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Cai muito! Numa questão disso, a banca coloca cinco frases para você analisar
gramaticalmente (nessa brincadeira, é preciso dominar todos os tópicos
gramaticais já mencionados acima). Qual está certa e qual está errada? Esse é
o objetivo desse tipo de questão (normalmente são as duas últimas da prova).
Às vezes a banca trabalha esse tipo de questão com reescritura (paráfrase). Veja
os capítulos 36, 37 e 38 da minha gramática.
(A) Para quem acredita em destino e que o dia da morte está marcado, nada
nem ninguém pode alterá-la ou prolongá-la, e nenhum remédio poderia ser
proscrito para salvar aquele que já está condenado.
(E) Ser dado por morto e estar bem vivo, numa experiência das mais inquietantes
que o ser humano pode vir a conhecer, cuja é talvez ainda mais terrificante
quando se depara de repente com a notícia da própria morte.
Sem que seja feita qualquer outra alteração, a frase acima permanecerá correta
caso o verbo sublinhado seja substituído pelo que consta em:
(A) deu lugar (B) transformou-se (C) foi vencido (D) transigiu (E) trocou-se
3. Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto:
(A) Uma vez distanciados no tempo, Sócrates e Descartes são parceiros quanto
a compartilharem ao mesmo prestígio que costumam atribuir ao valor da dúvida.
(B) Mesmo separados por séculos, os filósofos Sócrates e Descartes parecem
acordes quanto ao valor que atribuem ao papel da dúvida na constituição do
pensamento.
(B) Ao se pautar na expressão a canalha será sempre de cem para um, cujo
sentido óbvio é o de apontar a supremacia desta sobre os demais.
(D) Para não deixar dúvida em matéria de proporção, quem são os pensantes,
Voltaire afirma que estes se reduzem a um por cada cem dos demais.
(E) Para cada cem pessoas grosseiras, propõe Voltaire que apenas uma é mais
pensante, atestando-se assim a hegemônica atuação de uns poucos sobre todos
os demais.
5. Está inteiramente clara e correta a redação deste livre comentário sobre
o texto:
(A) É natural que muitos dos usuários da internet se irritem com este fenômeno
generalizado: a pessoa publica um medíocre texto de sua autoria como se fosse
da lavra de algum escritor consagrado.
(C) Está cada vez mais usual o seguinte fato: alguém mal intencionado, publica
sob um nome de autor conhecido um texto de que este jamais teria interesse em
escrever, por banal que seja.
(D) Muitas pessoas, provavelmente com má fé, dão como de outros autores,
textos seus, imaginando que as assinaturas famosas encobrem as debilidades
do texto de cujos são criadores.
(B) A falta de talento faz com que artistas famosos passem por ser alegados
como genuínos autores daqueles textos de escritores medíocres que não o têm.
(C) Alguns nomes de grandes escritores brasileiros são muitas vezes indicados
na internet como autores de textos que jamais escreveriam.
(D) É fácil entender que alguém cometa uma fraude para enganar os outros;
difícil é aceitar que alguém se proponha a enganar a si mesmo.
(A) A admiração pela arte de Eduardo Coutinho, patente nesse texto, justifica-se
pelo fato de que o cineasta está preocupado em reconhecer a humanidade das
criaturas retratadas, em vez de aceitar a visão estereotipada que se tem delas.
(C) É admirável como Eduardo Coutinho, a partir deste texto, revela toda uma
arte pessoal quando deixa cair por terra as visões de um mundo pré-
estabelecido, ao invés de fraglar, em cada uma das criaturas, a humanidade de
um rosto inteiramente original.
(E) Ao pautar sua arte por uma perspectiva original, em cujo valor jamais se
afasta, Eduardo Coutinho não abre mão em favor das visões já viciosas que não
nos permitem distinguir as pessoas, tomadas como se fossem tão somente tipos
sociais extratificados.
(B) Os homens entendem o adultério como um roubo, uma vez que consideram
suas esposas um bem de que um terceiro se apropria.
(C) Como as esposas são bens inalienáveis dos homens, qualifica-se como
roubo aquele que as usurpam de seu legítimo proprietário.
(D) Uma vez premeditado o adultério como um roubo, os homens passam a ver
suas esposas como parte de seu patrimônio do qual foi usurpado.
(E) Não obstante se considere que as esposas sejam parte de seus bens, os
homens passam a ver como um roubo o adultério que os privam delas.
(A) Ainda é comum, mesmo que à criatividade não seja estimulada, que o turista
veja seu desejo de experimentar ser tolhido antes mesmo de ser esboçado.
(D) Um mundo fictício de lazer, é criado pela indústria do turismo cujo espaço se
transforma em cenário, no qual a realidade se modifica a medida que seduz e
fascina o turista.
(E) Uma vez que, da interação entre espaço e sociedade, resulta o que a autora
chama de "lugar", este é, essencialmente, uma produção humana.
(A) A lanterna de bolso que me deram tinha uma luz que me pus a projetar sobre
os cantos da casa, cuja familiaridade era agora como que se estivessem
transfigurados.
(B) A lanterna de bolso, que me deram, passei a projetar sua luz nos cantos da
casa que, antes familiares, eram assim transfigurados por aquela luz.
(C) A luz da lanterna de bolso que me deram passei a projetar nos cantos da
casa, tão familiares, cujos passaram a ser então transfigurados.
(D) Me deram uma lanterna de bolso em cuja luz passei a projetar nos cantos da
casa que, à essa altura, não me eram mais familiares, porquanto transfigurados.
(E) Deram-me uma lanterna de bolso, cuja luz passei a projetar nos cantos da
casa, que, até então familiares, estavam agora transfigurados.
(D) Uma das paixões de Bernhard, a qual se dedicou com fervor, foi o estudo da
música, além de abandonar o ginásio para ser aprendiz de comerciante.
(E) Quando uma gripe mal curada degenerou numa grave doença pulmonar, a
beira da morte, boa parte da adolescência de Bernhard se passam em hospitais
e sanatórios.
(E) Misturadas aos objetos da decoração, as esculturas não eram expostas por
Picasso, que as guardava em casa e no estúdio, uma vez que as considerava
pouco comerciais.
14. Está inteiramente clara e correta a redação deste livre comentário sobre
o texto:
(A) O autor não se revela que sua posição esteja inteiramente intolerante diante
dos estrangeirismos, uma vez que chega a justificá-lo dependendo do que for o
caso.
(E) O prestígio de que alguns acenam para o uso de palavras inglesas é visto
como injustificável na ótica do autor do texto quando se refere a este linguajar.
(A) Se Auguste Saint-Hilaire não foi tão famoso como seu irmão Geoffroy, o
continuador de Lamarck, se não encontramos o seu nome, como o dele, em
todas as enciclopédias, a recordação importante para nós, a que precisa de ser
particularmente estimada, a recordação do irmão menos célebre.
(D) Não apenas devido a seus muitos trabalhos e devotamento, lúcida afeição e
simpatia, mas também com o objetivo de distingui-lo do irmão, muito mais ilustre
em todo o mundo, podemos nos referir a Auguste Saint-Hilaire como o “nosso”
Saint-Hilaire.
(E) Seis anos de viagens pelo interior do país por meio de regiões
frequentemente inóspitas, cujas estão representadas nessa obra iminente do
sábio francês.
(A) No início do século XX, no Engenho do Pau d’Arco, na Paraíba e nas ruas
do Recife e João Pessoa, um homem jovem, magro e taciturno, que se tornaria
conhecido na história da literatura brasileira pelo nome de Augusto dos Anjos,
cismava, sofria e escrevia poemas.
(A) se quizer ser levado a sério, um jornal não pode esquivar-se em dar a
impressão de concretude em seu conteúdo.
(B) um jornal, sendo levado a sério, não pode abster a impressão de concretude
em seu conteúdo.
(C) a condição de que um jornal não pode prescindir, para ser levado a sério, é
a de dar a impressão de concretude em seu conteúdo.
(D) com vistas ser levado a sério, um jornal não pode deixar de renunciar à
impressão de concretude em seu conteúdo.
(E) um jornal tendo a intensão de ser levado a sério, não pode abdicar quanto à
impressão de concretude em seu conteúdo.
3. ...não propriamente pelo que dizem, mas principalmente pelo que tentam
esconder.
I. A formulação "Mas essa análise pode ser mais bem elaborada" respeita as
orientações da gramática normativa, tanto quanto a redação de 1.
III. A formulação "não exatamente pelo que dizem, mas sobretudo pelo que
tentam esconder" mantém o sentido e a correção vistos em 3.
(C) Por que dedicam suas vidas a apresentá-la, escrever sobre ela, assistir a
ela? / Qual a causa de dedicarem suas vidas a apresentar, escrever e assistir a
ela.
(D) atravessam o mundo para ver uma nova produção ou ouvir um cantor
favorito, pagando imensas quantias por esse fugaz privilégio / atravessam o
mundo para ver uma nova produção ou ouvir um cantor favorito, se forem pagar
imensas quantias por esse privilégio instantâneo.
(E) a ópera é a única forma de música erudita que ainda desenvolve de modo
significativo novas audiências / que desenvolve, ainda que de maneira
significativa, novas audiências.
21. Com recurso à subordinação das orações, o 5º e o 6º parágrafos estão
reescritos corretamente em:
(A) No dia seguinte, chamei o Pancrácio e disselhe com rara franqueza, que és
livre, podes ir para onde quiseres, além de que aqui tens casa amiga, já
conhecida e tens mais um ordenado, um ordenado que...
(B) No dia seguinte, chamei o Pancrácio e disselhe, com rara franqueza, que era
livre e podia ir para onde quisesse; que aqui, no entanto, tinha casa amiga, já
conhecida, além de ter mais um ordenado, um ordenado que...
(D) No dia seguinte, chamei o Pancrácio e disse-lhe, com rara franqueza, que
seria livre, poderia ir para onde queria, mas que aqui teria casa amiga, já
conhecida, além de ter mais um ordenado, um ordenado que...
(E) No dia seguinte, chamei o Pancrácio e disse-lhe com rara franqueza, que
fosse livre e pudesse ir para onde quisesse; aqui, no entanto, teria casa amiga,
já conhecida, com que teria mais um ordenado, um ordenado que...
(C) Pode-se dizer que o estilo do cronista faz com que se situe entre duas áreas
do conhecimento, qual seja, o jornalismo e a literatura, dado que muitos o
classifica como o verdadeiro poeta dos acontecimentos do cotidiano.
(D) O fato de ser publicada no jornal, via de regra, determina a vida curta da
crônica, pois à de hoje seguem-se muitas outras nas próximas edições;
entretanto, certas crônicas chegam até mesmo a definir um novo modo de
encarar uma determinada questão.
(B) Em São Paulo, destaca-se obras como os grandes painéis que Tomie Ohtake
fez para a Estação Consolação do Metrô, assim como a pintura em parede, na
Ladeira da Memória.
(C) Tomie Ohtake afirmou-se como artista devido aos estudos das relações entre
forma e cor que marcaria toda a sua carreira, passando por formas ovais,
quadradas, retangulares, entre outras.
(C) Durante os 40 anos que duraram o grande ciclo da borracha, Manaus teve
uma importância econômica fundamental, pois, na época, 50% da exportação do
Brasil era representado pelo látex − o resto era café.
(E) Por Manaus ser uma cidade cosmopolita, com a presença de muitos
estrangeiros, Hatoum teve professores estrangeiros na juventude com o qual
conviveu e, assim, acredita que estejam presentes no seu trabalho.
GABARITO
12- C 13- E 14- D 15- D 16-A 17- C 18- E 19- E 20-A 21- B 22- E