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.5t .:}Jt,€ì€i+iÁìÌ:È D. IIR \sÌi lNÍprRr,\l transmigração cla corte ffiN


a--:ë, Remeter d:r alta nobreza.
Cortes portuguesas. Indepcndência, Paulo A decisão ateÌ1di:ì :ìos interesses do aliado
Fc'r1rândes Viana. Rcvolução do Porto inglês. encurralado pelo bloqueio rn:rrítimo
que a Françr the ir-l-rpusera en relacão aos
> Rclerinrias Bibliogra[iras merc,rclos europeusr miÌs :Ìrticulav:ì se tambén
LIN4A, Olii eira. D. loac VI no Brdsìl ( I9o8). I' e d. ao projeto de r-rn-r ilr-rpério luso-brasileiro,
Rio dc Jeneiro, Topbooks, I996; NEVES, L. B. exposto por D. Rodriro ao redor de I797-98.
P. chs. "Tom:is Antônio Vihnovr Portugal". 1lr: Alcrt:rdo pela indeper-rdênci:r das colônias
Ní. Beatrjz N. Silva (coord.). Ditron,irìo da bistórìd 1lì{i(:.1\ I / /O e ,ì1,ìlln,ìdU CiìlÌl 05 IUIììu\ \l,l
da rcl.oniltção ltortLtgt!$ú na IJrasi l. Lrsbor. \'t'rbo, R.:vo1ução Frances:r, o Ìrlinistro er-if:rtizava a

199,t, pp. 658-59; SERRÀO, J. "Tonís Anrônio rlútuadeper-rdêncra dos diferentes domínios
\/jlanova Porrugal". Ìn: _. (.dir.'). Dirion,írio lc da Coroa portucqlle sâ e o "sacross,rr-rro
hístórid. de Porngal. Lisboa. Iniciatjvas Eclitoriais, princípio" .le sua ur-ri.1ade, tn:rs propunha, ao
Ì96t\, v.'ì pp. ,+53. 1nes1rlotempo, uma série cle rredidas no
sentido de alir,i;ir ;r dominação metropolit:ìniì.
Sobretudo, .lava-se conta do pocler das id.<tas e
queria clue "o pornguês, nascrdo nds quan'o pdrtes do
** Transmigração da Corte mundo, st jtilgtrt soffiente ?arttgilìs, e não st lembre
i
srnic da glortd t grontlt4a da ,,tcnnrrlttta qu( I(Ìn a
En-rbora :ì continuidâde institucronaÌ e fortwu putennr", antecipando, assim, uma
de

cukural entre a época joanina no Brasil, a concepção de integridade territorial e de


regência cÍe D. Pedro e o Prime iro Reinado nattorLalídade que calaria Íindo nos espíritos da
sugira qr,re l8I I- abdicação do rrnperador - época.
cor-rstitua ruptura rnais signifìcativa para a Esses fatores clefinirarn a atuação do príncipe
conso[dação do no,'o país do que I 8o8 ou fegente â Paftir do momento clue ci1egou à
mesmo 1822, o est:rbeleciner-rto da Corte Bahia, no princípio de t 8o8. Estando o reir-ro
poÍlrrS(ìcsr no Rio dc Jlrreiro rcprcseni^u. ocrpado pelos franceses, era inevit:ível, de un-r
en vários sentidos, o firn do período 1ado. a extinção do charnado exclusívo romtrdal,
color-ria1. con-r a "abertura dos portos às nações amigas",
Corrcebida, desde o século X\rÌI, coino clecretada en-r 2E de j:rr-reiro, que torn:Ìv:ì
solução de ernergência em rnomenros de disponíveis para a Inglaterra as nercadorias do
crise, a nudança da Corte para o Brasrl BrasiÌ e seu pouco significativo merc;rdo
voltou a ser considerada pelo anglófilo consunidor. De outro. cabia fìndar um novo
Rodr:igo de Souza Coutrnho às r'.<speras de nnpirio n;t Alr-rérica. Após alcançar o Rio de
sua den-rissão da Secretaria da N{arir-rha e
Jar-reiro, em 7 de n-rarço de I8o8, D. João
Ultramar, en-r I8Ol, 1-Ì1as sol-nente entrou r-Ìa buscolr trarsformar a cidade para adequá la à
pauta do go'erno qr-rando as ameaças da condição de sede da rnonarcluia. Assim, foram
França evidenciaran, a partir de julho de .nrào recrildrr .,r princip,rir inrtitLriqòcs
I807, e iminência da invasão de Portugal peias j régias, colr-Ìo as NÍesas do Desembargo do
tropas napoleônicas. Cor-rver-rcido o governo de Paço e da Consciêr-rcia e Ordens, a Casa da
clue a ir-rtegridade d,r monarquia só estaria Suplicação e a Intendêr-rcia Geral da Po1ícia
:issegurada por meio da preservação dos Esta últirna, cujas arnplas atr:ibr-rições er:rrn
dominio. .rrncri;.rno.. cujor recurso. natur.tis coeÍentes con o significado que o teÍmo
e humanos superâvan'ì os do rerno, :r Corte p olí c a rinha na época, respons:rb iliz:rva-s e
ì

partiu de Lisboa ern 29 de novernbro de t8o7, sobretudo por um duplo controle: o da


conpondo una comitiva de cerca de I5 mil censura às idíías perniciosas provenientes da
pessoàs, ir-rcluir-rdo apenas urnâ pequena parte França e o controle da nurnerosa rnão-de-
tratados de tSto Dt DrcroN.'ÁRÌo oo Fisr_ÊÌ:.r.iÈr
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obra escrava no centro r,rbano. A constituição norte do Prat:r, en 18t7; e a aclamação do


dos pilares institucior-rais do governo foi príncipe regente com o rítulo de D. João VI.
acompanhada de atos qlre proclrrâvam no Rio de Janeiro, en t8Ì8 indicavan um:r
fonentar a indúscria e a circulação de idéras, possível opção da Coroa pela via american:r
con'Ì â revog;Ìção da proibição de manufaturas cla morrarquia portuguesa. A essa altur;r, a
r-ro Brasil, a criação da In-rpressão Régia e a insatisfaEão en face da poiítica.Joanina levara
publicação da Ca4ta do Rìo fu Janeiro, pnneiro ì Revolta de Ì 817, em Pernambuco, e à de
periódico a circular na América Portuguesa. Gon-res Freire, em Portugal. Poucos anos
Na intensa movimentação qlre tinha lugar depois, os desdobrarnentos da Revolução do
tanto no porto do Rio de Janeiro rluento em Porto (t 8zo) reduzrriam a impírio do Brasìl o
corno do primeiro rnonarca a pisar o solo sonho do impírío luso-brasìleiro de Rodrigo de
rrrerrc,tno. ot r iljrrrtcs e)lrtngeiro\ Souza Coutinl-ro, falecido em I8I2, por meio
.ì5sunlirrm prpcl dc.racaJo. for.e co'no de uma "guerra civil de portugueses" - no
comerciantes e en-rbaixadores. fos,.e corno dizer de Sérgio Buarque - de que resultaria o
escudiosos, áviclos por conhecer os costumes brado imaginado de I822 e un-r no\io país.
e:s dl rerra. em cujos
riqucz:r> narurais (Guilherrne Pereira das Neves)
relatos Sérgio Buarque percebeu um "novo
descobrinrento do Brasil". 4& Remeter
O Rio de Janeiro converceu-se em palco de Emancip;rção po1ítica, D. João W, Reino Unido.
um pÍorrsro cn'tli4tórío que Maria Odila da S. Rodrigo de S. Coutinho. Tratados de I8Io
Dias denominou "ir-rteriorização da
metrópole ". Além de a cidade se constituiÍ *e ReÍerêntias BibliográJic as
no cer-Ìtro de difusão para todo o território ALEK{NDRE, Y. Os sentidos da ímpírio, Potto,
da ex-colônia dos nolos civilizados da Europa Afrontamento, l99l; CARVALHO, J. M. de.
ilustrada, nela forjou-se, à sombra do A construEao da ordem. Rio de Jane rro, Relume-
nepotismo do monarca, un1 poderoso grupo Durr;rrá, I996; DÌAS, M. O. da S.
de cornerciantes, inrgrados de Portugal ou aí "A interiorização da metiópo1e (I8o8,r851)". 1?;,

radrcados há ar-ros, consolidado ainda por C. G. Mota (org.). lB:z: dímensões. São Paulo,
alianças rnatrimoniais. O Rio de _far-reiro Perspectiva, 1972,pp. I6o-8,t; LINIA, M. de O.
transfbrmou-se em r-Ìova metrópole ern D. Jodo VI no BrdsíÌ. Rio de Janeiro, Topbooks,
relação às demais proví-rcias da América, que, I996; NEVES, G. P. das. "Do império luso-
rpós,r euloria irrici.rl. rcssenriram-se brasrleirc ao inpério do Brasil I789'r8zz". Lff
crescentefìente de somente serem lembradas Htçórid. Lrsboa, 27/28: 75-toL, I995; NEVES.
por ocasião do lançamenco de novos L. B. P. das & MACHADO, H. O lmpírio do BrasiÌ.

impostos. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, I999; SÌLVA, NÍ.


Algo semelhante, embora com sobretons B. N. da. Culnra e soríedaã.e no Rio de Jandro (t8o3-
mais graves, sucedeu com Portugal, que, lSzr). São Paulo, Cia. Editora Nacronai, t978;
primeiro invadido pelos franceses e, em _. Vida prirada e quotidiano no Brasíl na ípora lt
seguida, miÌntido sob uma virtual cutela D. Maria I e D. Joao /1. Lisboa, Esrampa, 1QQl.
inglesa, erperinentou uma profunde cÍise
econônica, agravad:r pelas condições
esrabelecidas nos tratados de Aliança e
Amizade e de Comércìo e Navegação ê& Tratados de ISIo
assinados em I S lo com a Inglaterra.
Posteriormente, a elevação do Brasil a Reino Resultado de un-r longo e conturbado
Ur-rido a Portugal e Algarves, ern I815; a relacionamento diplon-rático e comercial e, em
invasão das possessões espanholas nâ n-rargem termos imediatos, do apoio dado pelos

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