You are on page 1of 6

PROCEDIMENTO OPERATIVO Pág.

1/x
Segurança em Trabalhos em Altura

CONSIDERAÇÕES GERAIS

Define-se trabalhos em altura, aqueles que são executados em alturas superiores a 2 metros
(andaimes, plataformas, escadas…).

A execução de trabalhos em altura expõe os trabalhadores a riscos elevados, particularmente


quedas, frequentemente com consequências graves para os sinistrados e que representam
uma percentagem elevada de acidentes de trabalho. Em Portugal, o número de acidentes de
trabalho em altura atinge os...

No sector da metalurgia e metalomecânica é necessário o recurso a trabalhos em altura em


diversas actividades, nomeadamente montagem de estruturas metálicas, operações de
manutenção em equipamentos de grande porte e instalações diversas (redes de gás,
elevadores, etc). Mesmo nas empresas cuja actividade normal não compreende trabalhos em
altura, estes verificam-se pontualmente, em actividades de manutenção, reparação e limpeza,
pelo que há que atender a estas regras.

Como a execução de trabalhos em altura envolve risco específico para a segurança e saúde
dos trabalhadores, o empregador deve tomar as medidas necessárias para garantir que aos
trabalhadores é prestada informação e formação adequadas sobre os riscos inerentes a este
trabalho, atendendo aos equipamentos e técnicas utilizados.

Neste trabalho vamos apresentar os riscos inerentes à utilização dos principais equipamentos
utilizados na execução dos trabalhos em altura – os andaimes, as plataformas suspensas e as
escadas. Far-se-á também uma breve apresentação da técnica de acesso e de posicionamento
por cordas, bem como uma abordagem das condições em que devem ser executados
trabalhos em altura de carácter temporário (p. ex: intervenções pontuais e de curta duração em
equipamentos).

Em virtude do que diz a Lei, devemos em primeiro lugar utilizar todo


conhecimento para eliminar os risco de acidentes, fazendo uso dos equipamentos
de proteção coletiva (EPC). Não sendo possível, lançamos mão do EPI.
Por isso não basta darmos somente o cinto de segurança para o funcionário,
devemos assegurar que independente do uso do cinto de segurança ele estará
seguro, uma vez que é previsível que o funcionário não use o cinto de segurança na
execução do serviço.

PROCEDIMENTOS
 O trabalhador deverá possuir Atestado de Saúde Ocupacional (ASO), constando
exame de Eletroencefalograma, emitido pelo médico coordenador do PCMSO acusando que
o trabalhador esteja apto para executar trabalhos em altura.

 Poderão ser necessários outros exames a critério do médico.

 A validade do ASO para trabalho em altura será de 6 meses. A data do vencimento


do ASO e anotação de “apto” para altura deverá constar no crachá do funcionário.

 O trabalhador deverá possuir idade entre 21 e 45 anos e biotipo adequado.

 Ser especializado no trabalho em que for executar, bem como estar familiarizado
com os equipamentos inerentes ao serviço.
Utilizar os EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) conforme disposto na NR 6 e NR 18 da
Portaria n.º 3.214/78 do Ministério do Trabalho, vigente e os indicados pela Segurança do
Trabalho.

 Os trabalhos em altura só poderão ser executados por pessoas devidamente


treinadas e orientadas pelas chefias responsáveis pelo serviço.

 Todos os trabalhadores em serviço em altura devem utilizar-se de capacete com


jugular.

 Utilizar roupas adequadas ao trabalho executado, não sendo permitido o uso de


sandálias e chinelo.

 Não é permitido brincadeiras, ou jogar ferramentas do local elevado.

 Utilizar cinto porta-ferramentas com ou bolsa própria para guardar e transportar


ferramentas manuais.

 Antes do início da realização de qualquer trabalho em altura deverá ser feita


previamente, rigorosa inspeção pelo encarregado do setor onde vão ser realizados os
trabalhos, pelo responsável dos trabalhos e pela Segurança do Trabalho PAC.

 O local deverá ser sinalizado através de placas indicativas e/ou cones, deverá ser
feito um isolamento para prevenir acidentes com transeuntes ou pessoas que estejam
trabalhando embaixo.

 É obrigatório o uso do cinto de segurança tipo pára-quedista com dois talabaites,


para trabalhos em altura superior a 2 ( dois ) metros.

 O transporte de materiais para cima ou para baixo, deverá ser feito


preferencialmente com a utilização de cordas em cestos especiais ou de forma mais
adequada.
 Materiais e ferramentas não podem ser deixados desordenadamente nos locais de
trabalho sobre andaimes, plataformas ou qualquer estrutura elevada, para evitar acidentes
com pessoas que estejam trabalhando ou transitando sob as mesmas.

 As ferramentas não podem ser transportadas em bolsos; utilizar sacolas especiais


ou cintos apropriados.

 Instalações elétricas provisórias so devem ser realizadas exclusivamente por


eletricista autorizados.

 Todo trabalho em altura deverá ser previamente autorizado pela área de


Prevenção de Acidentes (PAC), através da emissão de Autorização para Trabalho em
Altura.

 Somente poderão trabalhar em alturas os empregados que possuírem a


Autorização para Trabalho para o referido trabalho.

FACTORES DE RISCO
 Estabilidade e solidez do local;
 Factores atmosféricos;
 Factores Pessoais.

A TÉCNICA DE PREVENÇÃO DE QUEDAS


TÉCNICA DE PREVENÇÃO DE QUEDAS

A FILOSOFIA DA PREVENÇÃO DE QUEDAS DE ALTURA DEVE ATENDER A


UMA SEQÜÊNCIA, PARA OS DIFERENTES GRAUS DE PREVENÇÃO DE QUEDAS,
1- REDUÇÃO DO TEMPO DE EXPOSIÇÃO AO RISCO: TRANSFERIR O QUE
FOR POSSÍVEL A FIM DE QUE O SERVIÇO POSSA SER EXECUTADO NO
SOLO, ELIMINADO O RISCO. - EX.: PEÇAS PRÉ-MONTADAS.
2- IMPEDIR A QUEDA: ELIMINAR O RISCO ATRAVÉS DA CONCEPÇÃO E
ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO NA OBRA. - EX.: COLOCAÇÃO DE
GUARDA-CORPO.
3- LIMITAR A QUEDA: SE A QUEDA FOR IMPOSSÍVEL, DEVE-SE RECORRER
A PROTEÇÕES QUE A LIMITEM. - EX.: REDES DE PROTEÇÃO.
4- PROTEÇÃO INDIVIDUAL: SE NÃO FOR POSSÍVEL A ADOÇÃO DE MEDIDAS
QUE REDUZAM O TEMPO DE EXPOSIÇÃO, IMPEÇAM OU LIMITEM A
QUEDA DE PESSOAS, DEVE-SE RECORRER A EQUIPAMENTOS DE
PROTEÇÃO INDIVIDUAL. - EX.: CINTO DE SEGURANÇA.
OBS.: PARA TRABALHOS NORMAIS, ESTA TÉCNICA DE PROTEÇÃO
INDIVIDUAL DEVE FICAR LIMITADA A TAREFAS DE CURTA DURAÇÃO.
NO ENTANTO, DEVE-SE UTILIZAR A PROTEÇÃO INDIVIDUAL QUANDO O
RISCO TOTAL DAS OPERAÇÕES DE COLOCAÇÃO E/OU DESMONTAGEM
DA PROTEÇÃO COLETIVA FOR SUPERIOR AO USO DA CITADA
PROTEÇÃO COLETIVA.
IMPORTANTE:
SEMPRE QUE POSSÍVEL COMBINAR DUAS TÉCNICAS DE PREVENÇÃO,
ALCANÇADO 100% DE PROTEÇÃO.
FATORES QUE INFLUENCIAM A ESCOLHA DAS TÉCNICAS A SEREM
UTILIZADAS
1- TEMPO DE EXPOSIÇÃO: TEMPO NECESSÁRIO PARA A EXECUÇÃO DO
SERVIÇO;
2- NUMERO DE PESSOAS ENVOLVIDAS: QUANTIDADE DE OPERÁRIOS QUE
TRABALHARÃO NO SERVIÇO;
3- REPETITIVIDADE DO SERVIÇO: OS SERVIÇOS SÃO FEITO COM
FRENQUENCIA OU OS EQUIPAMENTOS PODEM SER USADOS EM OUTROS
SERVIÇOS;
4- CUSTO X BENEFÍCIO: VERIFICAR QUANTO CUSTA A PROTEÇÃO E QUANTO
DE PROTEÇÃO EFICAZ ELA OFERECE;
5- PRODUTIVIDADE: A PROTEÇÃO AUMENTA A PRODUTIVIDADE DOS
TRABALHADORES;
6- ESPAÇO FÍSICO E INTERFERÊNCIA: HÁ ESPAÇO PARA COLOCAÇÃO DA
PROTEÇÃO E NÃO HA INTERFERÊNCIA.

OS EPC’S MAIS UTILIZADOS NA PREVENÇÃO DE QUEDA DE TRABALHOS EM


ALTURA
􀃌 REDE DE PROTEÇÃO E GUARDA-CORPO DE REDE;
􀃌 PLATAFORMA PROVISÓRIA E BANDEJA DE PROTEÇÃO;
􀃌 TRAVA-QUEDA E CABO DE AÇO GUIA;
􀃌 GUARDA-CORPO;
􀃌 PRANCHAS ANTI-DERRAPANTES;
􀃌 CADEIRA SUSPENSA;
􀃌 ANDAIME SUSPENSO;
􀃌 ELEVADORES DE PESSOAL.

ANDAIMES
Andaimes são construções provisórias auxiliares munidas de plataformas horizontais elevadas,
suportadas por estruturas de secção reduzida, e que se destinam a apoiar a execução de trabalhos
de construção, manutenção, reparação ou demolição de estruturas.
É obrigatório o emprego de andaimes nas obras de construção civil em que os operários tenham
de trabalhar a mais de 4 m do solo ou de qualquer superfície contínua que ofereça as necessárias
condições de segurança.
Estes equipamentos poderão ser em madeira, metálicos ou mistos. Actualmente, os andaimes
mais utilizados são os metálicos. No entanto, em obras mais pequenas, utilizam-se andaimes
mistos.
Utilização de andaime
A montagem, desmontagem ou reconversão do andaime só pode ser efectuada sob a direcção de
uma pessoa competente com formação específica adequada sobre os riscos dessas operações,
nomeadamente sobre:
- A interpretação do plano de montagem, desmontagem e reconversão do andaime;
- A segurança durante a montagem, desmontagem ou reconversão do andaime;
- As medidas de prevenção dos riscos de queda de pessoas ou objectos;
- As medidas que garantem a segurança do andaime em caso de alteração das condições
meteorológicas;
- As condições de carga admissível;
- Qualquer outro risco que a montagem, desmontagem ou reconversão possa comportar.
Se a complexidade do andaime o exigir, deve ser elaborado um plano que defina os
procedimentos gerais da sua montagem, utilização e desmontagem, completado, se necessário,
com instruções precisas sobre detalhes específicos do andaime.
O andaime que não disponha da nota de cálculo fornecida pelo fabricante ou cuja nota de cálculo
não contemple as configurações estruturais só pode ser montado após elaboração do cálculo de
resistência e estabilidade do mesmo, excepto se for montado respeitando uma configuração tipo
geralmente reconhecida.
A pessoa competente que dirija a montagem, desmontagem ou reconversão do andaime e os
trabalhadores que executem as respectivas operações devem dispor do plano acima mencionado,
bem como das instruções que eventualmente o acompanhem.

Estabilidade do andaime
Os elementos de apoio do andaime devem ser colocados de modo a evitar os riscos resultantes de
deslizamento através de fixação à superfície de apoio de dispositivo antiderrapante ou outro meio
eficaz que garanta a estabilidade do mesmo.
A superfície de suporte do andaime deve ter capacidade suficiente.
O andaime sobre rodas deve ter dispositivos adequados que impeçam a deslocação acidental
durante a utilização.

Plataformas do andaime
As dimensões, forma e disposição das plataformas do andaime devem ser adequadas ao trabalho
a executar e às cargas a suportar, bem como permitir que os trabalhadores circulem e trabalhem
em segurança.
As plataformas do andaime devem ser fixadas sobre os respectivos apoios de modo que não se
desloquem em condições normais de utilização.
Entre os elementos das plataformas e os dispositivos de protecção colectiva contra quedas em
altura não pode existir qualquer zona desprotegida susceptível de causar perigo.
As partes do andaime que não estejam prontas a ser utilizadas, omeadamente durante a
montagem, desmontagem ou reconversão do andaime, devem ser assinaladas por meio de
sinalização de segurança e saúde no trabalho, nos termos da legislação aplicável, e
convenientemente delimitadas de modo a impedir o acesso à zona de perigo.

PLATAFORMAS SUSPENSAS
Este tipo de equipamento é utilizado para alturas significativas, em que a montagem de andaimes
é inviável.
A fixação das plataformas às consolas ou a outros pontos de suspensão far-se-á de maneira que
ofereça toda a segurança, sendo proibido o recurso a contrapesos para manter a posição das vigas
de suporte.
Havendo dúvida sobre a resistência do ponto de apoio e do meio de fixação do braço da
alavanca, poderá exigir-se a apresentação de cálculos de estabilidade, na base de uma carga igual
ao triplo da carga máxima de serviço.

Características e acessórios
Todas as faces das plataformas terão guardas com a altura mínima de 0,90 m, não podendo os
espaços livres permitir a passagem de pessoas.
A fim de reduzir a oscilação das plataformas, haverá, a toda a altura, cabos-guias esticados.
Poderá, todavia, ser adoptado qualquer outro sistema de equilíbrio comprovadamente eficiente.
O comando do movimento da plataforma deverá ser único, para garantir permanente
horizontalidade, e será manobrado por meio de um sistema diferencial, com manivela e trincos
de segurança nos dois sentidos.
Os cabos de suspensão hão-de ter em todo o momento um coeficiente de segurança de 10, pelo
menos, em relação ao máximo da carga a suportar, e o comprimento suficiente para que fiquem
de reserva, na posição mais baixa da plataforma, duas voltas em cada tambor.
Os sarilhos das plataformas devem ser construídos e instalados de maneira que o mecanismo seja
facilmente acessível a qualquer exame.
Os cabos, as correntes e as outras peças metálicas principais das plataformas e seus acessos serão
devidamente protegidos contra a oxidação.

You might also like