ANNO 16 CAPITAL FEDERAL, 1891.

N° 6 3 2

CAPITAL- PORANGEIOACOSHW. E S T A D O S
ANNO 1 6 * 0 0 0 ANNO ÂOFLOOO
SEMESTRE 95000 A correspoadertcia e reclamações devem ser dirigidas SEMESTRE 1 1 #OO O
TRIMESTRE 5AOOO À RUA DE GONÇALVES DIAS, NP 50, SOBRADO . I AVULSO 15000

I m

SSSví.

. PI . ^^.F/AV.^'.W9

mkm - •• • •
mm
itefi
mm
w

P1
ti

_ J

^ ove mor o dl
^Jf tsle, plicc so lios queremos HevttlsTccr dl qm ct Hefmihcpi fóraziUcira fatiou
O H
SB H çiimiverSPivio c foov isso, cont toda, Pt força, pios viossos fowPmoéj, c^ritpu-rios :
\Vivcx, o jòrptzi V Pi PU íl tjvWvt l C Pi .
f

ESCRIPTORIO E REDACÇÃO
Rua de Gonçalves Dias 11. 50, sobrado
EGHOS E NOTAS ••
De dia para dia vai se accentuando mais a
grande necessidade de todas as forças mentaes
convergirem em prol da reconstituição do
paiz. Independentemente de credos políticos,
esquecidas para sempre as lutas acérrimas,
oriundas da divergcncia de opiniões, de modos
cspeciaes de verem, cada um deve empregar
o máximo esforço pelo beneficiamento geral
da Republica. Hoje, mais do que nunca, a
pátria brazileira reclama, com justos direitos,
a boa fc intelligente, o desinteresse de seus
filhos cm confraternidade, para que o pro-
gresso geral a que ella faz jus não seja um
facto desesperançado, um motivo de guerra
entre aquelles mesmos, que são todos, que
tem o dever restricto de trabalharem juntos,
sob a mesma bandeira, para a realidade com-
provada das novas instituições triumphantes.
* sempre muita ordem e immensa alegria.
A historia demonstra que nas radicaes
transformações politicas duas forças se engal-
finham na luta pela vida. E espíritos ha, que
procedendo a analyse d'esses dous modos de
ser diversos, concluem de sua necessidade
para o desenvolvimento commum. Nós,porém,
pensamos de modo contrario. A ' nossa hu-
milde maneira de encarar os assumptos de
interesse geral, achamos um mal terrível, se-
não umadas causas primordiaes contra a pros-
peridade das nações, essa desigualdade de ter-
reno em que os partidos se chocam, se emba-
tem, obrando desfavoravelmente a própria
existencia dos povos.
* alentados pelo mesmo ideal, trabalhando pela
Não precisamos ir muito longe para que te-
nhamos base ao nosso argumento. Lembremo-
nos da monarchia no Brazil. Para os espíritos
observadores a politica desbragada, ferrenha
das facções monarchicas, foi o principal mo-
tivo do pé de descalabro a que chegou a nossa
patria. Sempre a politicagem absurda, como
sóc acontecer nas formulas de governos em-
perrados, anti-racionaes, agindo pelalascenção
ao poder d'este ou d'aquelle partido liberal
ou conservador, deu em consequência o des-
prezo ás necessidades vitaes da nação. Por isso
os partidos venciam, ora um ora outro, n'este
ou n'aquellc prazo de tempo mais ou menos
Companhia S. Lazaro
breve, sem que o menor lucro auferisse o
paiz.
Realizou-se sabbado passado a festa offe-
*
rccida pelos operários da Companhia de São
Assim, em 11111 reinado tão longo, apenas Lazaro a seu digno gerente, commendador
pouquíssimas vezes perturbada a paz interna Teixeira de Azevedo, pelo restabelecimento
e externa, o paiz viveu, pcrcorreu-o 11a mais completo da enfermidade que o ausentou por
obscura ignorancia de seus direitos. E, se 11111 algum tempo dos trabalhos do referido esta-
011 outro problema de summa importancia foi belecimento.
resolvido, devemos acceitar como unico mo- A \s 4 horas, os operários, cm bonds cspe-
vei a evolução lenta e tardia dos factos. Os ciaes, chistosamente preparados, vieram á ci-
governos succediam-se aos governos, as opi- dade em busca dos retratos a oleo da esposa
niões contrarias succediam-se ás opiniões, do intelligcnte e zeloso commendador c dc
sem que o menor esforço fosse empregado a outros brindes expostos e dedicados aos mais
bem do paiz. Tudo permaneceu 110 mais com- activos directores da sympathica companhia.
pleto desfavoritismo, lucrando apenas o in- Deviam ser, pouco mais ou menos, G horas
teresse pessoal dos governantes e dos apani- da tarde quando voltaram os offertantes,
guados governados. A lavoura mirrou, fe- acompanhados de diversas bandas de musica,
neceu como as flores do sertão, queimadas 110 meio da maior alegria. \hi chegando, cm
pelos rigores do sol. A industria, essa nem um-i ' W 'li tomou a palavra o
sequer mereceu a mais simples lei que lhe
operário Fortes, que expôz os motivos da-
facultasse o desabrochamento. O eommercio
quella festa agradabilíssima e justa, em oífe-
nacional íoi uma utopia ao lado do commer-
recimento dos mesmos, agradecendo-lhe, vi-
cio estrangeiro que nos avassallou, nos escra-
Vamente emocionado, o Sr. commendador. Se-
visou. A educação da nossa nacionalidade
guiram-se após com a palavra diversos outros
veiu á scena pura e simplesmente para ver-
oradores, fallando em nome da imprensa o
gonha nossa, como o thermometro da nossa
nosso collega, Dr. Pederneiras, do Jornal do
infelicidade. Em fim, se fossemos tratar da
Commercio.
monarchia 110 Brazil, havíamos de corar, dc
O lanch servido era para mais de quinhentos
sentir a urgência de luto pesado pelo despres-
talheres; foi encommendado 11a casa Cailteau,
tigio do organismo nacional.
que se esmerou, como de costume, no serviço,
* que não podia ser melhor.
A festa prolongou-se até tarde, reinando
Felizmente, como a luz benefica espancan-
do a treva húmida e lodosa das cavernas an-
tigas, a formula republicana abriu-se para o
nosso paiz pelo patriotismo de meia dúzia de
homens fortes, gloriosos pela brancura da
vida publica jámais corrompida, jamais in-
feccionada. Ella nos veiu como as auroras de
Maio, alvadia, em profusão mvstica de aro-
mas e esperanças. E com cila surgiu a grande
phase vital, a phase salvadora dos nossos
costumes e da nossa prosperidade. Mas não 6 Promettem muito as festas de 15 de No-
bastante que ella tivesse vindo. Como as flo- vembro.
res que nascera, precisa dos carinhos beneficos Segundo consta, haverá grande parada, á
da primavéra para que se alente, para que qual assistirá o Sr. Presidente da Republica,
pros}>ere e se abra colorida e velludosa. Para caso o permitta o seu estado de saúde.
isso nada mais e necessário do que a morte
da politicagem e que todos nós nos unamos *
*
*
Os chins fazem as delicias do congresso do
mesma causa commum—a Republica. Não 6
estado do Ilio de Janeiro.
11111 favor que se presta, 6 11111 dever de pa-
Não admira; a China só se pôde pre-
triotas que cumprimos.
oceupar com os chins.
FARFARELLO.
• • » *
* *
O Sr. ministro do interior pôde lavrar um
Outubro o clarim embóca
tento, impedindo (pie se consummasse o mo-
Pelas florestas e montes,
Vibra, canta e ao largo toca, nopolio do beef. Mas não é bastante. Cumpre-
Outubro o clarim embóca, lhe agora completar o beneficio que prestou à
E um champagne alegre espóca
população desta capital, no mais breve prazo
De luz pelos horisontes...
Outubro o clarim embóca possível.
Pelas florestas e montes. *
*
*
 E que dirá a isto o presidente da Inten-
dencia? S. Ex. não se sentirá vexado com
tamanho pito?
Vamos, Sr. José Felix, arrume as trouxas
e ponha-se ao fresco quanto antes. Assim o
exige o caso.
* celeste império que S. Ex. estudou tão profun-
* *
O general Mitre renunciou a candidatura
na próxima eleição para a presidencia da Re-
publica Argentina.
Essa resolução do iIlustre general causou
profundíssima impressão em toda a repu-
blica.
* E da ampla curva azul do céo por cima.
* *
O estado financeiro da Republica Argen-
t ta tristíssimo... E , no emtanto, pelos jor-
L > de lá, nossa boa alliada sempre nos faz
i as referencias tão amigareis. .
* *
\ IS do corrente r«vlis-; im-se as eleições
emes (KJ Chile, sem a minima perturbação
da ordem publica.
Sc bem qúe de definitivo ainda nada fie
— Papai, que quer dizer federação?
possa affirmar. todavia o resultado conhecido
— Federação... federação... Ih ! meu filho,
dá o triumpho • lista liberal-con rvadora
6 cousa muito complicada. Mais logo te ex-
Francisco \raldez • < *gara, A ! jo Barrios,
Isidoro Errazuriz e \ Mura I«lanço Viel.
*
* *
A discussão dos recentes acontecimentos
politicos do Uruguay traz a luz sobre vários
detalhes, (pie provam ter a conspiração di-
versas ramificações em todo o paiz.
*
* *
A camara dos deputados, votando as emen-
das apresentadas ao projecto que fixa as des-
pezas do ministério da agricultura, augmentou
de 6.147:3008000 as verbas approvadas em
2* discussão.
* Eis a lista dos presentes :
* *
O tratado dc eommercio e navegação entre
o Brazil e a Allemanha parece estar em bom
pé. A o menos assim se deprehende da con-
ferencia havida entre o Sr. conde Dónhoíf,
ministro da Allemanha nesta capital, e o
Sr. ministro das relações exteriores.
*
* *
Chamamos a attenção da Intendencia para
o péssimo serviço de descarregamento do lixo
na ponte que fica a praia de S. Chistovão. .
Ultimamente o lixo tem ficado por alli
horas c horas inteiras, exposto á acção solar e
incommodando prejudicialmente a visinhança.
E' de bom aviso providenciar em tempo, afim
de evitar-se resultados desagradaveis.
• TIIOMÉ.
Esse, febril e aromatico, queira
Embora avivar rútilos pomares,
Personalisa a nossa vida inteira
A' luz dormente dos límpidos luares.
Outros climas que sei, outros logares
Que conheço, onde floresce a amendoeira,
H a perfumes excentricos de mares
Tonificando a viração rasteira.
Mas gosto immenso deste alegre clima,
D o suavíssimo encanto da floresta,
E, quando surge a loura estrella d'Alva,
Sinto-o tão fino, perfumado á giesta,
A cravo e á rosa, a bogari e á malva.
A R T H U R DE M I R A N D A
X
Entre pai e filho :
plicarei.
D E M A R O M B
Innumeros amigos d o senador Oliveira, o
mais ardente partidario da chinificação no es-
tado do Rio, vão offerecer ao mesmo illustre
senhor, especie de Las Casas travesti fiti de
stèc/e, os seguintes mimos c o m o prova do alto
prestigio em que têm o mesmo politicão pela
lembrança genuína, gorda, idéal, asiatica e
phantastica da introducção dos chins no refe-
rido estado.
Um rabicho especialmente trançado e esco-
lhido (sem malícia).
Um par de sapatos de bico arrebitado.
Dons pauzinhos para comer arroz.
Uma caixa de xarão cheia de chá verde supe-
rior.
Uma ventarola de bambu epapel de seda com
muitos dragões pintados, um dos quaes se ha de
parecer muito com o mesmo senador.
Um cachimbo para opio.
Uma túnica acatasolada.
Depois do que o mesmo senador com lagri-
mas em cada canto dos olhos agradecerá com-
movido tão expressiva manifestação e fará um
discurso em linguagem monosyllabica que en-
cherá de pasmo os mais ardentes oradores do
Império d o Meio do Mundo.
Acto continuo se declarará favoravel ao cres-
cimento das unhas e ao augmento das barrigas
e para esse fim proporá ao senado um accres-
cimo bastante razoavel d o subsidio.
Os admiradores do respeitável senador pre-
pararam as cousas de m o d o que no dia da fes-
tança, que será feriado para o mesmo estado,
se apresente a primeira fornada de chins e
n'essa occasião, após os salajnaleques d o estylo,
o Sr. Oliveira fará sentir aos seus correligioná-
rios e amigos todas as qualidades dos filhos d o
damente e entre as quaes se salienta a de ex-
cellentes compadres ou por outra refinados Gre-
gorios asia ticos.
Ia me esquecendo que no numero dos pre-
sentes se acha figurada uma gallinha de borra-
cha, trabalho de um allemão que já se tornou
celebre em artefactos d'essa natureza, mas não
posso comprehender para que sirva uma gal-
linha de semelhante substancia.
Para comer com certeza é que não é. Só se
e para comer.
BI.ONDIN.
X
Rainha das tranças louras,
Flôr das aureas madrugadas,
O h ! quanto sol enthesouras,
Rainha das tranças louras,
O ' lua das plagas mouras,
Nessas tranças perfumadas,
Rainha das tranças louras,
Flor das aireas madrugadas!
A
Frechando
FINADOS
Sobre os túmulos das illusòes mortas le-
vam coroas de saudades tantos vencidos de
hoje que foram vencedores de liontcm.
Titulares choram a regalia dos títulos que
cada dia mais se mumificam e desbrilham;
deputados e senadores da monarchia deitam
neerologio as flores de rhetoriea, ás arrojadas
livperbolcs, e a papagueaçãò cantada que, em
outros tempos, soaram por todas as salas e
s^alinhas politicas quando se fazia o silencio
convencional e proprio de quem espera gran-
des segredos ao ouvir annunciar a inter-
pellação a algum ministro.
Os negreiros choram ocio e a escravidão
e lembram-se do chim.
Os restauradores, commummente denomi-
nados sebastianistas, sonham com os prínci-
pes exilados,têm nostalgia dos cortejosydos cra-
cháSjdos espectáculos de gala, das etiquetas pa-
lhaças. Mas, meus velhos, meus vencidos, cho-
rem na cama qucólogar quente e, se a Bahia
ainda quer rei, ella se ha de convencer em
pouco cie que côco velho não dá azeite.
Procurem eclipsar a lembrança dos dias de
monarchismo e sejam bons cidadãos.
Se o preconceito 6 tão grande que não per-
mitte esse sacrifício, então reeignem-se.
No presente a Republica está bem estável,
porque a força que a fez saberá sustental-a ;
as gerações futuras, que já encontrarão o tra-
 G i d i s s o l u ç ã o .

ots de. teaito PLlWlD

finrPfric
 I
0 5 s e Ijsastí a n i s ta s

MÈÈÊ

LQimsiois es evoivonit emci o sos & vi v pl c pio, com oiint pc covilpLvpimi

CONIO COLSOC cei

Mv-

C (HO VMV11 O CHS OTV&SSCHS com O es

í O V111 1111
bailio desenvolvido e o bem estar, não serão
tão néscias que procurem perturbal-a por sen-
timentalismo j)iega$ a príncipes que já ma is
conheceram.
T A R T A R I N DE T A KRASCON
Um pretendente :
— Sei ler, escrever e contar...
— E acha-se habilitado a tomar conta da
caixa?
— Sim, senhor; já fui tambor do regi-
mento...
Brindis d© S á l a s
Apresentando-se pela primeira vez
ao publico fluminense, o grande violi-
nista Brindis de Sálas nada mais fez
do que confirmar o nome celebre de
que é portador.
Mais conhecedor de seus julgado-
res, mais calmo, por consequência,
executou com summa habilidade todas
as peças do programma, enthusias-
mando sobremodo os espectadores.
Certa desafinação que lhe notamos
á primeira vez que o ouvimos, desafi-
nação que não lhe podia depôr con-
tra, attenta a emoção da estréa, des-
appareceu completamente no concerto
de domingo passado. T o c o u com
muita calma, com immensa pericia di-
versos trechos difficilimos, adrede es-
colhidos^ com toda aquella correcção
notável de artista que sabe o quanto
vale.
Brindis de Sálas não necessita mais
de apresentações e o retrato que hoje
damos do extraordinário violinista é
prova cabal da nossa admiração e da
justiça que sempre fazemos áquelles
que a merecem.
Na bocca rosas purpureas,
Nos olhos chammas ardentes,
Rubra aurora das luxurias,
Na b o c c a rosas purpureas,
O' rainha das Astúrias,
Tens graças resplandecentes,
Na b o c c a rosas purpureas,
Nos olhos chammas ardentes.
WIIÍIXIS
Luminosa visão feita de gazes,
Papoula real tecida de neblinas
leves, cthôreas, vaporosas, finas,
com activos aromas de lilazes.
Lyrico adorno ideal das minhas phrazes.
nuvem das madrugadas purpurinas,
VVillis juncal de mãos alabastrinas,
de flexuosas correcções vivazes.
Floresces no meu Sonho como o trigo,
o trigo de ouro sob o sol Horesce
e és a Religião que eu amo e sigo...
O Missal dos Missaes, que resplandece,
a musulmana igreja que eu bemdigo
e onde murmuro a peccadora prece !
C R U Z K SOUZA.
l r m professor, depois de ter dado alguns
bolos em um seu discípulo, por não ter elle
sabido a cartilha, chamou-o; este appro-
ximou-se, ainda chorando.
— I)iga-nie aqui já o Padre-Nosso.
— Padre-Nosso...
— Adiante !
— Que estás no cóo...
— Adiante !
— Santificado...
— Adiante, seu burro !
— Seja vosso nome.
POLYTHEAMA
A companhia que trabalha actual-
mente no Polytheama compõe-sç de
artistas bem conhecidos do publico
fluminense, como sejão Julia Piá,
Ruiz, Lampre Varella e de mais al-
guns de cujos nomes não vem a pello
lembrar.
A Sra. Julia Piá, apezar do seu
corpanzil, consegue agradar algumas
vezes. T e m a voz fraca, porém suave,
não primando muito na emissão das
notas.
Os Srs. Lampre e Ruiz fizeram
parte da antiga companhia de zar-
zuela em que trabalhava a saudosa
Saragozi. S ó isto basta para que o
publico se recorde dos justos applau-
sos que lhes dispensou.
Guardamos para o final o Sr. V a -
rella.
C o m o artista o Sr. Varella é máo.
Como voz não lhe podemos dizer
tanto. Tem muito boa voz de tenor,
fórte, sonora e bem volumosa. Porém
está estragando-a, e perdel-a-ha com-
pletamente se continuar a berrar do
modo por que o faz para obter os
applausos dos inconscientes. O que >
esperançoso moço deve fazer é aban-
donar quanto antes o palco e de-
dicar-se com amor ao estuco. E, se
caso acceitar este nosso conselho, g a -
rantimos-lhe em pouco tempo o t:rium-
pho de que é mereredor.
Em conclusão, a companhia actual
do Polytheama, não querendo ser de
primeira ordem, torna-.cc: digna cie
protecção p; 1/ica. tanto mais agora
que vai aproveital-a em diversos
concertos o extraordinário violinista
Brindis de Sálas.
LUCINDA
SurcouJ\ o corsário, uma das ope-
retas que mais souberam conquistar
a sympathia publica, é levada hoje
no Lucinda, até que sejam feitas as re-
parações necessarias ao theatrinhoda
rua d'Ajuda, Phenix, por conseguinte
fechado temporariamente.
SANTANNA
A magnifica magica a Rosa de Dia-
mantes, luxuosamente enscenada.
Em ensaios : A Tentação.
ELDORADO
Bello espectáculo, adtniravel e chis-
tosamente variado.
Hoje como sempre.
RECREIO
A avó, d{£.ma d'Ennery bem conhe-
cido do nosso publico, foi levado á
scena no Recreio Dramatico de modo
beni Hcongeiro para a empreza, que
sempre se esmera tanto em bem ser-
vir a seus innumeros espectadores.
 Não se pôde dizer, em rigor, que o
entrecho d'A avó seja de grande
acção dramatica, todavia ha passagens
commovedoras, grandes lances de
effeito e alguma complicação no con-
juncto geral. Agrada, e é o quanto
basta para o publico que vai ao
theatro passar alguns minutos agra-
daveis.
Os artistas que tomaram parte no
desempenho foram bem, e folgamos
em cital-os. Dias Braga, Ferreira,
Apollonia, Delorme, Eliza de Castro
e Adelaide.
A concurrencia, apezar do tempo,
esteve a contento da bilheteria.
Variedades
S. Pedro
Apollo
Lyrico (fechado).
A R C A D I A N O .
• de um simples do Sr. Guimarães Passos.
X de acharmos o poeta 11111 rapaz intelligente e
— Meus parabéns, minha senhora, acabam
de me dizer que V . Ex. 6 noiva...
— Muito agradecido.
— E posso saber de quem, perdoando-me
a indiscrição?
— Do Sr. Gregorio...
Livros que chegam
VURSOS DE IM SIMPLES
Em matéria de arte ha um padrinho único
para o autor que se apresenta a publico: o
valor artístico da obra. E ' por ahi, por esse ca-
minho difficilimo c glorioso, que se alcançam
os maiores triumphos. Porque sendo a arte a
manifestação mais fina, mais aristocratica e a
mais complexa da mentalidade, exige o má-
ximo escrúpulo 11a uniformidade, 110 colorido
ena originalidade da escripta.
Assim, todo o escriptor que quizer vencer^
precisa jogar com todos esses elementos, mas
de modo que elles se completem, se encadeiem
perfeitamente, sem altos nem baixos. Desde
que o artista consiga essa feição característica
da obra d'arte, elle será 11111 vencedor, um
completo.
O Sr. Guimarães Passos não 6 11111 artista.
A leitura (pie fizemos dos seus Versos de um
simples obriga-nos a essa confissão severa e
sincera.
Não tem originalidade porque não tem
forma própria, estylo pessoal. Ha em todo o
presente livro de versos influencia immediata
de escriptores como Olavo Bilac, Alberto de
Oliveira, Luiz Murat e outros. I)'aqui se
conclue já contra a uniformidade, visto como o
estylo, variando de individuo para individuo,
não pode ser uniforme no modo de ver e de
tratar o assumpto quem, como o Sr. Guima-
rães se faz tão enthusiasta do alheio, a ponto
de sacrificar-se a si mesmo.
Quanto ao colorido, que ainda lhe podia
servir de muleta, esse mesmo e falho, e se nos
permittissem a expressão, diríamos incolor.
Querendo ser simples, de expontaneidade
agradavel, o poeta conseguiu innumeras vezes
ser commum, quasi que pulha apenas.
Agora é preciso (pie se diga também, que
não se seja absoluto na maneira de atacar ou
elogiar. Encontrámos em seu livro versos
bem bonitos, sonetos dignos de leitura e nota.
Bem poucos, dizemos, e que não iiie sal-
vam do naufragio.
E ahi está a nossa opinião sobre os T Wsos
Agrade 011 não, ella não será diversa apezar
de privarmos com elle relações de camara-
dagem.
Z.
X
— Ah ! meu doutor, nunca me hei de es-
quecer de que lhe devo a vida !
— Pois esqueça-se, esqueça-se, e lembre-se
aponns de que me deve oito visitas a cinco
mil réis cada uma.
Livro da PcrM
iieccbemos c agradecemos :
— O 11. 5 da Gazeta Musical.
— Revista do Observatório.
— Memoria apresentada á Junta Geral da
Sociedade Ilespanhola de Beneficencia, em
sessão de 28 de Maio dc 1891.
— Kalendario e dados astronomicos ex-
trahidos do annuario publiçado pelo Obser-
vatório do Rio de Janeiro.
— Exposições regionaes e Stud-Book, con-
tendo diversos decretos da Republica dos
Estados Unidos do Brazil.
— Republica de Sergipe, por Balthazar
Góes.
Vamos ler.
— Estudos e documentos sobre a questão
de limites entre Santa Catharina e Paraná.
— Mensagem do J)r. Gregorio Thauma-
turgo de Azevedo, presidente do estado do
Amazonas, lida perante o congresso amazo-
nense, em 15 de Setembro de 1891.
— O 11. 2 da Revista da commissão te-
chnica militar consultiva.
— O Christo nojury, pelo pastor evangé-
lico brazileiro, Dr. Miguel Vieira Ferreira.
*
*
*
Alegre e barulhenta de verve gastrono-
micaé inaugurou-se, 110 dia 7 do corrente, a
Companhia Cooperativa de Comestíveis.
No genero, ha bem tempos que não pas-
savamos horas tão agradaveis, desejando de
alma e de estomago a prosperidade da Co-
operativa.
*
*
*
Outra inauguração attrahente foi a da
Com^u^l.ia de Sedas Brazileira. E o caso ó
que sahimos de lá convencidíssimos de que
todo o homem de bom gosto e economico
deve trazer calças c sobrecasaca de seda.
*
*
*
Tilintando crystallisada, em esmaltes trans-
parentes de vidro novo, a Companhia Indus-
trial dc Crystaes e Vidros abriu-nos, e a
grande numero de convidados, as suas portas
em festo.
C a h i a o luar nas r i n s
A p ó s ás louras colheitas,
A t r a v é s de sementeiras
C a h i a o luar nas eiras,
F. as raparigas solteiras
T r a q u i n a v a m satisfeitas.
C a h i a o luar nas eiras
'<M>c ás loiras colhei^ 0 - 0 *
A o s nossos assignantes que se
acham em atrazo, rogamos a fi-
neza de mandarem regularisar
suas contas, podendo fazel-o em
carta registrada, pelo correio
ou por qualquer outro modo,
pelo que, desde já, lhes apre-
sentamos os nossos agradeci-
mentos.
A A dministração
Gomp. Impressora, r. Nova do Ouvidor ns. 7 e 9
 n 11 violimsioi CH (HW O

eneros n t i m e n t i c i o s
— Cu sou, e s e r cl peto vn-tx^ . t .
Sbeixet-U ole historieis; o !£io]?oiçlivipc c que esiòi km, foonl* VCHCPI o
o etrvox, n fçírii+hoL, PL cotviit seccpt e ottí HSSHCPLY ^/-ooo
Vevclão, foittoi* o toucinho, ô hor isso, vtvçi o Sovtstcet e/ue 01 cari