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PLÁGIO E OUTRAS PRÁTICAS INCORRECTAS SIMILARES

Artigo 8º do Regulamento Geral de Avaliação


(Fraude e Plágio)

1. A fraude na realização de elementos de avaliação não pode ser tolerada em meio universitário e
implica a sua anulação automática, sem prejuízo do eventual procedimento disciplinar subsequente.
2. O plágio não é tolerável em meio universitário, e implica a anulação automática do elemento de
avaliação em que foi verificado, sem prejuízo do procedimento disciplinar que lhe deverá ser
subsequente.

EXEMPLOS PRÁTICOS

PLÁGIO E OUTRAS PRÁTICAS INCORRECTAS FORMAS CORRECTAS


SIMILARES
Relacionar Endovellicus e Silvanus parece Como sustenta José Cardim Ribeiro (2005, p. 732)
colher alguma viabilidade a partir dos “/.../ relacionar Endovellicus e Silvanus
dados iconográficos disponíveis. parece /.../ colher alguma viabilidade a
(PLÁGIO: cópia do texto, sem a partir dos dados iconográficos
devida citação) disponíveis” (toda a reprodução do
texto alheio obriga ao uso de aspas)
Partindo da análise da documentação referente a Partindo da análise da documentação referente a
Endovélico, em particular de alguns elementos Endovélico, em particular de alguns elementos
iconográficos, pode sugerir-se que esta divindade iconográficos, pode sugerir-se que esta divindade
corresponde a uma interpretatio de Fauno / Silvano. corresponde a uma interpretatio de Fauno / Silvano
(PLÁGIO: uso de informação alheia, sem a (Ribeiro, 2005, p. 732-737; 749-750).
devida citação)
Segundo alguns autores, partindo da Segundo José Cardim Ribeiro (2005, p. 732-737;
análise da documentação referente a 749-750), partindo da análise da documentação
Endovélico, em particular de alguns referente a Endovélico, em particular de alguns
elementos iconográficos, pode sugerir-se elementos iconográficos, pode sugerir-se que esta
que esta divindade corresponde a uma divindade corresponde uma interpretatio de Fauno /
interpretatio de Fauno / Silvano. (Prática Silvano.
incorrecta, uma vez que omite a
referência ao autor e à obra de onde
se retira a informação)
Segundo José Cardim Ribeiro, partindo da análise da
documentação referente a Endovélico, em particular
de alguns elementos iconográficos, pode sugerir-se
que esta divindade corresponde a uma interpretatio
de Fauno / Silvano. (Prática incorrecta, uma vez
que não cita a obra de onde se retira a
informação)
Segundo José Cardim Ribeiro (2005, p. 732-737; Segundo José Cardim Ribeiro (2005, p. 732-737;
749-750), partindo da análise da documentação 749-750), partindo da análise da documentação
referente a Endovélico, em particular de alguns referente a Endovélico, em particular de alguns
elementos iconográficos, pode sugerir-se que esta elementos iconográficos, pode sugerir-se que esta
divindade corresponde uma interpretatio de Fauno / divindade corresponda uma interpretatio de Fauno /
Silvano. Considera-se igualmente que Endovélico é Silvano. Considera-se igualmente que Endovélico “é
uma divindade essencialmente benfazeja, /.../ uma divindade essencialmente
benemerente, salutífera e, na sua benfazeja, benemerente, salutífera” e, na
generalidade, protectora dos indivíduos. sua generalidade, protectora dos
(A origem da informação deve ser indivíduos (Ribeiro, 2005, p. 749).
referida em todas as circunstâncias,
mesmo que repita, em todo ou em
parte, uma citação anterior, mais ou
menos próxima).
NOTAS:
1. A inclusão de uma obra na bibliografia, não dispensa a sua citação ao longo do
texto, cada vez que se refere informação nela colhida.
2. A citação, para além de correcta, deve ser precisa, definindo com rigor os
elementos citados: o número das páginas, dos quadros, das imagens, das notas, etc.
3. A prática do plágio não respeita apenas a livros, mas a toda a propriedade
intelectual, qualquer que seja a sua forma de apresentação. Naturalmente, toda a
informação disponbilizada on line deve ser citada com o mesmo rigor, de
acordo com regras específicas.

O TEXTO ORIGINAL QUE SERVE DE EXEMPLO, foi retirado de:


RIBEIRO, José Cardim (2005) - O deus sanctus Endovellicus durante a romanidade, uma
interpretatio local de Faunus/Silvanus? In: Acta Palaeohispanica IX = Palaeohispanica. Zaragoza.
5, pp. 721-766

p. 732
A nossa proposta em relacionar Endovellicus e Silvanus parece, pois, colher
alguma viabilidade a partir dos dados iconográficos disponíveis. Mas torna-
se necessário legitimá-la —ou, pelo menos, reforçá-la — através de outros
indícios, confrontando tudo aquilo que conhecemos do culto de Endovellicus
com os vários elementos caracterizantes do culto de Silvanus, e aferindo a
sua mútua compatibilidade (cfr. quadro colocado no final do texto).
Ensaiemos pois este percurso, alicerçando-nos, quanto aos diversos
aspectos do deus itálico, sobretudo na excelente monografia de Peter
Dorcey (1992).

p. 749-750
Para os seus múltiplos devotos, Endovellicus é agora uma divindade
essencialmente benfazeja, benemerente, salutífera —um protector das
famílias, das crianças, enfim, de toda a heterogénea sociedade que vive nos
territórios circundantes. O seu intrínseco carácter infernal, porém, mantem-
se evidente nas práticas oraculares e no tipo de animais sacrificados. Mas a
sua personalidade tornara-se já culturalmente mais próxima através de um
certo sincretismo com Faunus e Silvanus — e com base neste último se
idealiza a sua imagem. Com o devir dos tempos este numen ancestral vem,
enfim, a surgir-nos renovado e mesmo sublimado através de uma verdadeira
dimensão heroizante e salvífica: sobre os monumentos que lhe são
dedicados aparecem agora gravadas palmas, coroas de louros e génios
alados portadores de tochas fosforescentes.

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