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Atualmente, o mundo vive um período de exacerbada intolerância e desrespeito.

Mas alfinal, o
que é intolerância? A palavra “intolerância” vem do latim intolerantia, que significa
incapacidade de suportar, falta de condescência. No sentido oposto, “tolerância” foi definida
pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) como “o
respeito, a aceitação e o apreço da riqueza e da diversidade das culturas do nosso mundo, de
nossos modos de expressão e de nossas maneiras de exprimir nossa qualidade de seres
humanos”.

Em 10 de dezembro de 1948, foi aprovada a Declaração Universal dos Direitos Humanos, pela
Organização das Nações Unidas (ONU). Trata-se de um documento histórico que definiu, pela
primeira vez, os direitos fundamentais de todo ser humano, sem distinção de raça, cor, sexo,
religião, opinião política ou condição de riqueza. Eles incluem, entre outros, o direito à vida e à
liberdade.

Em seu primeiro artigo, a Declaração afirma: “Todos os seres humanos nascem livres e iguais
em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos
outros com espírito de fraternidade”.

Dentre os diversos motivos que geram a intolerância, destaca-se o individualismo e o


imediatismo. A substituição da ideia de coletividade e de solidariedade pelo individualismo,
em que falta a experiência do convívio social, leva o indivíduo a não considerar mais o outro e
pensar apenas na satisfação imediata de seus desejos e interesses pessoais.

Outro fator importante é a institucionalização da intolerância em muitos países, ou seja, que


não admitem a prática de religiões, se não a oficial desse. Segundo o relatório do Pew
Research Center em 2017, dos 198 países do mundo, 79 apresentam níveis alto ou muito alto
de restrições religiosas. Um exemplo ocorre em Mianmar, país de maioria budista no Sudeste
Asiático, onde o estado não reconhece e persegue a minoria rohingya. Como resultado, cerca
de 700 mil rohingyas fugiram para Bangladesh e outros 6,7 mil foram assassinados. A ONU
afirmou haver indícios de “limpeza étnica”.

A base da solução para os impasses relacionados à intolerância e ao desrespeito está na


educação. Garantindo o ensino religioso não confessional, ou seja, aquele que não trata
apenas de uma religião, mas apresenta a história e a base cultural das diversas religiões,
incluindo o ateísmo e agnosticismo é uma ferramenta que poderia mudar a visão da sociedade
acerca das diferenças culturais de forma leve e agradável, incentivando o respeito e a busca
pelo conhecimendo fora da sua esfera social.

É papel do jovem reivindicar e propor soluções para os problemas da contemporaneidade, é


papel do jovem observar e questionar os métodos vigentes, muitas vezes ineficientes. O jovem
é o futuro do planeta, sendo, dessa forma, de extrema importância garantir o conhecimento
social e intelectual, dessa e das próximas gerações.

Fonte: Guia do Estudante

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