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SORORIDADE:

A etimologia é do latim sóror, que significa “irmã”. Este termo pode ser considerado a versão
feminina da fraternidade, que se originou a partir do prefixo frater, que quer dizer
“irmão”. A união e aliança entre mulheres, baseada na empatia e companheirismo, em busca
de alcançar objetivos em comum.

Sororidade é RACIONAL.

Aportuguesada, ela é e aplicada diretamente – e muitas vezes equivocadamente – como


opção, reforço ou sinônimo ao conceito de Feminismo.

Numa breve pesquisa é possível encontrar a definição da palavra sororidade como sendo.
Podemos encontrar também como sendo o não julgamento prévio entre as mulheres, já que esse
fomenta a rivalidade fortalecendo estereótipos de que mulheres competem entre si, um produto da
sociedade patriarcal como tática de enfraquecimento das mulheres.

Segundo Babi Souza, jornalista, idealizadora do projeto “Vamos Juntas?” e autora do livro Vamos
Juntas? O Guia da sororidade para todas, sororidade é o “olhar carinhoso para outra mulher”, a
“união e a aliança entre mulheres para alcançar objetivos comuns”, é “enxergar outra mulher como
irmã na luta por direitos iguais”, é a “versão feminina da palavra fraternidade”.

Se a sororidade pressupõe a efetiva relação de irmandade, uma união em prol de um objetivo


comum, inevitavelmente precisamos falar da capacidade de ultrapassar as barreiras do ego. Para
ultrapassar as barreiras do ego, precisamos assumir que somos humanas e, portanto, falíveis,
passíveis de cometer erros, de sucumbir a vaidade e de competir. Essas são características
humanas e não exclusivamente de “natureza feminina”. Para combatermos e nos livrarmos dessas
tendências, é preciso muito autoconhecimento e passar pelo doloroso processo de individuação.
Quanto mais me conheço, melhor posso entender o outro racionalmente.

1 – EMPATIA:

“é o encontro de emoções formando um elo de compreensão, a sua dor é a minha dor.”

A empatia como a habilidade mais importante que um(a) empreendedor(a) deve ter.

Nós não somos um em nossa vida pessoal e outro em nossa vida profissional. É importante que
isso fique bem claro para quem quer começar a empreender, ou já abriu seu negócio. Se você não
desenvolve empatia na sua vida pessoal, dificilmente a aplicação isolada de uma ferramenta vai
lhe trazer o que o seu negócio precisa: conexão com seu público alvo.Característica inerente a
inteligência emocional.
Somente com clareza das minhas próprias dores, habilidades, necessidades e deficiências é que
posso ser capaz de entender e praticar a sororidade num ambiente divergente, heterogêneo,
singular, mas com objetivos comuns.

Basta citar a empatia imediata que acontece entre mães quando uma delas está com uma criança
doente. Sororidade é criar condições para que a mulher esteja com o filho, sem que isso venha a
prejudicá-la no trabalho, por exemplo.

2 – INTERESSE COMUM:

O que se busca é uma cooperação em torno de um bem comum. A palavra vem da noção de
irmandade entre as mulheres sem nenhum clima de disputa ou competição. A luta tem que ter esse
objetivo.

Adote uma postura menos defensiva em relação as outras mulheres, desta forma não haverá um
clima de competição;

3 – MUDAR O NOSSO MINDSET - “modelo mental predominante”.

Só poderemos falar da aplicação da sororidade em esferas sociais como o empreendedorismo e o


ambiente corporativo, a partir do momento que entendermos sua aplicação e implicância em nossa
vida privada, sob pena de cometermos os mesmos equívocos que cometemos com
o empoderamento.

Muitas de nós conseguiu obter cargos de liderança copiando o comportamento masculino, fazendo
uma gestão mais agressiva e competitiva, sempre muito alerta e cautelosa essa mulher dificilmente
abrirá espaço para uma nova colaboradora com potências grandes de crescimento, ela vai temer
e se manter vigilante e dificilmente estenderá a mão, como então pedir que em nome da Sororidade
ela acolha essa recém-chegada?

Na verdade, às vezes as coisas negativas tendem a ser muito mais marcantes, pois são
consolidadas por alicerces baseados no medo e na insegurança. As crenças limitantes são um
exemplo disso. E são chamadas de limitantes justamente por funcionarem como correntes, que
não deixam os indivíduos avançarem, progredirem ou agirem com liberdade e autonomia.

Para mudar as coisas, é preciso adotar nova postura diante da vida. Muito útil para
empreendedoras, é olhar para a própria história. Quando surgir um desafio no seu negócio, pense
nos outros problemas que já enfrentou na vida. Podem ser financeiros, amorosos, familiares ou de
saúde, por exemplo. Se já os superou, também tem capacidade para lidar com as questões da
empresa.
3 dicas para mudar o seu mindset:
1. Saiba que cada indivíduo é único.
2. Mude sua forma de pensar e agir
3. Insista no processo

4 – IGUALDADE:

Desistir do ciclo de competitividade entre as mulheres.

Dar voz igual às mulheres e aos homens.

Mulheres são IGUAIS. Mesma capacidade de promoção, no mesmo nível.

A sororidade também é um convite para valorizar e procurar ter sempre fornecedoras e funcionárias
mulheres na equipe. Assim como unir forças com outras empreendedoras em prol de temas que
são importantes como o combate ao assédio no ambiente de trabalho ou a equiparação de salários
entre homens e mulheres.

5 – ENGAJAMENTO/ACOLHIMENTO x julgamentos

Não julgue uma mulher pela forma como ela se veste. Concentre-se nas competências e na
capacidade que ela tem;

“Uma puxa a outra”. Apoiar. Atrair. Resgatar.

Não utilize, de forma alguma, termos que possam denegrir a imagem de outra mulher;

Busque ter atitudes de cooperação que possam apoiar outras mulheres.

não é difícil encontrar grupos de mulheres que foram criados com o intuito de fortalecer os
movimentos.

São grupos criados para que as mulheres possam se conhecer, encontrar, trocar experiências,
discutir sobre assuntos importantes, apoiar o trabalho das outras e para que todas possam, juntas,
aprender cada vez mais.

Essa é uma excelente maneira de se auto empoderar e ainda colaborar para a desconstrução de
outras mulheres. Esses grupos podem surgir em qualquer lugar e a qualquer momento, seja com
suas amigas, na sua empresa, no seu bairro ou até através das redes sociais. Conheça outras
mulheres, troque conhecimento e valorize-as!
6 – RESPEITO À DIVERSIDADE E ÀS ESCOLHAS

Em vez de desmerecer outras mulheres, busque inspiração em suas histórias. Lembre-se que
juntas somos mais fortes e que precisamos apoiar umas as outras. Valorize as mulheres que estão
ao seu redor, ajude-as a crescer. Assim, todas crescem juntas!

7 – NÃO REPRODUÇÃO DE PADRÕES LIMITANTES (esteriótipos).

Conto de fadas. As mulheres não precisam ser fracas, coitadas e lindas. Não acreditar que uma
mulher somente vai chegar perto para tomar seu lugar. Reconhecer o seu poder de empreender e
disseminar essa cultura dentro das organizações.

Não fortaleça os estereótipos de comportamento associados as mulheres como: mandonas,


ambiciosas, agressivas e exigentes

A sororidade está, inclusive, em se policiar para não fazer comentários e reproduzir


comportamentos machistas. E convidar também suas funcionárias a pensarem a respeito. Acredite:
comece a observar e logo perceberá que mulheres podem ser tão machistas quanto os homens,
muitas vezes sem perceber.

REFLEXÃO FINAL: "Por muitas vezes escutei dos homens que as mulheres não chegam aos
cargos de liderança pois estão sempre competindo umas com as outras. A sororidade é um
caminho para sermos mais solidárias e fortalecermos a imagem feminina. Dar voz as mulheres é
essencial para chegarmos unidas na alta liderança das corporações". (Cris Kerr).

Para conseguirmos aplicar a sororidade em todas as esferas da nossa vida e temos que aceitar e
compreender:

1) ela parte da nossa capacidade de conhecermos a nós mesmas; 2) da nossa capacidade de


empatia;

3) da nossa capacidade de entender a outra sem projeções e respeitando suas subjetividades;

4) de compreendermos qual é o viés invisível que nos liga (nosso ponto de dor comum).

Depois disso, e somente depois, é que podemos nos dedicar a aplicar a sororidade de fato.

Podemos criar e preparar ambientes para que a sororidade cresça e floresça. Podemos e devemos
fazer isso, incentivando a capacidade socioemocional das nossas parceiras, clientes e
colaboradoras, promovendo ambientes menos competitivos e mais empáticos, fomentando
diálogos e mediando conflitos, ou propondo ações coletivas de vantagem comum.

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