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Para que os movimentos turísticos, nas suas mais variadas formas, possam acontecer, há a necessidade
de existência de alguns elementos. O principal deles é o destino turístico, o local procurado pelo turista.
1.1. O destino e os seus mercados
Destino turístico de acordo com a sua amplitude territorial, pode ser classificado em:
- Centro turístico – é um aglomerado urbano que tem dentro do seu território ou no raio de influência
atractivos turísticos capazes de motivar a deslocação de pessoas.
- Área Turística – é um território circundante a um centro turístico que contem vários atractivos e
estrutura de transportes e comunicações entre estes vários elementos e o centro.
- Zona Turística – é um território mais amplo que congrega mais de um centro turístico
Recursos naturais são elementos da natureza com utilidade para o Homem, com o objectivo do
desenvolvimento da civilização, sobrevivência e conforto da sociedade em geral. Podem ser renováveis,
como a água, a energia do Sol e do vento, a flora e a fauna que não estão em extinção, como os peixes e
as florestas, ou ainda não renováveis, como o petróleo e minérios em geral.
Os recursos naturais são componentes, materiais ou não, da paisagem geográfica, mas que ainda não
tenham sofrido importantes transformações pelo trabalho humano e cuja própria génese é
independente do Homem, mas aos quais lhes foram atribuídos, historicamente, valores económicos,
sociais e culturais. Portanto, só podem ser compreendidos a partir da relação homem-natureza.
Constituem a motivação fundamental das correntes turísticas ( exemplos: sol, praia, neve, cataratas,
lagos, montanhas, etc).
São todos os elementos criados pelo Homem e ligados à sua história, com atractivos capazes de deslocar
pessoas. São, por sua própria natureza, escassos, o que confere desde logo vantagens comparativas aos
países onde se localizam.
O produto turístico é composto, além dos atractivos, pelos serviços turísticos. Para puder usufruir deste
atractivo, o turista necessita consumir uma série de serviços. Alguns destes, por atenderem
exclusivamente e preferencialmente turistas, são classificados como turísticos.
TIPOS SUBTIPOS
MEIOS DE HOSPEDAGEM Hotéis, aparthotéis, motéis, pousadas, pensões,
albergue, colónia de férias, imóveis de aluguer,
entre outros
ALIMENTAÇÃO Restaurantes, Cervejarias, Cafés, Padaria, Casas
de chá, entre outros
AGÊNCIAS DE VIAGENS Agências de viagens receptoras e emissoras
TRANSPORTES TURISTICOS Aéreo, rodoviário, ferroviário, marítimo
ALUGUER DE VEICULOS E EQUIPAMENTOS Carros, motos, bicicletas, embarcações,
equipamentos desportivos
EVENTOS Organizadores de eventos, fornecedores de
produtos e serviços
ESPAÇOS DE EVENTOS Centro de convenções, Buffets, centro de feiras,
áreas de exposição e eventos culturais, entre
outros
ENTRETENIMENTO Bares, Boîtes, Discotecas, Clubes, casas de
espectáculo, cinemas, teatros, parque de
diversões, parques temáticos, campos de golfe,
hipódromos, autódromos, marinas, entre outros
INFORMAÇÃO TURISTICA Guias, mapas, postos de informação turística,
centros de informação turística, jornais e revistas
especializadas
PASSEIOS Cavalo, Helicóptero, Barco, Autocarro, entre
outros
COMERCIO TURISTICO Souvenirs, Joalharias, Artesanato, produtos
típicos, entre outros.
Entre os vários instrumentos hoje ao dispor dos empreendedores, o Capital de Risco assume-se como
factor relevante de reforço financeiro associado aos negócios, promovendo empresas e investimentos,
permitindo dar consistência e credibilidade a novos projectos, fomentando a competitividade e
apoiando a inovação e diversificação.
Novos negócios e parceiros credíveis, assente em plataformas de confiança e de partilha do risco são
determinantes para o sucesso dos projectos de capital de risco.
O Capital de Risco como participação de capital minoritária e temporária, tem carácter proactivo e
dinamizador nos projectos com potencial de crescimento.
O PIT, através do Regulamento da Linha de Apoio I - Território, Destinos e Produtos Turísticos, define os
termos de concessão de incentivos financeiros a projectos que visem o desenvolvimento dos novos
pólos turísticos, dos produtos turísticos estratégicos e a requalificação de destinos turísticos. Este
regime de concessão de incentivos vigorará até 2009.
Os promotores dos projectos com enquadramento na presente linha de apoio são as entidades públicas
que desenvolvam os projectos.
Podem, ainda, ser promotores quaisquer outras entidades jurídicas que se proponham a realizar
projectos elegíveis, desde que uma, ou mais, das entidades públicas a que se refere o número anterior
exerça uma influência dominante na sua gestão.
Desde que não possam aceder aos sistemas de incentivos aplicáveis ao investimento privado, podem
igualmente ser promotores as pessoas colectivas sem fins lucrativos que tenham posse de património
cultural edificado e as pessoas colectivas de utilidade pública
Enquadramento Territorial
Pólos Turísticos
Nos municípios integrados em pólos turísticos são financiados os projectos que concretizem os produtos
turísticos estratégicos identificados no PENT especificamente para cada pólo turístico ou outros
produtos turísticos identificados no PENT para as regiões onde se localizam os pólos turísticos. São,
igualmente, financiados os projectos que não correspondendo especificamente a produtos turísticos
estratégicos, demonstrem contribuir para a adequada estruturação dos pólos turísticos
correspondentes.
Nos municípios não integrados em pólos turísticos são financiados os projectos que concretizem os
produtos turísticos estratégicos definidos no PENT para as regiões onde os municípios se localizam.
Nos destinos turísticos identificados – Lisboa, Costa do Estoril, Algarve e Ilha da Madeira, são financiados
os projectos que se traduzam em intervenções integradas de requalificação patrimonial, urbanística,
paisagística e ambiental.
De acordo com os critérios de avaliação e selecção definidos, os projectos são classificados em três
níveis : 1, 2 ou 3.
Para a definição da intensidade do apoio a atribuir, é tida em consideração a classificação nos critérios
de avaliação e selecção e o enquadramento territorial dos projectos.
O Turismo é um fenómeno que apresenta um comportamento cíclico. Um destino turístico tem um ciclo
de vida que vai desde o seu descobrimento enquanto local turístico até ao seu declínio.
Algumas localidades são descobertas por aventureiros, que passam a fazer publicidade boca-a-boca do
destino. Aos poucos, as pessoas vão descobrindo o novo destino e a procura começa a crescer. Essa
descoberta dá-se até ao ponto em que o excesso de ocupação provoca deterioração do produto. Neste
ponto o destino entra em declínio.
O aumento da actividade pode-se dar de várias formas. Uma localidade pode criar incentivos fiscais e
financeiros para a atracção de investimentos no sector ou criar uma redução ou isenção de impostos. O
desenvolvimento do destino ou aumento da oferta pode-se dar, também, mediante investimentos
publico em infra-estruturas básicas. Investimento em vias de acesso, comunicações, saneamento e
fornecimento de energia.O desenvolvimento de campanhas de divulgação é importante para a atracção
de investimento privado, bem como, o aumento de formação na área..
Entender o motivo que leva uma pessoa a se deslocar de sua cidade, a fazer turismo, bem como a
identificação do tipo de turismo que as pessoas desejam fazer, são fundamentais para o sucesso e
desenvolvimento dos produtos turísticos.
As motivações podem ser similares em diversos segmentos de mercado e devem ser estimuladas para
aumentar a propensão de compra, complementando desta forma o atendimento das necessidades
objectivas dos consumidores, a ser obtido com o consumo dos serviços.
Para Vaz (1999, p. 38), “a motivação no turismo pode ser representada por um campo que se abre em
três áreas principais: o turista (Quem?), as motivações (Por Quê? e Quê?) e as opções para atendimento
às motivações (Como?, Onde?, Quando? e Quanto?)”. Para analisar o perfil do turista dever-se-á
responder às seguintes questões:
Idade, profissão, educação e outras informações demográficas fornecem uma visão dos consumidores
de determinados serviços, mas quase nunca explicam o motivo de um turista escolher um destino em
vez de outro, optar por uma operadora turística e não outras. As estatísticas não podem explicar a razão
de duas famílias, muitas vezes residindo na mesma rua e com idênticas características demográficas,
terem uma conduta tão distinta nas suas viagens. É por isso que se deve pesquisar com critérios
científicos o comportamento do consumidor e a estrutura de sua tomada de decisão.
Segundo Vaz (1999, p. 41), “é uma sensação ou circunstância de pressão sobre o indivíduo, que o leva a
viajar. Essa pressão pode ser analisada sob três aspectos: Fonte Motivadora, Grau de Escolha e Natureza
da Pressão.”
Fonte Motivadora: Divide-se em pressão pessoal (desejo de conhecer uma determinada localidade ou
de viajar por problemas de saúde); familiar (visitas a parentes, casamentos, aniversários); social
(participação em grupos comunitários, desportivos, associativos em geral) e organizacional (viagens por
obrigações profissionais).
Grau de Escolha: A necessidade de viajar surge desde a livre escolha, quando não existe nenhum factor
condicionante exterior, passando por diversas etapas intermediárias de opções de negociação, até a
completa incerteza que uma obrigatoriedade impõe.
Natureza da Pressão: Está relacionada directamente às necessidades e aos desejos que definem os
motivos. Maslow (citado por Fadiman, 1986, p. 268), resumiu as diversas necessidades que as pessoas
experimentam em 5 categorias dentro de uma visão hierárquica: necessidades fisiológicas (fome, sono,
sexo e assim por diante); necessidades de segurança (estabilidade, ordem); necessidades de amor e
pertinência (família, amizade); necessidades de estima (auto-respeito, aprovação); necessidades de
auto-actualização (desenvolvimento de capacidades).
Os principais tipos de benefícios buscados pelas pessoas que viajam são os seguintes: ”mudança de
ambiente, repouso, recreação, tratamento, aquisição e troca de conhecimentos, projecção social,
funcionalidade, economia” (Vaz,1999, p. 42).
Para Lanza (apud Vaz, 1999, p.43), “a listagem das motivações possíveis de viagem é virtualmente
interminável, donde resulta uma certa dificuldade em encontrar argumentos de eficácia para a captação
de turistas potenciais”.
Como as pessoas pretendem realizar o que desejam através do turismo?
Algumas pessoas viajam por necessidades específicas ou em busca de certos benefícios. Tais benefícios
são oferecidos por actividades em diversas áreas de interesse ou preferência, como cultura, desporto,
convívio social, etc.
Onde as pessoas entendem que vão conseguir melhor o benefício que esperam?
Esta pergunta está relacionada a dois itens anteriores: O que as pessoas buscam nas viagens? e Como as
pessoas pretendem realizar o que desejam através do turismo?
Cada localidade turística deve trabalhar visando despertar o interesse em potenciais turistas,
satisfazendo os benefícios procurados pelos turistas e os modos com que pretendem desfrutá-los.
As épocas mais propícias para o turismo podem ser determinadas a partir dos condicionamentos e
limitações pela fonte motivadora da viagem, pelo grau de escolha e natureza de pressão.
Se uma localidade tem graves problemas de sazonalidade, por exemplo, deve adoptar uma política de
diversificar sua acção de marketing, buscando sectores em que a fonte motivadora seja social e
organizacional.
Este item não depende apenas da disponibilidade financeira, embora seja este o factor principal, mas
também de decisões envolvendo questões de custo/benefício.
“Isto pode ocorrer tanto no caso em que uma empresa analisa os gastos totais em relação às vantagens
esperadas pela realização de um evento, com no caso em que uma família, tendo disponibilidade de
tempo, prefere uma viagem extensa com várias localidade incluídas, quando a realização de duas
viagens, em épocas distintas, para visitar a totalidade das localidades, sairia por um custo muito alto”
(Vaz 1999, p. 48).
O processo de decisão de compra é a decisão de gastar para obter uma satisfação material ou imaterial.
Na compra de um produto, o consumidor espera uma satisfação tangível ou intangível; na compra de
um serviço turístico, a satisfação é mais difícil de se medir, pois o turista está comprando uma ilusão,
uma expectativa, por isso, sua decisão é tomada com alguma cautela e renúncia.
Portanto abrem-se novos espaços de mercado que poderão ser habilmente ocupados através de
estratégias de oferta e de marketing adequadas da parte das organizações turísticas. Entre estas devem
ser naturalmente compreendidas também os destinos, os territórios, os quais prejudicariam a sua
própria força competitiva deixando nas mãos dos concorrentes a resposta às necessidades emergentes.
Na perspectiva das acções de marketing a consequência em termos de prioridades estratégicas para os
destinos turísticos e considerando uma lógica integrada seriam as seguintes (Martini, 2005):
• definir modelos de oferta adaptáveis às exigências específicas dos turistas, do ponto de vista da
duração, do tipo e da qualidade dos serviços;
• conferir à oferta características de sustentabilidade, demonstráveis e visíveis aos turistas;
• valorizar as actividades de imersão que o turista possa experimentar na cultura local;
• maximizar as actividades desportivas que permitam ao turista viver a paisagem e as atracções
paisagísticas disponíveis no território;
• oferecer diversidade de ocasiões de ocupação dos tempos livres;
• reforçar a actividade de comunicação dirigida às regiões emissoras de fluxos turísticos;
• potenciar a capacidade de comercializar a oferta directamente nas regiões de emissão.
No que diz respeito ao segundo aspecto, ou seja a reconstrução do processo decisional através do qual o
turista selecciona o tipo e o local de férias, na literatura têm sido propostos numerosos esquemas
interpretativos, que identificam seja a fase do processo decisional seja as principais variáveis tidas em
consideração para a tomada de decisão (Cooper et al, 2005).
Em particular Swarbrooke e Horner (1999) citam Foster (1992) o qual sustém que o desejo de viajar
nasce na base de quatro elementos, que definem o processo que conduz à decisão final:
a) os determinantes socioeconómicos do comportamento de compra do turista: o status, o conjunto de
variáveis de comportamento de personalidade, o sistema de valores que o caracterizam;
b) os estímulos promocionais: publicidade, promoções, literatura disponível, “boca-a-boca”, informação
das agências de viagem.
c) as características dos locais de destino: atracções disponíveis, relação preço/qualidade, tipo de
viagem, paisagem, informação disponível.
d) outras influências: confiança no agente de viagens ou em quem fornece a informação, experiências
precedentes, nível de risco aceite, limites de tempo e de despesa.
Em termos gerais a escolha de férias deriva de um processo de recolha informativa que procura
combinar o sistema de necessidades e desejos do turista com as potencialidades da oferta de um
destino. Este processo não obedece necessariamente a uma estrutura racional, que pressuponha um
comportamento avaliativo e selectivo , ordenado rigorosamente em fases.
Como demonstram as tendências mais recentes em turismo, cada vez mais as decisões de viajar para
um determinado lugar é imprevista ou casual, e acontece fora de um percurso decisional estruturado.
Em segundo lugar, é difícil estabelecer, de um modo seguro, se um turista decida primeiro o que fazer
ou onde ir: no primeiro caso, a prioridade é dada ao produto turístico, ou seja à possibilidade de praticar
alguma actividade específica; no segundo caso, a prioridade é dada ao destino, considerando as suas
características e capacidade atractiva Swarbrooke e Horner (1999).
Do ponto de vista do marketing a questão não é de menor importância, tendo em consideração que se
modifica o poder de influência que os destinos poderão exercer sobre o comportamento de escolha do
turista: segundo os modelos descritos, de facto, os destinos são apenas uma possível alternativa de
escolha, em confronto com outros tipos de produto turístico ( o package tour dos operadores turísticos,
os cruzeiros,…). A este nível de competição alargada, os destinos devem, por essa razão, estar
preparados para incidir, com estímulos adequados, no processo de decisão do turista, inserindo os
destinos como parte do set de oportunidades tomado em consideração, confrontando a sua própria
com aquela que, provindo de organizações diversas, actua sobre o mesmo campo de atracções.
A competição naturalmente também se joga entre destinos: neste sentido Pearce et al (1998, p.87)
analisaram o processo através do qual os turistas seleccionariam os destinos alternativos, eliminando-os
progressivamente até chegar à decisão final.
O ponto de partida é constituído pelo conjunto de destinos dos quais o turista está consciente
(awareness set), ou seja os lugares que ele conhece e recorda.
Entre estes o turista selecciona os destinos que considera adequados, sob a perspectiva da oferta e
atracções disponíveis, à satisfação das suas próprias necessidades (available set) e define as prioridades,
isto é, distingue entre um primeiro grupo de destinos a tomar em consideração para a viagem (early
consideration set) dos quais, após excluir aqueles considerados inadequados (inept set) ou não
suficientemente atraentes (inert set), selecciona um número restrito de alternativas entre as quais
escolherá (late consideration set). Entre estes assumirá a decisão final, depois de ter recolhido
informações posteriores.
2.1. O produto turístico e o sistema da oferta turística – O papel dos operadores turísticos
Existem diversos tipos de destinos turísticos, tais como destinos de montanha, balneares, urbanos,
rurais, entre outros, que motivam as deslocações de pessoas. Conforme a procura de um destino, os
preços praticados variam, ou seja, um destino turístico com uma procura turística elevada, certamente
que irá deter preços mais elevados que um destino turístico pouco conhecido ou pouco procurado.
3. O mercado turístico – tipologia
3.1. O turismo urbano
Cerca de 80% da população europeia vive em cidades, o que faz da Europa o continente mais
urbanizado do mundo e como questão urbana um dos principais desafios dos próximos anos. Por um
lado, as aglomerações urbanas potenciam as dificuldades com as quais a sociedade europeia, no seu
todo, se confronta: problemas de circulação, poluição, insegurança e desemprego. Por outro lado, elas
são não apenas o principal espaço de criação de riqueza e o centro do desenvolvimento cultural e social,
mas também, para os cidadãos, um espaço de vida, de trabalho, de consumo e de lazer.
Desde o início dos anos 80, o turismo urbano conhece um interesse renovado e um crescimento
apreciável. Beneficia, incontestavelmente, de uma combinação de vários factores como sejam o
movimento de revalorização e reabilitação dos centros históricos das cidades, o alargamento e a
diversificação das práticas culturais, o interesse marcante dos consumidores pelo património e o
urbanismo, assim como a procura de animação e de oportunidades de fazer compras.
As férias repartidas, o advento do mercado único e o aumento geral da mobilidade são outros tantos
factores favoráveis ao desenvolvimento do turismo urbano europeu.
A oferta vai-se diversificando ao sabor da evolução dos gostos de actividade e lazer dos visitantes.
Diversifica-se também de acordo com a tomada de consciência e a vontade cada vez mais declarada dos
decisores políticos de promover o turismo como um eixo de desenvolvimento económico, portador de
riqueza e de emprego.
O turismo surge como um eixo estratégico de uma política de ordenamento urbano que,
necessariamente, tem de propor uma oferta competitiva que vá ao encontro das expectativas dos
visitantes e, ao mesmo tempo, contribua positivamente para o desenvolvimento da cidade e para o
bem-estar dos seus habitantes.
O Turismo de massa também chamado turismo de sol e praia. É o mais convencional, passivo e sazonal
tendo a sua criação vinculado à consolidação do capitalismo o que propicia o surgimento do seu público-
alvo a classe média. É normalmente menos exigente e desprovido de um maior conforto, pois é um
segmento turístico voltado para a classe intermediária da sociedade e tem como característica principal
o seu baixo custo. A Organização Mundial do Turismo (OMT) constata que o turismo de massa ainda
está na sua "infância", pois, diferentemente do turismo “elitista”, conserva ainda uma importante
procura latente ou (não-público), dependendo, portanto da conjuntura económica e particularmente do
aumento do poder aquisitivo da população gerando uma “Classe média”.
Em Portugal o turismo rural é criado em 1986 com a regulamentação do Decreto-Lei n.º 256/86 de 27
Agosto, sendo institucionalizadas três modalidades, turismo habitação, turismo rural e agro-turismo.
Actualmente a definição apresentada pela DGT (Direcção Geral do Turismo) que se encontra no
Decreto-Lei 54/2002 “Turismo no espaço rural consiste no conjunto de actividades, serviços de
alojamento e animação a turistas, em empreendimentos de natureza familiar, realizados e prestados
mediante remuneração, em zonas rurais.” (art. 1.º, Decreto-Lei n.º 55/2002, de 2 de Abril). Por zonas
rurais é considerado todas “as áreas com ligação tradicional e significativa à agricultura ou ambiente e
paisagem de carácter vincadamente rural” (art. 3.º, Decreto-Lei n.º 55/2002, de 2 de Abril).
Por serviços de alojamento compreende-se aqueles que são prestados na modalidade de, turismo de
habitação, agro-turismo, turismo de aldeia, casas de campo, hotéis rurais, parques de campismo rurais.
O Turismo de Habitação caracteriza-se por solares, casas apalaçadas ou residências de reconhecido
valor arquitectónico, com dimensões adequadas, mobiliário e decoração de qualidade.
O Agroturismo caracteriza-se por casas de habitação ou os seus complementos integrados numa
exploração agrícola, caracterizando-se pela participação dos turistas em trabalhos da própria exploração
ou em formas de animação complementar.
O Turismo de Aldeia caracteriza-se pelo serviço de hospedagem prestado num conjunto de, no mínimo,
cinco casas particulares situadas numa aldeia e exploradas de forma integrada, quer sejam ou não
utilizadas como habitação própria dos seus proprietários, possuidores ou legítimos detentores.
As Casas de Campo são casas particulares e casas de abrigo situadas em zonas rurais que prestam um
serviço de hospedagem, quer sejam ou não utilizadas como habitação própria dos seus proprietários.
O ecoturismo é uma forma de turismo voltada para a apreciação de ecossistemas em seu estado
natural, com sua vida selvagem e sua população nativa intactos.
Embora o trânsito de pessoas e veículos seja agressivo ao estado natural desses ecossistemas, os
defensores de sua prática argumentam que, complementarmente, o ecoturismo contribui para a
preservação dos mesmos e para o desenvolvimento sustentado das populações locais, melhorando a
qualidade de vida das mesmas.
O ecoturismo é percebido pelos seus adeptos ou tende a ser promovido como:
- Uma forma de praticar turismo em pequena escala;
- Uma prática mais activa e intensa do que outras formas de turismo;
- Uma modalidade de turismo na qual a oferta de uma infra-estrutura de apoio sofisticada é um
dado menos relevante;
- Uma prática de pessoas esclarecidas e bem-educadas, conscientes de questões relacionadas à
ecologia e ao desenvolvimento sustentável, em busca do aprofundamento de conhecimentos
e vivências sobre os temas de meio-ambiente;
- Uma prática menos espoliativa e agressiva da cultura e meio-ambiente locais do que formas
tradicionais de turismo.
Explora os recursos paisagísticos e ambientais dos espaços montanhosos, sendo geralmente a segunda
forma mais popular de turismo.
É particularmente procurado no período de Inverno, para a prática de desportos de neve.
Turismo de aventura é um segmento de mercado do sector turístico que compreende o movimento de
turistas cujo atractivo principal é a prática de actividades de aventura de carácter recreativo. Podendo
ocorrer em qualquer espaço: natural, construído, rural, urbano, estabelecido como área protegida ou
não.
Actividades relacionadas: Rafting, rapel, mountain bike, mergulho autónomo, mergulho de apneia,
trekking, exploração de Cavernas entre outras actividades.
Portugal, apesar de pequeno, é um País que dispõe de uma variedade de produtos turísticos, capaz de
responder aos diferentes gostos e preferências dos turistas.
Portugal dispõem dos seguintes tipos de destinos turísticos: