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20 de setembro de 2018.
Parte I
1 O jornalista, a mídia e o caso brasileiro
Na faculdade de Jornalismo aprendemos que (COTTA, 2005):
◼ O repórter nunca fica plenamente satisfeito com as informações que
possui. Por isso, durante a apuração, procura, na medida do possível,
ouvir mais de uma versão sobre o fato.
◼ Caso não seja um editorialista, colunista ou articulista de um veículo de
comunicação, não cabe ao repórter julgar ou ser parcial em seu texto. Não
é objetivo do repórter conduzir seu público nesta ou naquela direção. O
seu público é quem deve decidir, a partir das informações fornecidas, o
julgamento dos fatos.
◼ Pensar em jornalismo não diz respeito apenas ao domínio da língua
portuguesa, das técnicas de redação e estilo, e da experiência pessoal.
Pensar em jornalismo significa, antes de tudo, refletir sobre o papel
exercido por este profissional para a sociedade.
◼ O repórter é aquele que pensa mais na narrativa para os outros do que
em suas opiniões pessoais. E conseguir este olhar do outro é essencial
para fazer jornalismo. É o que na antropologia se chama alteridade.
◼ Este novo olhar permite o desenvolvimento da criticidade do profissional
que escreve e do seu leitor, ouvinte, telespectador ou internauta. Por isso,
este profissional da comunicação social deve entender sua atuação
mergulhada na realidade, dentro de determinado contexto cultural e
econômico do País.
◼ Em suas reportagens um jornalista nunca deve misturar informação
com opinião. Esta atitude compromete a busca pela verdade e coloca em
questão a idoneidade do profissional e do veículo em questão. Trata-se,
sobretudo, de uma postura que foge à ética profissional.
◼ Mesmo com compromissos financeiros e políticos dos veículos de
comunicação, o repórter não pode perder de vista a função social que sua
profissão exige.
É este último ponto que limita a ação do profissional, já que não costuma
ser respeitado pelos veículos de comunicação. O jornalista existe em um
contexto maior do que sua atuação em busca dos fatos. Isso porque, a busca
pela “verdade” – muitas vezes equivocadamente ensinada nos bancos escolares
das faculdades de Jornalismo – revela a imposição de apenas uma das
verdades: a verdade dos interesses editoriais das mídias.
Tentarei, agora, responder à segunda questão colocada anteriormente:
Será que realmente a imprensa brasileira, vinculada aos meios de comunicação
de massa, cumpre o papel de ser um bastião da democracia? Este é um mito
perpetrado socialmente e que se estabeleceu como axioma em nossa
sociedade.
Ouvimos dizer que a mídia é o 4º poder – compreendendo que os outros
três formam o pilar democrático composto pelo Executivo, o Legislativo e o
Judiciário. Ela é o poder que media as informações e busca as supostas
“verdades”, encaminhadas em forma de notícias à população. Para que a mídia
seja o 4º poder, é necessário, portanto, que nós acreditemos que ela é idônea,
imparcial e justa, portanto, alheia ao jogo político e econômico que se desenha
em âmbito nacional. A credibilidade dos meios de comunicação parte, então, da
crença de que os jornalistas agem segundo princípios, e que os veículos para os
quais trabalham têm como meta tornar a sociedade mais justa.
Este discurso, aparentemente ingênuo para muitos de nós, ainda é
extremamente eficaz para a maioria da população. Grande parte dos brasileiros
tem a opinião moldada pelos meios de comunicação de massa. Portanto, parcela
significativa é informada sobre o jogo político através das mídias.
Pesquisa divulgada no fim de junho de 2017 pelo Reuters Institute e pela
Universidade de Oxford revelou que o Brasil é o segundo país do mundo com
maior confiança nas mídias online. Segundo o estudo, 60% da população
acredita nos meios de comunicação. Ainda de acordo com a pesquisa, o nosso
País só perde para a Finlândia, país em que 62% da população confiam nos
meios. Nossa crença no jornalismo digital é superior àquela das populações de
países como Holanda, Alemanha, Dinamarca e Noruega (“Brasil é segundo país
com a maior confiança na mídia, diz estudo”, [S.d.]).
Levantamento da Kantar Ibope, divulgado no fim de novembro de 2017,
mostrou que o telespectador brasileiro dedica 6 horas e 17 minutos diários a TV
– uma hora e 6 minutos a mais que em 2007. Dados do Target Group Index
revelam que 53% das pessoas afirmam confiar na TV para se informar
(“Consumo de TV cresce e 53% dizem confiar no telejornalismo”, [S.d.]).
Cabe destacar que a TV ainda é o grande meio para acesso a
informações em porte nacional. Tanta credibilidade atribui enorme poder político
e econômico aos meios de comunicação.
A TV é um dos canais de informação para 11,8 milhões de analfabetos,
ou seja, 7,2% da população brasileira acima de 15 anos. Mais da metade da
população brasileira – 51% acima dos 25 anos – tem apenas o Ensino
Fundamental completo (“Brasil ainda tem 11,8 milhões de analfabetos, segundo
IBGE”, 2017). Assim, quase 60% da população com baixa ou quase nenhuma
escolaridade encontra nos meios de comunicação a fonte de suas informações.
O impacto social das notícias sobre esta realidade é altamente perigoso. A
informação errada, ou manipulada, pode redundar na formação de opinião
dirigida segundo interesses os mais diversos.
Imaginem, agora, este poder concentrado nas mãos de poucos.
Pesquisa das ONGs Repórteres Sem Fronteiras – situada na França – e
Intervozes – do Brasil –, financiada pelo governo alemão, revela que cinco
famílias controlam metade dos 50 veículos de comunicação com maior audiência
em todo o País. A pesquisa faz parte de um Monitoramento de Propriedade da
Mídia – em inglês, Media Ownership Monitor, ou simplesmente MOM – realizado
anteriormente em outros 10 países em desenvolvimento. A pesquisa gera um
ranking de Risco à Pluralidade da Mídia, elaborado pelos Repórteres Sem
Fronteiras. Nesta lista, o Brasil ocupa a 11ª posição, ou seja, o último lugar
(ANTONIO, [S.d.]).
No levantamento de 50 veículos com maior audiência, ficou constatado
que 26 deles pertencem a cinco famílias. O maior de todos é o grupo Globo, da
família Marinho, que possui nove dos 50 maiores veículos. A forte influência da
Globo parte da TV aberta, passando pelo canal por assinatura GloboNews, a
rádio CBN, a Rádio Globo, os jornais O Globo, Extra, Valor Econômico, e a
Revista Época, por exemplo. O grupo Globo, sozinho, possui audiência maior
que a soma do 2º ao 5º lugar na pesquisa. Para os autores da pesquisa, esse
domínio caracteriza um oligopólio. O conglomerado Globo – que é composto,
ainda, por gravadora, editora, portal de Internet, plataforma de vídeo, dentre
outros – revela um perigo à democracia, e não a reforça (ANTONIO, [S.d.]).
Quem denuncia o risco não sou eu, mas a Constituição Federal, que no artigo
220 (GOVERNO FEDERAL, 1988), afirma: "os meios de comunicação social não
podem, direta ou indiretamente, ser objeto de monopólio ou
oligopólio". Entretanto, este artigo, assim como outros que dizem respeito à
comunicação social, nunca foram regulamentados pelo Congresso. O fato é que
o oligopólio só é caracterizado pela lei no caso das TVs, mas a lei permite a
propriedade cruzada dos meios de comunicação em múltiplos segmentos.
O Grupo Globo é apenas um exemplo. Para ser mais claro, é o maior
exemplo. No entanto, há outros conglomerados, como o Grupo Record –
propriedade da família Macedo, que controla uma TV aberta e outra fechada,
mídia impressa, portal na Internet, rádio, dentre outros.
Diante do que foi exposto até agora, é possível apontar uma contradição
basal. Por um lado, a liberdade de expressão é fundamental para o exercício da
democracia plena, e os meios de comunicação de massa são os porta-vozes
deste preceito. Por outro lado, no caso brasileiro, há clara concentração de
empresas de comunicação nas mãos de poucas famílias, que mantêm o
oligopólio nacional da informação. Diante de todos os canais de comunicação,
existe o brasileiro, afeito à crença na idoneidade e credibilidade das informações
que recebe dos meios de comunicação. Portanto, decisões importantes sobre o
que deve ser divulgado, como deve ser divulgado, quando deve ser
divulgado, e em que canais deve ser divulgado cabem a poucos, que sabem
perfeitamente que o público, de antemão, tende a acreditar no que for veiculado.
No entanto, para além de famílias que mandam nos meios de
comunicação do País, há outro dado importante a ser mencionado: aliados
diretamente a estas famílias, estão políticos do executivo e legislativo. A relação
entre políticos e a gestão dos veículos de comunicação não é recente.
Reportagem publicada na Folha de São Paulo, em 2001 (“Folha de S.Paulo -
Comunicação: Políticos controlam 24% das TVs do país - 06/08/2001”, [S.d.]),
revelava que 24% das TVs brasileiras eram geridas por políticos. Para vocês
terem uma ideia, no início do século XXI, o jornal revelava que 60 emissoras
eram ligadas a políticos. Na época, a Globo tinha 21 afiliadas nas mãos de
mandatários, contra 17 do SBT e nove da Band. Constam da lista nomes como
o ex-presidente José Sarney, os senadores Fernando Collor, Jader Barbalho,
Romero Jucá – aquele mesmo... que disse que era necessário “um grande
acordo nacional com o Supremo, com tudo...” – e Tasso Jereissati, dentre outros.
Dez anos depois, o Ministério das Comunicações revelava que 56 deputados e
senadores eram sócios ou tinham parentes no comando de emissoras de rádio
e TV (“Confira a lista de parlamentares donos de rádio e TV”, 2011). Na atual
legislatura, 32 deputados federais e oito senadores são sócios diretos de
emissoras.
O que diz a Constituição Federal sobre o tema? Segundo o Artigo 54
(GOVERNO FEDERAL, 1988), desde a posse, os parlamentares não podem “ser
proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor
decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer
função remunerada”. Em 2017 a briga foi parar no Supremo Tribunal Federal –
STF. A ministra Rosa Weber foi relatora da Arguição de Descumprimento de
Preceito Fundamental nº 246 (ADPF 246) –, que tramita em conjunto com a
ADPF 379 –, que questiona a posse de veículos de comunicação por políticos
em atividade. Curiosamente, a Associação de Emissoras de Rádio e Televisão
– Abert – pediu para ser ouvida no julgamento, e solicitou que o ministro Gilmar
Mendes autorizasse.
A história segue sem conclusão. Tribunais estaduais, como de Santa
Catarina e de São Paulo, têm impedido que políticos mantenham rádios em TVs
durante o mandato. No entanto, a Advocacia Geral da União (AGU) tenta reverter
os avanços e manter as concessões aos políticos.
Conclusão
Diante do que foi exposto, é possível tirar algumas conclusões sobre a
relação estabelecida entre a mídia brasileira e o golpe de 2016. O primeiro ponto
que eu gostaria de destacar é que a forte capilaridade apresentada pelos meios
de comunicação de massa junto à população brasileira acontece devido à
construção do mito da idoneidade. O mito possui uma base pragmática, pois
revela uma eficácia real sobre o mundo em que vivemos. O mito é menos uma
revelação de uma verdade posta e mais um elemento que organiza moralmente
uma sociedade. A noção de que a mídia denuncia as injustiças e informa a
população de maneira imparcial é um tipo de percepção construído ao longo de
décadas, e arquiteta a forma como vemos a sociedade.
A mídia constrói um tipo específico de narrativa sobre a história
cotidiana, e aponta os rumos que devem ser tomados. Ela cria perspectivas
sobre o mundo, a sociedade e a história, portanto, reforça outros mitos nacionais,
como, por exemplo, o que afirma que o Estado nacional é inflado e arcaico diante
de uma filosofia de mercado moderna e necessária. A mídia explica a forma
como a sociedade funciona para milhões de brasileiros, que, na maioria das
vezes, não têm acesso a outras formas de informação.
A sociedade não opina sobre orientações de ordem técnica, pois a maior
parte da população não possui expertise para tratar de assuntos como economia,
por exemplo. E, diante de informações claras narradas por um – ou uma –
repórter bem-vestido, que usa corretamente o léxico, e mostra imagens e
depoimentos de experts, o cidadão comum tende a acreditar que o que está
sendo mostrado, sob efeito de ordenação, é verdade.
Mas não posso, contudo, culpar grande parte da sociedade pelas suas
crenças. Isso, porque, conhecer os meandros das operações da sociedade é
algo tão difícil que há muitas disciplinas e teorias tentando conhece-los, como
nos comprovam a História, a Sociologia, a Antropologia, a Geografia Humana, e
aqui, em especial, a Comunicação Social. A população, na verdade, é vítima de
sua ignorância sobre os abusos que são cometidos cotidianamente contra ela
entre o fim da “novela das sete” e o começo da “novela das nove”. Afinal, o povo
– essa abstração de onde viemos e que lutamos tanto para compreender –
recebe as narrativas que explicam com clareza o mundo em que vivemos.
Este mito da idoneidade midiática foi cuidadosamente projetado com fins
específicos de exercício de poder. Por trás dele, pequeno grupo de famílias, em
conluio com a classe política, manipula a população de acordo com interesses
imediatos para aumento do faturamento dos grupos midiáticos e da perpetuação
dos mesmos atores no protagonismo do cenário político. Cabe à mídia o discurso
de legitimação de toda jogada de seus aliados. Portanto, a mídia ocupa um
importante papel no jogo político, ideológico e financeiro.
Se os políticos precisam da mídia para que seu jogo possa ser legitimado
e apoiado pela população brasileira, por outro lado, os meios de comunicação
necessitam de um aparato jurídico e político para que o jogo midiático continue
centralizado nas mãos de poucos, sem sofrer nenhum tipo de regulação,
compondo oligopólios de comunicação. Desta forma, mídia e poder concentrado
de políticos se autossustentam e se misturam: a mídia não apenas dá suporte a
determinados setores que sempre mandaram na sociedade brasileira; a mídia,
de certa forma, compõem os setores que sempre mandaram na sociedade
brasileira.
Desta feita, os ataques a Dilma, ao PT e a Lula não foram orquestrados
exclusivamente pela mídia, mas por uma parte da sociedade insatisfeita com um
projeto histórico de inclusão e de combate a uma política redistributiva. A mídia,
com seu arsenal de enfoques seletivos, difundiu o discurso moralizante de
combate à corrupção criminalizando Dilma, PT e Lula. O discurso foi abraçado
pelas classes média e alta, que reproduziam nas mídias sociais – Facebook,
WhatsApp e afins – a insatisfação diante das notícias que davam conta da
suposta corrupção petista. Segundo a mídia, o PT, Dilma e Lula tornaram-se
inventores da corrupção, chefes de uma quadrilha que assaltou os cofres
públicos de todo o País.
Agora, cabe uma ressalva: os ataques midiáticos contra a esquerda e
movimentos populares sempre existiram. Eles agora revelaram sua face mais
cínica em função do sentimento de urgência que os setores que controlam o
poder econômico sentiram de mudar os agentes do poder. E não tenham dúvida
de que irão continuar. Há eleições presidenciais no fim do ano, e a Globo já
exibiu, no dia 10 de agosto, durante o Jornal Nacional, reportagem em que a ex-
marqueteira do PT, Mônica Moura, em delação premiada, fazia denúncias contra
o ex-ministro da Educação petista Fernando Haddad. Chamo atenção para o fato
de que Haddad, até hoje, diante de tantas acusações generalizadas de
corrupção, mantinha a imagem incólume. É curioso que uma denúncia surja no
momento em que começa a corrida à presidência.
Por isso, é necessário que a luta pela democratização dos meios de
comunicação se intensifique. Esta não é uma guerra nova. Há cerca de 30 anos
grupos que lutavam contra à ditadura militar já levantavam esta bandeira. Eles
defendiam, entre outras coisas, a educação dos jovens para a mídia, ideia
fundamental para que tenhamos uma leitura crítica dos meios de comunicação
de massa. Outra alternativa é o fortalecimento das mídias comunitárias, como
rádios e TVs desenvolvidas em comunidades carentes pelos próprios
moradores. O governo Lula foi apoiador destas ideias. Para se ter uma ideia,
ocorreram cerca de 70 conferências no período lulista com o objetivo de
popularizar as comunicações. Infelizmente, a falta de consenso entre os atores
envolvidos não permitiu que as políticas fossem desenvolvidas. Atualmente, as
grandes mídias, cuja maior parte das concessões é oriunda da época do regime
militar, barram no Congresso Nacional todas as pautas que questionam os
oligopólios nas comunicações (“Democratização dos meios de comunicação”,
2013).
Por fim, apesar do grave cenário nacional no qual vivemos há alguns
anos, devo destacar que não há motivo para pessimismo. As classes populares
seguem fiéis a um projeto de governo que transformou suas vidas, e que encheu
o País de visibilidade e, para além, de esperança. No momento em que escrevo
este texto, sei que, mesmo atrás das grades, Lula é um líder lembrado pela
população. Dilma tem reais chances de se eleger senadora por Minas Gerais. E,
teimoso, reafirmo minha certeza na crença de que a esperança vai vencer o
medo.
Referências
1 mês de salário dos servidores banca 1 ano de Bolsa Família. Disponível em:
<https://www.gazetadopovo.com.br/politica/republica/um-mes-de-salario-dos-
servidores-da-uniao-banca-um-ano-de-bolsa-familia-
1jwoeifqseuw7mp5sml99gxbr>. Acesso em: 9 ago. 2018.
6 fatos que mostram por que o Judiciário brasileiro é o mais caro e ineficiente
do mundo. Disponível em: <https://spotniks.com/6-fatos-que-mostram-por-que-
o-judiciario-brasileiro-e-o-mais-caro-e-ineficiente-do-mundo/>. Acesso em: 9
ago. 2018.
A trágica farsa do Impeachment. Disponível em:
<http://wagnerfrancesco.jusbrasil.com.br/artigos/379335697/a-tragica-farsa-do-
impeachment>. Acesso em: 13 ago. 2018.
Brasil ainda tem 11,8 milhões de analfabetos, segundo IBGE. Disponível em:
<https://oglobo.globo.com/sociedade/educacao/brasil-ainda-tem-118-milhoes-
de-analfabetos-segundo-ibge-22211755>. Acesso em: 3 ago. 2018.
Brasil é segundo país com a maior confiança na mídia, diz estudo. Disponível
em: <https://g1.globo.com/economia/midia-e-marketing/noticia/brasil-e-
segundo-pais-com-a-maior-confianca-na-midia-diz-estudo.ghtml>. Acesso em:
3 ago. 2018.
PP, PMDB, PT e PSDB são os partidos com mais parlamentares sob suspeita.
Congresso em Foco. [S.l: 21 jul. 2017]. Disponível em:
<https://congressoemfoco.uol.com.br/especial/noticias/pp-pmdb-pt-e-psdb-sao-
os-partidos-com-mais-parlamentares-sob-suspeita/>. Acesso em: 6 ago. 2018.