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Manual de redação do BB

Índice
Apresentação pg 2

Redação empresarial
Linguagem pg 3
Parágrafos.........................................................................................................................pg 3
Numerais pg 3
Porcentagem.....................................................................................................................pg 4
Datas pg 4
Horas.................................................................................................................................pg 4
Siglas pg 4
Pontuação..........................................................................................................................pg 5
Pronomes de tratamento pg 5
Vocativo.............................................................................................................................pg 6
Endereçamento pg 8
Fecho.................................................................................................................................pg 9

Redação para veículos informativos internos


Linha editorial pg 10
A construção do texto......................................................................................................pg 11
Estrutura do texto jornalístico pg 13
Títulos..............................................................................................................................pg 14
Como identificar uma notícia pg 14
Entrevistas.......................................................................................................................pg 15
Marcas pg 16
Siglas, abreviaturas, numerais, datas e horas.................................................................pg 16
Horário pg 16
O que não fazer......................................................................................... ......................pg 16
.

Novo acordo ortográfico


Trema pg 18
Acentuação ........................................................................... .................... .....................pg 18
. ..

Hífen pg 19

Recomendações...........................................................................................................................pg 20
2

Apresentação
Este manual busca facilitar o trabalho dos colegas que constantemente preparam
textos administrativos, tanto para o âmbito interno como para o externo ao Banco.

Busca facilitar também o trabalho dos colegas que redigem para veículos
informativos de comunicação interna: nas unidades estratégicas, para a Agência
de Notícias Nacional; nas superintendências para a Agência de Notícias Regional;
e nas demais unidades para o Quadro Mural (preparado pelas equipes Ecoa).

É importante ter em mente o código de ética do BB, que prevê a “valorização do


processo de comunicação interna de maneira a disseminar as informações
relevantes ligadas ao negócio e às decisões corporativas. Os funcionários devem
preservar o sigilo e a segurança das informações”.

Bom trabalho!

“Um relato honesto se desenrola melhor se o fazem


sem rodeios”
Shakespeare

“Atrasos têm conseqüências funestas”


Shakespeare

“A verdadeira eloqüência consiste em dizer tudo o que é


preciso e em dizer apenas o que é preciso”
La Rochefoucauld

Manual de redação do Banco do Brasil – 6ª edição


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Redação empresarial

Linguagem
Deve ser simples, direta e objetiva, que vá direto ao assunto, evitando-se
linguagem restrita a determinados grupos, tais como jargões técnicos e palavras
ou expressões estrangeiras. Se o uso for inevitável, deve-se destacar os termos
estrangeiros, colocando-os em itálico ou “entre aspas”.

Parágrafos
Cada parágrafo deve conter apenas uma idéia principal. As informações mais
importantes devem estar nos primeiros parágrafos. Devem ser curtos e conter
frases na voz ativa e na ordem direta, ou seja, sem intercalações excessivas, sem
apostos e sem orações explicativas. Deve-se evitar a presença constante de
verbos auxiliares, de adjetivos e advérbios.

Numerais
Escreva por extenso os numerais de zero a dez, cem e mil.

A partir de 11, devem ser escritos em algarismos.

No início das frases, os numerais devem sempre ser escritos por extenso (Ex:
Duzentos funcionários pediram aposentadoria. Vinte e dois funcionários foram
promovidos).

Nas listas de números, use somente algarismos.

Para mil, milhão, bilhão, prefira a forma mista (Ex: 35 mil títulos, 3 milhões de
cartões).

Use algarismos para escrever datas, horas, idades, valores em dinheiro,


porcentagem, pesos e medidas (Ex: 9 de junho, 7 anos, R$ 6 mil, 142%, 5%).

Manual de redação do Banco do Brasil – 6ª edição


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Porcentagem
Existem duas grafias (porcentagem e percentagem, porcentual e percentual).

Se houver mais de um número na frase, coloca-se o sinal em todos eles (Ex: A


alíquota do imposto passará de 12% para 15% ao ano).

Datas
O dia em algarismos e o mês por extenso, sem que o algarismo indicativo do dia
seja precedido de zero (Ex: 2 de maio de 1991).

Horas
Por extenso (9 horas, 15 horas, das 18 às 24 horas).

Com abreviaturas (8h, 7h30, 5h25).

Sempre precedidas de artigo (à 1 hora, à 1h, às 8 horas, das 16 às 21 horas).

Siglas
Restringir o uso de siglas. Optar pelas palavras por extenso.

Na primeira citação de uma sigla, explique seu significado e coloque-a entre


parênteses após o nome.

São escritas com letras maiúsculas as siglas que tiverem até três letras e as siglas
com quatro letras ou mais, quando se pronuncia separadamente cada uma de
suas letras (Ex: GDP, PLR, CDC, CPR, LIC, BC, BNDES, CCBB, CNBB).

Quando formadas com quatro letras ou mais e forem constituídas de sílabas, são
escritas apenas com a inicial maiúscula (Ex: Pronaf, Pasep, Proex, Petrobras).

Não utilize pontos intermediários ou pontos finais nas siglas (Ex: BNDES).

Manual de redação do Banco do Brasil – 6ª edição


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Pontuação

Ponto
É usado em abreviaturas (etc., Ltda., Dr.), exceto nas que fazem parte do
sistema legal de medidas (h, min, m).

Se o ponto final coincide com o ponto de abreviatura, coloca-se apenas um


ponto (Ex: Esta é a solicitação que faço a V. Exa.).

O ponto final indica o término de uma frase ou oração.

Ponto-e-vírgula
É um sinal intermediário entre o ponto e a vírgula.

Separa partes de um período em que já existe vírgula.

Separa partes de um período em que existem enumerações, principalmente


após dois-pontos.

Dois-pontos
Nas citações (Ex: O cliente gostou do produto: "É o melhor produto que há
no mercado".).

Nas enumerações eles podem vir seguidos de maiúsculas ou minúsculas,


conforme o caso.

Pronomes de tratamento
Na redação oficial, os pronomes de tratamento que se referem à segunda pessoa
seguem a esta concordância:
a) verbo fica na terceira pessoa (ex: "Vossa Senhoria nomeará o
substituto");
b) os pronomes possessivos são sempre da terceira pessoa (ex: “Vossa
Senhoria nomeará seu substituto”); e

Manual de redação do Banco do Brasil – 6ª edição


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c) os adjetivos devem coincidir com o sexo da pessoa a que se referem


(ex.: "Vossa Excelência está atarefado – se for homem "Vossa Excelência
está atarefada" – se for mulher).

Vocativo

Nos expedientes externos


O vocativo a ser empregado em comunicações dirigidas aos chefes de poder
é Excelentíssimo Senhor, seguido do cargo respectivo.
a) Excelentíssimo Senhor Presidente da República;
b) Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional; e
c) Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal.

O vocativo a ser empregado nas comunicações dirigidas às demais


autoridades, inclusive as que recebem o tratamento de Vossa Excelência, é
Senhor, seguido do cargo respectivo, exceto os cargos que seguem
descritos.
a) Senhor Senador;
b) Senhor Ministro;
c) Senhor Governador; e
d) Senhor Secretário.

Vossa Excelência
Poder executivo
a) Presidente da República;
b) Vice-presidente da República;
c) Ministros de Estado;
d) Secretário-geral da Presidência da República, Consultor-geral da
República;
e) Chefe do Estado-maior das Forças Armadas;
f) Chefe do Gabinete Militar da Presidência da República;
g) Chefe do Gabinete Pessoal do Presidente da República;
h) Secretários da Presidência da República;
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i) Procurador-geral da República;
j) Governadores e Vice-governadores de Estado e do Distrito Federal;
k) Chefes de Estado-maior das Três Armas;
l) Oficiais-generais das Forças Armadas;
m) Embaixadores, Secretário Executivo e Secretário Nacional de
Ministérios; e
n) Secretário de Estado dos Governos Estaduais e Prefeitos Municipais.

Poder legislativo
a) Presidente, Vice-presidente e Membros da Câmara dos Deputados e
do Senado Federal;
b) Presidente e Membros do Tribunal de Contas da União; e
c) Presidente e Membros dos Tribunais de Contas Estaduais,
Presidentes e Membros das Assembléias Legislativas Estaduais e
Presidentes das Câmaras Municipais.

Poder judiciário
a) Presidente e Membros do Supremo Tribunal Federal;
b) Presidente e Membros Tribunal de Justiça;
c) Presidente e Membros Tribunal Militar;
d) Presidente e Membros Tribunal Superior Eleitoral;
e) Presidente e Membros Tribunal Superior do Trabalho;
f) Presidente e Membros Tribunais de Justiça;
g) Presidente e Membros Tribunais Regionais Federais;
h) Presidente e Membros Tribunais Regionais Eleitorais;
i) Presidente e Membros Tribunais Regionais do Trabalho;
j) Juízes e Desembargadores; e
k) Auditores da Justiça Militar e auditores da Justiça Federal.

Vossa Magnificência
Reitores, vice-reitores e pró-reitores de universidades. O pronome deve ser
escrito sempre por extenso. O vocativo correspondente é Magnífico Reitor.
Abreviatura: V.Maga.
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Religiosos
Formas a seguir descritas:
a) Vossa Eminência: Cardeais;
b) Vossa Excelência Reverendíssima: Arcebispos e Bispos;
c) Vossa Reverendíssima: Monsenhores, Cônegos e superiores
religiosos; e
d) Vossa Reverência: Sacerdotes, clérigos e demais religiosos.

Abreviaturas
a) Vossa Eminência: V.Ema.;
b) Vossa Excelência Reverendíssima: Exa.Revma.;
c) Vossa Excelência: V.Exa.;
d) Vossas Excelências: V.Exas.;
e) Excelentíssimo: Exmo.; e
f) Excelentíssima: Exma.

Endereçamento
No envelope, o endereçamento das comunicações dirigidas às autoridades
tratadas por Vossa Excelência – para as quais fica abolido o uso do superlativo
Digníssimo – deve obedecer à forma dos exemplos a seguir:
Excelentíssimo Senhor .......................................(Nome Completo)
Ministro da Fazenda............................................................(Cargo)
Rua ...............................................................................(Endereço)
CEP - Cidade - UF.............................................................(Cidade)

Excelentíssimo Senhor .......................................(Nome Completo)


Juiz de Direito da 10ª Vara Cível.........................................(Cargo)
Rua.................................................................................(Endereço)
CEP - Cidade - UF..............................................................(Cidade)

Cardeais
Eminentíssimo Senhor
Dom (nome completo) Cardeal de ...
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Bispos e Arcebispos
Excelentíssimo e Reverendíssimo Senhor
Dom (nome completo)

Sacerdotes, clérigos e religiosos em geral


Reverendíssimo Senhor
Cargo + nome completo

Demais autoridades e para particulares. Fica abolido o uso do superlativo


Ilustríssimo. No envelope das comunicações a ela dirigidas, o endereçamento
deve obedecer à forma do exemplo a seguir:
Senhor ..........................................(Nome completo)
Rua..........................................(Endereço completo)
CEP - Cidade - UF..........................(Cidade-Estado)

Fecho
Tem a finalidade de arrematar o texto ou saudar o destinatário, com poucas
palavras. Ex: Atenciosamente (para cartas e ofícios, para autoridades de mesma
hierarquia ou inferior; Respeitosamente, para autoridades superiores.

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Redação para veículos informativos internos

Linha editorial

Agência de Notícias
Contempla todo texto que contenha um fato e que desperte interesse pela leitura
nas diversas unidades do Banco do Brasil.

Adota-se o padrão de redação jornalística: 1º - escreve-se o fato, 2º - informações


importantes, 3º - informações complementares.

Têm prioridade os textos que despertem interesse e atenção da rede de agências


do Banco do Brasil.

Mensagem para funcionários ou em Mensagem para administradores


É todo texto que contenha orientação.

Revista bb.com.você
A revista bb.com.você veicula textos informativos sobre a instituição, sobre
negócios e sobre comportamento, sempre tendo como ponto de vista principal o
funcionário do Banco do Brasil.

A revista permite uma maior descontração em seus textos, pois em seu público-
alvo estão os familiares de funcionários.

A revista não pode publicar assuntos ou conteúdos sigilosos, sob risco de


vazamento de informações confidenciais, uma vez que é encaminhada para a
residência dos funcionários.

Boletim Executivo
Entrevistas com executivos do BB sobre assuntos e conteúdos estratégicos. Este
público deve ser, sempre, privilegiado nas ações de comunicação.

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Seu público-alvo é constituído exclusivamente por gestores de unidades do Banco


do Brasil.

A construção do texto
São privilegiados os textos que demonstrem maior utilidade (que possam atingir
maior número de pessoas), ineditismo e apelo (curiosidade que possa despertar
no público).

As matérias devem fugir da impessoalidade e da frieza dos relatórios e das


normas técnicas. Devem veicular impressões, opiniões e observações dos
protagonistas dos fatos, que contribuem para aumentar a credibilidade da
informação e melhorar a comunicação. Deve ser evitado o texto meramente de
promoção pessoal ou auto-referencial.

Em matérias de estímulo à participação dos funcionários em campanhas e


programas, deve-se evitar o uso de exortações, chavões e apelos, assim como
congratulações. Os textos devem apontar a abordagem técnica, com base nos
fatos apresentados.

Antes de iniciar o texto, avalie se a divulgação da matéria é importante para o


Banco, para a agência, para o funcionário ou se atende apenas ao interesse de
uma área especificamente.

Ao redigir, tenha em mente o público leitor, suas características culturais e


interesses. Lembre-se de que o mesmo assunto poderá ter abordagens distintas
em razão do destinatário e tal adequação é essencial para a eficácia da
mensagem.

Escreva com simplicidade. Não obrigue o leitor a fazer exercícios mentais ou


recorrer ao dicionário para entender a mensagem.

Faça referência a dados históricos e literários quando necessários para enriquecer


o texto e não apenas para mostrar conhecimento.
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Evite prolixidade, ambigüidade, detalhes inúteis ou óbvios, reforçadores de


hierarquia, palavras rebuscadas, registros de cortesia, felicitações e
parabenizações.

Evite o uso exagerado de verbos na voz passiva e de termos coloquiais.

Evite adjetivar. Limite-se aos adjetivos que definam o fato. O excesso indica
subjetividade do redator e desvirtuação da informação, acarretando perda de
credibilidade dos veículos.

Cuidado com as rimas, principalmente em "ão" (que são mais perceptíveis, pelo
som forte).

Evite expressões como: por outro lado, nada obstante, enquanto isso, ao mesmo
tempo, entretanto e portanto. Costumam ser desnecessárias e constituem vício de
linguagem.

Empregue letras maiúsculas e minúsculas. Restrinja a utilização de maiúsculas


aos casos previstos na norma ortográfica ou neste capítulo.

Não empregue hífen em cargos comissionados, nomes de produtos e serviços do


Banco, suas subsidiárias e coligadas.

Não escreva o nome Banco do Brasil seguido de S/A, pois essa forma é restrita a
exigências legais.

Escreva com inicial maiúscula as palavras utilizadas em lugar de Banco do Brasil,


como Empresa, Organização e Banco.

Empregue a letra maiúscula apenas na primeira letra da primeira palavra e nos


casos previstos nas normas ortográficas e nas convenções gramaticais deste
capítulo.

Manual de redação do Banco do Brasil – 6ª edição


13

Utilize preferencialmente o tempo presente, exceto quando o texto se referir a


fatos distantes no passado ou no futuro.

Redija os textos em modo justificado (alinhados à direita e à esquerda), sem recuo


de parágrafo e com espaço de uma linha entre parágrafos.

Use ordem direta: sujeito, verbo e complementos.

Estrutura do texto jornalístico


No jargão jornalístico, o primeiro parágrafo é o lead (Saiba mais recorrendo ao
Glossário: LIC#600.4.500.264). O lead deve ter duas ou três frases que
transmitam ao leitor um resumo completo do fato, com respostas às seis
perguntas básicas: o quê, quem, quando, onde, como e por quê. Incremente, nos
parágrafos seguintes, com informação sobre como fazer, tornando a notícia útil e
relevante para os colegas de agências.

As notícias, de modo geral, são publicadas quando respeitados critérios, segundo


os quais motivam o público por se relacionarem ou se referirem a:
Proximidade
Impacto
Conflito
Conseqüências
Humor
Raridade
Progresso
Importância
Rivalidade
Utilidade
Oportunidade
Expectativa
Originalidade
Inovação
Repercussão
Manual de redação do Banco do Brasil – 6ª edição
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Ao elaborar o texto, garanta a existência do lead, que facilita e agiliza a leitura e


observe o seguinte:
a) Disponha as informações em ordem decrescente de importância (princípio
da pirâmide invertida). Assim, se for preciso cortar as últimas linhas, o texto
não será prejudicado;
b) Use frases curtas e evite intercalações excessivas;
c) Encadeie os parágrafos de maneira harmoniosa;
d) Os parágrafos devem ter em média cinco linhas e no máximo oito; e
e) Resuma suas idéias em no máximo três parágrafos;

Títulos
Use títulos com verbo forte (verbo forte é aquele que demonstra ação). Chame a
atenção do leitor para o assunto. Se for utilizar um título chamativo, faça com ele
contenha o assunto abordado no texto. Seja honesto com o nosso leitor.

O título deve ser jornalístico, ou seja, uma síntese precisa da informação mais
importante do texto, contida no lead, preferencialmente com um verbo. Não use
pontuação.

Evite a reprodução literal das palavras iniciais do texto.

Sempre use um verbo no título, de preferência na voz ativa.

Use preferencialmente o tempo presente, exceto quando o texto se referir a fatos


distantes do passado ou no futuro.

Como identificar uma notícia


Um dos pontos que mais exigem o empenho dos comunicadores é a identificação
de fatos que podem ser considerados notícias. Uma definição simples de notícia é
aquilo que tem interesse para os leitores. O interesse é a palavra-chave nos
critérios da informação jornalística.

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Os acontecimentos despertam interesse quando:


- Agregam novos conhecimentos;
- São úteis;
- São atuais;
- Têm proximidade com o público destinatário; e
- Suas conseqüências têm valor para a vida das pessoas.

Os assuntos preferenciais para a notícia são:


- Lançamento de projetos, iniciativas ou produtos;
- Conquistas negociais – desde que sejam relevantes e de interesse amplo;
- Consultas recebidas – costumam revelar pontos problemáticos a serem
tratados ou sugerir novas frentes a serem exploradas;
- Dificuldades encontradas pelos funcionários – podem demandar reforço
nas orientações; e
- Erros detectados e que mereçam correção.

Em resumo
Virtudes de um bom texto – originalidade, simplicidade, objetividade, referência a
dados históricos e literários (para enriquecer, nunca para simplesmente mostrar
conhecimento), adaptação à cultura da organização e do leitor, respeito pela
inteligência do leitor.

Defeitos de um texto ruim – pedantismo, verborragia, ambigüidade, inexatidão,


exagero, subjetividade, lugar-comum, repetição, redundância, contradição,
detalhes inúteis ou óbvios, humor grosseiro (como trocadilhos), advertências, nariz
de cera (abertura de texto que se perde em divagações e comentários genéricos).

Entrevistas
Antes de fazer uma entrevista, elabore um roteiro e levante o máximo de
informações sobre o tema e o entrevistado.

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Durante a entrevista faça perguntas curtas e diretas. É aconselhável anotar e


gravar, para garantir a reprodução fiel das informações.
Ao redigir, selecione os momentos mais importantes. O texto deve ser uma
transcrição fiel, mas nem sempre completa da entrevista.

Mantenha entre aspas as declarações do entrevistado, quando transcritas


literalmente.

Corrija eventuais erros de concordância e substitua termos coloquiais. Lembre-se


de que, ao falar, a pessoa está sujeita a erros que não cometeria na linguagem
escrita. Nas adequações, cuide para não mudar o estilo da linguagem do
entrevistado, pois entrevistas (fabricadas) soam falsas e sem credibilidade.

As entrevistas podem ser “corridas” (em texto discursivo, sempre mencionando a


fonte) ou em forma de “pingue–pongue” (com perguntas e respostas).

Marcas
Os nomes dos produtos do Banco, de suas subsidiárias e coligadas possuem
regras de utilização. Essas regras estão descritas no LIC#600.3.

Siglas, abreviaturas, numerais, datas e horas


Utilize as mesmas referências para a redação empresarial (página 3 deste
manual).

Horário
Informação atrasada não tem leitura. E ainda prejudica a credibilidade do veículo.

Informação adiantada só tem apelo se for relevante.

O que não fazer


Retrancas
O uso de retranca não livra o título da obrigatoriedade de um verbo
(exemplo: “DRS – Ação negocial na Baixada Fluminense”). Seu uso
Manual de redação do Banco do Brasil – 6ª edição
17

irrestrito empobrece a matéria e, conseqüentemente, a ação de


comunicação. Na dúvida, não utilize.
Excesso de informações
O funcionário lida com um excesso de informações em seu dia-a-dia. Não
contribua para esse excesso de informações. Quanto mais coisas para ler e
fazer, maior dispersão terá o sujeito. Quanto mais serviço o sujeito tem a
fazer, menos tempo tem para ler.

Se há duas ou três matérias sobre um mesmo assunto, o ideal é juntá-las


(no Sisbb, separando os diferentes assuntos por “intertítulos”). Para a
Intranet, pode-se publicar diversas matérias e relacioná-las numa “matéria-
mãe”.

Vícios de linguagem
Escreva tendo em mente que o Banco do Brasil lida com diversas
realidades de formação de colegas e servidores. Aqueles que lêem os
informativos como Agência de Notícias e Quadro Mural, por exemplo, são
colegas com diferentes níveis de escolaridade, tais como funcinoários,
copeiros(as), adolescentes trabalhadores, estagiários(as), contínuos etc.
Assim, por ser tão complicado lidar com a ampla variedade de
conhecimentos, utiliza-se o padrão jornalístico de texto. Neste padrão,
evita-se o uso de jargões técnicos (economês, jargões da área de finanças,
jargões da área de direito, jargões da informática etc.).

Evite também o uso de neologismos. O entendimento do seu texto fica


menos claro utilizando-se este recurso (exemplos: impostar, obstaculizar,
licar etc.).

Manual de redação do Banco do Brasil – 6ª edição


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Novo acordo ortográfico

O novo acordo ortográfico faz 21 alterações na língua portuguesa. Entretanto, as


mudanças que efetivamente alteram as normas brasileiras são quatro: 1. a
inclusão oficial no alfabeto das letras k, w e y; 2. desaparecimento do trema; 3.
alterações na acentuação; e 4. alterações no uso do hífen.

Trema
O trema (¨) deixará de existir, a não ser em nomes próprios e seus derivados. (Ex:
Sagui, frequentemente, linguiça, tranquilidade; Müller; Mülleriano).

Acentuação
Muda a utilização do acento agudo. Ele não será mais utilizado em palavras com
ditongos abertos em ‘ei’ e ‘oi’ na penúltima sílaba. (Ex: ideia, jiboia, assembleia,
heroica). PS: Nas palavras em que a última sílaba é tônica, como herói, papéis e
troféu, será mantido o acento.

Não será utilizado acento no ‘i’ e no ‘u’ fortes depois de ditongos em palavras
paroxítonas, como Bocaiuva, feiura e baiuca. Porém, se o ‘i’ e o ‘u’ estiverem na
última sílaba, o acento permanece (Tuiuiú, Piauí).

Desaparece o acento agudo no ‘u’ forte nos grupos gue, gui, que, qui: averigue,
apazigue, argui e enxague.

Foi eliminado o acento diferencial. A partir de agora grafa-se “para” (do verbo
“parar”), da mesma forma que a preposição “para”. (Ex: pela/péla; polo/pólo, pára/
para, côa/côa, pêra/pera). A exceção: fica mantido o acento diferencial em pôr/por
e em pôde/pode.

O acento circunflexo também sofreu alterações. Não será mais usado nas
terceiras pessoas do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo dos verbo
ver, ler, dar e crer. (Ex: veem, leem, deem, creem).

Manual de redação do Banco do Brasil – 6ª edição


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Também não será mais utilizado em palavras terminadas com o hiato `oo`. (Ex:
voo, enjoo, perdoo, abençoo)

Hífen
Há novas regras para o hífen. Não será utilizado quando a primeira palavra
terminar em vogal e a segunda começar com uma vogal diferente (Ex:
aeroespacial, autoestrada). Não será mais usado quando o segundo elemento
começar com ‘r’ ou ‘s’. (Ex: contrarregra, antissemita, antirreligioso). Será mantido
o hífen quando os prefixos terminarem em "R", ou seja, "Super", "Hiper" e "Inter".
Confira no quadro abaixo:

Prefixos Usa hífen Não usa hífen


Agro, ante, anti, arqui, auto, Quando a palavra seguinte Em todos os demais casos:
contra, extra, infra, intra, começa com h ou com vogal autorretrato, autossustentável,
macro, mega, micro, maxi, igual à última do prefixo: autoanálise, antivírus,
mini, semi, sobre, supra, tele, auto-hipnose, auto-observação autoatendimento
ultra...
Hiper, inter, super Quando a palavra seguinte Em todos os demais casos:
começa com h ou com r: hiperinflação, supersônico
super-homem, inter-regional
Sub Quando a palavra seguinte Em todos os demais casos:
começa com b, h ou r: sub- subsecretário, subeditor
base, sub-reino, sub-humano
Vice Sempre: Vice-rei, Vice- Nunca
presidente
Pan, circum Quando a palavra seguinte Em todos os demais casos:
começa com h, m, n ou pansexual, circuncisão
vogais: pan-americano, circum-
hospitalar

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Recomendações

Quanto menor o texto, melhor


Lembre-se de que o leitor utilizará uma tela para acessar o conteúdo, o que é bem
diferente do papel. Portanto, facilite a vida do sujeito e não desperdice o tempo
dele. Use de toda a sua concisão e capacidade de síntese para escrever o maior
número de informações (relevantes) no menor espaço possível.

Se precisar de mais espaço, crie novos artigos ou páginas e coloque as


informações adicionais em “intertítulos” (pequeno título no interior da matéria, para
identificar um novo sub-assunto). Faça “links” entre o conteúdo principal e os
secundários (na Agência de Notícias da Intranet). Procure escrever parágrafos de
cinco linhas, e use intertítulos a cada três/quatro parágrafos.

Aprimore o contexto relacionando matérias e criando links


Narrativas no ambiente web (Internet e Intranet) permitem que o usuário vá atrás
de informação mais aprofundada (desde que ela esteja acessível e à mão). Logo,
é prudente que você permita ao leitor estar mais próximo possível das conexões
(matérias secundárias e “links”) que o ajudarão a ter uma idéia maior sobre o
contexto daquela informação. Lembre-se que navegar é diferente de aprofundar-
se. A primeira pressupõe um passeio pela superfície, enquanto a segunda
trabalha com o mergulho atrás da informação mais qualificada.

A Intranet tem vários recursos. Aprenda a usá-los


Tem um vídeo da TVBB que complementa as informações do texto? Há uma foto
no publicador que “casa” com a história? Aprenda a incluí-los. As páginas que
trazem fotos e vídeos são mais interessantes de se ler e facilitam a vida do
usuário em diversos aspectos.

Sempre que possível, faça listas. Há as ordenadas e não-ordenadas. São sempre


muito úteis. Utilize negrito para grifar palavras importantes.

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Sempre cite suas fontes entre aspas


Um dos grandes problemas do ambiente Web é que ele dá a impressão de que a
informação não tem dono. Mas tem. Se você produziu uma nota baseada numa
notícia de um site, cite qual foi o site de onde a informação se originou. Não há
pecado nisso. Ao contrário. O errado é não citar. Esse comportamento induz o
leitor a acreditar que foi você quem entrevistou o presidente ou o diretor.

***
Bibliografia
Novo Manual de Redação – Folha de São Paulo – São Paulo, 1992
Cartilhoca – Banco do Brasil – Brasília, 1996
Técnicas de codificação em jornalismo – Ed. Ática, 2006
Site Online Journalism Review – University of Southern California, 2007
“A Dozen Online Writing Tips” – Jonathan Dube (CyberJournalist.net), 2008
Folha de São Paulo Online, 2008
Portal g1.globo.com, 2008

Coordenação e Edição
Diretoria de Marketing e Comunicação
SBS Ed. Sede III, 19º andar Brasília/DF
Tels.: 61 3310-3542/3556/1189
Fax: 61 3310- 2440
CEP: 70089-900

Circulação interna
6ª edição, ampliada e revisada, dezembro de 2008
5ª edição, corrigida, novembro de 2008
4ª edição, ampliada e revisada, junho de 2008
3ª edição, revisada, junho de 2006
2ª edição: Brasília, março de 2000
1ª edição: junho de 1999

Manual de redação do Banco do Brasil – 6ª edição

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