Professional Documents
Culture Documents
INFLUENCIAM O
EMAGRECIMENTO
Santiago Paes
Renato Bianchini
Vitor Mendonça
FATORES QUE INFLUENCIAM
O EMAGRECIMENTO
Neste e-book criado pela Citius – Exercício, Nutrição e
Resultado, nós reunimos 92 (NOVENTA E DOIS) textos de
nossa autoria voltados para todos os fatores que
influenciam o emagrecimento e a perda de peso. É um
conteúdo riquíssimo que você leitor, pode usar como
consulta sempre que tiver dúvida sobre algum assunto
ligado ao emagrecimento. E o mais importante, 100% do
conteúdo deste e-book é pautado na ciência.
Índice
Introdução........................................................................................................ Página 09
Obesidade: uma perspectiva diferente ............................................................. Página 12
Como garantir o sucesso de um programa de emagrecimento?........................Página 13
Dieta não emagrece?........................................................................................ Página 15
Por que fazer dieta não emagrece?................................................................... Página 16
Muitas refeições diárias aumentam o metabolismo?........................................ Página 17
Comer de 3 em 3 horas?.................................................................................... Página 18
Como o jejum intermitente melhora o metabolismo?...................................... Página 20
Fazer jejum intermitente é efetivo para o emagrecimento?............................. Página 21
Jejum intermitente, massa muscular e emagrecimento....................................Página 22
Quanto tempo uma pessoa consegue ficar em jejum?......................................Página 24
Fome ou vontade de comer?............................................................................ Página 25
Por que comer de manhã pode emagrecer mais?..............................................Página 26
A verdade que nunca contaram a você sobre alimentação................................ Página 27
Você sabe escolher os melhores carboidratos?................................................. Página 28
Beber água emagrece?..................................................................................... Página 29
11
OBESIDADE: UMA PERSPECTIVA
DIFERENTE
Atualmente, aproximadamente 500 milhões de pessoas são obesas no mundo. daqui a 15 anos, estima-se que essa
incidência alcance 1,4 bilhões de pessoas. nós já perdemos a guerra a obesidade. Contudo sabe-se que o
desenvolvimento da obesidade está atrelada a inúmeras causas, que vão desde o balanço energético positivo diário
(consumo calórico advindo da alimentação ultrapassa a energia gasta pelo corpo para suprir as funções vitais+ gasto
energético oriundo da atividade física) até mesmo ao consumo de alimentos de alto teor energético pelas mães
durante a gravidez (refrigerantes, açúcar, gordura hidrogenada) que induz adaptações epigenéticas programando o
filho para se tornar um jovem ou adulto obeso. diante desse panorama, a prática regular de exercícios físicos, desde que
prescrita por um profissional especialista, é capaz de melhorar o funcionamento metabólico do corpo e atenuar os
efeitos deletérios da doença. entretanto, é importante frisar que o programa de exercícios físicos deve ser
constantemente alterado (carga, volume, intensidade, descanso, periodização semanal, mensal e anual) para que os
ganhos sejam mantidos e progressivamente aumentados. embora diretrizes e consensos apontem que exercícios
físicos de moderada intensidade(ex: caminhada), só são eficientes para redução da gordura corporal se realizados por
mais de 250 minutos/semana, um bom profissional de educação física é capaz de planejar estratégias de treinamento
físico que por menor que seja o tempo de duração da atividade, serão capazes de mobilizar uma maior utilização dos
substratos energéticos (glicose e gordura) e consequentemente aumentar o gasto energético diário do indivíduo, sem
prejudicar funções articulares e musculares, e permitindo um rotina saudável de aderência a prática, preservação da
integridade funcional do corpo e aumentando a qualidade de vida do praticante. portanto, não perca tempo! encontre
um professor de confiança e potencialize sua saúde!
P. D. Gluckman et al. Losing the war against obesity: The need for a developmental perspective. Sci. Transl. Med.
2011,3;19.
1. Entender o processo do ganho de peso: muitas vezes os profissionais acham que somente o aumento do consumo
alimentar e diminuição do gasto energético, ambos diário, são os principais responsáveis por isso. existem inúmeros
fatores que podem estar atrelados a isso: tipo de nutriente ingerido, grau de inflamação e sensibilidade desse nutriente
em expressar proteínas via transcrição gênica (determinados açúcares, como lactose e alguns tipos de gordura), flora
intestinal, entre outros.
2. A prática de exercícios físicos, é capaz de aumentar a taxa metabólica e consequente gasto de energia. entretanto,
existem diversos formas de otimização desse gasto através da manipulação das cargas e formas de se praticá-la, é
importante ser orientada por um profissional de educação física.
3. O ganho de massa muscular, é essencial para aumentar a taxa metabólica de repouso, pois o músculo é o nosso
tecido muscular mais metabolicamente ativo. dietas restritivas, tem maior eficiência quando conjugadas com esse tipo
de exercício físico.
5. Metas pequenas e alcançáveis devem ser traçadas. a perda de peso deve ser gradual e acompanhada da modificação
da morfologia corporal, são elas que vão mostrar ao seu hipotálamo que seu corpo está se adaptando e trabalhará num
ritmo metabólico diferente. o chamado set point, é a forma que seu corpo desenvolveu para mediar o controle e
modulação da atividade de diversos hormônios reguladores do metabolismo. O efeito sanfona, acontece quando a
regulação desse controle não acontece ou a perda de peso é tão rápida que o corpo não consegue detectar essa nossa
realidade, e busca “trazer você” para aquele peso que antes apresentava.
Procure se informar e exija sempre o melhor para você. não esqueça, só se vive uma vez! Portanto viva intensamente e
com saúde.
Paes ST e bianchini RM. obesity: how can interventions ensure treatment success? international journal of
endocrinology and metabolic disorders. v.1, n.4, 2015.
Mann T, Tomiyama AJ, Westling E, Lew AM, Samuels B, Chatman J. Medicare’s search for effective obesity treatments:
diets are not the answer. Am Psychol. 2007;62:220-233.
FATORES QUE INFLUENCIAM O 15
EMAGRECIMENTO
POR QUE FAZER DIETA NÃO EMAGRECE?
Alguns estudos, como a revisão citada pelo post anterior (“Dietas não são a resposta”), cujos resultados apontaram que
2/3 das pessoas que fizeram dietas, ao longo dos períodos subsequentes a dieta, “reganharam” todo o peso perdido e
em alguns casos aumentaram ainda mais peso que apresentavam quando em dieta, mostram que dieta não só não
emagrece, como ao longo dos anos, tem contribuído para o aumento da obesidade por provocarem, a médio e longo
prazo, não apenas a recuperação do peso perdido, mas um incremento de peso ainda maior.
Estar ou não estar em dieta, pode afastar a pessoa da construção de uma maneira sustentável e duradoura de como
elaborar uma alimentação responsável, com prazer, e coordenada aos objetivos. Se dieta não funciona, o que fazer?
Uma nova perspectiva dietética está surgindo dentro da área de nutrição.
Essa nova técnica de abordagem a obesidade e emagrecimento, se chama COACHING NUTRICIONAL.O foco da
intervenção é a mudança dos comportamentos alimentares, orientação quanto aos receios da alteração da composição
corporal e o remodelamento dos hábitos alimentares, de forma a encaminhar a pessoa para o estilo de vida saudável
através da alimentação. A primeira evidência dessa técnica foi recentemente publicado no American Journal of
Lifestyle Medicine.
Trata-se de um estudo de caso que descreve mudanças na composição corporal após 12 semanas de acompanhamento
sem prescrição de dieta e com a utilização de técnicas de coaching nutricional. A melhora dos hábitos nutricionais se
fez sem a prescrição de dieta! Atribui-se ao paciente/cliente, o principal agente da mudança, respeitando suas escolhas
e seus motivos para tal desejo. Ao nutricionista, fica a dica! Enxergar seu cliente, além da culpabilização pelo ganho de
peso, recompensas sociais e restrição alimentar pode não ser o caminho para o sucesso de um programa de
adequação/restrição alimentar. Pense nisso, transcenda seu olhar como profissional, humanize sua assistência, esse
pode ser um aspecto crucial para obtenção do sucesso (profissional e de seus clientes).
Antonio Herbert Lancha, Jr, Gary A. Sforzo, and Luciana O quendo Pereira-Lancha. Improving Nutritional Habits With
No Diet Prescription: Details of a Nutritional Coaching Process. American Journal of Lifestyle Medicine
1559827616636616, first published onMarch 1, 2016
Schoenfeld BJ et al.Effects of meal frequency on weight loss and body composition: a meta-analysis. Nutrition
ReviewsVR Vol. 73(2):69–8214 January 2015 La Bounty et al. International Society of Sports Nutrition position stand:
meal frequency. J of ISSN, 2011, 8:4.
1.Bellisle F, McDevitt R, Prentice AM. Meal frequency and energy balance. Br J Nutr. 1997 Apr;77 Suppl 1:S57-70. 2.Keim
NL, Horn WF. Restrained eating behavior and the metabolic response to dietary energy restriction in women. Obes Res.
2004 Jan;12(1):141-9. 3. Leonie K Heilbronn et al. Alternate-day fasting in nonobese subjects: effects on body weight,
body composition, and energy metabolism. Am J Clin Nutr 2005 vol. 81 no. 1 69-73 4. Webber J, Macdonald IA. The
cardiovascular, metabolic and hormonal changes accompanying acute starvation in men and women. Br J Nutr. 1994
Mar;71(3):437-47. 5. Verboeket-van de Venne WP, Westerterp KR, Kester AD Effect of the pattern of food intake on
human energy metabolism. Br J Nutr. 1993 Jul;70(1):103-15. 6. Maha H Alhussain et al. Irregular meal-pattern effects on
energy expenditure, metabolism, and appetite regulation: a randomized controlled trial in healthy normal-weight
women. Am J Clin Nutr, 2016. 7. Hana Kahleova et al. Eating two larger meals a day (breakfast and lunch) is more
effective than six smaller meals in a reduced-energy regimen for patients with type 2 diabetes: a randomised crossover
study. Diabetologia, 2014.
FATORES QUE INFLUENCIAM O 19
EMAGRECIMENTO
COMO O JEJUM INTERMITENTE MELHORA
O METABOLISMO?
Já se sabe que comer de 3 em 3 horas não se mostra eficiente para otimizar o metabolismo, entretanto não quer dizer
que você não possa se alimentar utilizando essa estratégia dietética. Dentro da necessidade energética nutricional
diária o mais importante é que se consuma diariamente tanto a energia quantos os nutrientes requeridos por sua
individualidade biológica. O nutricionista irá avaliar qual melhor forma de consumo de adequará a seu estilo de vida.
Isso é um elemento chave e interessantíssimo do ponto de vista de modulação do metabolismo e consequente
composição corporal. Sabe-se que o maior tempo de jejum entre um refeição e outra é capaz de modular a atividade
hormonal que regula a queima de gordura e também gerencia os sinais de fome, saciedade e apetite. Ambos eixos
hormonais ajudam também a melhorar a eficiência do hormônio insulina, maior hormônio anabólico para aumentar o
conteúdo de gordura do tecido adiposo e por outro lado gerenciar a entrada de glicose (açúcar) no sangue. A questão
não é contraindicar qualquer tipo de dieta ou comida. A questão é alinhar o comportamento, crenças, cultura, religião,
hábitos e aspectos psicológicos do indivíduo ao alimento e o prazer pela comida. Dessa maneira, promoveremos maior
adaptação e aderência a condutas sadias alimentares e consequentemente melhoraremos o maior número de vias
biológicas responsáveis por gerenciar o metabolismo. A partir desse refinamento do metabolismo emagrecer ou
ganhar massa muscular torna-se consequência e não objetivo!
Barnosky AR et al. Intermittent fasting vs daily calorie restriction for type 2 diabetes prevention: a review of human
findings. Transl Res. 2014;164:302–11.
Bhutani S et al. Alternate day fasting and endurance exercise combine to reduce body weight and favorably alter
plasma lipids in obese humans. Obesity. 2013;21:1370–9.
Klempel MC et al. Intermittent fasting combined with calorie restriction is effective for weight loss and cardio-
protection in obese women. Nutr J. 2012;11:98.
Varady KA et al. Improvements in LDL particle size and distribution by short-term alternate day modified fasting in
obese adults. Br J Nutr. 2011;105:580–3.
Hellerstein MK. Alternate-day fasting and chronic disease prevention: a review of human and animal trials. Am J Clin
Nutr. 2007;86:7–13
Horne BD et al. Health effects of intermittent fasting: hormesis or harm? A systematic review. Am J Clin Nutr 2015
Aug;102(2):464-70.
STEWART WK, FLEMING LW. Features of a successful therapeutic fast of 382 days duration. Postgraduate Medical Journal (March
1973) 49, 203-209.
Um estudo (Llewellyn & Wardle, 2015) explicou como este fenômeno ocorre em uma visão fisiológica. Ele explica que pessoas com
tendência à ganho de peso são muito responsivas a sinais nervosos para começar a comer, e pouco responsivas à sinais nervosos para
parar comer. Em um período de escassez de comida, ninguém seria obeso, nem mesmo os geneticamente “programados” a isso,
mas em exposição a comida constante (como no mundo moderno), pessoas suscetíveis ao ganho de peso podem escolher o
momento de se alimentar, e só não engordam se forem extremamente disciplinados e controlados quanto a alimentação, indo
contra as compulsões do próprio cérebro. Isso explica porque aquela sua amiga é magrinha mesmo comendo de tudo, pois o cérebro
dela sabe a hora de comer e de parar, não agindo compulsivamente.
Conclusão, apesar de ser triste saber que o nosso cérebro pode induzir-nos a fazer escolhas erradas, ainda temos a chance de acertar
se formos menos compulsivos, eliminando desculpas do tipo metabolismo lento ou tendência genética de acumulação de gorduras.
Llewellyn, C., & Wardle, J. (2015). Behavioral susceptibility to obesity: Gene–environment interplay in the development of weight.
Physiology & behavior, 152, 494-501.
-"Uma mentira repetida mil vezes torna-se uma verdade" - Joseph Goebbels
E assim são propagadas inúmeras informações com baixo respaldo científico e alta influência das grandes indústrias alimentícias.
Portanto escolha um bom nutricionista que está atualizado e faz sua prescrição baseada no conhecimento científico para lhe auxiliar
na escolha dos melhores alimentos para sua saúde e qualidade de vida!
ATKINSON, Fiona S.; FOSTER-POWELL, Kaye; BRAND-MILLER, Jennie C. International tables of glycemic index and glycemic load
values: 2008. Diabetes care, v. 31, n. 12, p. 2281-2283, 2008.
1. Boschmann M et al. Water Drinking Induces Thermogenesis through Osmosensitive Mechanisms. The Journal of Clinical
Endocrinology & Metabolism 2007, 92(8):3334 –3337. 2. Vinu A. Vij, AnjAli S. joShi. Effect of ‘Water Induced Thermogenesis’ on Body
Weight, Body Mass Index and Body Composition of Overweight Subjects. Journal of Clinical and Diagnostic Research. 2013 Sept, Vol-
7(9): 1894-1896
Garber CE et al., American College of Sports Medicine position stand. Med Sci Sports Exerc. 2011 Jul;43(7):1334-59.
Paes ST et al. Efeitos Metabólicos do Exercício Físico na Obesidade Infantil: Uma visão Atual. Revista Paulista de Pediatria 2015;33(1).
Weijs PJ, Wolfe RR. Exploration of the protein requirement during weight loss in obese older adults. Clin Nutr. 2016;35(2):394-8.
Weiss EP et al. Effects of Weight Loss on Lean Mass, Strength, Bone, and Aerobic Capacity. Med Sci Sports Exerc. 2016.
Zibellini J. et al. Effect of diet-induced weight loss on muscle strength in adults with overweight or obesity – a systematic review and
meta-analysis of clinical trials. Obes Rev. 2016 Aug;17(8):647-63.
Schubert MM et al. Acute exercise and subsequent energy intake. A meta-analysis. Appetite 63 (2013) 92–104.
Kennedy BK et al. The Mechanistic Target of Rapamycin: The Grand Conductor of Metabolism and Aging. Cell Metabolism 23, 2016.
Dhurandhar NV et al. Energy balance measurement: when something is not better than nothing. International Journal of Obesity
(2015) 39, 1109–1113.
Nehra V et al. Gut Microbiota: Modulation of Host Physiology in Obesity. Physiology 31:327-335, 2016.
Lee HH et al. The Exercise-Affect-Adherence Pathway: An Evolutionary Perspective. Front Psychol. 2016 Aug 25;7:1285
Hunter GR et al. Resistance Training Conserves Fat-free Mass and Resting Energy Expenditure Following Weight Loss. Obesity (2008)
16, 1045–1051.
Asao K et al. Sweet taste preferences before and after an intensive medical weight loss intervention. Obes Sci Pract. 2016
Jun;2(2):189-195.
Markwald et al. Impact of insufficient sleep on total daily energy expenditure, food intake, and weight gain. PNAS, 2013, v.110, n.14,
5695–5700.
Broussard J. L. et al. Sleep restriction increases free fatty acids in healthy men. Diabetologia. 2015 Apr;58(4):791-8.
Crabtree DR et al. The effects of high-intensity exercise on neural responses to images of food. Am J Clin Nutr 2014;99:258–67.
http://www.cfn.org.br/index.php/dieta-detox-nota-tecnica-do-cfn/
Ellam, S. e Williamson, G. Cocoa and Human Health. Annu. Rev. Nutr. 2013. 33:105–28.
Kershaw EE , Flier JS. Adipose tissue as an endocrine organ. J Clin Endocrinol Metab 2004; 89 (6) : 2548 – 2556.
Greenway FL. Physiological adaptations to weight loss and factors favouring weight regain. International Journal of Obesity (2015)
39, 1188–1196
Lundberg TR et al. Aerobic exercise does not compromise muscle hypertrophy response to short-term resistance training. J Appl
Physiol 114:81-89, 2013.
Grave RD et al. Major factors for facilitating change in behavioral strategies to reduce obesity. Psychol Res Behav Manag 2013; 6:
101–110.
Chin et al. Physical activity and obesity: what we know and what we need to know. obesity reviews, out/2016.
Schwartz C et al. A systematic review and meta-analysis of energy and macronutrient intake responses to physical activity
interventions in children and adolescents with obesity. Pediatric Obesity, 2016.
[1] Kirk EP et al. Minimal resistance training improves daily energy expenditure and fat oxidation. Med Sci Sports Exerc 2009; 41:
1122–1129.
[2] Roberts CK et al. Resistance training increases SHBG in overweight/obese, young men. Metabolism 2013; 62: 725–733.
[3] Willis LH et al. Effects of aerobic and/or resistance training on body mass and fat mass in overweight or obese adults. J Appl
Physiol (1985) 2012; 113: 1831–1837.
Timmons JA. Variability in training-induced skeletal muscle adaptation. J Appl Physiol 110: 846–853, 2011
Tryon MS et al. Excessive Sugar Consumption May Be a Difficult Habit to Break: A View From the Brain and Body. J Clin Endocrinol
Metab 100: 2239–2247, 2015.
Axis dysregulation and cortisol activity in obesity: A systematic review. Psychoneuroendocrinology 62 (2015) 301–318
Marquet, et al. "Enhanced Endurance Performance by Periodization of CHO Intake: “Sleep Low” Strategy." Medicine & Science in
Sports & Exercise 2016.
Thorogood A. et al. Isolated Aerobic Exercise and Weight Loss: A SystematicReview and Meta-Analysis of Randomized Controlled
Trials. The American Journal of Medicine, v. 124, n.8, 2011.
Aoi W et al. Combined light exercise after meal intake suppresses postprandial serum triglyceride. Med Sci Sports Exerc. 2013
Feb;45(2):245-52.
Grave RD et al. Major factors for facilitating change in behavioral strategies to reduce obesity. Psychol Res Behav Manag 2013; 6:
101–110.
Matarese LE; Pories WJ. Adult Weight Loss Diets Metabolic Effects and Outcomes. Nutr Clin Pract 2014, v.29, 6:759-767.
De Lorenzo A et al. "Metabolically healthy" obesity: Prevalence, clinical features and association with myocardial ischaemia. Obes
Res Clin Pract. 2016 Sep 13
1- Catequinas, epicatequinas e epigalocatequinas (chá verde e cacau) diminui a atividade das catecometiltransferases;
2- Resveratrol (uva e vinho tinto) aumenta a atividade da SIRT1 e AMPk e diminui a malonil CoA;
3- Capsaicina (pimentas vermelhas) aumenta a sensibilidade dos receptores beta-adrenérgicos, CPT1 (carnitinapalmitoil transferase)
e UCP2;
4- Naringina, Nobiletina ( frutas cítricas) aumenta a atividade das CPT1 alfas;
5- Octapamina, Sinefrina (laranja) aumenta a atividade dos agonistas beta-adrenérgicos;
6- Piperina (pimenta preta) aumenta atividade de termogêneses mediada pelo sistema nervoso simpático;
7- Antocianina (amoras, morango, ou outras da classe “berry”) aumenta a atividade CPT1, AMPk, PPAR alfa, e HSL (lipase hormônio
sensível);
8- Isoflavonas ( soja, cacau) aumenta atividade AMPk, adiponectina, PPAR alfa, CPT;
9- Cúrcuma aumenta a atividade CPT1 e diminui da FAS;
10- Ácido hidroxicítrico (Garcinia Cambogia) diminui a atividade da acetil-CoA;
Quais eu posso consumir? Consulte seu nutricionista.
Rupasinghe, H.P.V., et al., Phytochemicals in regulating fatty acid β-oxidation: Potential underlying mechanisms and their
involvement in obesity and weight loss. Pharmacology & Therapeutics (2016).
Kim J et al. Nutrition Supplements to Stimulate Lipolysis: A Review in Relation to Endurance Exercise Capacity. J Nutr Sci Vitaminol
(Tokyo). 2016;62(3):141-61.
Goni L et al. Future Perspectives of Personalized Weight Loss Interventions Based on Nutrigenetic, Epigenetic, and Metagenomic
Data. J Nutr, 2016
Gumbs, Myrtille CR, José K. van den Heuvel, and Susanne E. la Fleur. "The effect of obesogenic diets on brain Neuropeptide Y."
Physiology & behavior (2016).
Reinhardt M et al. A Human Third tu Phenotype Associated With Less Weight Loss During Caloric Restriction. Diabetes. 2015 Aug;64(8):2859-
67.
FATORES QUE INFLUENCIAM O 68
EMAGRECIMENTO
FAZER UMA REFEIÇÃO POR DIA IRÁ TE
CATABOLIZAR?
A adequação do consumo tanto dos macro quanto micronutrientes de sua dieta diária é o principal fator para mediar suas
necessidades energéticas e nutricionais. Nesse contexto, o número de refeições que fará para ingerir os nutrientes não fará diferença
no que tange a melhora do metabolismo. Ou seja, desde que estratificado corretamente por um nutricionista, você pode consumi-
los, por exemplo, em uma única refeição. E tem mais, isso também não influenciará no catabolismo muscular ( lembre-se que as vias
anabólicas são 300% maiores que as catabólicas). Contudo, para que isso de fato seja indubitavelmente ocasionado, é necessário que
o exercício físico seja adicionado a esse processo, especialmente a musculação (lembre-se que a mecanotransdução dos sinais
oriundos da musculação é um dos 3 fatores diretos responsáveis pelo desencadeamento da cascata de sinalização da síntese de
proteínas que a longo prazo lhe darão aquela hipertrofia BIRL!)
Prova disso é o estudo que avaliou durante 8 semanas, o efeito de uma refeição (feita ao longo de 4 horas) associada a um programa
tradicional de musculação feito 3x/sem.
Jovens do sexo masculino, foram submetidos a pesquisa, em que realizavam 4x/sem, todo o consumo alimentar apenas durante 4
horas no dia (detalhe, eles poderiam comer o que quisessem e qualquer quantidade durante esse período). Comparou-se os efeitos
com um grupo que treinou mais que não fez as restrições quanto ao número/tempo de refeições.
Os resultados mostraram que aqueles que comiam nessa janela de 4 horas, reduziram seu consumo energético em aprox. 650kcal
nos dias que realizavam esse procedimento. O nível de força muscular melhorado com o treinamento não foi diferente entre os
grupos, ou seja ambos ganharam mesma força. E a massa muscular do grupo que comia somente durante a janela de 4 horas/dia ?
Não houve redução. Tampouco na composição corporal como um todo.
Aquela história de comer de 3 em 3 horas para não catabolizar? Levar marmita pra todo lugar? Não ficar muito tempo em jejum.
Reflitam...
TINSLEY GM et al. Time-restricted feeding in young men performing resistance training: A randomized controlled trial. European
Journal of Sport Science, 2016
Rudrappa SS et al. Human Skeletal Muscle Disuse Atrophy: Effects on Muscle Protein Synthesis, Breakdown, and Insulin Resistance—
A Qualitative Review. Frontiers in Physiology. v.7, 2016.
Rudrappa SS et al. Human Skeletal Muscle Disuse Atrophy: Effects on Muscle Protein Synthesis, Breakdown, and Insulin Resistance—
A Qualitative Review. Frontiers in Physiology. v.7, 2016.
Petriz B et al. The Effects of Acute and Chronic Exercise on Skeletal Muscle Proteome. J Cell Physiol. 2016.
Mookerjee, S., Welikonich, M. J., & Ratamess, N. A. (2016). Comparison of Energy Expenditure During Single-Set vs. Multiple-Set
Resistance Exercise. The Journal of Strength & Conditioning Research, 30(5), 1447-1452.
Wininger SR, Pargman D. Assessment of factors associated with exercise enjoyment. J Music Ther. 2003 Spring;40(1):57-73.
Choi H et al. Acute effects of aerobic stretching, health and happiness improving movement exercise on cortical activity of children. J
Exerc Rehabil. 2016 Aug 31;12(4):320-7.
Ren YY et al. Selection-, age-, and exercise-dependence of skeletal muscle gene expression patterns in a rat model of metabolic
fitness. Physiol Genomics. 2016 Sep 16
MEJ Lean; D Malkova. Altered gut and adipose tissue hormones in overweight and obese individuals: cause or
consequence? International Journal of Obesity (2016) 40, 622–632
Stonerock GL, Blumenthal JA. Role Of Counseling To Promote Adherence In Healthy Lifestyle Medicine: Strategies to
Improve Exercise Adherence and Enhance Physical Activity. Prog Cardiovasc Dis. 2016 Sep 14
1. Frye CW et al. Obesity, Exercise and Orthopedic Disease. Vet Clin North Am Small Anim Pract. 2016 Sep;46(5):831-41. 2.Radin EL, Paul IL, Rose RM. Role of
mechanical factors in pathogenesis of primary osteoarthritis. Lancet 1972;1:519–22. 3. Wildmyer MR, Utturkar GM, Leddy HA, et al. High body mass index is
associated with increased diurnal strains in articular cartilage of the knee. Arthritis Rheum 2013;56:2615–22. 4. Carman WJ, Sowers M, Hawthorne VM, et al.
Obesity as a risk factor for osteoarthritis of the hand and wrist: a prospective study. Am J Epidemiol 1994;139: 119–29. 5. Visser AW, de Mutsert R, le Cessie S,
et al. The relative contribution of mechanical stress and systemic processes in different types of osteoarthritis: the NEO study. Ann Rheum Dis 2015;74:1842–7.
6. Gross JB, Guillaume C, Gegout-Pottie P, et al. Synovial fluid levels of adipokines in osteoarthritis: association with local factors of inflammation and cartilage
maintenance. Biomed Mater Eng 2014;24:S17–25. 7. Yang WS, Lee WJ, Funahashi T, et al. Weight reduction increases plasma levels of an adipose derived anti-
inflammatory protein adiponectin. J Clin Endocrinol Metab 2001;86:3815–9. 8.. Horsawek S, Chayanupatkul M. Correlation of plasma and synovial fluid
adiponectin with knee osteoarthritis severity. Arch Med Res 2010;41:593–8. 9. Lago R, Gomez R, Oteri M, et al. A new player in cartilage homeostasis:
adiponectin induces nitric oxide synthase type II and pro-inflammatory cytokines in chondrocytes. Osteoarthr Cartil 2008;16:1101–9. 10. Paes ST et al.
Metabolic effects of exercise on childhood obesity: a current view. Revista Paulista de Pediatria. 2015;33(1):122-129.
Lundberg TR et al. Aerobic exercise does not compromise muscle hypertrophy response to short-term resistance training. J Appl
Physiol 114:81-89, 2013.
1. Hagberg, JM; Coyle, EF (1983) Physiological determinants of endurance performance as studied in competitive racewalkers. Medicine and Science in Sports
and Exercise 15, 287-289. 2. Hopker, JG et al. (2011) Controversies in the physiological basis of the 'anaerobic threshold' and their implications for clinical
cardiopulmonary exercise testing, Anaesthesia 66, 111-123. 3. Noakes, TD et al. (1990) Peak treadmill running velocity during the VO2 max test predicts
running performance. Journal of Sports Science 8, 35-45. 4. Bertuzzi, R et al. (2013) Energy System Contributions during Incremental Exercise Test. Journal of
Sports Science and Medicine 12, 454-460
Astorino TA; Schubert MM. Individual Responses to Completion of Short-Term and Chronic Interval Training: A Retrospective Study.
May 2014 | Volume 9 | Issue 5 | e97638.
1. Fisher G et al. High Intensity Interval- vs Moderate Intensity- Training for Improving Cardiometabolic Health in Overweight or
Obese Males: A Randomized Controlled Trial. Plos One, 2015. 2. Martins C et al. High-Intensity Interval Training and Isocaloric
Moderate-Intensity Continuous Training Result in Similar Improvements in Body Composition and Fitness in Obese Individuals.
International Journal of Sport Nutrition and Exercise Metabolism, 2016, 26, 197-204. 3. Lazzer S et al. Effects of high intensity interval
training on physical capacities and substrate oxidation rate in obese adolescents. J Endocrinol Invest. 2016 Sep 17
Frank A. P. e Clegg, D. J. Dietary Guidelines for Americans—Eat Less Sugar. JAMA March 15, 2016, v.315, n. 11.
Kearns CE, Schmidt LA, Glantz SA. Sugar Industry and Coronary Heart Disease Research: A Historical Analysis of Internal Industry
Documents. JAMA Intern Med. Published online September 12, 2016.
Bray GA, Wadden TA. Improving long-term weight loss maintenance: can we do it? Obesity. 2015;23:2–3
Bartlett, JD et al. Reduced carbohydrate availability enhances exercise-induced p53 signaling in human skeletal muscle: Implications
for mitochondrial biogenesis. AJP: Regulatory, Integrative and Comparative Physiology, 2013, 304(6), R450–R458.
Modave F et al. Low quality of free coaching apps with respect to the american college of sports medicine guidelines: A review of
current mobile apps. JMIR Mhealth Uhealth. 2015, 3 (3): 77.
Yu R et al. Associations of cardiorespiratory fitness, physical activity, and obesity with metabolic syndrome in Hong Kong Chinese
midlife women. BMC Public Health 2013, 13:614
Maffetone1 PB; Laursen PB. Athletes: Fit but Unhealthy? Sports Medicine - Open (2016) 2:24.
Frazão DT et al. Feeling of Pleasure to High-Intensity Interval Exercise Is Dependent of the Number of Work Bouts and Physical
Activity Status. Plos One, 2016.
LAFORGIA J et al. Effects of exercise intensity and duration on the excess post-exercise oxygen consumption. Journal of Sports
Sciences, December 2006; 24(12): 1247 –1264
Carlos Celis-Morales et al. Physical Activity Attenuates the Effect of the FTO Genotype on Obesity Traits in European Adults:
The Food4Me Study. Obesity (Silver Spring). 2016 Apr;24(4):962-9.
Keating SE et al. Continuous Exercise but Not High Intensity Interval Training Improves Fat Distribution in Overweight Adults. J Obes.
2014;2014:834865.
Gibala MJ. Physiological adaptations to low-volume, high-intensity interval training in health and disease Journal of
Physiology.2012,590 (Pt 5): 1077–1084.
Santiago Paes et al. Childhood obesity: a (re) programming disease? J Dev Orig Health Dis. 2015 Oct 26:1-6.
Cook MD et al. Exercise and gut immune function: evidence of alterations in colon immune cell homeostasis and microbiome
characteristics with exercise training. Immunol Cell Biol. 2016 Feb;94(2):158-63.
A lipoaspiração é uma estratégia utilizada por pessoas que desejam reduzir a quantidade de gordura localizada. Não entrando no
mérito da questão estética, visto que esse é um componente associado a auto-estima/qualidade de vida (quando não exacerbado!
Ouviu blogueira?!), a utilização desse recurso não é capaz de melhorar as respostas metabólicas, inflamatórias ou hormonais das
pessoas que a fazem. Isso porque não reflete do ponto de vista biológico, um manejo suficientemente capaz de melhorar o
comportamento fisiológico dos sistemas. Embora a perda de peso/modificação crônica da composição corporal (principalmente
associada a alimentação e prática regular de exercícios físicos) seja comprovadamente capaz de melhorar anormalidades
metabólicas, a lipoaspiração não é! O ganho de peso/obesidade está associado um estado inflamatório crônico de baixo grau. A
interação entre a liberação de citocinas inflamatórias (TNF-alfa, IL-1, IL-6) pelo adipócito e o desencadeamento de respostas
imunitárias (macrófagos, neutrófilos, mastócitos, células B, células T) para combatê-las é um dos principais fatores que modulam o
grau de estresse oxidativo (Mieloperoxidase, elastase, glutationa) das células, resistência a ação de hormônios e disfunção nervosa
autonômica ( simpática e parassimpática), responsáveis pelo desenvolvimento de doenças cardiometabólicas. Além disso,
inatividade física e sedentarismo (justificativas para se fazer lipoaspiração) são fatores maximizadores desse desequilíbrio. Ademais,
dieta e o exercício diário moderado/intenso são capazes de promover/restaurar a função imune e reduzir a inflamação, devido a
redução da massa de gordura visceral e diminuição da secreção de adipocinas pró-inflamatórias. Além disso, a contração muscular é
capaz de liberar miocinas anti-inflamatórias, que aumentam a magnitude dos efeitos anti-inflamatórios. Aí eu pergunto? Estilo de
vida saudável ou lipo?
Apostolopoulos V et al. The complex immunological and inflammatory network of adipose tissue in obesity. Mol Nutr Food Res. 2016
Jan;60(1):43-57.
Blundell JE et al. Appetite control and energy balance: impact of exercise. obesity reviews (2015) 16, 67–76
DiNicolantonio JJ, Berger A. Added sugars drive nutrient and energy deficit in obesity: a new paradigm. Open Heart 2016;3:469-77.
Hume DJ. Low energy intake plus low energy expenditure (low energy flux), not energy surfeit, predicts future body fat gain. Am J
Clin Nutr. 2016 Jun;103(6):1389-96.
Wang C et al. Obesity Reduces Cognitive and Motor Functions across the Lifespan. Neural Plasticity, 2016.
Swardfager W et al. Depressive symptoms predict non-completion of structured exercise intervention for people with Type 2
diabetes. Diabet Med. 2016 Apr;33(4):529-36.
De Salles BF et al. Effects of Resistance Training on Cytokines. Int J Sports Med 2010; 31: 441 – 50
A. Salvadori et al. Leptin Level Lowers in Proportion to the Amount of Aerobic Work After Four Weeks of Training in Obesity. Horm
Metab Res 2015; 47: 225–231
107
SIGA AS NOSSAS MÍDIAS SOCIAIS
A Citius foi fundada no ano de 2016 pelos professores Renato Bianchini, Vitor
Mendonça e Santiago Paes.