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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP

CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

DEOCLÉCIO DE SOUSA RAMOS


RA: 898322345

A CONTRIBUIÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL NA GARANTIA DO DIREITO DO IDOSO


SETEMBRO/2017
TERESINA – PI
1. JUSTIFICATIVA

A população mundial vive mais. Esse fato já está evidenciado em todo o


mundo graças a diversos fatores como, melhores sistemas de saúde,
disponibilização de vacinas, medicamentos e produtos que propiciam bem-estar
físico, psíquico e social, busca ativa por maior expectativa de vida tendo como foco
boa alimentação, exercícios físicos e isenção de substâncias que possam afetar o
processo de envelhecimento, além disso, observa-se também uma queda no
número de nascimentos acompanhada de diminuição da mortalidade, ocasionando
como resultado o crescimento de uma população acima dos 60 anos, sobretudo,
sócio e intelectualmente ativo.
A década’ de 1990 registrou marcos importante na Assistência Social
destinada à proteção ao idoso. A Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS) de
1993, que regulamenta os artigos 203 e 204 da Constituição Federal, define a
Assistência Social como um direito do cidadão e dever do Estado dando garantia ao
idoso de um salário mínimo mensal de benefício, desde que o mesmo comprove não
possuir meios de prover o seu sustento, o Benefício de Prestação Continuada (BPC)
(MARTINS, 2011).
Segundo Camarano (2016) a PNI consiste em um conjunto de ações
governamentais com o objetivo de assegurar os direitos sociais dos idosos, partindo
do princípio fundamental de que o idoso é um sujeito de direitos e deve ser atendido
de maneira diferenciada em cada uma das suas necessidades físicas, sociais,
econômicas e políticas. A Política é regida pelos seguintes princípios:
I. a família, a sociedade e o Estado têm o dever de assegurar ao
idoso todos os direitos da cidadania, garantindo sua participação
na comunidade, defendendo sua dignidade, bem-estar e o direito à
vida;
II. o processo de envelhecimento diz respeito à sociedade em geral,
devendo ser objeto de conhecimento e informação para todos;
III. o idoso não deve sofrer discriminação de qualquer natureza;
IV. o idoso deve ser o principal agente e o destinatário das
transformações a serem efetivadas por meio da PNI;
V. as diferenças econômicas, sociais, regionais e, particularmente, as
contradições entre o meio rural e o urbano do Brasil deverão ser
observadas pelos poderes públicos e pela sociedade em geral.

A população idosa vem se configurando como parcela significativa do cenário


mundial e o que vem sendo observado é que existe uma maior busca por um
processo de envelhecimento ativo e saudável. Em contraposição há também
aqueles indivíduos idosos que por motivos outros são físico, social ou
psicologicamente dependentes de familiares ou cuidadores. Em ambos os casos a
garantia de direitos presentes tanto na Constituição como em legislações específicas
são essenciais para, no caso do idoso ativo, dar continuidade a sua vivência social e
em casos de indivíduos dependentes, para melhoria da qualidade de vida e bem-
estar e também para reinserção destes no meio social.
A capacidade e habilidade construída ao longo da vida influenciam o
envelhecimento, seja ela de forma positiva ou negativa. Contudo, é perceptivo que a
maioria dos idosos apresenta poucas perspectivas no que diz respeito ao futuro.
Isso se dá porque na sociedade contemporânea, seja na dimensão da escola, do
sistema de saúde e assistência, da mídia, da previdência social, ocorre um novo
modo de pensar a sociedade.

Dessa forma, é de suma importância que os idosos estejam garantidos por lei
de seus direitos e protegidos por legislações e políticas públicas que visem ofertar,
promover e ou dar continuidade a uma boa qualidade de vida a esses indivíduos na
terceira idade, sobretudo aqueles física ou psicologicamente dependentes de
terceiros.
Para a efetivação dos direitos dos idosos no Brasil, é necessária a
participação e organização política da sociedade, no intuito de garantir os direitos a
este segmento, e isso pode ser realizado através da pressão e denúncia da
população no que diz respeito à violação dos direitos presentes na Constituição
Federal, Política Nacional do Idoso e Estatuto do Idoso. Por meio da participação
social, há uma maior contribuição da nova representação do idoso, ajudando a
acabar com a velha imagem da fragilidade, inutilidade e solidão do que é a terceira
idade.
Segundo a Agência Brasil, o número de idosos com 80 anos ou mais pode
passar de 19 milhões em 2060, um crescimento de mais de 27 vezes em relação a
1980, quando o Brasil tinha menos de 1 milhão de pessoas nessa faixa etária
(684.789 pessoas). Na projeção para 2016, o país contabilizou 3.458.279 idosos
com mais de 80 anos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE).

Vê-se, portanto, que o compromisso para com a proteção e os direitos dos


idosos não se configura apenas como regalias ao cidadão da terceira idade, mas
como garantia de qualidade de vida e inserção social de uma parcela da população
que se torna maior quantitativamente com o passar dos anos.

De acordo com Pessoa (2010) a Organização Mundial da Saúde (OMS)


considera idosa qualquer pessoa a partir de 60 anos de idade. Vale lembrar que tal
consideração é avaliada segundo o envelhecimento fisiológico, o que não impede
uma pessoa de ser social e intelectualmente ativa nessa faixa etária. A saúde
intelectual e física nesse processo é de grande valia. Pode ser equilibrada por meio
de atividades sociais e de lazer que não permitem que o indivíduo, em processo de
envelhecimento, se sinta excluído da sociedade e incapaz de exercer funções.

As politicas públicas tem o papel de promover um tratamento diferenciado


que possa permitir que as pessoas gozem dos mesmos direitos, apesar de suas
diferenças. O estado deve garantir essas prerrogativas, no entanto ainda necessita
de uma politica que possa abarcar com maior efetividade esse público, neste
contexto percebemos como a intervenção do Assistente Social com programas e
acompanhamentos são essenciais para propiciar formas eficazes e eficientes para
implementar essas politicas, uma vez que a parcela da população com idade acima
de sessenta anos tem aumentado substantivamente.
Faz-se necessário que a população idosa se conscientize dos seus direitos
através do profissional Assistente Social que tem o papel de intermediar e informar
às pessoas que estejam de acordo com a vulnerabilidade protegida, neste caso
cabe ao mesmo assessorar os idosos e familiares acerca de questões que o poder
público possa os assistir. Muitas vezes, a falta informação gera descontentamento e
insatisfação desse público que não atenção dos familiares.
O presente projeto é justificado pelo fato de propor uma pesquisa que visa
analisar as principais políticas públicas nas quais o Assistente Social está inserido
que visam promover assistência ao idoso. Ora, se a população está ficando cada
vez mais velha, maiores pesquisas que resultem em benefícios a esse segmento da
sociedade devem ser realizadas de modo que esse conjunto populacional seja de
indivíduos na terceira idade saudáveis e ativos.
Ademais, a pesquisa será importante no que tange a analisar se as políticas
públicas de assistência ao idoso estão de acordo com as necessidades atuais dos
mesmos e que medidas podem ser tomadas para melhorar e implementar tais
políticas.
Por fim, a pesquisa também servirá para fortalecer o espaço do
Assistente Social dentro da equipe multiprofissional que lida com cidadão na terceira
idade e em programas de assistência que os atentam.
2 PROBLEMA DA PESQUISA

A sociedade contemporânea necessita se conscientizar que seu papel é


oferecer um envelhecimento sadio, bem como uma qualidade de vida ao idoso. Pois
o envelhecimento acarreta mudanças no organismo do indivíduo e,
consequentemente, o aparecimento de algumas doenças. Entre as alterações
relacionadas à idade estão as dos cinco sentidos: visão, audição, olfato, paladar e
tato. Pode haver também perda da comunicação e desajuste psicossocial devido a
situações específicas vivenciadas pelo idoso, como: aposentadoria, viuvez, perda de
amigos, alterações na composição e na dinâmica familiar, mudança de residência e
dificuldades funcionais.

O envelhecimento poderá ser tranquilo ou não, de acordo com a capacidade


funcional que a pessoa conseguir manter ao chegar à terceira idade. Por isso,
atitudes preventivas, como alimentação e atividades físicas, entre outras, são
importantes.

As politicas públicas que devem amparar esse público são demanda


especifica, já que suas peculiaridades exigem um tratamento diferenciado, afim de
que possa satisfazer a necessidade dos idosos.

Deve-se analisar se essas politicas condizem com a necessidade desse


público. Ademais esse trabalho visa responder a seguinte problemática: “Que
contribuições a Assistência Social, em especial a figura do profissional de Serviço
Social, pode oferecer ao idoso de modo que seus direitos sejam garantidos e sua
qualidade de vida melhorada”?
3. OBJETIVOS

Geral
Apontar por meio de pesquisa e revisão bibliográfica como o profissional de
Serviço Social pode atuar no que tange a proteção do idoso e na garantia de seus
direitos.

Específicos
 Realizar pesquisa bibliográfica em bases de dados de modo a obter
referências atualizadas sobre Direito do Idoso e Assistência Social na
Terceira Idade.

 Delimitar quais os direitos básicos do cidadão na terceira idade através de


consulta ao Estatuto do Idoso e outras publicações pertinentes.

 Identificar quais as principais discrepâncias entre o que está garantido nas


legislações e o que ocorre na prática no que concerne aos direitos dos idosos
e como contornar essas diferenças.

 Subsidiar a elaboração de artigo científico apontando a atuação do Serviço


Social na promoção e ou garantia da qualidade de vida do idoso através do
reconhecimento de seus direitos.
4. METODOLOGIA

Quanto ao procedimento, o estudo envolverá pesquisa bibliográfica com


posterior revisão de fontes e quanto aos objetivos, a mesma terá caráter
exploratório. A pesquisa bibliográfica é feita a partir do levantamento de referências
teóricas já analisadas, e publicadas por meios escritos e eletrônicos, como livros,
artigos científicos, páginas de web sites (GERHARDT; SILVEIRA, 2009). De acordo
com Oliveira (2011) a pesquisa exploratória busca descobrir ideias e intuições, na
tentativa de adquirir maior familiaridade com o fenômeno pesquisado, ou seja, tem
como objetivo principal desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e ideias.
O levantamento bibliográfico será realizado preponderantemente nas
bases de dados Google Acadêmico e Scielo utilizando o cruzamento dos descritores
“assistência social”, “direitos dos idosos” e “serviço social”, ademais, serão
consideradas apenas fontes em língua portuguesa publicadas no período 2010-
2017.
Para serem consideradas inclusas na redação do estudo as publicações
deverão estar coerentes com as condições acima citadas. Não serão inclusas
publicações que não se enquadrem na temática da pesquisa ou que não forem
comprovadamente publicadas em revistas, livros, anais ou outra mídia.
Após leitura dos resumos, as publicações reunidas serão avaliadas pelo
pesquisador segundo teor e relevância e só então poderão ser utilizadas na redação
do artigo de revisão bibliográfica.
7 CRONOGRAMA

Atividades Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro

1.Observar
orientações
2.Pesquisa
bibliográfica
3.Pesquisa
documental
4.Analise do
material lido
5.Redação
do artigo
6.Finalização
do artigo
7.Postagem
do artigo no
AVA
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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27 vezes de 1980 a 2060. Disponível em:
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