O documento discute o imposto de renda da pessoa física e o regime de retenção na fonte. Apresenta questões sobre a regra-matriz de incidência do imposto, o que constitui "renda e proventos", se certas verbas podem ser consideradas renda, e se a tabela progressiva observa o princípio da progressividade. Também questiona se o imposto retido na fonte é idêntico ou autônomo em relação ao imposto anual, e analisa os efeitos jurídicos para o contribuinte e a fonte pagadora
O documento discute o imposto de renda da pessoa física e o regime de retenção na fonte. Apresenta questões sobre a regra-matriz de incidência do imposto, o que constitui "renda e proventos", se certas verbas podem ser consideradas renda, e se a tabela progressiva observa o princípio da progressividade. Também questiona se o imposto retido na fonte é idêntico ou autônomo em relação ao imposto anual, e analisa os efeitos jurídicos para o contribuinte e a fonte pagadora
O documento discute o imposto de renda da pessoa física e o regime de retenção na fonte. Apresenta questões sobre a regra-matriz de incidência do imposto, o que constitui "renda e proventos", se certas verbas podem ser consideradas renda, e se a tabela progressiva observa o princípio da progressividade. Também questiona se o imposto retido na fonte é idêntico ou autônomo em relação ao imposto anual, e analisa os efeitos jurídicos para o contribuinte e a fonte pagadora
Questões 1. Compor a(s) regra(s)-matriz(es) de incidência do imposto sobre a renda pessoa física.
Toda regra-matriz de incidência tributária é composta pelo seu antecedente e pelo
seu consequente. No antecedente, existe alguns critérios que devem estar presentes, como o critério material, o temporal e o territorial. Já no consequente devem estar presentes o critério quantitativo e os sujeitos passivo e ativo da relação jurídica. Não vou me prolongar aqui a explicar cada critério, pois já está bem esclarecido este tema.
Prosseguindo,
2. Que se entende por “renda e proventos de qualquer natureza”? Diferençar os
conceitos de aquisição da disponibilidade jurídica e aquisição de disponibilidade econômica. Verbas indenizatórias podem ser consideradas “renda”. Por quê? (Vide anexos I, II e III). 3. “Sinais exteriores de riqueza” (art. 6º, da Lei n. 8.021/90) e os “depósitos bancários não contabilizados” (art. 42, da Lei n. 9.430/96) podem ser validamente considerados “renda” para fins de lançamento do imposto? (Vide anexo IV). 4. A atual tabela progressiva do imposto sobre a renda da pessoa física prevê alíquotas de 7,5%, 15%, 22,50% e 27,5%. Tal previsão observa o princípio da progressividade? Qual é o efeito da chamada “parcela a deduzir”? Há parâmetros constitucionais ou legais para a fixação dos abatimentos e deduções possíveis e seus respectivos limites? 5. Existe identidade entre o IR fonte e o IR anual ou trata-se de impostos autônomos (isto é, há apenas uma ou mais de uma regra-matriz de incidência tributária)? Seria a retenção na fonte mero objeto de dever instrumental? Justifique a resposta. (Vide anexos V, VI e VII).
No meu entender, e segundo Julia de Menezes Nogueira, o IR fonte é diferente do
IR anual e assim possui outra RMIT. Uma das explicações aceitáveis para esta afirmação é de que o IR anual possui como sujeito passivo a pessoa que teve aumento de seu capital.
Já no caso do IR fonte, o empregador deverá reter o imposto e se não efetuar a
retenção, responderá pelo recolhimento deste, como se o houvesse retido. Logo, será o responsável pelo pagamento do tributo ao FISCO, referente a cada funcionário seu, tornando-se assim sujeito passivo na obrigação tributária. Atentando-se ao fato de que mesmo que não tenha retido o imposto no pagamento da remuneração ao seu funcionário, o empregador responderá como se o tivesse feito. Portanto, no consequente da RMIT do IR fonte, está a descrição de uma obrigação tributária em sentido estrito, que é a obrigação incondicional de recolher tributo, diferente da RMIT do IR anual que é a de pagar tributo sobre rendas e proventos adquiridos durante o ano civil.
6. Analise os efeitos jurídicos inerentes ao contribuinte e à fonte pagadora em cada
um dos casos abaixo arrolados. Retenção/Fonte Recolhimento Declaração do rendimento (EMPRESA) Fonte no ajusteanual entregue (EMPRESA) pelo contribuinte (funcionário) em 30 de abril (FUNCIONÁRIO)
Caso 1 Retém Recolhe Declara rendimento e
retenção
Caso 2 Retém Recolhe Não declara rendimento
nem retenção
Caso 3 Retém Não recolhe Declara rendimento e
retenção
Caso 4 Retém Não recolhe Não declara rendimento
nem retenção
Caso 5 Não retém Recolhe Declara rendimento e
retenção
Caso 6 Não retém Recolhe Não declara rendimento
nem retenção
Caso 7 Não retém Não recolhe Declara rendimento e
retenção
Caso 8 Não retém Não recolhe Não declara rendimento