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Obra: A Política

Autor: Aristóteles
Livro III – Dos Governos

RESUMO INFORMATIVO

Trabalho de avaliação do “Grupo 3”, para o 3º semestre da


disciplina
Filosofia Política - Curso de Filosofia - CCHS/UFMS 1

Professor/Orientador: José Moacir de Aquino


EXPLICAÇÃO NECESSÁRIA
Por se tratar o presente trabalho de um resumo com
apresentação visual, onde um dos livros (Livro III) será
analisado por seis alunos, com visões diferentes, optamos
pelo formato RESUMO INFORMATIVO, levando em conta as
seguintes justificativas:

 A parte a ser analisada é um livro composto de seis capítulos (IX a XIV),


com suas subdivisões, não permitindo muito aprofundamento em
análises críticas, cabendo apenas destacar e comentar superficialmente
os principais tópicos;
 diante do exposto, julgamos que o formato mais adequado seria o
RESUMO INFORMATIVO, por ser aquele que, conforme conceito:

“ Indica somente a descrição dos pontos principais do texto-


básico, fazendo ou não uma breve avaliação global, sem
Explicados os porquês de não adotarmos integralmente o “resumo crítico”
apresentar juízo de valores, permitindo apenas curtos
em apresentação visual, esclarecemos também que cada aluno deverá
comentários ocasionais, para orientar o leitor.”
fazer os comentários cabíveis ao seu tópico, durante a apresentação.
O resumo informativo é apenas uma orientação para a leitura da
2
obra; não é uma resenha e não dispensa a leitura do texto
original.
PARTE I
Livro III , Capítulo IX
DAS DIVERSAS FORMAS DE GOVERNO

3
Livro Das Diversas Formas de Governo
III
Capítulo IX

 Contemporâneos, com muitas ideias afins e compartilhando a mesma


“pólis” como cidadãos, Platão e Aristóteles foram filósofos que se
preocuparam com a forma de governo vigente em Atenas.
Platão,
Aristóteles quis mais: examinou as Aristóteles,
o Mestre constituiçõeso
de dezenas de
Discípulo
“pólis”, com o intuito de saber as qualidades e defeitos de cada
uma;

X
 Platão, decepcionado com a democracia que condenou Sócrates à
morte e tantos outros, via muitos defeitos, não só nesse sistema,
mas em outros conhecidos, e imaginou a República ideal, escrevendo
uma obra, mostrando como essa república deveria ser:
 Aristóteles tinha as mesmas preocupações mas não concordou com a
visão de Platão, alegando que aquela era uma república ideal, mas
não real, e queA seria
República
utópica e inviável; A Política
 Nesse sentido, e por considerar ser de vital importância para a pólis
QUAL DELES MELHOR ANALISOU AS “FORMAS DE
ter um governo que fosse bom e justo para todos (de acordo com o
GOVERNO”?
seu conceito de “justiça”), resolveu escrever uma outra obra,
também de cunho político, porque considerando o homem um animal 4

político e ao mesmo tempo um ser social, seria impossível conviver


em harmonia com os demais, sem boas e justas normas que
Livro Das Diversas Formas de Governo
III
Capítulo IX

“A justiça consiste em tratar de forma igual aos iguais e


de forma desigual aos diferentes.” (Aristóteles)

Os Critérios Platão, Número e Aristóteles,


o Mestre
Distintivos: Justiça
Discípulo
o

 Partindo do simplíssimo e intuitivo princípio acima, Aristóteles resolveu

X
pesquisar as constituições de outras Cidades-Estados para compará-las
nesses critérios, estudando-as para ver quais produziram melhor
resultado.
 Para tanto, reuniu seus alunos do Liceu que o auxiliaram a pesquisar as
constituições de 158 Cidades-Estados. Concluiu que seis formas de
governo mais comuns mereciam melhor atenção, quando classificadas
A República A Política
pelos critérios de número de governantes/governados e a distribuição
dos bens e daQUAL DELES
justiça MELHOR
nesses ANALISOU AS “FORMAS DE
governos.
 Identificou como mais comunsGOVERNO”?
seis formas de governos, que dividiu em
dois grupos: 3 formas chamadas “puras” e 3 derivadas chamadas 5
“pervertidas”, cada uma delas analisadas ao longo do capítulo e em
outros. Essas formas são as que mostramos no quadro-resumo a seguir.
Livro Das Diversas Formas de Governo
III
Capítulo IX

As Formas de Governo Analisadas e Criticadas


Platão, o Mestre Aristóteles, o
Discípulo

X
A República A Política
QUAL DELES MELHOR ANALISOU AS “FORMAS DE
GOVERNO”?
Segundo Aristóteles, nenhuma das formas de governo acima era perfeita, nem
6
mesmo a democracia, apesar de considerada a “menos pior” das formas
pervertidas.
Livro Das Diversas Formas de Governo
III
Capítulo IX

Resumo Conclusivo da Análise das Formas de Governo do


 AristótelesIX
Capítulo entende que sendo o homem um ser social e político, deve viver
na pólis, ou seja na cidade, sendo dever do Estado garantir o bem-estar do
Platão, o Mestre Aristóteles, o
cidadão e dos habitantes, mesmo os não-cidadãos.
Discípulo
 Percebe-se que Aristóteles tem uma visão elitista da política e demonstra um
pouco mais de preferência pela aristocracia. Deduz-se isso dos termos que

X
emprega para o povo (‘massa”, “multidão”, “arraia-miúda”, “pobres”,
“medíocres”, etc), isto na interpretação deste aluno e smj.
 Para Aristóteles, só poderia exercer um cargo político quem tivesse tempo
livre para atuar nas assembleias. Assim, trabalhadores e escravos estariam
eliminados de participar dos destinos da pólis. Outros (idosos, crianças e
mulheres), idem, por serem cidadãos incompletos. Somente os
A República
proprietários (elite), A Política
com cidadania assegurada, teriam condições efetivas de
trabalharem como
QUAL políticos.
DELES MELHOR ANALISOU AS “FORMAS DE
 A melhor forma de governo? Aristóteles diz que não é nenhuma das
GOVERNO”?
conhecidas, porque além de defeituosas, não existe uma fórmula única, igual
para todas as pólis e sim uma forma intermediária ou mista, ditada pelo 7

“justo meio”. Mas não traça, pelo menos no capítulo IX, o perfil completo,
falando palidamente nela no capítulo XIV(“Das Virtudes do Justo Meio”),
PARTE II
Livro III, Capítulo X

DOS TRÊS PODERES


EXISTENTES EM TODO GOVERNO

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Livro Dos Três Poderes
III
Capítulo X Existentes em Todo Governo

:Existem 3 poderes essenciais


● Deliberativo
● Executivo
● Judiciário

9
Livro Dos Três Poderes
III
Capítulo X Existentes em Todo Governo

1.Poder deliberativo:
Deliberação sobre qualquer matéria – DEMOCRACIA
Várias maneiras de participação no processo
deliberativo: por separação em seções, por assembleia
geral, por assembleia para questões de guerra e aliança
e pela reunião de todos e sem interferência de decisão
dos magistrados.
Noções de oligarquia, aristocracia e republica.
10
Livro Dos Três Poderes
III
Capítulo X Existentes em Todo Governo

1. Poder executivo:
2
 Magistraturas devem participar do poder político a fim de “julgar e
ordenar”
 Magistratura para a boa conduta: cuidar do comércio, dos edifícios, dos
campos, do dinheiro, das questões judiciais.
 Não é recomendável haver apenas um executor – divisão das funções
 É preciso existir uma magistrado que regule os outros que manejam ou
estão envolvidos com dinheiro público, para não haver erros
 Há 3 magistraturas mais eminentes: conservação das leis, a consulta e
o senado.
 Como escolher os magistrados?
● A quem cabe nomear os magistrados?
● De onde vem ser tirados? 11

● Como proceder?
Livro Dos Três Poderes
III
Capítulo X Existentes em Todo Governo

3 – Poder Judiciário
Conhecemos a ordem judiciária pelas
espécies de tribunais e juízes
Qual a forma de nomeação dos juízes?
Modo democrático e oligárquico

12
PARTE III
Livro III, Capítulo XI

DO MELHOR GOVERNO

13
Livro
III
Capítulo XI
Do Melhor Governo
Na arte política, devemos deliberar sobre qual o melhor
governo para o povo
 
SUBTÓPICO: Relatividade do melhor governo.
 
 Cada povo possui características distintas;
 Os gregos têm espírito, coragem, conservam sua
liberdade, são muito civilizados e mandariam no mundo
todo se compusessem um só povo;
 A vida civil depende da inteligência e da coragem;
 O coração é a faculdade da alma de que procede a
benevolência e pela qual nós amamos;
 Quando sente-se desprezado o homem irrita-se;
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 Do coração procede o mando e a liberdade, sendo
imperioso e indomável;
Livro
III
Do Melhor Governo
Capítulo XI

SUBTÓPICO: A melhora do regime estabelecido

 O legislador e o bom político não devem ignorar qual é o melhor


governo em si e qual o melhor governo que as condições nos
permitem;
 Examinando uma Constituição já estabelecida, é preciso considerar
como ela veio a existir e como ela poderá se conservar;
 É preciso conhecer a melhor forma de governo que convir para o
Estado;
 Deve-se conhecer qual a melhor forma de governo e examinar as
particularidades dos já existentes;
 Apenas muda-se a Constituição de um governo após exame
15
minucioso das possibilidades e anseio do povo por tal;
Livro
III
Do Melhor Governo
Capítulo XI

SUBTÓPICO: A melhora do regime estabelecido

 O homem de Estado deve saber remediar os vícios do governo. E, para 
que consiga esse propósito, deve saber - e conhecer  – quantas espécies 
de governo existem; 
 Deve-se saber quais são as boas leis e quais convém à cada forma de 
governo;
 Constituição é a ordem e distribuição dos poderes existentes em um 
Estado;
 Leis são as regras para quem está no exercício do governo, regras para 
os refratários e diferem dos artigos fundamentais da Constituição;
 Diferentes espécies de governo requerem diferentes espécies de 
legislações. 16
Livro
III
Do Melhor Governo
Capítulo XI

SUBTÓPICOS: Dificuldades de
atribuição da soberania
 
 A quem deve caber o exercício da soberania?
 
 A justiça é o principal bem do Estado e não
pode dissolvê-lo;
 
 Há diversos inconvenientes quando se trata
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em estabelecer uma multidão, um pequeno


PARTE IV
Livro III, Capítulo XII
CRÍTICA DAS MONARQUIAS

18
Livro
III
Capítulo XII
Crítica das Monarquias

Crítica das Monarquias


- Do melhor governo
- Aristocracia
- Monarquia e Aristocracia
- Monarquia
- Tipos de monarquias
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Livro
III
Crítica das Monarquias
Capítulo XII

A Superioridade da Lei
- Monarquia absoluta/Monarca
absoluto
- Lei
- Distinção da lei
- Da preferência de governo
- Poder do Povo 20
Livro
III
Capítulo XII
Crítica das Monarquias

Razão Histórica de Ser da Monarquia


- História da formação dos governos
- Alegações a cerca da Monarquia

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PARTE V
Livro III, Capítulo XIII
CRÍTICA DAS REPÚBLICAS

22
Livro
III
Capítulo XIII
Crítica das Repúblicas

Duas categorias de Repúblicas: Oligarquia e Democracia


Duas questões - Uma república de primazia de segurança ou da
preferência de um povo: pode não ser suscetível do melhor.
A justiça - Nas duas categorias é justiça até certo ponto, não
confirma exatidão.
Igualdade como critério de justiça para um melhor governo, porém
tem seus limites.
Igualdade para os iguais e desigualdade para os desiguais –
Como resolver as questões dos direitos particulares e coletivos,
considerando o apelo pessoal por maiores direitos? A igualdade
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existirá entre as pessoas, se as pessoas não forem iguais, elas não terão uma
participação igual nas coisas.
Livro
III
Capítulo XIII
Crítica das Repúblicas

O crédito na lei: como resolução dos conflitos agradaria a todos.


O legislador: Para fazer uma melhor Constituição tem sempre que visar o interesse do
Estado e em determinado contexto.
Quem deve governar? Princípios de pretensão de superioridade absoluta se afasta de
um melhor governo e dos princípios da justiça.
Igualdade politica – Depende de pessoas e do patrimônio.
Na democracia a minoria perde na decisão para a maioria.
Na oligarquia a unilateralidade da decisão depende do patrimônio.
Soberania - Depende da instauração, que por um lado promove vantagens e por outro
desvantagens se da multidão, dos ricos, dos homens de bem, do homem mais 24

eminente quanto ao mérito, ou se preferível um monarca absoluto.


Livro
III
Capítulo XIII
Crítica das Repúblicas

Para Aristóteles seria melhor os governos que não pequem nem


por excesso nem por deficiência, em função dos critérios da
liberdade, da justiça, da participação na vida política, do mérito
e da eficácia na promoção do bem comum e da qualidade de
vida para todos. Aristóteles opta por formas mistas de governo,
na tentativa de incluir os aspectos melhores e a evitar os piores.
Nesse sentido, procede ter uma distinção entre constituições
corretas e desviantes. O bom Governo é o que promove o
equilíbrio da força dos ricos com o número dos pobres,
equilíbrio da força dos ricos com o número dos não ricos,
alternância entre governantes e governados; e o que mantém
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distante as tensões sociais.
PARTE VI
Livro III, Capítulo XIV
DAS VIRTUDES DO JUSTO MEIO

26
Livro
III
Capítulo XIV
Das Virtudes do Justo
Meio
 A melhor constituição e o melhor regime são os
medíocres;
 Sem virtudes inalcançáveis ao vulgo;
 Nem excesso de talentos naturais ou fortuna;

A decisão das questões do Estado devem


depender de princípios iguais.

 Ética: vida feliz pelo livre exercício da virtude;


 Vida colocada via abastança viável a todos.
27
Livro
III
Capítulo XIV
Das Virtudes do Justo
Meio
As características gerais das
classes sociais:

 Muito ricos: sem interesse na obediência –


déspotas;
 Miseráveis: incapazes de comandar – servos;
 Classe mediana: membros iguais e
semelhantes.
28
Livro
III
Capítulo XIV
Das Virtudes do Justo
Meio

Vantagens da classe média:


 Aceitação de um governo de origem semelhante;
 Mantêm-se sem almejar o alheio e não suscitam inveja;
 Vivem sem perigos;
 Melhores legisladores.
“Nenhuma sociedade civil é melhor do que a que se
compõe de tais pessoas, [...]” (p.189)
29
Livro
III
Capítulo XIV
Das Virtudes do Justo
Meio

Tipos de sociedade versus classes sociais:


 Predomínio de pobres – democracia;
 Predomínio de ricos – oligarquia;
Mesmo nestes dois modelos, o legislador deve observar a
quantidade e qualidade dos membros da sociedade; se
classe média em maior número, terá uma Constituição
firme e estável.
30
FIM DE
APRESENTAÇÃO

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BIBLIOGRAFIA E EQUIPE DE PRODUÇAO
I – Bibliografia:

• ARISTÓTELES. Política. Tradução de Mário da Gama Kury. 3 ed. Brasília: Editora


Universidade de Brasília, 1997.
• Ética a Nicômaco. Tradução de Leonel Vallandro; Gerd Bornheim. São Paulo:
Editora Abril, 1973 (Coleção os Pensadores, v. IV).
• ARISTÓTELES. Política. Trad. Roberto Leal Ferreira. 3 ed. São Paulo:
Editora Martins Fontes, 2006
• ARISTÓTELES. Política. Trad. Pedro Constantin Tolens. 6. ed. São Paulo: Editora
Martin Claret, 2015
• PLATÃO. A República. Trad. Pietro Nassetti. 3 ed. S. Paulo: Editora Martin Claret,
2016

II – Equipe de Produção:
Acadêmicos do Grupo de Estudo 3:

João Pedro Gomes Chama (cap. X), Patrick H. Okama (cap. XI), Caroline Lourenzone
(cap. XII), Márgaris de Maria (cap. XIV), Terezinha de Jesus L. Pereira (Cap. XIII),
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Ivo S. G. Reis (abertura; cap. IX)

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