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adolescentes e o processo de
assentimento livre e esclarecido
Mônica Aguiar
Doutora em Direito das Relações Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São
Paulo (PUCSP). Mestre em Direito Econômico pela Universidade Federal da Bahia
(UFBA). Graduada em Direito pela UFBA, em Ciências Econômicas pela Universidade
Católica do Salvador (UCSAL), e em Psicologia pela Escola Bahiana de Medicina e
Saúde Pública da Bahia (EBMSP). Atualmente é professora associada da UFBA,
professora do Programa de Pós-Graduação em Direito da UFBA e da Especialização
em Direito Médico da UCSal. Líder do grupo de pesquisa Vida. E-mail:
monicaaguiarpsi@gmail.com. Lattes: http://lattes.cnpq.
br/7536438369531146
1. Introdução
O consentimento livre e esclarecido é um dos temas mais
estudados desde o surgimento da Bioética enquanto área do
saber, na década de 1970. Ainda hoje, há circunstâncias que
representam um verdadeiro desafio aos profissionais de
saúde, dos quais é exigido conferir ao paciente ou participante
da pesquisa as informações e meios necessários para que possa
decidir de forma livre e consciente a respeito da intervenção
que lhe é proposta. Esse desafio é ainda maior quando se está
diante de crianças ou adolescentes pois, em regra, exige- se a
obtenção de assentimento do menor e do consentimento dos
pais, situação ética e juridicamente mais complexa do que
aquela envolvendo pessoas adultas.
Diante dos desafios inerentes a esse contexto, este trabalho
tem como objetivo geral analisar o instituto do assentimento livre
e esclarecido, propondo diretrizes para que ele seja aplicado
como meio de empoderamento de crianças e adolescentes, tanto
no contexto assistencial quanto no de pesquisas envolvendo seres
humanos. Para tanto, adotou-se a metodologia dialética e
realizou-se pesquisas bibliográfica e documental. Foram traçados
como objetivos específicos, correspondentes aos itens de
desenvolvimento do texto: a) apresentar a disciplina jurídica da
capacidade civil referente às pessoas menores de idade; b)
estudar as críticas doutrinárias quanto à insuficiência do modelo
legal em face da autonomia bioética; c) analisar o assentimento
5. Considerações finais
DIAS, Maria Berenice. Manual de direito das famílias. 9. ed. rev. atual.
e ampl. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2013.