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Enfermagem
Módulo II
Fundamentos de Enfermagem II
Produzido por:
Depto. Pedagógico - Escola Info Jardins
www.escolainfojardins.com.br
SUMÁRIO
Introdução............................................................................................................................................ 3
Fisiologia renal.................................................................................................................................... 3
Farmacologia do Sistema renal........................................................................................................ 4
Diuréticos/ Classificação.................................................................................................................... 4
Farmacologia das drogas vasoativas............................................................................................... 6
Vasodilatadores.................................................................................................................................. 9
Drogas vasoativas usadas um Unidade de Terapia Intensiva............................................................ 7
Classificação das Catecolaminas....................................................................................................... 8
Fisiologia do Sistema sanguineo.......................................................................................................10
Composição do sangue..................................................................................................................... 10
Farmacologia do Sistema sanguineo............................................................................................. 11
Anticoagulantes orais....................................................................................................................... 12
Anticoagulantes injetáveis............................................................................................................... 13
Fármacos anti-plaquetários ..............................................................................................................13
Fármacos Fibrinolíticos ...................................................................................................................14
Fisiologia do Sistema digestório ...................................................................................................15
Fármacos que aumentam a motilidade gastrintestinal .....................................................................16
Bloqueadores dos receptores de Histamina .....................................................................................17
Inibidores da bomba de prótons .......................................................................................................18
Antiácidos ........................................................................................................................................18
Catárticos ( laxantes) .......................................................................................................................19
Fisiologia do metabolismo energético .............................................................................................20
Farmacologia do metabolismo energérico ...................................................................................21
Insulina ............................................................................................................................................22
Hipoglicemiantes orais ....................................................................................................................24
Aspectos gerais em Oncologia ........................................................................................................25
Farmacologia dos anti-neoplásicos ..............................................................................................26
Farmacologia dos antimicrobianos .............................................................................................28
Vias de administração de drogas .................................................................................................30
Via bucal, oral e gátrica ..................................................................................................................31
Via retal e vaginal ...........................................................................................................................32
Vias Parenterais, materiais e técnicas .............................................................................................33
Cuidados de Enfermagem no preparo e administração de drogas ...........................................36
Administração Intra-dérmica.......................................................................................................... 37
Administração Sub-cutânea ............................................................................................................38
Administração Intramuscular .........................................................................................................39
Administração Dorsoglútea ............................................................................................................40
Administração Ventroglútea, Deltóide e Vasto-lateral ...................................................................41
Administração Intravenosa .............................................................................................................42
Reações adversas e erros de medicações ........................................................................................43
Cálculos e administração de drogas / Conceitos ........................................................................45
Gotejamento de soluções ................................................................................................................47
Cálculo de diluição (regra de três) ..................................................................................................49
Cálculo de rediluição ......................................................................................................................50
Transformação de soluções ............................................................................................................51
Cálculo da dosagem de insulina..................................................................................................... 53
Cálculo da Penicilina Cristalina .....................................................................................................55
Exercícios .......................................................................................................................................56
Bibliobrafia ....................................................................................................................................58
Introdução
A farmacologia é sem dúvida umas das principais ferramentas para profissionais da Enfermagem , ou em
sentido mais amplo, para todos os profissionais que necessitam ou lidam diretamente e indiretamente com
fármacos e medicamentos. A compreensão do modo com o qual os fármacos agem no organismo é de
fundamental importância para o melhor emprego dos medicamentos.
Em sua fundamentação, a farmacologia compreende o entendimento histórico, propriedades físico-
químicas, composição, bioquímica, efeitos fisiológicos, mecanismo de ação, absorção, distribuição,
transformação , excreção e terapêutica, relacionados a substâncias químicas que conseguem alterar
a função normal do organismo humano.
Sendo a Farmacologia uma ciência vasta e complexa, já na década de 50 e 70 progrediu ao seu auge
como instrumento terapêutico em medicina, odontologia e medicina veterinária. Ao final do século
XX, especialmente na América do Norte e na Europa, todos os profissionais de saúde tornaram-se
peças chaves responsáveis pelo cuidado dos medicamentos e pelas suas aplicabilidades aos
pacientes em diversos estados patológicos.
O sistema renal tem como função filtrar o sangue que chega bombeado pelo coração, regulando o
volume intravascular. A estrutura renal é constituída de dois rins, dois ureteres, bexiga e uretra.
O sangue chega ao rim pela artéria renal e no interior de cada rim, essa artéria se ramifica em
numerosas arteríolas aferentes presentes na região do córtex. Cada uma destas arteríolas se ramifica
em pequenos capilares denominados, glomérulos.
Os glomérulos presentes aos milhares em cada rim são constituídos por pequenos enovelados de
capilares. O sangue flui no interior dos capilares onde é filtrado através da parede destes.
A capacidade de cada glomérulo em filtrar o sangue por volume compreende 125 ml por minuto.
Este filtrado se acumula no interior da cápsula de Bownmann, formado por uma membrana interna
que envolve intimamente os capilares glomerulares e uma externa que separa a interna, na cavidade
formada o filtrado glomerular é acumulado.
O filtrado glomerular passa pela parede dos capilares, a qual retém um grande número de proteínas,
por meio de um sistema coletor formado pelos segmentos do túbulo contornado proximal, alça de
Henle, túbulo contornado distal e ducto coletor. Ao passar por este sistema diversas substâncias são
reabsorvidas através da parede tubular, e ao mesmo tempo, outras são excretadas para o interior dos
mesmos.
Diuréticos
Substâncias químicas que aumentam o volume urinário, os diuréticos são fármacos que atuam
primariamente estimulando a excreção de íons Sódio, Cloreto e bicarbonato , principais eletrólitos
do fluído extracelular. Eles também diminuem a reabsorção tubular, processo que compreende o
transporte ativo de eletrólitos e outros solutos da urina tubular para as células tubulares, e a seguir,
para o fluído extracelular.
São utilizados principalmente no alívio de edemas e como coadjuvantes no tratamento da
hipertensão, Insuficiência Cardíaca Congestiva, insuficiência renal crônica, oligúria aguda,
glaucoma, hipercalcemia e cálculos renais.
Visa eliminar principalmente íons sódio (água), às vezes íons cálcio e potássio.
Classificação
A anidrase carbônica é uma enzima presente em quase toda a extensão do néfron, responsável por
catalizar a reação de formação de H+ e HCO3.
Os diuréticos desta classe inibem esta enzima, diminuindo a geração de H+ HCO3, com isso estas
drogas retardam a troca de íons Na (há sempre uma grande tendência da reabsorção de Na) e H+ ,
através do néfron e inibem a reabsorção de HCO3, ocasionando a sua eliminação na urina (alcalina)
com quantidade aumentada de NaHCO3.
Saluréticos Moderados
Inibição da reabsorção de sódio nos túbulos proximais. Seu mecanismo de ação ainda é
desconhecido. Sabe-se também que estes aumentam a excreção de Na e Cl-.
Os diuréticos de alça são os mais poderosos de todos os diuréticos e têm a capacidade de provocar a
excreção de 15% - 25% do Na+ existente no filtrado.
Promovem grande aumento da excreção de sódio pela urina, por inibir a reabsorção deste ao longo
de toda a alça de Henle. Age especificamente na alça de Henle.
Poupadores de Potássio
A aldosterona secretada pela glândulas adrenais, ao ligar-se aos receptores específicos presentes
nos túbulos distais, promove a formação e liberação de uma enzima que inicia os mecanismos do
sistema de troca dos íons Sódio e Potássio.
Existem aqueles que competem com a aldosterona por receptores específicos localizados nos
túbulos distais: Espironolactona, impedindo a formação da enzima e o sistema de troca iônica.
Existem aqueles que agem por inibição direta da enzima em questão: Triantereno e Amilorida
(Moduretic). Estes apresentam ação mais rápida do que a Espironolactona.
Em caso de aldosteronismo , os demais diuréticos podem causar a eliminação elevada de potássio,
por esta razão se associa diuréticos, pois os diuréticos poupadores de potássio, potencializam a
capacidade dos demais diuréticos de eliminar apenas do Na, desta forma poupa-se K.
Osmóticos
Atuam inibindo a reabsorção de sódio e água agindo em toda a extensão dos túbulos, com ação
predominante na Alça de Henle.
Saluréticos Moderados
Hidroclortiazida-Clorana
Clortalidona-Higroton
Saluréticos Potentes
Furosemida – Lasix
Poupadores de Potássio
Espironolactona-Aldactone
Amilorida-Moduretic
Osmóticos
Solução de manitol 20%
Solução de glicose
Solução de uréia
Mercuriais
Meralurida
Mersalil
Mercurofilina
Agentes vasodilatadores
São substâncias que atuam produzindo relaxamento do músculo liso vascular, no sentido de
aumentar o fluxo sangüíneo tecidual; reduzir a pressão arterial; e reduzir a pressão venosa central.
O efeito consiste na redução da pré-carga cardíaca (redução da pressão de enchimento) e da pós-
carga (redução da resistência vascular), com conseqüente redução do trabalho cardíaco.
Os principais usos incluem:
- Terapia anti-hipertensiva (por exemplo, inibidores da enzima conversora de angiotensina (ACEI),
antagonistas α1);
- Tratamento da angina (por exemplo, antagonistas de cálcio, as diidropiridinas – por exemplo,
nifedipina).
- Tratamento da insuficiência cardíaca (por exemplo, ACEI).
cardíacas
a1 (alfa 1) Vasos Vasoconstrição e aumento da
pressão arterial
a2 (alfa 2) VasosCoração Inibição da liberação de
Vasos noradrenalina (“feed-
back”)Vasoconstrição e
aumento da pressão arterial
Dopamina: é o precursor imediato da noradrenalina. Possui inúmeros efeitos, pois estimula todos
os tipos de receptores.
Em baixas doses, possui efeito dopaminérgico predominante, causando aumento do débito cardíaco;
diminuição da resistência vascular sistêmica e vasodilatação renal e mesentérica.
Em doses médias, possui um efeito beta predominante, aumentando o débito cardíaco; a pressão
arterial e a diurese.
Em doses elevadas, o efeito predominante é o alfa, causando aumento da resistência vascular
sistêmica e da pressão arterial e diminuição do fluxo sanguíneo renal.
Assim, as indicações principais da dopamina estão relacionadas aos estados de baixo débito com
volemia controlada ou aumentada (efeito beta adrenérgico). Pelo fato de essa droga vasoativa
possuir, em baixas doses, um efeito vasodilatador renal, é também indicada em situações nas quais
os parâmetros hemodinâmicos estejam estáveis, porém com oligúria persistente (efeito
dopaminérgico). Ela pode, também, ser utilizada em condições de choque com resistência periférica
diminuída (efeito alfa adrenérgico).
O mecanismo da elevação da pressão arterial causado pela adrenalina, é devido a uma ação direta
no miocárdio, com aumento da contração ventricular, um aumento da freqüência cardíaca e uma
vasoconstrição em muitos leitos vasculares (arteríolas da pele, rins e vênulas).
Na musculatura lisa, sua ação predominante é de relaxamento através da ativação de receptores alfa
e beta adrenérgicos. A droga exerce também broncodilatação, pela interação com receptores beta 2
do músculo liso bronquial.
A adrenalina também eleva as concentrações de glicose (aumento da neoglicogênese e inibição da
secreção de insulina) e do lactato sérico.
As principais indicações da adrenalina incluem estados de choque circulatório que não respondem
às outras catecolaminas menos potentes, em particular no choque cardiogênico, quando de uso
combinado com agentes redutores da pós-carga.
Recomenda-se esta droga no tratamento de brocoespamos severos. É também indicada no
tratamento da anafilaxia e, durante as manobras de ressuscitação cardiopulmonar, é o agente
farmacológico de efeito vasoconstritor mais eficaz.
Vasodilatadores
A falência circulatória aguda possui muitas etiologias, porém os mecanismos determinantes são: a
diminuição do volume circulante, a diminuição do débito cardíaco e a diminuição da resistência
vascular periférica. O uso de drogas com ação vasodilatadora é útil nos casos em que a reposição
volêmica adequada e a otimização do débito cardíaco com os agentes inotrópicos, já mencionados,
não reverteram a condição de baixo débito persistente.
O uso de vasodilatadores não altera significativamente a frequência cardíaca e, particularmente, o
vasodilatador mais utilizado em terapia intensiva é o nitroprussiato de sódio.
É indicado no tratamento das emergências hipertensivas e como droga auxiliar nos estados de
choque circulatório, com pressões de enchimento ventricular e resistência periférica aumentadas.
Os estados de baixo débito, associados à disfunção celular grave são de ocorrência relativamente
comum nas Unidades de Terapia Intensiva.
O emprego das drogas vasoativas é de importância vital para a reversão desta situação, melhorando
o prognóstico e a sobrevida dos pacientes.
Essas drogas possuem, em geral, ação rápida e potente, porém seu índice terapêutico é baixo,
devendo ser administradas mediante adequada monitorização hemodinâmica e laboratorial.
O sangue é um tecido conjuntivo líquido que circula pelo sistema vascular em animais com
sistemas circulatórios fechados; formado por uma porção celular de natureza diversificada - pelos
"elementos figurados" do sangue - que circula em suspensão em meio fluido, o plasma.
Em animais vertebrados o sangue, tipicamente vermelho, é geralmente produzido na medula óssea.
O sangue tem como função a manutenção da vida do organismo no que tange ao transporte
de nutrientes, excretas (metabólitos), oxigênio e gás carbônico, hormônios, anticorpos, e demais
substâncias.
O sangue é formado por diversos tipos de células, que constituem a parte "sólida" do sangue, cada
tipo com anatomia e funções próprias; essas imersas em uma parte líquida chamada plasma. As
células sanguíneas são classificadas em três grupos básicos: os leucócitos ou glóbulos brancos, que
são células de defesa integrantes do sistema imunitário; os eritrócitos, glóbulos vermelhos ou
hemácias, responsáveis pelo transporte de oxigênio; e plaquetas, responsáveis pela coagulação
sanguínea.
Composição do sangue
O sangue é composto basicamente por células:
34% de elementos figurados (células): Hemácias, leucócitos e plaquetas.
66% de plasma (Matriz extracelular).
São classificados em neutrófilos, monócitos, basófilos, eosinófilos , linfócitos. Cada qual tem uma
função específica e um mecanismo diferente de combater um agente patogênico (bactérias, vírus
etc)
Trombócitos ( Plaquetas)
Plasma
Função: transporte de hemácias, leucócitos, plaquetas e outras substâncias dissolvidas, como
proteínas (albumina, responsável pela manutenção da pressão osmótica sanguínea;
anticorpos; fibrinogênio); nutrientes (glicose, aminoácidos, ácidos graxos); excretas (uréia, ácidos
úricos, amônia); hormônios (testosterona, adrenalina); imunoglobulinas (ou anticorpos); sais/íons
(sódio, potássio); gases (na forma de ácido carbônico ou H2CO3).
O plasma transporta essas substâncias por todo organismo, permitindo às células a receber
nutrientes e excretar e/ou secretar substâncias geradas no metabolismo .
Composição: cerca de 90% de água; 10% outras substâncias
Hemostasia é definida como interrupção da perda de sangue de vasos lesados, é essencial à vida. Os
distúrbios da hemostasia são a hipercoagulabilidade e a hemorragia.
Anticoagulantes orais
Varfarina ( Marevan)
A varfarina é a mais importante droga anticoagulante oral. Seu mecanismo de ação baseia-se em
impedir a redução da viatmina K e consequentemente inibem os fatores da coagulação II, VII, IX e
X.
São necessários vários dias para o aparecimento de seus efeitos.
Os anticoagulantes orais atravessam a placenta e não devem ser administrados nos primeiros meses
de gravidez, uma vez que são teratogênicos.
A terapia é complicada não apenas devido ao fato de que o efeito de uma determinada dose só é
observado dois dias após a sua administração, mas também em virtude da existência de numerosas
condições que modificam a sensibilidade à varfarina (hepatopatia que diminui a síntese dos fatores
de coagulação, febre e tireotoxicose que aumentam a degradação dos fatores de coagulação), além
de interações com outras drogas.
Anticoagulantes injetáveis
O endotélio vascular sadio impede a adesão das plaquetas. As plaquetas aderem a áreas enfermas ou
lesadas ou tornam-se ativadas, constituindo o foco de localização para a formação de fibrina.
Quando ativadas, as plaquetas sofrem uma complexa seqüência de reações essenciais para a
hemostasia e importantes para cicatrização de vasos sanguíneos lesados (além de desempenharem
atividade na inflamação), tais como adesão através do fator de von Willebrand; alteração em sua
forma que passa a apresentar pseudópodes; secreção do conteúdo de grânulos; biossíntese de
mediadores lábeis; agregação das plaquetas entre si através das pontes de fibrinogênio; e exposição
de fosfolipídeos ácidos promovendo a formação de trombina.
Clopidogrel e ticlopidina
O clopidogrel e a ticlopidina reduzem a agreção plaquetária ao inibir a via do ADP das plaquetas.
Essas drogas derivam da tienopiridina, que exercem seus efeitos antiplaquetários ao bloquear
irreversivelmente o receptor de ADP nas plaquetas.
Hoje em dia, o uso do clopidogrel ou da triclopidina na prevenção da trombose é considerado
prática padrão em pacientes submetidos à colocação de uma endoprótese coronária.
A principal vantagem do clopidogrel em relação à ticlopidina é sua maior tolerabilidade
gastrintestinal e menor risco de neutropenia.
Estreptoquinase
A estreptoquinase, que é uma droga originada da bactéria Estreptococus beta-hemolítico, liga-se ao
plasminogênio, expondo o sítio ativo de serina e resultando em atividade da plasmina.
Quando infundida por via intravenosa, reduz a taxa de mortalidade no infarto agudo do miocárdio,
sendo esse efeito benéfico aditivo com o da aspirina.
É necessário um intervalo de pelo menos um ano para que possa ser novamente utilizada, devido à
produção de anticorpos.
O aparelho digestivo, é composto de uma série de órgãos em forma de tubo que são interligados da
boca até o ânus. Há dois órgãos sólidos, o fígado e o pâncreas, que produzem líquidos que auxiliam
a digestão.
Na boca , no estômago e no intestino existem pequenas glândulas que também produzem líquidos
que auxiliam na digestão dos alimentos.
O aparelho digestivo é regulado por hormônios e pelo sistema nervoso e tem grande influência do
sistema circulatório (sangüíneo).
O caminho dos alimentos pelo aparelho digestivo se inicia com a entrada na boca, com a ação
mecânica dos dentes (mastigação) e da ptialina (enzima contida na saliva), o alimento transforma-se
em bolo alimentar. A seguir ocorre passagem do alimento da faringe para o estômago, através dos
movimentos peristálticos (tecido muscular liso) no esôfago, continuando a sofrer a ação da saliva.
Ao chegar ao estômago, o bolo alimentar passará a sofrer a acção química do suco gástrico (que
contém pepsina), transformando-se em quimo.
Depois de passar pela piloro, o quimo segue então para o duodeno onde recebe bile, sucos entéricos
e o suco pancreático que, através de diversas enzimas, decomporão ainda mais a massa alimentar,
transformando-a em quilo, que entra no intestino delgado.
A absorção dos nutrientes ocorre nas vilosidades intestinais. Por efeito dos movimentos peristálticos
do intestino, o quimo vai sendo empurrado em direção ao intestino grosso, onde água e absorvida e
a parte que não é aproveitada será finalmente evacuada pelo ânus sob a forma de fezes.
Estes fármacos também reforçam a pressão do esfíncter esofagiano inferior, sendo úteis na
restauração da harmonia rítmica motora do esôfago, estômago, e, duodeno, sendo os mais
utilizados: Metoclopramida, domperidona, cisaprida, bromoprida, granisetrona, dimenidrato.
Metoclopramida (Plasil®)
A metoclopramida é um antagonista dos receptores D2. Além de possuir ações periféricas
aumentando a motilidade do estômago e do intestino, contribuindo para o efeito antiemético.
Seus efeitos sobre o trato gastrintestinal incluem: 1) aumento da pressão do esfíncter esofágico
inferior; 2) aumento do tônus gástrico e estimulação da peristalse; 3) relaxamento do esfíncter
pilórico; 4) aumento da peristalse duodenal.
A combinação desses efeitos acelera o esvaziamento gástrico e reduz o tempo de trânsito no
intestino delgado. O mecanismo envolvido neste processo parece estar relacionado com a liberação
de acetilcolina no plexo mesentérico, resultando na contração da musculatura lisa.
Dessa forma, previne o vômito, agindo sobre o centro emético e diminuindo a sensibilidade dos
nervos viscerais que transmitem os impulsos gastrintestinais.
Além disso, minimiza a estase que precede o vômito, ao facilitar o esvaziamento gástrico.
Domperidona (Motilium®)
A domperidona também consiste em um antagonista dos receptores da dopamina, sendo utilizado
como fármaco antiemético, aumenta a pressão do esfíncter esofágico inferior, portanto, inibindo o
refluxo gastroesofágico, além de aumentar a motilidade gastrintestinal, sendo utilizada no
tratamento de distúrbios do esvaziamento gástrico e no refluxo gástrico crônico.
A via de administração é oral.
O principal efeito adverso é o aumento da prolactina levando a galactorréia e ginecomastia.
Dimenidrato: (Dramin®)
Consiste em um fármaco anti-histamínico , possuindo ação antiemética e utilizado para alívio da
cinetose, principalmente se utilizado meia hora antes da viagem terrestre ou aérea, sendo também
indicado para o controle da náusea, vômitos e vertigens associadas a outras doenças.
De acordo com a apresentação pode ser administrado por via oral, intramuscular e endovenoso.
A duração da ação varia entre 3 a 6 horas, e, os efeitos adversos incluem a sonolência, pode levar a
retenção urinária.
Agentes antimicrobianos
Exemplos: Amoxicilina, claritromicina, compostos de bismuto,Metronidazol, tetraciclina.
Prostaglandinas
Exemplo: Misoprostol.
Agentes antimuscarínicos
Exemplos: Hiosciamina, pirenzepina.
Antiácidos
Exemplos: Bicarbonato de sódio, carbonato de cálcio, hidróxido de alumínio, hidróxido de
magnésio.
Consistem em bases fracas que reagem com o ácido gástrico formando sal e água diminuindo a
acidez do estômago, sendo usados no tratamento da dispepsia, e, alivio sintomático da úlcera
péptica. São menos eficazes nas úlceras gástricas do que nas úlceras duodenais.
Catárticos (laxantes)
Os fármacos catárticos são também chamados laxantes, purgantes ou purgativos, e, possuem ação
de facilitar a eliminação de fezes. Os catárticos, geralmente são administrados por via oral, e,
podem ser classificados nos seguintes grupos: formadores de massa; laxantes de contato ou
estimulantes; salinos, lubrificantes ,associações e outros laxantes.
Formadores de massa
Os laxantes formadores de massa disponíveis, geralmente são comercializados em associações,
como:
Ágar – que consiste em uma substância mucilaginosa. Não é degradado no intestino onde se
expande devido a incorporação de água, o que aumenta a massa fecal e estimula os movimentos
peristálticos.
Provavelmente estes laxantes agem por irritação da musculatura lisa intestinal levando ao aumento
da peristalse, provocando a eliminação das fezes, geralmente em 6 a 8 horas devido ao acúmulo de
fluidos e eletrólitos intestinais.
São indicados para a profilaxia, e, tratamento da constipação intestinal, limpeza intestinal prévia nos
exames radiológicos, nas intervenções cirúrgicas, e, no trabalho de parto.
Estes fármacos podem provocar a tolerância, ou seja, a dose tende a ser aumentada gradualmente
para produzir os efeitos.
Salinos
Deste grupos, os laxantes mais utilizados são: Compostos de magnésio (carbonato, sulfato, citrato e
hidróxido) – sais de sódio (fosfato monobásico, fosfato dibásico, laurilsulfato, sulfato) – álcoois
poliídricos (sorbitol, por via oral ou retal)
Lubrificantes
Consiste na mistura de hidrocarbonetos líquidos obtidos do petróleo, que formam o óleo mineral
(Nujol®) (Purol®), aumentam a retenção de água nas fezes revestindo as superfícies do bolo fecal,
e, dos intestinos com um filme imescível com água.
O efeito lubrificante facilita a defecação, sendo utilizados em pacientes que sofrem de hemorróidas
ou fissuras anais, e, como estes laxativos não levam à tolerância, são mais seguros do que os
laxantes estimulantes.
Entretanto, o óleo mineral não é recomendado em menores de 6 anos, e, idosos devido ao risco de
aspiração, e, o uso crônico na gravidez pode provocar a doença hemorrágica do recém-nascido.
O uso abusivo do óleo mineral também pode inibir a absorção de vitaminas lipossolúveis, e, de
outros nutrientes.
Metabolismo
A insulina é sintetizada nos humanos e em outros mamíferos dentro das células-beta das ilhotas de
Langerhans, no pâncreas.
Um a três milhões de ilhotas de Langerhans formam a parte endócrina do pâncreas, que é
principalmente uma glândula exócrina.
A parte endócrina totaliza apenas 2% da massa total do órgão. Dentro das ilhotas de Langerhans, as
células-beta constituem 60-80% do todo.
As ações da insulina no metabolismo humano como um todo incluem: controle da quantidade de
certas substâncias que entra nas células, principalmente glicose nos tecidos muscular e adiposo (que
são aproximadamente 2/3 das células do organismo); aumento da replicação de DNA e de síntese de
proteínas via controle de fornecimento de aminoácidos; e modificação da atividade de inúmeras
enzimas.
O Glucagon é um hormônio produzido nas células alfa das ilhotas de Langerhans do pâncreas e
também em células espalhadas pelo trato gastrointestinal.
A palavra glucagon deriva de gluco, glucose (glicose) e agon, agonista, ou agonista para a glicose.
Sua ação mais conhecida é aumentar a glicemia, contrapondo-se aos efeitos da insulina.
O glucagon age na conversão do ATP (trifosfato de adenosina) a AMP-cíclico, composto
importante na iniciação da glicogenólise, com imediata produção e liberação de glicose pelo
fígado.
Em condições normais, a ingestão de glicose suprime a secreção de glucagon.
Há aumento dos níveis séricos de glucagon durante o jejum.
A doença Diabetes mellitus (ou melito) tem grande importância mundial. Sua evolução cursa
com variedades, e, heterogêneas manifestações clínicas, sendo caracterizado por alterações no
metabolismo glicídico, lipídico e protéico.
A equipe multidisciplinar que atende o paciente diabético, composta por diferentes profissionais de
saúde, como a equipe de Enfermagem , Biomédicos, e, Fisioterapeutas, tem papel fundamental no
controle da doença, proporcionando importantes orientações ou procedimentos quanto à prevenção
das complicações cardiovasculares, visando a promoção da saúde, e, da qualidade de vida, além de
acompanhar a adesão ao esquema terapêutico proposto farmacológico, e, não farmacológico.
A doença Diabetes mellitus também denominada Diabete melito (DM) é conceituada como doença
crônica degenerativa caracterizada por anormalidades no metabolismo dos hidratos de carbono,
proteínas e gorduras devido à absoluta deficiência na secreção de insulina e/ou redução do seu
efeito biológico.
Assim, pode resultar da incapacidade (absoluta ou relativa) do pâncreas em secretar insulina, assim
como da diminuição da ação insulina (em transportar glicose para o interior da célula) ou resistência
à insulina, tendo em vista que a insulina estimula a utilização da glicose periférica, levando a
hiperglicemia.
Considerada a mais comum das doenças endócrinas caracteriza-se por anormalidades metabólicas e
por complicações em longo prazo que afetam os olhos, os rins, os nervos e os vasos sangüíneos.
Dados estatísticos têm revelado que possivelmente 80% das pessoas com a patologia poderão ter
óbito devido a uma doença cardiovascular.
Insulina
A insulina U100 contendo 100 unidades/ml é a concentração mais utilizada, embora existam outras
concentrações disponíveis.
A via de administração de todas as preparações de insulina deve ser sempre a via subcutânea, com
exceção apenas em caso de emergência hiperglicêmica, em que pode ser usada a via venosa, neste
caso, utilizando a insulina tipo regular. Portanto, em caso de cirurgia e/ou cetoacidose, somente a
preparação de ação curta pode ser administrada por via intravenosa ou intramuscular.
Por via subcutânea, deve ser administrada 30 (trinta) minutos antes da refeição, pois, seu inicio de
ação se faz em 30 minutos, e, atinge o pico máximo em duas a quatro horas, e, termina seu efeito
em seis a oito horas.
A dosagem é individualizada e ajustada de acordo com a glicemia e/ou a glicosúria.
Esta preparação consiste na suspensão de cristais de insulina-zinco (suína ou humana) com mais
protamina e zinco , portanto, com partículas grandes, destinadas a lenta dissolução, o que retarda o
seu inicio de ação, porém, com efeito, hipoglicêmico de longa duração.
Esta preparação não deve ser administrada com na mesma seringa com a insulina de ação rápida,
tem uso limitado, inclusive o inicio de ação retardado pode predispor à hiperglicemia pela manhã.
A hipoglicemia é o principal efeito adverso dos diversos tipos de insulina, relativamente comum, e,
pode causar
lesão cerebral.
Se o paciente estiver consciente, em caso de hipoglicemia, deve ser oferecida alguma bebida que
contenha glicose, mas, se estiver inconsciente, deve ser administrada a glicose intravenosa ou
glucagon (por via parenteral, pois, o glucagon pode ser administrado por via subcutânea,
intramuscular ou intravenosa).
Os locais da aplicação da injeção devem ser alternados.
Bomba de insulina
A Bomba de insulina também conhecida como Bomba de Infusão em Insulina ou Sistema de
Infusão Contínua de Insulina, consiste em uma pequena bomba implantada no corpo para liberar
insulina de maneira contínua ao longo do dia.
A liberação de insulina é comandada pelo usuário da bomba através de um controle remoto.
Podem ser liberados bolus de insulina (várias unidades ao mesmo tempo) nas refeições ou quando
os níveis de glicose estão altos, baseados na programação feita pelo usuário.
O equipamento não pesa mais do que 100 gramas, e, está ligado ao corpo por um cateter que, em
sua extremidade, tem uma agulha flexível.
A bomba de insulina pode ter controle remoto ou não, ser colorida ou preta.
Hipoglicemiantes orais
Sulfoniluréias
As sulfoniluréias são derivadas das sulfonamidas, mas, não apresentam atividade antibacteriana.
Estimulam a liberação da insulina pelas células beta do pâncreas, reduzem os níveis sangüíneos do
glucagon, e, aumenta a ligação da insulina com os tecidos-alvos e os receptores.
As sulfoniluréias agem principalmente nos receptores da membrana plasmática das células beta do
pâncreas, aumentando a secreção da insulina. Portanto, são eficazes somente se as células beta
estiverem funcionantes.
Existem as sulfoniluréias de primeira geração como a clorpropamida (Diabinese), tolazamida
(Tolinase) e a tolbutamida (Rastinon).
A clorpropamida (Diabinese) deve ser evitada no idoso e/ou no paciente com insuficiência renal
porque a clorpropamida tem a meia-vida prolongada (32 horas, podendo a ação variar de um a três
dias), lentamente metabolizada, sendo excretada parcialmente inalterada pelo rim, assim existe o
risco nestes pacientes de ocorrer a hipoglicemia grave.
Biguanidas
Não estimulam a secreção da insulina, portanto, não necessitam de células beta funcionantes.
Aumentam a captação de glicose no músculo esquelético, aumentam a sensibilidade à insulina,
reduzem a absorção intestinal de glicose, diminuem a gliconeogênese, diminuindo a liberação
hepática de glicose, mas, a ação deste grupo de fármacos é considerada complexa, e, ainda não
totalmente esclarecida.
Consistem em derivados da guanidina, sendo inicialmente utilizadas a fenformina, buformina e a
metformina.
A biguanida mais segura, atualmente, é a metformina (Dimefor) (Glifage) que, sendo rara a acidose
láctica, pode diminuir o apetite, reduzindo o peso, reduz a hiperlipidemia, pois, diminui a
concentração das lipoproteínas LDL e VLDL, além de aumentar o HDL, tendo sido considerado um
dos fármacos de primeira escolha, e, inclusive pode ser combinado com as sulfoniluréias.
As biguanidas não devem administradas a pacientes com nefropatia, pneumopatia grave e/ou
cardiopatia, nem a gestantes, pois, nestes casos a diminuição da eliminação do fármaco, aumenta o
nível sangüíneo, e, o metabolismo anaeróbico, e, conseqüentemente, o nível do acido láctico.
A metformina é eliminada por via renal.
Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento
desordenado (maligno) de células que invadem os tecidos e órgãos, podendo espalhar-se
(metástase) para outras regiões do corpo.
Metástase (do grego metastatis – mudanças de lugar, transferência) é a formação de uma nova
lesão tumoral a partir de outra, mas sem continuidade entre as duas. Isto implica que as células
neoplásicas se desprendem dotumor primário, caminhando através do interstício - ganham assim
uma via de disseminação - sendo levadas para um local distante onde formam uma
nova colônia neoplásica.
A Cancerologia, também chamada de Oncologia, é a especialidade médicaque estuda
os cancros (tumores malignos) e a forma de como essas doençasdesenvolvem-se no organismo,
buscando seu tratamento.
Genes: arquivos que guardam e fornecem instruções para a organização das estruturas, formas e
atividades das células no organismo;
DNA: informação genética; passam informações para o funcionamento da célula;
Mutação genética: alterações no DNA dos genes;
Finalidades da quimioterapia
Agentes alquilantes
Antimetabólitos
Antibióticos
Produtos vegetais
Hormônios e análogos
Penicilinas
As principais indicações da penicilina são: Infecções cutâneas, articulares, ósseas, vias urinárias;
sendo também freqüentemente utilizadas em casos de faringite, laringite, meningite, bronquite,
sífilis, gonorréia, endocardite.
São consideradas penicilinas naturais: Benzilpenicilina ou penicilina G; penicilina G procaína;
penicilina G benzatina; penicilina V .
A benzilpenicilina é usada nas formas livres de sais sódicos ou potássio.
A ampicilina e a amoxicilina são eficazes contra bactérias gram-negativas, sendo denominadas
penicilinas de espectro ampliado.
As reações alérgicas constituem os principais efeitos adversos do uso das penicilinas,
freqüentemente, a sensibilização é resultante do tratamento prévio com uma penicilina.
Cefalosporinas
Carbapanêmicos
Constituem os antibióticos beta-lactâmicos sintéticos que diferem das penicilinas na sua estrutura
química.
O antibiótico imipenem constitui o principal representante deste grupo, administrado por via
endovenosa, com atividade contra microrganismos gram-positivos e gram-negativos.
O imipenem são administrados unicamente por via parenteral, pois, não são completamente
absorvidos por via oral.
Os efeitos adversos do imipenem são: náuseas, vômitos, diarréia, e, em alta concentração, pode
provocar convulsões.
Outro exemplo de carbapanêmico comercializado é o meropenem (Meronem®).
Inibidores da beta-lactamase
Os principais antibióticos que inibem a síntese da parede celular são: a vancomicina (Vancocina®)
(Vancocid®); bacitracina (Nebacetin®) (Cicatrene®); polimixina B (Lidosporin®) (Otosynalar®)
(Elotin®); teicoplanina (Targocid®).
Aminoglicosídeos
Tetraciclinas
O mecanismo de ação das tetraciclinas, que são bacteriostáticas, consiste na ligação do fármaco
com estruturas do ribossoma inibindo a síntese de proteína pelo microorganismo.
Atualmente, as tetraciclinas são utilizadas no tratamento da Doença de Lyme, nas infecções por
clamídia e por riquétsias.
Os principais fármacos deste grupo são: tetraciclina, oxitetraciclina, doxiciclina, minociclina.
As tetraciclinas devem ser administradas antes das refeições, pois, a absorção é dificultada quando
administrada nas refeições, principalmente com a presença de leite e derivados, antiácidos,
preparações vitamínicas (contendo ferro), e catárticos.
Macrolídeos
O tempo de indução do efeito de uma dada substância caracteriza-se pelo período compreendido
entre a administração desta, por diferentes vias, e o surgimento de uma determinada alteração no
organismo. Os processos básicos responsáveis pela absorção, difusão, translocação, penetração em
membranas, distribuição e ligação a proteínas, influenciam o comportamento geral das moléculas
dos fármacos no organismo. Desta forma, exceto para a via endovenosa, a latência para o efeito de
uma substância administrada será sempre inversamente proporcional à sua absorção, que
compreende a passagem desta a partir de qualquer sistema corpóreo para a corrente circulatória,
seja esta sangüínea ou linfática.
Finalmente devemos lembrar que a escolha da via de administração não depende somente de
fatores farmacológicos e farmacocinéticos, mas também de fatores clínicos e tecnológicos, sendo
que a formulação medicamentosa condiciona muitas vezes a via de administração.
Os medicamentos injetáveis para administração por via parentérica chegam aos profissionais da
área de saúde nas mais diferentes formas farmacêuticas: soluções prontas, pós ou liofilizados
solúveis para reconstituir ou diluir com solventes, suspensões prontas, pós ou liofilizados
insolúveis para reconstituir ou diluir com um veículo, emulsões e líquidos concentrados para serem
diluídos antes da administração.
A sua preparação, reconstituição e diluição requerem o conhecimento das propriedades físico-
químicas das moléculas dos fármacos, dos excipientes, bem como dos veículos/solventes nos quais
vão ser diluídos, de forma a não comprometer a sua estabilidade.
Esses fatores são determinantes na segurança e na qualidade da administração do medicamento ao
paciente. Os medicamentos, de uma forma geral, são acompanhados de folhetos informativos sobre
apresentação, posologia e orientações particulares de administração, e estas instruções sempre
devem ser lidas antes de qualquer procedimento.
Medicamentos administrados por meio da mucosa da boca exibem rapidamente seus efeitos,
porque entram diretamente na corrente sangüínea, ao mesmo tempo que não sofrem os efeitos
lesivos dos sucos gástricos e do metabolismo hepático.
A mucosa oral tem um epitélio fino e vasos sangüíneos abundantes, os quais promovem a rápida
absorção do medicamento, podendo aparecer no sangue do paciente dentro de 1 minuto, e alcançam
os níveis sangüíneos máximos entre 10 – 15 minutos, muito mais rápido que os medicamentos
ministrados pela via oral tradicional (engolidos).
É possível usar a mucosa oral para absorver medicamentos administrados pela via bucal (
medicamento entre a bochecha e os dentes), sublingual ( medicamento sob a língua, via muito
utilizada para medicamentos antianginosos como o dinitrato de isosorbida) ou translingual
(medicamento na superfície superior da língua).Essas vias também podem ser utilizadas caso o
paciente esteja incapacitado para ingerir, engolir ou esteja intubado. Além disso, os medicamentos
não sofrem o efeito da primeira passagem pelo fígado e não geram irritação no TGI. Por outro lado,
apenas os medicamentos que são altamente lipossolúveis podem ser administrados por essa via, e
as vezes podem irritar a mucosa oral.
Os medicamentos de sabor desagradável também são, obviamente, inadequados para a
administração por essa via.
Observações: É de fundamental importância alertar o paciente para não mastigar nem engolir esse
tipo de medicamento porque a deglutição pode diminuir a sua eficácia. A cada dose, devem ser
alternados os lados da boca para a absorção do medicamento, afim de evitar irritação da mucosa
oral, e se houver outros medicamentos a serem deglutidos ou ingeridos, deixar o uso desse para o
final.
Se o paciente for fumante deverá esperar o medicamento ser totalmente absorvido antes de fumar,
porque os efeitos vasoconstritores da nicotina diminuirão a velocidade de absorção do
medicamento.
ter sabor desagradável, e podem ser acidentalmente aspirados quando o paciente exibe deglutição
problemática ou está agitado.
Observações: Alertar o paciente para não mastigar os comprimidos que não são destinados à
mastigação, especialmente aqueles que têm revestimento entérico.
Os medicamentos podem ser administrados no reto ou na vagina para produzir efeitos locais ou
sistêmicos. A administração retal desvia do TGI, e assim os medicamentos não são destruídos por
enzimas digestivas no estômago ou no intestino delgado. Essa via também desvia do sistema porta ,
evitando assim a biotransformação no fígado, e desta forma não irritam o TGI superior como pode
acontecer com alguns medicamentos orais.
Supositórios, pomadas e enemas medicamentosos são as formas mais comuns utilizadas pela via
retal .
Os medicamentos de uso vaginal estão disponíveis em muitas formas, como supositórios, cremes,
géis, pomadas e soluções. Essas preparações medicamentosas podem ser inseridas para tratar
infecções ( principalmente por Trichomonas vaginalis e candidíase) ou inflamações.
Essa via também é uma alternativa para evitar a concepção.
Os medicamentos destinados a serem utilizados por essa via podem ter como objetivo aliviar a dor
e a irritação local, controlar prurido local, reduzir a inflamação e a febre, aliviar cólicas e
flatulência, proporcionar broncodilatação, sedação, tranqüilidade e relaxamento, lubrificar, limpar
e estimular a defecação, matar bactérias, e aliviar náuseas e vômitos.
Observações: Evitar a absorção incompleta desses medicamentos atentando para que o paciente
fique por algum tempo deitado afim de não os expelir. Evitar o uso de absorventes internos nesta
ocasião. No caso de constipação intestinal é recomendável o uso de enema para que as fezes não
interfiram na absorção do medicamento.
Vias parenterais
O termo parenteral provém do grego “para” (ao lado) e “enteros”(tubo digestivo), significando a
administração de medicamentos “ao lado do tubo digestivo” ou sem utilizar o trato
gastrointestinal. Esta via é indicada para administração de medicamentos a pacientes inconscientes,
com distúrbios gastrointestinais e nos pacientes impossibilitados de engolir. É indicada ainda
quando se espera uma ação mais rápida da droga, na administração de medicamentos que se tornam
ineficientes em contato com o suco digestivo.
A via parenteral consiste na administração de medicamentos injetáveis.
A via parentérica pode ser subdividida em diversas vias de administração, considerando-se como as
mais importantes, a subcutânea, intramuscular, endovenosa e intra-raquídea
Materiais e técnicas
Seringas
As seringas disponíveis no comércio são estéreis, atóxicas, livres de pirogenos e contém impresso
na embalagem a data de validade, o volume e as medidas da agulha. São produtos descartáveis e de
uso único.
Partes de uma seringa: êmbolo, corpo, manúbio e agulha. O espaço morto é o volume de líquido
que permanece na seringa e na agulha após o êmbolo ser totalmente pressionado.
Tipos de seringa
Seringa padrão:Este tipo de seringa está disponível no comércio em diversas marcas e nos
tamanhos de 1, 3, 5, 10, 20, 25, 30, 35 e 50 mL, e podem vir ou não vir com as respectivas agulhas.
Apresentam algumas diversificações de modelo quanto ao êmbolo, que pode apresentar-se com a
extremidade reta ou côncava, e a extremidade de conecção (manúbio) da agulha que pode ser em
forma pontiaguda ou de rosca ( luer-lok = marca registrada)
Êmbolo não se
desprende do cilindro
devido ao especial anel
de retenção.
Extremidade de conexão da
Extremidade de conexão da
agulha centralizada
Extremidade de conexão da
Seringa de Teste tuberculínico: É uma seringa com capacidade para 1 mL, apresentado agulha
removível que pode variar de medidas conforme a finalidade de uso, normalmente sendo de 13X3.8
ou 13X4.5 (26G 1/2) . Para injeção subcutânea escolher uma agulha com 1,5 a 2 cm de
comprimento e 23 a 25 G de diâmetro com bisel médio, e para injeções intradérmicas escolher uma
agulha com 1 a 1,5 cm de comprimento e 25 G de diâmetro, com bisel curto. Esta seringa também
pode ser utilizada para administração de pequenas doses em unidades de terapia intensiva de adulto
ou pediátrica e em laboratórios para administrações intra-peritoniais em animais de pequeno porte,
desde que a agulha seja maior, por exemplo 25X7; 25X8; 30X8 (21G 1/4).
Agulhas hipodérmicas: O tipo e tamanho de agulha também variam de acordo com o tipo de
administração. Existem diversos tamanhos de agulhas quanto ao comprimento, diâmetro ou calibre
e estilos de bisel .
Identificação de agulhas
Bisel
Bisel da agulha é esta extremidade “tipo fatiada” em angulo de 30 para facilitar a penetração,
confeccionada em aço cirúrgico inoxidável temperado.
Garrote e luvas: O garrote é um acessório auxiliar de látex que permite reter um volume maior de
sangue no vaso sangüíneo, ao laçar o braço, o pulso, ou perna, conforme a necessidade. O vaso fica
mais firme, não deslizando lateralmente no momento da introdução da agulha.
As luvas cirúrgicas são indispensáveis para qualquer tipo de procedimento ambulatorial, prevenindo
possíveis contaminações quer para o profissional da área de saúde ou para o paciente.
Coletor de material – descarpack - »Caixa coletora para lixo contaminado, material descartável e
objetos cortantes e perfurantes, com capacidade variada ( 3, 7, 13 L).
É confeccionada em papelão incinerável e resistente à perfuração, revestida internamente com
produto impermeabilizante que evita umidade e vazamento, ou saco plástico interno. Apresenta
alças externas para transporte fixa ao coletor, e tampa também fixa ao coletor, bocal com abertura
que facilita o descarte de material, uma linha que marca o limite máximo de enchimento, e tampa de
segurança com trava dupla. O descarpack possui um sistema de abertura e fechamento prático e
segurança ao manuseio. As instruções de uso e montagem estão impressas externamente.
Descrição Técnica
Administração intradermica
Na administração intradérmica (ID) uma pequena quantidade de líquido (em geral 0,5 mL ou
menos) é injetada dentro das camadas externas da pele e nesse procedimento a substância sofre
pouca absorção sistêmica.
Essa via normalmente é utilizada para fornecer substâncias em testes de alergia e tuberculose.
Também poderá ser utilizada para ministrar um anestésico local, como a lidocaína, antes que o
paciente sofra um pequeno procedimento cirúrgico ambulatorial ou punção venosa.
O local mais apropriado para a injeção ID é a parte ventral do antebraço, por ser facilmente
acessada e relativamente sem pêlos. Para o teste alérgico extenso, poderá ser requerido a parte
superior das costas, parte superior do tórax e dos braços. Essas áreas são geralmente pouco
pigmentadas, exibem uma fina camada de queratina e são relativamente desprovidas de pêlos.
Administração subcutânea
- Quando o paciente tem peso médio, o tecido subcutâneo pode ser alcançado com uma agulha de
1,25 cm inserindo-a num ângulo de 90 . Quando o paciente é magro ou é uma criança, pode ser
usada uma agulha de 1,5 cm inserindo-a num ângulo de 45 .
- Quando houver a necessidade de injeções SC repetidas, como ocorre com a insulina, fazer um
rodízio dos locais de injeção.
- No momento da introdução da agulha, no caso da insulina, não há necessidade de arpirar sangue,
e no caso da heparina isso pode causar um hematoma, também fazendo-se desnecessário.
- Não massagear o local após administração SC.
- Descartar seringa com agulha desencapada no descarpack.
Administração intramuscular
- Com o polegar e o dedo indicador da mão não-dominante, esticar delicadamente a pele no local
da injeção.
- Posicionar a seringa em um ângulo de 90 com a superfície cutânea, com a agulha afastada a
alguns centímetros da pele, introduzir rapidamente, com firmeza e segurança a agulha no
músculo.
- Segurar a seringa com a mão não-dominate enquanto utilizar a mão dominante para aspirar o
sangue. Quando aparecer sangue na seringa é porque a agulha está num vaso sangüíneo. Retirar,
descartar e preparar outra injeção com nova seringa e medicamento fresco.
- Injetar o medicamento lentamente e de forma contínua no músculo, sentindo pouca ou nenhuma
resistência.
- Quando o volume do medicamento for mais de 5ml, dividir entre dois locais diferentes.
- Com delicadeza retirar a agulha num ângulo de 90.
- Cobrir o local da injeção com compressa de álcool, aplicando leve pressão. Os pacientes mais
idosos apresentam risco mais elevado para formação de hematoma e podem precisar de pressão
direta sobre o local de punção durante um intervalo de tempo mais longo que o habitual.
- Cobrir o local com bandagem.
Injeção Dorsoglútea
Injeção Ventroglútea
– Coloque a palma da mão sobre o grande trocânter do fêmur. Afaste os dedos indicador e médio
da espinha ilíaca ântero-superior até o máximo possível ao longo da crista ilíaca.
Introduzir a agulha num ângulo de 90 com o músculo.
Para uma criança com mais de 3 anos de idade e que caminha há no mínimo 1 ano pode ser usado o
músculo dorsoglúteo ou o ventroglúteo.
Esses vasos são relativamente isentos de vasos sangüíneos e de nervos importantes.
Injeção no Deltóide
- Introduzir a agulha a 2,5 – 5 cm ou dois a três dedos abaixo do processo acromial, num ângulo
de 90 com o músculo, ou levemente angulado no sentido do processo.
– Para uma criança com menos de 3 anos de idade, é comum utilizar o músculo vasto lateral ou o
reto femoral para injeções IM por constituirem a maior massa muscular nessa faixa etária e
possuindo poucos vasos sangüíneos e nervos.
Administração intravenosa
São administrados por essa via substâncias como sais orgânicos solúveis, eletrólitos e substâncias
com propriedades osmóticas (soluções hipertônicas, hipotônicas e isotônicas).
Isotônica= osmolaridade igual ao do sangue (Ex: SG 5% e SF 0,9%)
Hipertônica= osmolaridade maior que a do sangue (Ex: glicose a 50%)
Hipotônica= osmolaridade menor que a do sangue.
- Com o braço garroteado e apoiado sobre mesa auxiliar, sentir pelo tato das pontas dos dedos a
pulsação do vaso, de maneira a identificar a melhor veia para puncionar.
- Estender a pele do braço do paciente com os dedos da mão não-dominante, segurando a seringa
com os dedos polegar e indicador da mão dominante de maneira a ter os demais dedos sob a
seringa e apoiados no braço do paciente para dar firmeza e segurança no momento de puncionar.
- Com os dedos polegar e indicador movimentar a seringa posicionando num ângulo de 45 com
o braço e no sentido longitudinal da localização da veia., introduzindo a agulha com firmeza e
continuidade para perfurar o tecido até introduzir toda a ponta do bisel da agulha.
- Descer a seringa para 30 e penetrar mais profundamente na veia.
- Neste momento o sangue fluirá para a seringa, então com a mão não-dominante soltar o garrote
e puxar o êmbolo da seringa com a mão dominante até obter o volume de sangue necessário, ou
injetar o medicamento, quando for o caso.
- Retirar a seringa rápida e delicadamente, já tendo na mão não-dominante a compressa de álcool.
- Pressionar o vaso perfurado por alguns segundos e colocar uma bandagem.
- Descartar seringa com agulha desencapada no descarpack
Por outro lado, o erro de medicação pode ser definido como qualquer evento evitável que, de fato
ou potencialmente, pode levar ao uso inadequado do medicamento.
Neste contexto, pode-se citar como exemplo de erro de medicação a administração do fármaco em
horários incorretos; a falta de administração do fármaco; a administração de doses incorretas; a
administração de medicamentos não indicados para o tratamento da doença em questão; e o erro na
via de administração adotada.
Diferentemente da grande maioria das reações adversas, o erro de medicação é previsível e pode ser
evitado, pois é fruto do uso incorreto do medicamento.
Os erros decorrem de múltiplas causas, sendo as mais prevalentes a má qualidade das prescrições; a
comunicação ineficiente entre os profissionais de saúde, e entre estes e o paciente; a insuficiência na
disseminação das informações sobre os medicamentos; a falta de atenção pelos profissionais; o
excesso e as más condições de trabalho; e a falta ou o descumprimento de protocolos preconizados.
Desta maneira, seja para o manejo e prevenção de reações adversas as medicações (RAM) , seja
para a erradicação dos erros de medicação, é de suma importância a melhoria do sistema de
disseminação de conhecimentos sobre drogas, sua prescrição e sua administração. Para contribuir
com a redução de erros deve-se atentar as regras dos 9 certos para as boas práticas.
1) PACIENTE CERTO (Conferir nome e sobrenome do cliente solicitando ao mesmo que diga
seu nome e verificar o número de quarto e leito.)
4) VIA CERTA (Antes de aplicar a medicação, certificar-se da via mediante prescrição, lendo mais
de uma vez e só então aplicar.)
6) TEMPO CERTO (Na aplicação da medicação, respeitar o tempo previsto na prescrição, por
exemplo, se for em 30 minutos, ou em quatro horas, controlar adequadamente o gotejamento ou
programar corretamente as bombas de infusão contínua ou bombas de seringa, controlando, dessa
forma, a infusão conforme prescrição.)
7) VALIDADE CERTA (Antes de preparar a medicação sempre conferir a data de validade, nunca
aplicar medicação vencida. Estabelecer uma rotina de verificação e controle de validade nos setores,
em parceria com a farmácia.)
9) REGISTRO CERTO (Após aplicar a medicação registrar no prontuário checando com rubrica e
ainda anotando queixas, suspensão ou não aceitação de medicação.)
INTRODUÇÃO
É fundamental que a equipe de Enfermagem tenham bom conhecimento dos princípios básicos de
matemática, uma vez que qualquer erro de cálculo pode ser extremamente prejudicial;
Um erro de cálculo da dose máxima (maior quantidade de medicamento capaz de produzir ação
terapêutica sem causar efeito tóxico) pode ser letal;
Saber as fórmulas a serem utilizadas no preparo das doses medicamentosas é condição prioritária
para que o cliente receba a dosagem certa e se produza o efeito esperado;
Atualmente, qualquer programa de computador poderá calcular seguramente o que o cliente deve
receber de acordo com a prescrição médica. No entanto, nem todas as instituições são equipadas
com essa tecnologia, o que obriga a enfermagem a fazer as contas para ofertar corretamente a
dosagem que o cliente deve receber;
Conceitos
Segundo a sua concentração, isto é, sua osmolaridade (número de partículas do soluto dissolvidas
no solvente) as soluções podem ser classificadas em :
-Isotônica (250 a 375 mOsm/l): é uma solução com concentração igual ou mais próxima possível à
concentração do sangue. Ex: SF 0,9%, SG 5%, RL;
-Hipertônica (maior que 375 mOsm/l): é uma solução com concentração maior que a concentração
do sangue. Ex: SG 10%, Manitol 10%;
-Hipotônica (menor que 250 mOsm/l): é uma solução com concentração menor que a
concentração do sangue Ex: Nacl 0,45%;
Suspensão: formada por dois componentes, mas não é homogênea e sim heterogênea. Isso
quer dizer que após a centrifugação ou repouso é possível separar os componentes, o que
não ocorre com a solução;
Porcentagem: é uma outra forma de expressar a concentração. O termo por cento (%)
significa centésimos. Um percentual é uma fração cujo numerador é expresso e o
denominador é 100. Ex: 5%- 5g de soluto em 100 ml de solvente.
Compreendendo as medidas
O sistema métrico decimal é de muita importância para o cálculo e preparo das drogas e soluções.
Ao preparar a medicação é necessário confirmar a unidade de medida.
As unidades de medidas podem ser representadas de modos diferentes, de acordo com o fator de
mensuração: peso, volume ou comprimento;
-Kg (quilograma)
- Mg (miligrama)
-G(grama)
-Mcg (micrograma)
1 Kg = 1000 g= 1.000.000 mg
1g= 1000mg 1mg= 1000 mcg
EXEMPLOS:
5g= 5000mg 1,5l= 1500ml 5000ml=5l
1500mg=1,5g 200ml=0,2l
Medidas caseiras
1 colher (café)- 3 ml
1 colher (chá)- 4 ml
1 colher (sobremesa)- 10 ml
1 colher (sopa)- 15 ml
1 xícara de chá- 180 ml
1 copo americano- 250 ml
Cálculo de Gotejamento
Para calcular o ritmo do fluxo do soro a ser administrado em um determinado período de tempo,
deve-se considerar o tipo de equipo (macro ou microgotas), a quantidade soro, e o número de horas
ou minutos desejados para a administração da solução .
V
T
(o volume dividido pelo tempo, neste caso o número de horas).
V
Tx3
(o volume dividido pelo tempo multiplicado por três, multiplica-se primeiro o número de horas por
3 para depois dividir o volume por esse número que deu).
Exemplo: Foram prescritos 500 ml de SF 0,9% para correr em 6 horas. Vamos calcular em micro e
macrogotas o gotejamento deste soro. O resultado vai sempre ser gotas ou microgotas/ min
Microgotas
Qual é o meu volume? 500 ml
Qual é o tempo prescrito? 6 horas Escolher a fórmula Microgotas:
V 500 ~
= = 83,3333 83 microgotas/ min
T 6 =
500(volume)/6 (horas) = 83,3333, então foram prescritos: 83 microgotas/min
Macrogotas
Qual é o volume? 500 ml
Qual é o tempo prescrito? 6 horas Escolher a fórmula Macrogotas:
V 500 500 ~
= = 27,7777 28 gotas/ min
Tx3 6x3 18 =
500(volume)/6 (horas) x 3 = 500 (volume) / 18 = 27,7777, então foram prescrito: 28 gotas/ min.
Exemplo: Foram prescritos 500 ml de SF 0,9% para correr em 30 minutos. Vamos calcular em
micro e macrogotas o gotejamento deste soro. O resultado vai sempre ser gotas ou microgotas/ min
Microgotas
Qual é o meu volume? 500 ml
Qual é o tempo prescrito? 30 minutos Escolher a fórmula Microgotas:
Vx60 500x60 30000
= = = 1000 microgotas/ min
T 30 30
500(volume) x 60/ 30(minutos) = 1000, então foram prescritos: 1000 microgotas/min
Macrogotas
Qual é o volume? 500 ml
Qual é o tempo prescrito? 30 minutos Escolher a fórmula Macrogotas:
Vx20 500x20 10000 ~
= = 333,333 333 gotas/ min
T 30 30 =
500(volume) x 20/30 (minutos) = 10000 / 30 = 333,333, então foram prescrito: 333 gotas/ min.
Regra de três
O cálculo da medicação pode ser resolvido, na maioria das situações, através da utilização
da regra de 3. Essa regra nos ajuda a descobrir o valor de uma determinada grandeza que
está incógnita;
As grandezas proporcionais de termos devem ser alinhados e o raciocínio lógico deverá ser
encaminhado para se descobrir uma incógnita por vez;
Quando é prescrita uma medicação sólida, ou seja, em pó, é preciso que diluamos antes de
administrar.
Na clinica podemos ter várias medicações que estão em pó e teremos que diluir no próprio solvente
que vem junto com a medicação ou água destilada (AD), OU SF 0,9%, etc.
Inicialmente nós vamos diluir essa medicação em um solvente. Neste caso vou usar uma ampola de
10 ml de AD.
500 mg (é o que tem na minha ampola na clínica) em 10 ml de AD. = Quer dizer que nessa
solução que eu fiz tem 500 mg em 10 ml, certo? Mas foram prescritos somente 250 mg, então,
quanto dessa solução terei que utilizar?
500 mg 10 ml
Isso é uma regra de três: vou multiplicar em cruz. Ou
250 mg X
seja, 500 x X será igual a 250 x 10.
500 x X = 250 x 10 500X = 2500
X = 2500
X = 5 ml
500
Então: Terei que usar 5 ml da solução que foi preparada.
Se depois essa solução for correr em soro, é só acrescentar o volume achado no volume do soro e
fazer o cálculo de gotejamento. Ex: O volume que achamos (5 ml), mais o volume do soro prescrito,
por exemplo 500 ml de SF 0,9 % para correr em 4 horas com um equipo de microgotas, o volume
total vai ser 505 ml, depois é só aplicar uma das fórmulas de gotejamento.
V 505 ~
= = 126,25 126 microgotas/ min
T 4 =
Cálculo de Rediluição
Quando é prescrita uma medicação que já está diluída, mas sua quantidade é muito pequena em
relação ao que o frasco apresenta. É preciso acrescentar mais solvente.
Na clinica podemos ter várias medicações que já estão diluídas, mas teremos que acrescentar mais
do próprio solvente que vem junto com a medicação ou água destilada (AD), OU SF 0,9%, etc.
Inicialmente nós vamos rediluir essa medicação em um solvente. Neste caso vou usar uma ampola
de 10 ml de AD.
2ml da solução + 10 ml de
Agora, em 12 ml da solução tem os mesmos 300 mg.
AD
300 mg 12 ml
Isso é uma regra de três: vou multiplicar em cruz. Ou
20 mg X
seja, 300 x X será igual a 20 x 12.
300 x X = 20 x 12 300X = 240
X = 240
X = 0,8 ml
300
Então: Terei que usar 0,8 ml da solução que foi preparada.
Quando é prescrito um soro cuja concentração é diferente da que usualmente já tem preparada na
unidade precisamos acrescentar mais soluto no mesmo.
Na clinica podemos ter os soros mais usados, que são, a glicose a 5%, e o Nacl a 0,9% e ampolas
com maior concentração, como por exemplo a ampola a 50%, que tem 10 ml. Precisamos então
preparar a solução de maior concentração com essas ampolas.
Foi prescrito um soro de glicose à 10% de 500 ml. Temos na clínica um soro de 500 ml à 5% e
ampolas de 10 ml à 50%.
1º Passo: Saber quantas gramas de glicose tenho nesse soro de 500 ml à 5% que já tenho na minha
unidade. A porcentagem significa que a cada 100 ml tenho 5 gramas de glicose, por isso que é 5 por
cento, mas se meu soro tem 500 ml quantos gramas de glicose tenho então?
5 g 100 ml
Isso é uma regra de três: vou multiplicar em cruz. Ou
X g 500 ml
seja, 100 x X será igual a 500 x 5.
100 x X = 500 x 5 100X = 2500
X = 2500
X = 25 g
100
Então no soro de 500 ml à 5% eu tenho 25 g de glicose.
2º Passo: Saber quantas gramas de glicose tenho nesse soro de 500 ml à 10% que foi prescrito. A
porcentagem significa que a cada 100 ml tenho 10 gramas de glicose, por isso que é 10 por cento,
mas se meu soro tem 500 ml quantos gramas de glicose tenho então?
10 g 100 ml
Isso é uma regra de três: vou multiplicar em cruz. Ou
X g 500 ml
seja, 100 x X será igual a 500 x 10.
100 x X = 500 x 10 100X = 5000
X = 5000
X = 50 g
100
Então no soro de 500 ml à 10% eu tenho 50 g de glicose.
3º Passo: Saber quantas gramas de glicose eu vou precisar acrescentar no meu soro de glicose à 5%,
já que é este que eu tenho na minha unidade. E para isso é só saber quantos gramas de glicose foram
prescritos, no 2º passo eu descobri, certo? Foram prescritos 50g de glicose. Se no soro da minha
unidade já tem 25 gramas (descobri no 1º passo) quantos faltam para chegar no prescrito:
50 gramas (prescrito) – 25
gramas (porque eu já tenho
50 – 25 = 25 gramas de glicose
no meu soro da unidade)
4º Passo: Saber quantas gramas de glicose tenho em cada ampola de 10 ml à 50% que já tenho na
minha unidade. A porcentagem significa que a cada 100 ml tenho 50 gramas de glicose, por isso
que é 50 por cento, mas se minha ampola tem 10 ml quantos gramas de glicose tenho então?
50 g 100 ml
Isso é uma regra de três: vou multiplicar em cruz. Ou
X g 10 ml
seja, 100 x X será igual a 50 x 10.
100 x X = 50 x 10 100X = 500
X = 500
X=5g
100
Então na ampola de 10 ml à 50% eu tenho 5 g de glicose.
5º Passo: Saber quantas ampolas de glicose eu vou precisar acrescentar no meu soro de glicose à
5%, já que é este que eu tenho na minha unidade. E para isso é só saber de quantas ampolas eu vou
precisar para chegar no soro que foi prescrito. No 3º passo eu descobri que vou precisar de 25
gramas, certo? E em cada ampola eu descobri que tem 5 gramas, certo?
5 gramas 1 ampola
5 x X = 25 x 1
25 gramas X
5X = 25 X = 5 ampolas
E quantos ml tem em cada ampola? 10 ml, certo? Se foram necessários 5 ampolas, então o volume é
50 ml a mais, certo? Agora temos que desprezar 50 ml do soro à 5% para acrescentar essas 5
ampolas.
5 % = 5 g ---------------- 100 ml
x ----------------- 50 ml
100 . x = 50 . 5
100 x = 250
x = 250
100
x = 2,5 g
6º passo: calcular a quantidade necessária para repor o que se perdeu (utilizando o resultado do 5º
passo).
50 % = 50 g ---------------- 100 ml
2,5 g --------------- x ml
50 . x = 2,5 . 100
50 x = 250,0
x = 250,0
100
x = 5 ml
R: devemos acrescentar 55 ml de glicose a 50% no frasco de SG 5% 450 ml para transformar em
SG 10%.
Sendo:
Ou seja:
A quantidade de Unidades necessárias (X) está para o frasco (F), assim como a prescrição (P) está
para a seringa (S). O que define uma regra de três simples.
Fazendo então, o produto dos meios pelos extremos, teremos a seguinte fórmula:
SP
X
F
Não devemos esquecer nunca, que todos os elementos dados na fórmula acima, devem ser
representados em UNIDADES.
Exemplo:
Calcular quantas Unidades devem ser retiradas de um frasco de insulina, sendo a prescrição médica
de 10 Unidades de insulina regular, frasco disponível de 40 Unidades e seringa de 80 Unidades.
Frasco = 40 Unidades;
Prescrição = 10 Unidades;
Seringa = 80 Unidades.
Resolução:
80 10 800
X 20 Unidades
40 40
Observação : Nos casos em que a Seringa disponível não é graduada em Unidades, devemos fazer
a seguinte correlação:
Frasco de 80 Unidades significa que em cada 1 mililitro obtemos 80 Unidades.
Exemplo:
Calcular quantos mililitros devemos retirar do frasco de insulina, sendo a prescrição médica de 10
Unidades de insulina NPH, frasco disponível de 80 Unidades e seringa de 3 mililitros.
Frasco = 80 Unidades;
Prescrição = 10 Unidades;
Seringa = 3 mililitros.
Resolução:
Como o grau de pureza da insulina é de 80 Unidades por mililitro, significa que se retirarmos 1
mililitro de insulina do frasco, teremos 80 Unidades.
F S 80 1
P X 10 X
Logo:
1 10 10
X 0,125 ml
80 80
Repare que para cada décimo de mililitro (0,1 ml) teremos 8 Unidades de insulina. Para que
tenhamos as 10 Unidades prescritas serão necessários 0,125 mililitros.
Quando coloca-se 8ml de Água Destilada em 1 Frasco-Ampola de de 5.000.000 UI, obtém-se como
resultado uma solução contendo 10ml.
EXEMPLO
2000UI____________X
5.000.000X = 20.000.000
5.000.000
X= 20 X=4ML
Exercícios
Gotejamento de soro
Regra de três
1. Calcule as prescrições:
Transformação de soluções
Bibliografia
RANG, HD; DALE, MM. Farmacologia. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013
SILVA, Penildon. Farmacologia. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012.
GOODMAN & GILMAN, Goodman & Gilman. As bases farmacológicas da terapêutica.
14. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012.
KATZUNG, B. G. Farmacologia: Básica & Clinica. 11 edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2012;
Referências Eletrônicas
http://farmacologiauefs.wordpress.com/introducao-a-farmacologia/
http://www.easo.com.br/Downloads/Conceitos%20e%20definicoes%20em%20Farmacologia.pdf
http://blogelseviersaude.elsevier.com.br/wp-content/uploads/2012/09/e-sample-Clayton.pdf
http://www.portaleducacao.com.br/farmacia/artigos/10041/sistema-renal
http://www.portaleducacao.com.br/farmacia/artigos/19857/fisiologia-geral-o-
pancreas#ixzz2uFUbBZhq
http://www.anvisa.gov.br/datavisa/fila_bula/frmResultado.asp#
http://www.merck.com.br/pt/bulario/bulario.html
http://www.inca.gov.br/enfermagem/