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AVALIAÇÃO DO MÓDULO DE
ANÁLISE DE NEGÓCIOS
São Paulo - SP
2006
FACULDADES ASSOCIADAS DE SÃO PAULO - FASP
CENTRO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GESTÃO DE PROJETOS EM TI
AVALIAÇÃO DO MÓDULO DE
ANÁLISE DE NEGÓCIOS
São Paulo - SP
2006
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SUMÁRIO
1 APRESENTAÇÃO DO CASE......................................................................................... 4
2.1.1 Como seria sua abordagem (você começaria por onde e o quê você levaria em
consideração) para entendimento do funcionamento das três entidades em questão: o
varejista, o distribuidor (atacadista) e a fábrica. ............................................................ 11
2.1.2 Como você julga estar a gestão destas mesma três entidades em questão: o
varejista, o distribuidor (atacadista) e a fábrica. Cite e comente sua análise para cada
uma das entidades. ...................................................................................................... 15
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1 APRESENTAÇÃO DO CASE
Personagens
• Clientes – Consumidores;
• Varejista – que vende para os Consumidores;
• Atacadista ou Distribuidor – que vende para os Varejistas;
• Fábrica – que fabrica e vende para os Atacadistas.
Durante muito tempo os clientes do varejista fazem pedidos constantes – quatro (4)
caixas de cerveja por semana. Repentinamente, o índice de pedidos dobra para oito caixas
por semana e permanece constante nesse novo nível:
10
8
Caixas de Cerveja
6
Pedidos dos Clientes
4
2
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9
Semana
4
O varejista observa o aumento de vendas na segunda semana e, portanto, dobra o
número de pedidos semanais feitos ao distribuidor de quatro para oito pedidos. Em geral, há
um atraso de quatro (4) semanas entre a entrega do pedido do varejista e a chegada do
caminhão de entrega do distribuidor.
25
20
15
10
0
1 2 3 4 5
Semanas
Caixas de Cerveja
Na quinta semana, o estoque do varejista acaba e seus clientes estão pedindo oito
(8) caixas por semana. O distribuidor entrega sete (7) caixas, respondendo aos pedidos
maiores, mas sete (7) caixas não são suficientes. Muitos desses clientes são leais e deixam
o número de seu telefone prometendo comprar a cerveja assim que chegar.
5
Na sexta semana, são entregues apenas seis (6) caixas – metade do pedido feito
quatro (4) semanas antes. O entregador diz que há pedidos em carteira. Na sétima semana
e novamente na oitava, apenas cinco (5) caixas são entregues. O varejista manteve um
pedido de dezesseis (16) caixas, mas, na oitava semana, faz um pedido de vinte e quatro
(24) caixas porque apenas uma fração de seus pedidos anteriores está sendo atendida.
24
20
16
Grosas
12
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Semana
O distribuidor faz os pedidos com base no número semanal de grosas assim que o
caminhão da cervejaria chega à distribuidora e, mais uma vez, o caminhão só entrega o
pedido em quatro (4) semanas. Antes dos clientes aumentarem seus pedidos, o distribuidor
pedia sucessivamente quatro (4) grosas por semana. Essa quantidade era suficiente para
manter um estoque de doze (12) grosas.
32
28
24
20
Grosas
16
12
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
Semana
7
O distribuidor telefona para os varejistas pedindo-lhes que tenham paciência. A
carteira de pedidos dos varejistas está crescendo rapidamente – assim, eles aumentam
novamente seus pedidos.
64
56
48
40
Grosas
32
24
16
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17
Semana
8
Nas 14a e 15a semanas, o distribuidor entrega toda a cerveja que recebe para
atender aos pedidos. Os varejistas, surpreendidos pelo excesso de estoque, reduzem seus
pedidos a zero (0). Nas 16a e 17a semanas, o distribuidor recebe carregamentos de
cinqüenta e cinco (55), sessenta (60) e, novamente, sessenta (60) grosas, atendendo aos
pedidos anteriores, e fica alarmado ao ver seu estoque aumentar enormemente de repente ,
pois não está recebendo novos pedidos dos varejistas. O distribuidor também reduz seus
pedidos a zero (0).
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Caixas de Cerveja
12
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19
Semana
9
Na 16a semana, o distribuidor tem um estoque de mais de duzentos (200)
carregamentos e os pedidos dos varejistas continuam a zero (0). Será necessário cerca de
um (1) ano para se livrar do excesso de estoque. Muitos distribuidores em situação
semelhante reduzirão seus pedidos a praticamente zero (0) duranre esse período.
Haverá demissões e talvez a fábrica tenha que ser fechada. O surto de vendas, que
deveria Ter sido uma boa notícia para a fábrica de cerveja, provoca uma tragédia.
170
160
150
140
130
120
110
100
Grosas
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19
Semana
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2 PERGUNTAS PARA AVALIAÇÃO
2.1.1 Como seria sua abordagem (você começaria por onde e o quê você levaria em
consideração) para entendimento do funcionamento das três entidades em
questão: o varejista, o distribuidor (atacadista) e a fábrica.
• Nível da sua Identidade: Afeito aos fundadores ou aos acionistas majoritários que
fornecem o capital ou do nível dos dirigentes de carreira (profissionais empregados),
responsáveis pela estratégia e pelos resultados das operações. Essas pessoas
influenciam decisivamente a formação e a consolidação da identidade, do caráter ou
da essência invisível da empresa. Por que estamos nesse negócio? O que nos liga
com o negócio? Queremos continuar neste negócio? O negócio é rentável? Qual é o
nosso objetivo com este negócio? Quais são os nossos valores? Quais são as
questões com a sucessão? (no caso de empresas familiares). Qual é de fato o nosso
negócio? Qual é a nossa missão? Qual é a nossa vocação? Qual é o meu projeto de
vida pessoal? Em que ponto esse projeto existencial se conecta com o negócio?
Para onde queremos ir? Qual é a nossa estratégia ? Qual é a nossa visão do futuro
do negócio? Como vemos os clientes? Como nós nos vemos pessoalmente daqui a
10 anos? Dependendo do nível de consciência desse grupo para com as respostas a
essas questões, os demais níveis da empresa serão impactados e/ou mudados com
ênfases e formas diferentes.
• Nível das pessoas, ou nível das relações: Este nível contém tudo que acontece
entre as pessoas. A mudança se torna necessária quando sintomas do seguinte tipo
aparecem: clima organizacional péssimo; desmotivação; greves constantes;
problemas de liderança etc. É a crise estratégica, porque são as pessoas que
executam as estratégias da empresa. Quando há esses sintomas, dificilmente as
estratégias são implementadas, ou o são de forma adequada. As origens ou causas
desses sintomas podem ser encontradas no nível anterior.
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• Nível dos processos: Processos, aqui, têm o sentido de fluxos básicos de
produção, de matéria prima, de informações etc necessários para atender os clientes
internos e para produzir e comercializar produtos e/ou serviços. Os sintomas de
necessidade de mudança aparecem com a crise de resultados. A empresa não
consegue ter produtividade nos processos: há um ciclo muito longo entre a venda e o
recebimento, lentidão no lançamento de novos produtos, problemas graves de
qualidade gerando devoluções, etc. As operações normais da empresa não geram
resultados suficientes para pagar os recursos empregados na operação e deixar
lucros para remunerar acionistas, investir em expansão etc. As origens dessa crise,
são também localizadas nos níveis anteriores.
• Nível dos recursos: O recursos são compostos pelos bens móveis e imóveis, como
terrenos, máquinas, equipamentos, matéria prima etc. A necessidade de mudança
fica evidente quando a empresa está numa situação desesperadora, a ponto de
necessitar vender os seus ativos para pagar débitos; ou, então, já é concordatária. É
a crise de liquidez, isto é, de falta de recursos para sobreviver. Nesta etapa, a
mudança às vezes nem é mais possível. É quando muitas empresas morrem
literalmente, pela falência ou pela absorção por um outro grupo ou é simplesmente
vendida. Na essência, a origem desta crise também pode ser localizada nos níveis
anteriores.
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c. LEVANTANDO OS EVENTUAIS PROJETOS EXISTENTES - Conhecer
eventuais iniciativas em estudo ou em implementação, cujas informações
poderão ser úteis para a análise do projeto da Cadeia de Abastecimento.
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2. Fase B: Estudos e Análises
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2.1.2 Como você julga estar a gestão destas mesma três entidades em questão: o
varejista, o distribuidor (atacadista) e a fábrica. Cite e comente sua análise para
cada uma das entidades.
O ponto mais fraco na gestão desta entidade e o que piora este efeito chicote é a
falta de previsão adequada de vendas. Esta falta de previsão afeta ainda mais a indústria,
que a deixa sem poder planejar a utilização mais eficiente dos recursos da cadeia de valor.
O ato de uma indústria ou de seu fornecedor não ter uma visão mais clara e acurada da
demanda dificulta o planejamento da compra de matéria-prima, do capital de giro, da mão-
de-obra, do dimensionamento de linha e utilização de fábrica, do espaço de armazenagem,
da frota etc.
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2.1.3 Identifique os pontos onde no desenrolar do caso, você julgue que
poderíamos intervir para obtermos o controle da situação, caso voltemos a ter
uma repetição ou algo semelhante a situação apresentada. Por que?
Quando o efeito chicote (bullwhip effect) ocorre, significa que a partir de um aumento
(ou diminuição) de demanda no cliente final toda a cadeia tende a sentir o efeito de forma
amplificada como um mecanismo de defesa para atender a novas possíveis variações. Em
outras palavras, mesmo com a demanda final relativamente estável, podem ocorrer grandes
distorções ao longo da cadeia. São diversos os fatores que contribuem para a ocorrência do
efeito chicote em uma cadeia de suprimentos e é justamente nestes fatores que precisamos
intervir para podermos estudar e resolver estes problemas. As intervenções devem ser feitas
nos seguintes pontos:
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incerteza da demanda pode ocasionar a estocagem de um item comprado por um
tempo excessivamente longo.
17
2.1.4 Quais ferramentas (tecnologias, organização, processos e/ou procedimentos)
poderiam auxiliar na aplicação e implementação da solução deste problema?
Detalhar a aplicação destas ferramentas para o varejista, o distribuidor
(atacadista) e a fábrica.
Por isso, as empresas devem adotar sistemas que respondam com maior precisão e
de uma maneira prática às perguntas:
• Quanto venderemos?
• Quanto deveremos manter em estoque?
• O que deveremos fabricar ou comprar?
• Que produtos deveremos distribuir e para onde?
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técnicas de prognóstico, incluindo “top-down” e prognóstico “bottom-up”, fornecendo
uma base sólida para seus processos de planejamento de estoque, fornecimento e
produção.
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Logístico e de Transportes, você pode determinar como deveria ser uma cadeia de
abastecimento, que estoque é necessário, e onde este estoque deverá estar
localizado. Pode também garantir melhores tarifas com transportadores, alcançar a
visibilidade completa no planejamento logístico, e criar uma rota mais eficiente para
obter melhores resultados de custo, rentabilidade e serviço ao cliente.
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tempo (DRP) e criar planos de fornecimento e políticas de reabastecimento que
considerem os meios e as restrições da cadeia de abastecimento; o que ajuda a
minimizar a quantidade do estoque ao longo da cadeia e coordenar os pontos de
comunicação entre os envolvidos. O Planejamento de Estoque e Reposições torna
isto possível mediante uma solução de planejamento completo que lhe permite
estender o DRP ao longo da cadeia de abastecimento para ver quais são os
produtos que estão a disposição e/ou prometer a entrega segura dos mesmos e
sabendo que quantidade pode ser entregue e de que lugar fornecê-los. É então que
se utiliza um reabastecimento tipo “pull” baseado na demanda para otimizar o
reabastecimento e colocação do estoque ao longo da rede de distribuição,
monitorado os níveis de estoque e consumo em cada local da rede, e realizar o
reabastecimento da instalação ou fornecedor até o centro de distribuição, e do centro
de distribuição às lojas ou outros pontos de venda. Os benefícios resultantes deste
processo incluem uma redução do excesso de estoque, pedidos e entregas mais
convenientes, mais ciclos de estoque e uma redução dos custos relativos à
expedição.
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