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Ratos

Por Yanna Dias Costa


Graduação em Ciências Biológicas (Unicamp, 2012)
Mestrado Profissional em Conservação da Fauna Silvestre (UFSCar e Fundação Parque
Zoológico de São Paulo, 2015).

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Roedores são designados por possuírem dentes incisivos que crescem o constantemente,
precisando roer ativamente para desgastá-los. O maior roedor do mundo é a capivara,
mas a esta ordem pertencem também as cotias, ouriços, ratos, etc.

A ordem Rodentia está dividida entre várias famílias, as quais somam dois milhares de
espécies. Os pequenos roedores nós chamamos de ratos. A família Muridae é a que
comporta a maior parte dos ratos do mundo. Os ratos não são apenas aqueles que
encontramos nas ruas, esgotos e em casa. Existem diversas espécies silvestres, com
papel ecológico importantíssimo na cadeia alimentar, uma vez que são alimentos para
diversos predadores como gatos, cobras, corujas e até algumas aranhas e escorpiões.
Estes animais fazem o controle populacional dos pequenos roedores, porém, em
cidades, a falta de predador e a facilidade para encontrar alimento propiciam a
superpopulação deles. Segundo estudiosos, podem existir 3 ratos por pessoa no mundo.

Características
São mamíferos pequenos caracterizados pela cauda com pouco ou nenhum pelo e
focinhos pontudos. Adaptam-se aos mais diversos ambientes, reproduzem rápido e em
grande número. A fêmea pode ter seu primeiro cio entre 25 a 40 dias de idade, a
gestação dura em média 20 dias, nascem de 10 a 12 filhotes pelados e de olhos
fechados. Uma fêmea pode ter 200 filhotes por ano. São animais noturnos, que possuem
a audição aguçada para sua orientação e vivem de um a dois anos em vida livre.

Mus musculus. Foto: NIGMS / NIH [Public domain], via Wikimedia Commons

Ele é o animal mais utilizado como cobaia, devido ao baixo custo para mantê-lo, à
rapidez com que se reproduz, que se desenvolve e o tempo curto entre uma geração e
outra. Além disso, possuem um genoma bem homólogo ao do ser humano. Ainda assim,
há toda uma discussão ética, por sacrificarmos tantas vidas em prol das ciências. A
espécie mais conhecida nos laboratórios é o camundongo (Mus musculus), surgiu na
Europa e na Ásia, mas hoje está distribuído nas cidades pelo mundo. Não são tão
nocivos à saúde e à economia como o rato preto e o rato marrom, mas também podem
ser vetores de algumas doenças.
Alguns roedores pequenos são utilizados como pet, é o caso do hamster (diversas
espécies da sub-família Muroidea), que não é nativo brasileiro. Também é usado
como cobaia.

O rato preto (Rattus rattus) ou ratazana é nativo da Índia, mas espalhou-se pelo mundo
nos navios séculos atrás. É o rato que encontramos comumente nas casas e esgotos.
Geralmente são pragas, pois podem destruir plantações e armazéns em fazendas, além
de destruírem estruturas em qualquer lugar, com seus dentes. Os ratos são vetores de
uma série de doenças que podem contaminar outros mamíferos, como
a leptospirose, salmonela, tifo e a peste bubônica. Esta espécie pode carregar parasitas
em seu corpo, como as pulgas, que podem estar contaminadas com muitas outras
doenças. Foi responsável pelo famoso caso da peste bubônica (bactéria
causadora: Yersinia pestis), a conhecida peste negra, que matou milhões de pessoas
na Idade Média. Além disso, sua urina e fezes também são formas de contaminações
para outras doenças.

Outra ratazana comum nos esgotos é o rato marrom (Rattus novergicus), nativo do
norte da China, mas hoje pode ser encontrado em todos os continentes, menos
da Antártida. Também pode ser vetor de doenças e causar os mesmos problemas à
economia e à saúde como o rato preto.

Referências:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Rato
http://animaldiversity.org/accounts/Rattus_rattus/
http://animaldiversity.org/accounts/Rattus_norvegicus/

Arquivado em: Mamíferos

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