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DUPLIQUE SEUS COLPORTORES – Nicolás Chaij

Nicolás Chaij

Duplique seus
Colportores!
Resta pouco tempo!

75 casos recrutadores
Março de 1962
Divisão Sul-Americana da Igreja Adventista do 7º Dia.
Casilla 286 – Montevidéu – Uruguai

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DUPLIQUE SEUS COLPORTORES – Nicolás Chaij

Índice
Introduções — página 3
Milhares de colportores mais. Por que são necessários mais colportores.
Casos Recrutadores — Anseiam a salvação — página 5
1. Queria ter uma Bíblia. 2. Procuram a salvação. 3. Estava procurando esse livro. 4. Onde
mora? 5. Não queria receber o livro. 6. Não trabalharei mais no sábado. 7. Comprou a ver-
dade por seis pães. 8. Quero pertencer a essa igreja. 9. Vende só aos ricos?
Casos Recrutadores — Sonhos e anjos — página 7
10. Deus fala mediante sonhos. 11. Ajuda dos anjos. 12. Uma cadeira para o colportor, ou-
tra para o seu anjo. 13. É o senhor adventista? 14. Ajuda angelical. 15. Sonham com o col-
portor. 16. Viram o colportor no sol. 17. A graça terminará este ano. 18. A tiros de revólver
recebe o livro. 19. Esse sonho deve ser um aviso de Deus.
Casos Recrutadores — Deus dará êxito — página 10
20. Nunca visto, mas conhecido. 21. Uma professora ajuda o colportor. 22. Quarenta conver-
sos. 23. Uma oração e um padre. 24. Um pastor aceita a verdade. 25. Lembra-se de mim?
26. Deus está com o colportor. 27. Está Deus com o colportor? 28. Um comerciante ajuda o
colportor. 29. Derrota convertida em vitória. 30. Ganha mais dinheiro e mais almas. 31. Um
padre ajuda o colportor. 32. Viram que seu rosto brilhava. 33. Cinco fortes emoções. 34. A
razão do êxito. 35. O que fez uma Bíblia. 36. A Bíblia ajuda a vender os nossos livros. 37. De
professor a colportor. 38. O enterro de uma cidade. 39. Trabalha para a eternidade.
Casos Recrutadores — Colportores de êxito — página 16
40. Queria colportar um ano só. 41. 34 Anos colportando. 42. Deus abençoa ao que aceita
o Seu chamado. 43. Deu mil nomes ao evangelista. 44. Confundiram-no com um ladrão.
45. Vende 300 livros por mês. 46. Ganha 17 almas. 47. O maior gozo do colportor. 48. De-
vo levar esses livros a outros. 49. Não sabia ler, mas começou a colportar. 50. Todo o meu
tempo é agradável. 51. Insatisfeito com o seu trabalho. 52. Ganha 140 almas.
Casos Recrutadores — Apreço pelo Colportor — página 22
53. Traz notícias do Céu. 54. Gostaria de fazer o seu trabalho. 55. Um homem com uma
missão. 56. Homens de Deus. 57. Um guia espiritual. 58. Um sacerdote torna-se bom col-
portor. 59. Ensinaram-me a viver. 60. Benefício dos nossos livros.
Casos Recrutadores — Mais conversões para a verdade — página 24
61. Uma igreja inteira se converte. 62. Um livro ganha um médico. 63. Ia jogar o livro no
rio. 64. A igreja santa. 65. Edificante história de um livro. 66. Preocupado por falta de fru-
tos. 67. Um livro desprezado. 68. Leu “O Conflito” em três dias. 69. Expulsou-o de sua ca-
sa. 70. Ia suicidar-se. 71. Uma obra que dá fruto. 72. Viu a gravura em sonho. 73. Um go-
zo sem par. 74. Salvou-lhe a vida. 75. “Eu estava mais perdido que o senhor”.
Sete Estudos Recrutadores — página 30
Homens com uma missão. Advertência final. Métodos antigos de êxitos moderno nas con-
quista de almas. A grande empresa missionária. Selecionando homens. Vem conosco. Se-
meemos a Palavra.
Ilustrações que Incitam à Decisão — página 36
Um passo para a frente. Eu sou culpado! Quem dera que eu tivesse um bote maior! Agora
sou feliz.

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Introduções
SÃO NECESSÁRIOS MILHARES DE COLPORTORES
(Adaptado)
A angustiosa necessidade desta hora final é de maior número de colportores, MILHA-
RES DE COLPORTORES.
Na entrada de cada oficina, de cada escritório e de cada chácara deveríamos escre-
ver: Necessitam-se MILHARES DE COLPORTORES.
Em cada púlpito adventista deveríamos escrever com ardentes letras de fogo: Neces-
sitam-se MILHARES DE COLPORTORES.
Aos alegres riachos e aos caudalosos rios deveríamos ensinar a cantar: Necessitam-
se MILHARES DE COLPORTORES.
Oxalá pudéssemos enfeitar os dedos com raios do relâmpago para escrever no céu:
Necessitam-se MILHARES DE COLPORTORES.
Oxalá pudéssemos unir o ribombar dos trovões e o rugido das cataratas para fazer
repercutir o chamado: Necessitam-se MILHARES DE COLPORTORES!

POR QUE SÃO NECESSÁRIOS MAIS COLPORTORES CAPAZES,


MILHARES DE COLPORTORES MAIS

Por que devemos recrutar mais colportores? Por que urge recrutar mais e melhores
colportores, milhares de colportores mais?
1. Porque o fim bem está perto. Há muitas almas para evangelizar. E nos resta pouco
tempo de liberdade.
2. Porque Cristo não poderá voltar enquanto a mensagem adventista não tiver alcan-
çado a todos.
3. Porque muitos estão anelando sua salvação, e se perderão se agora não recebe-
rem em seu lar a mensagem adventista.
4. Porque agora, mais que nunca dantes, há fome espiritual nos corações, uma fo-
me oculta, que unicamente a esperança adventista pode satisfazer.
5. Porque os pregadores não podem alcançar sozinhos todos os habitantes.
6. Porque a obra será terminada em grande parte por meio das publicações adventis-
tas. — “É em grande parte por meio de nossas casas editoras que se há de efetuar a obra
daquele outro anjo que desce do Céu com grande poder e, com sua glória, ilumina a Terra.”
— C.E., pág. 4.
7. Porque, quanto mais a colportagem progredir, tanto mais progredirão os outros ra-
mos da obra. Por isto, a primeira coisa que o Senhor recomendou que se organizasse foi a
obra publicadora.
8. Porque estamos muito longe do número ideal de colportores recomendado pelo Es-
pírito de Profecia.
A irmã White disse em 1900 que, onde havia um colportor, deveria haver cem. Nesse
tempo havia no mundo inteiro 825 colportores. Portanto, deveria ter existido 82.500. A po-
pulação do mundo naquele tempo era calculada em 1.600.000.000. Dividindo este número
pela cifra anterior, vê-se que o ideal divino, em números redondos, é de um colportor para

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cada 20.000 habitantes.


Nesta Divisão há agora mais de 106 milhões de habitantes. Isto significa que deveria
haver 5.300 colportores. E temos apenas uma média de mil colportores, incluindo-se os estu-
dantes. Portanto, para alcançamos o número ideal, necessitamos de 4.300 colportores mais.
9. Porque segundo o “Year Book”, a população desta Divisão aumenta em aproxima-
damente três milhões de habitantes por ano. Para alcançarmos unicamente este aumento,
necessitamos de 150 colportores mais por ano, além dos 4.300 colportores que faltam para
que alcancemos o número ideal.
10. Porque a entrada de colportores novos na obra anima os veteranos e ajuda a con-
servá-los realizando, ano a ano, um trabalho maior.
11. Porque nem todos compram nossas publicações do mesmo colportor. Um colpor-
tor pode conquistar e vender a certo tipo de caracteres e a certa classe de pessoas, e não
vender a outros. São necessários diferentes tipos de colportores, para desta maneira alcan-
çar os diferentes caracteres encontrados.
12. Porque agora há mais gente que sabe ler e que quer ler. Se não houver maior nú-
mero de colportores que lhes levem nossos livros e revistas, essas pessoas serão inutilizadas
pela perniciosa leitura mundana e totalitária.
13. Porque, como nunca dantes, há agora maior número de pessoas com dinheiro, e
com mais dinheiro do que nunca. Se não houver maior número de colportores para incitá-
los a gastarem seu dinheiro em nossas publicações salvadoras, gastá-lo-ão para o mal.
14. Porque os totalitários estão inundando o mundo com suas publicações desviado-
ras. Em apenas um ano os comunistas distribuíram mais de 4.000 milhões de exemplares de
suas publicações. “O Compêndio Histórico do Comunismo” teve uma tiragem de 50 milhões
de exemplares, em 200 línguas. Maior número de colportores distribuiriam mais publicações
de amor e salvação, que resistiriam a essas páginas malsãs.
15. Porque muitos crentes se perdem por não fazerem trabalho missionário. Ao convi-
darmos os irmãos para se dedicarem à colportagem, fazemos-lhes o maior favor do mundo.
Este trabalho, realizado com amor, torna-os mais felizes nesta terra e os prepara melhor pa-
ra o Céu.
16. Porque, quanto mais colportores capazes e consagrados houver na obra agora,
tanto mais almas serão salvas, mais depressa terminará a tragédia de dor, e mais depressa
será restaurado o feliz reino de Cristo.
Deus tem confiado aos administradores e diretores uma maravilhosa, solene e urgente
obra. Outros convertem as almas do mundo a Cristo e sua Igreja. O feliz dever dos direto-
res é transformar o maior número possível de crentes em colportores consagrados e capa-
zes. Com isto os diretores realizam a mais bendita obra a favor dos nossos irmãos que es-
tão dentro do redil e em favor dos que ainda estão fora dele.
O Céu tem supremo interesse nesta santa obra, e Deus ajudará eficazmente aos di-
retores que forem esforçados e eficientes neste urgente trabalho de recrutar mais e melho-
res colportores, milhares de colportores mais.

Referências Bibliográficas
C.E., — O Colportor-Evangelista — Ellen G. White
G.C., — O Grande Conflito — Ellen G. White
V.E., — Vida e Ensinos — Ellen G. White

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75 Casos Recrutadores
Anseiam a salvação
1. Queria ter uma Bíblia. Raul Acuña estava entregando livros numa zona rural da ilha
de Chiloé, Chile, e conta:
“Depois de haver entregado os três livros e uma Bíblia em certa casa, a esposa, com
admiração cuidadosamente tomou a Bíblia em suas mãos, e com voz embargada me disse:
'Como sabia o senhor que eu queria ter uma Bíblia? Várias vezes tratei de conseguir uma,
mas sem resultado'.
“Enquanto ela acariciava a Bíblia, falei-lhe acerca do curso da Escola Radiopostal. Com
voz entrecortada e tratando de conter as lágrimas, pergunto-me: 'Poderiam eles enviar-me
esse curso?' Ao responde-lhe que sim, acrescentou: 'Matricule-me, por favor'.
“O esposo, que contemplara a cena, impressionado com a emoção da esposa, uniu-
se a ela, dizendo: 'Matricule-nos nesse curso'.”
Quantas almas estão almejado receber a luz do Céu! Quanto anseia Deus que haja
maior número de colportores vendendo livros, revistas e Bíblias, e dando estudos bíblicos
aos que procuram a verdade!
2. Procuram a salvação. Certo colportor da Paulista, estava terminando suas entregas
um dia antes do começo do curso de colportagem. Um senhor recebeu o livro que havia en-
comendado, e lhe disse: “Gostaria que o senhor me trouxesse um livro que me explicasse a
verdade e a salvação”.
O colportor ficou impressionado com este pedido, e lhe apresentou outros livros nos-
sos. Esse senhor encomendou “Vereda de Cristo”, “Vida de Jesus” e uma Bíblia. Nesse mo-
mento estavam presentes três homens mais, e cada um deles encomendou um exemplar da
Bíblia. É este o clamor não proferido de muitas almas: Livros que guiem à verdade e à salva-
ção.
Que santo privilégio o do colportor, de pôr a salvação ao alcance das almas que pere-
cem por falta do amor de Deus!
3. Estava procurando esse livro. Na colportagem nem todas as experiências são sem-
pre flores, mas em todo momento Deus cuida do colportor.
Pedro Durán, da Associação Paranaense, passou recentemente por dois casos opos-
tos, um após outro. Na chácara de Jussara certo homem o agarrou pela camisa, ergueu o
braço para batê-lo, mas não o fez, porque alguém o deteve.
Depois deste desagradável incidente o colportor entrou numa mata para passar algum
tempo orando e estudando a Bíblia. Uma vez reanimado, saiu dali e o dono da casa seguinte
o recebeu muito bem. Ao ver o livro “Vida de Jesus”, exclamou: “Que Maravilha! Eu estava
procurando este livro! Traga-me quatro exemplares, um para a minha filha, outro para o meu
genro, outro para o meu cunhado e também um para mim”. E o homem pagou os quatro li-
vros à vista.
À medida que se aproximarem os últimos dias, haverá cada vez mais pessoas rebel-
des; e haverá outras, ansiosas por conhecerem a Deus e seguir sua vontade.
4. Onde mora? Enquanto certo colportor estava oferecendo seus livros numa sala, sa-
iu do interior da casa um jovem, e à queima-roupa interrompeu o colportor com a pergunta:
- A que religião pertence o senhor?
O colportor achou por bem responder direta e francamente:

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- Adventista do sétimo dia.


- Onde mora o senhor? - tornou a perguntar o jovem.
Nessa noite o jovem visitou o colportor, do qual recebeu estudos bíblicos. Um mês
mais tarde havia aceito a Cristo e foi batizado.
Muitos nunca chegariam a conhecer a verdade se não fosse pelo colportor. Quantos,
como esse jovem, estão esperando a nossa visita para aceitar a luz de Deus!
5. Não queria receber o livro. De um livro pode depender a salvação de uma ou de
muitas almas. Quando o atual auxiliar da Associação Paranaense, Roque Finco era colportor,
foi entregar um “Conflito” a certo homem. A princípio este senhor não queria receber o livro,
devido à influência de seu patrão. Mas no fim o recebeu.
Dois anos mais tarde Roque Finco se encontrava na igreja de Maringá, e um senhor
dele se aproximou e perguntou: “Lembra-se de mim?” E enquanto Finco tratava de recorda-
se dele, acrescentou: “Sou aquele homem da fazenda Laranjeira, de Jacarezinho, que não
quis receber o 'Conflito' que havia encomendado do senhor. Por este livro estou aqui e já
guardo o sábado”.
6. Não trabalharei mais no sábado. Certo colportor da Associação Paranaense foi en-
viado a uma zona difícil. Pouco tempo depois escreveu o seguinte ao diretor:
“Encontrei uma família que há 20 anos estuda a Bíblia e um livro nosso. Vendi-lhes
'O Conflito' e 'Estudos Bíblicos'.
“Noutra ocasião pernoitei em casa deles e estudei com eles até meia-noite. Quando
lhes expliquei a Lei de Deus e o sábado, o senhor me disse: 'Desde agora não trabalharei
mais no sábado'.”
Muitos se encontram no umbral do Reino, esperando que o colportor lhes dê a luz,
para aceitá-la.
7. Comprou a verdade por seis pães. O colportor Miguel Avellaneda, do Norte da Ar-
gentina, começou a dar estudos bíblicos a um interessado, que havia comprado a Palavra
de Deus por seis pães.
Na guerra do Chaco, esse homem estava servindo no exército boliviano. Certo dia viu
um de seus companheiros lendo um livro atraente. Ao perguntar-lhe de que livro se trata-
va, o dono lhe respondeu: “A Bíblia”. Fazia tempo que esse soldado almejava ter uma Bíblia e
pediu ao companheiro que lha vendesse.
- Quanto me pagarás?
- Não tenho dinheiro, mas durante dois dias te darei o pão que nos servem aqui.
- Não, é muito pouco - respondeu o dono.
- Dar-te-ei o pão de seis dias!
E assim foi encerrada a transação. Esse soldado preferiu passar fome material para
satisfazer sua fome espiritual. Avellaneda lhe deu estudos, bem como a outros interessa-
dos, e no fim de 1959 ele e seis companheiros mais foram batizados!
8. “Quero pertencer a essa igreja”. Certo colportor escreveu: “Um dia o diretor me
disse que fosse colportar na zona rural de Assaí, Estado do Paraná. Como não pude ir no
dia indicado, pedi que ao diretor me desse outro lugar; mas ele insistiu que fosse ao mes-
mo lugar, dizendo: 'O senhor verá que ali poderá encontrar um tesouro escondido'.
“Fui com a ideia de fazer uma grande venda. Na realidade estas não foram ruins;
não obstante, ali Deus me mostrou outro tesouro. Certo senhor que estava lendo o Novo
Testamento me perguntou: 'Qual a igreja que aguarda a volta de Jesus?'
“Dei-lhe o nome de nossa igreja e um estudo sobre a preparação necessária para re-

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ceber a Cristo. Depois de explicar-lhe a necessidade de guardar os mandamentos, ele me


respondeu: “Quero pertencer a essa igreja. Comprarei os livros e a Bíblia que o senhor traz e
lhe pagarei o dobro, só por causa da mensagem que acabo de receber. Quando poderá vol-
tar para ensinar-me como preparar-me para o batismo?'”
9. Vende só aos ricos? José S. Lessa acabava de receber a encomenda de certo co-
merciante. Um homem descalço e de aspecto pobre, que havia escutado a oferta, pergun-
tou: “O senhor vende esse livro só aos ricos?” Com toda a simpatia de seu coração, Lessa
olhou para ele, dizendo: “Não, também o vendemos aos pobres”. “Então, eu também que-
ro um”, acrescentou o senhor.
No dia da entrega, quando Lessa chegou à cada desse operário, viu que morava nu-
ma casa de palha, sem móveis, com uma cama de bambu. Para cozinhar, usava apenas al-
gumas latas. Ao vê-lo, a senhora lhe perguntou: “É o senhor o homem que vem trazer o li-
vro? Meu esposo teve que ir ao trabalho, mas me deixou o dinheiro”.
Quem sabe se esse livro não proporcionará uma vida material e espiritual melhor a
essa família, como já tem acontecido tantas vezes! Que bendita obra realiza o colportor!
Sonhos e anjos
10. Deus fala mediante sonhos. Até é emocionante a frequência com que Deus está
cumprindo as palavras de Jó 33:14-17, dando sonhos ao povo para desta maneira ajudar
o colportor em sua obra e guiar os sinceros à salvação.
“Depois de haver oferecido o livro em certa casa - conta um colportor brasileiro - pedi
o almoço. Enquanto comia, falei com o dono a respeito de nossa fé. No final da conversação
ele me perguntou: 'De todas as religiões, qual é a verdadeira?'
“Então lhe dei um estudo sobre o verdadeiro sinal de Deus. Falei-lhe a respeito da
união das igrejas, expliquei-lhe que depois perseguirão o povo de Deus, e que, como no
passado, alguns perderão a vida.
“Então ele chamou a esposa para dizer-lhe que estava se cumprindo o sonho que ele
tinha tido. Contou-me que no sonho me havia visto sentado ao seu lado, falando-lhe da
perseguição. Disse-me que nesse momento eu havia explicado a mesma coisa que lhe ha-
via dito no sonho.”
É desta maneira que Deus obra com colportor, para ajudá-lo a iluminar e a salvar as
almas. Que experiência emocionante!
11. Ajuda dos anjos. Isto aconteceu em 1960 com Nelson Moura, colportor da Asso-
ciação Paranaense. No fim de um dia de trabalho Nelson ofereceu o livro “Focalizando Nossa
Época” a uma família protestante. O homem estava disposto a comprá-lo, mas a senhora
se opôs. No fim encomendaram outro livro, “Nutrição e Vigor”.
Na manhã seguinte a senhora estava vivamente excitada e contou ao colportor que
ela tinha tido um sonho impressionante. No sonho havia visto que dois anjos acordavam o
colportor, e um de cada lado o acompanhavam pelo corredor da casa. E na mão do colpor-
tor a senhora vira o livro “Focalizando Nossa Época”. Então a senhora pediu que lhe trouxes-
se também este livro que no dia anterior havia recusado.
12. Uma cadeira para o colportor, outra para o seu anjo. O colportor matogrossense,
Noé Filiu, estava entregando livros. Ao entrar numa casa, o dono lhe ofereceu uma cadeira
e o convidou a assentar-se; logo buscou outra cadeira e, olhando ao seu redor, perguntou:
“Para onde foi seu companheiro?”
Sabendo que não tinha companheiro visível, o irmão Filiu ficou impressionado ao re-

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conhecer que nessa ocasião o anjo de Deus se havia tornado visível.


13. É o senhor adventista? O colportor nunca anda sozinho: Deus o precede, prepa-
ra o caminho, e o ajuda a vender livros e a ganhar almas.
Na Argentina Central um colportor estava oferecendo o livro a um oficial de polícia,
esse senhor o interrompeu para pergunta-lhe: “É o senhor adventista?”
Quando o colportor lhe respondeu afirmativamente, o oficial se levantou, abraçou o
colportor, e lhe disse: “Há algum tempo atrás tive um sonho no qual o anjo me dizia que
logo eu seria visitado por um professor de Bíblia, para ensinar-me a verdade. Sou católico,
mas há muito tempo desejo conhecer o caminho de Deus”.
O homem comprou os livros e começou a receber estudos do colportor, transmitin-
do a outros o conhecimento que estava adquirindo. Assim, em pouco tempo conseguiu in-
teressar quatro famílias na esperança adventista.
14. Ajuda angelical. Escreve um colportor brasileiro: “No dia 21 de setembro visitei
um senhor chamado Pedro, que depois da saudação costumeira me disse: 'Escute, amigo,
dificilmente tenho sonhos, mas faz três dias que um homem vestido de branco se aproxi-
mou de minha cama e me disse: “Serás visitado por um jovem que te oferecerá um livro
que fala da volta de Cristo. Compra-o, porque o necessitas”. Quando acordei, notei que se
tratava de um sonho, e fiquei impressionado. Agora vejo que é precisamente o senhor a
pessoa que vi no sonho, com essa mesma aparência, essa mesma roupa e mesma pasta.
Será que o senhor não traz nessa pasta o livro que vi em sonho?
“Então lhe respondi: 'Senhor Pedro, trago não somente esse livro, mas também uma
mensagem de fé e esperança!'. Sem objeção alguma ele encomendou o livro “Focalizando
Nossa Época'. Depois lhe dei um estudo sobre a volta de Jesus e o preparo necessário para
encontrar-nos com Ele. Ficou contente e me disse: 'Vou ler este livro com todo cuidado'.”
15. Sonham com o colportor. O colportor Arilton Pimenta, do Espírito Santo, por cau-
sa da chuva teve que permanecer três dias numa casa de campo. Passada a chuva, tomou
a bicicleta e reiniciou o seu trabalho. Quando chegou à primeira casa, o dono olhou um ins-
tante para ele e lhe disse: “Faz três dias que vi o senhor em sonho, com essa mesma bici-
cleta, com essa mesma pasta, e ouvi um homem dizer: 'Compre o livro que esse senhor lhe
traz, porque contém a salvação'.”
Que maravilha! O colportor lhe respondeu: “Além do livro também trago o anúncio
de que Cristo logo voltará”. Imediatamente ele comprou o livro, o colportor estudou várias
vezes com ele, e naqueles dias esse senhor começou a guardar o sábado.
Os anjos de glória não somente acompanham o colportor nesta santa obra, mas ou-
tros o precedem e preparam o caminho diante dele.
16. Viram o colportor no sol. “Certo dia cheguei a uma pequena vila - escreve um
colportor paranaense - e ofereci os livros à autoridade do lugar, que não os comprou, nem
me permitiu colportar nessa vila. A vila seguinte distava 24 quilômetros. Era verão, o sol
era abrasador e não havia sombra onde descansar. Andei desde uma hora da tarde até o
anoitecer. Cheguei tão cansado que tive vontade de jogar-me no chão e ali adormecer.
“Na vila não havia hotel. Na única casa de comércio existente não puderam alojar-
me, mas me recomendaram certa casa. Ali me receberam amavelmente. Ofereci os livros ao
dono e ele encomendou “Vida de Jesus”. Conversamos sobre Cristo e o sonho de Daniel 2.
“Ao ouvir isto, a senhora, que já se havia deitado, levantou-se e me disse: 'O senhor
falou de um sonho. Quero contar-lhe um que eu tive. Sonhei que estavam anunciando que
antes do dia 30 deste mês ia aparecer um homem no sol. Quando olhei para o sol, vi que

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um lado estava escuro e o outro muito brilhante, e um homem sentado no lado brilhante'.
“Então, dirigindo-se ao esposo disse: 'Hoje é dia 30 e o sonho se cumpriu. O ho-
mem que vi no sol, é este senhor. O lado escuro do sol são os nossos pecados, e o lado
brilhante é a mensagem que ele acaba de dar-nos'.
“Ao ouvir estas palavras fiquei tão contente que o cansaço desapareceu como por
encanto. Reconheci a mão de Deus a guiar-me naquele dia, mesmo diante do aparente
fracasso na vila anterior.
“Embora já fosse um tanto tarde, a senhora foi convidar vários vizinhos, dizendo-
lhes que havia chegado a sua casa um enviado de Deus, e que eles fossem ouvir as mara-
vilhosas coisas da Escritura Sagrada. Em poucos momentos estavam reunidos 15 vizinhos,
aos quais falei da Palavra de Deus até altas horas da noite.
“Quando no dia seguinte colportei nesse lugar, tive muito êxito nas encomendas e
entregas.”
“Eu irei adiante de ti, e endireitarei os caminhos tortos ... e te darei tesouros das es-
curidades” (Isa. 45:2-3).
17. A graça terminará este ano. Foi curiosa a maneira pela qual Vilarci Teixeira en-
trou na colportagem, sem que ninguém o convidasse. Era secretário de um tabelionato de
Porto Alegre, quando chegou um colportor-estudante e lhe ofereceu os livros. Percebendo
sua inclinação religiosa, o estudante perguntou: “Não gostaria que o visitasse em sua casa,
para conversarmos um pouco mais sobre estes assuntos?”
O colportor chegou às oito da noite e leu algumas passagens da Bíblia que lhe agra-
daram. Fazia doze anos que Teixeira possuía uma Bíblia, mas nunca a havia lido. Mais tar-
de o estudante lhe deu outro estudo e o convidou para assistir ao culto. Quando Teixeira
entrou na igreja, sentiu um agradável alívio, e ficou admirado com a pregação.
Algum tempo depois do seu batismo ele acordou certa madrugada e ouviu que em
sonhos sua esposa lhe dizia em voz alta: “A porta da graça vai fecha-se esse ano”. Ele fi-
cou impressionado, pesando que deveria ajudar a dar este aviso a outros. Assim ele resol-
veu deixar o trabalho para entrar na colportagem. Um colportor lhe deu a oferta dos livros, e
o iniciou na obra. Não esperemos até que chegue a noite em que ninguém poderá traba-
lhar, para só então entrar na colportagem.
18. A tiros de revólver recebe o livro. Graças a dois tiros de revólver, certo homem
recebeu o livro que ele havia encomendado e decidiu ser adventista.
Isto aconteceu em abril de 1961, com o pequeno mas valoroso colportor José P. Se-
na, da Missão Goiano-Mineira. Quando foi entregar um exemplar de “Vida de Jesus”, o fa-
zendeiro que o havia encomendado recusou recebê-lo. Vendo que a esposa do fazendeiro
trazia o dinheiro na mão, Sena entregou o livro à senhora.
Isto enfureceu tanto o homem, que ele arrancou o livro das mãos de sua esposa e,
dizendo que estava disposto a matar e a morrer, entrou correndo em seu quarto e voltou
com um revólver. Apontou à queima-roupa contra Sena, e disparou dois tiros. Ouviram-se
os estampidos, saiu fumaça do cano do revólver e saíram as duas balas; mas estas caíram
aos pés do fazendeiro. Quando ele viu as balas no chão, jogou fora o revólver e exclamou:
“Nunca me falhou um único tiro com este revólver”. Mas o homem não sabia que o próprio
Deus que uma vez fechara a boca dos leões ante Daniel, havia desviado o rumo das balas.
Em vista desta situação, Sena tomou o livro, guardou em sua pasta, e retirou-se da
casa. Havia caminhado uns trinta metros quando duas filhas do fazendeiro chegaram cor-
rendo e em nome do pai lhe pediram o livro.

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Então o colportor voltou para entregá-lo pessoalmente. O senhor lhe disse: “Eu sou
um infeliz, mas o senhor é um homem de Deus. Perdoe-me por haver provocado este es-
cândalo”. Não só recebeu e pagou o livro, mas também pediu que Sena estudasse com ele
a Bíblia. No mesmo instante Sena lhe deu um longo estudo bíblico, e o homem prometeu
concorrer à nossa igreja e torna-se um adventista.
Depois de haver escapado desse perigo, Sena disse: “Agradeci ao Senhor pelo cum-
primento da promessa: 'O anjo do Senhor acampasse ao redor dos que o temem, e os li-
vra'.”
19. “Esse sonho deve ser um aviso de Deus”. Em julho de 1961 o pastor Pedro S.
Camacho, diretor de colportagem, passou por um caso animador.
Aproveitando as suas férias para fazer um pouco de trabalho missionário, saiu alguns
dias na lancha Samaritana, que opera no rio Ribeira, São Paulo. Com esse objetivo levou
consigo alguns exemplares de “Vida de Jesus”.
Certa manhã, Camacho visitou uma casa de campo, onde recebeu uma maravilhosa
manifestação divina. Quando estava oferecendo o livro, chegou a senhora, olhou atenta-
mente para Camacho, olhou para o livro e sorriu. Em dado momento interrompeu a oferta
e disse: “Sabe que na noite passada sonhei com o senhor? Vi-o entrar pelo portão, com
essa pasta na mão; vi-o chegar, entrar na nossa casa e explicar-nos esse livro”. O esposo
acrescentou: “É verdade, porque hoje de manhã ela me contou o sonho”.
Camacho lhes disse que esse sonho devia ser de Deus, e que ele havia sido enviado
por Deus. Apesar de tudo isto o homem não comprou o livro, dizendo que, embora tivesse
dinheiro, ele o necessitava para saldar um compromisso nesse mesmo dia.
Antes de sair, Camacho lhes deu um estudo, explicado que Cristo logo votará a esta
Terra para buscar os que O amam, e que agora devemos guardar os Seus mandamentos.
Ambos prometeram guardar o sábado.
Enquanto Camacho se retirava da casa, teve um pressentimento de que o senhor o
chamaria. Efetivamente, antes de chegar ao portão, o homem chegou correndo e lhe dis-
se: “Deus me ajudará a conseguir outro dinheiro para pagar a dívida. Vou ficar com o livro,
porque esse sonho de minha esposa deve ter sido um aviso de Deus.
Deus abençoa com animadoras e felizes experiência a todos quanto com amor se
dedicam à Sua abra.
Deus dá êxito
20. Nunca visto, mas conhecido. L. Paredes, colportor do Chile Sul, foi protagonista
de um caso surpreendente. Foi visitar o gerente de um banco, e antes que ele falasse, o
gerente disse:
- Nunca nos vimos, mas eu conheço o senhor. O senhor é adventista e vende livros,
não é mesmo?
O que o faz pensar desta maneira? - perguntou Paredes, surpreendido.
-Não sei, respondeu o gerente. Mas aprecio os livros adventista. O senhor pode tra-
zer-me seus livros.
Depois de haver anotado o nome do gerente no prospecto, Paredes andou pelo cor-
redor, quando a porta de um escritório se abriu, um senhor apareceu e o chamou: “Tenha
a bondade de vir um momento, por favor”. Uma vez dentro, o senhor lhe perguntou: “É o
senhor esse adventista que anda vendendo livros?” Admirado com a pergunta, Paredes lhe
respondeu afirmativamente. Então esse senhor acrescentou: “Pode pôr meu nome na lista”.

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Paredes se despediu. Ainda não estava refeito de seu assombro, quando outra porta
se abriu e se repetiu o caso anterior. Nesse banco quatro empregados o chamaram e pedi-
ram os livros da mesma maneira.
Paredes ficou impressionado. Cinco pessoas encomendaram os livros antes de vê-
los e sem saberem o preço.
21. Uma professora ajuda o colportor. Certo colportor, do estado da Bahia, passava
em frente da igreja, e viu que a professora da escola saía da missa. Aproximou-se dela pa-
ra cumprimentá-la, e lhe disse: “Sou adventista do sétimo dia. Em colaboração com o go-
verno estamos fazendo uma companha contra a delinquência juvenil, e gostaria de expli-
car-lhe o trabalho”.
“Como não”, respondeu a professora. Levou-o à escola, encomendou os livros e lhe
disse: “Gostaria que o senhor visitasse os pais dos meus alunos. Mas será muito trabalho
ir de casa em casa. Eu os reunirei aqui”.
Naquela noite os pais se reuniram, o colportor ofereceu-lhes o livro fazendo a mes-
ma introdução. Dos 29 pais presentes, todos compraram, menos um, por falta de dinheiro.
O Espírito de Profecia faz esta promessa: “Os que neste tempo se dedicam com fer-
vor e consagração à obra da colportagem, serão grandemente abençoados”. — C.E., pág.
15.
22. Quarenta conversos. Quem semeia profusamente, profusamente também colhe-
rá. Em 1957 e 1958, no espaço de 15 meses, o povoado de Anegado, Equador, foi colpor-
tado cinco vezes, e o resultado desta abundante semeadura foi o grande interesse no evan-
gelho.
Informado deste interesse pelos dois colportores que estavam nessa zona, o diretor
de colportagem foi para lá, munido de um projetor e de amor missionário. De dia acompa-
nhava os colportores em seu trabalho e de noite realizava reuniões com interessados. Du-
rante duas semanas ele fez este trabalho, com uma assistência média de 250 pessoas por
noite. Quando no fim repartiu cartões entre os queriam seguir a Cristo e guardar Seus man-
damentos, 40 pessoas os assistiram. Deus está esperando para abençoar aos que Ele se
unem na colportagem.
23. Uma oração e um padre. Gonzalo Ortiz, do Equador, entregou um livro a um pa-
dre. Ao examiná-lo melhor, o padre se zangou. O irmão Ortiz orou em silêncio. Repentina-
mente, e sem que ele dissesse algo, a ira do padre transformou-se em amabilidade. Pegou-
lhe o livro, e sem dizer palavra alguma, agarrou uma cesta com frutas e a deu ao irmão Or-
tiz. O poder de Deus realizou este milagre mediante a bondade manifesta pelo colportor.
24. Um pastor aceita a verdade. Jorge Escalante, um dos colportores veteranos da
Bolívia, contou que há alguns anos atrás um colportor trabalhou no centro mineiro de Ca-
tavi, com “O Raiar de um Novo Dia”. Certo crente que havia comprado o livro, apresentou
em sua igreja a verdade do sábado. O pastor quis refutá-la, mas muitos membros se inte-
ressaram e convocaram uma reunião com outros pastores a fim de descobrir a verdade. Vá-
rios deles expuseram seu ponto de vista. No fim falou nosso pastor, Aldo Carvalho, e nin-
guém pôde refutar seus argumentos. O resultado disso foi que o pastor dessa igreja e qua-
tro membros se convenceram da verdade e foram batizados. Atualmente temos ali um gru-
po organizado com 40 adventistas.
25. Lembra-se de mim? Deus recompensa com êxito e alegria aos que Lhe servem
com amor. No congresso de jovens realizado em Quintandinha, um dos congressistas a-
proximou-se certo dia de João Faustino, então colportor e agora auxiliar da Rio-Minas, e

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lhe perguntou: “Lembra-se de mim? Lembra-se daquele livro 'Vida de Jesus' que o Senhor
nos vendeu? Por esse livro, dois irmãos meus e eu aceitamos a verdade, e os três somos
agora colportores”.
Quando o irmão Faustino contou este caso, seu rosto resplandecia de gozo. “Com
alegria saireis, e em paz sereis guiados” (Isa. 55:12).
26. Deus está com o colportor. Quando Alberto dos Santos, da Bonairense, Argenti-
na, acabava de tomar uma encomenda de um senhor, chegou um policial e lhe pediu que
o acompanhasse até a delegacia.
Ao chegar ali, o subdelegado lhe perguntou: “O que fez o senhor para que o denun-
ciassem?” Santo mostrou as folhas alarmantes e os livros. O oficial ficou impressionado e
disse: “Estes livros são bons também para o meu lar. O senhor pode trazer-mos”. Dois ou-
tros oficiais que estavam presentes, também encomendaram os livros.
“Toda a ferramenta preparada contra ti não prosperará” (Isa. 54:17).
27. Está Deus com o colportor? O pastor Ary Raffo, de São Paulo, contou o seguinte:
“Certo colportor trabalhou um dia, dois dias, sem tomar pedidos. Antes de sair no
terceiro dia, orou: 'Senhor, se Tu estás comigo, ajuda-me a tomar 5 encomendas hoje'.
“Colportou toda amanhã, e não tomou nenhuma encomenda. Toda a tarde, sem pe-
dido. Faltavam-lhe duas casas de comércio para terminar esse lugar. Entrou na primeira e
tomou duas encomendas. Entrou na última, e o dono lhe disse: 'Não comprarei'. O colpor-
tor fechou o prospecto, desiludido. Mas o dono chamou os empregados, recomendou-lhes
o livro, e o colportor tomou as três encomendas que lhe faltavam.”
“Se tiverdes fé como um grão de mostarda...” (Mat. 17:20).
28. Um comerciante ajuda o colportor. Um estudante do Chile passou toda uma ma-
nhã sem vender nada. Visitou um comerciante, ofereceu-lhe os livros, e também os recu-
sou. Nesse momento entrou um freguês. O comerciante pediu o prospecto e apresentou os
livros ao homem que acabava de entrar em sua casa. Vendeu os livros e os cobrou à vista.
O colportor lhe agradeceu; enquanto trocava algumas palavras com o comerciante,
entrou outro homem. Novamente o comerciante pediu o prospecto, ofereceu os livros ao
recém-chegado, lhos vendeu e os cobrou à vista.
O estudante tornou a agradecer-lhe, e desta vez lhe disse: “O senhor tem sido mui-
to amável. Agora falta o seu nome no prospecto”.
O comerciante tomou o prospecto pela terceira vez e anotou seu próprio nome. É
desta maneira que o Espírito Santo induz o povo a cooperar com os colportores.
29. Derrota convertida em vitória. “Toda a ferramenta preparada contra ti, não pros-
perará” (Isa. 54:17). O irmão Rivera havia sido enviado para colportar nas ilhas Colombo,
a uns 80 km da costa equatoriana. Havia tomado bom número de encomendas de “O Con-
flito”, da Bíblia e das revistas. Mas antes da entrega o clero fez uma campanha contra, e ele
não pôde entregar um único livro. Nem se quer lhe restava dinheiro para voltar. Sua situa-
ção era crítica.
Mas nesses dias surgiu um desentendimento entre o bispo e o governador, e este,
ofendido, mandou chamar Rivera, recebeu os livros que havia recusado receber, e deu or-
dem que os demais os recebessem. Assim Rivera pôde fazer todas as entregas.
No dia em que Rivera tomava o navio para voltar, chegou um professor que havia
encomendado e recusado receber o livro. Pediu não somente os livros, mas duas bíblias
mais. “Se Deus é por nós, quem será contra nós?” (Rom. 8:31).
30. Ganha mais dinheiro e mais almas. O irmão Aristeu da Silva, da Associação Pa-

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ranaense, era mecânico, tinha bom salário e todas as despersas de hotel pagas.
Quando foi convidado para colportar, seu chefe lhe aumentou o salário para que
continuasse trabalhando com ele. Mas o irmão Aristeu, em vez de trabalhar para o mundo
que perece, aceitou o chamado de Cristo, e está trabalhando para vida eterna que perma-
nece.
Faz um ano que o irmão Aristeu colporta e está não somente ganhando mais na
colportagem, mas também está conquistando almas para o reino eterno. Em 1960 ganhou
várias pessoas para Cristo. Além disso, o próprio chefe que lhe oferecera maior salário, es-
tá agora preparado para o batismo.
31. Um padre ajuda o colportor. No sul do Chile, o auxiliar e um colportor visitaram
o gerente e o subgerente de uma companhia comercial. Mas os dois não compraram os li-
vros, dizendo: “Visitem primeiro o padre, e se ele comprar, eu também comprarei”.
Embora esse lugar fosse muito católico, resolveram visitar o padre. Disseram-lhe
com toda franqueza que eram adventistas, explicaram o seu trabalho e lhe ofereceram os
livros. Para o agrado deles, o padre comprou os livros e os recomendou. Outro padre ou-
viu falar dos colportores e os mandou chamar. Eles pensaram: “Será que ele vai estorvar
nosso êxito?” Mas quando o visitaram, ele lhes disse que sabia que espécie de livros esta-
vam vendendo, e acrescentou: “Também eu quero comprar esses livros, e desejo que Deus
vos abençoe no trabalho”.
Mais tarde, ao visitarem uma senhora, ela disse: “Na hora da missa o padre reco-
mendou esses livros”.
Deus pode tocar o coração dos sacerdotes para que ajudem ao colportor.
32. Viram que seu rosto brilhava. Na cidade de Recife, Pernambuco, o dono de uma
estação de rádio e sua esposa encomendaram o livro que o colportor lhes oferecera.
No dia da entrega a senhora não quis receber o livro. O colportor procurou renovar
seu interesse, e finalmente ela pediu que ele voltasse outro dia.
Quando o colportor voltou, o porteiro abriu a porta e o acompanhou até a casa. A se-
nhora pegou a metade da importância, e pediu ao colportor que viesse outro dia para co-
brar o restante.
Desta vez a senhora disse: “Seu livro nos tem turbado, porque fala da Terra Nova, e
nós não estamos preparados para ali viver. Somos espíritas e nossos professores não nos
ensinam isto”. O colportor lhes disse que continuasse lendo, que o livro explicava como
preparar-se. Cobrou o dinheiro restante, matriculou-a na Escola Radiopostal e se despediu.
Na saída o porteiro perguntou ao colportor “O senhor é religioso?” Quando o colpor-
tor lhe explicou que era adventista, o porteiro acrescentou: “Bem que me parecia, porque
as duas últimas vezes que o senhor veio, vi seu rosto iluminado; e embora a senhora me
tivesse ordenado que não deixasse entrar, ao ver o senhor faltaram-me as forças, e não
pude deixar de abrir-lhe a porta para que entrasse”.
“Pelejarão contra ti, mas não prevalecerão contra ti; porque Eu sou contigo, diz o
Senhor, para te livrar” (Jer.1:19).
33. Cinco fortes emoções. Mauro Mele, colportor bonairense, Argentina, foi entregar
alguns livros e não encontrou a moça que os havia encomendado. Uma senhora da mes-
ma casa lhe disse: “Se o senhor quiser, eu poderei recebê-los e entregá-los à moça”.
Depois de entregar os livros, os dois conversaram um pouco e a senhora contou al-
guns de seus problemas. O irmão Mele a animou a confiar em Deus e orou com ela. Nou-
tra oportunidade voltou para ver essa senhora e lhe deu um estudo bíblico.

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Depois passaram vários meses sem que a visse. Na assembleia de 1960, Mele con-
tou este caso na reunião da igreja, sem saber em que havia ficado o interesse daquela se-
nhora. Nesse momento notou cinco pessoas sentadas juntas num dos primeiros bancos, e
uma delas se levantou. Era a senhora com a qual Mele havia orado quase um ano antes; e
ela contou que seu interesse na verdade havia aumentado, havia interessado quatro pa-
rentes e ali estavam agora os cincos, batizados.
“Para mim foram cincos fortes emoções - continuou dizendo Mele - e desde então,
cada vez que lembro desse caso, sinto novamente cinco grandes satisfação por estar col-
portando.”
Depois de haver trabalhado durante 14 anos consecutivos como contador, o irmão
Mele renunciou nobremente à sua profissão para aceitar o chamado do Senhor. Notemos
o que ele diz: “Depois de aceitar a Cristo, a decisão de colportar tem sido o melhor passo
da minha vida. O Senhor está cumulando-me de não merecidas bênçãos materiais e espiri-
tuais”.
Sem dúvida o Senhor Jesus nos diria: “Vai, e faze da mesma maneira” (Luc. 10:37).
34. A razão do êxito. Em Santo Antônio, Chile, Sérgio Morales, diretor de colportagem
do Chile Norte, acompanhou um colportor para visitar o governador daquele lugar. Este lhe
disse: “Faz tempo que estava desejando que alguém me trouxesse livros espirituais como
estes. Anote o meu nome, e quando tiver livros desta natureza, traga-mos”.
O governador recomendou que fosse visitar o secretário. Quando Morales estava o-
ferecendo os livros ao secretário, entrou o governador e batendo-lhe no ombro, disse: “Os
senhores são dirigidos por Deus, por isso têm êxito”.
Deus dá êxito aos que saem em seu nome. Notemos esta maravilhosa promessa:
“Os que neste tempo se dedicam com fervor e consagração à obra da colportagem, serão
grandemente abençoados”. — C.E., pág. 14.
35. O que fez uma Bíblia. Certo colportor, do norte do Chile, depois de haver entre-
gue a um empregado os livros que ele havia encomendado, deu-lhe de presente uma Bíblia.
Esse empregado ficou tão agradecido e feliz com a Bíblia, que pediu o prospecto e entrou
num escritório da administração onde o colportor não havia podido entrar.
O empregado demorou mais ou menos meia hora. O colportor até começou a preo-
cupar-se pelo prospecto. Finalmente o homem voltou radiante de alegria e lhe entregou o
prospecto com 36 encomendas para os livros e 12 para a Bíblia.
36. A Bíblia ajuda a vender os nossos livros. Dois estudantes do Rio Grande do Sul
foram enviados para colportar num quartel. Temendo que a Bíblia pudesse atrapalhar as
vendas, tomaram as encomendas sem dizer que entregariam também uma Bíblia.
No dia da entrega, o comandante, ao receber a Bíblia, disse: “Por que não disseram
logo que os senhores também vendiam uma Bíblia com os livros? Se tivessem dito isso, te-
riam vendido o dobro”.
Certa colportora sentia o mesmo temor. Ao entregar o livro e logo a Bíblia a um se-
nhor, este lhe perguntou: “Esta Bíblia é para mim?” Quando a moça lhe assegurou que sim,
ele acrescentou: “Que maravilha! Hoje pensei em comprar uma Bíblia, e a senhorita já me
trouxe uma”.
37. De professor a colportor. Por dez anos Sebastião Pinto, da Missão Goiano-Minei-
ra, havia sido professor das nossas escolas. Mas como amava a colportagem, saía durante
as férias para fazer esse trabalho.
Em 1960 decidiu dedica-se totalmente à colportagem. Nos últimos nove meses do

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ano fez não somente excelentes vendas, mas também alcançou um maravilhoso resultado
missionário.
Nesses nove meses interessou 100 pessoas na esperança adventista, organizou uma
escola sabatina com 60 membros, 40 estavam guardando o sábado e 12 deles haviam sido
batizados nesse mesmo ano.
Certo senhor lhe disse: “Sou católico, e foi-me proibido ler livros protestantes, mas
admiro os adventistas. Traga-me os livros”. Dois cobradores de impostos procuraram o ir-
mão Pinto. Ele pensou que vinham exigir-lhe que pagasse imposto de vendedor, mas lhe
disseram: “O senhor esteve no escritório de Rendas e não nos ofereceu os livros. Quere-
mos que nos traga os livros”.
Noutro lugar, quando entregou os livros a uma senhora, ela lhe disse: “Estiveram a-
qui dois jovens, e quando lhes contei dos livros que havia encomendado, pediram que o
senhor levasse um jogo a cada um deles. Quando o colportor levou os livros a esses jovens,
fizeram-lhe um tocante apelo, dizendo: “Tenham compaixão de nós. Volte para explicar-
nos mais alguma coisa”. Assim se interessaram dez famílias, e como não havia lugar para
realizar reuniões, então todos construíram uma capela.
Certo dia Sebastião Pinto deu a um comerciante um estudo sobre o sábado, e quan-
do voltou para entregar os livros que ele havia encomendado, viu na casa comercial um
cartaz que dizia: “Não se atende mais aos sábados”. Perguntou ao comerciante por que não
atendia mais aos sábados, e ele lhe respondeu: “Não foi isto que o senhor me explicou?”
38. O enterro de uma cidade. Em 1960 Raul Labra fora convidado para colportar em
Iquique, Chile Norte, então chamada cidade morta. No vapor em que ele viajava com des-
tino a essa cidade, ao saberem que Labra ia trabalhar ali, alguns passageiros disseram: “Para
que vai senhor a Iquique se o povo está abandonando a cidade?” As minhas de salitre que
davam vida à cidade, estavam fechadas.
Quando desceu do vapor, Labra viu bandeiras pretas nas sacadas de muitas casas.
Explicaram-lhe a razão. A cidade estava de luto, e iam enterrá-la. Por coincidência, no dia
de sua chegada, viu que levavam para o cemitério um caixão coberto de pano preto, seguido
por uma grande procissão. Era o enterro simbólico da cidade. Para agravar a situação, nosso
pastor local disse: “Acaba de sair outro colportor daqui, e como é que mandam o senhor
agora?”
Estas circunstâncias poderiam ter desanimado outros, mas para Labra serviam de
incitamento para trabalhar com maior empenho e mais fé em Deus. Sua primeira oferta,
feita ao diretor da Estrada de Ferro, foi uma encomenda, com a licença de trabalhar entre o
pessoal. No correio um jovem lhe disse: “Conheço esses livros. Sei que são adventistas. Pode
trazer-mos”. Labra começou a dar-lhe estudos, e ele ficou guardando o sábado.
Apesar de todos os pesares, colportando nessa cidade morta, Labra foi nesse ano
campeão de vendas de seu Campo. Deus dá êxito aos que nEle confiam e são valentes e
esforçados.
39. Trabalha para a eternidade. Maravilhosas são as surpresas de Deus para os que
agora se dedicam à colportagem. Em 1950 João Dias Duarte colportou em Santa Catarina.
Certo dia ouviu falar de uma família interessada na Bíblia. Embora lhe tivesse dado muito
trabalho encontrá-la, por fim a encontrou, e muitas vezes a visitou e lhe deu estudos. Mas
chegou o dia em que ela teve que colportar em outra zona. Despediu-se dessa família sem
saber que Deus lhe reservava uma maravilhosa surpresa.
Onze anos passaram sem que Duarte soubesse algo desse interessados. Quando em

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1961 assistiu ao curso de colportagem, Duarte teve a maior alegria de sua vida. Ali encon-
trou dois colportores provenientes desse grupo, que lhe contaram que aquele interesse ha-
via crescido até converte-se numa escola sabatina de 36 membros.
No dia final, muitas surpresas semelhantes terão os colportores, e seu gozo será eter-
no. Isto é trabalhar “pela comida que permanece para a vida eterna” (João 6:27), como
disse Jesus.
Colportores de êxito
40. Queria colportar um ano só. Emiliano de Oliveira, do Rio Grande do Sul, conta
como ganhou a primeira família para a mensagem adventista:
“A primeira alma que ganhei foi um caso interessante. Toda aquela semana não ha-
via vendido nada, e já era sexta-feira. Assim pedi a Deus que, embora não tivesse vendido
nada, me permitisse passar o sábado feliz, encontrando uma alma sincera à qual dar a
mensagem”.
“Nessa sexta-feira ao meio dia visitei um ferreiro, e ao oferecer-lhe os meus livros
ele disse: 'Eu sou católico praticante e possuo a História Sagrada'. E me mostrou o livro.
“- Já leu este livro? - perguntei.
“- Sim.
“- Leu o quarto mandamento?
“- Sim, li-o.
“- Viu que ele manda guardar o sábado?
“Ele não havia notado isso. Pensou por um momento e me perguntou para onde eu
ia. Respondi-lhe que iria trabalhar na vizinhança. 'Então venha para passar a noite em casa -
acrescentou. - Gostaria de conversar com o senhor sobre este assunto'. Naquela tarde voltei,
dei-lhe um estudo sobre o sábado, e nesse mesmo dia começou a guardá-lo junto com sua
família. Pouco depois foi batizado.
Quando em 1943 o irmão Emiliano de Oliveira entrou nesta obra, fê-lo com a ideia
de colportar um ano só, e depois retornar à vida de agricultor, da qual ele gostava. Mas re-
cebeu tantas bênçãos na colportagem, e se sente tão feliz, que nunca mais a deixou.
41. 34 Anos colportando. Desde sua conversão, ocorrida em 1927, o intrépido irmão
João Luiz, do norte da Argentina, tem estado colportando com uma constância exemplar.
Tem trabalhado uma média de quase 2.000 horas por ano, e várias vezes foi campeão de
venda de sua União.
Certo ano ele estava colportando com “O Conflito” na cidade de Güemes. Um dos
chefes ferroviários o atendeu muito bem. Depois de haver tomado a encomenda, Luiz se viu
obrigado a ficar horas respondendo as perguntas desse senhor, sobre a fé adventista.
Começou a dar estudos a ele e a sua família, e embora um pastor protestante procu-
rasse dissuadi-los, o interesse foi aumentando, e duas famílias ali se batizaram nesse ano,
organizando-se nessa casa uma escola sabatina com 20 membros.
As palavras de João Luiz tem peso, porque são o fruto de 34 anos de colportagem
firme, durante os quais vendeu mais de 42.000 livros grandes e mais 50.000 revistas. “Te-
nho encontrado na colportagem - diz ele - uma satisfação que não encontrei noutro trabalho.
Espero continuar colportando enquanto o Senhor me der forças”. E assim foi. Só a enfermi-
dade o deteve em 1960 em sua obra.
42. Deus abençoa ao que aceita o Seu chamado. Um jovem paulista converteu-se
com 24 anos de idade. Antes de seu batismo alguns irmãos o animaram a colportar. Conti-

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nuamente ouvia em sonhos uma voz que lhe dizia: “Deves colportar”. Mas se esquivava à
ideia. Quando lia “A Revista Adventista”, passava por alto os artigos que falavam da colpor-
tagem, para não sentir-se influenciado por eles.
Certo dia, ao sair de sua casa, ouviu claramente uma voz que lhe dizia: “Lauro, col-
portagem”. Voltou para casa e disse à sua mãe: “Mamãe, não posso resistir mais. Deus está
me chamando para colportar. Aceitarei”.
Faz cinco anos que Lauro Lehr está colportando de todo o coração e com toda sua
inteligência, e Deus o tem abençoado com notável êxito e novas maneiras de venda. Todos
os anos ele alcança venda cada vez maiores.
Eis aqui algo quase incrível. Certa ocasião, colportando entre professores de um gran-
de colégio, com “O Conflito” e “Nutrição e Vigor”, durante três meses consecutivos não per-
deu mais que 5 ofertas. Todos os demais encomendaram os livros. Nesses três meses ven-
deu 1.800 livros, uma média de 21 livros por dia.
Certa ocasião em que ele fazia entregas entre esses professores, ficou sem poder de-
volver os Cr$ 20,00 de troco aos compradores. Antes de entrar na casa seguinte, orou a
Deus, pedindo que ali lhe dessem notas de Cr$ 20,00. A senhora recebeu os livros e foi bus-
car o dinheiro. Quando voltou, ela disse: “Desculpe por não ter notas grandes para pagar-
lhe”. E lhe entregou toda a importância em notas de Cr$ 20,00.
Noutra oportunidade, colportando num quartel, vendeu 340 livros num único dia. Ca-
da ano ele encontrava almas que aceitavam a verdade. Um ano teve 15 interessados, 6 guar-
dando o sábado e três se batizaram.
Deus acompanha e abençoa aos que respondem o Seu chamado, porque o fim está
perto e a necessidade é grande.
43. Deu mil nomes ao evangelista. Desde 1937 Emílio Stanimirov está colportando no
norte da Argentina. Começou com dificuldades, mas Deus recompensou sua perseverança e
amor.
Stanimirov é de origem iugoslava, e quando começou a colportar ainda não dominava
o idioma. Na introdução ele dizia: “Venho mostrar-lhes livros inúteis”. As pessoas o olhavam
de maneira estranha, mas ele não percebia por que.
Não obstante, diz ele: “Nunca me arrependo de haver entrado na colportagem, por-
que tanto econômica, social como espiritualmente o Senhor me tem abençoado em abun-
dância. Sinto-me feliz nesta obra”.
Certo dia um senhor o mandou chamar. Quando Stanimirov o visitou, esse homem
disse: “Não sei como agradece-lhe. Pela revista e o Novo Testamento que o senhor me ven-
deu, minha família e eu fomos batizados”.
Depois de haver contado este caso numa reunião de colportagem, um quarteto duplo
cantou. Quatro desses cantores eram eram da família ganha pela revista e pelo Novo Tes-
tamento.
Em 1957 certo evangelista foi realizar uma série de conferências em Tucumã, onde
Stanimirov colportava há anos. Entregou ao evangelista mil nomes dos seus fregueses,
que por carta foram convidados para assistir às conferências. Nesse ano batizaram-se 16
deles e no ano seguinte 15 mais.
Acrescenta Stanimirov: “Oxalá que muito mais irmãos decidam entrar na colportagem.
Encontrarão mais gozo e alegria que em qualquer outro trabalho do mundo, porque estarão
colaborando com o Senhor, para que possa voltar em breve”.
44. Confundiram-no com um ladrão. Quando entramos na colportagem, devemos está

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decididos a ser valentes e não desanimar por nenhuma contrariedade.


Orestes Mesquita, da Missão Goiano-Mineira, foi muito maltratado em certa casa e
posto na rua. Ao sair dali, sem saber que o haviam confundido com um ladrão e sem saber
que vários homens haviam saído para persegui-lo e castigá-lo, Mesquita se dirigiu a um lugar
solitário e passou uma hora lendo a Bíblia e orando. Seus perseguidores o procuraram inutil-
mente.
Terminada a hora devocional, Mesquita continuou o seu trabalho. Ao visitar a casa se-
guinte, encontrou um ambiente muito favorável. O dono encomendou os livros, e o colportor
lhes deu um estudo sobre a Lei de Deus. Essa família resolveu guardar o sábado a partir
dessa mesma semana. Mesquita continuou visitando essa família todos os fins de semana,
para com ela estudar a mensagem. E os vizinhos começaram a concorrer aos estudos.
Isto aconteceu em meados de 1958. Nesse ano, 6 pessoas dessa família foram bati-
zadas. Mesquita continuou atendendo esse interesse que Deus havia colocado em suas
mãos, e os resultados foram admiráveis. No ano seguinte foram batizadas 30 pessoas mais.
Desse grupo, dois jovens entraram na colportagem, e quando assistiram ao primeiro curso
de colportagem, cada um deles relatou duas pessoas batizadas, graças ao seu trabalho.
Deus realiza uma obra imensa por intermédio dos Seus. Diz a inspiração: “Jesus e os
santos anjos darão êxito aos esforços de homens inteligentes e tementes a Deus, que façam
tudo que está em seu poder para salvar almas”. — C.E., pág. 113. E entrar na colportagem
está ao alcance de muitos.
45. Vende 300 livros por mês. Ramão Navarro, homem culto e de boa presença, que
antes era colportor bíblico e pregador pentecostal em Santiago do Chile, começou a colportar
em 1936. Desde então soube suportar, com valor, experiências duras e outras muito anima-
doras.
Em 1943 colportou no porto de Santo Antônio, perto de Valparaiso. Terminou esse
território e foi colportar noutro lugar; mas duas semanas depois ele sentiu-se impressionado
a voltar a Santo Antônio. Alugou uma casa e começou a colportar novamente nesse porto.
Enquanto colportava, convidava o povo para ir à sua casa, para as reuniões noturnas. Come-
çaram a assistir 5, depois 10 e 20 pessoas. Um ano mais tarde foram batizadas 14 almas
nesse lugar, um dos quais é agora pregador na nossa obra, o pastor Mariano Renedo.
Noutra ocasião foi convidado a colportar na mina de Chuquicamata. No dia de sua
chegada rodearam-no alguns vizinhos, para ver sua motocicleta e trocar comentários. En-
quanto conversavam, aproximaram-se outros, e Navarro julgou oportuno oferecer-lhes os
livros. Nessa primeira oferta ele tomou 33 encomendas. Desde então continuou entregan-
do mais de 300 livros por mês.
Ali em Chuquicamata, além de colportar durante o dia, realizava reuniões de noite, em
dois lugares distantes vários quilômetros um do outro. Uma noite dirigia a reunião num
desses lugares, e outra noite no outro.
Havia nesses dois lugares cinco adventistas quando ele chegou à mina. A assistência
aumentou para 60, e no fim desse ano foram batizadas 24 almas ganhas por ele.
Diz o irmão Navarro: “A colportagem tem sido a vocação de minha vida. Ela me de-
senvolveu intelectual e espiritualmente. Esta obra é um elevado ministério para homens de
elevados ideais”.
46. Ganha 17 almas. No Rio Grande do Sul há um colportor ocasional, de 64 anos
de idade, mas física e espiritualmente forte. Faz três anos que ele começou a colportar com
“O Conflito”. Cada oferta do seu livro é um estudo sobre o fim do mundo. Depois ele conti-

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nua dando estudos bíblicos aos que se interessam.


Em certa casa um senhor lhe disse: “Não vale a pena visitar esse vizinho. É um sar-
gento do Exército que está sempre bêbado”.
O irmão Fonseca agradeceu ao homem e pensou: “Esse sargento também necessita
da mesma mensagem, e necessita-a mais que outros”. Eram as dez da manhã. Ao bater à
porta, encontrou o sargento bêbado. O que fazer? Fonseca resolveu ficar até que o estado
de embriaguez passasse. Ficou o resto da manhã e parte da tarde, falando-lhe das pro-
messas de Deus. Na manhã seguinte voltou cedo, e o sargento ainda não estava bêbado.
Vendeu-lhe “O Conflito” e lhe deu outro estudo.
Assim continuou com as visitas e os estudos, até que o sargento venceu o vício, foi
batizado juntamente com sua família, e agora está trabalhando para salvar outros. São es-
ses os milagres que Deus opera mediante os colportores.
Em 1960 esse colportor estava dando estudo em 30 casas, e 17 de seus interessa-
dos se batizaram nesse ano.
47. O maior gozo do colportor. Depois de haver colportado por trinta anos na Ar-
gentina, o irmão Teodoro Rodríguez Vázquez fez uma merecida viagem a sua terra natal,
Venezuela.
Quando o vapor chegou ao porto de La Guaira, Vázquez viu vários familiares espe-
rando-o, e também um senhor de bengala e chapéu, que ele não conhecia. Logo soube
que se tratava de um professor, que 33 anos antes dele havia comprado um livro, e que
por sua leitura ele e a família haviam aceito a verdade. Agora se encontrava aí para abra-
çar o colportor que lhe havia levado a salvação.
Quando Vázquez voltou à Argentina, uma senhora da igreja tomou as mãos dele en-
tre as suas e lhe agradeceu pelo livro que lhe havia vendido e pelos estudos dados, graças
aos quais ela havia aceito a verdade em sua ausência.
Para um colportor que ama a Jesus, não há maior satisfação do que essa. No lar e-
terno muitos cumprimentarão e agradecerão aos colportores que nesta Terra lhes mostra-
ram o caminho para o Céu.
48. “Devo levar esses livros a outros”. Alguém levava mensalmente nossa revista ao
gerente do hospital de Puntas Arenas, bem no sul do Chile. Certo dia esse gerente adoe-
ceu. Ficou tão mal que, dos 110 quilos que pesava, baixou para 50. Apesar de tudo isto
começou a restabelecer-se. Naqueles dias ele se lembrou das revistas e pediu que lhas
trouxessem. Sua leitura o impressionou e alentou.
Certo dia, durante sua convalescença, estava ele assentado no carro quando viu
passar o pastor da igreja. Chamou-o e lhe perguntou: “Não tem o senhor algum livro que
complete o que trazem estas revistas?” O pastor levou-lhe “O Conflito”.
Dez dias mais tarde o gerente visitou o pastor em sua casa e pediu outro livro. Des-
ta vez o pastor lhe deu “Patriarcas”, e o convidou para o culto de oração. Desde então co-
meçou a assistir e um pouco mais tarde foi batizado.
Agora, dirigido pelo Espírito Santo, ele disse de si para si: “Se eu fui iluminado por
esta revista e por esses livros, devo levá-los a outros”. Ao saber que ele queria deixar o
seu trabalho para dedicar-se à colportagem, sua esposa pensou que esse homem estava
perdendo o juízo, e lhe disse: “De gerente de hospital vais converter-te num vendedor de
revistas?” Ao ver sua determinação, ela ficou tão zangada que se separou dele.
Quando ele estava colportando no vale do Rio Negro, Argentina, interessou uma fa-
mília na verdade. Depois de converter-se, a senhora lhe disse: “Tenho uma filha em Co-

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modoro Rivadávia, outra em Olavarria e outra em Mendonça. Consiga que alguém leve a
mensagem à que está em Rivadávia, e eu irei para dar a mensagem às outras duas. As
três filhas aceitaram a verdade.
Desta maneira o irmão Carlos Larravide dedicou abnegadamente sua vida à colpor-
tagem, até aposentar-se. Também hoje Deus tem os Seus escolhidos, que, como o irmão
Larravide, responderão à necessidade de maior número de colportores para esta hora do
fim em que estamos vivendo. Se nos dedicarmos com amor à colportagem, Deus nos aju-
dará a vencer a timidez, e nos dará ânimo e capacidade para nesta obra alcançar êxito fi-
nanceiro e missionário.
49. Não sabia ler, mas começou a colportar. Num recente curso de colportagem re-
alizado no norte da Argentina, Simão Kordysz contou um caso alentador.
Quando ele começou a colportar, mal sabia ler e quase não sabia escrever castelha-
no. Mas possuía amor e fé, e aceitou o convite para dedicar sua vida à colportagem.
Quando ele fez a primeira oferta, o freguês lhe perguntou se era italiano: “Não,
sou russo”, respondeu Kordysz. “Se o senhor soubesse falar melhor o castelhano - disse o
freguês - venderia muito mais. Mas eu vou comprar o livro”.
A colportagem o ajudou a aprender bem a língua, e hoje ele fala perfeitamente.
Pouco tempo depois Kordysz ganhou uma professora para a verdade, e logo um casal.
Certo dia estava ele esperando o ônibus na rodoviária de Posadas, quando uma senhora
se aproximou, o cumprimentou e lhe disse: “Acabo de voltar do Instituto Alem, (nosso gi-
násio adventista), onde deixei a minha filha”.
Kordysz havia colportado na casa dessa senhora, e lhes havia falado da esperança
adventista. O homem havia se interessado e havia oferecido pagar as despersas da viagem
e o salário de um pastor durante um mês, para que fosse ensinar-lhes a verdade. Quando
essa senhora encontrou o colportor na rodoviária, a família já havia aceito a mensagem
adventista.
Quando Kordysz contou sua experiência, mostrou-nos a mão com um dedo cortado.
Depois de haver colportado dois anos, abandonara a obra e voltara ao ofício de carpinteiro.
Não obstante, todo o tempo havia sentido remorsos por sua deserção. Certo dia a serra lhe
cortou a metade de um dedo. “Essa foi uma advertência de Deus - disse ele - para que eu
retornasse à Sua obra. Agora estou novamente colportando, sou feliz, e espero continuar
colportando até que a obra esteja terminada”.
Em 1958, perto de Missiones, vendeu duas revistas a um senhor, que não as apreci-
ou muito. Um vizinho, de sobrenome Nuñez, viu as revistas, leu-as e gostou delas. Por dois
anos esteve à procura de Kordysz, até que ficou sabendo onde morava. Certo dia chegou
à casa deste último com as revistas na mão, para fazer uma assinatura das mesmas. Sua
leitura fê-lo interessar-se na mensagem, bem como a outros vizinhos, um total de 15 pes-
soas. Toda a família Nuñez, nove pessoas, se uniram em 1960 à igreja remanescente.
Quão lindo é ser colportor! “Bem-aventurado vós os que semeais sobre todas as á-
guas”! (Isa. 32:20).
50. “Todo o meu tempo é agradável”. Depois que José González se formara no cur-
so normal do Colégio Adventista do Prata, Argentina, foi várias vezes convidado para lecio-
nar, mas ele preferiu dedicar sua vida à colportagem. Por que? “Porque na colportagem
posso tratar diretamente com o povo, e posso dar-lhe estudos bíblicos”, explicou ele, com
toda a razão.
González é um jovem de boa presença, disciplinado e fervoroso. Está colportando

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em Cuyo, Argentina. Em 1960 foi o campeão de vendas dessa Missão, e ao mesmo tempo
ganhou, nesse ano, oito almas que já foram batizadas.
Um casal que encomendou seus livros, ainda antes de pagar a segunda prestação,
começou a guardar o sábado e a frequentar a igreja, pelos estudos que ele lhes dera.
Ao perguntar-lhe qual havia sido sua experiência mais linda desde que começou a
colportar, pensou por um momento e respondeu: “Todo meu tempo na colportagem tem
sido agradável”.
O Espírito de Profecia, falando do colportor, afirma: “O êxito de seu trabalho outor-
ga-lhe o mais puro gozo e é a mais rica recompensa”. — C.E., pág. 14.
51. Insatisfeito com o seu trabalho. Heriberto Dupertuis, que morava em Santa Fé,
Argentina, embora gostasse de seu trabalho de leiteiro e agricultor, não se sentia satisfeito
com fazer esse trabalho comum, uma vez que havia tanta coisa a fazer na obra de Deus.
Quando foi convidado a dedicar sua vida à colportagem, não vacilou. Voltou para
casa, e pouco tempo depois vendeu o gado e as ferramentas agrícolas, comprou um Ford
A e foi a Cuyo para colportar.
Alguns de seus amigos acharam que Heriberto estava cometendo um erro. Mas Deus
tem abençoado abundantemente sua dedicação e esforço, e ele chegou a ser um dos col-
portores mais completos da União Austral. Num ano, somente 14 almas, foram batizadas
em resultado de seu trabalho, além de outras sete batizadas anteriormente.
Tal como sucede com cada colportor, todos os dias Deus Se manifesta em seu tra-
balho. Certa sexta-feira passou a manhã entregando alguns livros. De tarde fez várias visi-
tas, mas sem tomar nenhuma encomenda. Então tomou o caminho de volta para casa. Ao
chegar ao lugar em que a via férrea atravessa a estrada, encontrou dois vagões obstruindo
a passagem. Embora esperasse muito tempo, não conseguia cruzar.
Então resolveu aproveitar o tempo visitando algumas casas mais. Numa delas o do-
no comprou os livros, e animou dois amigos presentes a comprarem também. Um destes
visitantes era de outro lugar. Se os vagões não tivessem impedido a passagem, Dupertuis
não teria vendido os livros.
Não só nas grandes experiências, mas também em pequenos incidentes como este
pode-se ver a mão de Deus guiando o colportor. Nenhum outro trabalho traz tanta satisfa-
ção como a colportagem. Enquanto outros trabalhos, por melhores que sejam, são ativida-
des comuns, a colportagem é a obra de Deus, na qual os anjos acompanham o colportor.
52. Ganha 140 almas. Eis aqui um dos casos mais notáveis de almas ganhas por col-
portor.
Em 1957, Edilberto Muñoz colportou no norte do Peru, em regiões altas, frias e pe-
rigosas, e também em zonas baixas e quentes.
Nos últimos meses desse ano encontrou vários grupos reformistas. Muñoz buscou
essas ovelhas do Senhor, teve estudos e reuniões com elas, e lhes provou que o verdadei-
ro povo de Deus é a Igreja Adventista.
Nesses meses foram batizadas 20 almas. No ano seguinte se batizaram 48, e em
1960 se uniram ao povo de Deus outros 44 desses interessados. Em três anos um total de
140 almas foram batizadas em resultado do trabalho de Muñoz.
O que realça mais este admirável resultado é que Edilberto Muñoz teve apenas três
anos de escola. Mas há mais de 12 anos trabalha na escola de colportagem, e isto lhe con-
feriu poder convincente e eloquência.
Há pouco tempo atrás um pregador, formado no nosso colégio, disse: “O irmão Mu-

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ñoz me ensinou a fazer trabalho missionário”.


É este o maravilhoso privilégio do colportor. Ao trabalhar com amor nessa obra, o
colportor desenvolve suas faculdades, ganha almas, experimenta o mais puro gozo, e se
prepara melhor para o Céu. “Vai, e faze da mesma maneira” (Luc. 10:37).
Apreço pelo colportor
53. “Traz notícias do Céu”. Quando o colportor Ciro Damián, do norte do Peru, saiu de
manhã para começar a trabalhar nessa vila, percebeu que o povo o olhava com insistência
e curiosidade, fazendo comentários em voz baixa. Até ouvir que diziam: “É este”. Outros
diziam: “Não, não é”. “Sim, é ele”. Ele pensou intrigado o que seria que estava para acon-
tecer.
Quando começou a visitar o povo, soube o que havia acontecido. Na noite anterior ele
havia chegado a essa vila, havia falado com um vizinho e lhe dado de presente algumas
revistas. Esse homem havia precedido a Damián, dizendo: “Revista que trazem notícias da
Terra há muitas. Mas chegou um mensageiro com revistas que trazem notícias do Céu”.
Graças a esse testemunho, Damián teve tanto êxito que até o procuravam para com-
prar livros e revistas. Quão maravilhosa é a obra do colportor! Traz notícias do Céu!
54. “Gostaria de fazer o seu trabalho”. Já se viu alguma vez que um deputado afa-
mado invejasse o trabalho dum colportor?
Depois de haver encomendado os livros, um deputado perguntou ao colportor por
que ele vendia esses livros, quem patrocinava sua publicação e qual era sua finalidade.
Quando esse legislador compreendeu o generoso propósito do colportor, exclamou admi-
rado: “Jovem, invejo o senhor pela tão nobre obra que está realizando. Gostaria de fazer o
seu trabalho!”
Não só esse deputado, mas também os anjos gostariam de fazer o trabalho dos col-
portores. Mas esse enobrecedor privilégio, negado aos anjos, é concedido a todo adventis-
ta que ama a Jesus e as almas. E nessa obra os anjos são os companheiros invisíveis que
conferem êxito e gozo neste santo serviço.
55. Um homem com uma missão. Certo senhor de La Paz, Bolívia, fez voltar o col-
portor Gonzalo Monrroy dez vezes antes de receber os livros que havia encomendado. Este
colportor é não somente um jovem perseverante, mas também compreende sua elevada
missão. Na décima visita, esse senhor disse a Monrroy:
- Agora receberei os livros. Eu estava provando o senhor. Agora vejo que o senhor
poderá ser uma bom agente de seguros, e trabalhar para mim. Em cada seguro que o se-
nhor colocar, ganhará 30 dólares. O que acha?
-Agradeço sua oferta, - respondeu cortesmente. - Eu também faço seguros, e mais
importantes que os seguros comuns.
- Que seguros faz o senhor? - Indagou o homem.
- Faço seguros de saúde e de vida. Os seus seguros são contras alguns acidentes.
Este livro “Arte y Salud en la Cocina”, significa mais do que isso, é um seguro de saúde.
- E como são este seguros de vida?
- O seguro de vida está neste outro livro: “Certeza de un Futuro Mejor”. Não é um
seguro para poucos dias, mas para toda a eternidade.
Aquele senhor ficou admirado diante do nobre ideal desse colportor. Os colportores
não são homens comuns, mas homens de Deus, homens com uma missão divina a cumprir,
são missionários, apreciados pelo Céu e admirados pelos que chegam a entender sua san-

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ta missão.
56. Homens de Deus. O boletim da Missão do Norte, Argentina, conta que o diretor
de colportagem e um dos colportores foram trabalhar em certa vila de Jujuy. Providencial-
mente encontraram um médico e esposa, ambos muitos interessados no Evangelho, os
quais convidaram os colportores a hospedarem-se em sua casa. Eles aceitaram o convite,
e depois de vários estudos bíblicos o médico e sua esposa chegaram a apreciar tanto os
colportores que, quando chegou o momento de partir, o médico e sua esposa choraram. A
esposa do médico disse ao colportor: “Nunca chorei ao despedir-me de uma amiga ou pa-
rente, mas os senhores são homens de Deus, enviados à minha casa”.
É desta maneira que o povo chega a apreciar e estimar os colportores.
57. Um guia espiritual. Um colportor-estudante do Brasil visitou um rico fazendeiro.
O homem encomendou o livro e abriu seu coração ao colportor, contando-lhe alguns de
seus problemas. Apesar de sua pouca idade, o estudante deu-lhe alguns conselhos alenta-
dores e um estudo bíblico. No dia da entrega, tornou a dar-lhe um estudo.
Certo dia, durante o ano escolar, chegou ao colégio um lindo carro, dele desceu um
cavalheiro de boa presença e pediu para falar com o diretor.
- Há aqui um estudante com tal nome? - perguntou. Era o estudante que o havia
visitado durante as férias.
- Sim - respondeu o diretor.
- Poderia falar com ele? Desejo consultá-lo sobre alguns problemas espirituais.
- Temos aqui um pastor de muita experiência. Não gostaria de falar com ele?
- Não, quero falar com esse estudante, porque ele é meu guia espiritual.
Referindo-se ao povo, a Inspiração diz: “Muitas vezes podem melhor conhecer a ver-
dade por meio dos esforços do colportor”. — C.E., pág. 10.
58. Um sacerdote torna-se bom colportor. Tal como aconteceu em certa cidade do
Peru, Deus muitas vezes abre caminhos singulares nesta obra.
Fermín Quiliche iniciou ali o seu trabalho com “O Conflito”, e no primeiro dia não
conseguiu tomar uma única encomenda. Já declinava o dia quando ele passou diante da
casa paroquial, e pensou: “Por que não visitar o sacerdote? Pior que agora não poderá ir-
me se o visitar”. Quando o sacerdote saiu, aconteceu algo inesperado. O padre olhou para o
colportor e, apontando para ele, disse: “O senhor é colportor adventista. Diga-me, sim ou
não?” Após a resposta afirmativa o padre o convidou a entrar e sentar-se. Durante quinze
minutos falou agressivamente contra a igreja adventista.
Quando o padre parou de falar, Quilichi lhe perguntou calmamente: “Já terminou,
senhor padre?” “Sim”, respondeu, esperando a réplica. Mas em vez de responder aos ata-
ques, Quiliche apresentou “O Conflito”. Esse grande livro o impressionou tanto, especial-
mente o capítulo sobre o Juízo, que terminou encomendando-o.
Diante desta vitória, Quiliche adquiriu valor e pediu que o recomendasse às autori-
dades que ele ainda não havia visitado. O padre pensou por um momento e disse: “Não, va-
mos fazer outra coisa. Agora já é tarde, mas venha amanhã às 8:00 horas, e eu o acom-
panharei na visita”.
Na manhã seguinte o povo via o colportor e o padre juntos na rua. O padre o apre-
sentou primeiro ao prefeito, e quando Quiliche quis apresentar o livro, o padre tomou o
prospecto e explicou o livro, salientando o capítulo sobre o Juízo. Esta foi a primeira enco-
menda. Toda aquela manhã padre e Quiliche colportaram juntos; melhor dito, o padre col-
portou para Quiliche. Este só preenchia o talonário e pedia adiantada parte do dinheiro. E

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que êxito teve o padre! Tomou 22 encomendas para o maravilhoso “Conflito”.


Quiliche tornou a visitar muitas vezes o padre para dar-lhe estudos bíblicos. Cada
vez que se encontravam na rua, paravam para conversar. Certo dia Quiliche lhe disse:
- Sr. Padre, o senhor é mais adventista que católico.
- É verdade - respondeu - um dia tirarei esta batina e me unirei a sua igreja.
Mais tarde Quiliche o matriculou na Escola Radiopostal. A última notícia que ele re-
cebeu foi que o padre havia sido transferido para outro lugar. Quem sabe no reino eterno
Quiliche não se encontrará de novo com esse amigo, quando nas ruas de ouro da cidade
de Deus se deterão para conversar!
59. Ensinaram-me a viver. O colportor João Carlos Olmedo, da Argentina Central, vi-
sitou o gerente de uma fábrica. Ao oferecer-lhe os livros, este disse que já possuía e a-
crescentou: “O que sou na vida, devo-o em grande parte a estas boas obras que me ensi-
naram a viver”.
O mesmo colportor recebeu esta reprimenda de um médico: “Mas amigo, por que
não me disse antes que o senhor trazia esta importante revista? Conheço-a e gosto muito
dela”.
Há os que não dão valor às publicações de vida vendidas pelo colportor, mas outros
as apreciam e esperam por elas.
60. Benefício dos nossos livros. Jamais poderemos calcular nesta Terra todo o be-
nefício que acarretam os nossos livros. Embora não convertam todas as pessoas que os le-
em elas são alentadas e abençoadas.
José Lessa estava oferecendo os seus livros a um destacado general de Brasília, e
esse senhor o interrompeu para dizer-lhe: “Gosto muito de seus livros. São os que melhor
português têm. Além disso nos ajudam a sermos mais bondosos e corteses. Dei o livro 'A
Chave da Felicidade' ao meu filho, e ele se converteu num homem atencioso e de bom
comportamento”.
Quão feliz sente-se o colportor quando sabe que está realizando uma obra que ele-
va os demais!
Mais conversões para a verdade
61. Uma igreja inteira se converte. Em 1960, Diomar dos Santos estava colportando
no sul do Mato Grosso, e encontrou uma igreja esquisita, chamada Igreja da Sã Doutrina,
com mais de cem membros, que eram semi-espíritas, e guardavam o sábado.
Diomar começou a pregar-lhes a mensagem. O chefe deles ficou zangado e o expul-
sou de sua casa. Mas Diomar continuou estudando com os membros. Ao ver a comoção
que estava se levantando entre seus adeptos, o chefe decidiu estudar a mensagem do col-
portor, para poder combatê-la. Conseguiu um dos livros vendidos por Diomar, e seu estu-
do produziu o milagre. Convenceu-se da veracidade da fé adventista. A mesma coisa acon-
teceu com os membros de sua igreja. Agora quase todos foram batizados na nossa fé, e
são membros da verdadeira igreja da sã doutrina.
62. Um livro ganha um médico. O Dr. Edgar Bentes Rodrigues lembra-se com admi-
ração do colportor Manoel Pereira, que em 1937 lhe vendeu o livro “O Raiar de um Novo
Dia”, e se ofereceu a estudar a Bíblia com ele, “para aprendermos juntos”, disse. Durante
um mês o irmão Pereira estudou a Bíblia com o Dr. Rodrigues.
O Dr. Edgar era espírita. Depois da partida do colportor ele estudou o livro. Quando
chegou ao capítulo sobre o espiritismo, não gostou; pôs um marca páginas no livro e guar-

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dou. Sete anos se passaram. Um dia, quando ele era prefeito da cidade de Alenquer, Esta-
do do Amazonas, seu secretário falou com ele sobre religião. O Dr. Edgar lhe disse que ele
não acreditava em Satanás. O secretário lhe perguntou “Crê o senhor em Jesus?” “Certa-
mente”, respondeu o médico. “Então veja o que diz aqui”, acrescentou o secretário, indi-
cando-lhe São Lucas 10:18 onde leu: “Eu via Satanás, como raio, cair do Céu”.
Isto bastou. O Dr. Edgar creu. Lembrou-se de seu livro. Tornou a lê-lo e aceitou a
mensagem.
Embora fosse médico, dirigiu-se para o Colégio Adventista Brasileiro, onde estudou
e lecionou durante dois anos. Depois dedicou-se à obra médico missionária no Mato Gros-
so. Durante dez anos foi diretor do Hospital Matogrossense do Pênfigo, onde realizou um
trabalho abnegado, e agora ele dirige a Clínica Adventista na cidade de Campo Grande. Foi
assim que um colportor ganhou um médico para Cristo.
63. Ia jogar o livro no rio. Carlos Nogueira, diretor de colportagem da Missão Minei-
ra, conta esta maravilhosa experiência. Um colportor foi com medo trabalhar em certo ter-
ritório, por causa do preconceito religioso. Efetivamente, um dos compradores levou o livro
“Vida de Jesus” ao padre, que o aconselhou destruí-lo. O homem tomou esse lindo livro e
dirigiu-se ao rio. No caminho encontrou-se com um amigo que lhe perguntou:
- Que livro é esse? Para onde vais com ele?
- Vou jogá-lo no rio, porque o padre me disse que é protestante.
- Então vou comprá-lo por Cr$ 10,00.
O livro lhe havia custado Cr$ 300,00. Assim o amigo comprou o livro, e o expôs em
sua casa comercial para ser vendido. Alguém viu o livro, sentiu-se atraído por sua beleza e
título interessante, e o comprou.
Esse comprador leu o livro, sua mente foi iluminada, e comunicou a outros a men-
sagem de vida. Como resultado foram batizadas nesse ano dez pessoas, e quatro delas fi-
caram preparando-se para a colportagem. Um ano mais tarde quatro pessoas mais foram
batizadas ali. Maravilhoso resultado de um livro que ia ser jogado no rio!
64. A igreja santa. Um colportor equatoriano comprou passagem e tomou o vapor
que o levaria de Guayaquil a Babahoyo. Acomodou os seus pertences, instalou-se numa
rede e começou a ler sua Bíblia.
Nisso chegou outro passageiro, com ar pesaroso, e ocupou a rede vizinha. Ao ver o
colportor lendo a Bíblia, iluminou-se-lhe o rosto. Aproximou-se dele, pegou-o no braço, e
exclamou: “Irmão! O senhor também lê a Bíblia? Vim a Guayaquil em busca da igreja san-
ta que guarda o sábado, e não pude encontrá-la”.
Ao ouvir estas palavras, o colportor se levantou e lhe respondeu: “Eu pertenço a es-
ta igreja que guarda o sábado”.
A alegria de ambos era indescritível. Então aquele senhor contou ao colportor que
havia vindo da província de Los Rios a Guayaquil, especialmente para encontrar a igreja
santa. Dez dias havia passado procurando-a. Havia encontrado algumas igrejas evangéli-
cas, havia assistido a algumas de suas reuniões, mas nenhuma guardava o sábado. E ago-
ra voltava muito triste para casa.
- Como chegou o senhor a conhecer o sábado - perguntou o colportor.
- Há 15 anos atrás chegou alguém à minha fazenda e me vendeu o livro “Hacia la
Edad de Oro”. Por meio dele conheci o sábado. Depois consegui uma Bíblia e continuei es-
tudando. Em casa somos dez pessoas que estão guardando o sábado.
Durante todo esse dia que durou a viagem, o colportor passou estudando com esse

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homem acerca da esperança adventista, e lhe prometeu avisar a Missão. Por ocasião da
primeira visita do pastor, esse homem lhe entregou seu primeiro dízimo. Na segunda visi-
ta, as cinco pessoas mais velhas da família foram batizadas. Cinco estrelas de gozo para a
coroa do colportor que vendeu aquele livro.
65. Edificante história de um livro. A história começou em 1953. Numa remota regi-
ão do interior da Bahia, um simpático colportor vendeu o livro “A Vida e Seus Problemas” a
Dona Isabel E. Santos, que o deu de presente a uma amiga. Sendo que seu pastor lhe ha-
via proibido a leitura do livro, esta senhora o devolveu imediatamente a sua doadora.
Este pouco caso desgostou D. Isabel, mas uma amiga adventista a animou, dizendo:
“Com esse livro a senhora ainda vai ganhar muitas almas para Cristo”.
Algum tempo depois D. Isabel se mudou para outro lugar desse Estado, onde convi-
dou a Srtª. Aurélia Santos para ser professora de seus filhos pequenos. Achando-a simpá-
tica, ofereceu-lhe o livro “A Vida e Seus Problemas”. Aurélia gostou tanto do livro que acei-
tou completamente a doutrina adventista. Com entusiasmo contagioso converteu sua mãe,
duas irmãs e D. Isabel. Um total de doze pessoas se uniram à igreja por esse livro, e um
bom número está se preparando para o batismo.
Um dos jovens convertidos por esse livro é agora pregador voluntário. Conseguiu
arrancar lágrimas de olhos que dificilmente choravam. Depois de havê-lo escutado pregar,
um homem de meia idade, com lágrimas nos olhos, disse: “Eu não conhecia esse Deus
que me amou a tal ponte de dar Seu Filho para morrer em meu lugar”.
E a história desse livro ainda não terminou. No reino eterno veremos a legião de al-
mas levadas a Jesus, graças à sua poderosa influência. Esta é a maravilhosa obra que Deus
realiza por intermédio dos colportores. - Condensado do boletim da Missão Bahia-Sergipe.
66. Preocupado por falta de frutos. O irmão Manoel Pinto, que naquele tempo era
diretor de colportagem da Missão Costa Norte, estava certo dia preocupado por não ver
resultados missionários dos livros que os seus colportores vendiam. Passou toda a noite
sem poder dormir, pensando: “Será que não estamos fazendo nosso trabalho como deve-
mos e que por isso não vemos maiores resultados?”
Na manhã seguinte o irmão Pinto se dirigiu ao escritório com a mesma preocupação.
Mas na primeira hora da manhã visitou-o um colportor que trabalhava em Fortaleza e lhe
contou um caso surpreendente: “Há poucos meses atrás fui maltratado numa casa, mas na
seguinte compraram um exemplar do livro “Pelos Meandros do Mal”. Por meio de sua lei-
tura interessaram-se na verdade, começaram a frequentar a igreja, e agora 12 deles estão
para batizar-se. Além disso enviaram esse livro a alguns amigos que moram em Mossoró,
a mais de 200 quilômetros de distância, e também ali se despertou grande interesse”.
O colportor ainda estava contando essa experiência quando alguém chegou. O se-
nhor entrou e explicou que acabava de chegar de Massoró, que era pastor de uma igreja
evangélica ali, que eles haviam recebido um exemplar do livro “Pelos Meandros do Mal”,
enviado por alguns amigos de Fortaleza. Contou que o havia estudado, e que quase toda a
sua igreja queria ser adventista. Agora solicitava mais livros, e que alguém fosse instruí-
los um pouco melhor.
Preocupado o diretor, admirado por esse maravilhoso resultado, ficou animado e
vendeu “O Conflito” a esse pastor.
67. Um livro desprezado. Em Limeira, Estado do Maranhão, ocorreu um caso inte-
ressante com um livro desprezado, três colportores e um pastor.
Limeira é um lugar de difícil acesso, que se encontra a meia hora de voo de São Luís,

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mais quatro horas de canoa. Até então nenhum protestante havia pisado ali.
Em 1959 o colportor Joaquim Souza vendeu bom número de livros “Focalizando Nos-
sa Época” nesse povoado. Um dos compradores desse livro não gostou dele e o vendeu por
qualquer coisa, sem imaginar a grande obra que realizaria.
Esse livro desprezado foi parar nas boas mãos de um farmacêutico de uns 30 anos
de idade, chamado Osvaldo, o qual, ao lê-lo almejou receber mais luz.
No fim de 1959 outros dois colportores foram enviados a Limeira. Ao chegarem à
farmácia, tiveram a agradável surpresa de que Osvaldo deles havia comprado 14 livros, al-
guns para ele e outros para dar de presente aos parentes. Dentre eles havia dois “Confli-
to”, quatro Bíblias, um “Desejado” e até três volumes dos “Testemunhos”. De todos eles, o
livros que mais iluminou e impressionou a Osvaldo, foi o “Conflito”. A medida que o estu-
dava, ia transmitindo nova luz a seus parentes.
Em janeiro de 1960, o primeiro colportor desta experiência, Joaquim, trabalhando
em outra vila perto de Limeira, encontrou, sem sabê-lo, o pai de Osvaldo e outros paren-
tes, e lhes deu alguns estudos sobre a Lei de Deus. Nessa mesma semana esse senhor e
dois irmãos dele começaram a guardar o sábado.
Quando o pastor de São Luís, Eduardo Pereira, recebeu notícias destes interessados
e os visitou, encontrou um animado grupo de fervorosos adventistas. Em abril de 1961, 7
deles foram batizados; poucas semanas mais tarde batizou 16 pessoas mais, e em setem-
bro esperava realizar ali um terceiro batismo.
É assim que o colportor e seus livros abrem portas para a entrada e o triunfo da
mensagem de Deus.
68. Leu “O Conflito” em três dias. Em 1957 uma estudante do Brasil, que colportava
com “O Conflito”, tomou a encomenda de um jovem inspetor de uma companhia de segu-
ros.
No dia da entrega aconteceu algo providencial. A colportora atravessava a praça pa-
ra ir entregar o livro a esse jovem. E ele cruzava a mesma praça, em direção oposta, para
sair de viagem. Ali na praça recebeu seu livro, e em vez de empreender a viagem planeja-
da, voltou para o escritório e começou a ler seu novo livro. Passou todo esse dia, até tarde
da noite, lendo-o. No dia seguinte não fez outra coisa que ler “O Conflito”. No terceiro dia
havia terminado de lê-lo.
Então tomou uma nobre resolução. Dirigiu-se a seu chefe, dizendo que ia deixar o
trabalho por não querer mentir mais e por haver decidido guardar o sábado.
Foi para sua cidade natal, Belo Horizonte, onde lhe aconteceu outro caso providen-
cial. Olhando uma vitrine, viu algumas garrafas de suco de uva Superbom, e leu no rótulo:
“Colégio Adventista Brasileiro”. Sem saber, no entanto, que “O Conflito” era adventista,
escreveu ao Colégio perguntando que cursos oferecia e, se estudando ali, lhe daria o sá-
bado livre.
Então lhe aconteceu um terceiro evento providencial. Nessa quarta-feira foi a uma
igreja protestante. Sem saber por que, um colportor, em vez de assistir a nosso culto, as-
sistiu nessa igreja protestante. Terminado o culto, o colportor ouviu esse jovem discutir
com os protestantes em favor do sábado. Quando o jovem saiu, o colportor o acompanhou,
deu-se a conhecer e o convidou para frequentar nossa igreja.
Nesses dias o jovem vendeu um terreno que possuía, e cinco semanas depois de
haver comprado “O Conflito” ele já se encontrava em nosso Colégio. Todas as férias ele
colportou com esse livro que lhe havia dado a mensagem, e em 1961 ele se formou no

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curso teológico e entrou na obra de Deus.


69. Expulsou-o de sua casa. João Olímpio, auxiliar da Missão Nordeste, ofereceu o
livro “Vida de Jesus” numa casa. A senhora quis encomendá-lo, mas o esposo se zangou e
expulsou o colportor. Nessa tarde a senhora foi ao hotel e encomendou o livro, pedindo
que o colportor lho entregasse na ausência do esposo.
No dia da entrega, quando Olímpio se aproximou da casa para entregar o livro, um
menino o viu e gritou: “Papai, aí vem o homem do livro”. O esposo saiu ainda mais zanga-
do que da primeira vez, e a gritos expulsou o colportor. Não obstante, a senhora lhe fez
um sinal, e mais tarde foi ao hotel para receber o livro.
Sete anos depois, enquanto Olímpio caminhava pela rua de outra cidade, sentiu que
alguém lhe pôs a mão no ombro. Ao virar-se, um senhor lhe perguntou: “Não é o senhor o
homem do livro?” O colportor o reconheceu e pensou: “Agora terei outro problema”. Mas
o homem acrescentou: “Por esse livro minha esposa, meu tio e eu aceitamos a verdade, e
agora somos adventistas”.
70. Ia suicidar-se. Certo diretor conta: “Era sexta-feira. Eu estava acompanhado um
colportor e nessa tarde queríamos terminar o trabalho um pouco mais cedo, para preparar-
nos para o sábado. Já havíamos colportado as horas costumeiras, mas nos sentimos im-
pressionados a trabalhar uma hora mais.
“Nessa hora oferecemos o livro a um homem que, depois de encomendá-lo, disse:
'Os senhores foram enviados por Deus'. E nos mostrou um revólver que havia deixado em
cima da mesa quando viera atender-nos, pensando em tirar-se a vida assim que nos tivés-
semos ido. E esse homem era um parente meu.
“Falamos um pouco mais com ele sobre a esperança adventista e ele prometeu não
suicidar-se. 'Os senhores foram realmente enviados por Deus', tornou a repetir ele.”
71. Uma obra que dá fruto. Certo dia o pastor Delfim Gomes, da Argentina, estava
contando aos estudantes do Colégio Adventista do Prata, que anos atrás havia trabalhado
certo dia sem vender nada mais que uma assinatura de nossa revista. Essa experiência, de
passar um dia inteiro sem fazer um única encomenda para os livros, era tão rara que, ape-
sar dos muitos anos passados desde então, ainda se lembrava do sobrenome da senhora
que havia feito aquela assinatura. Nesse momento, mencionou o nome da senhora Laria,
de San Juan, Argentina.
Então aconteceu algo inesperado. Dentre os estudantes levantou-se uma moça, di-
zendo: “Pastor, eu sou filha dessa senhora. Por meio daquela revista minha mãe se con-
verteu e me enviou a este Colégio, para que chegue a ser obreira”.
O trabalho daquele dia, no qual o irmão Gomes havia feito apenas uma assinatura,
foi mais frutífero do que ele julgara. Casos tão felizes como este, desfruta aquele que se
dedica à colportagem.
72. Viu a gravura em sonho. Em 1958, certo colportor do Rio Grande do Sul ofere-
ceu “O Conflito” a uma senhora, mas ela recusou comprar o livro. O colportor lhe indicou
outros benefícios do livro, mas cada vez ela tornava a recusá-lo.
Por fim o colportor lhe mostrou em seu prospecto uma linda gravura em cores, da
Terra Nova, e lhe falou sobre essa boa Terra de paz e felicidade. Quando a senhora viu
essa linda gravura, começou a chorar. O colportor ficou preocupado, pensando: “Por que
será que ela chora?” Depois de esperar um momento, ele perguntou: “O que está aconte-
cendo senhora?” Acalmando-se, ela respondeu: “Agora me lembrei de um sonho impressi-
onante que tive na noite passada. No sonho vi essa mesma gravura que o senhor tem aí.

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Traga-me o livro”.
Sob a impressão desse sonho, ela e o esposo leram o livro, e alguns meses mais
tarde ambos se uniram a nossa igreja.
73. Um gozo sem par. Certa sexta-feira de tarde de 1958 é memorável para Elias
Silva, então auxiliar da Rio-Minas. Nessa tarde ele foi ao escritório da Associação, onde por
uma providencial coincidência se deparou com uma feliz surpresa.
Quando Silva entrava no escritório, saía um senhor, que ele não reconheceu. Mas o
visitante o reconheceu, se apresentou e lhe contou era o farmacêutico no norte. Em 1942,
dezesseis anos antes, ali na sua farmácia, o irmão Silva lhe havia vendido um exemplar do
livro “O Raiar de um Novo Dia”. Por esse livro ele, sua família e outros vizinhos, um total
de 24 pessoas, havia aceito a verdade e estavam já batizados.
Enquanto Silva contava esse caso no curso de colportagem, seu rosto resplandecia
de alegria. Esse é o gozo de Cristo, algo que não se encontra em nenhum outro trabalho
do mundo, e que é o melhor prêmio que recebemos por servir a Deus nesta Terra.
74. Salvou-lhe a vida. Em junho de 1958 o foguista de uma serraria do Paraná,
comprou um livro que lhe salvou a vida presente e eterna.
Depois de vender-lhe “O Grande Conflito”, o colportor lhe deu alguns estudos. O li-
vro e os estudos decidiram o foguista em favor do sábado. Mas seu patrão não lhe deu o
dia livre. Um colega de trabalho, protestante, lhe disse:
- Por que vais prejudicar-te deixando de trabalhar aos sábados? Tens família e filhos
e tens que trabalhar aos sábados. Faça como eu; sou crente, mas não guardo o sábado.
- Não - respondeu o foguista - a Bíblia manda guardar o sábado.
Este homem deixou o trabalho de foguista nessa serraria, e esse colega crente o
substituiu. Três semanas mais tarde o locomóvel explodiu, matando o foguista crente e
outros empregados. Então o foguista que havia abandonado o trabalho para guardar o sá-
bado, disse ao colportor: “Se eu tivesse continuado no trabalho teria perdido minha vida
presente e a eterna”. Alguns meses mais tarde esse senhor, e sua esposa e sogra foram
batizados.
75. “Eu estava mais perdido que o senhor”. Roque Finco teve uma emocionante ex-
periência. Certo dia, andando de bicicleta, muito tarde terminou de fazer uma entrega no
interior, e resolveu voltar de noite à vila; mas se perdeu. Depois de muito pedalar, e muito
cansado, bateu numa casa para indagar sobre o caminho. Eram onze horas da noite e a
família já estava na cama. O dono se levantou e ao ficar sabendo do que se tratava, disse
ao colportor: “A cidade fica longe, e já é tarde. Seria melhor que o senhor pousasse aqui,
e amanhã cedo lhe mostrarei o caminho”.
Enquanto a senhora lhe preparava algo para comer, Finco falou com eles sobre a fé
adventista. Era meia-noite quando finalmente foi para a cama. Mas enquanto seu corpo
dormia, seu espírito continuava pensando na necessidade espiritual dessa família que bon-
dosamente o havia hospedado. E começou a sonhar em voz alta, de modo que o homem e
a esposa o ouviram dar-lhes um estudo bíblico.
Na manhã seguinte procurou vender-lhes os livros. Então eles disseram: “De noite,
enquanto o senhor dormia, ouvimo-lo contar-nos algo sobre as belezas da Terra Nova, das
ruas de ouro da cidade, e do rio da vida. E eu disse a minha esposa: 'Estás vendo quão
lindo é ter uma fé e uma esperança como estas?” O homem encomendou em seguida os
livros.
Alguns anos mais tarde, enquanto Roque Finco visitava uma de nossas igrejas, um

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senhor dele se aproximou para cumprimentá-lo, e ao ver que Finco não se lembrava dele,
perguntou: “Não se lembra daquela noite em que o senhor se havia perdido e chegou às
onze da noite na minha casa? Eu estava mais perdido que o senhor. Mas graças aos estu-
dos que o senhor nos deu, agora minha família e eu somos membros desta igreja”. Cinco
pessoas dessa família havia sido batizadas em resultado daquele estudo bíblico que Roque
Finco lhes dera em sonho.
Sete Estudos Recrutadores

HOMENS COM UMA MISSÃO - Por Nicolás Chaij


Introdução. Falaremos hoje de uma das maiores necessidades atuais da obra de
Deus. Para isto, leiamos Jer. 16:16.
A irmã White aplica este versículo aos colportores, e declara: “São necessários col-
portores-evangelistas para caçar e pescar almas. A colportagem deve agora ser empreen-
dida zelosa e resolutamente.” — C.E., pág. 38.
1) Por que são necessários mais colportores?
- O fim está bem perto. Logo tudo terminará neste mundo.
- É preciso proclamar a mensagem adventista a muitos milhões de almas que se en-
contraram sem fé e sem salvação.
- Jesus disse: João 6:27.
2) Os colportores são homens de Deus
- O colportor não é uma pessoa comum, não é uma pessoa qualquer. É um homem
com uma missão santa e divina. Sua missão é: I Ped. 2:9.
- Como prova, contem-se os casos 54 e 55 deste folheto.
3) Por que a necessidade de maior número de colportores é mais urgente?
- Porque cada ano um dilúvio de livros e revistas inunda o mundo, a maioria deles
inúteis ou prejudiciais. Publicam-se cada ano 320.000 livros novos no mundo, com a colos-
sal tiragem de 5 bilhões de exemplares.
- Só nos Estados Unidos são publicadas 3.500 revistas. As 50 revistas mais lidas ul-
trapassam os 100 milhões de exemplares por mês.
- Num só ano os comunistas distribuíram o fantástico número de 4 bilhões de exem-
plares de seus livros e revistas.
- O livro “Compêndio Histórico do Partido Comunista”, alcançou a impressionante
circulação de 50 milhões de exemplares em 200 línguas.
- Por isto necessita-se urgentemente de maior número de colportores para levar ao
povo os nossos livros e revistas de vida e salvação, para que resistam à sufocante influên-
cia da má literatura.
4) Prezado irmão, o que faremos?
- Conte-se a ilustração: “Quem dera que eu tivesse um bote maior”, que se encon-
tra à página 37 deste folheto.
5) Apelo final (Bem fervoroso)
- Prezados irmãos, vós amais a Deus e simpatizais com o anelo de Cristo de ilumi-
nar as almas e salvar os sinceros. Ele deu Sua vida por nós, e nós desejamos dar-lhe nos-
sa vida, para servir-lhe na colportagem.
- Com esta confiança desejo fazer a seguinte pergunta: Dos irmãos batizados ou que
estão para batizar-se, quantos gostariam de dedicar-se um dia à colportagem? Queriam, por

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favor, levantar a mão? ...


(Poderá pedir-se aos que decidiram dedicar-se à colportagem que logo depois da
reunião se dirijam para a frente, para se tomar nota de seu referido endereço.)
ADVERTÊNCIA FINAL - Por Pedro S. Camacho
Introdução. Vivemos nos últimos dias. Aproxima-se a tempestade final. (Contar al-
guns acontecimentos alarmantes do dia.
1) Agora deve ser dada a última mensagem divina. Qual é? — Apoc. 18:1-4.
- Este anjo clama fortemente. Sua glória ilumina todo o mundo.
- Depois da proclamação desta mensagem completar-se-á a queda de Babilônia.
- Esta é a advertência final: “Estes anúncios, unindo-se à mensagem do terceiro an-
jo, constituem a advertência final a ser dada aos habitantes da Terra”. — G.C., pág. 604.
- “Deus tem um povo em Babilônia; e antes de sobreviverem Seus juízos, esses fiéis
devem ser chamados a sair para que não sejam participantes de seus pecados e não in-
corram nas suas pragas.” — G.C., pág. 604.
- Agora é tempo para levarmos esta mensagem a todo lugar, para que os sinceros
saiam de Babilônia.
2) Como será concluída esta mensagem?
- “É em grande parte por meio de nossas casas editoras que se há de efetuar a obra
daquele outro anjo que desce do Céu com grande poder e ilumina a Terra com sua glória.”
— C.E., pág. 4.
3) Os colportores estão cumprindo esta profecia. Deus está fazendo prodígios para
iluminar o mundo com sua glória.
- (Contar vários casos que mostrem a obra dos colportores.)
4) Qual é nosso dever e privilégio agora?
- Falando dos dias finais, o Espírito de Profecia diz: “Servos de Deus, com rosto ilu-
minado e a resplandecer de santa consagração, apressa-se-ão para proclamar a mensagem
do Céu”. — G.C., pág. 612.
- É nosso privilégio entrar na colportagem para fazer parte destes santos homens de
Deus.
- Quem deseja respondeu a esta necessidade? (Fazer um apelo.)
MÉTODOS ANTIGOS DE ÊXITOS MODERNO
NAS CONQUISTA DE ALMAS - Por J. J. de Oliveira
Introdução. Desde os tempos remotos, depois do pecado, sentiu o homem necessi-
dade de um meio eficaz de transmitir os seus pensamentos, além do sistema verbal.
1) Maneiras de transmitir pensamentos
- Antigamente: só verbal. Depois: Símbolos, desenhos, figuras esculpidas em rocha,
tijolos, cera, etc.
- Mais tarde: forma escrita. Devemos aos chineses a invenção da escrita, papel e
tinta. Três fatores importantes na transmissão do pensamento.
- Aos fenícios devemos a invenção do alfabeto simplificado.
- Confúcio aperfeiçoou a escrita.
- Século XV - Johannes Gutenberg inventou a imprensa. Grande contribuição para a
pregação do evangelho.
2) Obra ordenada por Deus

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DUPLIQUE SEUS COLPORTORES – Nicolás Chaij

- Deus disse a Jeremias: “Escreve num livro”. Jer. 30:1-2.


- Inspirou profetas e escritores bíblicos. Escreveram mensagens de condenação,
conforto e esperança.
- No presente Deus inspira E. G. White a falar ao esposo em novembro de 1848:
“Tenho uma mensagem para ti, deves começar a imprimir um pequeno jornal ... será um
êxito desde o princípio ... sairão raios de luz que circundarão o mundo”. — C.E., pág. 1.
3) Importância da obra de publicações
- Obra missionária de mais elevada espécie. — C.E., pág. 6.
- Representa o anjo de Apoc. 18:1. “É em grande medida por meio de nossas Casas
Publicadoras que se cumprirá a obra deste anjo.” — C.E., pág. 4.
4) Atitude dos servos de Deus diante desta obra
- Baruque atendeu o chamado, 1º colportor. Vendia ideias, lia livros, dava a mensa-
gem. Jer. 36:6, 10.
- George King - 1º colportor adventista.
- Precisamos ter a atitude de Isa. 6:8.
A GRANDE EMPRESA MISSIONÁRIA - Por Alvino S. Lessa
Introdução. Ao falarmos em empresa, vêm-nos à mente as grandes firmas comerci-
ais. Cada uma dessas empresa recruta representantes com esmero e os faz passar por um
curso de preparo especial. Devem conhecer também a arte de apresentar os artigos, co-
nhecer a psicologia humana. Assim são consideradas as maiores empresas do mundo. En-
tretanto, a maior de todas é a
1) Empresa Missionária
- É a maior de todas as empresas, não em comparação com o capital invertido, mas
pela qualidade de sua mercadoria. É a maior, porque produz resultados duradouros, pois
leva paz, gozo e vida eterna às almas que sofrem no lamaçal do pecado.
- É maior de todas empresas, porque a sua origem é divina. É de âmbito mundial,
pois o Senhor Jesus Cristo a comissionou dizendo: “Ide por todo o mundo, pregai o evan-
gelho a toda toda criatura” (Mar. 16:15).
- É a maior de todas as empresas, porque o próprio Senhor Jesus prometeu estar
com seus representantes “todos os dias até a consumação dos séculos” (Mat. 28:20).
- É a maior de todas as empresas, porque os benefícios de sua mercadoria são: “GO-
ZO, PAZ, LONGANIMIDADE, BENIGNIDADE, BONDADE, FÉ, MANSIDÃO, e TEMPERANÇA”.
Cria no coração de quem a adquire a verdadeira e a mais bela esperança de um dia viver
eternamente.
2) São necessária diligência e pressa
- Vejamos o que Jesus disse: João 4:35. A proclamação da última mensagem requer
pressa, porque as terras já estão brancas para a ceifa.
- O rei Jorge V, da Inglaterra, disse certa vez: “O futuro jaz nas mão de homens in-
teligentes, enérgicos e resolutos”. A humanidade será exterminada dentro em breve. Nós,
que temos o remédio para os males da humanidade, devemos apressar-nos a dar a última
mensagem, com energia e resolução.
3) A obra necessita de jovens inteligentes, enérgicos, resoluto e consagrados
- Nossa grande esperança desta mensagem chega a cada lar, está no ministério da
palavra impressa. Para que isto aconteça, é necessário que jovens consagrados, inteligen-
tes, enérgicos e resolutos se ofereçam voluntariamente.

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DUPLIQUE SEUS COLPORTORES – Nicolás Chaij

- Não podemos imaginar quanto bem tem feito e estão fazendo os nossos livros e
revistas.
Experiências. No Território de Rondônia um senhor comprou um “O Grande Conflito”
de um colportor. Este senhor era crente. Com a leitura deste livro, reconheceu a verdade.
Entrou em contato com um obreiro adventista e depois de alguns estudos ele se decidiu
pela verdade. Em resultado de sua conversão a maior parte de seu grupo também aceitou
a verdade. Não há razão para temer, porque os anjos de Deus estão dispostos a fazer sua
parte. Sal. 34:7. Os anjos prestaram no passado fiel serviço aos patriarcas, profetas e após-
tolos. Assim farão também agora.
Experiência. Um colportor da Missão Costa Norte, trabalhou certa cidadezinha do
Ceará, tomando bons pedidos. Na entrega tudo ocorreu normalmente; quando se apronta-
va para seguir viagem para outra cidade, foi abordado pelo padre e o secretário da Prefei-
tura, que lhe disseram: “O senhor cometeu um grande crime, pois esta cidade já está e-
vangelizada e não precisa de sua mensagem herética. Queremos nosso dinheiro de volta e
aqui estão seus livros. A esta altura, foi chegando mais gente que havia comprado o livro,
sacaram o revólver e apontaram para o nosso colportor, dizendo: Aqui estão seus livros,
devolva o nosso dinheiro”.
A situação era gravíssima. Mas, o colportor manteve sua opinião de não receber os
livros e nem tão pouco devolver o dinheiro. Então começaram a empurrar o colportor com
o cano dos revólveres até que ficou encostado na parede da casa. Neste momento crítico
surgiu um senhor alto e forte, também de revólver em punho, dizendo: “O senhor é adven-
tista?” Quando nosso colportor respondeu que sim, ele virou a sua armar para os três que
agrediam o colportor, dizendo: “Este homem é de Deus; deixai-o em paz”. E com firmeza
ameaçou os três furiosos, caso fizessem mal ao colportor.
Com isto, a turma enfurecida foi abandonando o local até que o colportor ficou sozi-
nho. E logo depois apareceu um jeep com destino ao local para onde ia o colportor, levan-
do-o são e salvo.
Conclusão. Deus está chamando homens e mulheres que estejam prontos para ne-
gar o Eu por amor a outros, que estejam prontos a consagra-se à Causa do Mestre. João
9:4-5.
SELECIONANDO HOMENS - Por Pedro Pereira
Introdução. O chamado de voluntários para voos espaciais. Pode significar a morte.
São poucos que resistem. Não obstante, muitos se ofereceram.
1) Moisés chamou voluntários
- Homens valentes. Núm. 13:17-19.
- Um homem de fé. Núm. 13:31.
- Calebes modernos. Contar alguma experiência edificante.
2) Homens especiais de Dã
- Os valentes conquistadores. Juí. 18:2.
- Os colportores também são valentes missionários. Precedem aos pastores.
3) O chamado de Jesus
- Os discípulos anônimos. Luc. 10:1.
- Regressaram felizes. Luc. 10:17.
- Há alegria no Céu quando um pecador abandona o mundo.
4) O chamado da hora

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- “Vinde a mim”. Mat. 11:28.


- “Ide”. Mar. 16:15.
- Não responderemos: “Eis-me aqui, envia-me a mim”?. Isa. 6:8
VEM CONOSCO - Por Delfim G. Gomes
1) Deus ordenou nossa obra publicadora, para informar o mundo sobre a iminente
volta de Jesus
- Em 1848 a irmã White transmitiu esta mensagem a seu esposo: “Deves começa a
publicar um pequeno jornal e mandá-lo ao povo ... Desde este pequeno começo foi-me
mostrado assemelhar-se a torrentes de luz que circundavam o mundo”. — V.E., pág. 128.
- O pastor White, acostumado a obedecer à voz de Deus, avançou por fé. A narra-
ção continua dizendo: “Um dia de julho, meu esposo trouxe para casa, de Middletown, mil
exemplares do primeiro número de seu jornal” (A Verdade Presente). Puseram esses pe-
riódicos no chão, e oraram com lágrimas pedindo que Deus os abençoasse. Depois escre-
veram os endereços, e o pastor White os levou em sua malinha ao correio.
2) Desenvolvimento de nossa obra publicadora
- Atualmente há 44 casas publicadoras adventistas. Mais de 5.000 colportores no
mundo inteiro, vendendo uns 24 milhões de dólares de publicações adventistas.
3) Respondendo ao chamado de Deus, há colportores para todas as classes sociais
- Na Missão de Cuyo, Argentina, temos um professor com curso normal, José Gon-
zález, que está colportando com muito êxito. Em 1960 foi campeão de vendas de sua Mis-
são, e ganhou 9 almas para a verdade.
- Armando Grau, comerciante estabelecido na cidade de Buenos Aires; possuía uma
padaria próspera. Quando conheceu a verdade, vendeu seu negócio para servir ao Senhor.
Em seu quarto ano de colportagem, durante as bienais da Associação Argentina Central, ele
foi nomeado diretor de colportagem desse Campo.
- Na União Incaica, Júlio Romero, um pastor pentencostal, conheceu a verdade pela
leitura do “O Desenlace do Drama Mundial”, e dedicou-se à colportagem. Colporta a pé nas
serras tropicais do Peru. Perguntei-lhe um dia onde iria dormir naquela noite, e me respon-
deu que não sabia, porque a vila mais próxima ficava a dois dias de viagem. Tornei a vê-lo
mais tarde, radiante de felicidade. Contou-me que havia vendido 42 exemplares da obra
“O Grande Conflito” e que nessa viagem havia ganho uma família para a verdade. Por que
Romero faz este sacrifício? Porque Deus o chamou a Seu serviço.
- Felipe González, hoje ministro ordenado, colportou no Amazonas e seus afluentes,
muitas vezes com perigo de vida, levando a essas imensas selvas os livros com a mensa-
gem adventista.
- João Luiz, do norte da Argentina, colportou 35 anos consecutivos. E já aposentado,
encontrava-se colportando quando o surpreendeu uma doença própria da velhice que o
deixou de cama.
- Fortunato Lazo, atual diretor de colportagem da Missão Boliviana, era um bem su-
cedido viajante comercial. Conheceu a verdade e imediatamente abandonou o trabalho
para transformar-se num mensageiro do Senhor, nas fileiras dos colportores.
4) Chamado. A Bíblia registra alguns chamados de Deus a jovens de Seu povo.
- Um deles encontra-se em Isa. 6:1-8. Acabava de morrer o rei Uzias. Isaías, jovem
educado entre os príncipes de Israel, estava contemplando o trono em que se assentara
Uzias e se perguntava quem trabalharia agora pelo povo de Deus. Nesse momento ouviu o

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DUPLIQUE SEUS COLPORTORES – Nicolás Chaij

Senhor dizer: “A quem enviarei, e quem há de ir por nós?” Então ele respondeu: “Eis-me
aqui, envia-me a mim”.
- Saulo de Tarso ia a Damasco para perseguir os cristãos. O Senhor lhe apareceu no
meio do caminho e lhe disse: “Saulo, Saulo, por que Me persegues?” Saulo perguntou:
Quem és, Senhor?” Jesus disse: “Eu sou Jesus, a quem tu persegues. Duro é para ti recal-
citrar contra os aguilhões”. A história continua dizendo que Saulo, “tremendo e atônito,
disse: Senhor, que queres que faça?”
- Núm. 10:20-32 narra uma maravilhosa experiência. Hobab, cunhado de Moisés, os
havia acompanhado até o Sinai. Então Moisés convidou o cunhado, dizendo: “Vai conosco,
e te faremos bem; porque o Senhor falou sobre Israel. ... Vindo tu conosco, e sucedendo
o bem que o Senhor nos fizer, também nós te faremos bem”. Hobab aceitou o convite de
Moisés. (Juí. 4:11.)
- Deus necessita mais colportores, bons e abnegados. Também nós dizemos hoje
aos jovens, VINDE CONOSCO, OS COLPORTORES, porque Deus tem falado bem acerca de
nós. Vindo conosco, e sucedendo o bem que o Senhor nos tem prometido, reparti-lo-emos
convosco.
- Quantos jovens querem dedicar-se à colportagem, e querem dizer como Isaías:
“Eis-me aqui, envia-me a mim?” ou como Saulo, “Senhor, que queres que faça?” Pedimos
que se ponham de pé.
SEMEEMOS A PALAVRA - Por José Galante
Introdução. Deus inspirou os santos profetas a escreverem as mensagens que rece-
biam. Nosso Senhor Jesus afirmou: “Está escrito”.
A palavra de Deus escrita permanece firme e poderosa através dos séculos e con-
tém o germe de vida espiritual.
1) A Palavra de Deus não pode germinar, a menos que semeemos. Rom. 10:14, 15.
- O Senhor nos chamou para sermos semeadores em Sua vinha. Mat. 20:3-4.
- Há uma bem aventurança para os fiéis semeadores. Isa. 32:20.
2) O poder da imprensa
- “A imprensa é um poderoso meio para mover a mente e o coração do povo. ... A
imprensa é uma poderosa instrumentalidade ordenada por Deus, para que seja combinada
com as energias do pregador vivo, a fim de que a verdade seja levada a todas as nações,
raças, línguas e povos. Muitas mentes não podem ser alcançadas de nenhuma outra ma-
neira.”— C.E., pág. 148.
3) Por que são importantes nossas publicações
- Abrandam o coração humano.
- Derribam a barreira do preconceito.
- Chamam a atenção para as grandes verdades da Bíblia.
- Despertam interesse por conhecer toda a verdade.
- São um poderoso aliado do pregador.
- Confirmam os crentes.
4) O que outros pensam da obra adventistas
- O Dr. J. P. Gale, da Missão Protestante da Coreia, referindo-se aos adventistas, dis-
se: “Esta Missão tem olhado sabiamente além do horizonte limitado que circunda a maioria
de nós, e tem dado ênfase aos livros, alcançando um mundo que nunca concorre à igreja,
um mundo orgulhoso e angustiado, que tanto necessita da luz da esperança”.

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- O Papa Pio X disse acertadamente: “Construí igrejas; fazei trabalho missionário; e-


dificai escolas; tudo isto é bom. Não obstante, todos os esforços serão vãos se se passar
por alto a arma mais poderosa, a distribuição de publicações.
- Um alto oficial do Exército peruano foi visitado por um colportor, e ao oferecer-lhe
a revista, ele exclamou: “Esta revista é mais poderosa que todo um exército, em favor da
paz”.
- O prestígio e o poder da mensagem adventista se deve em grande medida à obra
das nossas publicações.
5) Resultados da página impressa
- Os colportores são ministros da página impressa; vão pelas cidades, vilas e cam-
pos resgatando almas e levando-as ao Salvador.
- A Srtª. Flory Uria, de La Paz, Bolívia, vendeu em exemplar de uma revista ao se-
nhor Lúcio Delgadillo. Por vários meses este senhor passou lendo a revista e se interessou
na verdade. Apesar da oposição de sua mãe, ele se batizou em novembro de 1959. Logo
entrou nas fileiras da colportagem, onde agora é fiel mensageiro da verdade. O maior go-
zo de Delgadillo é haver ganho sua mãe, que já foi batizada.
- Em Neuquem, ao sul da Argentina, um construtor evangélico havia lido com inte-
resse algumas das nossas publicações. Certo dia chegaram a sua casa dois estudantes de
nosso Colégio. Quando ele soube que eram adventistas, estudou com eles; e aceitou a
verdade. Este senhor estava terminando de construir um lindo templo para os evangélicos.
Levou os jovens até o templo, dizendo-lhes: “Agora este templo será adventista”. Efetiva-
mente, ele o doou à nossa obra. Este senhor foi batizado, e umas 40 pessoas evangélicas
o seguiram. Agora temos ali uma florescente igreja.
6) O chamado de Deus
- A colportagem abre a porta da oportunidade a todo jovem que tem ideais missio-
nários e sente em seu coração o desejo de servir a Deus.
- Por que muitos dos nossos rapazes e moças estão ocupados em trabalhos comuns
da vida, em ambientes muitas vezes desfavoráveis para a moral cristã, onde se veem ten-
tados a renunciar aos seus princípios?
- Deus chama os jovens de nossas igrejas a dedicarem os seus dons à maior e mais
digna das tarefas, a obra da colportagem, uma obra altruísta e elevadora, que dignifica ao
que realiza, e salva alvas para o reino dos Céus.
Conclusão.
- O que farás tu, prezado jovem, diante da urgente necessidade de maior número
de colportores? Aceitarás o chamado de Deus?
- Quantos sentem em seu coração o desejo de servir a Deus, e têm interesse em
dedicar sua vida à colportagem?
Ilustrações Recrutadoras
Um passo para a frente. Certo dia Napoleão precisou de um soldado de confiança
para cumprir uma missão delicada e perigosa. Reuniu seu batalhão de honra, o qual ele
denominava de guarda velha, composto dos mais distintos e valorosos soldados.
Uma vez formados, Napoleão os contemplou por um momento e lhes disse: “Preciso
de um soldado para realizar um trabalho difícil, no qual sua vida correrá perigo. Não cha-
marei a nenhum por nome. Dar-vos-ei as costas, e aquele que estiver disposto a cumprir a
missão, pode dar um passo para a frente”.

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Então Napoleão se virou por um momento. Quando estava novamente de frente pa-
ra eles, ficou surpreendido. Todos estavam na mesma linha, nenhum deles na frente dos
demais.
Napoleão não pode dissimular sua decepção. Já estava para falar, talvez para repre-
ender ou exortar os soldados, quando o oficial-chefe do batalhão pediu a palavra e lhe dis-
se: “Meu general, não é que ninguém tenha dado um passo para a frente, mas todos, sem
vacilar, deram um passo para frente”.
Eu sou culpado! Um jovem estava parado na extremidade de uma ponte esperando
o ônibus que o levaria para casa. Fazia muito calor, e vários crianças estavam nadando de-
baixo da ponte. Enquanto o jovem as observava, notou que um dos meninos se afastava
cada vez mais da margem para o centro do rio. Repentinamente viu que o menino levan-
tava os braços, como alguém que pede socorro, logo afundou e desapareceu na água.
O primeiro impulso do jovem foi correr, atravessar a ponte até a margem oposta e
salvar o menino. Quando estava para tomar essa decisão, viu que chegava seu ônibus, e
com a esperança de que outra pessoa salvaria o menino, tomou o ônibus, e uma hora
mais tarde chegou em casa.
Ao entrar, encontrou sua mãe desmaiada no chão. Fez o que pode para que ela tor-
nasse a si. Quando recobrou os sentidos, a infeliz senhora disse: “João, recebi um telegra-
ma com uma triste notícia. Teu irmãozinho estava nadando no rio e morreu afogado”.
Como impetuosa torrente, o remorso assaltou a João, que exclamou desesperado:
“Eu sou o culpado! Se tivesse adivinhado que era meu irmão!” Os dias subsequente foram
repletos de dor para ele e sua mãe.
Todas as almas são nossos irmãos. Moody dizia: “Hoje de noite muitos descerão ao
sepulcro, e no juízo final me dirão: 'Por que não me deste a luz da salvação?'”
O que faremos?
Quem dera que eu tivesse um bote maior! Depois de lindo dia de excursão, um na-
vio com mil turistas voltava a Londres. Quando entrava no estuário do Tâmisa, desceu re-
pentinamente uma densa neblina sobre o rio, tirando completamente a visibilidade.
Outro navio estava navegando em direção oposta, e o temido aconteceu. Os dois e-
normes navios se chocaram um contra o outro, e o navio dos excursionistas virou com a
carga humana.
No mesmo instante do choque dois pescadores voltavam de sua jornada, acabavam
de amarar seu bote, ansiosos de chegar em casa para descansar do árduo trabalho do dia.
Um dos dois pescadores já havia subido à terra e se afastado alguns metros. Quando o
outro pescador estava para subir à terra, ouviu o choque e os gritos dos passageiros que
afundavam na água. Rapidamente chamou seu colega: “Gente afogando-se! Venha ajudar!”
Mas o colega não voltou.
Este pescador desamarrou seu bote e foi ao lugar do desastre. Ao chegar, viu a á-
gua cheia de náufragos que desesperadamente começaram a agarra-se a seu bote. Ele a-
judou uns e outros a subir. Num instante o bote se encheu. Não cabia mais ninguém, e o
mar continuava cheio de almas angustiadas que se agarravam ao bote, fazendo-o correr
perigo de afundar também. O pescador agora teve que empurrá-los e fazê-los soltar o bo-
te. E enquanto remava em direção à margem, levantou os olhos para o Céu e disse: “Oh,
Senhor! Quem dera que eu tivesse um bote maior!”
É desta maneira que se encontra hoje o mar da vida. Cheio de náufragos, que não
sabem que estão perdidos, destinados à destruição eterna.

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A colportagem é um bote destinado a salvar almas; mas, necessitamos aumentá-lo.


Nós somos pescadores. O que faremos? Iremos tranquilamente para casa, deixando os
náufragos e parecer, ou sairemos no bote para salvar os perdidos?
“Agora sou feliz ”. Há alguns anos atrás um médico adventista passou por uma ex-
periência que transformou-o em pessoa feliz. Era próspero, apreciado e rico. Morava numa
linda casa, e parecia satisfeito com a vida.
Certo dia recebeu da Associação Geral um carta pela qual ele se ofendeu. Nela o
convidavam a ir para África como médico-missionário. Rasgou a carta e a jogou fora. Mas
o Espírito Santo não o deixou em paz. O médico começou a sentir-se perturbado. Final-
mente procurou a carta, ajuntou os pedaços com fita adesiva, leu-a com espírito humilde e
aceitou o chamado.
Depois de um ano de trabalho na África, o presidente da Associação Geral visitou
esse continente. Nessa ocasião o médico confessou ao presidente: “Agora sou realmente
feliz”.
Quem rejeita o chamado de Deus, perde a paz da alma, a até a gloriosa luz que re-
cebeu. Só podemos ser felizes quando aceitamos o chamado de Deus e cumprimos o Seu
plano para nossa vida.

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