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A INTERDISCIPLINARIDADE NA DESCRIÇÃO

BIBLIOLÓGICA PARA AMPLIAÇÃO DO ACESSO A


PARTIR DA COLEÇÃO RUI BARBOSA

Vivian Faria Paccico


Laura Maria Martins Ferreira Santos
■ Trata-se de uma biblioteca pessoal com características
Objeto de pesquisa: muito peculiares: Rui Barbosa adquiriu a casa em 1893,

a biblioteca Rui onde viveu até 1923.


■ Sua biblioteca conta com cerca de 33.800 volumes,
Barbosa. mantidos em seu local original e preservados na íntegra.
■ Possui obras nacionais e estrangeiras.
■ Apesar de seu caráter enciclopédico (isto é, possui livros
dos mais variados temas), a fatia que mais se destaca é
sua coleção jurídica.
■ Existem na coleção muitas obras reconhecidamente raras,
entre elas algumas primeiras edições.
■ Precioso: Abrange as noções de posse e identidade.
Relevância do ■ Ao colecionar determinados volumes, Rui Barbosa
Acervo seguiu um critério próprio, formando uma coleção
exaustivamente personalizada e, por isso, preciosa.

■ As obras contidas na coleção Rui Barbosa têm um caráter


único, ressaltando-se que é um acervo preservado na
íntegra, do modo em que foi pensado, tratado e
armazenado originalmente por Rui Barbosa. É
considerado, portanto, precioso na totalidade de seu
conjunto.
■ Entre 2011 e 2013 foi desenvolvida a pesquisa “Estudo e
Origem do Preservação do Acervo Bibliográfico da Coleção Rui
Questionamento Barbosa”, sob orientação de Edmar Gonçalves.

■ O objetivo era o de fazer o diagnóstico do estado de


conservação dessas obras, e um estudo sobre as
condições do ambiente de guarda.

■ Durante esse processo nos deparamos com uma variedade


grande de características importantes sobre as obras, não
necessariamente pertinentes à sua conservação num
primeiro momento, mas determinantes para a
identificação dos mesmos.
■ Um diagnóstico não necessariamente é voltado para o
Diagnóstico estado de conservação das obras. Este pode ter caráter de
distinção de características, como demonstra a
terminologia da palavra diagnóstico, “capaz de
distinguir, de discernir” (HOUAISS, 2009, p. 679),
“capaz de ser discernível” (CUNHA, 2007, p. 261).

■ O diagnóstico do acervo, enquanto ferramenta de


distinção, promove uma Análise Bibliológica das obras
ou exemplares. No entanto, é possível observar que há
um subaproveitamento das informações obtidas nesse
processo, principalmente no que se refere ao acesso.
Objetivo
■ Dar acesso à essas informações para os usuários

■ Sincronizar o dados entre os serviços de biblioteca


e preservação

■ Dinamizar as fichas catalográficas sem intervir na


catalogação

■ Viabilizar a criação de um glossário bibliológico


que atenda à normalização das fichas de
diagnóstico
■ Customização da base de dados da instituição
Neste ponto a Conservação e Restauro e a Biblioteconomia se encontram.

As obras físicas não mais precisariam ser acessadas para que diversas
caracteristicas referentes a sua materialidade pudessem ser exploradas.

Mas para que isso seja feito de forma eficiente, um vocabulário controlado
se faz essencial. As características precisam ser descritas de forma idêntica,
para que haja meio de recuperação dessas informações.

Na perspectiva na Análise Bibliológica, o Diagnóstico, a Catalogação e o


usuário-pesquisador carecem “falar a mesma língua”. Ambos devem
orientar-se a partir de uma diretriz terminológica única, a ser desenvolvida e
implementada pela instituição.
1. Sem interferir na ficha catalográfica básica
Justificativa
2. Sem desvincular a informação do objeto digital (ficha)

3. Em uma plataforma de busca e recuperação de


informações para que possam ser recuperadas e
trabalhadas pelos pesquisadores
Maria Solange Rodrigues:

Referencial Teórico A “Análise Bibliológica, como recurso de preservação e salvaguarda,


exige o conhecimento do livro raro sob o ponto de vista da sua
materialidade”,

Eliane Mey Silveira:


Diante a Catalogação, essas características podem ser descritas através
de notas que tratam de “informações adicionadas pelo catalogador, que
interessem ao usuário e não tenham lugar no corpo de descrição”

Magali Melleu Sehn:


“a fragmentação e a falta de conexão entre arquivos documentais no
âmbito de uma mesma instituição interferem no processo de
preservação”
Ozana Hannesch:
O diagnóstico pressupõe o uso de um sistema coerente e consistente de
informações que reflita uma realidade. Este sistema compreende o uso
de terminologia padronizada e de representações e referências que
possam não só ser do domínio de Conservadores-Restauradores, mas
também de outros agentes responsáveis pela coleção.

Ana Virgínia Pinheiro:


1) notas de encadernação; 2) notas que personalizam e identificam
formalmente o exemplar; 3) notas de anotações manuscritas; 4) notas
de materiais anexos; 5) notas de marcas de propriedade e posse; e 6)
notas sobre defeitos e incompletudes do exemplar

“a redação da nota tenha caráter mnemônico, isto é, que mantenha uma


estrutura uniforme e constante, de modo que o leitor, em curto tempo,
apreenda o discurso e assimile os modos de busca”
Exemplos
Obrigada!

vivianpaccico@gmail.com

laura.mmsantos@gmail.com

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