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Anotações de LAPLANCHE, J.

Diccionario de psicoanálisis/ Buenos Aires: Paidós,


2004.

Afeto:

Origem da palavra é a psicologia alemã e designa "todo estado afetivo, penoso ou


agradável, vago ou preciso, seja apresentando-se na forma de uma descarga massiva,
seja como uma tonalidade geral. Segundo Freud, toda pulsão se manifesta nos dois
registros do afeto e da representação. O afeto é a expressão qualitativa da
quantidade de energia pulsional e de suas variações."

Conceito que ganha grande importância nos Estudos sobre a Histeria (1895), quando a
origem do sintoma histérico é encontrada em um acontecimento traumático que não
encontrou a sua forma de descarga adequada. Da mesma maneira, o efeito terapêutico
apenas é eficaz quando a narração do evento é acompanhada da experiência daquele
afeto que esteve ligado à sua origem e que, pela repressão, se manteve inconsciente
e produzindo o sintoma.

Para Freud, portanto, afeto e representação podem ou não estar ligados, de modo que
um afeto sem representação e uma representação sem afeto são condições igualmente
possíveis.

/*metapsicologia do ponto de vista econômico (faltaria o dinâmico e o tópico?)

Freud indica três possibilidades de transformação do afeto


- conversão dos afetos (histeria de conversão)
- deslocamento do afeto (obsessões)
- transformação do afeto (neuro se angústia, melancolia)

Usos do conceito:
- puramente descritivo da ressonância emocional de uma experiência geralmente
intensa.
- implica uma teoria quantitativa das catexias, que é a única capaz de explicar a
autonomia do afeto com relação a suas diversas manifestações

A repressão (1915) e O Inconsciente (1915): afeto é definido como a tradução


subjetiva da quantidade de energia pulsional (separação dos aspectos subjetivos e
energéticos/econômicos - definição de um quantum de afeto correspondente à pulsão
separada da representação e que se expressa por meio do afeto.

Hipótese de Freud: diferença entre o afeto inconsciente (sentimento de cupla, por


exemplo) e a representação inconsciente é que a segunda permanece no sistema
inconsciente como uma formação real após ser reprimida, enquanto o primeiro
corresponde ali a um rudimento que não pôde se desenvolver

Pré-individualidade: hipótese genética sobre o aspecto vivido do afeto: Afeto seria


a reprodução de acontecimentos antigos e eventiualmente pré-individuais,
comparáveis aps ataques histéricos, universais, típicos e inatos.

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