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Noam Chomsky (Filadélfia, 1928) superou faz tempo as barreiras da vaidade. Não
fala de sua vida privada, não usa celular e em um tempo onde abunda o líquido e
até o gasoso, ele representa o sólido. Foi detido por opor-se à Guerra do Vietnã,
figurou na lista negra de Richard Nixon, apoiou a publicação dos Papéis do
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na maioria das vezes, não. E isso... isso é anarquismo.
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Uma luz seca envolve Chomsky. Depois de 60 anos dando aulas no Instituto de
Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês), o professor veio viver nos
confins do deserto de Sonora, no Arizona. Em Tucson, a mais de 4.200
quilômetros de Boston, ele se instalou e estreou um escritório no Departamento
de Linguística da Universidade do Arizona. O centro é um dos poucos pontos
verdes dessa cidade abrasadora. Freixos, salgueiros, palmeiras e nogueiras
crescem em torno de um edifício de tijolos vermelhos de 1904 onde tudo fica
pequeno, mas tudo é acolhedor. Pelas paredes há fotos de alunos sorridentes,
mapas das populações indígenas, estudos de fonética, cartazes de atos culturais
e, no fundo do corredor, à direita, o escritório do maior linguista vivo.
O lugar não tem nada a ver com o espaço inovador do Frank Gehry que o abrigava
em Boston. Aqui, mal cabe uma mesa de trabalho e outra para sentar-se com dois
ou três alunos. Recém-estreado, o escritório de um dos acadêmicos mais citados
do século XX ainda não tem livros próprios, e seu principal ponto de atenção recai
em duas janelas que inundam a sala de âmbar. Chomsky, de calças jeans e longos
cabelos brancos, gosta dessa atmosfera calorosa. A luz do deserto foi um dos
motivos que o levaram a se mudar para Tucson. “É seca e clara”, comenta. Sua
voz é grave e ele deixa que se perca nos meandros de cada resposta. Gosta de
falar longamente. Pressa não é com ele.
P. Mas há alguns muito críticos, como The New York Times, The Washington Post,
CNN…
R. Olhe a televisão e as primeiras páginas dos jornais. Não há nada mais que
Trump, Trump, Trump. A mídia caiu na estratégia traçada por Trump. Todo dia ele
lhes dá um estímulo ou uma mentira para se manter sob os holofotes e ser o
centro da atenção. Enquanto isso, o flanco selvagem dos republicanos vai
desenvolvendo sua política de extrema direita, cortando direitos dos
trabalhadores e abandonando a luta contra a mudança climática, que é
precisamente aquilo que pode acabar com todos nós.
R. É um homem decente. Usa o termo socialista, mas nele significa mais um New
Deal democrata. Suas propostas, de fato, não seriam estranhas a Eisenhower
[presidente dos EUA pelo Partido Republicano de 1953 a 1961]. Seu sucesso, mais
que o de Trump, foi a verdadeira surpresa das eleições de 2016. Pela primeira vez
em um século houve alguém que esteve a ponto de ser candidato sem apoio das
corporações nem dos veículos de comunicação, só com o apoio popular.
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pessoas desejam e as políticas públicas. É fácil ver isso no caso dos impostos. As
pesquisas mostram que a maioria quer impostos mais altos para os ricos.
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isso nunca se leva a cabo. Frente a isso se promoveu a ideia de que reduzir
impostos traz vantagens para todos e que o Estado é o inimigo. Mas quem se
beneficia da reduzir [verbas para] estradas,hospitais, água limpa e ar respirável?
R. Os Estados Unidos são o único país onde, por criticar o Governo, te chamam de
antiamericano. E isso representa um controle ideológico, acendendo fogueiras
patrióticas por toda parte.
R. Mas nada comparável ao que ocorre aqui, não há outro país onde se vejam
tantas bandeiras.
R. Depende. Se significa estar interessado em sua cultura local, é bom. Mas se for
uma arma contra outros, sabemos aonde pode conduzir, já vimos e
experimentamos isso.
P. Seu livro começa lembrando a Grande Depressão, uma época em que “tudo
estava pior que agora, mas havia um sentimento de que tudo iria melhorar”.
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