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00000000000 - DEMO
Administra•‹o Pœblica (parte de DAD) p/ Prefeitura de S‹o Paulo
Analista de Planejamento e Desenvolvimento Organizacional
(Ci•ncias Cont‡beis)
Teoria e exerc’cios comentados
Prof. Herbert Almeida Ð Aula 0
Sumário
00000000000 - DEMO
Administra•‹o Pœblica (parte de DAD) p/ Prefeitura de S‹o Paulo
Analista de Planejamento e Desenvolvimento Organizacional
(Ci•ncias Cont‡beis)
Teoria e exerc’cios comentados
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AlŽm disso, no Tribunal de Contas, participo de atividades relacionadas com
o Direito Administrativo.
Ademais, os concursos pœblicos em que fui aprovado exigiram diversos
conhecimentos, inclusive sobre Direito Administrativo. Ao longo de meus estudos,
resolvi diversas quest›es, aprendendo a forma como cada organizadora aborda os
temas previstos no edital. Assim, pretendo passar esses conhecimentos para
encurtar o seu caminho em busca de seu objetivo. Ent‹o, de agora em diante,
vamos firmar uma parceria que levar‡ voc• ˆ aprova•‹o no concurso pœblico para
APDO da Prefeitura de S‹o Paulo.
Observo ainda que o nosso curso contar‡ com o apoio da Prof. Leticia
Cabral, que nos auxiliar‡ com as respostas no f—rum de dœvidas. A Prof. Leticia
Ž advogada e trabalha tambŽm como assessora de Procurador do Estado em
Vit—ria-ES. Atualmente tambŽm Ž aluna do mestrado em Direito Processual na
UFES (Universidade Federal do Esp’rito Santo). Com isso, daremos uma aten•‹o
mais completa e pontual ao nosso f—rum.
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Vamos fazer uma observa•‹o importante! Ao longo da aula, vamos colocar
quest›es de verdadeiro ou falso do Cespe, tendo em vista que o tipo de assertiva
desta banca, alŽm de elevado n’vel, facilita a contextualiza•‹o com os assuntos
intermedi‡rios da aula (enquanto o assunto ainda est‡ Òfresco na cabe•aÓ). Ao
final da aula, ap—s apresentar toda a teoria, vamos trabalhar com quest›es de
mœltipla escolha.
Aten•‹o! Este curso Ž completo em pdf, sendo as videoaulas utilizadas
apenas de forma complementar, para facilitar a compreens‹o dos assuntos.
Somente ser‹o disponibilizados v’deos para os principais assuntos (aulas 0 a 2 e
4).
Por fim, se voc• quiser receber dicas di‡rias de prepara•‹o para concursos e
de Direito Administrativo, siga-me nas redes sociais (n‹o esque•a de habilitar as
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Sem mais delongas, espero que gostem do material e vamos ao nosso curso.
Observa•‹o importante: este curso Ž protegido por direitos autorais (copyright), nos
termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a legisla•‹o sobre direitos
autorais e d‡ outras provid•ncias.
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Teoria e exerc’cios comentados
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ATOS ADMINISTRATIVOS
Introdução
1
Para a doutrina moderna, não há mais a necessidade de um objetivo específico – “adquirir, resguardar,
transferir, modificar, e extinguir direitos” –, basta que exista a finalidade de produzir efeitos no mundo jurídico
(e.g. Carvalho Filho, 2014, p. 101). Todavia, alguns autores, como Hely Lopes Meirelles (2014, p. 159), preservam,
no conceito de ato administrativo – conforme veremos adiante –, os objetivos específicos previstos no antigo
Código Civil.
2
Alexandrino e Paulo, 2011.
3
Diniz, 2012, p. 557.
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a•›es de uma sociedade an™nima, a assinatura de uma nota promiss—ria),
seguindo os ensinamentos de Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo,
deixando o voc‡bulo ÒcontratoÓ para expressar os v’nculos jur’dicos que
dependem da manifesta•‹o de vontade de mais de uma pessoa para se
aperfei•oar.
A partir da’, podemos concluir que o ato administrativo Ž uma espŽcie
espec’fica de ato jur’dico, caracterizando-se, principalmente, pela finalidade
pœblica.
Fato jurídico em
sentido estrito
Fato jurídico em
sentido amplo
Ato
Ato Jurídico
administrativo
Conceito
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No entanto, o ato administrativo s— ocorre quando a Administra•‹o
Pœblica ou os particulares estejam atuando com o fim de atender a uma
finalidade pœblica. Neste caso, Ž necess‡rio que eles estejam investidos
das prerrogativas do regime-jur’dico administrativo, agindo em situa•‹o de
verticalidade perante o administrado. Por conseguinte, como o ato
administrativo ocorre no exerc’cio das fun•›es pœblicas, eles s‹o
executados com predom’nio do direito pœblico.
Nesse contexto, podemos analisar as defini•›es de alguns de nossos
principais doutrinadores:
Ø JosŽ dos Santos Carvalho Filho:
Ò[...] a exterioriza•‹o da vontade de agentes da Administra•‹o
Pœblica ou de seus delegat‡rios, nessa condi•‹o, que, sob regime
de direito pœblico, vise ˆ produ•‹o de efeitos jur’dicos, com o
fim de atender ao interesse pœblico.Ó
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Administra•‹o Pœblica, quando atua na qualidade de Poder Pœblico, ou
de particulares no exerc’cio das prerrogativas pœblicas, com o
objetivo direto de produzir efeitos jur’dicos, tendo como finalidade o
interesse pœblico e sob regime jur’dico de direito pœblico.
Acrescenta-se, que os atos administrativos sujeitam-se ˆ lei e s‹o
sempre pass’veis de controle judicial. Ali‡s, Ž importante mencionar que os
particulares, quando realizam atos administrativos, equiparam-se ˆs
autoridades pœblicas para fins de controle de legalidade por meio das a•›es
espec’ficas para o controle dos atos estatais, a exemplo do mandado de
seguran•a (CF, art. 5¼, LXIX) e a•‹o popular (CF, art. 5¼, LXXIII).
AlŽm disso, conforme ensinamentos de Hely Lopes Meirelles, o
exerc’cio da atividade pœblica geral engloba tr•s tipos de atos inconfund’veis
entre si: (a) atos legislativos (elabora•‹o de normas prim‡rias); (b) atos
judiciais (exerc’cio da jurisdi•‹o); (c) atos administrativos.
Os dois primeiros se referem ˆs fun•›es t’picas dos Poderes Legislativo
e Judici‡rio, enquanto o œltimo trata da fun•‹o t’pica do Poder Executivo.
Contudo, os —rg‹os daqueles Poderes tambŽm realizam atos
administrativos, em particular nos atos de gest‹o interna, nomea•‹o de
servidores, aquisi•‹o de material, etc.
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(ato administrativo) por ter como consequ•ncia a desapropria•‹o de um
bem particular (fato administrativo)4.
Assim, muitas vezes teremos o fato administrativo como a opera•‹o
material de um ato administrativo.
Entretanto, h‡ fatos administrativos que n‹o decorrem de um ato
administrativo. Alguns decorrem das chamadas condutas administrativas,
isto Ž, as a•›es da Administra•‹o n‹o formalizadas em um ato
administrativo. Por exemplo, a mudan•a de um departamento de local n‹o
Ž, por si s—, um ato administrativo. Entretanto, representa uma atua•‹o
material da Administra•‹o.
AlŽm disso, existem os atos materiais que decorrem dos fen™menos
naturais que repercutem na esfera da Administra•‹o. Como exemplos,
podemos citar um raio que vier a destruir um bem pœblico ou, ent‹o, uma
enchente que inutilizar equipamentos pœblicos.
Assim, a partir dos ensinamentos de JosŽ dos Santos Carvalho Filho,
podemos constatar que os fatos administrativos se subdividem em dois
grupos: volunt‡rios e naturais. Os fatos administrativos volunt‡rios
podem se materializar por duas maneiras (a) por atos administrativos, que
formalizam a provid•ncia desejada pelo administrador por meio da
manifesta•‹o da vontade; (b) por condutas administrativas, que refletem
os comportamentos e as a•›es administrativas. Por outro lado, os fatos
administrativos naturais s‹o aqueles que se originam de fen™menos da
natureza, cujos efeitos venham a refletir na —rbita administrativa.
Decorrem de fenômenos da
Naturais
natureza
4
Exemplos retirados de Alexandrino e Paulo, 2011, p. 419.
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Os autores citam como exemplo a colis‹o de um ve’culo oficial da
Administra•‹o Pœblica dirigido por um agente pœblico, nesta qualidade, e
um ve’culo particular. No caso, a colis‹o resultou de uma atua•‹o
administrativa e produzir‡ efeitos jur’dicos, porŽm n‹o se trata de ato
administrativo, pois n‹o ocorreu uma manifesta•‹o de vontade com a
finalidade de produzir efeitos jur’dicos. Logo, trata-se de um fato
administrativo.
A atua•‹o administrativa gerou consequ•ncias jur’dicas, todavia n‹o
podemos falar de ato administrativo, j‡ que n‹o houve manifesta•‹o de
vontade direcionada a produzir esses resultados.
Uma terceira aplica•‹o vem dos ensinamentos de Maria Sylvia Zanella
Di Pietro. Segundo a doutrinadora, o ato Ž sempre imput‡vel ao homem,
enquanto o fato decorre de acontecimentos naturais, que
independem do homem ou dele dependem apenas indiretamente. Um
exemplo de fato Ž a morte, que Ž algo natural5.
Quando um fato corresponde a algum efeito contido em norma legal,
ele Ž um fato jur’dico, pois produz efeitos no Direito. Se este fato produzir
efeito no Direito Administrativo, trata-se de um fato administrativo. A
morte de um servidor Ž um fato administrativo, pois tem como efeito a
vac‰ncia do cargo.
Dessa forma, Maria Di Pietro s— considera como fato administrativo o
evento da natureza cuja norma legal preveja algum efeito para o
Direito Administrativo. Ainda segundo a autora, se o fato n‹o produz
efeitos jur’dicos no Direito Administrativo, ele ser‡ um fato da
administra•‹o.
5
Di Pietro, 2014.
6
Alexandrino e Paulo, 2011, p. 420.
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e) não faz sentido falar em fatos administrativos discricionários e vinculados7.
7
Os conceitos de “presunção de legitimidade”, revogação, anulação, vinculação e discricionariedade serão
discutidos ao longo desta aula.
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igualdade entre as partes. Por exemplo, quando a Administração emite um
cheque ela não realiza um ato administrativo, mas um ato da Administração,
uma vez que não existe superioridade nesse tipo de ato. Nessa perspectiva,
atos administrativos são aqueles realizados sob Direito Público
(superioridade), enquanto os atos da Administração são regidos pelo Direito
Privado (horizontalidade).
Cabe alertar, no entanto, que alguns doutrinadores referem-se aos atos da
Administração para designar qualquer ato formalizado pela Administração
Pública. Assim, os atos da Administração são gênero que abrangem: (a) os
atos administrativos; (b) os atos de direito privado; (c) os atos políticos; (d)
os atos normativos; (e) os atos materiais (fato administrativo); etc.
Portanto, são os atos da Administração que abrangem toda atividade
desempenhada pela Administração. Logo, o item está errado.
Gabarito: errado.
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Silêncio administrativo
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simplesmente n‹o fizer nada e dessa omiss‹o decorrer um efeito jur’dico,
estar’amos falando em Òato administrativoÓ?
Partindo dos ensinamentos de Bandeira de Mello e de Carvalho Filho,
o sil•ncio administrativo, isto Ž, a omiss‹o da Administra•‹o quando
lhe incumbe o dever de se pronunciar, quando possuir algum efeito
jur’dico, n‹o poder‡ ser considerado ato jur’dico e, portanto, tambŽm n‹o
Ž ato administrativo. Dessa forma, os autores consideram o sil•ncio como
um fato jur’dico administrativo.
Por exemplo, se um cidad‹o requisitar o seu direito de obter certid‹o
em reparti•›es pœblicas, para a defesa de um direito seu (CF, art. 5¼,
XXXIV), e a Administra•‹o n‹o atender ao pedido dentro do prazo, n‹o
teremos um ato administrativo, pois n‹o houve manifesta•‹o de vontade.
Contudo, a omiss‹o, nesse caso, pode gerar diversos efeitos, pois viola o
dever funcional do agente pœblico. AlŽm disso, se a omiss‹o gerar algum
dano ao cidad‹o, o Estado poder‡ ser responsabilizado patrimonialmente.
Ainda assim, como n‹o houve manifesta•‹o, mas ocorreu um efeito jur’dico,
temos somente um fato jur’dico administrativo.
Nesse sentido, vejamos os claros ensinamentos de Carvalho Filho8,
Urge anotar, desde logo, que o sil•ncio n‹o revela pr‡tica de ato
administrativo, eis que inexiste manifesta•‹o formal de vontade; n‹o h‡,
pois, qualquer declara•‹o do agente sobre a sua conduta. Ocorre, isto sim,
um fato jur’dico administrativo, que, por isso mesmo, h‡ de produzir
efeitos na ordem jur’dica. (grifos nossos)
8
Carvalho Filho, 2014, p. 103.
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Fazenda Nacional tenha se pronunciadoÓ. Nesse caso, temos uma anu•ncia
t‡cita, ou seja, um efeito positivo do sil•ncio administrativo.
Outro exemplo consta no art. 8¼, par‡grafo œnico, da Lei n¼
9.507/1997 (Lei do Habeas Data), que apresenta hip—teses em que o mero
decurso do prazo, sem pertinente decis‹o da Administra•‹o Pœblica, implica
o indeferimento do pedido. Aqui, temos um exemplo de efeito negativo do
sil•ncio, isto Ž, uma manifesta•‹o denegat—ria.
PorŽm, o certo Ž que, na maior parte dos casos, as leis sequer disp›em
sobre as consequ•ncias da omiss‹o administrativa. O sil•ncio
administrativo, quando n‹o h‡ previs‹o legal de suas consequ•ncias, n‹o
possui efeitos jur’dicos, sendo necess‡rio recorrer a outras inst‰ncias, como
o Poder Judici‡rio, para que o juiz conceda o direito ou determine que a
Administra•‹o se manifeste.
Em resumo, devemos entender que a omiss‹o s— possui efeitos
jur’dicos quando a lei assim dispuser (negando ou concedendo o pedido).
Caso n‹o haja previs‹o legal das consequ•ncias, o silencia n‹o possuir‡
efeitos jur’dicos.
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12. (Cespe – ATA/MIN/2013) O silêncio administrativo, que consiste na ausência
de manifestação da administração pública em situações em que ela deveria se
pronunciar, somente produzirá efeitos jurídicos se a lei os previr.
Comentário: o silêncio administrativo só possui efeitos jurídicos quando a lei
determinar. Nesse caso, a norma deverá esclarecer se a omissão possui efeito
positivo (anuência tácita) ou negativo (omissão denegatória).
Gabarito: correto.
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Marçal Filho, por outro lado, dispõe que o silêncio, quando significar
manifestação de vontade da Administração, ou seja, quando a lei dispuser os
efeitos dele decorrente, poderá ser considerado ato administrativo.
Não dá para extrair o entendimento da banca nesse caso, pois ela não afirmou
categoricamente que “o silêncio administrativo será considerado ato
administrativo quando a lei dispuser os seus efeitos”. Porém, o fato é que,
sempre que a lei não dispuser sobre os efeitos, o silêncio não será ato
administrativo. Assim, o item está correto.
Gabarito: correto.
9
10
Nesse sentido: Meirelles (2013, p. 161); Carvalho Filho (2014, pp. 106-121); Alexandrino e Paulo (2011, p. 442).
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Esse Ž posicionamento dominante, prevalecente, portanto, nas bancas de
concurso.
11
Di Pietro, 2014, p. 212.
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Portanto, os elementos essenciais existem, obrigatoriamente, em
todos os atos administrativos. Os elementos acidentais, por outro lado,
podem existir apenas nos atos discricion‡rios, referindo-se sempre ao seu
objeto.
Competência
ESSENCIAIS Finalidade
(ComFiForMOb) Forma
ACIDENTAIS Termo
(TeCoM)
Podem existir Condição
(somente em
relação ao objeto) Modo ou encargo
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Competência
12
Bandeira de Mello, 2014, pp. 149-150.
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De forma semelhante, Carvalho Filho ensina que a compet•ncia Ž
inderrog‡vel, isto Ž, n‹o se transfere a terceiros por acordo entre as
partes (Ž o mesmo que intransfer’vel); e improrrog‡vel, ou seja, n‹o se
ganha com o tempo pela simples pr‡tica do ato. A improrrogabilidade
significa que a incompet•ncia n‹o se transmuda em compet•ncia ao longo
do tempo. Dessa forma, se um agente n‹o tiver compet•ncia para certa
fun•‹o, n‹o poder‡ vir a t•-la pela simples aus•ncia de questionamento dos
atos que praticou, a n‹o ser que a antiga norma seja modificada.
Ap—s essa exposi•‹o inicial, vamos detalhar alguns pontos importantes
da compet•ncia: a delega•‹o e a avoca•‹o.
Avocação e delegação
13
Art. 14. [...] § 2o O ato de delegação é revogável a qualquer tempo pela autoridade delegante.
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estados Ð por meio de conv•nio para o exerc’cio das fun•›es da pol’cia de
tr‰nsito, inclusive para a aplica•‹o de multas14.
Dessa forma, conforme disp›e a Lei 9.784/1999 (art. 12), um Ò—rg‹o
administrativo e seu titular poder‹o, se n‹o houver impedimento legal,
delegar parte da sua compet•ncia a outros —rg‹os ou titulares, ainda que
estes n‹o lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for
conveniente, em raz‹o de circunst‰ncias de ’ndole tŽcnica, social,
econ™mica, jur’dica ou territorialÓ.
ƒ poss’vel, inclusive, que os —rg‹os colegiados (tribunais, conselhos,
etc.) efetuem delega•‹o de compet•ncias aos seus respectivos presidentes
(art. 12, par‡grafo œnico). Por exemplo, um tribunal poderia delegar uma
compet•ncia administrativa, como a homologa•‹o de promo•‹o de um
servidor, ao seu respectivo presidente.
Dessa forma, podemos concluir que a regra Ž a possibilidade de
delega•‹o, isto Ž, s— n‹o ser‡ poss’vel delegar uma compet•ncia se houver
algum impedimento em lei. Nessa linha, o art. 13 da Lei estabelece os casos
que n‹o podem ser objeto de delega•‹o:
a) a edi•‹o de atos de car‡ter normativo;
b) a decis‹o de recursos administrativos Ð uma vez que os recursos
administrativos decorrem da hierarquia e, portanto, devem ser
decididos por inst‰ncias diferentes, sob pena de perder o sentido15;
c) as matŽrias de compet•ncia exclusiva do —rg‹o ou autoridade Ð
como a compet•ncia Ž exclusiva, se ocorrer delega•‹o, ocorrer‡
tambŽm uma ilegalidade.
14
Furtado, 2012, p. 209.
15
Di Pietro, 2014, p. 214.
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delegado, a dura•‹o e os objetivos da delega•‹o e o recurso cab’vel,
podendo conter ressalva de exerc’cio da atribui•‹o delegada.
A Lei disp›e, ainda, que as decis›es adotadas por delega•‹o devem
mencionar explicitamente esta qualidade. Por exemplo, se o Presidente da
Repœblica delegar uma atribui•‹o a um ministro de Estado, quando o
ministro editar o ato, dever‡ informar, de forma expressa, que o est‡
fazendo por meio de delega•‹o.
AlŽm disso, quando ocorre delega•‹o, considera-se que o ato Ž
praticado pelo delegado. No nosso exemplo, a realiza•‹o dos atos ser‡
imputada ao ministro de Estado e, portanto, a responsabilidade recair‡
sobre ele (art. 14, ¤3¼).
Quanto ˆ avoca•‹o, cujo conteœdo n‹o foi t‹o detalhado pela Lei como
foi a delega•‹o, Ž definida por Hely Lopes Meirelles como Òchamar para si
fun•›es originalmente atribu’das a um subordinadoÓ16. Dessa forma,
a avoca•‹o Ž o contr‡rio da delega•‹o, porŽm com algumas
particularidades. Enquanto a delega•‹o pode ser feito com ou sem
hierarquia, a avoca•‹o s— Ž poss’vel se existir hierarquia entre os —rg‹os ou
agentes envolvidos.
De acordo com a Lei 9.784/1999 (art. 15), ser‡ permitida, Òem car‡ter
excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados, a avoca•‹o
tempor‡ria de compet•ncia atribu’da a —rg‹o hierarquicamente inferiorÓ.
Do dispositivo acima, Ž poss’vel perceber que a avoca•‹o Ž uma
medida de exce•‹o, que s— poder‡ ocorrer por motivos relevantes,
devidamente justificados e somente de forma tempor‡ria. Conforme
saliente Meirelles, a avoca•‹o s— deve ser adotada quando houver motivos
relevantes, eis que a avoca•‹o sempre desprestigia o inferior e, muitas
vezes, desorganiza o normal funcionamento do servi•o.
Apesar de ser uma medida de exce•‹o, a Lei 9.784/1999 n‹o disp›e
expressamente quando poder‡ ou n‹o ocorrer a avoca•‹o. A doutrina
enfatiza apenas que n‹o poder‡ ocorrer avoca•‹o quando a
compet•ncia Ž exclusiva do subordinado, uma vez que um ato
administrativo n‹o pode se sobrepor ˆ Lei.
16
Meirelles, 2013, p. 131.
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Finalidade
Desvio de finalidade
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implicitamente, na regra de compet•nciaÓ. Por Òregra de compet•nciaÓ
devemos entender a lei que atribuiu a compet•ncia ao agente. Dessa forma,
se o ato for praticado com finalidade distinta daquele prevista em lei,
teremos a ocorr•ncia do chamado desvio de finalidade.
A an‡lise do desvio de finalidade deve ocorrer em conjunto com a
compet•ncia. Isso porque, no desvio de finalidade, o agente Ž competente
para desempenhar o ato, porŽm o faz com finalidade diversa. Por
consequ•ncia, o ato sofre de v’cio insan‡vel. Trata-se de ato nulo, n‹o
sujeito ˆ convalida•‹o.
Assim como existem dois tipos de finalidade (geral e espec’fica),
existem tambŽm dois tipos de desvio de finalidade17:
a) quando o agente busca finalidade distinta do interesse pœblico
(por exemplo, realizar uma desapropria•‹o com o objetivo exclusivo
de favorecer ou prejudicar alguŽm);
b) quando o agente realiza um ato condizente com o interesse pœblico,
mas com finalidade espec’fica diferente da prevista em lei (o
exemplo da remo•‹o de of’cio enquadra-se perfeitamente neste
caso).
Por fim, vale mencionar podem existir atos realizados com o objetivo
de atender aos interesses privados, desde que tambŽm atendam ˆs
finalidades geral e espec’fica do ato administrativo. Por exemplo, os atos de
permiss‹o e autoriza•‹o de servi•o pœblico (atos negociais) atendem os
interesses particulares (das pessoas que desejam explorar os servi•os),
mas ser‹o v‡lidos desde que satisfa•am os dois sentidos de finalidades
mencionadas.
Forma
17
Alexandrino e Paulo, 2011, p. 449.
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resolu•‹o, etc. Por exemplo a autoriza•‹o para dirigir se apresenta na
forma da Carteira Nacional de Habilita•‹o - CNH;
b) sentido amplo: representa todas as formalidades que devem ser
observadas durante o processo de forma•‹o da vontade da
Administra•‹o, incluindo os requisitos de publicidade do ato. Voltando
ao exemplo da CNH, o sentido amplo representa o processo de
concess‹o da autoriza•‹o (requerimento do interessado, realiza•‹o dos
exames, das provas, dos testes, atŽ a expedi•‹o da Carteira).
Dessa forma, podemos perceber que a forma representa tanto a
exterioriza•‹o quanto as formalidades para a forma•‹o da vontade da
Administra•‹o.
Princípio da solenidade
Vícios de forma
Uma vez que a forma dos atos administrativos Ž definida em lei, a sua
inobserv‰ncia representa a invalida•‹o do ato por v’cio de legalidade
(especificamente, v’cio de forma). No entanto, Carvalho Filho disp›e que a
18
Exemplos de Carvalho Filho, 2014, p. 112.
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mencionada regra deve ser analisada sobre o aspecto da razoabilidade por
parte do intŽrprete.
Em algumas situa•›es, o v’cio de forma representar‡ mera
irregularidade san‡vel. Isso ocorre quando o v’cio n‹o atinge a esfera de
direito do administrado, podendo ser corrigido por convalida•‹o. Por
exemplo, quando a lei determina que um ato administrativo seja
formalizado por uma Òordem de servi•oÓ, mas o agente se utilizou de uma
portaria, n‹o h‡ qualquer viola•‹o de direito, podendo ser feita a corre•‹o
deste ato.
Contudo, o v’cio de forma ser‡ insan‡vel quando afetar o ato em seu
pr—prio conteœdo. Portanto, podem gerar a invalida•‹o, em decorr•ncia de
v’cio da forma, defeitos considerados essenciais para a pr‡tica do ato
administrativo, inclusive quanto ao procedimento espec’fico em atos que
afetem direitos dos administrados. Por exemplo, uma resolu•‹o que declare
de utilidade pœblica um im—vel para fins de desapropria•‹o, quando a lei
exige decreto do chefe do Poder Executivo (art. 6¼, DL 3.365/1941); a
demiss‹o de um servidor est‡vel, sem observar o procedimento disciplinar
(CF, art. 41, ¤1¼, II); a contrata•‹o de uma empresa para prestar servi•os
sem o devido procedimento licitat—rio (CF, art. 37, XXI).
Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo chamam a aten•‹o que a
motiva•‹o Ð declara•‹o escrita dos motivos que levaram a pr‡tica do ato
Ð integra a forma do ato. Assim, a aus•ncia de motiva•‹o quando ela Ž
obrigat—ria, acarretar‡ a nulidade do ato.
Motivo
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constatar uma pessoa embriagada dirigindo um ve’culo automotor em via
pœblica, estaremos diante de um pressuposto de fato.
O motivo pode estar previsto em lei, caso em que ser‡ um elemento
vinculado; ou pode ser deixado a critŽrio do administrador, quando
teremos um ato discricion‡rio.
Conforme ensinam Alexandrino e Paulo, quando o ato Ž vinculado, a
lei descreve, de forma completa e objetiva, a situa•‹o de fato, que, uma
vez ocorrida no mundo real, determina obrigatoriamente pr‡tica de ato
administrativo cujo conteœdo dever‡ ser o exatamente previsto em lei.
Por outro lado, quando se trata de ato discricion‡rio, a lei autoriza
a pr‡tica do ato, quando ocorrer determinado fato. Caso se constate o fato,
a Administra•‹o pode ou n‹o praticar o ato. Por exemplo, a Lei 8.112/1990
estabelece que, a critŽrio da Administra•‹o, poder‹o ser concedidas ao
servidor ocupante de cargo efetivo, desde que n‹o esteja em est‡gio
probat—rio, licen•as para o trato de assuntos particulares pelo prazo de atŽ
tr•s anos consecutivos, sem remunera•‹o (art. 91). Caso o agente pœblico
apresente o requerimento solicitando a licen•a (motivo), a autoridade far‡
a an‡lise de conveni•ncia e oportunidade, concedendo ou n‹o a licen•a.
Em outros casos, a lei faculta que a Administra•‹o escolha ente
diversos objetos, conforme a valora•‹o dos motivos que se apresentam.
Exemplificando, a Estatuto dos Servidores Pœblicos do Governo Federal
prev• a aplica•‹o de suspens‹o em caso de reincid•ncia das faltas punidas
com advert•ncia, n‹o podendo exceder de 90 (noventa) dias. Constatada
situa•‹o como essa, a autoridade far‡ a valora•‹o dos motivos (a gravidade
da infra•‹o, os preju’zos decorrentes, a reputa•‹o do agente pœblico, etc.)
e poder‡ escolher a pena a ser aplicada (objeto), limitando-se a n‹o exceder
os noventa dias.
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A motiva•‹o Ž obrigat—ria em todos os atos vinculados e na maioria
dos atos discricion‡rios. PorŽm, se o gestor decidir motivar seu ato quando
a lei n‹o obrigou, estar‡ se vinculando ˆ motiva•‹o apresentada.
Exemplificando: o ato de exonera•‹o de um secret‡rio municipal Ž
discricion‡rio do prefeito e n‹o precisa ser motivado. Caso o prefeito motive
a exonera•‹o do secret‡rio de educa•‹o em decorr•ncia de falta
injustificada por dez dias, e, mais tarde, ficar comprovado que essa falta
n‹o ocorreu e que o motivo da exonera•‹o foi outro, o ato estar‡ sujeito ˆ
anula•‹o.
Pedro, servidor de um órgão da administração pública, foi informado por seu chefe
da possibilidade de ser removido por ato de ofício para outra cidade, onde ele
passaria a exercer suas funções. Nessa situação hipotética, considerando as regras
dispostas na Lei n.º 8.112/1990, julgue o item subsequente.
17. (Cespe – Analista Judiciário/TRE-GO/2015) Caso Pedro seja removido por
motivação fundamentada em situação de fato, a validade do ato que determine a
remoção fica condicionada à veracidade dessa situação por força da teoria dos
motivos determinantes.
Comentário: a teoria dos motivos determinantes determina que a validade dos
atos administrativos depende da veracidade dos motivos expressos para a
sua realização. Assim, quando o ato for motivado, a sua validade depende da
veracidade da situação demonstrada na motivação. Dessa forma, se uma
pessoa for removida alegando-se o aumento do volume de trabalho em outra
unidade administrativa, mas for comprovado que não ocorreu esse aumento
de volume de trabalho, o ato de remoção poderá ser invalidado. Logo, o item
está correto.
Gabarito: correto.
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Gabarito: errado.
Objeto
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n‹o Ž poss’vel; certo (definido quanto ao destinat‡rio, aos efeitos, ao
tempo e ao lugar); e moral (em conson‰ncia com os padr›es comuns de
comportamento, aceitos como corretos, justos e Žticos).19
19
Di Pietro, 2014, p. 216.
20
Di Pietro, 2014, p. 216.
21
Em regra, a autorização de uso não possui prazo fixo, dado a sua precariedade, mas é possível estabelecê-lo
em determinadas situações.
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in’cio da efic‡cia do ato Ð portanto, o ato somente produzir‡ os efeitos se a
condi•‹o ocorrer (por exemplo: a Uni‹o poder‡ doar m‡quinas pesadas aos
munic’pios, desde que o ’ndice pluviomŽtrico ultrapasse duas vezes a mŽdia
hist—rica Ð se n‹o ocorrer a condi•‹o, o ato n‹o produzir‡ os seus efeitos).
A condi•‹o resolutiva, por outro lado, faz cessar a produ•‹o dos efeitos
jur’dicos do ato. Dessa forma, se a condi•‹o resolutiva ocorrer, o ato para
de produzir efeitos; mas se ela n‹o ocorrer, o ato continuar‡ produzindo os
efeitos normalmente. Por exemplo, um Prefeito Municipal poderia conceder
bolsas de estudo para determinados alunos, mas exigir que eles obtenham
uma mŽdia de sete pontos no semestre; se eles n‹o alcan•arem a mŽdia,
a bolsa Ž ÒcortadaÓ.
Ademais, a diferen•a fundamental entre o termo e a condi•‹o Ž que
aquele pressup›e um evento futuro e certo, como um simples decurso
temporal (por exemplo: uma autoriza•‹o que produzir‡ efeitos a partir de
dez dias da publica•‹o); enquanto a condi•‹o Ž um evento futuro e incerto,
ou seja, que n‹o necessariamente ocorrer‡.
Lembra-se, ademais, que o objeto acidental s— pode ocorrer em atos
discricion‡rios, uma vez que as cl‡usulas acess—rias s‹o definidas por quem
praticou o ato. AlŽm disso, nem todo ato discricion‡rio possui objeto
acidental, pois nem sempre Ž necess‡rio ou poss’vel estabelecer as
cl‡usulas acess—rias. Em resumo, todo ato administrativo possui objeto
natural, mas somente os atos discricion‡rios admitem objeto acidental.
Atributos
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Segundo Alexandrino e Paulo22, os atributos de imperatividade e
autoexecutoriedade s‹o observ‡veis apenas em alguns tipos de atos
administrativos.
22
Alexandrino e Paulo, 2011, p. 464.
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deste atributo Ž a invers‹o do ™nus da prova, uma vez que caber‡
ao administrado provar a ilegalidade do ato administrativo;
c) a nulidade s— poder‡ ser decretada pelo Poder Judici‡rio
quando houver pedido da pessoa: aqui, vamos apresentar os
ensinamentos de Maria Sylvia Zanella Di Pietro23:
[...] o Judici‡rio n‹o pode apreciar ex officio a validade do ato; sabe-se que,
em rela•‹o ao ato jur’dico privado, o artigo 168 do CC determina que as
nulidades absolutas podem ser alegadas por qualquer interessado ou pelo
MinistŽrio Pœblico, quando lhe couber intervir, e devem ser pronunciados
pelo juiz, quando conhecer do ato ou dos seus efeitos; o mesmo n‹o ocorre
em rela•‹o ao ato administrativo, cuja nulidade s— pode ser decretada pelo
Judici‡rio a pedido da pessoa interessada;
Imperatividade
23
Di Pietro, 2014, p. 208.
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A imperatividade pode ser chamada de poder extroverso do Estado,
significando que o Poder Pœblico pode editar atos que v‹o alŽm da esfera
jur’dica do sujeito emitente, adentrando na esfera jur’dica de terceiros,
constituindo unilateralmente obriga•›es.
L—gico que a imperatividade n‹o est‡ presente em todos os atos
administrativos, mas t‹o somente naqueles que imponham obriga•›es aos
administrados. Portanto, n‹o possuem esse atributo os atos que concedem
direitos (concess‹o de licen•a, autoriza•‹o, permiss‹o, admiss‹o) ou os
atos enunciativos (certid‹o, atestado, parecer)24.
Autoexecutoriedade
24
Di Pietro, 2014, p. 209.
25
Carvalho Filho, 2014. P. 124.
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equipamentos para dar continuidade aos servi•os pœblicos, a encampa•‹o,
etc.; quando se trata do exerc’cio do poder de pol’cia, podemos mencionar
a apreens‹o de mercadorias, a cassa•‹o de licen•a para dirigir, etc.
As medidas urgentes, por outro lado, ocorrem quando a medida deve
ser adotada de imediato, sob pena de causar grande preju’zo ao interesse
pœblico. Um exemplo Ž a destrui•‹o de um im—vel com risco iminente de
desabamento. Caso se depare com uma situa•‹o como essa, a autoridade
administrativa poder‡ determinar, de imediato, a demoli•‹o.
O Prof. Celso Ant™nio Bandeira de Mello n‹o fala em
autoexecutoriedade. Para o doutrinador, existem, na verdade, dois
atributos distintos: a exigibilidade e a executoriedade. Pela primeira, a
Administra•‹o impele o administrado por meios indiretos de coa•‹o. Por
exemplo, se a Administra•‹o determinar que o particular construa uma
cal•ada, mas ele se recusar a faz•-la, o Poder Pœblico poder‡ aplicar-lhe
uma multa, sem precisar socorrer ao Poder Judici‡rio para isso. A multa Ž
um meio indireto de coa•‹o, mas n‹o obriga materialmente o particular a
construir a cal•ada.
Na executoriedade, por outro lado, a Administra•‹o, por seus
pr—prios meios, compele o administrado. Verifica-se a executoriedade, por
exemplo, na dissolu•‹o de uma passeata, na apreens‹o de medicamentos
vencidos, na interdi•‹o de uma f‡brica, na interna•‹o compuls—ria de uma
pessoa com molŽstia infectocontagiosa em per’odo de epidemia, etc. Nesses
casos, a Administra•‹o poder‡ utilizar atŽ mesmo a for•a para obrigar o
particular a cumprir a sua determina•‹o.
Em s’ntese, a exigibilidade ocorre somente por meios indiretos,
enquanto a executoriedade Ž mais forte, possibilitando a coa•‹o direta ou
material para a observ‰ncia da lei.
Outro exemplo bem interessante Ž apresenta pelo Prof. Bandeira de
Mello, vejamos26:
Ainda um exemplo: a Administra•‹o pode exigir que o administrado
demonstre estar quite com os impostos municipais relativos a um dado
terreno, sem o qu• n‹o expedir‡ o alvar‡ de constru•‹o pretendido pelo
particular, o que demonstra que os impostos s‹o exig’veis, mas n‹o pode
obrigar coercitivamente, por meios pr—prios, o contribuinte a pagar os
impostos. A fim de obt•-lo necessitar‡ mover a•‹o judicial.
26
Bandeira de Mello, 2014, p. 424.
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particular se recusar a efetuar o pagamento, a Administra•‹o precisar‡
mover a a•‹o judicial para efetuar a cobran•a.
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Tipicidade
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Classificação
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a) o ato normativo não pode ser impugnado, na via judicial, diretamente pela
pessoa lesada (somente as pessoas legitimadas no art. 103 da CF podem propor
inconstitucionalidade de ato normativo);
b) o ato normativo tem precedência hierárquica sobre o ato individual (por
exemplo, existindo conflitos entre um ato individual e outro geral produzidos por
decreto, deverá prevalecer o ato geral, pois os atos normativos prevalecem
sobre os específicos);
c) o ato normativo é sempre revogável; ao passo que o ato individual sofre uma
série de limitações em que não será possível revogá-los (por exemplo, os atos
individuais que geram direitos subjetivos a favor do administrado não podem ser
revogados27);
d) o ato normativo não pode ser impugnado, administrativamente, por meio de
recursos administrativos, ao contrário do que ocorre com os atos individuais,
que admitem recursos administrativos.
27
Nesse sentido, a Súmula 473 do STF determina que a revogação dos atos administrativos deve respeitar os
direitos adquiridos.
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provendo sobre os seus direitos, obriga•›es, neg—cios ou conduta perante
a Administra•‹o. Esses atos devem ser publicados oficialmente, dado o
interesse pœblico no seu conhecimento.
Hely Lopes Meirelles assevera que devem se incluir na condi•‹o de atos
externos aqueles que, apesar de n‹o atingir diretamente o administrado,
possuem efeitos jur’dicos externos ˆ reparti•‹o. Incluem-se, ainda, os atos
que onerem o patrim™nio pœblico, vez que n‹o podem permanecer
unicamente no interior da Administra•‹o, pois repercutem no interesse da
coletividade.
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a ser obrigatoriamente adotado Ž sempre aquele em que se configure a
situa•‹o objetiva prevista na lei28.
Nos atos vinculados, n‹o h‡ margem de escolha ao agente pœblico,
cabendo-lhe decidir com base no que consta na lei. Por exemplo, a
concess‹o de licen•a paternidade (Lei 8.112/1990) ser‡ concedida quando
nascer o filho ou ocorrer a ado•‹o pelo agente pœblico, sendo que a Lei
determina a dura•‹o de cinco dias corridos. Ocorrendo os seus
pressupostos, a autoridade pœblica n‹o possui escolha, devendo conceder
a licen•a de cinco dias.
Os atos discricion‡rios, por outro lado, ocorrem quando a lei deixa
uma margem de liberdade para o agente pœblico. Enquanto nos atos
vinculados todos os requisitos do ato est‹o rigidamente previstos
(compet•ncia, finalidade, forma, motivo e objeto), nos atos discricion‡rios
h‡ margem para que o agente fa•a a valora•‹o do motivo e a escolha do
objeto, conforme o seu ju’zo de conveni•ncia e oportunidade.
Assim, h‡ discricionariedade quando a lei disp›e que o agente ÒpodeÓ,
ou que Òa critŽrio da Administra•‹oÓ, ou ainda quando determina a aplica•‹o
de uma multa Òentre X e YÓ. Nesses casos, a autoridade dever‡ analisar os
motivos e, em seguida, definir o objeto ou conteœdo do ato administrativo.
Na aplica•‹o da pena de suspens‹o, j‡ mencionada nesta aula, a autoridade
poder‡ suspender o servidor por atŽ noventa dias, ou seja, a autoridade
pode aplicar um dia, cinco, dez, ou atŽ mesmo, os noventa dias, conforme
o seu ju’zo privativo de conveni•ncia e oportunidade.
AlŽm dessas hip—teses em que a lei claramente estabelece uma
margem de liberdade, a doutrina menciona que o ato ser‡ discricion‡rio
quando a lei utiliza conceitos jur’dicos indeterminados, deixando para
a Administra•‹o a possibilidade de apreciar, segundo ju’zo de conveni•ncia
e oportunidade, se o fato corresponde ao que consta na lei. Por exemplo,
quando a lei disp›e sobre uma pena em caso de Òfalta graveÓ, mas n‹o
determina o que Ž isso, caber‡ ao agente pœblico, diante de uma
irregularidade, enquadr‡-la como falta grave ou n‹o.
Assim, vale trazer os ensinamentos de Marcelo Alexandrino e Vicente
Paulo, em que os autores fazem um resumo das duas hip—teses de
manifesta•‹o da discricionariedade29:
28
Alexandrino e Paulo, 2011, pp. 420-421.
29
Alexandrino e Paulo, 2011, pp. 423-424.
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Em s’ntese, segundo a corrente hoje dominante em nossa doutrina, existe
discricionariedade:
a) quando a lei expressamente d‡ ˆ administra•‹o liberdade para atuar
dentro dos limites bem definidos; s‹o as hip—teses em que a pr—pria
norma legal explicita, por exemplo, que a administra•‹o Òpoder‡Ó
prorrogar determinado prazo por ÒatŽ quinze diasÓ, ou que, no exerc’cio
do poder disciplinar ou de pol’cia administrativa, o ato a ser praticado
Òpoder‡Ó ter como objeto (conteœdo) Òesta ou aquelaÓ san•‹o, e assim
por diante;
b) quando a lei emprega conceitos jur’dicos indeterminados na descri•‹o
do motivo determinante da pr‡tica de um ato administrativo e, no caso
concreto, a administra•‹o se depara com uma situa•‹o em que n‹o
existe possibilidade de afirmar, com certeza, se o fato est‡ ou n‹o
abrangido pelo conteœdo da norma; nessas situa•›es, a administra•‹o,
conforme o seu ju’zo privativo de oportunidade e conveni•ncia
administrativas, tendo em conta o interesse pœblico, decidir‡ se
considera, ou n‹o, que o fato est‡ enquadrado no conteœdo do conceito
indeterminado empregado no antecedente da norma e, conforme essa
decis‹o, praticar‡, ou n‹o, o ato previsto no respectivo consequente.
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Por fim, o ato composto Ž aquele produzido pela manifesta•‹o de
vontade de apenas um —rg‹o da Administra•‹o, mas que depende de outro
ato que o aprove para produzir seus efeitos jur’dicos (condi•‹o de
exequibilidade).
Assim, no ato composto teremos dois atos: o principal e o acess—rio
ou instrumental. Essa Ž uma diferen•a importante, pois o ato complexo Ž
um œnico ato, mas que depende da manifesta•‹o de vontade de mais de
um —rg‹o administrativo; enquanto o ato composto Ž formado por dois atos.
Cumpre frisar que o ato acess—rio pode ser prŽvio (funcionando como
uma autoriza•‹o) ou posterior (com a fun•‹o de dar efic‡cia ou
exequibilidade ao ato principal).
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nunca faltou ao expediente – assim, o motivo (inassiduidade habitual) é
inexistente. Ou o servidor sofre a sanção de demissão, por ter cometido uma
infração que, na legislação aplicável, não enseja tal penalidade – assim, o
motivo é ilegítimo.
Sobra, por fim, o vício de forma, que ocorre quando um ato é praticado com
omissão ou observância incompleta ou irregular das formalidades
indispensáveis para a formação do ato. Por exemplo, a aplicação de uma
sanção sem observância do direito de defesa constitui vício de forma, uma
vez que uma formalidade essencial, que é a concessão do direito de defesa,
não foi observada. Outro importante exemplo de vício de forma é a ausência
de motivação. Note, neste caso, não se está discutindo quais foram os
motivos para a pratica do ato, mas sim a ausência de apresentação desses
motivos, ou seja, a falta de motivação.
Portanto, a motivação integra a forma do ato. Dessa forma, a ausência de
motivação constitui vício de forma. Logo, o gabarito da questão é a opção E.
Vamos analisar as outras opções:
a) todos os atos administrativos presumem-se legítimos e os seus
fundamentos de fato verdadeiros, até que se prove o contrário – ERRADA;
b) alguns tipos de resoluções são considerados atos normativos. Todavia, a
situação demonstra um típico ato de efeitos concretos, motivo pelo qual não
pode ser realizado por meio de resolução – ERRADA;
c) quanto à formação de vontade, o ato pode ser simples, composto ou
complexo. O primeiro decorre da manifestação de vontade de um único órgão;
o ato composto resulta da manifestação de vontade de um único órgão, mas
que depende da edição de um outro ato, meramente instrumental, para
produzir os seus efeitos; por fim, o ato complexo é aquele que surge da
formação de vontade de dois ou mais diferentes órgãos. No caso, o ato foi
praticado por uma única autoridade, sem qualquer informação de
manifestação de outro órgão ou agente, motivo pelo qual considera-se um ato
simples – ERRADA;
d) os atos enunciativos são aqueles que possuem a manifestação de uma
opinião, ou juízo de valor, a exemplo dos pareceres. No caso, houve um ato
concreto, que não se confunde com um parecer – ERRADA.
Gabarito: alternativa E.
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33. (Cespe - PT/PM CE/2014) A licença é ato administrativo unilateral e
discricionário pelo qual a administração pública faculta ao particular o desempenho
de atividade material ou a prática de ato que, sem esse consentimento, seria
legalmente proibido.
Comentário: a licença é um ato vinculado e definitivo, ou seja, tem seu
comportamento obrigatório e determinado pela lei.
Gabarito: errado.
Anulação
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manuten•‹o. AlŽm disso, h‡ casos em que a seguran•a jur’dica e a boa fŽ
fundamentam a manuten•‹o do ato. Imagine que um agente pœblico se
aposente e 20 anos depois se constate ilegalidade no ato que lhe concedeu
esse direito. Seria plaus’vel determinar que o servidor retorne ao trabalho
nessas condi•›es? ƒ poss’vel que n‹o.
Assim, presente uma situa•‹o como essa, a Administra•‹o deve decidir
qual a melhor solu•‹o para o interesse pœblico. Ressalva-se que, em
algumas hip—teses, a lei j‡ estabelece a conduta a ser adotada, inclusive
prevendo situa•›es em que decair‡ o direito de anular os atos
administrativos favor‡veis aos administrados (art. 54, Lei 9.784/1999).
Sempre que existir a anula•‹o de um ato, devem ser resguardados os
efeitos j‡ produzidos em rela•‹o aos terceiros de boa-fŽ. N‹o se trata de
direito adquirido, uma vez que n‹o se adquire direito de um ato ilegal.
PorŽm, os efeitos j‡ produzidos, mas que afetaram terceiros de boa-fŽ, n‹o
devem ser invalidados.
Por exemplo, determinada pessoa Ž nomeada para o desempenho de
um cargo pœblico. Durante o per’odo que exerceu a fun•‹o, ela expediu
diversas certid›es que originaram direitos aos administrados (pressup›e-se
que a emiss‹o das certid›es ocorreu dentro da legalidade). PorŽm, ap—s
esse per’odo, constatou-se que o servidor n‹o possu’a os requisitos para o
cargo e, por conseguinte, sua nomea•‹o foi anulada. Nesse caso, as
pessoas que receberam as certid›es, caso tenham agido de boa-fŽ, n‹o
podem ser prejudicadas. Por isso, as certid›es permanecer‹o v‡lidas, assim
como os efeitos jur’dicos delas decorrentes.
Outra informa•‹o importante concerne ˆ anula•‹o de atos que afetam
diretamente os interesses individuais dos administrados, modificando de
forma desfavor‡vel a sua situa•‹o jur’dica. Nessas ocasi›es, mesmo que a
anula•‹o seja um poder-dever, deve ser concedido o direito de defesa ao
afetado. Se uma pessoa for nomeada e j‡ estiver em exerc’cio no cargo,
mas, posteriormente, o concurso em que foi aprovada foi anulado, dever-
se-‡ instaurar um processo administrativo para conceder o direito de defesa
ao servidor que provavelmente ter‡ a nomea•‹o anulada.
Situa•‹o distinta ocorreria se n‹o houvesse nomea•‹o, pois, nesse
caso, a pessoa n‹o teria nenhum direito (ora, se o concurso foi ilegal,
ninguŽm ter‡ direito algum).
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Convalidação
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Revogação
30
Barchet, 2008.
31
O Poder Judiciário poderá revogar os seus próprios atos quando atuar no exercício da função atípica de
administrar.
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e) atos que integram um procedimento: a cada novo ato ocorre a preclusão com
relação ao ato anterior. Ou seja, ultrapassada uma fase do procedimento, não se
pode mais revogar a anterior;
f) atos que geram direito adquirido: isso consta expressamente na Súmula 473 do
STF.
Cassação
Caducidade
Decadência administrativa
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da administra•‹o que impede, ap—s um lapso temporal, a
invalida•‹o do ato administrativo.
Segundo a Lei 9.784/1999 (art. 54), ÒO direito da Administra•‹o de
anular os atos administrativos de que decorram efeitos favor‡veis para os
destinat‡rios decai em cinco anos, contados da data em que foram
praticados, salvo comprovada m‡-fŽÓ.
Trata-se de prazo decadencial, ou seja, que n‹o admite
interrup•›es nem suspens›es. A interrup•‹o se refere ˆ inutiliza•‹o do
tempo j‡ transcorrido, ou seja, quando se interrompe um prazo, dever-se-
‡ reiniciar a sua contagem. A suspens‹o, por sua vez, trata da suspens‹o
tempor‡ria da contagem do tempo, porŽm, cessado o motivo da suspens‹o,
continua-se contando de onde parou.
Esses dois elementos (interrup•‹o e suspens‹o) est‹o presentes na
prescri•‹o, mas n‹o ocorrem na decad•ncia. Vale dizer, a prescri•‹o (que
Ž a possibilidade de reclamar um direito pela via judicial), admite a
interrup•‹o e a suspens‹o do prazo.
Por outro lado, a decad•ncia ou o prazo decadencial (que representa
o pr—prio direito) n‹o permite a interrup•‹o ou suspens‹o, logo o seu prazo
Ž fatal.
Feita essa abordagem, podemos repetir o que realmente nos interessa
neste ponto: ap—s transcorridos cinco anos, decai o direito da
Administra•‹o para anular os atos administrativos de que decorram efeitos
favor‡veis para os destinat‡rios, contados da data em que foram
praticados, salvo comprovada m‡-fŽ.
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CONSTITUI‚ÌO FEDERAL; II. ANTES DE INICIADA A OBRA, A LICENCA
PARA CONSTRUIR PODE SER REVOGADA POR CONVENIENCIA DA
ADMINISTRA‚ÌO PòBLICA, SEM QUE VALHA O ARGUMENTO DO DIREITO
ADQUIRIDO. PRECEDENTES DO SUPREMO TRIBUNAL. RECURSO
EXTRAORDINçRIO NÌO CONHECIDO."
No STJ o entendimento é um pouco mais consolidado, no sentido de permitir
a revogação quando sobrevier interesse público relevante, hipótese na qual
ficará o Poder Público obrigado a indenizar os prejuízos gerados pela
paralisação e demolição da obra:
"ADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL. A‚ÌO CIVIL PòBLICA.
LICENCIAMENTO DE EMPREENDIMENTO IMOBILIçRIO. DEFERIMENTO
EM CONFORMIDADE COM A LEGISLA‚ÌO APLICçVEL. OFENSA AO ART.
10, DA LEI N. 6.938/81 CONFIGURADA. REVALORA‚ÌO JURêDICA DOS
FATOS DESCRITOS NA ORIGEM. POSSIBILIDADE. VIOLA‚ÌO DO ART.
535 DO CPC. NÌO OCORRæNCIA. [...]
9. A jurisprud•ncia da Primeira Turma firmou orienta•‹o de que aprovado
e licenciado o projeto para constru•‹o de empreendimento pelo Poder
Pœblico competente, em obedi•ncia ˆ legisla•‹o correspondente e ˆs
normas tŽcnicas aplic‡veis, a licen•a ent‹o concedida trar‡ a presun•‹o
de legitimidade e definitividade, e somente poder‡ ser: a) cassada,
quando comprovado que o projeto est‡ em desacordo com os limites e
termos do sistema jur’dico em que aprovado; b) revogada, quando
sobrevier interesse pœblico relevante, hip—tese na qual ficar‡ o Munic’pio
obrigado a indenizar os preju’zos gerados pela paralisa•‹o e demoli•‹o
da obra; ou c) anulada, na hip—tese de se apurar que o projeto foi
aprovado em desacordo com as normas edil’cias vigentes. (REsp
1.011.581/RS, Rel. Ministro Teori Albino Zavascki, Primeira Turma, DJe
20/08/2008). 10. Nessa ordem de racioc’nio, n‹o cabe ao Judici‡rio, sob
pena de violar o art. 10 da Lei n. 6.938/81, determinar o embargo da
obra, e, por consequ•ncia, anular os atos administrativos que
concederam o licenciamento de constru•‹o, aprovada em acordo com
todas as exig•ncias legais, ainda mais quando a prova pericial realizada
em ju’zo constatou que, quanto ao processo de licenciamento, "n‹o havia
ind’cios de que o DEPRN teria se baseado em falsas premissas para
decidir sobre a emiss‹o e conteœdo da licen•a ambiental" (fl. 1.551).
Precedentes: AgRg na MC 14.855/MG, Rel. Ministro Mauro Campbell
Marques, Segunda Turma, DJe 4/11/2009; REsp 763.377/RJ, Primeira
Turma, Rel. Min. Francisco Falc‹o, DJe 20/3/2007; REsp 114.549/PR,
Primeira Turma, Rel. Min. Humberto Gomes de Barros, DJe 2/10/1997.
11. Recursos especiais providos."
Na doutrina, porém, há críticas fortes deste entendimento. O Prof. Celso
Antônio Bandeira de Mello afirma que (2014, p. 467): "Assim, depois de
concedida regularmente uma licença para edificar e iniciada a construção, a
Administração não pode "revogar" ou "cassar" esta licença sob alegação de
que mudou o interesse público ou de que alterou-se a legislação a respeito.
Se o fizer, o Judiciário, em havendo pedido do interessado, deve anular o ato
abusivo, pois cumpre à Administração expropriar o direito de construir
naqueles termos." Veja que o autor fala em expropriação do direito e não em
revogação.
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Da mesma forma, José dos Santos Carvalho Filho, após fazer uma análise
sobre os recentes julgados que permitem a "revogação" da licença, conclui
que, embora admitida pela jurisprudência, não se trata de revogação, pois a
licença possui caráter vinculado e definitivo. Com efeito, o fato de se ter que
indenizar o prejudicado também não se coaduna com a revogação. Portanto,
o autor fala que se trata de uma "desapropriação de direito", "este sim
instituto que se compadece com o dever indenizatório atribuído ao Poder
Público" (Carvalho Filho, 2014, p. 144).
Em resumo, como o assunto é controverso, a questão deveria ser anulada.
Para a prova, devemos guardar o seguinte: (1) "não se pode revogar ato
vinculado" - isso é verdadeiro, e se encontra pacíficado na doutrina; (2) "a
licença admite revogação" - isso é verdadeiro (para a jurisprudência), porém
só em situações de interesse público superveniente relevante, caso em que o
particular deverá ser indenizado.
Gabarito: correto.
39. (Cespe - AJ/TRT 10/2013) Os atos administrativos do Poder Executivo não são
passíveis de revogação pelo Poder Judiciário.
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40. (Cespe - PRF/2013) Praticado ato ilegal por agente da PRF, deve a
administração revogá-lo.
Comentário: o ato ilegal não é passível de revogação, mas sim de anulação.
Gabarito: errado.
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44. (Cespe - Ana/BACEN/2013) O Poder Judiciário poderá revogar um ato
administrativo editado pelo Poder Executivo, se o ato for considerado ilegal.
Comentário: novamente, na ocorrência de ilegalidade não há revogação e sim
anulação.
Ademais, é vedado ao Poder Judiciário revogar ato praticado pelo Poder
Executivo.
Gabarito: errado.
QUESTÕES EXTRAS
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e) Decreto de desapropriação.
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II. É o atributo pelo qual os atos administrativos se impõem a terceiros,
independentemente de sua concordância.
III. É o atributo pelo qual o ato administrativo pode ser posto em execução pela própria
Administração Pública, sem necessidade de intervenção do Poder Judiciário.
Assinale a alternativa que associa, corretamente, a afirmação ao atributo do ato
administrativo a que ela corresponde.
a) I – tipicidade; II – exigibilidade; III – presunção de legalidade.
b) I – autoexecutoriedade; II – presunção de legalidade; III – imperatividade.
c) I – presunção de legitimidade e veracidade; II – tipicidade; III – autoexecutoriedade.
d) I – exigilidade; II – imperatividade; III – presunção de legalidade.
e) I – presunção de legitimidade e veracidade; II – imperatividade; III –
autoexecutoriedade.
Comentário: os atributos dos atos administrativos são aquelas características,
qualidades que os diferem dos atos privados. A doutrina costuma apontar
quatro atributos principais: presunção de legitimidade ou veracidade;
imperatividade; autoexecutoriedade e tipicidade. A questão trouxe o conceito
dos três primeiros, vamos identificar cada um:
- É o atributo pelo qual o ato produz efeitos imediatamente, até que,
eventualmente, seja decretada sua invalidade pela própria Administração ou
pelo Poder Judiciário – presunção de legitimidade e veracidade (I). Pela
legitimidade pressupõe-se, até que se prove o contrário, que os atos foram
editados em conformidade com a lei. A veracidade, por sua vez, significa que os
fatos alegados pela Administração presumem-se verdadeiros.
- É o atributo pelo qual os atos administrativos se impõem a terceiros,
independentemente de sua concordância – imperatividade (II). Devemos lembrar
que esse atributo não está presente em todos os atos administrativos, mas tão
somente naqueles que imponham obrigações aos administrados.
- É o atributo pelo qual o ato administrativo pode ser posto em execução pela
própria Administração Pública, sem necessidade de intervenção do Poder
Judiciário - autoexecutoriedade (III). Isso não afasta, contudo, o direito do
administrado de buscar o socorre no Poder Judiciário se achar que seus direitos
estão sendo prejudicados indevidamente.
Gabarito: alternativa E.
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d) são caracterizados por serem dotados de presunção de veracidade absoluta.
e) de modo geral, são escritos, mas podem, em certos casos, ser expedidos
oralmente.
Comentário:
a) a edição de atos administrativos é considerada função típica do Poder
Executivo, mas todos os Poderes emitem atos administrativos, em particular
nos atos de gestão interna, nomeação de servidores, aquisição de material, etc
– ERRADA;
b) esse pode ser um ato da administração, um ato de gestão. Isso porque, nesse
caso, a Administração age como uma pessoa privada, e não com suas
prerrogativas públicas de supremacia do interesse público – ERRADA;
c) as competências são irrenunciáveis, sendo que quem possui as
competências não pode abrir mão delas enquanto as titularizar. Admite-se
apenas que o exercício da competência seja, temporariamente, delegado ou
avocado. Porém, nesses casos, a autoridade delegante permanece apta a
exercer a competência e pode revogar a delegação a qualquer tempo, logo
continua com a sua titularidade – ERRADA;
d) a presunção é relativa, ou seja, admite prova em contrário – ERRADA;
e) a regra é a formalização escrita dos atos administrativos, admitindo-se, em
caráter excepcional, a forma verbal – CORRETA.
Gabarito: alternativa E.
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c) anulável é o ato que apresenta algum vício sanável, ou seja, que é passível de
convalidação pela própria Administração, desde que não seja lesivo ao
patrimônio público nem cause prejuízos a terceiros – ERRADA;
d) um ato é imperfeito quando não cumpriu corretamente todas as etapas para
sua formação, não estando apto a produzir efeitos jurídicos – ERRADA;
e) a validade diz respeito à conformidade do ato com a lei, com observância de
todos os requisitos legais, relativos à competência, à forma, à finalidade, ao
motivo e ao objeto, de forma que um ato inválido é aquele que não respeitou os
parâmetros legais – ERRADA.
Gabarito: alternativa A.
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b) a ocorrência no mundo fenomênico de certo pressuposto fático, relevante para o
direito, que vai postular ou possibilitar a edição do ato administrativo.
c) a explicitação dos fundamentos de fato e de direito que levaram à edição do ato
administrativo e sem a qual o ato é nulo.
d) o móvel ou intenção do agente ou, em outros termos, a representação psicológica
que levou o administrador a agir, e que tem especial importância no plano dos atos
discricionários.
Comentário: o motivo, também chamado de causa, é a situação de direito ou de
fato que determina ou autoriza a realização do ato administrativo. O pressuposto
de direito do ato é o conjunto de requisitos previsto na norma jurídica (o que a
lei determina que deva ocorrer para o ato ser realizado). O pressuposto de fato
é a concretização do pressuposto de direito. Assim, o pressuposto de direito é
encontrado na norma, enquanto o pressuposto de fato é a ocorrência no
“mundo real”.
Gabarito: alternativa B.
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A finalidade diz que o ato administrativo deve se destinar ao interesse público
(finalidade geral) e ao objetivo diretamente previsto na lei (finalidade específica).
Assim, é o objetivo de interesse público a atingir. Todo ato administrativo deve
ser praticado com o fim público. Dessa forma, a finalidade é um elemento
vinculado do ato administrativo, pois não se concebe a atuação dos órgãos e
agentes públicos fora do interesse público ou da finalidade expressamente
prevista em lei. Portanto, em sentido amplo, a finalidade é sinônimo de interesse
público, pois todo ato administrativo deve ser realizado para alcançar o
interesse público. Em sentido estrito, por outro lado, significa a finalidade
específica do ato, que é aquela que decorre da lei.
No caso do enunciado, temos um vício da finalidade do ato: o aumento foi
concedido para beneficiar um grupo específico, o que contraria o interesse
público e o objetivo da previsão legal quanto ao aumento.
Gabarito: alternativa A.
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Alvará é o instrumento pelo qual a Administração confere licença ou autorização
para a prática de ato ou exercício de atividade sujeitos ao poder de polícia do
Estado.
Gabarito: alternativa A.
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Permite, inclusive, o uso da força para colocar em prática as decisões
administrativas.
Gabarito: alternativa D.
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inconveniente ou inoportuno. Por esse motivo, somente pode ser decretada pela
própria Administração e não tem efeitos retroativos (seus efeitos são ex nunc),
em virtude da legalidade do ato, de forma que tudo que realizado até a data da
revogação permanece válido.
A anulação, por outro lado, pode ser decretada pela própria Administração, pelo
seu poder de autotutela, ou pelo Judiciário, quando provocado pelo interessado.
Nesses casos, os efeitos são retroativos (ex tunc), pois a ilegalidade atinge o
ato desde a sua origem.
Gabarito: alternativa E.
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e) dos elementos dos atos (competência, finalidade, forma, motivo e objeto). O
motivo, quando previsto em lei será um elemento vinculado; já a finalidade é
sempre um elemento vinculado, pois não se concebe a atuação dos órgãos e
agentes públicos fora do interesse público ou da finalidade expressamente
prevista em lei. Por esse motivo, são passíveis de controle judicial – CORRETA.
Gabarito: alternativa E.
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Já os atributos previstos são a presunção de legitimidade ou veracidade; a
imperatividade; a autoexecutoriedade e a tipicidade.
Gabarito: alternativa C.
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63. (Vunesp – Procurador/IPSMI/2016) Com base na teoria do ato administrativo,
assinale a alternativa correta.
a) Atos perfeitos são atos que estão em conformidade com o direito e que já exauriram
os seus efeitos, tornando-se irretratáveis.
b) Atos complexos são formados pela manifestação de dois órgãos, sendo o conteúdo
do ato definido por um, cabendo ao segundo a verificação de sua legitimidade.
c) A cassação consiste na extinção do ato administrativo em razão do descumprimento
das razões impostas pela Administração ou ilegalidade superveniente imputável ao
beneficiário do ato.
d) A caducidade é a extinção do ato administrativo em virtude da sua incompatibilidade
com o seu fundamento de validade no momento da edição.
e) A revogação é a extinção do ato administrativo quando a situação nele contemplada
não mais é tolerada pela nova legislação.
Comentário:
a) ato perfeito é aquele que está em condições de produzir efeitos jurídicos,
porque já completou todo o seu ciclo de formação – ERRADA;
b) segundo Di Pietro, atos complexos são os que resultam da manifestação de
dois ou mais órgãos, sejam eles singulares ou colegiados, cuja vontade se
funde para formar um único ato – ERRADA;
c) exatamente. A cassação é o desfazimento de um ato válido em virtude de
descumprimento pelo beneficiário das condições que deveria manter, ou seja,
ocorre quando o administrado comete alguma falta. Funciona, na verdade,
como uma sanção contra o administrado por descumprir alguma condição
necessária para usufruir de um benefício – CORRETA;
d) a caducidade é a forma de extinção do ato administrativo em decorrência de
invalidade ou ilegalidade superveniente. Assim, a caducidade ocorre quando
uma legislação nova – ou seja, que surgiu após a prática do ato – torna-o
inválido – ERRADA;
e) a alternativa trouxe o conceito de caducidade. A revogação, na verdade, é a
supressão de um ato administrativo válido e discricionário por motivo de
interesse público superveniente, que o tornou inconveniente ou inoportuno –
ERRADA.
Gabarito: alternativa C.
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b) A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os
tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de
conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em
todos os casos, a apreciação judicial.
c) A Administração pode anular seus próprios atos, por motivo de conveniência ou
oportunidade, ou revogá-los, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque
deles não se originam direitos, ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.
d) A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os
tornam ilegais; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, não
havendo, em ambos os casos, proteção aos direitos adquiridos.
e) A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os
tornam ilegais; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, sendo
assegurada, em ambos os casos, a proteção aos direitos adquiridos.
Comentário: a anulação, também chamada de invalidação, é o desfazimento do
ato administrativo em virtude de ilegalidade. Trata-se de um poder-dever da
Administração, que pode realiza-la diretamente, por meio de seu poder de
autotutela, previsto na Súmula 473/STF, nos seguintes termos:
Sœmula 473 STF:
ÒA Administra•‹o pode anular seus pr—prios atos, quando eivados de v’cios
que os tornam ilegais, porque deles n‹o se originam direitos; ou revog‡-
los, por motivo de conveni•ncia ou oportunidade, respeitados os direitos
adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a aprecia•‹o judicialÓ
Essa súmula é muito cobrada e deve estar bem destacada nos estudos de
vocês!
Gabarito: alternativa B.
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Comentário:
a) os atos descritos na alternativa são os atos discricionários, e não vinculados,
pois nesses últimos não há margem para valoração do administrador, que deve
seguir os requisitos previamente estabelecidos em lei – ERRADA;
b) a administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios
que os tornem ilegais, porque deles não se originam direitos, ressalvada, em
todos os casos, a apreciação judicial – ERRADA;
c) na revogação não há ilegalidade e, por isso, o Poder Judiciário não pode
revogar um ato praticado pela Administração, sendo defeso adentrar no mérito
do administrador para a prática do ato – CORRETA;
d) a revogação de atos dos demais poderes não pode ser feita pelo Judiciário,
que somente analisa esses atos quanto aos aspectos de legalidade – ERRADA;
e) a anulação incide sobre atos inválidos, eivados de vício de legalidade –
ERRADA.
Gabarito: alternativa C.
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Gabarito: alternativa D.
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Administração deve limitar-se a constatar, sem qualquer margem de apreciação
subjetiva – ERRADA;
e) o desvio excesso de poder ocorre quando o agente público excede os limites
de sua competência. O desvio de poder é o mesmo que desvio de finalidade,
como explicamos na alternativa B – ERRADA.
Gabarito: alternativa C.
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d) O ato discricionário é infenso ao controle de legalidade praticado pelo Poder
Judiciário.
e) O ato discricionário transita no espaço da ausência de normatividade que discipline
o seu objeto.
Comentário:
a) isso mesmo. O ato vinculado deve ser anulado, aí sim, pela própria
Administração ou pelo Judiciário, mas não revogado – CORRETA;
b) com relação ao sujeito, o ato é sempre vinculado, pois só pode praticá-lo
aquele a quem a lei conferiu a competência. Havendo vício nesse elemento,
deve-se, via de regra, proceder à sua anulação, e não revogação – ERRADA;
c) a revogação não retroage, pois atinge atos que eram válidos enquanto eram
convenientes e oportunos para a Administração – ERRADA;
d) o ato discricionário pode sim ser analisado pelo Judiciário, quanto aos seus
aspectos legais – ERRADA;
e) com relação ao objeto, o ato será vinculado quando a lei estabelecer apenas
um objeto como possível para atingir determinado fim. E será discricionário
quando houver vários objetos possíveis para atingir o mesmo fim, todos eles
válidos perante o direito – ERRADA.
Gabarito: alternativa A.
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regularmente e a aposentadoria é concedida em junho de 2014. Em abril de 2015,
durante verificação de rotina, a Administração Pública Estadual constata que a
concessão inicial foi indevida, pois o servidor não preenchia os requisitos legais para
a aposentação. Nesse caso, deve a Administração Pública
a) manter o ato administrativo da forma como se encontra, pois em decorrência do
atributo da presunção de veracidade juris et de jure dos atos administrativos,
presumem-se verdadeiros os fatos reconhecidos pela Administração.
b) emitir ato revogatório de efeitos imediatos, pois o ato administrativo pode ser posto
em execução pela própria Administração Pública, sem necessidade de intervenção do
Poder Judiciário.
c) anular o ato independentemente de manifestação do servidor interessado, pois
possui a prerrogativa de, por meio de atos unilaterais, impor obrigações a terceiros.
d) anular o ato administrativo, pois em decorrência do princípio da legalidade, queda
afastada a possibilidade de a Administração praticar atos inominados, como o ato
viciado em tela.
e) com base no seu poder de autotutela sobre os próprios atos, anular o ato de
concessão inicial da aposentadoria, mediante processo em que sejam assegurados o
contraditório e a ampla defesa ao servidor público interessado.
Comentário:
a) a presunção de veracidade dos atos não é juris et de jure (absoluta), mas sim
juris tantum (relativa), pois admite prova em contrário – ERRADA;
b) no caso, não se trata de mera revogação, mas sim de necessária anulação do
ato, que, de fato, pode ocorrer por iniciativa da própria Administração –
ERRADA;
c) os atos de que decorram efeitos favoráveis podem ser anulados, mas deve-
se oportunizar o contraditório e a ampla defesa aos interessados – ERRADA;
d) não se trata de um ato inominado. O desfazimento do ato, nesse caso, se dará
com a sua anulação – ERRADA;
e) isso mesmo. A administração pode anular seus próprios atos, e quando da
anulação puder resultar prejuízos ao interessado, deve ser oportunizado o
contraditório e a ampla defesa, através do devido processo administrativo –
CORRETA.
Gabarito: alternativa E.
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b) cassação.
c) revogação.
d) invalidação.
e) caducidade.
Comentário: no caso do enunciado, temos que após a expedição do ato, houve
alteração na legislação, fazendo com que aquele ato se tornasse incompatível
com o novo ordenamento. Nesse sentido, a a forma de extinção do ato
administrativo em decorrência de invalidade ou ilegalidade superveniente.
Assim, a caducidade ocorre quando uma legislação nova – ou seja, que surgiu
após a prática do ato – torna-o inválido. Nosso gabarito, então, é a alternativa E.
Quanto às demais alternativas, temos que a renúncia é ato administrativo pelo
qual o poder Público extingue unilateralmente um direito próprio, liberando
definitivamente a pessoa obrigada perante a Administração Pública. A cassação
é o desfazimento de um ato válido em virtude de descumprimento pelo
beneficiário das condições que deveria manter, ou seja, ocorre quando o
administrado comete alguma falta. A revogação é a supressão de um ato
administrativo válido e discricionário por motivo de interesse público
superveniente, que o tornou inconveniente ou inoportuno e a invalidação ou
anulação é o desfazimento do ato administrativo em virtude de ilegalidade.
Gabarito: alternativa E.
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d) não há que se falar em revogação de ato vinculado. Ademais, tanto na
revogação quanto na anulação devem ser respeitados os direitos adquiridos –
ERRADA;
e) na revogação, não há invalidade. Os atos discricionários possuem elementos
passiveis de serem valorados pelo agente, de forma que podem se tornar, após
algum tempo, inconvenientes ou inoportunos para a Administração. Tendo isso
em mente, pode ser feita a revogação de um ato válido, mas que não é mais
interessante de ser mantido – CORRETA.
Gabarito: alternativa E.
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b) a própria administração pode tanto revogar quanto anular os seus próprios
atos, independentemente do Poder Judiciário – ERRADA;
c) o conceito de ilegalidade é amplo, abarcando, por exemplo, a violação aos
princípios administrativos – ERRADA;
d) os efeitos produzidos pelos atos nulos devem ser preservados em face dos
terceiros que estejam de boa-fé – ERRADA;
e) os atos nulos devem ser anulados, e não revogados – ERRADA.
Gabarito: alternativa A.
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considerada ato administrativo e produzirá efeitos jurídicos, independentemente de lei
ou decisão judicial.
12. (Cespe – ATA/MIN/2013) O silêncio administrativo, que consiste na ausência de
manifestação da administração pública em situações em que ela deveria se
pronunciar, somente produzirá efeitos jurídicos se a lei os previr.
13. (Cespe – Procurador/Bacen/2013 – adaptada) Quando a lei estabelece que o
decurso do prazo sem a manifestação da administração pública implica aprovação de
determinada pretensão, o silêncio administrativo configura aceitação tácita, hipótese
em que é desnecessária a apresentação de motivação pela administração pública
para a referida aprovação.
14. (Cespe – Auditor/TCE-ES/2012) O silêncio administrativo consiste na ausência
de manifestação da administração nos casos em que ela deveria manifestar-se. Se a
lei não atribuir efeito jurídico em razão da ausência de pronunciamento, o silêncio
administrativo não pode sequer ser considerado ato administrativo.
15. (Cespe – Notários/TJDFT/2008) O silêncio administrativo não significa
ocorrência do ato administrativo ante a ausência da manifestação formal de vontade,
quando não há lei dispondo acerca das conseqüências jurídicas da omissão da
administração.
16. (Cespe – AJ/TRT-10/2013) Consoante a doutrina, são requisitos ou elementos do
ato administrativo a competência, o objeto, a forma, o motivo e a finalidade.
Pedro, servidor de um órgão da administração pública, foi informado por seu chefe da
possibilidade de ser removido por ato de ofício para outra cidade, onde ele passaria a
exercer suas funções. Nessa situação hipotética, considerando as regras dispostas
na Lei n.º 8.112/1990, julgue o item subsequente.
17. (Cespe – Analista Judiciário/TRE-GO/2015) Caso Pedro seja removido por
motivação fundamentada em situação de fato, a validade do ato que determine a
remoção fica condicionada à veracidade dessa situação por força da teoria dos
motivos determinantes.
18. (Cespe - AnaTA MJ/2013) O motivo do ato administrativo não se confunde com
a motivação estabelecida pela autoridade administrativa. A motivação é a exposição
dos motivos e integra a formalização do ato. O motivo é a situação subjetiva e
psicológica que corresponde à vontade do agente público.
19. (Cespe - Tec/BACEN/2013) Define-se o requisito denominado motivação como o
poder legal conferido ao agente público para o desempenho específico das atribuições
de seu cargo.
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20. (Cespe – Agente Administrativo/DPF/2014) Há presunção de legitimidade e
veracidade nos atos praticados pela administração durante processo de licitação.
21. (Cespe – AA/Anac/2012) O atributo da presunção de legitimidade é o que
autoriza a ação imediata e direta da administração pública nas situações que exijam
medida urgente.
22. (Cespe - AAmb/IBAMA/2013) O IBAMA multou e interditou uma fábrica de
solventes que, apesar de já ter sido advertida, insistia em dispensar resíduos tóxicos
em um rio próximo a suas instalações. Contra esse ato a empresa impetrou mandado
de segurança, alegando que a autoridade administrativa não dispunha de poderes
para impedir o funcionamento da fábrica, por ser esta detentora de alvará de
funcionamento, devendo a interdição ter sido requerida ao Poder Judiciário.
Em face dessa situação hipotética, julgue o item seguinte.
Um dos atributos do ato administrativo executado pelo IBAMA na situação em questão
é o da autoexecutoriedade, que possibilita ao poder público obrigar, direta e
materialmente, terceiro a cumprir obrigação imposta por ato administrativo, sem a
necessidade de prévia intervenção judicial.
23. (Cespe - AJ/TRT 10/2013) Em razão da característica da autoexecutoriedade, a
cobrança de multa aplicada pela administração não necessita da intervenção do Poder
Judiciário, mesmo no caso do seu não pagamento.
24. (Cespe - Tec/BACEN/2013) A autoexecutoriedade é um atributo presente em
todos os atos administrativos.
25. (Cespe – TJ/TRT-10/2013) Segundo a doutrina, os atos administrativos gozam
dos atributos da presunção de legitimidade, da imperatividade, da exigibilidade e da
autoexecutoriedade.
26. (Cespe – Adm/MIN/2013) O atributo da imperatividade não está presente em
todos os atos administrativos.
27. (Cespe - Tec/MPU/2013) Dada a imperatividade, atributo do ato administrativo,
devem-se presumir verdadeiros os fatos declarados em certidão solicitada por
servidor do MPU e emitida por técnico do órgão.
28. (Cespe – Técnico Judiciário/TRE-PI/2016) Considere que determinada
autoridade do TRE/PI tenha negado pedido administrativo feito por um servidor do
quadro, sem expor fundamentos de fato e de direito que justificassem a negativa do
pedido. Nesse caso, o ato administrativo praticado pela autoridade do TRE/PI
a) não possui presunção de veracidade.
b) pode ser editado sob a forma de resolução.
c) é considerado, quanto à formação da vontade, ato administrativo complexo.
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d) classifica-se como ato administrativo meramente enunciativo.
e) apresenta vício de forma.
29. (Cespe - Ana/MPU/2013) A autorização é ato administrativo discricionário
mediante o qual a administração pública outorga a alguém o direito de realizar
determinada atividade material.
30. (Cespe - AnaTA/MJ/2013) Ato vinculado é aquele analisado apenas sob o
aspecto da legalidade; o ato discricionário, por sua vez, é analisado sob o aspecto não
só da legalidade, mas também do mérito.
31. (Cespe - Ana/BACEN/2013) A lei estabelece todos os critérios e condições de
realização do ato vinculado, sem deixar qualquer margem de liberdade ao
administrador.
32. (Cespe - AnaTA/MDIC/2014) Um aviso é uma forma de ato administrativo
classificado como ato punitivo, ou seja, que certifica ou atesta um fato administrativo.
33. (Cespe - PT/PM CE/2014) A licença é ato administrativo unilateral e discricionário
pelo qual a administração pública faculta ao particular o desempenho de atividade
material ou a prática de ato que, sem esse consentimento, seria legalmente proibido.
34. (Cespe – AA/Anac/2012) Os atos vinculados são insuscetíveis de revogação pela
administração pública.
35. (Cespe – AA/Anac/2012) A revogação de um ato administrativo ocorre nos casos
em que esse ato seja ilegal.
36. (Cespe - AJ/CNJ/2013) A licença concedida ao administrado para o exercício de
direito poderá ser revogada pela administração pública por critério de conveniência e
oportunidade.
37. (Cespe - TJ/TRT 10/2013) Os atos administrativos só podem ser anulados
mediante ordem judicial.
38. (Cespe - AJ/TRT 10/2013) Sendo a revogação a extinção de um ato
administrativo por motivos de conveniência e oportunidade, é ela, por essência,
discricionária.
39. (Cespe - AJ/TRT 10/2013) Os atos administrativos do Poder Executivo não são
passíveis de revogação pelo Poder Judiciário.
40. (Cespe - PRF/2013) Praticado ato ilegal por agente da PRF, deve a administração
revogá-lo.
41. (Cespe - AFT/MTE/2013) A revogação de um ato administrativo produz efeitos
retroativos à data em que ele tiver sido praticado.
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42. (Cespe - DP DF/2013) Caso verifique que determinado ato administrativo se
tornou inoportuno ao atual interesse público e, ao mesmo tempo, ilegal, a
administração pública terá, como regra, a faculdade de decidir pela revogação ou
anulação do ato.
43. (Cespe - AnaTA/MJ/2013) O poder de revogação de ato administrativo por parte
da administração pública não é ilimitado, pois existem situações jurídicas que não
rendem ensejo à revogação.
44. (Cespe - Ana/BACEN/2013) O Poder Judiciário poderá revogar um ato
administrativo editado pelo Poder Executivo, se o ato for considerado ilegal.
45. (Cespe - Ana/BACEN/2013) A declaração de nulidade do ato surte efeitos
retroativos a todos aqueles que, de alguma forma, se beneficiaram dos efeitos
produzidos pelo ato viciado.
46. (Cespe - ACE/TCE-RO/2013) Se um particular descumprir as condições impostas
pela administração para efetuar uma construção, deve-se cassar a licença que tiver
sido concedida para tal construção.
47. (Vunesp – Agente de Fiscalização (Superior)/TCE-SP/2017) Assinale a
alternativa que contempla um tipo de ato administrativo dotado do atributo da
imperatividade.
a) Autorização para conceder o uso de bem público.
b) Licença de funcionamento de comércio.
c) Permissão de serviço público.
d) Sentença judicial.
e) Decreto de desapropriação.
48. (Vunesp – Procurador Jurídico/Prefeitura de Marília - SP/2017) Segundo o
disposto na Constituição Federal, se um ato administrativo aplicar indevidamente
determinada súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal, é correto afirmar que
a) poderá ser anulado por meio de recurso ordinário a ser interposto diretamente
perante o Supremo Tribunal Federal.
b) deverá ser impugnado por meio da arguição de descumprimento de preceito
fundamental.
c) poderá ser anulado por meio de reclamação ao Supremo Tribunal Federal.
d) deverá ser impugnado por meio de ação própria em primeira instância da Justiça
Federal.
e) poderá ser objeto de ação declaratória de constitucionalidade, para dirimir a
divergência sobre a aplicação correta da súmula vinculante.
49. (Vunesp – Assistente Previdenciário/IPRESB – SP/2017) Considere as
seguintes afirmações acerca dos atributos dos atos administrativos.
I. É o atributo pelo qual o ato produz efeitos imediatamente, até que, eventualmente,
seja decretada sua invalidade pela própria Administração ou pelo Poder Judiciário.
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II. É o atributo pelo qual os atos administrativos se impõem a terceiros,
independentemente de sua concordância.
III. É o atributo pelo qual o ato administrativo pode ser posto em execução pela própria
Administração Pública, sem necessidade de intervenção do Poder Judiciário.
Assinale a alternativa que associa, corretamente, a afirmação ao atributo do ato
administrativo a que ela corresponde.
a) I – tipicidade; II – exigibilidade; III – presunção de legalidade.
b) I – autoexecutoriedade; II – presunção de legalidade; III – imperatividade.
c) I – presunção de legitimidade e veracidade; II – tipicidade; III – autoexecutoriedade.
d) I – exigilidade; II – imperatividade; III – presunção de legalidade.
e) I – presunção de legitimidade e veracidade; II – imperatividade; III –
autoexecutoriedade.
50. (Vunesp – Analista de Processos/IPRESB – SP/2017) Sobre os atos
administrativos, é correto afirmar que
a) a produção de atos administrativos é de exclusividade do Poder Executivo.
b) a locação de um imóvel por parte do Município é um típico ato administrativo.
c) a competência para a prática do ato é irrevogável e irrenunciável, não admitindo,
portanto, a delegação ou avocação.
d) são caracterizados por serem dotados de presunção de veracidade absoluta.
e) de modo geral, são escritos, mas podem, em certos casos, ser expedidos
oralmente.
51. (Vunesp – Analista de Processos/IPRESB – SP/2017) Robertson, passando-
se por um funcionário público, praticou ato que, em tese, seria um ato administrativo.
Nessa hipótese, pode-se afirmar que o ato praticado por Robertson é
a) inexistente.
b) nulo.
c) anulável.
d) imperfeito.
e) inválido.
52. (Vunesp – Analista de Processos/IPRESB – SP/2017) Assinale a alternativa
correta a respeito da convalidação de atos administrativos por parte da Administração
pública.
a) A impugnação do interessado não constituiu impedimento à convalidação do ato.
b) Os vícios quanto à competência do ato impedem a sua convalidação.
c) A prescrição torna prescindível a convalidação do ato.
d) Atos viciados em sua forma não são passíveis de convalidação.
e) Se o ato é apenas anulável, é dever da Administração convalidá-lo,
independentemente dos efeitos por ele gerados.
53. (Vunesp – Juiz de Direito/TJ-SP/2017) O motivo do ato administrativo pode ser
conceituado como:
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a) a normatividade jurídica que irá incidir sobre determinada situação de fato que lhe
é antecedente.
b) a ocorrência no mundo fenomênico de certo pressuposto fático, relevante para o
direito, que vai postular ou possibilitar a edição do ato administrativo.
c) a explicitação dos fundamentos de fato e de direito que levaram à edição do ato
administrativo e sem a qual o ato é nulo.
d) o móvel ou intenção do agente ou, em outros termos, a representação psicológica
que levou o administrador a agir, e que tem especial importância no plano dos atos
discricionários.
54. (Vunesp – Procurador Legislativo/Câmara de Cotia – SP/2017) Considere a
seguinte situação hipotética: Lei Municipal é aprovada concedendo a revisão geral
anual, prevista na Constituição Federal, para todos os servidores públicos do
Município de Cotia. O Prefeito Municipal, no entanto, somente efetiva o aumento
salarial para os servidores que são filiados ao partido político ao qual pertence. Como
o ato administrativo possui vários elementos, é correto afirmar que, nesse caso
hipotético, o vício desse ato recai sobre
a) a finalidade.
b) a forma.
c) o motivo.
d) o objeto.
e) a competência.
55. (Vunesp – Procurador Jurídico/Prefeitura de Andradina - SP/2017) Formas
de que se revestem os atos, gerais ou individuais, emanados de autoridades outras
que não o Chefe do Executivo, denominam-se
a) resolução e portaria.
b) portaria e decreto.
c) circular e parecer.
d) alvará e circular.
e) decreto e resolução.
56. (Vunesp – Procurador Jurídico/Prefeitura de Mogi das Cruzes – SP/2016)
Considere a seguinte situação hipotética. A Municipalidade de Mogi das Cruzes se
depara com uma situação urgente, em que um imóvel se encontra em situação
precária após a ocorrência de fortes chuvas, ameaçando ruir, sendo necessária a
demolição a fim de evitar prejuízo maior para o interesse público. O Município pode
realizar a demolição nesse caso, sem necessidade de intervenção judicial, pois o ato
administrativo, em tais circunstâncias, é dotado do atributo da
a) presunção de veracidade.
b) tipicidade.
c) imperatividade.
d) autoexecutoriedade.
e) presunção de legitimidade.
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57. (Vunesp – Técnico Legislativo/Câmara de Taquaritinga – SP/2016) Acerca da
invalidação e da revogação dos atos administrativos, é correto afirmar que o Supremo
Tribunal Federal possui entendimento pacificado e sumulado no sentido de que a
Administração Pública pode
a) anular seus próprios atos, por motivos de conveniência ou oportunidade,
respeitados os direitos adquiridos e ressalvada a possibilidade de apreciação judicial.
b) revogar seus próprios atos, por motivo de conveniência ou oportunidade, cabendo
ao Poder Judiciário fazê-lo, supletivamente, caso a Administração seja omissa.
c) anular seus próprios atos, quando neles incidirem vícios de ilegalidade, sem
possibilidade de apreciação judicial da mesma matéria.
d) revogar seus próprios atos, por motivo de conveniência ou oportunidade, sem
qualquer dever de indenizar, pois inexistem direitos adquiridos.
e) anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque
deles não se originam direitos.
58. (Vunesp – Procurador Jurídico/Prefeitura de Alumínio - SP/2016) Com
relação à anulação e revogação dos atos administrativos, é correto afirmar que
a) a revogação somente poderá ser ordenada pela Administração, gerando efeitos ex
tunc.
b) a anulação somente poderá ser ordenada pelo Poder Judiciário, gerando efeitos ex
nunc.
c) a revogação poderá ser ordenada pela Administração, gerando efeitos ex tunc.
d) a anulação poderá ser ordenada pela Administração, gerando efeitos ex nunc.
e) a revogação somente poderá ser ordenada pela Administração, gerando efeitos ex
nunc.
59. (Vunesp – Juiz de Direito/TJM-SP/2015) O ato administrativo tem
peculiaridades sobre as quais é possível fazer a seguinte afirmação:
a) se a Administração não se pronuncia quando provocada por um administrado que
postula interesse próprio, está-se perante o silêncio administrativo que, apesar de não
ser um ato, deverá ser sempre interpretado como deferimento.
b) os atos vinculados obedecem a uma prévia e objetiva tipificação legal do único
comportamento possível da Administração em face de situação igualmente prevista,
autorizando sua revogação em caso de ilegalidade.
c) a autoexecutoriedade do ato administrativo independe de previsão legal, mas
obedece estritamente ao princípio da proporcionalidade.
d) os atos administrativos podem ser classificados como simples ou complexos, a
depender do número de destinatários beneficiados com a sua prática.
e) os motivos e a finalidade indicados na lei, bem como a causa do ato, fornecem as
limitações ao exercício de discrição administrativa e, portanto, estão sujeitos ao
controle judicial.
60. (Vunesp – Analista/Prefeitura de São Paulo – SP/2016) Considerando o que
dispõe a legislação brasileira, na hipótese de a Administração Pública constatar a
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ilegalidade de um ato administrativo praticado por um servidor público, é correto firmar
que o ato
a) deve ser revogado pela administração, e o servidor deve responder pelos danos
causados.
b) é passível de ser anulado pela própria administração.
c) pode ser anulado pela própria administração, desde que tenha causado danos
materiais a terceiros.
d) deve ser revogado pela Administração, e o poder público responderá pelos danos
causados, podendo cobrar os prejuízos do servidor em ação regressiva.
e) somente pode ser anulado pelo Poder Judiciário, mas a Administração e o servidor
responderão pelos danos causados a terceiros.
61. (Vunesp – Titular de Serviços de Notas e de Registros/TJ-SP/2016) Assinale
a alternativa correta sobre o ato administrativo.
a) Competência, forma, finalidade, motivo e imperatividade são requisitos de validade
do ato administrativo.
b) Presunção de legitimidade, autoexecutoriedade, motivo e objeto são atributos do
ato administrativo.
c) Competência, forma, finalidade, motivo e objeto são requisitos de validade do ato
administrativo.
d) Competência, forma, finalidade, motivo e objeto são atributos do ato administrativo.
62. (Vunesp – Procurador Jurídico/Câmara de Marília – SP/2016) Assinale a
alternativa que corretamente discorre sobre aspectos do ato administrativo.
a) Nos atos vinculados, é permitido ao agente traçar as linhas que limitam o conteúdo
do ato administrativo, mediante a avaliação dos elementos que constituem seus
critérios.
b) Pela aplicação da teoria dos motivos determinantes, o Poder Judiciário não pode
exercer o controle sobre a existência dos motivos invocados como fundamento do ato.
c) A forma extintiva que se aplica quando o beneficiário de determinado ato descumpre
condições que permitem a manutenção do ato e de seus efeitos é a revogação.
d) Em decorrência do princípio da separação de Poderes, o Legislativo pode anular,
por lei, atos do Poder Executivo.
e) Quando se trata de atividade vinculada, o autor do ato deve limitar-se a fixar como
objeto deste o mesmo objeto que a lei previamente já estabeleceu.
63. (Vunesp – Procurador/IPSMI/2016) Com base na teoria do ato administrativo,
assinale a alternativa correta.
a) Atos perfeitos são atos que estão em conformidade com o direito e que já exauriram
os seus efeitos, tornando-se irretratáveis.
b) Atos complexos são formados pela manifestação de dois órgãos, sendo o conteúdo
do ato definido por um, cabendo ao segundo a verificação de sua legitimidade.
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c) A cassação consiste na extinção do ato administrativo em razão do descumprimento
das razões impostas pela Administração ou ilegalidade superveniente imputável ao
beneficiário do ato.
d) A caducidade é a extinção do ato administrativo em virtude da sua incompatibilidade
com o seu fundamento de validade no momento da edição.
e) A revogação é a extinção do ato administrativo quando a situação nele contemplada
não mais é tolerada pela nova legislação.
64. (Vunesp – Agente Previdenciário/IPSMI/2016) Assinale a alternativa que
corretamente trata da invalidação e da revogação de atos administrativos.
a) A Administração não pode anular seus próprios atos, assim, quando eivados de
vícios que os tornam ilegais, a Administração deverá promover a ação cabível, visando
ao desfazimento do ato e à reversão de todos os efeitos produzidos perante o Poder
Judiciário, que é competente para tanto.
b) A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os
tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de
conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em
todos os casos, a apreciação judicial.
c) A Administração pode anular seus próprios atos, por motivo de conveniência ou
oportunidade, ou revogá-los, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque
deles não se originam direitos, ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.
d) A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os
tornam ilegais; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, não
havendo, em ambos os casos, proteção aos direitos adquiridos.
e) A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os
tornam ilegais; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, sendo
assegurada, em ambos os casos, a proteção aos direitos adquiridos.
65. (Vunesp – Procurador Municipal/Prefeitura de Sertãozinho - SP/2016)
Assinale a alternativa que corretamente discorre sobre o ato administrativo.
a) Em certos atos, denominados vinculados, a lei permite ao agente proceder a uma
avaliação de conduta, ponderando os aspectos relativos à conveniência e à
oportunidade da prática do ato.
b) A Administração pode revogar seus próprios atos, quando eivados de vícios que os
tornem ilegais, porque deles não se originam direitos, ressalvada, em todos os casos,
a apreciação judicial.
c) É defeso ao Poder Judiciário apreciar o mérito do ato administrativo, cabendo-lhe
unicamente examiná-lo sob o aspecto de sua legalidade, isto é, se foi praticado
conforme ou contrariamente à lei.
d) A revogação também pode ser feita pelo Poder Judiciário, mediante provocação
dos interessados, que poderão utilizar, para esse fim, as ações ordinárias e especiais
previstas na legislação processual.
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e) Anulação é o ato administrativo discricionário pelo qual a Administração extingue
um ato válido, por razões de oportunidade e conveniência, respeitando os efeitos já
produzidos pelo ato, precisamente pelo fato de ser este válido perante o direito.
66. (Vunesp – Procurador Jurídico/Câmara de Poá – SP/2016) No tocante à
anulação ou revogação do ato administrativo, assinale a alternativa correta.
a) A anulação do ato administrativo poderá ser realizada pelo Poder Judiciário ou pela
própria Administração, operando efeitos ex tunc e alicerçada na oportunidade e
conveniência.
b) A revogação do ato administrativo poderá ser realizada pela própria Administração,
operando efeitos ex tunc e alicerçada na oportunidade e conveniência.
c) A anulação do ato administrativo poderá ser realizada pelo Poder Judiciário ou pela
própria Administração, operando efeitos ex nunc, alicerçada em vício de legalidade.
d) A revogação do ato administrativo poderá ser realizada pela própria Administração,
operando efeitos ex nunc e alicerçada na oportunidade e conveniência.
e) A anulação do ato administrativo poderá ser realizada somente pelo Poder
Judiciário, operando efeitos ex tunc e alicerçada em vício de legalidade.
67. (Vunesp – Procurador Municipal/Prefeitura de Rosana - SP/2016) Assinale a
alternativa que corretamente discorre sobre aspectos concernentes ao ato
administrativo.
a) A Administração pode revogar seus próprios atos, quando eivados de vícios que os
tornem ilegais, porque deles não se originam direitos, ou anulá-los, por motivo de
conveniência ou de oportunidade, respeitados os direitos adquiridos e ressalvada, em
todos os casos, a apreciação judicial.
b) O vício de finalidade, ou desvio de poder, consiste na omissão ou na observância
incompleta ou irregular de formalidades indispensáveis à existência ou à seriedade do
ato, que tem apenas a aparência de manifestação regular da Administração, mas não
chega a se aperfeiçoar como ato administrativo.
c) Afirma-se que um ato é discricionário nos casos em que a Administração tem o
poder de adotar uma ou outra solução, segundo critérios de oportunidade, de
conveniência, de justiça e de equidade, próprios da autoridade, porque não definidos
pelo legislador, que deixa certa margem de liberdade de decisão diante do caso
concreto.
d) A atuação da Administração Pública, no exercício da função administrativa, é
discricionária quando a lei estabelece a única solução possível diante de determinada
situação de fato; ela fixa todos os requisitos, cuja existência a Administração deve
limitar-se a constatar, sem qualquer margem de apreciação subjetiva.
e) O desvio de poder ocorre quando o agente público excede os limites de sua
competência; por exemplo, quando a autoridade, competente para aplicar a pena de
suspensão, impõe penalidade mais grave, que não é de sua atribuição; ou quando a
autoridade policial se excede no uso da força para praticar ato de sua competência.
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68. (Vunesp – Procurador Municipal/Prefeitura de Rosana - SP/2016) O ato
administrativo unilateral, discricionário e precário, gratuito ou oneroso, pelo qual a
Administração Pública faculta a utilização privativa de bem público, para fins de
interesse público, é a definição de
a) autorização.
b) concessão.
c) retrocessão.
d) permissão.
e) tredestinação.
69. (Vunesp – Procurador Jurídico/Prefeitura de Suzano – SP/2016) Assinale a
alternativa correta a respeito do ato administrativo.
a) O ato vinculado não pode ser revogado pela Administração e nem pelo Poder
Judiciário.
b) O ato discricionário praticado por agente incompetente deve ser revogado.
c) A revogação desconstitui o ato administrativo com efeitos ex tunc.
d) O ato discricionário é infenso ao controle de legalidade praticado pelo Poder
Judiciário.
e) O ato discricionário transita no espaço da ausência de normatividade que discipline
o seu objeto.
70. (Vunesp – Analista de Políticas Públicas e Gestão Governamental/Prefeitura
de São Paulo – SP/2015) Quanto a um determinado ato considerado vinculado
exercido pelo administrador público, pode-se dizer que
a) o administrador público pode avaliar pelo critério de conveniência.
b) é permitido o juízo de valor pelo administrador público.
c) o administrador público tem o poder de escolha entre múltiplos caminhos.
d) o mérito administrativo é o norteador na escolha do administrador público.
e) não há liberdade de escolha para o administrador público.
71. (Vunesp – Juiz de Direito/TJ-MS/2015) Determinado servidor público da
Administração Pública Estadual requer sua aposentadoria. O pedido tramita
regularmente e a aposentadoria é concedida em junho de 2014. Em abril de 2015,
durante verificação de rotina, a Administração Pública Estadual constata que a
concessão inicial foi indevida, pois o servidor não preenchia os requisitos legais para
a aposentação. Nesse caso, deve a Administração Pública
a) manter o ato administrativo da forma como se encontra, pois em decorrência do
atributo da presunção de veracidade juris et de jure dos atos administrativos,
presumem-se verdadeiros os fatos reconhecidos pela Administração.
b) emitir ato revogatório de efeitos imediatos, pois o ato administrativo pode ser posto
em execução pela própria Administração Pública, sem necessidade de intervenção do
Poder Judiciário.
c) anular o ato independentemente de manifestação do servidor interessado, pois
possui a prerrogativa de, por meio de atos unilaterais, impor obrigações a terceiros.
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d) anular o ato administrativo, pois em decorrência do princípio da legalidade, queda
afastada a possibilidade de a Administração praticar atos inominados, como o ato
viciado em tela.
e) com base no seu poder de autotutela sobre os próprios atos, anular o ato de
concessão inicial da aposentadoria, mediante processo em que sejam assegurados o
contraditório e a ampla defesa ao servidor público interessado.
72. (Vunesp – Analista de Promotoria - Assistente Jurídico/MPE-SP/2015) Na
hipótese de concessão de permissão para exploração de uma atividade, que depois
venha a ser incompatível com nova lei de zoneamento, é correto afirmar que o referido
ato administrativo será extinto por meio da
a) renúncia.
b) cassação.
c) revogação.
d) invalidação.
e) caducidade.
73. (Vunesp – Assistente Legislativo/Prefeitura de Caieiras – SP/2015) Quanto
ao ato administrativo e sua revogação, assinale a alternativa correta.
a) O ato vinculado pode ser revogado por interesse público.
b) Depois de praticado, o ato discricionário não comporta revogação.
c) A revogação faz com que o ato discricionário perca seus efeitos desde que foi
emanado.
d) A revogação de ato vinculado atinge direito adquirido.
e) A revogação produz o desfazimento de ato discricionário válido.
74. (Vunesp – Assistente Legislativo/Prefeitura de Caieiras – SP/2015) São
pressupostos essenciais à prática do ato administrativo discricionário:
a) conveniência e oportunidade.
b) competência e autorização judicial.
c) interesse público e hierarquia.
d) liberdade administrativa e vinculação ao texto legal.
e) fonte legislativa e subordinação.
75. (Vunesp – Assistente Legislativo/Prefeitura de Caieiras – SP/2015) Quanto à
possibilidade de anulação do ato administrativo, assinale a alternativa correta.
a) A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os
tornem ilegais.
b) Tratando-se de vício ou ilegalidade, os atos administrativos somente podem ser
anulados pelo Poder Judiciário.
c) O conceito de ilegalidade ou ilegitimidade, para fins de anulação do ato
administrativo, restringe-se somente à violação frontal da lei.
d) O ato nulo vincula as partes, não produzindo efeitos válidos em relação a terceiros
de boa-fé.
e) Os atos nulos devem ser revogados por motivo de conveniência ou oportunidade.
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76. (Vunesp – Assistente Legislativo/Prefeitura de Caieiras – SP/2015) É um ato
negocial, através do qual a Administração Pública delega, a título precário e revogável,
e mediante licitação, a prestação dos serviços públicos à pessoa física ou jurídica que
demonstre capacidade de desempenho, por sua conta e risco. Este é um conceito de
a) Autorização.
b) Concessão.
c) Agência Reguladora.
d) Permissão de Serviço Público.
e) Atividade econômica de Empresa Pública.
GABARITO
==0==
REFERÊNCIAS
ALEXANDRINO, Marcelo; PAULO, Vicente. Direito administrativo descomplicado. 19ª Ed. Rio de
Janeiro: Método, 2011.
ARAGÃO, Alexandre Santos de. Curso de Direito Administrativo. Rio de Janeiro: Forense, 2012.
BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Curso de Direito Administrativo. 31ª Ed. São Paulo:
Malheiros, 2014.
BARCHET, Gustavo. Direito Administrativo: teoria e questões. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de direito administrativo. 27ª Edição. São Paulo: Atlas,
2014.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 27ª Edição. São Paulo: Atlas, 2014.
JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de direito administrativo. 10ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais,
2014.
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MARINELA, Fernanda. Direito Administrativo. 7ª Ed. Niterói: Impetus, 2013.
MEIRELLES, H.L.; ALEIXO, D.B.; BURLE FILHO, J.E. Direito administrativo brasileiro. 39ª Ed. São
Paulo: Malheiros Editores, 2013.
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