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Geografia - Prof.: Ismael – ALUNO: DATA: ____/_____/_____


“Imagine uma nova história para sua vida e acredite nela” - Paulo Coelho BOA LEITURA!!!

Tema 1: Brasil economia e espaço geográfico

O Brasil possui uma economia grande e diversificada. Para sabermos o tamanho da economia
usamos o PIB - Produto Interno Bruto. O PIB é a soma de tudo o que o país produz durante o
período de um ano. Os países que possuem as maiores economias do mundo são: Estados Unidos,
China, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Espanha e Rússia

Às atividades econômicas são produzidas pelos setores primários, secundários e terciário.

Setor primário

O setor primário é integrado pelas atividades produtoras de matéria-prima, compreendendo


basicamente a agricultura e a pecuária. Como exemplo do setor primário podemos citar as
atividades como reflorestamento, atividades de pesca, plantio. No Brasil, o setor primário
emprega 19% da população economicamente ativa. A produção do campo fornece matéria-prima
básica para a indústria, a exemplo do cultivo de algodão para indústria têxtil. Na atualidade, o
setor primário costuma ser chamado de agronegócio. Trata-se de um setor que obteve intensa
modernização nas últimas décadas. No território brasileiro a modernização do agronegócio
aconteceu de modo desigual. As áreas modernas ocupam as maiores partes da região centro-sul.
No Brasil agricultura é realizada em diversos tipos de propriedade: pequena, média e grandes
latifúndios e apesar da boa modernização o Brasil ainda possui diversos problemas no campo
como má distribuição de terra para famílias pobres.

Setor secundário

A indústria é o setor secundário da economia, sendo responsável por transformar a matéria-


prima em produtos. No Brasil há uma grande quantidade de indústrias e essas Indústrias
empregam 21% dos trabalhadores. Existem vários tipos de indústrias que podem ser classificadas
conforme a finalidade dos bens produzidos. A indústria dos bens de produção ou indústria de
base produz bens para as outras indústrias. A indústria de bens de consumo elabora produtos
adquiridos diretamente pelos consumidores. Essa pode ser dividida em bens duráveis e bens não
duráveis.

Bens duráveis: produzem bens de consumo não perecíveis, ou seja, cuja utilização não implica
em sua extinção, apresentando maior durabilidade. Exemplo: automóveis e eletrodomésticos.

Bens não duráveis: fabricam bens que são consumidos rapidamente a exemplo de
medicamentos, produtos alimentícios e produtos de limpeza.

O Brasil se industrializou mediante a substituição de importações, ou seja, governo estimulou


a instalação de fábricas que produzem produtos que antes eram importados de países ricos. São
Paulo é o principal centro financeiro do país e sua industrialização ocorreu devido diversos
fatores:

➢ Centro financeiro: a cidade tinha banco para financiar as indústrias.

➢ Infraestrutura: a cidade contava com ferrovias geração de energias e o Porto de Santos.

➢ Mão de obra: a cidade recebeu imigrantes estrangeiros e outros vindo do próprio Brasil.
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➢ Mercado consumidor: a cidade contava com uma grande população que se tornou um
mercado consumidor.

No século XX às indústrias brasileiras se concentravam na região Sudeste especialmente no


estado de São Paulo. Mas ao longo dos anos São Paulo deixou de ter a maior parte das indústrias
e essas passaram a se espalhar para outras regiões, pois em 1990 os estados brasileiros tentavam
atrair as diferentes indústrias e para isso eles ofereciam vários tipos de vantagens como: doação
de terrenos para as empresas, mão-de-obra com salários mais baixos, a infraestrutura, e redução
de impostos. (Ver mapas: Expansão da indústria no Estado de São Paulo e Distribuição espacial
da indústria, 2009 – Empresas industriais)

Energia para as indústrias

As fontes de energia são muito importantes para o funcionamento da economia. A indústria


é o setor que mais consome energia. Cerca de 90% da energia elétrica vêm das usinas hidrelétricas,
ou seja, da energia produzida a partir da força da água. Além das hidrelétricas o Brasil tem vestido
em outras fontes de energia como por exemplo as usinas eólicas que produzem energia a partir
da força do vento.

A descoberta do pré-sal

Em 2007 o Brasil anunciou a descoberta de uma imensa reserva de petróleo em grandes


profundidades recobertas pelo mar. As profundidades variam entre 4 mil e 7 mil metros. O
petróleo encontra-se abaixo de uma espessa camada de sal, daí o nome ‘pré-sal’ . Esse petróleo
se formou na era dos dinossauros a partir da composição de matéria orgânica vegetal e animal.
Para que a camada de pré-sal seja explorada existem algumas regras:

➢ A Petrobras tem prioridade na exploração.

➢ Uma nova estatal deverá ser criada para administrar o pré-sal.

➢ Os royalties deverão ser divididos entre os estados para compensar os impactos


ambientais e sociais na exploração.

➢ Fundo social deverão ser gastos pelo governo em educação e depois saúde.

Setor terciário.

O setor terciário integrado por um vasto conjunto atividades realizadas principalmente nas
cidades neste setor não existe a produção de nada concreto, ou seja, é a prestação de serviços
que caracteriza esse setor. O comércio os bancos e as prestações de serviços como educação,
saúde, justiça, atividades artísticas e esportes fazem parte deste setor. O setor terciário cresceu
muito nos últimos anos, pois 83% da população já vive nas cidades. Este setor responde por 60%
do total de empregados

ATENÇÃO:

Traga para próxima aula uma ou duas embalagem de qualquer produto


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Regiões do Brasil

Principais setores industrias em 2009


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Tema 2: Regionalização do Barsil

Integração nacional e desequilíbrios regionais


Do ponto de vista da unidade político-territorial, de forma geral, o Brasil completou suas
fronteiras externas nos primeiros anos do século XX. A aquisição do Acre em 1903 (após
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negociações com a Bolívia, conduzidas, na época, pelo Barão do Rio Branco) consolidou o traçado
das fronteiras externas.
Ao longo do período colonial e do Império, houve sucessivas mudanças na divisão e
organização administrativa do território brasileiro. Com a Proclamação da Independência, em
1822, as antigas capitanias hereditárias foram transformadas em províncias do Império, com
limites e contornos semelhantes aos dos Estados atuais.
Outra mudança importante na configuração territorial foi a transferência, em 1763, da
capital, centro político da colônia, de Salvador (BA) para o Rio de Janeiro (RJ). Como já foi visto,
isso refletia em boa medida o apogeu da mineração e a decadência da produção açucareira no
Nordeste. O Rio de Janeiro sustentou essa condição até 1960, quando ocorreu a inauguração de
Brasília (DF), a nova capital federal. O café se desenvolveu fortemente no Centro-Sul do País,
expandindo-se do Vale do Paraíba, em sua porção no Rio de Janeiro, às terras férteis do oeste
paulista. A produção do café foi afetada pelo fim da escravidão, mas logo os produtores
substituíram a força de trabalho escrava por colonos estrangeiros. Surgiram ferrovias e novas
cidades e acumularam-se capitais para investir em setores como o industrial, que despontava no
Rio de Janeiro e em São Paulo. Isso consolidou o eixo econômico e a posição de comando dessa
faixa do território. Em outras palavras, ocorreu uma concentração econômica e de recursos no
Sudeste do Brasil. Por sua vez, outras regiões acabaram ficando relativamente isoladas ou em
dificuldades econômicas, como é o caso da Amazônia e de faixas do Nordeste.
A divisão regional oficial é formada por cinco grandes regiões. Ela é utilizada pelo IBGE para
fazer levantamentos estatísticos. Os dados servem também como uma “radiografia” da situação
econômico-social e espacial da população e permitem planejar políticas públicas e programas de
desenvolvimento.
O Brasil ingressou no século XXI com um extenso território, dividido em cinco grandes
regiões. A divisão político-administrativa compreende 26 Estados e um Distrito Federal, onde
está Brasília, a capital do País. Além disso, existem, segundo dados do Censo do IBGE de 2010,
5.565 municípios no País. De acordo com a Constituição Federal de 1988, que está em vigor, a
União (a esfera nacional), os Estados e os municípios são entes federativos. O que isso quer dizer?
Significa que, em uma federação, todas as unidades têm ou devem ter autonomia político-
administrativa e financeira. Também podem elaborar leis (contanto que não entrem em
desacordo com leis nacionais já aprovadas), tomar decisões sobre investimentos e obras de
infraestrutura, criar unidades de proteção ambiental, entre outras medidas. Mas isso não quer
dizer que no Brasil não existam Estados e municípios que dependam de recursos da União.
Ao longo do tempo, diversos pesquisadores propuseram outras formas de regionalização,
levando em conta, primordialmente, critérios socioeconômicos e os modos de organização
espacial de cada conjunto – por exemplo, considerando a densidade técnica dos espaços
(concentração de portos, aeroportos, telecomunicações, geração de energia etc.), o que pode
gerar diferenças ou desigualdades entre os conjuntos regionais. São proposições lançadas para
melhor apreender as complexas realidades regionais.
Os mapas a seguir apresentam duas propostas bastante consagradas: a primeira, com
as regiões geoeconômicas ou os complexos regionais (Amazônia, Nordeste e Centro-Sul), de
Pedro P. Geiger, lançada em 1967, e a segunda, com quatro grandes regiões, criada por Milton
Santos e Maria Laura Silveira. Nessa última proposta, o Sudeste e o Sul são apresentados como
regiões de grande concentração de recursos e elevada densidade técnica (por exemplo, quanto
aos sistemas de transportes, comunicações e informações). Ali estão também as duas grandes
metrópoles nacionais, São Paulo e Rio de Janeiro.
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Preencha os espaço de acordo com as informações passadas pelo professor


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Tema 2. Demografia e Urbanização

A demografia – ou Geografia da População – é a área da ciência que se preocupa em estudar as


dinâmicas e os processos populacionais. Para entender, por exemplo, a lógica atual da população
brasileira é necessário, primeiramente, entender alguns conceitos básicos desse ramo do
conhecimento.

No mundo, atualmente, segundo a Organização das Nações Unidas – ONU chegamos a marca de
7.324.782.225 habitantes no planeta, um número impressionante, ainda mais se o compararmos
com a população mundial em anos anteriores, como por exemplo:

1950 – 2.525.778.669 de habitantes


1970 – 3.691.172.616 de habitantes
1990 – 5.320.816.667 de habitantes
2010 – 6.916.183.482 de habitantes
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Estes mais de 7 bilhões de pessoas não se encontram distribuídos igualitariamente pela Terra,
desta forma existem países muito populosos, ou seja, com uma grande população absoluta.

População absoluta: é o índice geral da população de um determinado local, seja de um país,


estado, cidade ou região. Exemplo: a população absoluta do Brasil está estimada em 180 milhões
de habitantes.

Densidade demográfica: é a taxa que mede o número de pessoas em determinado espaço,


geralmente medida em habitantes por quilômetro quadrado (hab/km²). Também é chamada de
população relativa.

Os países mais populosos e com as maiores densidades demográficas são:

População absoluta População relativa

Para melhor estendermos a dinâmica populacional, foram criadas algumas taxa:

Taxa de natalidade: é o número de nascimentos que acontecem em uma determinada área.

Taxa de mortalidade: é o número de óbitos ocorridos em um determinado local.

Crescimento natural ou vegetativo: é o crescimento populacional de uma localidade medido a


partir da diminuição da taxa de natalidade pela taxa de mortalidade.

Crescimento migratório: é a taxa de crescimento de um local medido a partir da diminuição da


taxa de imigração (pessoas que chegam) pela taxa de emigração (pessoas que se mudam).

Crescimento populacional ou demográfico: é a taxa de crescimento populacional calculada a


partir da soma entre o crescimento natural e o crescimento migratório.

Taxa de fecundidade

A taxa de fecundidade consiste no número médio de filhos que as mulheres têm no decorrer de
suas vidas, em determinada população. Para obter essa taxa, divide-se o total dos nascimentos
pelo número de mulheres em idade reprodutiva (de 15 a 49 anos) da população considerada.
Segundo o IBGE, a taxa de fecundidade total expressa o número de filhos que, em média, teria
uma mulher que durante sua vida fértil teve seus filhos de acordo com as taxas de fecundidade
por idade do período em estudo e não esteve exposta aos riscos de mortalidade desde o
nascimento até o término do período fértil.
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No Brasil, o período de grande crescimento vegetativo ocorreu entre as décadas de 1940 e


1960, quando as taxas de natalidade aumentaram e houve redução acentuada nas taxas de
mortalidade, gerando, em consequência, grande crescimento vegetativo ou natural da população
brasileira. Tais fatores resultaram da revolução da tecnologia bioquímica, do aumento do número
de pessoas com acesso à rede médico-hospitalar, às vacinações em massa e à melhoria das
condições sanitárias que contribuíram de forma significativa para a queda acentuada das taxas de
mortalidade. Essa queda e a permanência de elevadas taxas de natalidade, entre 1940 e 1960,
explicam o elevado crescimento vegetativo verificado no período.

A desaceleração demográfica marcada pela queda das taxas de natalidade e algumas


transformações ocorridas no Brasil estão relacionadas à crescente urbanização, ao aumento da
taxa de escolarização, à entrada da mulher no mercado de trabalho e à popularização da pílula
anticoncepcional e de outros métodos contraceptivos. O conjunto desses fatores favoreceu a
redução do número de filhos, muitas vezes traduzida pelo planejamento familiar.

Mortalidade infantil: A taxa de mortalidade infantil é obtida por meio do número de crianças de um
determinado local (cidade, região, país, continente) que morrem antes de completar 1 ano, a cada
mil nascidas vivas. Esse dado é um aspecto de fundamental importância para avaliar a qualidade de
vida, pois, por meio dele, é possível obter informações sobre a eficácia dos serviços públicos, tais
como: saneamento básico, sistema de saúde, disponibilidade de remédios e vacinas,
acompanhamento médico, educação, maternidade, alimentação adequada, entre outros.
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Hierarquia e rede urbana

A hierarquia urbana é a ordem de organização entre os diferentes níveis de complexidade


econômica das cidades. Como a própria ideia de hierarquia sugere, trata-se das relações de
dependência econômica exercidas por algumas cidades sobre outras, formando uma cadeia mais
ou menos definida de cidades dependentes e economicamente interligadas entre si.

A expansão econômica brasileira desencadeada principalmente a partir da década de 1970


pode ser considerada a grande responsável pela ampliação e, também, pela concentração da rede
urbana brasileira. Dado o perfil concentracionista da nossa industrialização, os principais
empreendimentos industriais e de serviços localizados em determinados pontos do território
passaram a ofertar empregos, tornando-se áreas de atratividade intensa e crescimento irregular.

Assim, se, de acordo com dados do IBGE, apenas três cidades brasileiras (Rio de Janeiro, São
Paulo e Recife) possuíam mais de 500 mil habitantes até 1950, no início do século XXI cerca de 30
cidades já atingiam esta marca. Este crescimento, em geral, desordenado, da concentração
demográfica dessas cidades provocou a unificação de muitos sítios urbanos, e cidades vizinhas
uniram-se em um único bloco urbanizado, fator conhecido por conurbação.

As cidades são espaços onde há intensa troca de mercadorias, bens e serviços. São lugares
dinâmicos em que se polarizam diversas atividades econômicas, tais como a indústria e o
comércio. Assim, há trocas materiais (mercadorias, fluxo de pessoas, etc.) e imateriais (fluxo de
informações) entre as cidades. Essas trocas e relações formam a chamada Rede Urbana, que é o
conjunto de cidades de um determinado território.

Nessas trocas, cada cidade tem um poder diferente de influência sobre a outra localidade. De
acordo com sua importância econômica e política, e na oferta de equipamentos públicos e
serviços para a população, ela irá ocupar o seu espaço na chamada Hierarquia Urbana.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realizou um estudo denominado de REGIC


– Rede de Influência de Cidades, que mostra como está estruturada a hierarquia e a rede urbana
brasileira. Dessa maneira, o IBGE classificou as metrópoles em diferentes níveis. Vamos a eles:
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Cidades globais: representam os principais polos da hierarquia urbana internacional. Além de


concentrarem elevados quantitativos populacionais, sendo quase todas elas megacidades
(cidades com mais de 10 milhões de pessoas), essas cidades apresentam uma complexa
economia. Ao longo da história, em grande parte dos casos, as cidades globais foram as primeiras
a industrializar-se no mundo ou, pelo menos, em seus países. Foram também as primeiras a iniciar
o processo de desconcentração industrial que ainda está ocorrendo, passando a ser conhecidas
por abrigar as principais sedes e centros de negócios das empresas multinacionais.

Exemplos de cidades globais: Nova York, Tóquio, Paris, Londres, Buenos Aires, Berlim, entre
outros. No Brasil, existem duas: São Paulo e Rio de Janeiro.

Metrópoles nacionais: são cidades que também apresentam uma complexa e avançada
organização econômica, uma grande quantidade de habitantes e uma posição atrativa no
recebimento de investimentos, sobretudo de empresas estrangeiras. No entanto, o seu nível
econômico não lhes permite criar em torno de si uma influência além de seus países ou regiões
territoriais próximas.

Exemplos de metrópoles nacionais: Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Brasília e outras
cidades.

Metrópoles regionais: são cidades cuja importância e domínio alcançam apenas o nível regional,
estando direta ou indiretamente subordinadas às metrópoles nacionais e às cidades globais.
Mesmo assim, são centros estratégicos, pois representam o elo de regiões ou pontos afastados
em relação aos grandes polos da economia mundial.

Exemplos de metrópoles regionais: Goiânia, Cuiabá, Campinas, Belém e outras.

Abaixo dessas cidades, no contexto da hierarquia urbana, encontram-se cidades de menor porte,
mas com relativa influência local, tais como as cidades médias brasileiras que, apesar da menor
importância, vêm atraindo muitas indústrias e contemplando índices de crescimento muito acima
da média das grandes cidades.

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