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FÍSICA EXPERIMENTAL2
LENTES DELGADAS
INTEGRANTES DO GRUPO
Ana Jeremias – 20161873
Anicya Nelumbo – 20161889
Ariane Nhany-20151533
SIMBOLOGIA E NOMENCLATURA
RESUMO
No presente relatório, fala-se acerca da óptica geométrica que ocorre quando as
dimensões dos objectos são maiores que o comprimento de onda, λ, onde a luz pode ser tratada
como feixe de raios rectilíneos. O comprimento de onda da luz visível é de 400nm à 700nm.
Quanto à óptica geométrica, pretende-se calcular a distância focal usando três métodos
sendo eles o método da imagem no infinito, o método de Descartes e o método de Bessel. O outro
procedimento recorrido é o do princípio da lupa. Para cada método há um procedimento, assim
como para o princípio da lupa.
As lentes usadas são as delgadas, usando-se para os quatro primeiros exercícios a lente
convergente e para último uma lente acoplada na outra (convergente e divergente). O que significa
que serão feitos cinco exercícios experimentais.
INTRODUÇÃO
1. Lentes convergentes, ou convexas (positiva): quando a parte do centro é mais espessa que
as bordas. Elas podem ser de três tipos:
2. Lentes divergentes, ou côncavas (negativas): se o centro é mais fino que as bordas. Podem
ser classificadas como:
Lentes bicôncavas: caso apresentem as duas faces côncavas;
Lentes plano-côncavas: quando apresentam um lado plano e o outro côncavo;
Lentes convexo-côncavas: com um lado convexo e outro côncavo.
Objectivos
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
FUNDAMENTO TEÓRICO
Óptica Geométrica
Uma lente é normalmente um sistema óptico constituído por dois ou mais dioptros um dos
quais pelo menos é curvo.
Dioptros – é o conjunto constituído por dois meios transparentes e a interface entre eles. A
forma da superfície de separação entre os meios, superfície dióptrica, caracteriza o tipo de
dioptro: plano, esférico, cilíndrico.
Uma lente constituída por um só elemento (por dois dioptros) é uma lente simples. Uma lente
composta é constituída por vários elementos.
Eixo de uma lente: recta que une os centros de curvatura de suas faces.
Foco imagem de uma lente: intersecção de um raio que incide paralelamente ao eixo
com o eixo.
Foco objecto de uma lente: ponto situado sobre o eixo da lente que fornece imagem no
infinito (raios pelo foco objecto saem paralelos ao eixo).
Distância focal: A distância focal é a distância do foco objecto à lente (em uma lente
delgada, a espessura da lente é considerada igual a zero). Se a lente for convergente a
distância focal é positiva (foco objecto real), se for divergente é negativa (foco objecto
virtual).
1 1 1
= +
𝑓𝑠 𝑓2 𝑓1
Mas, quando a incidência da luz dá-se num ângulo de 0° com a normal no ponto de
incidência, não há mudança na direcção.
Índice de refracção é uma grandeza que expressa a velocidade que a luz possui
num determinado meio de transmissão e é definido por:
𝑐
𝑛=
𝑣
Onde: c -é a velocidade da luz no vácuo e v - é a velocidade da luz no meio
em questão.
2. Método de Descartes
1 1 1
= +
𝑓 𝑔 𝑏
3. Método de Bessel
Pode-se observar que para uma distância fixa A entre o objecto e o anteparo, existem duas
posições da lente que produzem uma imagem nítida do objecto sobre o anteparo.
A direcção dos raios luminosos é reversível. Por isso existem, para cada distância fixa d
entre o um objecto e uma imagem, duas posições das lentes que resultam em uma imagem
nítida.
Logo denomina-se e a distância entre estas duas posições da lente e d a distância entre o
objecto e a imagem, pode-se demonstrar da seguinte forma:
𝑑2 − 𝑒 2
𝑓=
4𝑑
Procedimento Experimental
Figura: Equipamento. Lente, tela, fonte de alimentação, paquímetro, lâmpada, objecto (seta)
1º ‘Princípio da lupa’
Com a aproximação da lente ao objecto fixo, ocorre uma ampliação da imagem (ela é
maior que o objecto real) é nítida, e se apresenta na posição do objecto real, isto é, ela
não se inverte;
Com o distanciamento da lente com o objecto na mesma posição, a imagem parece menos
nítida e menor em relação à observação do objecto com a lente mais perto, porém ela
sempre se encontra na posição do objecto real, não se inverte.
𝑓 = 31,13𝑐𝑚 − 20𝑐𝑚
𝑓 = +11,13𝑐𝑚
1.Posição 32 cm (12+20)
Cálculos
|𝑚| = 5,87
𝑏
|𝑚| =
𝑔
65,03
|𝑚| =
12
|𝑚| = 5,42
Cálculos
Distância focal
𝑏 = 63,3𝑐𝑚 − 36𝑐𝑚
1 1 1
𝑏 = 27,3𝑐𝑚 = +
𝑓 𝑔 𝑏
Aumento lateral
𝐵
|𝑚| =
𝐺
2,73
|𝑚| =
1,5
|𝑚| = 1,82
𝑏
|𝑚| =
𝑔
27,3
|𝑚| =
16
|𝑚| = 1,71
3. Posição 40 cm (20+20)
Cálculos
1 1 1
= +
𝑓 𝑔 𝑏
𝑏 = 59,67𝑐𝑚 − 40𝑐𝑚
20 ∗ 19,95
𝑓=
𝑏 = 19,67𝑐𝑚 19,95 + 20
𝑔 = 20𝑐𝑚
Aumento lateral
𝐵
|𝑚| =
𝐺
1,6
|𝑚| =
1,5
|𝑚| = 1,07
𝑏
|𝑚| =
𝑔
19,95
|𝑚| =
20
|𝑚| = 0,997
Distância focal
𝑒 = 67,47𝑐𝑚 − 33,03
𝑒 = 34,44 𝑐𝑚
𝑑 = 80𝑐𝑚 − 20𝑐𝑚
𝑑 = 60𝑐𝑚
𝑑2 − 𝑒 2
𝑓=
4𝑑
602 − 34,442
𝑓=
4 ∗ 60
𝑓 = +10,06𝑐𝑚
Distância focal
𝑒 = 97,13𝑐𝑚 − 43,33𝑐𝑚
𝑒 = 53,8 𝑐𝑚
𝑑 = 120𝑐𝑚 − 20𝑐𝑚
𝑑 = 100𝑐𝑚
𝑑2 − 𝑒 2
𝑓𝑠 =
4𝑑
1002 − 53,82
𝑓𝑠 =
4 ∗ 100
𝑓𝑠 = 17,76𝑐𝑚
1 1 1
= −
𝑓𝑠 𝑓1 𝑓2
Onde:
𝑓𝑠 ∗ 𝑓1
𝑓2 =
𝑓1 − 𝑓𝑠
17,76 ∗ 10
𝑓2 =
10 − 17,76
𝑓2 = −22,89𝑐𝑚
1 1 1
= +
17,76 10 22,89
0,056𝑐𝑚 ≠ 0,143𝑐𝑚
Distância das imagens Distância entre a tela Distância focal1 Distância Distância
(cm) e o objecto (cm) (cm) focal2 focal do
(cm) sistema
(cm)
53,8 100 +10 -20cm 17,76
Análise e discussão
No 1º exercício, pôde-se analisar e detectar que quanto mais próxima lente fica em relação
ao objecto, maior será a imagem observada e quanto mais distante ela estiver em relação ao
objecto, menor será a imagem observada.
Erro percentual
𝐸% = 11,3%
O erro percentual foi de 11,3% o que é relevante, pois o valor obtido desviou-se muito do
valor padrão. Seria mínimo se fosse de uma percentagem inferior a 10%.
A elevada percentagem se deve aos erros durante a medição, não só como também ao
facto da régua graduada não ser um material que se tire valores exactos, sempre haverá um certo
desvio da medição.
No 3º exercício, a distância focal das posições 32cm e 36cm deu valores aproximados ao
valor pretendido que é +10 cm, já a da posição 40cm deu exactamente uma distância focal de +10
cm como pretendido. O desvio de f das posições 32cm e 36cm são respectivamente 0,13 e 0,09 o
que não é um desvio elevado, mas para tal, precisar-se-á calcular o erro percentual para ambos:
Erro percentual
Como se vê, o erro percentual para ambos é mínimo, principalmente para o caso da
posição 36cm, o que quer dizer que se esteve muito próximo do valor pretendido ou padrão(0,9%).
Alturas laterais
𝐵 𝑏
|𝑚| = =
𝐺 𝑔
Porém, não se cumpriu em nenhum dos casos. Apenas se esteve próximo da igualdade, isto é:
Embora não se tenham ambos os membros se igualado, o desvio entre eles é considerável.
Das três posições, a mais aceitável é da posição 40cm.
Analisando, nota-se que das três posições, 32cm,36cm e 40cm, a que teve o melhor
resultado é a de 40cm, pois esteve mais perto dos valores pretendidos.
É também de se salientar que se verificou que quanto maior for a distância da lente ao
objecto, menor será a imagem, bem como a sua altura e vice-versa.
No 5 º exercício, a distância focal do sistema deu um valor que fez com que não se
igualasse à soma dos focos 1 e 2. Logo, não se conseguiu cumprir com o pretendido devido à essa
desigualdade. Porém, essa desigualdade é mínima, pois o desvio entre a distância focal do sistema
e a soma das distâncias focais 1 e 2 é de 0,087.
CONCLUSÃO
Como se verificou, no 1º exercício pôde-se detectar que quanto mais próxima lente fica
em relação ao objecto, maior será a imagem observada e quanto mais distante ela estiver em
relação ao objecto, menor será a imagem observada.
No 3º exercício a distância focal das posições 32cm e 36cm deu valores aproximados ao
valor pretendido que é +10 cm, já a da posição 40cm deu exactamente uma distância focal de +10
cm como pretendido, logo neste exercício o erro percentual foi considerável, pois não foi muito
elevado em relação ao valor do fabricante. Já as alturas laterais não cumpriram com a relação,
porém o erro percentual foi considerável, pois não foi superior a 10%.
No 5 º exercício, a distância focal do sistema deu um valor que fez com que não se
igualasse à soma dos focos 1 e 2. Logo, não se conseguiu cumprir com o pretendido devido à essa
desigualdade. Porém, essa desigualdade é mínima, pois o desvio entre a distância focal do sistema
e a soma das distâncias focais 1 e 2 é de 0,087.
Portanto, conclui-se que a experiência prática de lentes delgadas foi bem sucedida, apenas
com algumas margens de erros.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Paul A. Tipler | Gene Mosca. Física para Cientistas e Engenheiros. 6ª ed volume 2.Rio
de Janeiro,RJ.Performa.2009. pag 405 (32-2) _409.