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Regência: Prof.ª Ana Paula Dourado │Colaboração: Dr. Nuno Oliveira Garcia
I
A senhora Paloma reside em Espanha mas passou, em 2013, quatro dias por semana no Norte de
Portugal, mais precisamente entre Monção e Melgaço, visitando lojas de roupa de bebé para vender
os produtos produzidos pela empresa espanhola El Nino.
Residência de Paloma em Espanha e eventual residência em Portugal em virtude de aqui ter passado mais de
183 dias (artigo 16.º do CIRS)
Coerência comercial relevante para eventual EE em Portugal – ligação à empresa El Nino
Coerência geográfica relevante para eventual EE em Portugal – localização entre Monção e Melgaço
Paloma traz consigo um catálogo da marca, informa os potenciais clientes dos preços de venda, e
que podem encomendar as roupas via internet no sítio da empresa. Paloma recebe 10% do que
vende e, se conseguir vender num mês mais de 10.000 €, recebe 12,5% do que vendeu.
Problematizar se Paloma será agente de El Nino e, nessa medida, EE pessoal – n.º 5 do art. 5 CMOCDE
Questionar as comissões de 10% e a relação dependente/independente de Paloma – n.º 6 do art. 5
CMOCDE
No início do ano de 2014, Paloma mudou a sua residência para Portugal e constituiu a sua própria
empesa – Rapazote. Todavia, manteve o mesmo negócio que vinha praticando, mas agora adquire
os produtos à El Nino, armazena-los num pavilhão em Badajoz e revende-os em Portugal.
Mantém a utilização da marca comercial ‘El Nino’ e o uso do software que uma empresa americana
preparou especificamente para a El Nino, implicando um pagamento conjunto de um fee à empresa
espanhola.
A sociedade Rapazote subscreveu ainda ‘Obrigações especiais – capital de empresa’ na El Nino, sendo
que nos termos da respetiva emissão obrigacionista, nem o reembolso do capital subscrito nem o
pagamento das remunerações anuais são garantidos, antes ficando ambos dependentes dos
resultados da empresa espanhola.
Qualificação do rendimento não como juros mas como dividendos face ao regime descrito e os comentários ao
arts. 10.º e 11.º da CMOCDE
II
Desenvolva o seguinte tema: a relevância da nacionalidade nas Convenções para Evitar a Dupla
Tributação.
Referir e desenvolver que existem países que atribuem relevância à nacionalidade (eg., EUA).
Referir e desenvolver que o critério da nacionalidade pode relevar em caso de dupla residência – alínea c) do n.º
2 do art. 4.º CMOCDE.
Referir e desenvolver que o critério da nacionalidade pode relevar nos rendimentos de remunerações públicas –
alínea c) do n.º 1 do art. 19.º CMOCDE.
Referir e desenvolver que o critério da nacionalidade é menos relevante que o da residência para efeitos da
CMOCDE e referir o princípio da relatividade dos tratados.