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ANATOMIA DA DANÇA DE
SALÃO1
1 Atualizado em 28/11/2017
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ANATOMIA DA DANÇA DE SALÃO
SUMÁRIO
PREFÁCIO
AGRADECIMENTOS
INTRODUÇÃO
Eixo ântero-posterior
Eixo transversal
Eixo longitudinal
Plano Sagital
Plano Coronal
Centro de gravidade
Linha de gravidade
EQUILÍBRIO
Equilíbrio estável
Equilíbrio instável ou desequilíbrio
Posição posterior
Posição perpendicular ou oblíqua
Posição simétrica
Positiva
Negativa
Posição fechada
Posição aberta
Conexão do Par
Conexão manual
Conexão paralela
Conexão cruzada
Conexão no abraço
Na posição frontal
Conexão aberta
Conexão fechada
Abraço latino
Abraço em V
Na posição simétrica
Relação positiva
Relação negativa
Conexão visual
Conexão auditiva
Posturas de Transição
Tesoura
Tesoura Invertida
Paralela ou abertura Lateral
Paralela cerrada ou fechada
Cruzada
Posição dos Pés
En dedans ou aduzidos
En dehors ou abduzidos
CAPÍTULO 3 - CONDUÇÃO
CAPÍTULO 4 - MÉTRICA
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ANATOMIA DA DANÇA DE SALÃO
Compasso
Ritmo
Quanto à Mobilidade
Estacionários
Progressivos
Quanto à Direção
Movimento linear no eixo ântero-posterior
Movimento linear no eixo transversal
Movimento em diagonal e oblíquo
Movimento angular
Movimento misto
Quanto à Composição
Simples
Composto
Quanto às Causas
Ativo
Passivo
Balanço Lateral
Balanço Frente/Atrás
Plano de aula
Preparações
Saída ao Lado e Retorno
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ANATOMIA DA DANÇA DE SALÃO
Caminhada
Trocadilho
Leque
CAPÍTULO 9 - GIROS
Esse ou Oito
Giro Marcado
Torção
Giro em Debulê
CAPÍTULO 11 - TRANSPORTES
CAPÍTULO 12 - PLATAFORMAS
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ANATOMIA DA DANÇA DE SALÃO
PREFÁCIO
Após tomar aulas com uma meia dúzia de professores diferentes, optei por preferência,
aliado à conveniência, em concentrar meu treinamento com o Prof. Rianei Varjão em suas
aulas coletivas. Decidi então envidar meus esforços para recuperar o tempo perdido,
adquirindo a coleção completa de vídeos do Prof. José Carlos Valverde no site
dancemais.com.br, e propor ao Prof. Rianei tomar aulas particulares individuais, adotando
como padrão os vídeos adquiridos, vez que isso me proporcionaria revisar livremente as
aulas ministradas. Diria que por um golpe de sorte e coincidência, a sua aluna Nadja
Mendonça estava também iniciando suas aulas particulares, e aceitou, por gentileza e
com extrema boa vontade, compartilhar suas aulas comigo, apesar de encontrar-se
àquela altura em um nível bem superior de aprendizado.
Para enfrentar o desafio, recorri aos vídeos já citados, às aulas particulares referidas às
aulas coletivas e participação em congressos e workshops. As aulas particulares
passaram a se constituir um verdadeiro laboratório, onde um debate intenso entre os três
participantes foram abrindo os horizontes para a evolução deste trabalho. A colaboração
intensa e interesse ímpar do Prof. Rianei Varjão foi um diferencial para o nosso progresso
que, diga-se de passagem, não se deu de forma linear, mas com altos e baixos como uma
aventura desafiadora em terreno pantanoso e desconhecido.
.........
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ANATOMIA DA DANÇA DE SALÃO
INTRODUÇÃO
Anatomia2
Este ensaio faz uma análise minuciosa dos movimentos básicos da Dança de Salão,
utilizando como paradigma o Bolero. Serão demonstrados os seis passos básicos e as
quatro modalidades de giros que, convenientemente combinados, permitem a
estruturação de passos, não só do Bolero como de outros ritmos, feitas as devidas
adequações. Esses seis passos estão na categoria de passos estruturantes, significando
que, utilizados isoladamente ou combinados, compõem o repertório predominante das
danças de salão.
O foco principal deste ensaio é demonstrar como esses passos são construídos,
permitindo ao praticante fazer as suas próprias composições e possibilitar o improviso.
Incluímos também alguns movimentos compostos que se repetem com certa frequência
nas sequências do Bolero, que podem ser executados isoladamente ou como parte de
uma composição mais complexa.
Como não encontrei publicações sobre o tema, na forma pretendida, construí a estrutura
aqui proposta mediante observações sistemáticas de vídeos, aulas práticas e casais em
bailes. Agreguei a isso o pedido de sugestões a colegas de dança e alguns professores
dentre os quais destaco ... Em síntese, este trabalho emerge de pesquisa sistemática
utilizando os meios e as fontes a que tive acesso. As virtudes credito àqueles que comigo
colaboraram ou serviram como fonte de inspiração, e os defeitos são exclusivamente
devidos às limitações do autor.
................
2Análise minuciosa; exame detalhado; análise crítica; estudo exaustivo. © 2017, Editora
Melhoramentos Ltda., Michaelis Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa.
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ANATOMIA DA DANÇA DE SALÃO
PARTE I
CONCEITOS GERAIS
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ANATOMIA DA DANÇA DE SALÃO
CAPÍTULO 1
Este capítulo tem como finalidade apresentar conceito técnicos de uma maneira breve e
superficial, na medida exata do que for necessário para tornar inteligíveis os temas que
serão abordados nesta obra, e que auxiliarão no entendimento de posições e movimentos
adotados na dança de salão. O leitor poderá fazer uma navegação rápida através desses
conceitos para ter uma noção genérica, e a eles retornar para consolidar o seu
entendimento, quando se fizer necessário.
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ANATOMIA DA DANÇA DE SALÃO
A base de suporte, como pode ser visto na figura anterior e seguintes, suporta o
peso do corpo que reage à força da gravidade. Ela é delimitada pela área
localizada imediatamente abaixo do campo de alcance da linha de gravidade,
enquanto o corpo não tende a se afastar da posição de equilíbrio estável, como
veremos no tópico seguinte.
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ANATOMIA DA DANÇA DE SALÃO
EQUILÍBRIO_____________________________________________________________
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ANATOMIA DA DANÇA DE SALÃO
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ANATOMIA DA DANÇA DE SALÃO
CAPÍTULO 2
POSTURAS E CONEXÕES
Analisaremos inicialmente quatro fatores que compõem a relação corporal adotada entre
os pares durante a execução da dança a dois, suficientes para descrever com
objetividade suas posturas, posições e deslocamentos no espaço, e propiciar um exame
acurado de seus mecanismos. Com esses quatro elementos podemos identificar como o
casal está interagindo em determinado momento, seja parado, em transição ou em
movimento contínuo.
A postura4 na dança varia de acordo com o ritmo em execução, mas para efeito de
modelagem estaremos, quando não houver indicação em contrário, tomando como base o
Bolero, a partir do qual pode ser adaptado aos demais ritmos.
3Figura de dança: cada uma das posições em que se colocam os pares de uma dança ou
cada uma das sequências dos passos da coreografia.© 2017, Editora Melhoramentos
Ltda., Michaelis Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa.
4Postura: Posição do corpo ou de uma de suas partes, no espaço que ocupa. Maneira de
compor os movimentos do corpo. Aspecto físico. Forma elegante nos passos e no
comportamento - © 2017, Editora Melhoramentos Ltda., Michaelis Dicionário Brasileiro da
Língua Portuguesa.
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ANATOMIA DA DANÇA DE SALÃO
Neste sentido, podem ser adotadas basicamente cinco posições, sendo que as
posições laterais recebem uma denominação complementar segundo o lado em
que o par se posiciona. As posições estão descritas sem levar em consideração
as conexões, que serão objeto de capítulo específico, e ocorrem devido à própria
dinâmica dos movimentos, capturadas como posições relativas de passagem ou
mesmo constituindo figuras que podem ser utilizadas em qualquer ritmo.
5Par: Duas pessoas que participam juntas de algo em comum. Cada uma das pessoas
que compõem uma dupla na dança - © 2017, Editora Melhoramentos Ltda., Michaelis
Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa.
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ANATOMIA DA DANÇA DE SALÃO
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ANATOMIA DA DANÇA DE SALÃO
CONEXÃO DO PAR_______________________________________________________
A conexão exerce uma influência capital na CONDUÇÃO, tema que será tratado no
próximo capítulo e diretamente associado a este, visto que a qualidade da resposta
à condução depende fundamentalmente da qualidade da conexão.
CONEXÃO MANUAL
As mãos do casal, apenas uma ou ambas, podem ser conectadas direita com
esquerda, ou, direita com direita e esquerda com esquerda. Essas conexões de
CONEXÃO NO ABRAÇO
Esta é a conexão básica na dança de salão, que pode ser na posição frontal ou na
posição simétrica. Em ambas a conexão deverá ser JUSTA, ou seja, o casal se
amolda, ajusta anatomicamente, é cingido, estreito, porém suave, gentil, sem
exercer força ou pressão que limite o desempenho do outro. A resposta que
prevalece para a condução decorrente desta conexão será do tipo ação/reação, ou
seja, uma resposta reativa.
CONEXÃO VISUAL
CONEXÃO AUDITIVA
Esta conexão está associada à musicalidade, - tema a ser tratado com ênfase no
capítulo sobre métrica - entendida como a capacidade ou sensibilidade para
apreciar música e deleitar‑se ao ouvi‑la e sentir a cadência ou ritmo melodioso8.
Apesar de estarmos demonstrando os passos nos capítulos próprios dentro de
parâmetros fixos quanto às suas métricas, ao se envolver de forma mais intensa
com a música fica a liberdade de adequar essa métrica para acompanhar as
nuanças de cada frase proposta na trilha musical.
POSTURAS DE TRANSIÇÃO9_______________________________________________
Nesta seção vamos nos referir à postura individual relativamente a como cada um
dos parceiros posiciona suas próprias pernas em um momento de transição, que
pode ou não coincidir com a postura do outro. O termo “postura” é genérico com
relação ao posicionamento do corpo e suas partes no espaço que ocupa, mas
iremos no deter aqui apenas no que tange a posicionamentos específicos das
pernas e dos pés. Em síntese, trata-se da postura individual e pontual relacionada
Nos momentos de transição convém que o casal esteja com o peso distribuído
igualmente em ambas as pernas, pois daí surgirá o movimento seguinte que pode
exigir uma transferência de peso para deslocamento em qualquer direção, ou seja,
manter a trajetória anterior ou mudar essa trajetória em qualquer outro sentido. Em
um sentido técnico mais restrito, significa manter a linha de gravidade coincidindo
com o eixo anatômico longitudinal. Para tal, deve-se distribuir igualmente o peso da
massa corporal no entorno do centro de gravidade.
na perna que pode ser observado simultaneamente na coxa e no pé: a coxa exibe
uma rotação levemente perceptível para um determinado sentido, o que provoca
consequentemente o direcionamento da ponta do pé naquele mesmo sentido. No
sentido anatômico, “en dedans” corresponde a uma adução10, e “en dehors” a uma
abdução11. Essas posições dependem principalmente da direção do movimento
que se pretende fazer no deslocamento seguinte.
10Atode mover um membro ou parte dele em direção ao plano médio sagital do corpo
humano. © 2017, Editora Melhoramentos Ltda., Michaelis Dicionário Brasileiro da Língua
Portuguesa
11Movimento que afasta um membro, ou uma parte qualquer, do plano médio que se
supõe dividir o corpo humano em duas metades simétricas. © 2017, Editora
Melhoramentos Ltda., Michaelis Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa
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ANATOMIA DA DANÇA DE SALÃO
Por padrão, no passo básico feito pelo casal em posição frontal, enquanto um se
move para a frente com a perna esquerda o outro se move para trás com a perna
direita, cada um pisa com a perna oposta, evitando que as pernas se cruzem ou se
choquem, ou seja, movendo-se paralelamente, portanto em uma relação
PARALELA. Se ambos porém pisarem com a mesma perna, esquerda com
esquerda e direita com direita, as pernas inevitavelmente ou se chocam ou ficam
cruzadas. Por isso, uma relação CRUZADA.
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ANATOMIA DA DANÇA DE SALÃO
CAPÍTULO 3
CONDUÇÃO
Nesta parte iremos discorrer sobre condução, pois dela depende a execução correta e
natural dos movimentos da dança, focando principalmente na resposta a cada tipo de
condução. Discorreremos também brevemente sobre equilíbrio, pois ele exerce um papel
fundamental no conceito, e exerce uma influência capital no conforto proporcionado ao
par quando certos princípios são adotados.
O termo “condução” estará sendo usado em sua conotação social, ou seja, como se dá
quando o maître de um restaurante, por exemplo, conduz um casal para a mesa a eles
reservada. Entretanto, estamos usando indiferentemente os vocábulos condução/
condutor, liderança/líder, comunicação/comunicante, proposta/proponente com
significados correlatos, dadas as preferências pessoais de cada um. Nas rotinas
reservadas às demonstrações dos passos optamos pelo termo “proponente”, pela sua
conotação neutra e aplicável a qualquer um dos pares.
Vamos focar, então, nos tipos da resposta adequada a cada tipo de condução, que, por
sua vez, depende diretamente do tipo de conexão adotada no momento da condução.
Para melhor assimilação recomendo rever o conceito de CONEXÃO DO PAR no capítulo
anterior.
Esta é a resposta natural a uma condução que se faz em uma conexão justa.
Significa dizer que se as conexões estiverem justas, como no caso do abraço,
uma determinada ação do líder gera uma reação específica do par em
decorrência direta dessa ação. Ou seja, decorre do princípio da ação versus
reação, não restando ao par um movimento alternativo diferente do esperado,
salvo se houver resistência substancial.
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ANATOMIA DA DANÇA DE SALÃO
Esta modalidade de resposta decorre de um estímulo dirigido pelo líder que induz
a uma resposta esperada do par, ou seja, do princípio estímulo versus resposta.
Ela prevalece quando se tem as conexões abertas, e ocorre com certa frequência
na execução dos giros, tanto da dama quanto do próprio cavalheiro ou de ambos
ao mesmo tempo.
Existem situações em que não há o contato físico ou o contato físico não é firme o
suficiente, exigindo que o casal fique atento ou ligado ao que ocorre com o seu
par e à sua volta. Nestes casos a resposta pode se dar por dedução, decorrente
de um dado gestual, ou gerar um improviso coerente com o gestual livre
executado pelo líder.
Na condução o líder aciona esses elementos como instrumentos auxiliares de
comunicação para induzir o par a realizar determinado movimento. A partir de
uma postura de equilíbrio estável, o deslocamento do centro de gravidade
provoca a alocação de menor peso em determinada perna, indicando que essa
perna irá realizar um deslocamento. Se o deslocamento da linha de gravidade
ultrapassar os limites da base, gera-se uma instabilidade em seu equilíbrio,
forçando o deslocamento da perna sem peso no sentido de recuperar o equilíbrio.
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ANATOMIA DA DANÇA DE SALÃO
CAPÍTULO 4
MÉTRICA
Compasso
Ritmo
Musicalidade
COMPASSO_____________________________________________________________
Finalmente temos mais uma figura que será também por nós utilizada.
Trata-se de uma COLCHEIA, e vale a metade de uma semínima. São
necessárias 8 colcheias para preencher o compasso 4/4.
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ANATOMIA DA DANÇA DE SALÃO
Cou-pé-Cou-pé-Cou-pé-Cou-pé13 - (½ + ½ + ½ + ½ + ½ + ½ + ½ + ½ tempo) -
Apesar de o coupé ser usualmente executado apenas uma vez para
transferência de peso ou, quando efetuado por apenas um dos pares passam
de uma relação paralela para uma relação cruzada e vice-versa, fizemos a
repetição para demonstrar que são necessárias 8 pisadas para preencher o
compasso de 4 tempos. Entretanto a sua utilização quebrando métricas inteiras
possibilita uma grande variedade de combinações.
De uma maneira geral os passos padronizados têm métrica própria, mas podem
ser executados com métricas diferentes para explorar a musicalidade, a critério
dos dançarinos ou segundo uma coreografia pré-definida.
RITMO__________________________________________________________________
CAPÍTULO 5
Mobilidade
Direção
Composição
Causas
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ANATOMIA DA DANÇA DE SALÃO
Estamos nos referindo aos movimentos segundo o seu padrão pois, ao se executar
qualquer um deles livremente, pode-se variar a sua métrica e padrões de
movimento, de forma a promover deslocamentos variados, visando principalmente
explorar a musicalidade.
QUANTO À DIREÇÃO_____________________________________________________
denomina sequência, e cada uma das sequências dos passos em uma coreografia
é denominada figura.
QUANTO ÀS CAUSAS
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ANATOMIA DA DANÇA DE SALÃO
PARTE II
MOVIMENTOS BINÁRIOS
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ANATOMIA DA DANÇA DE SALÃO
CAPÍTULO 6
MOVIMENTOS BINÁRIOS
A partir deste capítulo os movimentos que compõem os passos serão descritos em rotinas
descritas em quadros constituídas por linhas e colunas. Quando a rotina contiver dois
quadros, o primeiro descreve o passo de forma sintética e o segundo analisa as rotinas
individuais de cada sequência indicada na primeira. As colunas indicam o papel de cada
par, denominados de “proponente” e “par” segundo a função que cada um assume no
contexto da condução, e as linhas demonstram o movimento individual e simultâneo de
cada um deles.
Vamos recorrer ao conceito de métrica para justificar a seleção dos movimentos neste
capítulo. Como ficou registrado no item a ela relacionado16 , um passo básico estacionário
é executado em oito tempos, isto é, em dois compassos de quatro tempos cada. Em cada
compasso é executado um movimento simétrico ao que é realizado no outro compasso.
Em cada compasso, por sua vez, cada um dos parceiros realiza um movimento simétrico
com relação ao outro. Apesar de estarmos demonstrando métricas padronizadas para os
passos, os dançarinos experientes costumam alterá-las segundo suas preferências e
conveniências.
Pretende-se então demonstrar neste capítulo, movimentos que têm ciclos diferenciados, e
executados sempre em binário. Trata-se de movimentos que são a raiz dos passos
básicos, e que podem ser executados de forma autônoma como adorno ou movimento de
transição.
Apesar de parecer ao leigo que os passos da dança seja algo complexo, veremos que
toda essa “complexidade” se origina de poucos movimentos básicos e giros
convenientemente combinados. Vamos então iniciar com os movimentos mais
elementares.
Balanço lateral.
Balanço frente/atrás.
Preparações.
BALANÇO LATERAL______________________________________________________
PROPONENTE 👉 PAR
PAR 👈 PROPONENTE
BALANÇO FRENTE/ATRÁS________________________________________________
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ANATOMIA DA DANÇA DE SALÃO
PLANO DE AULA_________________________________________________________
====================================================================
IDENTIFICAÇÃO____________________________________________________
TEMA DA AULA_____________________________________________________
OBJETIVOS________________________________________________________
Objetivos Gerais:
- Aprender os dois movimentos mais fundamentais aplicados a qualquer ritmo.
Objetivos Específicos:
- Desenvolver habilidades para executar o balanço lateral e o balanço frontal.
- Aprender como fazer a conexão no abraço frontal de forma eficiente.
- Praticar os movimentos explorando a musicalidade
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ANATOMIA DA DANÇA DE SALÃO
DESCRIÇÃO DO CONTEÚDO__________________________________________
METODOLOGIA DE ENSINO__________________________________________
AVALIAÇÃO________________________________________________________
PREPARAÇÕES__________________________________________________________
PAR 👈 PROPONENTE
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ANATOMIA DA DANÇA DE SALÃO
PAR 👈 PROPONENTE
PAR 👈 PROPONENTE
A partir de uma posição frontal, o líder executa a manobra da saída ao lado para
possibilitar a migração para uma posição lateral, enquanto que o retorno visa
retornar de uma posição lateral a uma posição frontal.
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ANATOMIA DA DANÇA DE SALÃO
PROPONENTE 👉 PAR
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ANATOMIA DA DANÇA DE SALÃO
PARTE III
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ANATOMIA DA DANÇA DE SALÃO
CAPÍTULO 7
Todos os movimentos deste e dos próximos capítulos serão descritos em quatro tempos
cada fase, salvo indicação em contrário, podendo entretanto serem alterados para outras
durações, logo o praticante tenha adquirido a expertise necessária para fazê-lo.
Básico frente/atrás.
Cruzado.
PAR 👈 PROPONENTE
17 Pronuncia-se “chassê”.
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ANATOMIA DA DANÇA DE SALÃO
BÁSICO FRENTE/ATRÁS
PAR 👈 PROPONENTE
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ANATOMIA DA DANÇA DE SALÃO
Tempo 2 - Transfere o peso para a perna Tempo 2 - Transfere o peso para a perna
direita, e inicia o recuo da perna esquerda. esquerda, e inicia o avanço da perna
direita.
Tempo 3 - Recua a perna esquerda e pisa Tempo 3 - Avança a perna direita e pisa
transferindo o peso para essa perna. transferindo o peso para essa perna.
Tempo 4 - Pausa e inicia recuo da perna Tempo 4 - Pausa e inicia avanço da perna
direita visando pisar no tempo 1 de (b). esquerda visando pisar no tempo 1 de
(a).
CRUZADO ____________
PAR 👈 PROPONENTE
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ANATOMIA DA DANÇA DE SALÃO
Tempo 3 - Cruza a perna esquerda pela Tempo 3 - Cruza a perna direita por trás
frente (ou por trás), pisa e transfere o peso (ou pela frente), pisa e transfere o peso
para essa perna. para essa perna.
Tempo 4 - Pausa e inicia deslocamento Tempo 4 - Pausa e inicia deslocamento
da perna direita lateralmente para pisar no da perna esquerda lateralmente para pisar
tempo 1 de (b). no tempo 1 de (a).
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ANATOMIA DA DANÇA DE SALÃO
PARTE IV
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ANATOMIA DA DANÇA DE SALÃO
CAPÍTULO 8
Os passos progressivos não têm limitação de movimento, salvo que sua evolução deve
se dar preferencialmente no sentido da ronda. Esse é um movimento que pode ser feito
em todo o espaço da pista, no sentido anti-horário. Uma boa referência individual é que,
para quem avança, o lado esquerdo de seu corpo deverá estar voltado para o centro do
salão. Para quem recua, por sua vez, é o seu lado direito que deverá estar voltado para o
centro.
Caminhada.
Trocadilho.
Leque.
CAMINHADA_____________________________________________________________
PAR 👈 PROPONENTE
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ANATOMIA DA DANÇA DE SALÃO
Tempo 1 - Avança a perna direita e pisa Tempo 1 - Recua a perna esquerda e pisa
transferindo o peso para essa perna. transferindo o peso para essa perna.
Tempo 2 - Avança a perna esquerda e Tempo 2 - Recua a perna direita e pisa
pisa transferindo o peso para essa perna. transferindo o peso para essa perna.
Tempo 3 - Repete Tempo 1. Tempo 3 - Repete Tempo 1.
Tempo 4 - Pausa e inicia avanço da perna Tempo 4 - Pausa e inicia recuo da perna
esquerda visando pisar no tempo 1 de (a). direita visando pisar no tempo 1 de (b).
TROCADILHO____________________________________________________________
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ANATOMIA DA DANÇA DE SALÃO
PAR 👈 PROPONENTE
Tempo 1 - Cruza a perna direita por trás Tempo 1 - Cruza a perna esquerda pela
(ou pela frente), pisa e transfere o peso frente (ou por trás), pisa e transfere o peso
para essa perna. para essa perna.
Tempo 2 - Abre lateralmente a perna Tempo 2 - Abre lateralmente a perna
esquerda e pisa transferindo o peso para direita e pisa transferindo o peso para
essa perna. essa perna.
Tempo 3 - Cruza a perna direita pela Tempo 3 - Cruza a perna esquerda por
frente (ou por trás), pisa e transfere o peso trás (ou pela frente), pisa e transfere o
para essa perna. peso para essa perna.
Tempo 4 - Repete a abertura do Tempo 2. Tempo 4 - Repete a abertura do Tempo 2.
LEQUE__________________________________________________________________
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ANATOMIA DA DANÇA DE SALÃO
Este passo pode ser executado tanto em uma relação simétrica positiva quanto
negativa.
PAR 👈 PROPONENTE
a) PREPARAÇÃO b) PREPARAÇÃO
c) LEQUE d) LEQUE
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ANATOMIA DA DANÇA DE SALÃO
e) SAÍDA f) SAIDA
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ANATOMIA DA DANÇA DE SALÃO
PARTE V
MOVIMENTOS ANGULARES
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ANATOMIA DA DANÇA DE SALÃO
CAPÍTULO 9
GIROS
Esse ou oito.
Giro marcado.
Torção.
Giro em debulê.
Estaremos demonstrando esses giros ora como passos ora como movimentos
independentes, procurando cobrir todas as possibilidades de execução.
ESSE OU OITO___________________________________________________________
O giro no eixo único é denominado “esse” ou “oito”. Pode ser executado com uma
perna ou outra, a partir de uma tesoura ou tesoura invertida, no sentido horário ou
anti-horário. É um movimento binário.
PAR 👈 PROPONENTE
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ANATOMIA DA DANÇA DE SALÃO
a) ESSE PELA FRENTE NO SENTIDO HORÁRIO b) ESSE POR TRÁS NO SENTIDO HORÁRIO
c) ESSE PELA FRENTE NO SENTIDO ANTI- d) ESSE POR TRÁS NO SENTIDO ANTI-
HORÁRIO HORÁRIO
GIRO MARCADO_________________________________________________________
O giro marcado é um giro de eixo duplo, que se faz marcando no lugar. A rigor não
necessitaria de um esquema, pela sua simplicidade, mas o faremos por questões
metodológicas. Executa-se torcendo uma perna no sentido horário ou anti-horário,
e pisando com a outra, alternadamente, a partir de uma transição em postura
cerrada, podendo executá-lo em métricas variadas, isto é, em “tempo”, “con-tra-
tempo” ou “con-trá” , permitindo o giro do corpo no lugar em amplitudes livres.
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ANATOMIA DA DANÇA DE SALÃO
TORÇÃO__________________________________________________________
Consiste em fazer uma rotação com o tronco, sem retirar os pés do lugar, no
sentido horário ou anti-horário, o que implica em entrelaçar as pernas ou
desenlaçá-las. É um movimento que pode ser executado com métricas variadas.
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ANATOMIA DA DANÇA DE SALÃO
PAR 👈 PROPONENTE
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ANATOMIA DA DANÇA DE SALÃO
PARTE VI
MOVIMENTOS COMPOSTOS
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ANATOMIA DA DANÇA DE SALÃO
CAPÍTULO 10
A partir deste capítulo iniciaremos a demonstração de passos compostos. Como eles são
compostos pelos passos básicos e giros, já demonstrados, as rotinas seguintes serão
disponibilizados em sua forma sintética, apenas fazendo referência aos movimentos já
descritos nas figuras anteriores. Os passos compostos combinam movimentos diferentes
entre o líder e o par, executados entretanto de forma complementar.
Neste capítulo demonstraremos como combinar os giros com outros movimentos básicos,
nas formas mais usuais. Outras combinações podem e devem ser construídas, gerando
as mais diversas coreografias, ao bel prazer de cada um.
Quando executados a dois, os giros são classificados segundo a trajetória da perna sem
peso que executa o movimento livre. Considere uma linha imaginária existente entre os
pares, ao longo da qual eles evoluem. Podemos então assim classificá-los em:
Giro por dentro - Quando a perna leve se desloca na direção da linha imaginária.
Logo, na direção ao par.
Giro por fora - Quando a perna leve se desloca na direção oposta à linha imaginária.
Ou seja, afastando-se do par.
Giro em diagonal.
Este passo é uma variação do cruzado, envolvendo torções. Ele é composto por
uma preparação, uma torção do corpo no sentido horário ou anti-horário, e um
avanço ou recuo da perna que está sem peso. Por questões de praticidade
estamos reproduzindo nos esquemas abaixo as preparações.
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ANATOMIA DA DANÇA DE SALÃO
frente ou atrás, com uma determinada perna, virar o corpo mediante torção18 do
tronco no sentido horário ou anti-horário, e voltar com a mesma perna no sentido
oposto ao deslocamento anterior, ficando a outra perna no lugar atuando como
base ou pivô. Ele implica em mudança de direção sem mudança de lugar, mas
inverte a postura de transição, ou seja, em cada fase ele passa de uma tesoura
para uma tesoura invertida e vice-versa.
Este passo pode ser executado com mudanças de direção discretas ou mais
acentuadas, podendo até girar tantas vezes quanto se queira, mantendo fixa a
perna que atua como base. As rotinas seguintes demonstram movimentos de até
180 graus.
PAR 👈 PROPONENTE
a) PVV PELA FRENTE SENTIDO HORÁRIO b) PVV POR TRÁS SENTIDO HORÁRIO
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ANATOMIA DA DANÇA DE SALÃO
c) PVV PELA FRENTE SENTIDO ANTI-HORÁRIO d) PVV POR TRÁS SENTIDO ANTI-HORÁRIO
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ANATOMIA DA DANÇA DE SALÃO
PAR 👈 PROPONENTE
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ANATOMIA DA DANÇA DE SALÃO
Como já foi definido, o giro por dentro se dá quando a perna leve se desloca na direção
de uma linha imaginária localizado entre os pares. O esquema demonstra essa sequência
em seu formato básico.
PAR 👈 PROPONENTE
1. Faz preparação horária com direita 1. Faz preparação horária com esquerda
(Rotina 5.4.b, pág. 19). (Rotina 5.4.a, pág. 19).
2. Executa trocadilho por trás no sentido 2. Executa giro em debulê à direita em
anti-horário (Rotina 7.3.a, pág.32). sentido horário (Rotina 8.4.b, pág. 40).
3. Prepara para movimento seguinte. 3. Prepara para movimento seguinte.
PAR 👈 PROPONENTE
1. Faz preparação horária com direita 1. Faz preparação horária com esquerda
(Rotina 5.4.b, pág. 19). (Rotina 5.4.a, pág. 19).
2. Executa caminhada à frente ll (Rotina 2. Executa giro em debulê à direita em
7.1.c, pág.32). sentido anti-horário (Rotina 8.4.c, pág. 40).
3. Prepara para movimento seguinte. 3. Prepara para movimento seguinte.
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ANATOMIA DA DANÇA DE SALÃO
GIRO EM DIAGONAL______________________________________________________
PAR 👈 PROPONENTE
1. Faz preparação horária com direita 1. Faz preparação horária com esquerda
(Rotina 5.4.b, pág. 19). (Rotina 5.4.a, pág. 19).
2. Executa tempos 1 e 2 do trocadilho por 2. Executa tempos 1 e 2 do trocadilho pela
trás sentido anti-horário (Rotina 7.3.a, pág. frente com esquerda (Rotina 7.2.b, pág.
32). 32 ).
3. Executa caminhada à frente ll (Rotina 3. Executa giro em debulê à direita em
7.1.c, pág.32). sentido anti-horário (Rotina 8.4.c, pág. 40).
3. Prepara para movimento seguinte. 3. Prepara para movimento seguinte.
TRANSPORTES
PLATAFORMAS
LEMBRETES
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