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PONTIFÍCIA UNIVERSITÀ LATERANENSE

FACULDADE CLARETIANA DE TEOLOGIA


STUDIUM THEOLOGICUM

ELINAEL OLIVEIRA DE ARAÚJO

TRABALHO PENTATEUCO
Abraão e os Patriarcas, Atores da História ou Figuras
Lendárias?

CURITIBA
2018
ELINAEL OLIVEIRA DE ARAÚJO

TRABALHO PENTATEUCO
Abraão e os Patriarcas, Atores da História ou Figuras
Lendárias?

Trabalho apresentado ao curso de Teologia do Studium


Theologicum – Faculdade Claretiana de Teologia da
Pontifícia Università Lateranense como requisitos de
para obtenção de nota parcial da disciplina Pentateuco,
tendo como orientador Prof. Dr. Padre Alceu Luíz Orso.

CURITIBA
2018
Introdução as narrativas Patriarcais e o Início da “História de Israel”

O autor começa observando que muitos não reconhecem a narrativa de Gênesis 1-


11 não pode ser considerado uma história, e sim uma narrativa oriunda de sabedoria
popular que contam a origem do mundo e dos seres humanos.
Mesmo com uma insinuação de mitologia, a história só começa quando inicia a
história de Israel.

A Historicidade dos Patriarcas ou da Época Patriarcal.

Nesta parte o autor faz questão de frisar a inexistência de provas sobre a possível
existência dos patriarcas bíblicos. Não há indício algum.
Contudo, alguns exegetas tentaram provar, através de uma possível época
patriarcal, tais fatos. Pela semelhança dos relatos de costumes bíblicos.
O autor cita Albrecht Alt1 que afirma que a religião dos patriarcas possui algumas
particularidades que a distinguem de outras formas de religião de Israel, tais como: Deus
do pai, Deus dos pais, e que este Deus, não é um Deus de templos e sim de pessoas, a
forma do casamento onde as esposas pode ceder suas servas para o marido.
O modo peculiar dos judeus de viverem em tendas, de serem nômades e
seminômades buscando sempre pastagem para seus gados.
Inscrições e pinturas em túmulos egípcios remetem a grupos de semitas vivendo
nesta época. Falam também sobre migrações de patriarcas, tais como dos irmãos de José,
apesar da dúvida sobre o fato, pois as pinturas estão mencionando grupos de asiáticos que
transitavam pelo local.
O autor menciona os Hicsos, povo asiático que governou o Egito, o que colocaria
os judeus na cena relatada pelos textos bíblicos, apesar de, segundo o autor, não haver
registro sobre um tal José na lista de funcionário dos egípcios.
Contudo, há um argumento a favor das figuras dos patriarcas, sugere o autor, que
é a dificuldade em montar uma descendência sem que ela de fato existisse. Sugere que
cada patriarca teve uma nação diferente entre si.

1
teólogo protestante alemão, estudou teologia na Universidade Friedrich Alexander em Erlangen e na Universidade de Leipzig
As raízes deixadas pelos patriarcas, embora formal, podem provar a existência
deste povo nas pessoas de Abraão, Isaque, Jacó e José. Logo, podemos fundamentar que
realmente o povo de Israel foi constituído a partir deste clã.

Data de Redação de Alguns Textos-chave.

Nesta parte, o autor salienta a importância de se observar que a redação destes


textos, foram redigidos mais tardiamente após o exílio. O chamado de Abraão (Gn 12.1-
3), é considerado o texto chave para esse entendimento.
Este trecho, segundo o autor, tem como objetivo apresentar Abraão como
antepassado do povo judeu que voltaram do cativeiro.
A ideia de retorno está presente no povo judeu desde Abraão até depois da
diáspora, então a figura de Abraão e Jacó são uma releitura de um conceito antigo
respondendo os anseios da comunidade que voltavam do exílio.

Intenção das Narrativas

Aqui o autor relata a dificuldade em separar os personagens lendários dos


históricos.
Sugere cautela quanto o reconhecimento da historicidade dos textos bíblicos e de
uma leitura diferente dos mesmos, visto que os textos têm a tarefa de informar para
implantar uma consciência religiosa no povo. O que não exclui a presença de elementos
históricos na narrativa.
O autor fala que a intenção primária das narrações, tem sentido duplo: Definir um
povo a partir de uma genealogia; distinguir os israelitas dos povos vizinhos.
O povo rompeu com Deus transgredindo suas Leis. Esta infidelidade foi o motivo
do exílio, mas a esperança do povo estava nas promessas feitas aos patriarcas: Aliança,
terra e descendência. Ou seja, fundada na graça divina ao qual é dada através da fé de
Abraão. (Gn 15.6)
Bibliografia

Ska, Jean Louis. A Palavra de Deus nas Narrativas dos Homens. Loyola: São Paulo.
1999.

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