RESUMO DO CAPÍTULO 9 EMOÇÃO E AJUSTAMENTO DE LINDA L DAVIDOFF
JOSE ORIANO DA MOTA
PONTAL DO ARAGUAIA, JUNHO DE 2008 Linda L. Davidoff, em seu livro “Introdução à Psicologia”, aborda no seu capítulo 9 o tema Emoções e Ajustamentos. Inicia o capítulo com um esquema de interrogações a fim de chamar a atenção do leitor sobre o que é ficção ou fato à cerca do assunto em tela. Define emoções como estados interiores caracterizados por pensamentos, sensações, reações fisiológicas e comportamento expressivo específico. Elas aparecem subitamente e parecem difíceis de controlar. Considera que são emoções universais: a alegria, raiva, desagrado, medo, surpresa e tristeza. Assim como o interesse, a vergonha, desprezo e culpa. Evidencia-se tais emoções a partir das expressões faciais. Afirma que as primeiras emoções no ser humano já aparecem no primeiro dia de vida, onde os bebês já transmitem reações positivas ou negativas; tanto transmitem como também reagem às emoções dos outros. Para alguns as emoções são entendidas como algo geneticamente programado nos animais para fins de sobrevivência. Assim como desempenham também, um papel na aprendizagem. Quanto a natureza, as emoções são compostas por aspectos subjetivos, comportamentais e fisiológicos. Como aspectos subjetivos tem-se os sentimentos e pensamentos. Os sentimentos expressos no rosto seguem uma escala classificatória. A primeira escala vai de agradável a desagradável; a segunda, da atenção à experiência em uma ponta até sua rejeição na outra ponta. Aterceira dimensão vai do intenso até o neutro. A maioria das emoções pode ser forte ou branda. O componente comportamental inclui expressões faciais, gestos e ações. A universalidade das expressões faciais básicas sugere que elas são hereditárias. O movimento facial expressa também a intensidade das experiências emocionais, bem como afetam os observadores mais diretamente. Sobre os gestos e ações, as emoções costumam vir acompanhadas de comportamentos previsíveis; as emoções vêm, primeiro e preparam para padrões de comportamento correspondente. O surgimento dessas relações emoção-comportamento tem contribuição hereditária, como também advém da família. Algumas respostas provavelmente são escolhidas pela observação e imitação daquilo que é visto (condicionamento operante). O componente fisiológico de uma emoção intensa supre os animais de energia, a qual ajuda a lidar com as emergências que originaram a emoção (resposta de luta ou fuga). Aborda duas questões gerais da fisiologia. A primeira é que as reações fisiológicas a todas as emoções não são similares; e a segunda as reações às mesmas emoções não são uniformes. Os componentes subjetivos, comportamentais e fisiológicos de nossas emoções estão entrelaçados e são interativos. Pensamentos, sentimentos, expressões faciais, atos e fisiologia estão continuamente exercendo influências entre si. Cognições acompanham e podem influenciar sentimentos imediatos. Da mesma forma que pensamentos podem também alterar reações físicas. As expressões faciais podem alterar tanto a fisiologia como os sentimentos. Regularmente, as pessoas sabem que suas emoções são mistas. Tal noção é fácil demonstrar intuitivamente. Ainda, as emoções não só são mistas como também estão ligadas a motivos. A ligação motivo-emoção não é uma via de mão única; da mesma forma que os motivos evocam emoções estas geram motivos. As emoções humanas estão em constante mudança. Afeto e humores brandos parecem predominar; raramente as pessoas são presas de emoções violentas. A autora apresenta algumas teoria sobre as emoções. A teoria do processo oponente de Solomom apresenta um série de fases: primeiramente, as experiências despertam emoções relativamente fortes; depois as emoções evocadas por essas experiências despertam automaticamente pós-reações, as quais contrastam com as emoções; gradativamente, a pós-reação opõe-se ou suprime a força do afeto que a despertou; depois que uma experiência termina, a emoção que havia sido diretamente despertada desaparece rapidamente, ao passo que a pós- reação persiste; na recorrência de experiências similares, a emoção evocada pela experiência enfraquece, ao passo que a pós-reação intensifica-se. Para discutir a questão do surgimento das emoções, a autora trabalha com algumas teorias como a da Resposta Periférica, a qual tem como eixo duas afirmações principais: eventos que incitam emoções despertam respostas periféricas e as respostas periféricas de cada emoção são distintas, de modo que cada padrão é reconhecido como característico de uma diferente emoção. Cita também as teorias do incitamento inespecífico. Nelas presumem que eventos incitantes despertam – simultânea essencialmente – sentimentos, comportamento expressivo e reações fisiológicas que são bastante similares. Têm-se, atualmente, as teorias cognitivas do incitamento inespecífico, nas quais presumem-se que as pessoas avaliam, em algum nível, aquilo que lhes está acontecendo e que essa avaliação gera uma emoção. Davidoff, também faz uma análise de emoções específicas como a raiva e a agressão. Aquela é uma emoção caracterizada por fortes sentimentos de contrariedade, os quais são acionados por ofensas reais ou imaginárias. Esta define-se como qualquer ato praticado com o fim de ferir ou prejudicar uma vítima involuntária. Ainda, tanto a frustração quanto o sofrimento levam ao sentimento de raiva e provocam agressão. A frustração surge quando um obstáculo impede as pessoas de fazer algo que desejam, de atingir um objetivo ou satisfazer uma necessidade, um desejo, uma expectativa. As pessoas também podem ser agressivas em decorrência de incentivos (eventos que incitam a ação). Obediência, pressões sociais, dinheiro, podem atuar como incentivos a agressão. A idéia de que as pessoas herdam a necessidade de agredir, ainda que não abandonadas vem perdendo respaldo. A autora cita Freud e Lorenz que acreditam que os seres humanos têm instintos agressivos. Eles acumulam-se e finalmente explodem, rompendo em violência. Embora os animais possam não ter instintos agressivos, sua biologia lhes provê de capacidades de ataque, as quais podem preparar todos os organismos para aprender facilmente a agredir. Por fim a autora, apresenta o modelo das bases fisiológicas da agressividade, proposto por Kenneth Moyer. Nesse modelo existem três influências físicas sobrepostas que contribuem para a agressividade: hereditariedade; sistemas cerebrais não envolvidos na agressividade e química do sangue e neste a química do cérebro. As influências ambientais sobre a agressividade advém de algumas condicionantes como: os padrões sociais, da família, das frustrações na escola, das condições sociais, do anonimato, da disponibilidade de armas, e da pobreza. REFERÊNICAS BIBLIOGRÁFICAS
DAVIDOFF, LINDA L. Emoção e Ajustamento. Introdução à
Psicologia. Cap 9. Makron Books Editora. 3ª Ed. São Paulo. 1991.