redução significativa de gas-
por rochas trituradas misturadas aos Já em Santa Catarina, com o obje- tos para uma planta pequena como
efluentes nos processos oriundos das tivo de diminuir problemas com es- essa”, afirma Torresan, acrescentan-
fases de processamento de minérios) paço físico e desperdício de água e do que a pedreira em Gaspar atua na
são normalmente descarregados em material reutilizáveis, a companhia classificação de produto nobre, com
barragens. “Por meio de uma centrí- Britagem Barracão também inves- granulometria abaixo de 5 mm e já
fuga ou de um filtro prensa, é possí- tiu em uma solução modular de la- pronto para o mercado.
vel eliminar a necessidade da criação vagem da CDE Brasil, aumentando a Tais exemplos mostram o cresci-
dessas barragens de rejeitos”, explica eficiência em sua pedreira de Gaspar, mento da penetração das soluções
Lemes. “E isso traz benefícios signifi- como garante Juarez Torresan, CEO em território nacional, mas outros
cativos à saúde, segurança e susten- da empresa Vento Sul, representante países também já registram cases
tabilidade ambiental da unidade de da CDE naquele estado. “A Britagem de sucesso da CDE do Brasil. Na
atuação.” Barracão provavelmente é a primeira Venezuela, por exemplo, a empresa
Outro ponto a se destacar é a ten- companhia brasileira a produzir clas- montou uma unidade – junto com a
dência atual de as pedreiras, ao invés sificação de finos por meio do sistema construtora Camargo Corrêa – em
de repassarem o material a terceiros CDE para lavação de finos de brita- uma pedreira nos arredores de Ca-
para abastecer o setor de concreto, gem”, diz ele. racas. Lá, a solução escava areia e
processarem a própria areia. “Com No caso, a solução utilizada inclui agregados do leito de um rio local,
isso, as britagens que produzem areia uma unidade de recuperação de ma- utilizando o material para produzir
industrial agora precisam reaprovei- teriais finos denominada EvoWash, concreto.
tar a água”, afirma o engenheiro. que é capaz de transformar o pó de Para esta operação, a CDE utilizou
brita em areia industrial com es- uma unidade de classificação móvel
CASES pecificação, removendo a fração de M2500 E3, capaz de – segundo a fa-
Nessa linha, uma das experiências materiais grossos de seus rejeitos. bricante – obter um produto de areia
mais recentes com as soluções da CDE Além disso, em uma faixa modular e agregados de boa qualidade e me-
vem ocorrendo no estado de Minas de produtos, a planta também con- lhor dimensionamento, devolvendo o
Gerais, onde uma planta totalmen- ta como um espessador AquaCycle material para a unidade de peneira-
te automatizada foi adquirida pela A400, utilizado para reciclar e re- mento e britagem onde é gerada areia
empresa Mineração Lapa Vermelha. circular até 90% da água em torno classificada de 0 a 5 mm.

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MINERAÇÃO
PÓS-VENDA

MELINA FOGAÇA
Segundo o diretor global da CDE,
Brendan McGurgan, a empresa irlan-
desa – que atua em várias partes do
mundo – mantém no Brasil um ser-
viço de atendimento pós-venda bem
estruturado, de modo a garantir a
produtividade das soluções.
Nessa linha, o executivo afirma que a
empresa conta com um sistema deno-
minado ProMan, que consiste em um
processo de gerenciamento com um
único ponto de contato durante o ciclo
de vida do projeto, estabelecendo um
relacionamento direto com os enge-
nheiros que projetaram a unidade.
McGurgan explica que cada proje-
to demanda uma elaboração especí-
fica e cuidadosa, que leve em conta Também na mineração, setor de pós-venda ganha proeminência crescente como fator de competitividade
as características do local, materiais, lidade passa do gerente de projeto comenta. “E, depois disso, quando
prazos e requisitos do projeto. “Este para a equipe do serviço denomina- a planta já está rodando, gastamos
sistema já foi implementado em di- do CustomCare, que inclui serviços ainda mais uma semana com trei-
versos projetos internacionais, como de manutenção preventiva, contratos namento especifico para pessoas de
no Reino Unido e Irlanda, Oriente Mé- personalizados e diversos programas várias áreas, como operação, parte
dio, África e, agora, América do Sul”, de treinamento de operadores. elétrica, manutenção etc.”
sublinha. “O intuito da empresa não con-
Após a instalação e comissionamen- siste apenas em ir ao local e insta- Saiba mais:
to de uma unidade CDE, como explica lar o produto. Nós também comis- CDE: www.cdedobrasil.com
Vento Sul: www.ventosul.net
o engenheiro Lemos, a responsabi- sionamos e fazemos o ajuste final”,

Fabricante atua há três anos no país


Com presença em todos os continen- na Irlanda do Norte, sendo exportados
CDE GLOBAL

tes, a CDE vê o Brasil como um novo para diversas partes do mundo. Além do
mercado, com grande potencial a ser mercado interno, o escritório no Brasil
explorado por suas soluções. A empresa atende ao mercado de outros países da
aportou no país em 2012, após verifi- América Latina, como Argentina, Colôm-
car que o mercado brasileiro era um dos bia, Chile e Venezuela. “Toda economia
poucos no qual ainda não tinha pene- passa por altos e baixos e, mesmo em um
tração comercial, tornando-se um lugar cenário oscilante como agora, nós preten-
propício para investimentos, principal- demos apostar no país por décadas”, diz
mente no setor nacional de mineração, Brendan McGurgan diretor geral da CDE
principal área a ser explorada por seus Global. “Para 2015, acredito que seja um
produtos. ano de investimento e crescimento no
Por enquanto, todos os equipamentos Brasil. Estamos otimistas e, além disso,
da empresa são projetados e fabricados gostamos de desafios.”

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A ERA DAS MÁQUINAS
O desenvolvimento das esteiras
Por Norwil Veloso

Na década de 30, começaram a ser xasse de algo ser fora do comum longa linha de tratores IHC. Os tra-
desenvolvidos os tratores e carre- para se tornar a opção mais usada, tores inicialmente produzidos pela
gadeiras de esteiras, nos quais a nitidamente superior aos motores Monarch passaram a usar a marca
elevação e descarga das caçambas Otto em trabalhos pesados ou em Allis-Chalmers e foram equipados
eram feitas por guinchos e cabos, locais muito frios ou muito quen- com lâminas de diversos fabricantes.
com estruturas de aparência muito tes. De fato, sua eficiência e baixo Os tratores da Case foram equipados
estranha para os padrões atuais. consumo de combustível foram com esteiras Trackson, da mesma
Mas o sucesso da inovação foi muito extremamente significativos no forma que os tratores Fordson.
rápido. contexto da época, como relatou a Em 1935, surgiu o até então maior
Nessa mesma época, a Eimco revista “Die Bauindustrie”, em 1938: trator de esteiras do mercado, o
criou uma carregadeira de descarga “Atualmente, o motor diesel serviu, Caterpillar RD8, com 14,8 t e 110
pela traseira, que foi produzida e quase sem exceção, como fonte de hp, antecessor do que seria o mais
copiada por vários outros fabrican- potência para tratores de esteiras. famoso trator desse tipo, o Cat D8.
tes até a década de 50. Aliás, os Comparado com os motores a ga- No final daquela década, surgiram os
tratores de esteiras surgiram como solina, tem um consumo de com- Cat D4, D6 e D7, enquanto a Interna-
uma solução bastante prática, uma bustível 75% mais econômico”. tional introduziu a série TD e a Allis-
vez que suas esteiras substituíam -Chalmers lançou a série HD.
(com vantagens) os trilhos até en- PIONEIROS E novos implementos foram sendo
tão utilizados. Nessa época, surgiram diversos introduzidos. Em 1931, a LeTourneau
Em 1931, foi produzido o primei- fabricantes de equipamentos de passou a usar escarificadores puxa-
ro trator Caterpillar Sixty, que usava construção, que logo se tornariam dos por tratores na construção da
um motor bastante “exótico” para famosos por seus tratores. Em 1932, rodovia de acesso a Hoover Dam. De-
a época. Mas não demorou muito o “ TracTractor” da International Mc rivados de arados e escarificadores
para que o motor a Diesel dei- Cormick Deering daria origem à de solo, tais implementos pesavam
Este Euclid TC 12 com lâmina operada a
de 3 a 4 t e foram bastante utilizados
cabo aparenta ser demasiadamente compacto, também em outras obras.
considerando sua potência de 390 cv
IMAGENS: REPRODUÇÃO

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a era das máquinas
Os tratores “Cletrac” (posterior- os tipos de máquinas para limpeza
mente denominados Oliver) tinham de terrenos. Os novos implementos
recursos bastante diferenciados, incluíram destocadores que podiam
tais como um sistema de direção derrubar árvores, equipamentos
com duplo diferencial, que tornava para manuseio de pilhas de madeira,
desnecessária a frenagem de uma removedores de raízes e outros.
esteira para fazer as curvas e permi- Nessa época, também foi populari-
tia que a máquina continuasse a se zado o uso de uma corrente presa a
mover com potência total. Também dois tratores, com comprimento de
apresentava os eixos de apoio das até 30 metros, para desmatamento
armações das esteiras montados na inicial de áreas de obra. Ainda nos Carregadeiras Trackson tinham pá suspensa por cabos
dianteira, o que reduzia as cargas de Estados Unidos, R. G. LeTourneau
hp), seguido pelo o D9 (com 270 hp)
impacto e protegia a transmissão. vendeu sua construtora para se con-
em 1954 e, um ano depois, pelo TC-
Em 1931, começaram a ser produ- centrar na fabricação de um conjun-
12, da Euclid (com 390 hp).
zidos tratores agrícolas de esteiras to de grandes máquinas de des-
Inicialmente feito através de cabos
pela Komatsu. Em 1936, o trator G40 matamento e limpeza, que seriam
e guinchos instalados na frente ou
recebeu uma lâmina hidráulica. Na lançadas até a década de 60.
na traseira da máquina, o controle da
Europa, surgiram fabricantes como A partir de então, o desenvolvi-
lâmina deu lugar a sistemas hidráuli-
Ateliers de Bondy, Fowler, Track- mento das máquinas foi espetacular.
cos cada vez mais confiáveis a partir
-Marshall, Ransomes (que produziu o A colocação da lâmina, a evolução
do início da década de 50. Também
primeiro mini-trator do mundo, ba- das esteiras e dos sistemas de trans-
foram desenvolvidas lâminas espe-
seado num trator Hanomag), Menck, missão foram alguns dos aspectos
ciais para diversos tipos de serviço.
Lanz e outros. marcantes, mas principalmente a
evolução tecnológica levou a um
PÓS-GUERRA
AVANÇOS crescimento cada vez maior dessas
Com o final da Segunda Guerra
No período entre 1935 e 1960, os máquinas. Em 1930, o Cat 60 tinha
Mundial, a produção de máquinas foi
avanços foram enormes. A disponibi- 60 hp. Já em 1935, o trator mais
retomada na Europa e Japão. Fabri-
lidade de motores de maior potência possante estava na faixa de 100 hp
cantes antigos como a Fowler, Track
e o uso de controles hidráulicos (Cletrac). Em 1947, a International
Marshall e Garrett retornaram ao
possibilitaram a evolução de todos Harvester lançou o TD 24 (com 180
mercado, juntamente com máquinas
produzidas na fábrica britânica da
Introduzido em 1952, o Vickers 180 International. Neste rol, destaca-
foi renomeado The Vigor em meados
-se o trator Vickers VR180, acionado
da década, quando também ganhou
uma nova grade de radiador. O design por um motor Rolls Royce de 180
do teto era incomum e dificilmente hp, com esteiras especiais de alta
fornecia uma proteção efetiva
velocidade.
Outros fabricantes lançaram seus
produtos no período, como Aveling
Barford, Kaelble, Lanz e Hanomag,
além da Renault e de alguns outros
fabricantes franceses. Na Itália, a
Fiat e fabricantes como Lombardi-
ni, Lamborghini e Ansaldo também
lançaram seus modelos iniciais.

Leia na próxima edição:


Topografia: da corda ao GPS

78 REVISTA M&t

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A FeirA Onde desde 1995, A M&T eXPO
Os neGÓciOs TeM suPerAdO TOdAs
AcOnTeceM
As eXPecTATivAs de
PúblicO e de
vendAs. JunTOs,
FAreMOs A
ediçÃO de
2015 AindA
MelHOr.

A M&T Expo Máquinas e Equipamentos, Feira e Congresso, segundo seus expositores e visitantes, é o evento do setor da
construção que mais gera negócios, tecnologia e conhecimento. Em 2015, a M&T EXPO terá mais de: 500 expositores, 1.000
marcas, 110.000 m2 de área e 54.000 visitantes com alto poder de decisão e influência.
de 9 A 13 de JunHO de 2015 | sÃO PAulO/sP | brAsil | GArAnTA Já A suA áreA WWW.MTeXPO.cOM.br

Realização Local

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Infraestrutura projeta
investimento recorde
Com previsão de investir

imagens: reprodução
R$ 1,17 tri em mais
de 6 mil obras, país
espera superar gargalos
em segmentos como
transporte, energia, óleo &
gás, saneamento, habitação,
indústria e outros

N
os últimos anos, a área
da infraestrutura es-
teve em evidência nas
agendas dos governos
federal, estadual e mu-
nicipal. Foram anunciados programas de
fomento, como o PAC (Programa de Ace-
leração do Crescimento) e o PIL (Progra-
ma de Investimentos em Logística), que
vêm contribuindo para o desenvolvimen-
to do setor. As concessões rodoviárias e
aeroportuárias são exemplos de ações
que movimentaram as empresas do seg- xas ou duplicações.” nal do ano, os aportes financeiros no setor
mento e trouxeram expectativas impor- No caso das concessões dos aeroportos, para os próximos cinco anos giram em torno
tantes para a cadeia construtiva. Marques analisa que elas deverão seguir o de R$ 1,17 trilhão. Ao todo, são 6.068 obras
Para Mário Humberto Marques, vice-presi- mesmo caminho saudável das rodoviárias. em andamento, em projeto e intenção, con-
dente da Sobratema, o programa de conces- Para 2015, a expectativa é que o governo tabilizadas e divididas em oito setores da
sões rodoviárias acertou ao deixar os investi- estabeleça novas concessões de infraestru- economia: transportes, energia, óleo & gás,
dores dominarem a elaboração dos ‘Planos de tura, que se transformarão em obras a par- saneamento, infraestrutura de habitação,
Negócios’ e os riscos envolvidos. “O governo tir de 2016. “No entanto, para isso ocorrer, infraestrutura esportiva, indústria e outros.
tem exercido, cada vez mais, o papel de regu- serão necessárias ações de ajuste fiscal e “Se esses empreendimentos forem realiza-
lador do processo licitatório, sem interferir na adequações nos programas para que saiam dos, haverá uma mudança positiva no seg-
elaboração dos planos”, explica. “E algumas do papel as licitações nas áreas de portos e mento”, afirma Marques. Algumas obras
restrições ambientais estão sendo tratadas ferrovias”, avalia o especialista. citadas na pesquisa incluem o Superporto
para dar mais agilidade ao início das obras, De acordo com a “Pesquisa Principais do Espírito Santo, o Trem de Alta Velocida-
como é o caso da simplificação dos processos Investimentos em Infraestrutura no Brasil de (TAV), a Ferrovia Minas-Bahia, as Usinas
ambientais para a construção de terceiras fai- até 2019”, publicada pela Sobratema no fi- Hidrelétricas de Belo Monte, Jirau e Santo

80

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leonardo castro
Antônio, o Sistema Produtor de Água São
Lourenço, entre outras.
A pesquisa ressalta ainda que o Brasil pre-
cisa investir mais em infraestrutura para ala-
vancar o crescimento econômico nacional.
Há três décadas, o país investe pouco mais
de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) ao ano
no segmento, uma taxa inferior ao do Chile,
Colômbia e Peru, que aportaram anualmen-
Aportes financeiros em projetos de infraestrutura podem fomentar setor de equipamentos
te 5%, 3% e 4% dos seus respectivos PIBs nos
últimos anos. Em 2013, o índice foi de 2,5%, o transporte continua sendo um fator muito
EQUIPAMENTOS
enquanto a China chegou a 13%. “Em um presente na composição do custo logístico,
Esses aportes financeiros destinados aos
ano, a China construiu o equivalente a toda basta ver, por exemplo, que 48,6% das 111
diversos setores da infraestrutura contri-
a nossa infraestrutura”, diz o estudo. empresas consultadas consideram muito
buirão, também, para fomentar o setor de
alta a influência dos transportes na forma-
equipamentos para construção e minera-
TRANSPORTES ção do preço final de seus produtos”, desta-
ção. Por esse motivo, os fabricantes do
O levantamento aponta que o setor que ca Paulo Resende, coordenador do Núcleo
segmento já confirmaram sua participa-
mais receberá aportes financeiros até 2019 é de Infraestrutura e Logística da Fundação
ção na M&T Expo 2015 – 9ª Feira e Con-
o de transportes, com aproximadamente R$ Dom Cabral e responsável pelo estudo. Na
gresso Internacionais de Equipamentos
438,4 bilhões, o que corresponde a 37,49% indústria da construção, o custo da logística
para Construção e 7ª Feira e Congresso In-
do valor total estimado. Na sequência, estão – que equivale a 21,33% do que o setor arre-
ternacionais de Equipamentos para Mine-
as áreas de óleo & gás, com R$ 319,5 bilhões, cada – é utilizado principalmente para trans-
ração, a ser realizada de 9 a 13 de junho do
e de energia, com R$ 191,7 bilhões. “Esses da- portar produtos e matérias-primas.
próximo ano, no São Paulo Expo Exhibition
dos refletem a necessidade de fortes investi- O agronegócio também sofre com o custo
& Convention Center, nova denominação do
mentos para ampliar e melhorar a qualidade logístico. Segundo o consultor Luiz Antonio
Centro de Exposições Imigrantes.
das rodovias, portos, aeroportos e ferrovias, Fayet, entre 2003 e 2013, enquanto os custos
Algumas das empresas já confirmadas
de modo a aumentar a competitividade das logísticos na Argentina cresciam de US$ 14
são Ammann do Brasil, Astec do Brasil,
empresas brasileiras e, consequentemente, por tonelada (posta no porto) para US$ 20,
Atlas Copco, Ausa, BMC-Hyundai, Case
contribuir para um crescimento econômico no Brasil a conta passou de US$ 28, em 2003,
Construction Equipment, Caterpillar, Doo-
mais robusto”, opina Marques. para US$ 92 dez anos depois, em um aumen-
san, Gascom, Guiton Socage, Haulotte,
Atualmente, o segmento de transpor- to de 228,5%. Para ele, a redução desse custo
Imapi, JCB, JLG, John Deere/Hitachi, Ko-
te e logística representa um dos maiores passa, necessariamente, pela conclusão das
matsu, LDA Tanques, Liebherr, Lintec-Ixon,
gargalos na economia nacional. Dados da obras do chamado “Arco Norte”, uma série
Machbert, Manitou Brasil, New Holland
pesquisa Custos Logísticos no Brasil 2014, de projetos envolvendo ferrovias, hidrovias,
Construction, Palfinger, Proton Primus,
da Fundação Dom Cabral, mostram que os terminais portuários e áreas de transbordos
Putzmeister, Randon Veículos, Romanelli,
custos logísticos no Brasil consomem 11,19% que estão em andamento no Centro-Oeste,
Rontan, Rossetti, Sany, Schwing-Stetter,
da receita das empresas, que revelam ter Norte e Nordeste do país. Nesse sentido, os
Skyjack, Tadano Brasil, Terex Latin Ame-
um alto nível de dependência de rodovias investimentos em transporte nessas três re-
rica, Volvo Construction Equipment, Wa-
(85,6%), máquinas e equipamentos (68,5%) giões estão estimados em R$ 80 bilhões até
cker Neuson, Wirtgen Group, Wolf, XCMG,
e energia elétrica (66,7%). “Em linhas gerais, 2019, segundo a Pesquisa da Sobratema.
XGMA, Yanmar e outras.

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Cidades do futuro
Com foco em mobilidade, O segmento de transporte é o que recebe
a maior fatia, com investimentos de R$ 438,4
nos estaduais e parcerias público-privadas
(PPP). Se incluirem-se as obras em projeto
saneamento, urbanização bilhões para o período. Dentre as obras em e intenção, o número de obras sobe para
e habitação, investimentos andamento incluem-se a Linha 5 do Metrô aproximadamente 3.400.
de São Paulo, a Linha 4 do Metrô do Rio Já o Plano Nacional de Saneamento Bá-
ampliam a qualidade de vida de Janeiro, os Veículos Leves sobre Trilhos sico (Plansab) prevê que sejam aportados
dos municípios brasileiros (VLT) de Santos e de Cuiabá, o Corredor Via recursos da ordem de R$ 508,4 bilhões até

O
710 de Belo Horizonte, a Perimetral de Por- 2033. Do total de investimentos previstos,
Brasil tem pressa. Sem to Alegre, o Tunel Santos-Guarujá, a Ponte 59% bilhões virão de recursos federais e 41%
tempo a perder, as ne- sobre o rio Baetatã em Magoragipe (BA), a de recursos de outros agentes, como go­
cessidades gritantes Travessia de Juazeiro (BA), entre outras. vernos estaduais e municipais, prestadores
de infraestrutura nas Incluindo esgotamento sanitário, abas- de serviços de saneamento e iniciativa.
grandes e médias cida- tecimento de água e coleta de resíduos A propósito, levantamento da ABDIB
des brasileiras exigem que, cada vez mais, sólidos, os investimentos em saneamento (Associação Brasileira da Infraestrutura e
se invista em transporte público, sanea- básico chegam a R$ 35,8 bilhões, incluindo Indústria de Base) aponta que a atuação do
mento básico, habitações, educação, saú- 1.500 obras tocadas por prefeituras, gover- segmento privado nas operações de abas-
de e sustentabilidade dos municípios.

Metrofor
Para isso, os municípios vêm elevando o
nível de prioridade de seus investimentos,
promovendo a ampliação de sistemas de es-
gotamento sanitário, anéis viários, corredo-
res de ônibus, linhas de metrô e trens, BRTs
(Bus Rapid Transit), monotrilhos e VLTs (Veí-
culo Leve sobre Trilhos), assim como a pavi-
mentação de ruas, urbanização de bairros e
construção de moradias populares, creches,
escolas e hospitais.

APORTES
De acordo com a pesquisa “Principais In-
vestimentos em Infraestutura no Brasil até
2019”, publicada pela Sobratema no final
do ano, os aportes financeiros nessas áre-
as estão estimados em R$ 1,17 trilhão entre
2014-2019. Ao todo, são 6.068 obras em an-
damento, nas áreas de transporte, energia,
óleo & gás, saneamento, infraestrutura de
habitação, transporte, indústria e outras.

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tecimento de água e esgotamento sanitá-
rio no Brasil atinge o percentual de 5% dos
municípios nacionais, além de contemplar o
atendimento a três capitais (Manaus, Cam-
po Grande e Cuiabá) e atuar em três regiões
metropolitanas (Recife, Rio de Janeiro e São
Paulo). As cidades de menor porte são as
que têm maior presença das PPP. Dos 297
municípios com participação do setor pri-
vado, 70% têm população inferior a 50 mil
habitantes.
Na área de infraestrutura de habitação, o
estudo revela que são quase 600 obras em
andamento em todo o território nacional.
Somando as obras em projeto ou intenção,
essa quantidade chega a mais de 880 obras

Reprodução
para a urbanização de bairros e construção
habitacional.
Setor de transporte e mobilidade urbana é o que mais receberá aportes até 2019

ESTÍMULOS taxa Selic (atualmente em 11,25% ao ano), o e que os entes acabem pagando à União
No final do ano, o Senado aprovou por que for menor. juros mais elevados do que os vigentes no
unanimidade o projeto de lei que altera o in- Isso significa que, quando a fórmula IPCA mercado.
dexador das dívidas de estados e municípios for maior que a variação acumulada da taxa Além disso, ao passar pela Câmara o pro-
com a União. O projeto atualiza o indexador Selic, a própria taxa básica de juros será o in- jeto incluiu um artigo que faz retroagir ao
das dívidas, trocando o IGP-DI (mais 6% a 9% dexador. O objetivo é evitar que a soma dos início dos contratos a aplicação do limitador
ao ano) pelo IPCA (mais 4% anual) ou pela encargos fique muito acima da taxa de juros da taxa Selic. Na prática, essa alteração ofe-
rece um desconto no estoque da dívida para
Feira tem foco em cidades as cidades e os estados.
Diante da constatação que os investimentos em infraestrurura, construções e obras cada O relator do projeto, senador Luiz Hen-
vez mais ocorrem no âmbito das cidades e municípios, a Sobratema elegeu como foco central rique (PMDB-SC), disse que sua aprovação
da Construction Expo 2016 (Feira e Congresso de Edificações e Obras de Infraestrutura) o vai possibilitar aos entes federados deve-
tema “Cidades em Movimento: Soluções Construtivas para os Municípios”. dores a retomada da capacidade de inves-
O evento apresentará uma oportunidade para a esfera privada apresentar suas inovações timento. “Em termos de obras e ações da
para obras nos municípios que atendam às necessidades de órgãos públicos em termos de iniciativa pública, o Brasil está investindo
produtividade, qualidade, redução de custos e agilidade. Para os profissionais da esfera públi- apenas 2,5% do Produto Interno Bruto e
ca, será uma chance de entrar em contato com as melhores soluções em materiais, serviços, deveria investir no mínimo 5%. para ter-
equipamentos e tecnologias que permitirão a realização de seus empreendimentos habita- mos um crescimento do PIB e um desen-
cionais e de infraestrutura. volvimento sustentável”, pontua. “E, em
A feira Construction Expo será realizado em junho de 2016, em São Paulo, reunindo mais razão da transformação do caráter usuá-
de 20 mil visitantes altamente qualificados, compostos predominantemente de lideranças e rio dessa dívida, os estados perderam a
dirigentes de construtoras e representantes de prefeituras e municipios de todo o país. capacidade de investimento.”

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Internacional conteúdo exclusivo khl

Infraestrutura aeroportuária
é prioridade na América Latina
Entre reformas, ampliações e construções de novos aeroportos, estão sendo investidos
mais de US$ 17,9 bilhões na região, cuja demanda de passageiros aumenta ano a ano
Segundo estimativa da Associação Inter-

reprodução
nacional de Transporte Aéreo (IATA), o trá-
fego de passageiros nos aeroportos latino-
-americanos terá um crescimento anual de
4,7% até 2034. Se essa previsão se cumprir,
o número de passageiros chegará a 605 mi-
lhões ao ano (contra os atuais 242 milhões),
o que garantiria à América Latina um índice
de 8,3% do mercado mundial de aviação.
Atualmente, os países da região contam
com 574 aeroportos e cerca e 100 linhas aé-
reas em operação, mas essa estrutura já não
atende à demanda e, por isso, o setor se mo-
vimenta para ampliá-la. Nesse sentido, di- Projeto do novo Aeroporto Internacional da Cidade do México,
que a partir de 2020 atenderá a cerca de 50 milhões de passageiros por ano
versos países vêm investindo na construção,
reforma ou ampliação de aeroportos, movi- obras do primeiro aeroporto executivo pri- O Chile também investe em seu princi-
mentando um volume de US$ 17,9 bilhões. vado do país, na cidade paulista de São Ro- pal aeroporto, o Arturo Merino Benitez, em
No começo do ano passado, o governo que. O projeto receberá investimento de cer- Santiago. Em fevereiro, o governo licitará
brasileiro anunciou investimentos de US$ ca de US$ 223 milhões em sua etapa inicial. o projeto que – com investimentos de US$
733 milhões para a construção e reforma 700 milhões – contempla a ampliação do
de 67 estruturas aeroportuárias na região REGIÃO atual terminal de passageiros, além da cons-
Norte do país, dentre os quais se encontram Se no Brasil os projetos pressupõem in- trução de outro. Dessa forma, pretende-se
novas construções na Ilha de Marajó (PA), vestimentos de mais de US$ 3,5 bilhões, no triplicar a capacidade do aeroporto, que
em Bonfim e em Rorainópolis (RR). México somente o novo Aeroporto Interna- poderá receber o tráfego de 50 milhões de
Além disso, prosseguem as reformas do cional da Cidade do México (AICM) receberá pessoas ao ano em 2045.
Galeão-Tom Jobim (RJ), um dos maiores nada menos que US$ 12,4 bilhões. No segundo trimestre, se iniciariam as
aeroportos da região. Com investimento Na primeira fase, que deve ser concluída obras do Aeroporto Internacional de Chin-
de US$ 909 milhões nos próximos dois até 2020, o aeroporto terá capacidade para chero, no Peru. O investimento total será
anos, serão erigidos 26 novos pontos de mais de 50 milhões de passageiros por ano, de US$ 538 milhões, contemplando um ter-
embarque, além de 68 novos balcões para o que o colocaria na 20ª posição em âmbito minal de 40 mil m² e capacidade de trans-
check-in, 47 slots para aviões e 2,7 mil va- mundial (e o 1º na América Latina), conside- portar 4,5 milhões de passageiros por ano,
gas para veículos particulares. Com isso, rando dados de 2013. podendo chegar a 5,7 milhões.
pretende-se duplicar a capacidade des- Ainda no México, o Aeroporto Internacio- Entre os demais investimentos atual-
te aeroporto. No Rio de Grande do Sul, o nal de Cancún prepara uma nova etapa de mente em execução, encontram-se ainda
principal projeto é a construção do Aero- expansão com a construção de um quarto os aeroportos Scarlett Martínez (Panamá),
porto Internacional 20 de Setembro, em terminal de passageiros, que se somará à Palmerola (Honduras), Costa Esmeralda
Portão, que terá capacidade para 40 mi- ampliação do terceiro terminal. Ao todo, (Nicarágua), Aeroporto do Café (Colômbia)
lhões de passageiros por ano e está orçado está previsto aumento de 30% na capacida- e Pisco (Peru), iniciativas menores, mas que
em cerca de US$ 1,6 bilhão. de, chegando a 25 milhões de passageiros em conjunto demandarão investimentos
Em breve, também serão iniciadas as por ano já em 2017. próximos a US$ 650 milhões.

84 REVISTA M&t

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MANUTENÇÃO

Vida útil plena


e produtiva
D
Embora sejam equipamentos simples, alimentadores são aplicados em operações intensivas
e sob condições severas, o que exige inspeções frequentes e cuidados com a operação

estinados à alimenta-
imagens: eprodução

ção e dosagem do fluxo


em diversos estágios de
plantas de britagem, os
alimentadores são equi-
pamentos que exigem vistorias regu-
l a r e s e c u i d a d o s o p e ra c i o n a i s b á s i c o s,
p o r é m e s s e n c i a i s. I s s o p o r q u e e s s e s
equipamentos recebem impacto dire-
t o d e p e d ra s b r u t a s e p e s a d a s, a l é m
d e g e ra l m e n t e t ra b a l h a r e m e m r e g i m e
i n i n t e r r u p t o. Po r i s s o, o s p r o c e d i m e n t o s
d e m a n u t e n ç ã o e o p e ra ç ã o s ã o m u i t o
i m p o r t a n t e s p a ra e v i t a r p a ra d a s d o a l i -
m e n t a d o r. To m a n d o - s e a l g u n s c u i d a d o s
b á s i c o s, é p o s s í v e l e s t e n d e r s u a v i d a
ú t i l a o l i m i t e, q u e i d e a l m e n t e p o d e a l -
c a n ç a r a t é 1 5 a n o s, e m m é d i a .
No mercado nacional, existem atual-
mente três tipos básicos de alimentado-
r e s p a ra m i n e ra ç ã o e b r i t a g e m e m g e ra l :
a l i m e n t a d o r e s d e s a p a t a s, a l i m e n t a d o -
r e s v i b ra t ó r i o s e a l i m e n t a d o r e s d e c o r-
reia. Existem ainda outros tipos menos
c o m u n s e p a ra a p l i c a ç õ e s e s p e c í f i c a s,
q u e n ã o s e r ã o m e n c i o n a d o s n e s t e t e x t o.

SAPATAS
M a i s r o b u s t o s, o s a l i m e n t a d o r e s d e
sapatas são basicamente constituídos
p o r u m a e s t e i ra m e t á l i c a , f e i t a d e p l a -
c a s f u n d i d a s o u l a m i n a d a s, p a ra f u s a d a s
e m d u a s c o r r e n t e s d e e s t e i ra d e t ra t o r.
A e s t e i ra t a m b é m é s u p o r t a d a p o r r o l e -

DEZembro/janeiro - 2015 85

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MANUTENÇÃO
t e s d e t ra t o r e u m c h a s s i e s t r u t u -
ra l , c o m o u s e m t r i l h o s d e i m p a c -
t o, o q u e va r i a e m c a d a t i p o d e
a p l i c a ç ã o.
Esses equipamentos são indi-
c a d o s p r i n c i p a l m e n t e p a ra a p l i -
c a ç õ e s m a i s s e v e ra s, o n d e h a j a
impacto constante de material
r e c e b i d o d e c a m i n h õ e s f o ra d e
e s t ra d a o u p á s c a r r e g a d e i ra s d e Modelos de sapatas enfrentam
g ra n d e p o r t e. G r o s s o m o d o, e s s a s condições severas de operação, mas
também apresentam alta confiabilidade
máquinas são utilizadas em ope-
ra ç õ e s n a s q u a i s h á e x i g ê n c i a d e p a ra a g u e n t a r i m p a c t o s e a l t í s s i - s ã o v i t a i s p a ra s e d e t e c t a r p r o b l e -
a l t a d i s p o n i b i l i d a d e, u m a c a ra c - m o p e s o, m a s t a m b é m p a ra m i t i g a r m a s d e m o n t a g e m . N e s s e s e n t i d o,
t e r í s t i c a e l e m e n t a r n a m i n e ra ç ã o, a s p a ra d a s d e m a n u t e n ç ã o. Q u a n - v e r i f i c a r o r e a p e r t o d o s p a ra f u s o s
p o r e x e m p l o, e m q u e s e t ra b a l h a d o a va r i a d o s, a l i á s, e s s e s a l i m e n - é a l g o p r i m o r d i a l , i n c l u s i v e d e f o r-
e m r e g i m e i n i n t e r r u p t o. D a m e s m a t a d o r e s p o d e m d e s a c e l e ra r ( o u ma periódica e sistemática. Quan-
f o r m a , n e s s e t i p o d e o p e ra ç ã o o s i n t e r r o m p e r ) a o p e ra ç ã o d e u m a t o à l u b r i f i c a ç ã o, a v e r i f i c a ç ã o
materiais podem apresentar manu- g ra n d e m i n a e, c o n s e q u e n t e m e n t e, dos mancais do eixo motriz evita
s e i o d i f í c i l , i r r e g u l a r o u a b ra s i v o, t ra z e r e n o r m e s p r e j u í z o s. Po r o u - desgastes excessivos nas partes
o que também é bastante comum t r o l a d o, c o m o u t i l i z a m c o m p o n e n - m ó v e i s, o q u e p o d e s e r r e a l i z a d o
n e s s a a t i v i d a d e. E m p l e n o f u n c i o - t e s d e t ra t o r e s s e l a d o s e l u b r i f i c a - de forma manual, relubrificando a
n a m e n t o, o s a l i m e n t a d o r e s d e s a - d o s “ p a ra t o d a a v i d a ” , p o s s u e m área, ou de forma automática, re-
patas podem atingir capacidades poucos pontos de lubrificação e abastecendo a unidade de lubrifi-
de 100 t/h a 10 mil t/h. a p r e s e n t a m a l t a c o n f i a b i l i d a d e. c a ç ã o. O u t r o p o n t o q u e va l e a t e n -
Pa ra s u p o r t a r a s c o n d i ç õ e s s e - D e s s e m o d o, a s i n t e r v e n ç õ e s b á - ç ã o p a ra u m a c h e c a g e m p e r i ó d i c a
v e ra s d e t ra b a l h o, n ã o é s u r p r e - s i c a s p a ra v i s t o r i a s ã o b e m p o u - e eventual troca são os revesti-
sa que esses equipamentos sejam c a s. A p ó s a i n s t a l a ç ã o n o l o c a l d e mentos da guia de material, prin-
r o b u s t o s e d u r á v e i s, n ã o s o m e n t e o p e ra ç ã o, a s p r i m e i ra s 1 0 0 h o ra s c i p a l m e n t e d a f i l e i ra i n f e r i o r, q u e

Reaperto sistemático dos parafusos é primordial para manter a produtividade de alimentadores

86 REVISTA M&t

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MANUTENÇÃO

Sistemas de alimentação recebem impacto contínuo de pedras pesadas, o que aumenta a necessidade de procedimentos periódicos de manutenção

recebem mais carga, bem como de e m o p e ra ç õ e s m e n o s s e v e ra s d e re no descarregamento do mate-


o u t ra s p e ç a s d e d e s g a s t e. Po r f i m , britagem primária na construção r i a l a b ra s i v o e p e s a d o. C o m i s s o,
é indicada uma regulagem da ten- c i v i l e m i n e ra ç ã o, r e p r e s e n t a n d o a mandíbula do britador também
s ã o d a c o r r e n t e a c a d a i n t e r va l o em torno de 95% da frota total. n ã o é g a s t a u n i f o r m e m e n t e, e x i -
d e 9 0 d i a s, p a ra e v i t a r f o l g a s. São constituídos por uma mesa g i n d o m a n u t e n ç ã o o u r e p a r o s.
Caso o técnico identifique a ne- a p o i a d a s o b r e m o l a s, q u e r e c e b e Pa r a e s s e s e q u i p a m e n t o s, a s i n -
cessidade de reparo nas peças de u m m o v i m e n t o v i b ra t ó r i o p o r m e i o tervenções de vistoria são mais
d e s g a s t e, t a i s c o m o a s p r ó p r i a s d e m e c a n i s m o s e x c i t a d o r e s. E s s e s c o m u n s, p r i n c i p a l m e n t e p a r a r e -
s a p a t a s, é p o s s í v e l u t i l i z a r s u c a t a e q u i p a m e n t o s o f e r e c e m u m a d i v e r- apertos periódicos de parafu-
de aços especiais como matéria- s i d a d e d e a p l i c a ç õ e s, p o d e n d o a l i - s o s, q u e t e n d e m a f o l g a r a p ó s
- p r i m a p a ra f u n d i ç ã o d e u m a n o va . m e n t a r t a n t o b r i t a d o r e s p r i m á r i o s, desgaste das chapas de aço do
A l g u n s a ç o s, c o m o o A R 4 0 0 , a s s e - q u a n t o s e c u n d á r i o s e t e r c i á r i o s. r e v e s t i m e n t o. A v e r i f i c a ç ã o d a
g u ra m m a i o r r e s i s t ê n c i a e d u ra b i - N o s m o d e l o s p r i m á r i o s, o m a t e r i a l lubrificação dos mancais e do
lidade à peça substituta. pode ser recebido de tremonhas desgaste em todo o equipamen-
(ou moegas), alimentadas por ca- to também são pontos necessá-
VIBRATÓRIOS m i n h õ e s e / o u p á s c a r r e g a d e i ra s. rios de vistoria. Na manutenção
E CORREIA No caso de britagem secundária preventiva, são feitas inspeções
O s a l i m e n t a d o r e s v i b ra t ó r i o s e t e r c i á r i a , g e ra l m e n t e s ã o a l i - visuais para detecção de trincas
s ã o m a i s c o m u m e n t e e n c o n t ra d o s mentados por pilhas pulmão ou nos eixos cardan, nos revesti-
s i l o s. D i f e r e n t e m e n t e d o s m o d e l o s mentos da mesa vibratória, nos
de sapata, os alimentadores vi- trilhos ou placas (dependendo
b ra t ó r i o s n ã o p o s s u e m c a p a c i d a d e da versão do alimentador) e em
e l e va d a , p r o d u z i n d o g e ra l m e n t e t o d a a e s t r u t u r a . Va l e l e m b r a r
de 24 a 1,2 mil t/h. q u e, p a r a l o c a l i z a r a s e v e n t u a i s
N o r m a l m e n t e, h á d u a s a ç õ e s q u e t r i n c a s, c a u s a d o r a s i n c l u s i v e d e
podem danificar os sistemas vi- c o r r o s ã o, é p r e c i s o l i m p a r e r e -
b ra t ó r i o s. A p r i m e i ra é a p r ó p r i a tirar o pó residual acumulado no
v i b ra ç ã o d o c o n j u n t o, e x i g i n d o e q u i p a m e n t o.
cuidados adicionais com o tensio- O técnico responsável também
n a m e n t o e c o m o s c o m p o n e n t e s. d e v e v e r i f i c a r a t e n s ã o n a s c o r-
Modelo de correia: estrutura simples A s e g u n d a é o i m p a c t o q u e o c o r- reias de acionamento – nos ca-

DEZembro/janeiro - 2015 87

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MANUTENÇÃO
sos em que o equipamento não é CUIDADOS No caso dos alimentadores de
acionado diretamente pelo motor Seja qual for o tipo de alimenta- s a p a t a s, a f a l t a d e a t e n ç ã o d u ra n -
– , c o r r i g i n d o - a s e f o r n e c e s s á r i o. dores de britagem, os problemas te a troca de componentes tam-
Outro ponto vital de check-list é o p e ra c i o n a i s m a i s r e c o r r e n t e s i n - b é m p o d e t ra z e r d o r e s d e c a b e ç a .
a inspeção dos rolamentos dos ex- c l u e m o t ra b a l h o s e m u m a c a m a d a Po r i s s o, é p r e c i s o d a r a t e n ç ã o a o
c i t a d o r e s e d e t o d o o m e c a n i s m o, constante de material. Ou seja, se alinhamento correto dos roletes e
fazendo as trocas necessárias ao os alimentadores estiverem lim- a o c o m p r i m e n t o u n i f o r m e d a c o r-
s e d e t e c t a r d e s g a s t e e x c e s s i v o. pos (ou sem “fundo morto”), as reia, no caso da troca de apenas
Po r f i m , o s a l i m e n t a d o r e s d e p e d ra s c a e m d i r e t a m e n t e s o b r e a s a l g u m a s s e ç õ e s. D o m e s m o m o d o,
correia são empregados principal- s a p a t a s o u m e s a v i b ra t ó r i a , d a n i - é preciso vistoriar bem a qualida-
mente na retomada de materiais f i c a n d o - a s. U m p o n t o i m p o r t a n t e d e d o s e l o s d a s s e ç õ e s, i d e n t i f i -
f i n o s e ú m i d o s, e m a p l i c a ç õ e s s e - de prevenção neste caso é o uso c a n d o u n i d a d e s a va r i a d a s. O u t r o
cundárias e terciárias nas quais o d e a m o r t e c i m e n t o s, q u e p o d e m s e r ponto importante é o aperto dos
u s o d o s a l i m e n t a d o r e s v i b ra t ó r i o s feitos com correntes pesadas ou p a ra f u s o s, p r i n c i p a l m e n t e d a s s a -
não é recomendado devido à difi- p e d a ç o s d e p n e u s, p a ra d i m i n u i r a p a t a s, va l e n d o r e s s a l t a r q u e o u s o
c u l d a d e d e m a n u s e i o. f o r ç a d e i m p a c t o. d e m a ç a r i c o p a ra c o r t a r p a ra f u s o s
O u t ra ra z ã o p a ra e s s a e s c o l h a é Po r o u t r o l a d o, o p e ra r c o m n í v e i s n ã o é i n d i c a d o, p o i s p o d e d a n i f i -
a s i m p l i c i d a d e d a e s t r u t u ra , f e i - acima da capacidade nominal do c a r a s p e ç a s n o e n t o r n o.
t a p a ra o p e ra ç õ e s e m q u e n ã o h á a l i m e n t a d o r, b e m c o m o a c i m a d a J á n o s a l i m e n t a d o r e s v i b ra t ó -
impacto excessivo ou presença de v e l o c i d a d e o u v i b ra ç ã o i n d i c a d a s, r i o s, u m a a t e n ç ã o e s p e c i a l é r e -
c a ra c t e r í s t i c a s a b ra s i va s n o m a - t a m b é m p o d e r e s u l t a r e m a va r i a s querida quanto ao costume de sol-
t e r i a l r e c e b i d o, c o m o o s f o r m a t o s p r e m a t u ra s. E s s a f a l t a d e a t e n ç ã o dar chapas ou “complementos” no
l a m e l a r e s e c o r t a n t e s e n c o n t ra d o s o p e ra c i o n a l t a m b é m s e m a n i f e s t a c o r p o d o a l i m e n t a d o r, d e i x a n d o o
e m o p e ra ç õ e s s e v e ra s d e m i n e - na alimentação com material aci- equipamento rígido e limitando o
ra ç ã o. D i s p o n í v e i s e m d i f e r e n t e s m a d o t a m a n h o e s p e c i f i c a d o, c a u - m o v i m e n t o, o q u e p o d e c a u s a r i m -
l a r g u ra s e c o m p r i m e n t o s, e s s e s sando entupimento ou até mesmo p a c t o s e r e s u l t a r e m t r i n c a s. A l i á s,
e q u i p a m e n t o s p o s s u e m e s t r u t u ra r o m p i m e n t o d o s c o m p o n e n t e s. va l e r e s s a l t a r q u e o u s o d e q u a i s -
s i m p l e s, c o m p r e e n d e n d o b a s i c a - A l é m d i s s o, é p r e c i s o t e r c u i d a d o quer peças que não sejam as do
m e n t e u m t ra n s p o r t a d o r d e c o r r e i a c o m o d e s g a s t e d o s r e v e s t i m e n t o s, fabricante pode resultar em que-
c o m f o r ç a s u f i c i e n t e p a ra r e t o m a r p r i n c i p a l m e n t e n a f i l e i ra i n f e r i o r b ra p r e m a t u ra e p e r d a d e g a ra n t i a .
o m a t e r i a l e s t o c a d o. da guia de material, causadores Po r ú l t i m o, n a p a r t e h i d r á u l i c a e
h a b i t u a i s d e va z a m e n t o s. elétrica, é recomendado verificar
s e h á va z a m e n t o s o u d a n o s n o s
c a b o s e c o n e x õ e s. Pa ra q u e e s s e
Comuns em operações menos severas de britagem,
modelos vibratórios exigem atenção com tensionamento procedimento seja feito em segu-
e componentes ra n ç a , d e v e - s e d e s l i g a r o e q u i p a -
m e n t o d e q u a l q u e r f o n t e d e e n e r-
g i a e d e s p r e s s u r i z a r o s s i s t e m a s.
Se continuar com pressão baixa,
problemas de funcionamento e ru-
ídos anormais ao funcionamento
d o e q u i p a m e n t o, é r e c o m e n d á v e l
acionar um técnico especializado
d o f a b r i c a n t e o u d i s t r i b u i d o r.

Saiba mais:
Astec: www.astecworld.com
Metso: www.metso.com

88 REVISTA M&t

MT_186.indb 88 18/12/2014 10:43:17


Entrevista
LI QIANJIN

C
om faturamento de mais de 16 bilhões de dó-
imagens: xcmg

lares em 2012, a fabricante chinesa XCMG (Xu-


zhou Construction Machinery Group) atualmen-
te ocupa a quinta posição mundial na venda de
equipamentos da Linha Amarela. Na cidade-sede de Xuzhou,
localizada na região leste do país, a empresa possui 25 fábri-
cas de diversos produtos voltados para a construção, além
de um centro de desenvolvimento tecnológico. No Brasil, a
empresa – que é totalmente controlada pelo governo síni-
co – já opera há dez anos, inicialmente por meio de dealers,
mas em junho deste ano reforçou sua presença no país com a
inauguração de uma fábrica na cidade de Pouso Alegre (MG),
cuja capacidade de produção é de até 7 mil equipamentos ao
ano. Segundo a fabricante, o aporte nessa estrutura foi de
expressivos US$ 200 bilhões, montante que a coloca entre as
empresas do setor que mais investiram no Brasil nos últimos
anos. Aliás, trata-se da primeira unidade fabril da XCMG fora
do seu país de origem. Instalada em um terreno de 800 mil
m², a fábrica ocupa uma área construída de 140 mil m² onde
quatro unidades industriais realizam processos de corte,
solda, usinagem, montagem e pintura das máquinas. Nesta
entrevista, o gerente geral da operação brasileira da XCMG,
Li Qianjin, revela as estratégias da fabricante para atuar no
mercado brasileiro, inclusive mapeando os principais concor-
rentes. Acompanhe.

“A indústria chinesa pôs


fim ao monopólio no
mercado de equipamentos”

DEZEMBRO/Janeiro
dezemBRO/2014
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Entrevista I Li qianjin
M&T – A XCMG escolheu o Bra-
sil para iniciar sua expansão in-
ternacional. O que explica o alto
investimento da empresa na fá-
brica brasileira?
Li Qianjin – A intenção da XCMG
é de se tornar uma empresa de ex-
celência, competitiva no ambien-
te global. Nesse sentido, o moti-
vo da nossa fabricação no Brasil
é que o país, sendo a sexta maior
economia do mundo, encontra-se
atualmente em uma fase de cres-
cimento e, consequentemente,
Meta da XCMG é estar entre as três principais empresas do setor no Brasil
com uma demanda no mercado de
máquinas de construção muito es- Realização de Centro Nacional de fraestrutura incluídos na pauta
tável. Investindo no país aumenta- Tecnologia”. No ano 2014, a em- de realizações do governo fede-
mos nossa competitividade global, presa também ganhou o “III Prê- ral. Após atingir o posto de uma
o que representa um passo muito mio da Indústria Chinesa”, sendo a das três melhores companhias de
importante para a internacionali- única do segmento a obter tal hon- máquinas de construção do Brasil,
zação da empresa. raria até hoje. algo planejado para 2018, a XCMG
M&T – Como a empresa se prepa- M&T – E qual é a avaliação da utilizará a relação entre o Brasil e
ra para essa internacionalização? empresa do mercado de máquinas outros países do continente para
Li Qianjin – No mundo, já somos de construção no Brasil? expandir a influência e a quota de
o quinto maior fabricante de má- Li Qianjin – Como disse antes, o mercado nas demais regiões lati-
quinas de construção e o maior setor é estável, maduro e de alta no-americanas.
da China. A XCMG também possui qualidade, pois é bastante exigente M&T – Como a XCMG pretende
as séries e tipos de produtos mais em serviços e pós-venda, com um concorrer com os fabricantes tra-
completos do mercado, o que a modo estandardizado de operação. dicionais para ocupar os primei-
torna a empresa com a maior in- Além disso, o Brasil é um país em ros lugares na venda de equipa-
fluência e competitividade da in- desenvolvimento e vai precisar in- mentos?
dústria chinesa de máquinas de vestir bastante em construções para Li Qianjin – Historicamente, o
construção. Inclusive, a Comissão melhorar o padrão de vida da po- mercado de máquinas de constru-
do Desenvolvimento e Reforma da pulação. Portanto, avalio que é im- ção sempre foi liderado por mar-
China, junto ao Departamento da prescindível que o país tenha uma cas europeias e norte-americanas.
Tecnologia e outros cinco comitês, demanda grande e estável por equi- São empresas com experiência,
atribuiu à empresa o “Prêmio de pamentos da Linha Amarela. boa reputação, clientes estáveis e
M&T – Nessa linha, quais são um sistema de marketing comple-
Sede da empresa na China os planos para o desenvolvimen- to. Mas nós também evoluímos. A
to no mercado latino-americano? indústria chinesa passou por um
Li Qianjin – Nos próximos cinco processo de introdução, digestão,
anos, a XCMG Brasil tirará provei- absorção e inovação em equipa-
to do crescimento acelerado no mentos na última década. Hoje,
país e do impulso na economia, cada linha de produto possui uma
motivada pelos eventos esporti- técnica específica, patentes de in-
vos e os grandes projetos de in- venção, tecnologia etc. Exemplos

90 REVISTA M&t

MT_186.indb 90 18/12/2014 10:43:27


disso podem ser encontrados na gem, aprofundando raízes no Bra- sores de lixo, veículos de limpeza a
grua de mais de cem metros, as- sil por meio de localização regional alta pressão e outros. O objetivo
sim como o guindaste todo terreno e, como enfatizei antes, satisfazer desses equipamentos é realizar a
(AT) de 2 mil toneladas, o guindas- às necessidades dos clientes de limpeza urbana de forma rápida, se-
te de esteira de 4 mil toneladas, a forma rápida e eficaz. gura e eficaz. Somos a única empresa
maior carregadeira da China, pe- M&T – Quem são os principais chinesa a produzir e fornecer esse
sando 12 toneladas, o veículo de competidores da XCMG? conjunto de equipamentos de ma-
combate a incêndio mais alto da Li Qianjin – Sem dúvida, as em- neira autônoma. Essa linha já é co-
Ásia, a quarta geração de equipa- presas com produção no Brasil, de mercializada há mais de 10 anos na
mentos inteligentes de construção qualquer origem, além das mar- China. As autovarredeiras, inclusive,
de ferrovia etc. Isso tudo causa um cas norte-americanas e europeias já estão sendo produzidas no Brasil,
grande impacto na indústria global mais populares. sendo que o primeiro equipamento
de máquinas de construção e põe M&T – Recentemente, a XCMG foi doado à prefeitura de Pouso Ale-
um fim ao monopólio que existia anunciou o ingresso no incipien- gre (MG), onde a nossa fábrica – que
há alguns anos. te mercado nacional de equipa- tem capacidade para produzir até 7
M&T – E em termos estratégi- mentos de limpeza urbana. Qual mil equipamentos ao ano, incluindo
cos, qual a direção a tomar? é a perspectiva desse negócio e os de limpeza urbana – está instalada
Li Qianjin – Após esse perío- o crescimento que deseja atingir e operacional desde o ano passado.
do de esforço evolutivo, a marca com ele? M&T – A autovarredeira é o
XCMG também conseguiu influên- Li Qianjin – Com mais de 5 mil ci- principal destaque dessa linha?
cia no mercado global e, com isso, dades, o Brasil enfrenta alta densi- Qual é o diferencial desse equipa-
a diretoria da empresa apoiou a dade demográfica estimulada pela mento?
expansão para o mercado brasi- urbanização e modernização cres- Li Qianjin – Sim. Trata-se de um
leiro, fornecendo tecnologia avan- centes. Obviamente, isso traz como caminhão de dois eixos, com varre-
çada, recursos humanos e linhas consequência uma maior necessida- deira a jato de alta pressão, incor-
de produtos que possuem melhor de de cumprir as exigências de quali- porada entre os eixos. O controle
relação de custo-benefício, com dade e eficiência no setor de limpeza da operação é centralizado dentro
potencial de impactar o mercado. urbana. No momento, a XCMG esta- da cabine, diferente de outras auto-
Desse modo, o conjunto de produ- beleceu um conjunto de instalações varredeiras do mercado. E o meca-
tos da XCMG provê soluções inte- de equipamentos de limpeza urbana nismo de acionamento entre motor
grais e podem ser vendidos em pa- e reciclagem, que inclui autovarre- auxiliar e implemento é feito com
cotes. Com esse portfólio, a nossa deiras, caminhões de lixo, compres- ligação direta na embreagem.
estratégia é manter localizações
Impacto: qualidade dos equipamentos chineses tem evoluído, diz executivo
de produção, recursos humanos,
sistemas de suprimento e tecno-
logia o mais rápido possível para
suprir os clientes, além de produ-
zir equipamentos que se adaptem
às necessidades específicas do
mercado brasileiro.
M&T – A propósito, como a
XCMG compete com os outros fa-
bricantes chineses e coreanos?
Li Qianjin – Nesse campo, a es-
tratégia é nos diferenciarmos das
empresas de importação e monta-

DEZEMBRO/Janeiro - 2015 91

MT_186.indb 91 18/12/2014 10:43:28


ompactos & Ferramentas

ompactos &
Ferramentas

gedore
Proteção de
máquinas e usuários
Utilizados em diferentes ramos da indústria, os extratores são ferramentas essenciais em
oficinas de manutenção e desmontagem de máquinas e equipamentos
Por Melina Fogaça

Com o objetivo de otimizar o trabalho na indús- Além da proteção ao usuário, a ferramenta tam-
tria e oferecer alternativas na área de manutenção, bém garante a estanqueidade dos sistemas. Segundo
ferramentas como os extratores facilitam sensivel- Walter Anetezeder, gerente de produtos da SKF, o
mente o trabalho de remoção de rolamentos, buchas, emprego de um extrator mecânico básico é uma das
polias e engrenagens, protegendo simultaneamente formas mais comuns de desmontagem de rolamentos
os componentes da máquina e a integridade física do pequenos e médios. “O uso do extrator de garra, por
usuário. exemplo, protege o rolamento contra danos durante a
Essa, aliás, é uma função que nem sempre é facil- desmontagem”, diz ele.
mente percebida. “De fato, os extratores também
visam a facilitar e proteger o usuário na operação de ADEQUAÇÃO
desmontagem de conjuntos de máquinas e equipa- Mas para obter tais resultados também é importan-
mentos”, afirma Francisco Arruda, coordenador de te saber aplicar a ferramenta correta. Para proteger
promoção técnica da Gedore. os componentes das máquinas e a integridade física
Com um amplo espectro de utilização, os extrato- do usuário, a seleção da ferramenta adequada para
res – cuja aplicação requer um sistema mecânico ou extração hidráulica é um passo muito importante,
hidráulico – podem ser utilizados tanto em minas, garantindo que o trabalho de remoção de rolamentos,
pedreiras e estaleiros como em oficinas de manuten- engrenagens, polias e buchas seja realizado de forma
ção, reparo de máquinas agrícolas, retífica de motores segura e eficaz.
e outros ambientes. Por isso, é preciso atentar para os diferentes tipos

92 REVISTA M&t

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SUPLEMENTO especial
RADAR
aplicação, ou três garras, quando for

gedore
necessária uma fixação mais segura.
Outras características importan-
tes são a válvula de alívio (que evita
danos aos componentes do extrator e
o risco de acidentes nos casos em que
há sobrecarga de extração) e a ponta
cônica (localizada na extremidade do
Extratores
protegem os cilindro hidráulico e ativada por mola,
rolamentos durante a possibilitando uma retração rápida da
desmontagem Válvulas de serviço on/off
haste do cilindro após o término da chegam ao Brasil
de extratores disponíveis no mercado, extração). A Danfoss traz ao Brasil produ-
estudando detalhes da aplicação e os Em relação à dimensão, como ex- tos para aplicação em aquecimento
componentes a serem removidos, de plica a SKF, geralmente o profissional e resfriamento distrital. Dentre as
modo a selecionar o extrator hidráu- escolhe um extrator hidráulico com soluções disponibilizadas pela em-
lico mais apropriado. Nesse sentido, força máxima (em toneladas) de sete presa estão as válvulas de serviço,
atualmente o usuário tem à disposi- a dez vezes maior que o diâmetro que possibilitam a realização de
ção os extratores para rolamentos dos do eixo (em polegadas). O alcance é intervenção, manutenção e reparos
tipos externo, interno e para mancais. outro ponto a ser analisado para que o nos sistemas, permitindo que seja
Grosso modo, o extrator externo é trabalho de extração seja satisfatório. desligado por períodos determina-
uma ferramenta que remove compo- Nesse ponto, é necessário que exista a dos de tempo.
nentes mecânicos por meio do – como maior distância possível entre a ponta
cônica do cilindro hidráulico e a super- www.danfoss.com
o nome diz – anel externo. Inver-
samente, com o extrator interno a fície estriada das garras.
remoção é realizada pelo anel interno,
utilizando acessórios sobressalentes MODELOS
específicos (como dispositivos saca- Como destaca Anetezeder, a linha
-rolamentos) para realizar esse tipo de de extratores mecânicos da empre-
trabalho. Já o extrator para mancais é sa SKF inclui a série TMMA, com os
uma ferramenta que remove rola- modelos TMMA 60, TMMA 80 e TMMA
mentos de alojamentos e eixos, por 120, que basicamente diferem em
exemplo, também utilizando acessó-
rios específicos na operação.

Rosqueadeira elétrica
CARACTERÍSTICAS
opera em locais restritos
Dentre outras, as principais ca-
Produzida pela Ferrari, a ros-
racterísticas técnicas de extratores
riosul tools

queadeira elétrica portátil REP-2 é


hidráulicos de rolamentos incluem
indicada para trabalhos em locais
haste removível, reservatório, bomba
de difícil acesso ou com pouco
e cilindro hidráulicos compactos e su-
espaço de operação. Com motor
porte da haste com rotação de 360º,
elétrico de 2.000 W e velocidade de
o que permite escolher a posição mais
trabalho de 28 rpm, a ferramenta
adequada para realizar o bombeamen-
pode ser utilizada para realizar ros-
to. Além disso, é comum encontrar
cas BSPT em tubos de ø½” a ø2”.
suportes para fixação com garras, per-
mitindo utilizar duas garras, quando www.ferrarinet.com.br
Mercado oferece uma variedade de
há limitação no espaço disponível da produtos para extração de rolamentos e polias

DEZembro/janeiro - 2015 93

MT_186.indb 93 18/12/2014 10:43:34


ompactos & Ferramentas

RADAR
tamanho e força de com uma placa extratora
remoção. de três seções e uma
Os produtos da em- manta protetora para

skf
presa contam ainda o extrator. Em conjun-
com um sistema pa- to, esses componentes
tenteado, denomina- proporcionam uma
do EasyPull, com bra- desmontagem fácil e
ço acionado por mola. segura dos rolamentos,
“Esse mecanismo tais como rolamentos
Fixadores agregam de abertura permite autocompensadores de
eletrônica aos parafusos que seja posicionado rolos, polias e volantes,
Modelos diferem em
Neste ano, a Ciser lançará seus atrás do componente tamanho e força de remoção descreve o especialista.
fixadores inteligentes, que além
com um único movi- A empresa apresenta
de unir duas peças carregam um mento”, diz Anetezeder. “Além disso, também extratores de garra da série
dispositivo eletrônico que funciona
o braço de autotravamento ajuda a TMMP, que proporcionam um bom
como sensor de segurança, indi-
evitar o risco de o extrator deslizar alinhamento, evitando danos ao eixo
cando quando ocorre afrouxamen-
sob a ação de carga, garantindo maior e um aperto superior para rolamentos
to. A solução agrega eletrônica no
segurança à operação.” médios e grandes. A força de des-
parafuso sem alterar as caracte-
A série TMMA da SKF também montagem da série pode variar de 6 a
rísticas de resistência à tração e
disponibiliza extratores com o sistema 15 toneladas.
vibração, diz a empresa.
EasyPull hidráulico. O conjunto TMMA Ainda para trabalhos pesados, como
75H/SET e 100H/SET oferece uma explica o gerente de produtos, a SKF
www.ciser.com.br combinação do sistema hidráulico produz os extratores de garra da série

Confira 18 dicas de uso e manutenção de extratores


 Selecione o extrator adequado em relação ao tipo de trabalho a ser realizado
 Utilize um extrator de três garras sempre que possível, pois tem melhor fixação e extração mais uniforme
 Verifique se os parafusos de fixação das garras estão apertados
 Posicione o extrator na aplicação por meio da porca de ajuste rápido e nunca utilize calços ou outros dispo-
sitivos para adequar o extrator à aplicação
 Aplique força inicial para posicionar e fixar o extrator na aplicação
 Em casos de quebra, para evitar acidentes cubra as garras do extrator e a peça que está sendo removida
com a malha de proteção
 Alinhe e fixe firmemente o extrator na aplicação antes de começar o processo de extração
Canaleta com fita dupla  Aplique a força de extração gradualmente, apenas quando tiver certeza que o extrator hidráulico está
fixado firmemente à aplicação
face dispensa parafusos
A Tramontina Eletrik lança a
 Nunca aplique cargas de choque no extrator hidráulico, na peça que esteja sendo removida ou nos outros
componentes da aplicação
linha de canaletas com fixação por
 Os extratores devem ser utilizados por pessoas treinadas e capacitadas para esse tipo de serviço
fita adesiva dupla face, que dispen-
 Após a utilização, organize o extrator hidráulico e seus acessórios dentro da maleta plástica, para evitar
sa o uso de parafusos na instalação perdas
em paredes de alvenaria. Indicada  Utilize óculos de proteção durante a utilização do extrator
para instalações elétricas aparen-  Sempre utilize a haste removível e jamais outros tipos de ferramenta como alavanca
tes e cabeamento estruturado, a  Não improvisar o extrator para trabalhos não indicados
fita é fabricada em termoplástico  Proteger a ferramenta periodicamente com óleo
e permite fixação em qualquer su-  Armazenar em locais livres de poeira e umidade
perfície limpa, seca e não porosa.  Não ultrapassar os limites de força operacional especificados
www.tramontina.com.br  Deve-se evitar bater sobre ferramenta (principalmente no fuso roscado), pois pode danificá-la e causar
acidentes graves

94 REVISTA M&t

MT_186.indb 94 18/12/2014 10:43:36


SUPLEMENTO especial
RADAR

“A seleção da
ferramenta adequada
é um passo muito
importante para garantir
que o trabalho de
remoção de rolamentos, Produto reduz consumo
engrenagens, polias e de lubrificantes em
buchas seja realizado de ferramentas de corte
forma segura e eficaz.” A Quimatic apresenta um novo
sistema para aplicação de fluidos
que substitui o uso do produto na
forma líquida pela pulverização em
forma de névoa, no ponto exato
de cisalhamento entre a peça e a
ferramenta de corte. Segundo a
TMHP, que são extratores acionados e buchas, de cubos de roda, de vo-
fabricante, a solução reduz em até
hidraulicamente e autocentralizado- lantes automotivos e de articulações
50% o consumo de fluido de corte.
res, indicados para trabalhos que exi- esféricas.
gem o emprego de forças de desmon- Segundo Arruda, a Gedore tam- www.quimatic.com.br
tagem de 15, 30 e 50 toneladas. bém oferece três opções de extra-
Já para rolamentos rígidos de esfe- tores hidráulicos. O portfólio inclui
ras, o kit extrator TMMD 100 foi pro- o saca-polia hidráulico com bomba,
jetado para permitir a desmontagem o fuso hidráulico HSP (com três
fácil e rápida de 71 diferentes tipos de opções de medidas e capacidades
rolamentos, com ajuste interferente oferecidas em conjunto ou adaptá-
nos dois anéis, como acresce o espe- veis aos extratores) e o modelo 1,55
cialista. “Este extrator é apropriado HYD, que é um atuador hidráulico
para uso em aplicações com mancais que pode ser utilizado em conjunto
cegos e aplicações de eixos”, afirma com os diversos modelos de extra-
Anetezeder. “Além de desmontar rola- tores da empresa, para auxiliar na
mentos abertos, o TMMD 100 pode ser extração. “Os saca-polias das séries
usado para desmontar rolamentos ve- 1.06 e 1.07 oferecem flexibilidade
Adesivo híbrido oferece
com duas ou três garras em vários
maior resistência
dados, após a remoção da vedação.”
O novo adesivo híbrido Loctite
tamanhos, de diferentes formas e
4090 da Henkel combina a força
OP ÇÕES comprimentos e diversos sistemas
de adesão do epóxi e a aplicação
A marca Gedore também conta com de fixação, com a possibilidade de
de um cianoacrilato, apresentando
diversos tipos de extratores, como os substituição do fuso mecânico pelo
resistência de alto impacto e vibra-
modelos com garras deslizantes, fixas hidráulico, com um sistema modular
ção em uma grande variedade de
e articuladas, além dos modelos para que permite adequar sua ferramenta
substratos, como metais, plásticos
utilizações específicas, como extração para variadas situações de extra-
e borrachas. O produto preenche
de porcas encravadas, de rolamentos ção”, finaliza o coordenador.
folgas de até 5 mm e resiste a
*Compactos & Ferramentas é um suplemento especial da temperaturas de até 150ºC.
Saiba mais:
revista M&T - Manutenção & Tecnologia. Reportagem, Gedore: www.gedore.com.br
SKF: www.skf.com/br
www.henkel.com.br
coordenação e edição: Redação M&T.

DEZembro/janeiro - 2015 95

MT_186.indb 95 18/12/2014 10:43:40


TABELA DE CUSTO HORÁRIO DE EQUIPAMENTOS

m.o. operação
Equipamento

Mat. Rodante
Propriedade

Manutenção

Comb./Lubr.

Total
Caminhão basculante articulado 6x6 (25 a 30 t) R$ 96,46 R$ 73,64 R$ 21,34 R$ 62,37 R$ 34,50 R$ 288,31
Caminhão basculante articulado 6x6 (30 a 35 t) R$ 161,50 R$ 106,45 R$ 27,51 R$ 76,54 R$ 34,50 R$ 406,50
Caminhão basculante fora de estrada 30 t R$ 68,12 R$ 53,58 R$ 32,72 R$ 41,11 R$ 34,50 R$ 230,03
Caminhão basculante rodoviário 6x4 (26 a 30 t) R$ 31,84 R$ 26,90 R$ 5,46 R$ 14,18 R$ 25,50 R$ 103,88
Caminhão basculante rodoviário 6x4 (36 a 45 t) R$ 43,08 R$ 30,84 R$ 7,97 R$ 28,35 R$ 25,50 R$ 135,74
Caminhão basculante rodoviário 8x4 (36 a 45 t) R$ 59,81 R$ 38,34 R$ 9,39 R$ 31,18 R$ 25,50 R$ 164,22
Caminhão comboio misto 4x2 (6 reservatórios) R$ 36,96 R$ 24,90 R$ 3,77 R$ 9,64 R$ 24,48 R$ 99,75
Caminhão guindauto 4x2 (12 tm) R$ 29,36 R$ 23,20 R$ 3,77 R$ 9,64 R$ 22,44 R$ 88,41
Caminhão irrigadeira 6x4 (18.000 litros) R$ 40,28 R$ 26,84 R$ 4,71 R$ 7,37 R$ 27,00 R$ 106,20
Carregadeira de pneus (1,5 a 2,0 m³) R$ 38,49 R$ 29,04 R$ 5,71 R$ 31,18 R$ 28,50 R$ 132,92
Carregadeira de pneus (2 a 2,6 m³) R$ 54,48 R$ 36,32 R$ 6,62 R$ 39,69 R$ 28,50 R$ 165,61
Carregadeira de pneus (2,6 a 3,5 m³) R$ 76,92 R$ 46,53 R$ 8,46 R$ 45,36 R$ 28,50 R$ 205,77
Compactador de pneus para asfalto (18 a 25 t) R$ 55,02 R$ 24,68 R$ 5,26 R$ 28,35 R$ 28,56 R$ 141,87
Compactador vibratório liso / pé de carneiro (10 t) R$ 57,47 R$ 25,34 R$ 0,71 R$ 39,69 R$ 25,20 R$ 148,41
Compactador vibratório liso / pé de carneiro (7 t) R$ 45,46 R$ 22,06 R$ 0,67 R$ 34,02 R$ 25,20 R$ 127,41
Compressor de ar portátil (250 pcm) R$ 9,02 R$ 12,32 R$ 0,05 R$ 39,69 R$ 15,60 R$ 76,68
Compressor de ar portátil (360 pcm) R$ 11,47 R$ 13,58 R$ 0,05 R$ 48,20 R$ 15,60 R$ 88,90
Compressor de ar portátil (750 pcm) R$ 22,61 R$ 19,02 R$ 0,10 R$ 73,71 R$ 15,60 R$ 131,04
Escavadeira hidráulica (15 a 17 t) R$ 43,73 R$ 32,76 R$ 2,00 R$ 25,52 R$ 33,00 R$ 137,01
Escavadeira hidráulica (17 a 20 t) R$ 44,71 R$ 33,19 R$ 2,48 R$ 39,69 R$ 33,00 R$ 153,07
Escavadeira hidráulica (20 a 25 t) R$ 45,30 R$ 32,93 R$ 4,14 R$ 53,86 R$ 36,00 R$ 172,23
Escavadeira hidráulica (30 a 35 t) R$ 61,36 R$ 41,49 R$ 6,39 R$ 85,05 R$ 39,00 R$ 233,29
Escavadeira hidráulica (35 a 40 t) R$ 74,35 R$ 47,43 R$ 7,25 R$ 104,90 R$ 39,00 R$ 272,93
Escavadeira hidráulica (40 a 46 t) R$ 118,53 R$ 67,62 R$ 7,36 R$ 119,07 R$ 39,00 R$ 351,58
Motoniveladora (140 a 180 hp) R$ 66,19 R$ 39,82 R$ 4,36 R$ 45,36 R$ 42,00 R$ 197,73
Motoniveladora (190 a 250 hp) R$ 76,05 R$ 44,04 R$ 5,14 R$ 56,70 R$ 42,00 R$ 223,93
Retroescavadeira (70 a 95 hp) R$ 36,34 R$ 18,94 R$ 2,89 R$ 22,68 R$ 28,50 R$ 109,35
Trator agrícola (90 a 110 hp) R$ 22,76 R$ 14,07 R$ 1,64 R$ 28,35 R$ 29,40 R$ 96,22
Trator de esteiras (100 a 120 hp) R$ 78,66 R$ 39,48 R$ 4,80 R$ 42,52 R$ 27,00 R$ 192,46
Trator de esteiras (120 a 160 hp) R$ 85,96 R$ 39,43 R$ 6,35 R$ 45,36 R$ 27,00 R$ 204,10
Trator de esteiras (160 a 180 hp) R$ 79,03 R$ 46,14 R$ 7,92 R$ 56,70 R$ 31,50 R$ 221,29
Trator de esteiras (250 a 380 hp) R$ 148,98 R$ 93,06 R$ 19,56 R$ 107,73 R$ 36,00 R$ 405,33
• O Custo Horário Sobratema reflete unicamente o custo do equipamento trabalhando em condições normais de aplicação, utilizando-se valores médios, sem englobar horas
improdutivas ou paradas por qualquer motivo, custos indiretos, impostos e expectativas de lucro. Os valores acima, sugeridos pela Sobratema, correspondem à experiência
prática de vários profissionais associados, mas não devem ser tomados como única possibilidade de combinação, uma vez que todos os fatores podem ser influenciados pela
marca escolhida, o local de utilização, condições do terreno ou jazida, ano de fabricação, necessidade do mercado e oportunidade de execução do serviço. Valores referentes
a preço FOB em São Paulo (SP). Mais informações no site: www.sobratema.org.br
• A consulta ao site da Sobratema, gratuita para os associados, é interativa e permite a alteração dos valores que entram no cálculo. Descritivo: Equipamentos na configuração
padrão, com cabina fechada e ar condicionado (exceto compactador de pneus e trator agrícola), tração 4x4 (retroescavadeira e trator agrícola), escarificador traseiro
(motoniveladora e trator de esteiras > 120 hp), lâmina angulável (trator de esteiras < 160 hp) ou reta (trator de esteiras > 160 hp), tração no tambor (compactador),
PTO e levantamento hidráulico (trator agrícola). Caminhões com cabina fechada e ar condicionado, caçamba com revestimento (OTR), retardador (OTR), comporta traseira
(articulado), caçamba 11 m³ solo (basculante rodoviário 26 a 30 t) ou 12 m³ rocha (basculante rodoviário 36 a 45 t), tanque com bomba e barra espargidora (irrigadeira).
Caminhão comboio com 3.500 l a diesel, 1.500 l água, 6 reservatórios e bomba de lavagem. Referência: Fevereiro/2014

96 REVISTA M&t

MT_186.indb 96 18/12/2014 10:43:44


ANUNCIANTES - M&T 186 - DEZembro/janeiro - 2015
ANUNCIANTE SITE PÁGINA ANUNCIANTE SITE PÁGINA
AEOLUS www.aeolustyre.com 23 MADAL PALFINGER www.palfinger.com 45

ATLAS COPCO www.atlascopco.com.br 27 MANITOU www.manitou.com 3ª CAPA

BOBCAT www.bobcat.com 53 MAXTER www.maxtermaquinas.com.br 63

BOMAG MARINI www.bomagmarini.com 55 METSO www.metso.com.br 61

CASA DO PEQUENO CIDADÃO www.casadopequenocidadao.com.br 97 M&T EXPO 2015 www.mtexpo.com.br 79

CASE CE www.pecaemcontacase.com.br 29 REVISTA M&T www.revistamt.com.br 65

CATERPILLAR www.caterpillar.com.br 30 E 31 SAGE OIL VAC www.sageoilvac.com.br 25

DOOSAN INFRACORE www.doosaninfracore.com 41 E 43 SANDVIK www.construction.sandvik.com 15

ESTUDO DE MERCADO www.sobratema.org.br/estudomercado 67 SDLG www.sdlgla.com 11

GUIA SOBRATEMA www.guiasobratema.org.br 59 SINTO www.sinto.com.br 57

INSTITUTO ATO www.institutoato.org.br 47 TEREX www.terex.com.br 39

ITM www.itm-latinamerica.com 9 TITAN PNEUS www.titanlat.com 69

KOMATSU www.komatsu.com.br 33 VOLVO CE www.volvoce.com 2ª CAPA

LIEBHERR www.liebherr.com 4ª CAPA XCMG www.xcmgbrasil.com.br 49

LINK-BELT http://lbxco.com/brazil 35 YANMAR www.yanmar.com.br 17

LIUGONG www.liugong.com/pt_la/ 51

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MT_186.indb 97 18/12/2014 10:43:44


COLUNA DO YOSHIO

Hora de sair da sombra

T
alvez seja cedo para avaliar o que nos aguarda em 2015, mas o fato é
que já há alguns meses a maioria das empresas concluiu o planejamen-
to para o ano que começa agora, na verdade sem tanto entusiasmo e
preocupadas com um mercado que promete ainda menos resultados
do que os obtidos no ano passado.
Inevitavelmente, a incógnita que ora se descortina nos coloca algumas questões de
fundo. O que os profissionais devem considerar nesta situação? Como elaborar planos
marcelo vigneron

individuais para contornar as adversidades de um ano com orçamentos mais curtos,


maior controle e menos recursos à disposição?
Em nosso passado histórico, as crises têm sido absolutamente recorrentes e, de modo
geral, sempre conseguimos sobreviver e voltar à tona. No entanto, durante tais períodos
menos favoráveis, um dos principais sintomas que os profissionais tendem a apresentar
é a paralisia. Afinal, é natural o receio de tomar iniciativas sem saber o que esperar do
Quando os ventos futuro, num momento crítico em que tudo pode ser motivo para críticas e desaprovação.
O desafio que se impõe é justamente fugir dessa apatia. Quando os ventos favoráveis
favoráveis deixam deixam de soprar, é hora de remar. É nesse momento que os talentos aparecem, com
ideias criativas originadas da capacidade de abstração e – ainda mais importante – cora-
de soprar, é hora gem para executá-las.

de remar. É nesse Em momentos de turbulência o que faz a diferença é concentrar-se no fundamental.


Um bom exemplo é o caso das empresas que precisam aumentar as vendas, para evitar
momento que os que o efeito da crise não seja tão dramático. Nesse sentido, a hora é de buscar maior in-
teração com o mercado, aproximar-se ainda mais dos clientes e intensificar os contatos.
talentos aparecem, É bem possível (e provável) que os concorrentes também estejam pensando da mes-
ma forma. Mas na hora da execução, muitos terão receio de adotar uma mudança drás-
com ideias criativas tica nas atividades da organização para focalizar nas vendas. Eventualmente, tentarão
conciliar a necessidade de mudar com a segurança do habitual, terminando por adotar
originadas da uma “meia-mudança” ou, o que é pior, uma mudança “meia-boca”.

capacidade de A cada ciclo do mercado, surgem oportunidades valiosas de estabelecer uma distân-
cia em relação aos concorrentes. O momento de mudança trazido por uma crise consti-
abstração e coragem tui uma dessas oportunidades inestimáveis de diferenciação. São aqueles que enfrentam
o risco e adotam estratégias claras, com concentração de recursos em poucas ações, que
para executá-las” podem sair mais fortes dessas fases desafiadoras.
Desta vez, que tal controlar o seu receio de mudar, combater a busca intrínseca pela
segurança e assumir um pouco de risco para distanciar-se dos que ficarão paralisados?
Lembre-se que é necessário sair da sombra para ser iluminado e visto. Feliz 2015!

*Yoshio Kawakami
é consultor da Raiz Consultoria e diretor técnico da Sobratema

98 REVISTA M&t

MT_186.indb 98 18/12/2014 10:43:46


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