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Resumo Imunologia!

1ª prova (profs. Virmondes, Márcia, Edna e Carlo)


Matérias: imunidade inata e adquirida, tecidos e células do sistema imune, imunidade
inata e inflamação, inflamação, captura e apresentação dos antígenos aos linf. T e B,
ativação do linf. B.
IMUNIDADE: resistência a doenças, especificamente às doenças infecciosas (vírus,
bactérias, protozoários, helmintos...)

SISTEMA IMUNOLOGICO: conjunto de células, tecidos e moléculas que medeiam a


resistência a infecções e geram homeostasia (equilíbrio).

RESPOSTA IMUNOLOGICA: É a ação coordenada pelo conjunto (células, tecidos e


moléculas), sendo o mecanismo contra infecções.

A função fisiológica do sist.. imuno é prevenir as infecções e erradicar as infecções


estabelecidas, manutenção da homeostase e reparo tecidual.

IMUNIDADE INATA: é a PRIMEIRA IMUNIDADE CONTRA INFECÇÕES, sendo


de forma NATURAL do nosso corpo, já nascemos com ela. Faz parte dessa imunidade:
barreiras epiteliais, células especializadas e antibióticos naturais presentes no organismo.
As moléculas da I.I. são: TOLL, NOD (bactéria intracelular) e RIG (vírus), são elas quem
reconhece os antígenos (PRR), reconhecendo principalmente DAMP e PAMP.

IMUNIDADE INATA HUMORAL: mediada por ação de moléculas. Ex: sist.


Complemente.

IMUNIDADE INATA CELULAR: mediada por ação de células: células que


realizam fagocitose (fagocitárias) = macrófagos, neutrófilos, e células dendríticas.
Células que não realizam fagocitose (não fagocitárias) = basófilos, mastócitos, eosinófilos
e células NK.

Alguns microorganismos patogênicos para o ser humano conseguem “burlar” a I.I. (por
mais que ela seja eficaz no 1º encontro), quando este microorganismo burla a I.I. ela passa
a responsabilidade de eliminação desse microorganismo para a I.A.

IMUNIDADE ADQUIRIDA/ ADAPTATIVA: é conhecida como “segunda imunidade”,


que é ativada após o microorganismo passar pela I.I. sem ser descartado. Defeitos na I.A.
são muito prejudiciais pois resulta maior suscetibilidade a infecções.

Dentro da I.A. temos dois processos de imunidades: Imunidade HUMORAL e imunidade


CELULAR.

IMUNIDADE ADQUIRIDA HUMORAL: mediada por ANTICORPOS (IgA, IgD,


IgM, IgE) que são produzidos somente pelo linf. B. Os ac reconhecem diferentes
moléculas como: carboidratos, proteínas, lipídeos, RNA, DNA e são os receptores do linf.
B, tendo como função impedir que patógenos extracelulares presentes em mucosas e na
circulação sanguínea se hospedem em células e tecidos, fazendo com que a infecção se
instale.
IMUNIDADE ADQUIRIDA CELULAR: mediada por MACRÓFAGOS, que são
produzidos pelo linf. T. Normalmente reconhecem somente antígenos proteicos. É
receptor contra microorganismos intracelulares, tendo os FAGÓCITOS também como
receptores nesse tipo de imunidade. Os linf. T apresentam LTCD4 (MHC II) e LTCD8
(MHC I). Conhecido também como citolítico (CTL”s)

A comunicação entre a R.I.I. e a R.I.A. acontece pela ação das APC’s (cel. dendrítica,
macrófagos e linf. B) e citocinas.
IMUNIDADE ATIVA X PASSIVA:

ATIVA: é a imunidade induzida por vacinação ou infecção. O indivíduo cria respostas


ativas, como memória para erradicar a infecção posterior de um mesmo microorganismo
já apresentado.

PASSIVA: é a imunidade induzida a um individuo virgem (sem imunidade) a partir da


transferência de ac ou linfs de um individuo imunizado. A imunidade passiva pe útil para
conferir imunidade rapidamente, antes mesmo que o individuo apresente resposta; porém
esta imunidade não apresenta resistência duradoura, um ex dessa imunidade é a
amamentação, onde a mãe transfere para o bebe virgem ac que ela possui contra
microorganismos, porém essa imunidade transferida pelo leite materno não dura muito
tempo, e é onde entra a importância das vacinações no bebe no tempo certo.
PROPRIEDADES DA RESPOSTA IMUNOOLOGICA ADQUIRIDA:

ESPECIFICIDADE: é a garantia de respostas especificas pelos antígenos. Os linfs


expressam receptores antigênicos a partir da clonagem. A especificidade garante que cada
clone receptor seja especifico para um antígeno.

DIVERSIDADE: é a permissão para respostas diversas pelos receptores aos mais


diversos antígenos.

MEMÓRIA: presente na I.A. é a resposta adaptada ao antígeno que já se apresentou uma


vez.

EXPANSÃO CLONAL: é a garantia de imunidade de acordo com a proliferação de


microorganismos. Essa expansão é importante porque nenhum microorganismo fica sem
seu receptor, e assim não estabiliza uma infecção. *mediada por IL-2 (reação autócrina).

ESPECIALIZAÇÃO: é a resposta certa para a defesa contra a diversidade de


microorganismos. CADA RECEPTOR É ESPECIFICO E DIFERENTE!!
CONTRAÇÃO E HOMEOSTASIA: é a resposta do sist.. imuno contra antígenos
recentes.

NÃO REATIVIDADE PRÓPRIA: previne que o hospedeiro (órgão ou tecido) seja injurie
com a resposta contra antígenos estranhos.

TECIDOS E CÉLULAS DO SISTEMA IMUNOLOGICO

As células imunológicas estão sempre mudando de lugar e os órgãos e tecidos


permanecem sempre no mesmo lugar.
Os neutrófilos (cél. brancas do sangue que auxiliam contra infecções) são os que estão
em maiores quantidades na circulação, eles agem de primeira, logo na fase inicial da
inflamação (I.I.) fazendo a fagocitose e a degranulação contra microorganismos, eles
possuem vida média de até 6h, morrendo após o contato.
Os macrófagos também fazem fagocitose, porém esperam para ver se terá a necessidade
pelas citocinas, que é o que o ativa e faz sua duração de semanas a meses. Os macrófagos
são dominantes no segundo dia de infecção. São importantes para a reposição tecidual.

Os neutrófilos estão em maior quantidade, porém são os macrófagos quem mais


fagocita.
Os mastócitos (esta no tecido) e basófilos (esta no sangue) não apresentam fagocitose e
agem na defesa e processo de inflamação. Eles contêm o neurotransmissor histamina
(provoca reações alérgicas em pessoas com hipersensibilidade) e se localizam no sangue.

Os eosinófilos não apresentam fagocitose nem histamina, porém contêm substancia


tóxica que é importante contra parasitas extracelulares (ex. helmintos). Contribui para
processos inflamatórios também.

As células NK são matadoras naturais, além de induzir a apoptose de outras células. Ela
mata células do nosso próprio organismo quando esta está infectada (ex. célula tumoral).
As células NK liberam perforinas que perfuram as células liberando gransinas que são
substancias granulosas tóxicas.

As células dendriticas são APC’s, fazem fagocitose mas não são especialistas em matar
microorganismos. Elas se localizam nos tecidos e vive muito. É a única que consegue
ativar as células naive (cél. virgem) e fazer apresentação cruzada, são importantes para o
início das respostas I.A.

Leucócitos é o conjunto de TODAS as células do sist. Imune.


Os órgãos do sist.. imune são divididos em dois tipos: PRIMÁRIOS e SECUNDÁRIOS.
Faz produção/maturação de leucocitos

PRIMÁRIOS: Medula óssea: cavidade central no osso que é o local de geração de todas
as células sanguíneas e maturação do linf. B. Timo: órgão bilobado situado no mediastino
anterior e realiza a maturação dos linf. T. No tecido tímico temos o córtex externo e uma
medula interna, ele contêm células epiteliais tímicas do estroma, macrófagos, cel.
dendríticas e munerosos linf. T em vários estágios de maturação.
Onde ocorre a resposta imune
SECUNDÁRIOS: Linfonodo: pequenos agregados nodulares encapsulados de tecido
rico em linfócitos, situados ao longo dos canais linfáticos do corpo, onde iniciam as
respostas imunes contra antígenos originados na linfa. Baço: tem mais ou menos a mesma
função que linfonodo.

O endereçamento linfocitário ou homing linfocitário é quando os linfócitos saem de


um local para agirem em outro local.
IMUNIDADE INATA E INFLAMAÇÃO

Como já vimos a I.I. é a primeira imunidade a ser ativa frente a um microorganismo.


Porém, nem sempre ela “da conta” de elimina-los, fazendo então com que a I.A. seja
ativada. A I.A. demora cerca de 7 dias para ser ativada por completo quando tem contato
com o agressor, ou então 3 dias para se ativar por completo quando esta já tem memória
sobre agressor.
As quimiocinas são substâncias que induzem a migração de células e a quimiotaxia é a
própria célula que migra para determinados tecidos.

As células da I.I. conseguem reconhecer o microorganismo a partir das defensinas e outras


células que ficam na barreira epitelial prontas para agirem, porém a I.I. não consegue
todas as informações necessárias sobre o microorganismo, levando-o então para a I.A.
que tem o poder de reconhecimento completo, pois ela contêm a molécula PAMP que é
a responsável por reconhecer os padrões moleculares associados aos patógenos.
Quando o agressor entra no nosso corpo os macrófagos fagocitam-o, e dentro da célula
temos o lisossomo, que é responsável pelo reconhecimento molecular do agressor após a
fagocitação.

Após esse reconhecimento as cél. da resposta imune produzem quimiocinas e citocinas


que servem como alarmantes ao sistema imune sobre a entrada de algo estranho no corpo.
Assim as quimiocinas atraem as cel. de defesa da I.A. para agir contra esse agressor e as
citocinas ajudam as células a terem boa resposta contra esse processo, acontecendo então
a interação entre resposta imune inata e resposta imune adquirida.

OBS:
*DIAPEDESE é o processo em que os leucócitos saem dos vasos sanguíneos para
chegarem ao tecido afetado.

*ROLAMENTO DOS LEUCÓCITOS:


Os neutrófilos chegam primeiro e faz os PRR serem ativados a partir de PAMP (presente
na bactéria) fazendo assim a ativação dos macrófagos que fagocitam a célula. Os
macrófagos liberam IL-1,IL-6 e TNF- ∞ (citocinas pró-inflamatórias), são essas citocinas
que fazem selectinas serem expressadas. O processo acontece da seguinte forma: os
neutrófilos transitam na circulação venosa a procura de uma saída para chegarem ao
tecido conjuntivo. O endotélio desses vasos sanguíneas no local da inflamação liberam
moléculas de selectinas (moléculas de adesão) que são usadas como mediadores de
interação para os leucócitos que por ali circulam, porém, essas moléculas não são tão
fortes para prender os neutrófilos de primeira, acontecendo a ligação de baixa afinidade,
fazendo com que esses façam várias interações com várias moléculas de selectina até irem
perdendo a velocidade e se fixarem em uma molécula de quimiocina que faz a ligação,
acontecendo assim a saída deles do vaso sanguíneo sem rompe-lo. Após essa expulsão os
leucócitos vão em direção ao tecido conjuntivo adjacente lesado.
INFLAMAÇÃO: é o processo de recrutamento de leucócitos e proteínas plasmáticas para
o local da lesão, envolvendo também a vasodilatação.

A inflamação é dividida em 4 fases: rolamento, ativação de integrina, adesão instável e


transmigração. O processo inteiro então fica assim:

O agressor estimula a produção (por macrófagos) de citocinas (IL-1, IL-6, TNF)


consequentemente ativando a produção das moléculas de selectinas e integrina, enquanto
estas estão ligadas os leucócitos rolam até se aderirem a selectina junto com a integrina e
quimiocina (faz a célula endotelial expressar o ligante de integrina ( tem integrina no
neutrófilo) acontecendo a ligação de alta afinidade) para então acontecer a ativação dos
leucócitos pelas quimiocinas e estes então migram para o local da inflamação.

As células do sist. Imune são todas originadas na célula tronco, originando células
mieloides como neutrófilos, basófilos, macrófagos, eosinófilos e etc, ou então células
linfoides que são os linfócitos e a célula NK.

Algumas citocinas (citocinas inflamatórias IL-1, IL-6 e TNF- ∞) são pró-infecção e


possuem 4 funções: indução da célula epitelial a expressar a sua molécula de adesão
(selectina), indução a produção de quimiocinas (para migrar os leucócitos), indução a
produção de macrófagos na medula (para produção de citonas), recrutamento celular,
indução a medula óssea vermelha a produção de neutrófilo, indução ao fígado para
produzir proteínas (receptores), aumento da temperatura corporal.

PELA RESPOSTA
INATA
CAPTURA E APRESENTAÇÃO DE ANTIGENOS AOS LINF. T E B . SEMPRRE!

ANTÍGENOS: são peptídeos apresentados para a célula T pela R.I.


Apresentação de antígenos a cel. T: (pode ser feita de duas maneiras)
MHC I INDUZ A MHC II INDUZ OUTRAS
LTCD8 APOPTOSE LTCD4 CEL. PARA COMBATER
O ANTIGENO
MHC: molécula maior do complexo de histocompatibilidade, conhecido como molécula
de apresentação de antígenos para a R.A.

APC: célula apresentadora de antígeno, são elas: células dendríticas macrófagos e linf. B
(são PROFISSIONAIS!) principal!!

MHC I & LTCD8: microorganismos INTRAcelulares são apresentados pela TAP que se
localiza na membrana do reticulo endoplasmático (rico em MHC I). A TAP faz o
transporte do antígeno do vírus para dentro do R.E. e se solta, indo para fora da célula
ativando LTCD8.

MHC II & LTCD4: microorganismos EXTRAcelulares são apresentados pelos


fagolisossomos (fagossomo + lisossomo, é presente no interior das células). Os
fagolisossomos são compostos somente de moléculas para apresentação ao LTCD4.
Apresentação e ativação de antígenos a cel. B:

A ativação do linf B é como se fosse uma troca de favores. Quando o microorganismo


extracelular aparece, o linf B apresenta o antígeno dele para LTCD4 pela MHC II.
Quando acontece a integração do linf. B por MHC II com o LTCD4, consequentemente
acontece a ativação do linf. B, é como se uma “carga elétrica” voltasse para ele.
Cel. estimuladoras: MHC I e MHC II
Cel. co-estimuladoras: CD 80, CD 86 e CD 40.
RECONHECIMENTO DE ANTIGENO ADAPTATIVO

Antígeno reconhecido pelo linf. T: antígeno PROTEICO por TCR


Antígeno reconhecido pelo linf. B: antígeno PROTEICO, DNA, RNA, LIPIDEOS...
pelo fato de B reconhecer todos os tipos de antígenos tem mais receptores por BCR

R.I.I. = mais ou menos 300 receptores


R.I.A=
TCR BCR

R.I.A R.I.A
LINF. T LINF.B

107 – 109 1011

Número de receptores estimados, sendo que TODOS são DIFERENTES e


ESPECIFÍCOS!!!
TODO receptor é uma PROTEINA! E cada proteína origina um gene no nosso corpo!
Estima-se 30 mil receptores por ser humano, consequentemente 30 mil proteínas.
Porém...nosso corpo apresenta em torno de 10 bilhões de receptores, diferentes e
específicos. COMO ISSO PODE ACONTECER??? Isso acontece graças a:
RECOMBINAÇÃO SOMÁTICA!!!
A Recombinação somática nada mais é que a probabilidade de receptores existentes. As
cel. T tem seus receptores “montados” por 4 genes: V- D- J- C e esses genes se misturam
diveeeeeeeersas vezes! Com essa mistura que eles fazem surgem as diversidades de
formação de um receptor. Se essa recombinação não existisse nós não teríamos imunidade
suficiente contra qualquer molécula da natureza.
Além dos receptores específicos encontrados na membrana da célula também se encontra
lá moléculas co-estimuladoras que sempre se ligam a outras moléculas, sendo que CD40
se liga a CD40L e CD80 e CD86 se ligam a CD28.
A sinapse imunológica é a região de contato físico entre os linf. T e as APC’s. Quando
o complexo TCR reconhece os peptídeos ligados ao MHC na APC várias proteínas de
superfície e moléculas de sinalização intracelular das cel. T são rapidamente mobilizadas
para o ponto de contato. As moléculas mobilizadas nesse processo são: TCR, cadeias zeta,
CD4 ou CD8 e receptores co-estimuladores (inclusive CD28). Depois desse contato a
célula se torna ativa e produz seus mecanismos de defesa. Por ex.: quando CD8 é ativado
produz granzinas e perforinas que perfuram a célula e induze a apoptose desta. Quando
CD4 é ativado ele produz citocinas que induzem outras células a combaterem o antígeno
com mais força.
Nosso corpo produz por dia 95% de cel, T e B fresquinhas, e 95% dessa produção reage
contra nós mesmos. Porém, essas cel T e B que reconhecem o mesmo devem ser
eliminadas, elas devem reconhecer somente o estranho. Caso alguma permaneça esta
desencadeará a doença auto-imune.
A seleção negativa é a falha na morte de algumas cel. T que deveriam ser eliminadas. E
a seleção positiva é quando as cel. T ficam vivas, sem reagir contra nós mesmos e
recebem manutenção. Ambas seleções acontecem na medula óssea vermelha.
Os linfócitos T e B são adaptativos e como toda R.I.A. eles apresentam MEMÓRIA!!
A transmissão de sinais é quando acontece um reconhecimento, e assim, uma
provocação de estímulos. Ex:

A apresentação cruzada é quando acontece uma apresentação diferente da “normal”.


APC fagocita o antígeno para fazer a apresentação, porém esse antígeno esta infectado
(ex. cel tumoral), acontecendo isso a APC também fica infectada, porém faz a
apresentação normal por MHC II e também de MHC I (o que não é normal, por isso o
termo cruzada).
Os marcadores de membrana são responsáveis por diferenciarem NK, CD8, CD4 e
linf.B, pois estes são morfologicamente iguais, apresentando algumas diferenças na sua
membrana. Ex: linf. B expressa na membrana IgM e IgD (BCR) enquanto as outras
expressam uma molécula de CD. Essa igualdade das moléculas acontece porque elas são
de origem mieloide.

ABREVIAÇÕES E NOMENCLATURAS:
APC: cel. de apresentação de antígenos
PRR: representação de receptores padrão
PAMP: padrões associados a patógenos (molécula que instala o patógeno)
MHC: complexo principal de histocompatibilidade (molécula apresentadora de antígeno)
DAMP: padrões moleculares associados a danos teciduais
R.I..I.: resposta imunológica inata
R.I.A.: resposta imunológica adaptativa

2ª PROVA (profs. Carlo e Edna)


Matérias: Respostas imunes mediadas por célula; mecanismos efetores da imunidade
mediada por células; respostas imunes humorais e mecanismos efetores da imunidade
humoral.

RESPOSTAS IMUNES MEDIADAS POR CELULAS (R.I.M.C.)


Tudo é resposta imune celular, porém existem divisões:
O linf. T (R.I.A. celular) faz a resposta a partir de células próprias, enquanto o linf. B
(R.I.A. humoral) utiliza substâncias (ac) para realizar as suas respostas imunes.
FUNÇÕES DAS CEL. DO LINF. T. – CD4 X CD8.
LTCD8: induz a apoptose! As cel. CD8 são citotóxicas e fazem a indução de apoptose
quando se é apresentado para ela um antígeno ruim (ex. cel. tumoral, cel. velha ou cel.
infectada).
LTCD4: São as células conhecidas como células auxiliares. A cel. CD4 auxilia TODAS
as cel. existentes na resposta imunológica, ajudando essas cel. a deixar suas respostas
mais “fortes, precisas”. As cel. CD4 produzem citocinas, que são reguladoras do sistema
imune e são produzidas diferentemente umas das outras. A produção de citocinas
acontece da seguinte forma:
O antígeno é apresentado por MHCII -> quantidade de moléculas estimuladoras e co-
estimuladoras -> citocina produzida a partir da citocina presente no microambiente.
Essas informações acontecem na sinapse imunológica.
Quando CD4 recebe todas essas informações começa a produzir o tanto e tipo de citocina
necessária. As citocinas são produzidas por etapas, conforme é solicitado a CD4, pois
como existe a possibilidade de CD4 produzir vários tipos de citocina a produção é de
acordo com a necessidade apresentada. CD4 produz até 6 citocinas diferentes:
INF, TNF - ∞ = TH1
IL-4, IL-5, IL-13 = TH2
IL-17, IL-22 = TH17 PADRÕES DE RESPOSTA
TGF-β, IL-10, IL-35 = Treg IMUNE
IL-22 = TH22
IL-9 = TH9
Essas 6 formas de padrão de resposta imune são produzidas pelas citocinas a partir de
CD4. A resposta imune padrão é apresentada em qualquer pessoa igualmente.
O adjuvante imunológico é uma molécula presente na vacina. Essa molécula garante
que o padrão de resposta imune ativado pela vacina seja o correto para a imunidade
apresentada pela vacina, induzindo então as características necessárias para que o padrão
de resposta correto se sobressaia.
MECANISMOS EFETORES MEDIADOS POR CELULAS
MECANISMOS EFETORES DE CD8:
CD8 induz a apoptose para as cel. tumorais, velhas e infectadas a partir de: granzinas +
perforinas; serglicina; FAS-L.
Granzinas + perforinas: MHC I apresenta o antígeno para a cel. CD8 -> CD8 produz
perforina que perfura toda a membrana da cél. infectada -> a granzina produzida por CD8
entra na cel. infectada por esses poros -> e ativa as caspases que estão dentro da cel. ->
essas caspases ativadas induzem a apoptose dessa cel.
Serglicina: é uma proteína que contém granzinas e perforinas, sendo conhecida então
como complexo de serglicina. No mecanismo efetor esse complexo é secretado por CD8
em direção (como um raio) a cel. infectada -> a cel. o fagocita e assim dentro dela são
liberados os componentes do complexo -> perforina perfura a membrana do fagossomo e
a granzina é liberada por esses poros ativando as caspases para induzirem a apoptose.
FAS-L: toda cel. infectada contem na superfície da sua membrana uma molécula FAS.
A cel CD8 apresenta FAS-L na sua membrana, que é receptora de FAS. Quando esse
encontro acontece ambas membranas se ligam pelas moléculas e assim a apoptose é
induzida na cel. afetada.
CASPASES: é presente no interior de toda cel., porém é inativo até o momento da
presença de granzinas, quando esta presença acontece a apoptose daquela cel. é induzida.
MECANISMOS EFETORES DE CD4:
Apresenta seus mecanismos efetores a partir dos padrões de resposta imune.
TH1: faz proteção a partir da ativação do sist. Complemento, estimulando IgE,
aumentando a atividade microbicida (fagocitose) dos macrófagos e da capacidade de
migração celular (inflamação). TH1 é importante contra microorganismos
intracelulares.
TH2: IL-4 estimula o linf. B a produzir IgE, estimulando a granulação de mastócitos,
basófilos e eosinófilos. IL-5 estimula recrutamento e ativação de eosinófilos. IL-13
estimulam a produção de múcuo e peristaltismo no TGI. TH2 é importante contra
helmintos e alergias.
TH17: IL-17 estimula muitos neutrófilos para a inflamação (inflamação neutrofilica) IL-
22 age sobre as cel. não imunes que estimulam a produção peptídica microbiana e fatores
de crescimento para cicatrização. TH17 é importante contra fungos e
microorganismos extracelulares.
Treg: IL-10, IL-35 e TGF-β são moléculas anti-inflamatórias e tem as mesmas funções
nesse padrão de resposta. Treg produz granzinas, perforinas e FAS-L, adenosina e fazem
inibição por contato. Treg é importante porque regula as respostas imunes dos outros
padrões e ajuda no processo anti-inflamatório. Treg também está muito presente no
intestino, regulando as bactérias lá existentes, se Treg não existisse lá teríamos
inflamações intestinais sem fim, pois as bactérias (importantes) seriam eliminadas e
não reguladas.
TH9: estimula eosinófilo, basófilo e mastócito. NOVAS
TH22: estimula produção de peptídeos microbianos e fatores de cicatrização
TODAS AS CITOCINAS SÃO PROCESSOS PRÓ-INFLAMATÓRIOS!

RESPOSTAS IMUNES HUMORAIS


IMUNOGLOBULINAS:
O ac é uma globina sintetizada por linf. B, principalmente por plasmócitos após o
estimulo de um antígeno. Possui propriedade de interagir com este de maneira especifica.
As globinas são designificadas a partir de classes ou isótipos (são tipos moleculares
presentes em todos os indivíduos de uma mesma espécie), elas tem estrutura básica da
molécula de ac, usando as siglas Ig seguida das maiúsculas: A,G,M,D,E para 5 classes
até agora conhecidas. Essas moléculas são constituídas basicamente de duas subunidades
proteicas chamadas de cadeias leves (L) e duas subunidades chamadas cadeias pesadas
(H).
As 5 classes diferem entre si na estrutura (sequencia primaria de aminoácido) das cadeias
pesadas, sendo, as cadeias leves iguais para todas as classes de imunoglobulinas. Porém,
existem dois tipos de cadeias leves com diferentes sequencias de aminoácidos, conhecidas
como: κ (Kappa) e λ (lambda). As cadeias pesadas também têm suas estruturas
simbolizadas com letras gregas.
ESTRUTURA BÁSICA DA MOLECULA DE AC:
IgG é a imunoglobulina que mais facilmente se pode obter. Principalmente em função de
sua maior concentração no soro.
A molécula de ac de todas as classes são representadas pelo modelo básico constituído a
partir de duas cadeias polipeptídicas leves de peso molecular (PM) aproximado de 23kDa
e duas cadeias pesadas com PM variável entre 50 e 75 kDa.
As cadeias L se ligam às H por meio de ligações dissulfidicas e as cadeias H são
interligadas entre si também por pontes dissulfidicas.
Cada cadeia ou subunidade possui uma porção aminoterminal e a oposta é a
carboxiterminal. Cada molécula de IgG possui dois sítios de combinação especifico para
o determinante antigênico que induziu sua síntese. O sitio combinatório se localiza nas
porções NH2-terminais de uma cadeia leve e uma pesada) e por isso as sequencias de
aminoácidos dessas porções é altamente variável e especifica para cada imunógeno.
As regiões variáveis (VL e VH) é a região NH2-terminais onde se varia muito as
moléculas distintas com diferentes especificidades anticórpicas. O restante da cadeia
polipeptídica apresenta-se com estrutura mais constante, sendo denominada como região
constante (CL e CH).
Além das pontes dissulfiticas que unem as cadeias H as cadeias L existe também as pontes
dissulfidicas intracadeia. Na cadeia L existem duas pontes dissulfidicas intracadeia, uma
na região variável e outra na região constante, essas pontes aproximam os restos de
aminoácidos distantes na estrutura primaria da cadeia, produzindo um dobramento na
molécula, se apresentando então sob forma de estruturas globulares: domínios. Portanto,
na cadeia L existem dois domínios: VL (variável da leve) e o CL (constante da leve).
Cada domínio corresponde a uma alça centrada pela presença de uma ponte dissulfidica.
Cada cadeia H de IgG apresenta 4 domínios: 1º é denominado VH (variável da pesada) e
corresponde a porção da molécula que interage com o determinante antigênico para qual
o ac é espeficico. Os outros 3 dominios subsequentes são denominados CH1, CH2 e CH3
(constantes da pesada) e correspondem a estruturas mais constantes que não variam com
a especificidade anticórpica, mas sim com a classe de cadeia.
Uma molécula de IgG é representada por 12 dominios: 4 dominios V (2VL e 2VH) e 8
dominios C (2CL e 6CH). O número de dominios não é o mesmo para todas as classes
de imunoglobulinas. Tanto é que IgM e IgE tem um domínio a mais na região constante
da cadeia pesada, o CH4.
Nas regiões variáveis de ambas as cadeias existem certas regiões de intensa variabilidade:
regiões de hipervariabilidade com cerca de 10 aa de comprimento. A localização dessas
regiões é CDR1, CDR2 e CDR3. Essas regiões de ambas as cadeias se juntam e formam
a fenda – sitio combinatório que acomoda o determinante antigênico, essa junção é
denominada resíduos determinantes da complementariedade (CDR), há no mínimo 3
regiões de hipervariabilidade em cada cadeia. Em ambas cadeias a região CD3 apresenta
maior variabilidade tanto na sequência de aminoácidos como no padrão de dobramento.
Nas imunoglobulinas IgA, IgD e IgG existe uma pequena região proteica entre os
dominios CH1 e CH2 muito rica em prolina e cisteína, denominada região da dobradiça
(as moléculas de ac formam um Y). É nessa região que agem as enzimas proteolíticas
clivando a molécula de ac em fragmentos bem característicos. Os resíduos de prolina
fazem certa rigidez a essa porção da molécula, mas mesmo com isso ela não se torna
inflexível, ambos os “braços” da molécula que contêm o sitio anticórpico ativo pode abrir
e fechar, permitindo que o ac se ligue a determinantes antigênicos distantes, não
acessíveis se a molécula fosse inflexível.
O estabelecimento da estrutura de IgG passou por dois processos fundamentais: redução
(obtiveram as subunidades ou cadeias isoladas) e por digestão enzimática (obtiveram
os fragmentos)
FRAGMENTOS ENZIMÁTICOS: os fragmentos se obtém pela clivagem enzimática
da molécula de imunoglobulina. Esses fragmentos obtidos possuem propriedades
químicas e imnunologicas que os caracterizam.
Digestão pela papaína: a papaína é ativada pela ação de cisteina, porém, posteriormente
verificou-se que essa exerce ação redutiva sobre as pontes dissulfidicas, então esse
processo é conhecido como hidrólise enzimática redutiva.
Após a separação dos produtos da digestão em colunas de troca iônica os fragmentos são
separados de acordo com suas cargas elétricas, designados como: fragmentos I, II, III.
Os fragmentos I e II são muito semelhantes, diferindo-se na carga elétrica, porém ambos
são fundamentalmente o mesmo fragmento constituído de uma cadeia L e de uma porção
da cadeia H (fragmento Fd), e por serem possuidores da atividade especifica do ac foram
designados Fab. O fragmento III é constituído somente de cadeia H (CH2 e CH3), não
tendo capacidade de se ligar a antígenos, porém possuindo propriedades químicas que lhe
permitem desempenhar importantes funções biológicas. Este fragmento foi denominado
Fc (fragmento cristalizável) quando faz dialise do material digerido.
A partir dessa combinação de conhecimentos sobre as subunidades e os fragmentos
foi possível arquitetar a estrutura completa de uma molécula Ig.
Digestão pela pepsina: Pope em 1939 verificou que o uso da pepsina resultava uma
quedo do PM do ac, de 160kDa para 90-100kDa. Esse é o fundamento dos processos
ainda usados em laboratórios para a obtenção de soros terapêuticos purificados. Pope
observou também que depois da digestão péptica na molécula ela possuía velocidade
eletroforética ligeiramente diferente do original. A digestão pela pepsina seguida de
redução por mercapoetanol ou cisteina fornecia fragmentos menores, equivalentes aos
fragmentos de papaína, porém, com PM ligeiramente maior e que o PM do ac digerido
sem o redutor era de 100kDa.
Pela simples digestão péptica o fragmento obtido com PM 100kDa era bivalente, retendo
a capacidade precipitante original do ac, e que, submetendo esse fragmento Fab à redução
por mercapoetanol obtinham-se 2 fragmentos. Cada fragmento Fab’ é formado por uma
cadeia L e um fragmento de cadeia H denominado Fd’. Os fragmentos Fab’ continham,
cada um, somente um sitio de combinação (eram monovalentes, perdiam sua capacidade
precipitante quando postos a reagir com o antígeno) porem se combinavam, impedindo
posterior reação do antígeno com o ac original bivalente.
ESTRURURAS E PROPRIEDADES DE CLASSES
IMUNOGLOBULINA G – IgG
IgG’s são monômeros e IgG é o único tipo de ac que atravessa a barreira placentária
(garante proteção ao recém-nascido nos primeiros meses), essa propriedade está
relacionada com a composição química dos fragmentos Fc e não ao PM (pois IgA tem o
mesmo PM e não apresenta essa função). Apresenta dobradiça. Se fixa ao complemento
com mais eficiência pois tem alta tendência de se polimerizar e alta viscosidade de certos
soros. Impede que alérgenos cheguem aos tecidos, evitando a reação alérgica. Suas
subclasses são: IgG1, IgG2, IgG3 e IgG4 e suas proporções de IgG podem variar
individualmente e podem ser controladas geneticamente. É a principal Ig da imunidade
adquirida.
Aumenta em: infecções granulomatosas crônicas, infecções de todos os tipos,
hiperimunização, doenças hepáticas, desnutrição severa, disproteinemia, AR.
Diminui em: agamaglobulinemia, aplasia linfoide, deficiência seletiva IgG e IgA,
mieloma de IgA, leucemia linfoblástica crônica.
IMUNOGLOBULINA M – IgM
IgM se encontra principalmente sob forma de pentâmero (soro), e por ser um pentâmero
a IgM apresenta valência (capacidade de combinação) de 5 sítios de combinação e quando
esta se liga a um antígeno bem pequeno pode se apresentar decavalente.
O pentâmero é facilmente transformado em unidade monoméricas por conta de uma
redução branda das pontes dissulfidicas que estabilizam o polímero. As unidades
monoméricas estão ligadas entre si por uma cadeia proteica designada como peça J.
O monômero (se apresenta como BCR) de IgM formado por redução tem PM de 180kDa,
sendo que sua cadeia H se apresenta um pouco maior que a de IgG, por apresentar um
domínio a mais (CH4), porém não presenta região de dobradiça.
IgM é a 3ª Ig mais comum no soro, sendo secretada precocemente na R.I.A.; é a 1ª Ig a
ser feita pelo feto e a 1ª a ser produzida por um linf. B virgem quando estimulada pelo
antígeno; funciona como receptor para antígeno (ligada a membrana do linf. B).
Aumenta (em adultos) em: tripanossomíase, malária, lúpus eritematoso, AR. Obs: em
recém nascido um nível de IgM superior a 20ng/dl é um indicação de estimulação do sist.
imune (in útero) e estimulação pelo vírus da rubéola, citomegalovírus, sífilis ou
toxoplasmose.
Diminui em: agamaglobulinemia, aplasia linfoide, mieloma de IgA e IgG, leucemia
linfoblástica crônica, desordens linfoproliferativas.
IMUNOGLOBULINA A – IgA
IgA é um monômero, porém a IgA encontrada em secreções é um dímero e quando esta
IgA sai do dímero uma cadeia J se associa a ela. Apresenta dobradiça. IgA é a 2ª Ig mais
comum no soro, representa importante papel impediente da penetração no organismo de
substancias alergênicas e de partículas microbianas, age como ac precipitante e
aglutinante, mas seus complexos (ac-antigeno) não fixam complemento pela via clássica,
IgA pode se ligar a algumas cel (PMN’s e alguns linf.) Indivíduos com IgA-deficientes
apresentam frequentemente infecções das vias respiratórias.
Quando IgA é encontrada em secreções uma outra proteína é entrada associada a ela, essa
proteína é a IgA secretora que é a principal Ig referente a secreções (lagrimas, saliva,
colostro e muco), essa descoberta abriu novas perspectivas para o estudo da imunidade
local. IgA secretora desempenha importante função protetora, principalmente das
mucosas contra penetração de agentes microbianos, virais e substancias alergênicas.
Durante toda a vida o indivíduo deve produzir IgA secretora em todas as mucosas para a
manutenção de sua integridade e da integridade do organismo no seu todo.

Durante as infecções agudas de mucosa verifica-se grande aumento do teor de


ac nos fluidos que irrigam a área afetada, porem essa elevação não
corresponde ao aumento de IgA, pois todas as mucosas e glândulas de
secreção externa são ricas em plasmócitos que produzem localmente os ac.
Aumenta em: cirrose hepática, estágios de desordens autoimunes do colágeno, AR e
lúpus eritomatoso, mieloma de IgA.
Diminui em: síndromes de mal absorção, aplasia linfoide, leucemia linfoblástica aguda
e crônica.
IMUNOGLOBULINA D – IgD
Consiste em monômero, é constituída da unidade básica de duas cadeias L e duas H.
apresenta atividade contra antígenos como núcleo-proteinas e insulina, tanto em
indivíduos normais ou diabéticos. Os soros naturais dos indivíduos possuem baixo teor
dessa imunoglobulina. É apresentada como receptor (BCR) na membrana do linf. B como
IgM. IgD apresenta dobradiça e tem alta sensibilidade a proteólise.
Aumenta em: infecções crônicas e mielomas de IgD
IMUNOGLOBULINA E – IgE
IgE existe como um monômero e tem um domínio (CH4) a mais na região Fc. Pelo
fragmento Fc é que a IgE se fixa aos mastócitos teciduais e basófilos sanguíneos, para
depois em contato com o alérgeno desencadear a liberação das substancias
farmacologicamente ativas (histamina) responsáveis pelos fenômenos anafiláticos.
Aumenta em: doenças de pele atópicas, febre de feno, choque anafilático, mieloma de
IgE.
Diminui em: agamaglobulinemia congênita e hipogamaglobulinemia por defeito no
metabolismo ou síntese de imunoglobulinas.
Ex. de Ig (unidade básica):

Fab: regiões
de ligação de
antígeno.
Liga-se e
bloqueia os
efeitos
nocivos dos

microorganismos e toxinas.
Essa identificação do antígeno pelo ac em Fab é importante porque garante
ativação necessária dos mecanismos efetores somente quando houver necessidade.
Fc: regiões de ativação de diversos mecanismos efetores que eliminam esses
microorganismos e toxinas.
É formada por regiões constantes de cadeia H e contém os locais de ligação para
os fagócitos e proteínas do complemento.
A ligação efetiva entre os fagócitos e complemento com os ac só acontece quando
muitas moléculas de Ig identificam e se ligam a um microorganismo.
As respostas dos ac a diferentes antígenos são classificadas como: dependentes de T ou
independentes de T, segundo a necessidade de cel. T auxiliar.
Dependentes de T: é quando a cel. T auxiliar está ausente e assim os antígenos proteicos
desencadeiam uma resposta fraca ou inexistente dos ac.
Independentes de T: é quando os polissacarídeos, lipídeos e outros antígenos NÃO-
proteicos estimulam a resposta de ac sem a ajuda das cel. T auxiliares. Os independentes
de T não são vistos pela cel. T e não são capazes de fazer ligação com MHC. Apresentam
troca de classe de cadeia H e maturação da afinidade relativamente baixa.
RESPOSTA PRIMÁRIA X SECUNDÁRIA
Primária: é o primeiro contato com o antígeno, por exposição natural ou vacinação,
levando a ativação de linf. B virgens resultando na produção de ac específicos contra o
antígeno agressor. Após o contato com o antígeno acontece o período de latência
(intervalo entre o contato e o aparecimento de níveis detectáveis de ac, pode variar de 5
a várias semanas, dependendo do tipo e da dose do antígeno, da via de introdução, de
características do indivíduo e do método usado para detectar os ac), após o início da
resposta acontece um aumento exponencial dos níveis de ac, seguida pela fase platô (os
níveis de ac não se alteram), a última fase é o declínio (acontece a diminuição progressiva
dos ac específicos circulantes). IgM é a principal Ig presente nessa resposta e a produção
de IgG é menor e mais tardia.
Secundária: ao entrara em contato com o antígeno pela segunda vez, já existe uma
população de linfócitos B capazes de reconhecer esse antígeno pela expansão clonal e
formação de cel. de memória que aconteceu durante a resposta primaria. A resposta
secundaria se difere da primeira nos seguintes aspectos: a dose de antígeno necessária
para induzir a resposta é menor, a fase de latência é mais curta e a fase exponencial é mais
acentuada, a produção de ac é mais rápida e são atingidos níveis mais elevados, a fase de
platô é alcançada mais rapidamente e é mais duradoura e por último a fase do declínio é
mais lenta e persistente. O melhor período para a indução de resposta secundaria é logo
após a queda do nível de ac da resposta primaria abaixo dos limites de detecção. IgG é
predominante nessa resposta.
Em ambas as respostas acontece a produção de IgM e IgG, porém a 1ª é mais IgM e a
2ª mais IgG. A concentração de IgM diminui rapidamente em ambas de maneira que,
após uma ou duas semanas, não é mais detectada, enquanto que a produção de IgG é
persistente.

Estimulação dos linf. B (ac): os linf. B virgens expressam duas classes de ac ligados a
membrana – IgM e IgD - que funcionam como receptores para antígenos e apresentam
associação com as proteínas Ig-∞ e Ig β, formando então o complexo receptor da cel. B
(BCR). Quando esse complexo reconhece o antígeno origina-se as vias de sinalização que
desencadeiam a ativação da cel. B. Nas cel. B a transdução do sinal mediado pelo receptor
Ig requer a união de duas ou mais moléculas receptoras. Essa união conhecida como
ligação cruzada ocorre quando duas ou mais moléculas de antígenos se agregam e se
ligam as moléculas de Ig adjacentes encontradas na membrana de uma cel. B. os sinais
iniciados pela ligação cruzada sofrem transdução por meio das proteínas associadas ao
receptor. Os dominios citoplasmáticos de Ig-∞ e Ig β contêm motivos de ativação de
imunorreceptores baseados em tirosina que após a ligação do antígeno ao complexo BCR,
são fosforilados e recrutam diversas moléculas sinalizadoras. O resultado liquido da
sinalização induzida por receptores nas cel. B é a ativação de fatores que promovem a
transcrição de genes cujo os produtos estão envolvidos na proliferação e diferenciação
das cel. B.
Moléculas imunogênicas na forma nativa podem ser repetidas por tempo longo pelas cel.
dendriticas de origem mieloide, desse modo são transportadas até os órgãos linfoides
secundários onde encontram os linf. B, o contato entre as duas células favorece o
reconhecimento do antígeno pelo BCR, levando a cel. dendritica a liberar sinais de
ativação para o linf. B.
Os linf. B funcionam também como cel. apresentadoras de antígeno e assim interiorizam
o antígeno ligado a Ig de superfície (BCR), sendo o complexo processado por digestão
intracelular. Após o processamento, os peptídeos gerados se ligam as moléculas de MHC
II, formando complexos peptídeos/MHC II que são então expressos na membrana dos
linf. B para apresentação aos linf. CD4. A interação do complexo peptídeo/MHC II com
o TCR inicia a cadeia de eventos moleculares que levam os linf. TH a expansão clonal,
com consequente produção de citocinas que estimulam a proliferação e diferenciação dos
linf. B.
Proteínas do complemento também fornecem sinais secundários para a ativação das cel.
B. Os linf. B expressam na sua superfície um receptor para o fragmento C3d que forma
um complexo com outras duas proteínas de membrana: CD 19 e CD 81. Por meio deste
complexo, as cel. B especificas interagem com antígenos ligados ao fragmento C3d,
simultaneamente ao reconhecimento do antígeno pela Ig de superfície. Esta ligação
promove o inicio da cascata de sinalização de ambos os receptores, gerando uma resposta
muito maior se comparada a resposta do antígeno não ligado a molécula CD 21.
A possibilidade da ligação C3d atuar como segundo sinal para a ativação dos linf. B
garante o desencadeamento da resposta anti a microorganismos e antígenos que ativam o
complemento. Esse é também um mecanismo de amplificação da resposta imune
humoral, uma vez que ac capazes de ativar o complemento vão resultar em maior estimulo
dos linf. B. As cel. B apresentam potencial em desempenhar suas funções mediante a
ativação de outros receptores relacionados a I.I. também, tais como os Toll-Like-
Receptors (TLR’s), foi demonstrado que as cel. B expressam a maioria dos TLR’s, tais
como TLR-2, TLR-3, TLR-4, TLR-7 e TLR-9, respondendo a uma enorme variedade de
ligantes que podem ser proteicos, polissacarídeos, lipídicos e outros.

Na imunidade humoral a ativação do complemento é a resposta I.I. importante e


C3d é o sinal secundário para os linf. B, do mesmo modo que são os co-
estimuladores das APC’s para os linf. T.

As consequências funcionais da ativação das cel. B consistem no inicio da proliferação e


da diferenciação das cel. B e em sua preparação para interagir com os linf. T auxiliares
(quando o antígeno for uma proteína).

A ativação da cel. B leva a um aumento da expressão dos co-estimuladores B7 que


fornecem sinais secundários para ativação de cel. T e podem agir na amplificação da
resposta da cel. T auxiliar, além de para expressão de receptores de citocinas. As cel.
B ativadas também reduzem sua expressão de receptores de quimiocinas que são
produzidas nos folículos linfoides, assim, as cel. B ativadas migram para fora dos
folículos em direção ao compartimento que se concentra as cel. T auxiliares.

Mecanismo da ativação dos linf. B mediados pelas cel. T auxiliares: acontece a partir
da integração de CD40 com CD40L. o CD40L presente nas cel.T auxiliares ativadas se
liga no CD40 expresso nos linf. B. esse envolvimento colabora a expansão
clonal/proliferação, síntese e secreção de ac para a cel B a partir de sinais ao mesmo
tempo, as citocinas produzidas por T se ligam aos receptores de citocinas nos linf. B e
assim estimula uma maior proliferação de cel B e produção de Ig. As cel. T também
estimulam a troca de classes de cadeia H e maturação da afinidade, que no geral são
encontradas nas respostas de ac aos antígenos proteicos dependentes de T.
TROCA DE CLASSES DE CADEIAS (ISÓTIPOS) – aumenta as funções protetoras
dos ac.
Diferentes classes de ac realizam diferentes funções, abrangendo grande capacidade de
resposta imune humoral. A troca de classes é iniciada a partir da combinação de sinais
mediados por CD40L e citocinas. A recombinação de troca é o processo onde a enzima
deaminase induzida por ativação (AID) desempenha o papel chave, tornando os
nucleotídeos suscetíveis a quebra e acessíveis a recombinação, os sinais de CD40 que
expressão AID. O resultado dessa recombinação de troca é que as cel. B começam a
produzir uma nova classe de cadeia com a mesma especificidade que a cel. B original,
capazes de funções efetoras diferentes com regiões Fc distintas.
MATURAÇÃO DA AFINIDADE – aumenta as funções protetoras dos ac.
É o processo pelo qual a afinidade dos ac produzidos em resposta a um antígeno proteico
aumenta com uma exposição prolongada ou repetida ao antígeno. Esse processo acontece
nos centros germinativos dos folículos linfoides e é o resultado da hipermutação somática
dos genes Ig nas cel. B em divisão, seguido pela seleção de cel. B de alta afinidade pelo
antígeno exibido pelas cel. dendriticas foliculares.
REGULAÇÃO DAS RESPOSTAS IMUNES HUMORAIS
 Feedback de ac
Os ac secretados formam imuno-complexos com antígenos residuais e suspendem a
ativação das cel. B a partir de um receptor inibidor de Fc nas cel. B. A maioria das cel. B
ativadas entram em apoptose. A retroalimentação de ac é o processo em que os ac ligados
a antígeno inibem ainda mais a produção de ac.

MECANISMOS EFETORES DA IMUNIDADE HUMORAL


Opsonização e fagocitose: os ac revestem os microorganismos e garantem a ingestçao
destes pelos fagócitos. Esse processo de revestimento das partículas para a fagocitose é
chamado de opsonização e as moléculas que revestem o microorganismo e aumentam
sua fagocitose são as opsoninas (C3d é uma).

ATIVAÇÃO DO SISTEMA COMPLEMENTO


O sist. Complemento é um conjunto de proteínas circulantes e de membrana celular que
desempenha papeis importantes na defesa do hospedeiro contra o microorganismo e na
lesão tecidual mediada por ac. O termo complemento refere-se à capacidade de estas
proteínas completarem a atividade antimicrobiana dos ac. O sist. Complemento pode ser
ativado pelos microorganismos na ausência de ac (R.I.I.) e também pelos ac ligados aos
microorganismos (R.I.A.)
A cascata de ativação de proteínas do complemento é capaz de obter uma amplificação
enorme, motivo pelo qual um pequeno numero de moléculas de complemento ativadas
precocemente na cascata é capaz de produzir um grande numero de moléculas efetoras.
As proteínas do complemento ativadas passam a apresentar ligações covalentes com as
superfícies celulares onde ocorre a ativação, garantindo a ativação no local correto. O sist.
Complemento é rigorosamente regulado por moléculas presentes nas células normais do
hospedeiro, e essa regulação impede uma ativação descontrolada e nociva do
complemento.

VIAS DE ATIVAÇÃO DO SIST. COMPLEMENTO:


Existem 3 vias para ativação do sist. Duas são iniciadas pelos microorganismos na
ausência do ac, são elas: via alternativa e via da lectina. A terceira via é iniciada por
alguns tipos de isótipos de ac ligados aos antígenos: via clássica.
A proteína do complemento mais abundante no plasma é a C3 que desempenha um papel
central nas 3 vias. A C3 é hidrolisada espontaneamente no plasma em baixo nível, porem
seus produtos são instáveis e se fragmentam rapidamente.
VIA ALTERNATIVA: acontece quando um produto de ruptura da hidrolise de C3,
chamado de C3b é depositado na superfície de um microorganismo. Ai a C3b forma
ligações covalentes estáveis com proteínas microbianas ou polissacarídeos, se protegendo
de uma maior degradação. A ligação de C3b com o microorganismo forma um substrato
para a ligação de uma outra proteína chamada – fator B, que é degradado por uma protease
plasmática de modo a gerar o fragmento Bb. Esse fragmento continua ligado a C3b e o
complexo C3bBb se rompe enzimaticamente em mais proteínas C3, que funcionam como
“via da C3 convertase alternativa”. Como consequência desse processo mais moléculas
C3b e C3bBb são produzidas e se ligam ao microorganismo.
VIA CLÁSSICA: é desencadeada quando IgM ou alguma subclasse de IgG se ligam aos
antígenos. Como consequência dessa ligação as regiões Fc dos ac se tornam acessíveis as
proteínas do complemento e duas ou mais regiões Fc se aproximam. Quando isso
acontece a proteína C1 do complemento se liga a duas regiões Fc adjacentes. O C1 ligado
se torna ativo como enzima, resultando na ligação e na clivagem de duas outras proteínas,
C4 e C2. O complexo resultante C4b2b se liga de modo covalente ao ac e a superfície
microbiana onde o ac está ligado. Esse complexo funciona como “via da C3 convertase
clássica”.
VIA DA LECTINA: é iniciada na ausência de ac pela ligação da lectina ligante da
manose plasmática (MBL) aos microorganismos. A MBL é estruturalmente similar a um
componente de C1 da via clássica e serve para ativar C4. As etapas subsequentes são em
essência as mesmas encontradas na via clássica.

O resultado liquido dessas etapas iniciadas de ativação do sist. Complemento é que o


microorganismo adquira um revestimento com ligação covalente a C3b.
As vias se diferem no modo que são iniciadas, mas posteriormente desencadeiam as
mesmas etapas. Essas etapas posteriormente são iniciadas pela ligação de C5 a C5
convertase (acontece nas 3 vias depois da etapa inicial de ativação de cada) e pela
proteólise de C5 que origina C5b. os outros componentes C6,C7,C8 e C9 se ligam na
sequência. A proteína final da via é C9, que se polimeriza para formar um poro na
membrana celular permitindo a entrada de agua e íons, causando a morte da cel.
Esse processo de poli-C9 é chamado de complexo de ataque de membrana (MAC) e é o
resultado final da ativação do complemento.

FUNÇÕES DO SIST. COMPLEMENTO


- Opsonização de microorganismos, resultando em ingestão e destruição intracelular dos
microorganismos opsonizados;
- Indução de lise osmótica das cel. por criação de poros nas membranas por MAC;
- Ligação de peptídeos (liberados durante a ativação do complemento) aos receptores dos
neutrófilos para estimulação das reações inflamatórias.

A deficiência de C3 resulta em uma profunda suscetibilidade a infecções, e


geralmente é fatal no inicio da vida. As deficiências em C2 e C4 (via clássica) estão
associadas a um aumento da incidência de doenças do complexo imune que
lembram o lúpus, talvez porque a função da via clássica seja eliminar complexos
imunes da circulação. As deficiências de C9 e formação de MAC resultam no
aumento da suscetibilidade a infecções por bactérias. A herança do polimorfismo
no gene que codifica a lectina ligante da manose leva a produção de uma proteína
funcionalmente defeituosa, tais defeitos estão associados ao aumento da
suscetibilidade a infecções.

A REGULAÇÃO DA ATIVAÇÃO DO SIST. DO COMPLEMENTO


Existem cel. expressoras que regulam/inibem a continuidade da ativação do sist., que se
não existissem, iria acontecer a ativação excessiva e patológica do complemento. São
elas:
DAF: fator de aceleração do decaimento, é uma proteína da membrana que interrompe a
ligação do fator B com C3b ou a ligação de C4b2b com C3b, finalizando assim a ativação
do complemento tanto na via clássica quanto na alternativa.
MPC: co-fator de membrana, tem função de co-fator para a proteólise de C3b em
fragmentos inativos.
C1 INH: inibidor de C1, suspende a ativação do complemento precocemente no estágio
da ativação de C1.
MAC: complexo de ataque de membrana, realiza a opsonização do microorganismo.
FUNÇÕES DOS AC EM LOCAIS ANATÔMICOS ESPECIAIS
Os ac são produzidos nos órgãos linfoides periféricos e levados ao sangue, onde
conseguem ir em praticamente qualquer parte. Porém existem dois mecanismos especiais
para transportar ac: imunidade da mucosa e imunidade neonatal.
Imunidade neonatal: é um exemplo de imunidade passiva, os recém nascidos adquirem
ac maternos por meio de duas vias, ambas baseadas num receptor Fc especial, conhecido
como FcRn. Durante a gestação algumas classes de IgG materna se ligam ao receptor de
FcRn expresso na placenta e a IgG é ativamente transportada para a circulação fetal. Após
o nascimento o bebê também recebe ac a partir do leite materno, nas suas cel. intestinais
terão receptores Fc que se ligara, a estes ac ingeridos para que o bebe adquira os perfis de
ac Ig da mãe, sendo protegidos dos microorganismos infecciosos aos quais sua mãe foi
exposta ou vacinada.
3ª PROVA (Profs. Edna, Virmondes e Márcia)
Matérias: tolerância imunológica e auto-imune; hipersensibilidade tipos I, II, III e IV;
respostas imunológicas contra tumores e transplantes; respostas imunes a patógenos;
imunoprofilaxia ativa e passiva e imunodeficiências congênitas e adquiridas.
TOLERÂNCIA IMUNOLOGICA: é a capacidade que o sist. Imune tem de tolerar a
presença de um antígeno próprio, não respondendo contra ele. A tolerância é importante
para que não aconteça o desencadeamento de doenças auto-imunes.
Um linf. Autorreativo é aquele que tem a capacidade de reconhecer o próprio.
A tolerância pode acontecer em dois locais: órgãos linfoides primários e órgãos linfoides
secundários.
Tolerância central: acontece nos órgãos linfoides primários, timo e medula óssea
vermelha. Nessa tolerância pode acontecer: apoptose, anergia e transformação em
Treg. por um linf T autorreativo. O linf T reconhece com alta afinidade um antígeno
próprio por seleção negativa, quando isso acontece esse linf é descartado da sua função,
pois reconheceu um antígeno próprio, o que não pode acontecer, assim ele é programado
para morrer a partir de apoptose, anergia ou transformação em Treg.
Apoptose: eliminação por seleção negativa
Anergia: CTLA-4 que é antagonista de CD28 inibe-o para que não aconteça o 2º sinal de
ativação na cel. fazendo com que o linf perca suas funções
Transformação em Treg: o linf T se transforma em Treg no timo, assim ativando
citocinas imunossupressoras (IL-10,IL-35 e TGF-β) inibindo a formação de mastócitos.
Um linf B autorreativo na tolerância central pode sofrer edição de receptor. O linf B
reconhece um antígeno próprio se ativa normalmente, até que ele é “barrado” em suas
funções, ai ele recebe uma “2ª chance” de sobrevivência, que é a edição de receptor: é
uma recombinação de gene de imunoglobulina, passando a ser expressado uma nova
cadeia. Se esse linf B gerar um receptor funcional ele passa a não reconhecer antígenos
próprios, reconhecendo somente o estranho e é liberado para atuar. Mas, caso esse linf B
gere um receptor não-funcional ele entra em apoptose, pois continuará reconhecendo o
próprio, que não pode.
Tolerância periférica: acontece nos órgãos linfoides secundários, baço e linfonodo e
também na placa de peyer (intestino). Na tolerância periférica os linf que reconhecem o
próprio podem sofrer: apoptose, anergia e supressão.
Supressão: acontece o 2º sinal e a cel é ativada, porém acontece o bloqueio da ativação
para expansão clonal e proliferação por TGF-β (é antagonista de IL-2) para que essa cel
não continue reconhecendo o próprio, tendo o bloqueio de sua ativação.
FATORES QUE DETERMINAM O GRAU DE TOLERÂNCIA DOS ANTIGENOS
PRÓPRIOS: quantidade de antígenos, persistência de antígenos, localização (porta de
entrada), presença de adjuvantes e propriedades das APC’s.
AUTOIMUNIDADE: é a falha na tolerância imunológica, acontecendo o
reconhecimento do próprio antígeno pelos linf e nenhum mecanismo de defesa tomar
providencias contra esse processo.
Pode acontecer de duas maneiras: órgão especifico: quando a autoimunidade atinge um
único órgão, ex. diabetes tipo 1 e sistêmica: quando a autoimunidade atinge todo o
organismo, ex. AR.
Existem vários fatores que juntos podem desencadear a doença autoimune como: fatores
genéticos, polimorfismo e genes.
PATOGÊNESE DE UMA DOENÇA AUTOIMUNE
Ativação de CD4 autorreativo -> liberação de citocinas -> ativação das cel do processo
inflamatório -> reação ao organismo -> lesão ao tecido saudável.
O mimetismo molecular é a reação ao próprio organismo.

HIPERSENSIBILIDADE: são reações exageradas do sist. Imune frente a um antígeno


que ele não deveria reagir. Acontece em 4 tipos:
Tipo I: acontece imediatamente, é mediada por ac IgE que é relacionado com alergias
por fármacos, poeira, pelos de animais, causando complicações respiratórias e choques
anafiláticos. Quem tem receptor para o IgE é o mastócito, quando acontece a interação
entre ambos o receptor libera histamina (mediador pré formal) que provoca a tosse,
espirros e dilatação nos vasos causando o edema. A histamina é o neurotransmissor que
estimula as terminações nervosas que causara dor fraca e o prurido. A prostaglandina
(mediador pró formal) vai estabilizar tardiamente. Tratamento para HPS do tipo I é com
anti-histaminico.
Tipo II: acontece horas depois, envolve o ac IgG tecidual que reconhece auto-antigenos.
O tipo II é uma HPS citotóxica, onde os mediadores realizam opsonização e fagocitose
pela ativação do sist. Complemento, ex. anemia hemolítica, tireoide de Hashimoto.
Tipo III: também é mediada por IgG, porém o ac aqui se apresenta de forma solúvel.
Também acontece a ativação do sist. Complemento, realizando opsonização e fagocitose.
Pelo fato de IgG está solúvel e presente na circulação, quando ele se depositar em um
órgão/articulação causará danos a esta, ex. AR.
Tipo IV: é uma defesa tardia mediada por cel. (CD4 principalmente) e macrófagos APC
(apresenta o antígeno para CD4), não tendo a presença de ac. Após a apresentação por
macrófagos acontece a ativação de TH1, TH2 e CTL. TH1 está ligada a alergias como
dermatites de contato por conta da produção de citocinas INF. TH2 é comum em casos
de asma crônica, normalmente ligada as vias respiratórias. CTL é comum em casos de
dermatites de contato, porem se difere de TH1 por precisar se ligar a uma cel. enquanto
TH1 não necessita. CTL é associada a CD8 e quando ativada leva a apoptose, causando
danos teciduais e inflamações.
RESPOSTA IMUNE A TUMORES E TRANSPLANTES
Tumores: conhecidos como “genes aberrantes” é definido em dois processos:
Benignos: quando a cel. infectada tem uma capsula ao seu envolto, não apresentando a
possibilidade de expansão e nem metástase.
Malignos: a cel. não apresenta capsula ao seu envolto e acontece metástase, liberando
partículas da cel. infectada para todo o corpo a partir das correntes sanguíneas e linfáticas.
Os antígenos tumorais são definidos em 4 tipos:
1º mutação de proteínas próprias;
2º supressão aberrante de proteínas, fazendo com que CD8 reconheça-as anormais;
3º produtos de oncogênese ou mutação de genes supressores de tumores, no caso de
pessoas com suscetibilidade ao câncer;
4º presença de vírus oncogênico promovendo alterações genéticas até o desenvolvimento
de cel. tumorais, ex. HPV (uma infecção viral pode resultar em vírus oncogênico)
RESPOSTA DO LINF T FRENTE AO TUMOR
O linf T vai se ativar a partir da apresentação do antígeno por APC e dependendo dessa
apresentação é que ele irá ativar CD4 ou CD8. Porém, o principal normalmente ativado é
CD8 por MCH I para induzir a apoptose por gransinas e perforinas a cel infectada. CD4
por MHC I também é ativado para a resposta frente ao tumor, porém utiliza seu perfil de
auxiliar, potencializando as cel. ativas contra o tumor.
RESPOSTA DO LINF B FRENTE AO TUMOR
Ainda não se sabe ao certo sua função, mas é muito importante com as cel NK que
realizam a indução de apoptose por gransinas e perforinas e os macrófagos que atuam na
fagocitose.
MECANISMOS DE ESCAPE TUMORAL
O próprio tumor é tão malandro que burla o sist. Imunológico. Ele pode utilizar de 3
mecanismos para burlar o sist.
1º a cel. tumoral não expressa seus antígenos, dificultando a ativação do sist. Imune;
2º não apresentando MCH I - II para apresentação por APC ao CD8 ou CD4;
3º bloqueando cel T ativa e toda a resposta imune, só crescendo com a ajuda das citocinas
imunossupressoras (IL-10, IL-35 e TGF-β) que ele próprio estimula e assim trabalham a
favor dele.
Imunoterapias: faz com que as vias que estavam inibidas se estimulem e as vias que
colaboravam com o tumor se inibem. Atualmente se faz uso de drogas imunossupressoras
(vacinas), ac (bloqueio e indução), citocinas e terapias celulares (objetivo de mostrar ao
linf T como combater os tumores através de cel dendritica com o antígeno tumoral).
Transplantes: os primeiros estudiosos sobre transplantes foi São Cosme e São Damião.
Existem 4 tipos de transplantes:
Auto-enxerto: retirada de uma porção da própria pessoa para aplicar em outro local dela
mesma;
Isso-enxerti: retirada de uma pessoa geneticamente idêntico para aplicação, gêmeos
univitelinos;
Alo-enxerto: transplante de um individuo X para um individuo X, qualquer pessoas;
Xeno-enxerto: transplante entre diferentes espécies, ex. macaco-homem, bovino-suino.
MECANISMO DE REJEIÇÃO DE TRANSPLANTES
Rejeição hiperaguda: acontece imediatamente após a anastomose, rápida oclusão
trombótica.
Rejeição aguda: após dias ou semanas. É mediada por linf T CD8 (necrose) e CD4
(inflamação). É uma resposta celular e se caracteriza pela necrose do órgão.
Rejeição crônica: acontece meses ou anos depois, é uma resposta tardia caracterizada
pela fibrose no órgão onde os macrófagos fazem fagocitose.

MHC é considerado uma barreira no sucesso de transplantes porque um MHC é diferente do


outro, então cada um tem MHC particulares, os linf do organismo só reconhecem MHC do
próprio organismo. MHC é recebido como um antígeno, fazendo a ativação do sist. Imune.

Resposta imune as infecções: os microorganismos e os seres humanos evoluíram juntos,


porque nós nos adaptamos a eles através dos mecanismos de defesa e de escape para
desenvolver uma maneira de expulsa-los.
IMUNIDADE AS BACTÉRIAS: as bactérias são divididas em 3 tipos:
Bactérias exotóxicas: secretam toxinas que são proteínas e existem várias maneiras de
combater essas toxinas, são elas: neutralização: um ac se liga a toxina e bloqueia o seu
efeito; fagocitose: os neutrófilos e macrófagos realizam a fagocitose dessas toxinas
(proteínas) e ativação do sist. Complemento: o sist. mata a bactéria por conta dos danos
causados em sua parede celular (da bactéria) e assim a fagocitose é facilitada.
Os mecanismos ativados em relação a R.I.I. são: macrófagos, neutrófilos e sist.
Complemento (via clássica não), em relação a R.I.A. são: resposta humoral, ativação de
linf B e produção de ac IgM e IgG (neutralizam o ac)
Bactérias endotóxicas: são bactérias encapsuladas que são caracterizadas em dois
compostos diferentes: licopolissacarideos, chamados de gran- e não são reconhecidos por
linf T e as proteoglicanas, chamados de gran+ que são reconhecidas pelo linf T.
Tanto as gran- quanto as gran+ se ligam a um TOLL do macrófago, facilitando a
fagocitose destas bactérias. Porém, esse fenômeno faz com que elas secretem produtos
tóxicos, ex. pró-inflamatórios. A defesa contra essas bactérias acontece da mesma
maneira da defesa contra as bactérias exotóxicas, porém contra as endotóxicas não
acontece a neutralização, ficando então como defesa a ativação do sist. Complemento,
fagocitose e opsonização.
Os mecanismos ativados em relação a R.I.I são: cel NK para apoptose e em relação a
R.I.A são: TCD8 para apoptose também.
Bactérias intracelulares e parasitas: são microbactérias de crescimento lento
intracelular no macrófago. Essas bactérias crescem dentro do macrófago porque este
fagocita a bactéria e a partir dai “perde” a capacidade de produzir ácido nítrico e H2O2
para fagolita-la definitivamente. O mecanismo de defesa para estas bactérias acontece
através da ativação da capacidade de produção de ácido nítrico e H2O2, a ativação da
capacidade microbicida do macrófago também entra como defesa. Para qualquer uma
dessas ativações precisamos do linf T CD4 com a função de auxiliar.
Os mecanismos ativados em relação a R.I.I são: eosinófilos, basófilos e mastócitos, em
relação a R.I.A. são: TH2.
Imunidade aos vírus: o vírus é um microorganismo intracelular, porém ele não é
fagocitado celularmente. Ele interage com a molécula na superfície da cel, jogando DNA
ou RNA para dentro dela, fazendo com que a cel produza mais partículas virais. O
mecanismo de defesa é a partir da ativação do linf TCD8 para apoptose ou o uso de ac
que neutralizem o cirus e impeça que ele se ligue a membrana da cel.
Os mecanismos ativados em relação a R.I.I são: cel NK e em relação a R.I.A. são: CD8
Imunidade contra helmintos: o helminto é um verme mutio grande e nós não temos
meios eficazes para fagocita-lo a partir de uma única cel. Sendo assim o sist. Imune ativa
TH2 que a partir dos grânulos tóxicos liberados pelos mastócitos, basófilos e eosinófilos
conseguem lesar a cutícula que tem na parede celular do helminto liberando esses
grânulos tóxicos no interior do verme. Esse processo acontece quando o verme está em
fase de larva nos pulmões principalmente. Já quando o verme está no intestino não
consegue mais realizar esse tipo de defesa, então ele é combatido através das citocinas
IL-4 e IL-13 que induzem ainda mais a produção de IgE, aumentando o peristaltismo
intestinal e eliminando os vermes.
Imunidade contra fungos: Os mecanismos ativados em relação a R.I.I são: macrófagos
e neutrófilos e em relação a R.I.A. são: TH1 e TH17
Imunidade contra protozoários: os protozoários são células e por serem células podem
ser fagocitados. Os mecanismos ativados em relação a R.I.I são: macrófagos e neutrófilos
e em relação a R.I.A. são: TH1.
Imunoprofilaxia: a imunoprofilaxia é o processo de prevenção da instalação da doença
e é dividida em dois processos: ativa que é uma imunidade não transitória, de longa
duração, ex.: vacina. E a passiva que é uma imunidade transitória pois acontece por outra
pessoa ou animal e ela tem curta duração, ex.: amamentação.

A vacinação é o estimulo mais eficaz contra microorganismos, ex: erradiação


mundial da varíola (doença viral que apresentava febre, dor no corpo e vômitos e
lesões cutâneas, foi declarada extinta mundialmente em 1970).

A vacina tem o intuito de impedir a instalação da doença, ela é composta por: produto
biológico, líquidos, substancia oleosa, adjuvantes e em alguns casos a conjugação a
alguma proteína.
A importância do adjuvante em uma vacina é que ele serve para potencializar a
imunização, intensificando especificamente a produção de TCD4 e realizar a conservação
da vacina por mais tempo.
Os tipos de vacina (tipos de produtos biológicos) são: microorganismo morto (ex.
vacina contra hepatite B, raiva, paralisia infantil), microorganismo vivo -atenuado (ex.
vacina contra febre amarela), toxóides e fragmentos subcelulares.
Quando o microorganismo é administrado morto na vacina não tem a capacidade de se
proliferar e não causa mal a nenhuma pessoa. Quando o microorganismo é administrado
atenuado na vacina existem suas vantagens e desvantagens, vantagens: ativa a imunidade
de forma branda, produz infecção natural com bom nível de proteção, pode também
realizar a transmissão pessoa-pessoa (a partir de secreções) aumentando a imunidade da
população indiretamente além de se multiplicar no indivíduo. Desvantagens: virulência
(perde um pouco da capacidade de se multiplicar), validade limitada e necessidade de
refrigeração, pode apresentar também hipersensibilidade no indivíduo e não é indicada a
pessoas com imunodeficiência em T e gestantes.
Uma vacina deve ter como características: proteção, facilidade de administração, baixo
custo, indução de ac e não pode causar a morte ou desencadeamento de doenças. Para
uma vacina ser incluída existem alguns critérios, que são: analise epidemiológica (deve
ser um problema de saúde pública), imunologia na população (deve realizar a proteção
imunológica), tecnologia para a produção ou armazenamento da vacina, logística (como
essa vacina irá chegar a todos os cantos do pais), aspectos socioeconômicos, aprovação
pelos comitês e orçamento acessível.

A imunização passiva é indicada em casos de imunocomprometidos: pessoas normais


com risco da doença, falta de vacinas, combinado de vacinas e controle de toxinas e
venenos. Podendo ser de soro heterologo que é de fonte animal ou soro homologo
que é de fonte humana.
As gestantes com Rh+ que estão gravidas de um homem Rh-, ou elas forem Rh- grávidas
de homem Rh+ devem tomar uma vacina 72h após o parto, essa vacina é composta de
IgG humano anti Rh e se caso essa vacina não for tomada a próxima gravidez dessa
mulher pode correr o risco de gerar uma criança com heritoblastose fetal. Em casos de
aborto a mulher também deve tomar essa vacina pois não se sabe o Rh do bebê.
VACINAS
BCG: contra tuberculose, é tomada ao nascer no braço direito e é obtida de forma
atenuada.
Hepatite B: 1º dose é tomada ao nascer, 2º e 3º doses são associadas a outra vacina. É
obtida a partir de fragmentos do vírus.
Pentavalente: entrou para o calendário em 2012, é composta por: D,T,P,Hib e HB.
D: toxóide diftérico, previne difteris
T: toxoide tetânico, previne tétano
P: cel inteira morta da Bordetella pertusis, previne a coqueluche
Hib: polissacarídeo de hemaplilus influenza tipo B, previne a meningite
HB: proteína do vírus da hepatite B, previne hepatite B
Se toma a 1º dose aos 2 meses, a 2º dose aos 4 meses e a 3º dose aos 6 meses, tem reforço
aos 15 meses e aos 4 anos (somente com DTP)
Quando a criança apresentar convulsão até 72h depois de tomar a DTP (conhecida
como tríplice bacteriana) ela é submetida a tomar a DTP acelular que contém os
mesmos componentes, porem a Bordetella pertusis é administrada em fragmentos.
Caso a convulsão continuar se toma a DT (conhecida como dupla infantil) que não
contém nenhum fragmento de Bordetella pertusis. Essa persistência nas convulsões
indica que a criança apresenta hipersensibilidade as proteínas da Bordetella.
Paralisia infantil: 3 doses. 1º dose aos 2 meses, 2º dose aos 4 meses (via venosa – vírus
morto) e 3º dose aos seis meses por via oral (zé gotinha – vírus atenuado). 2 reforços aos
15 meses e aos 4 anos por via oral.
Pneumocócica: contra pneumonia, sua composição biológica é um polissacarídeo e por
isso ela é conjugada a uma proteína. 1º dose aos 2 meses, 2º dose aos quatro meses e 3º
dose aos 6 meses, tem reforço com um ano de idade.
Rotavírus humano: 1º dose aos 2 meses, 2º dose aos 4 meses, o vírus é atenuado em
ambas.
Meningocócica: 1º dose aos 3 meses, 2º dose aos 5 meses, um reforço aos 15 meses,
previne meningite.
Febre amarela: vírus atenuado, dose inicial aos 9 meses e reforço a cada 10 anos. Em
algumas regiões do Brasil é tomada em curto tempo.
Hepatite A: vírus atenuado, dose única com um ano. Imunização rara, comunidades sem
saneamento são mais suscetíveis.
Tríplice e tetra viral: vírus atenuado em ambas. 1 dose da tríplice com um ano e 1 dose
da tetra com 15 meses. Combatem a caxumba, sarampo, rubéola e varíola (catapora). A
varicela foi incluída porque um levantamento epidemiológico mostrou que crianças
estavam apresentando complicações e internações por causa da catapora entre 1 e 4 anos.
HPV: para meninas de 9-11 anos. A partir da 1º dose depois de 6 meses se toma a 2º e
depois de 5 anos se toma a 3º. Foi incluída no calendário por conta do levantamento
epidemiológico sobre câncer de colo de útero, o vírus do HPV é um o principal
capacitador desse câncer.
Dupla adulto: reforço a cada 10 anos começando a 1º dose na adolescência.
Gripe: deve ser tomada anualmente porque o vírus da gripe sofre mutações frequentes.
A quadrivalente é composta por uma cepa A/N1H1, A/H3N2 e duas linhagens B –
yamagata e victoria.
Imunobiologicos especiais: vacina DTP acelular; dupla infantil (DT); contra influenza
conjugada; menincococia conjugada; hepatite A; febre tifoide; raiva e influenza.
IMUNODEFICIÊNCIA: É a deficiência do sist. Imune que pode afetar um componete
especifico ou vários componentes. A imunodeficiência pode ser: congênita ou primária
que é quando se nasce com a deficiência, tendo pouca chance de cura, ou adquirida ou
secundária que é quando se adquire a deficiência com o tempo, dependendo da
deficiência tem grande chance de cura.
Os aspectos gerais da imunodeficiência é o aumento da suscetibilidade de infecções.
Quando a pessoa apresenta muitas infecções seguidas, infecções oportunistas e crônicas
se pode suspeitar de imunodeficiência. Na imunodeficiência humoral se tem mais
suscetibilidade a microorganismos extracelulares e na celular a microorganismos
intracelulares.
Imunodeficiências primarias ou congênitas: pode acontecer por diferentes
componentes como: deficiência por T ou B, das proteínas do complemento ou por cel so
sist. Fagocitário.
Agamaglobulinemia ligada ao X: deficiência nos linf B, não acontece a produção de
nenhum tipo de imunoglobulina.
Imunodeficiência de isótipos espeficicos: deficiência em um único isótipo (Ig)
Síndrome de DiGeorge: deficiência de cel T, a criança nasce sem o timo, não fazendo a
maturação dos linf T. a placa de peyer ajuda nessa maturação, porém é raro uma criança
sobreviver até os dois anos.
Imunodeficiências combinadas: síndrome de DiGeorge é uma delas, mas também existe
ADA e PNP que são enzimas que fazem a recombinação de genes para formar Ig e TCR’s,
uma deficiência nessas enzimas não resulta na produção de Ig e TCR’s.
Imunodeficiência de HLA (mesma coisa que MHC): as cel do indivíduo não produzem
MHC, consequentemente não acontece a apresentação ao linf T e assim não acontece a
ativação de CD4 ou CD8, causando falha também no linf B que necessita das citocinas
produzidas por CD4.
Imunodeficiência de Wiskot-Aldrick e ataxia telangiectasia: são deficiências em cel
fagocitárias, se não acontece a fagocitose de antígenos não acontece a apresentação destes
para os linf T e assim ele não será ativado.
Doença granulomatosa crônica: defeito na produção de radicais livres do oxigênio.
Acontece a fagocitose normal, mas pela dificuldade em produzir os radicais faz com que
a destruição total dos microorganismos não aconteça. Também não realiza resposta
inflamatória porque tem deficiência na adesão dos leucócitos.
Síndrome de Chediak Higashi: deficiência causada pela fusão dos grânulos
citoplasmáticos, essa é uma falha na proteína que recolhe os grânulos, e se não tem esse
recolhimento esse grânulos ficam gigantes, se tornando incapazes de produzir radicais
livres, enzimas e mediadores, comprometendo a reposta imune. Os indivíduos com essa
síndrome apresentam mexas prateadas/brancas no cabelo, olhos avermelhados e
problemas de pigmentação.
Terapias de imunodeficiência congênitas: os indivíduos podem ser tratados com um pool
de gamaglobulina (encontrado em farmácia) ou através do transplante de medula óssea.
A reposição de ADA e PNP também são formas de tratamento.
Imunodeficiência adquiridas ou secundarias: podem ser causadas por: desnutrição
(não se produz proteínas, consequentemente não se produz citocinas e Ig, nem moléculas
de adesão); câncer (leucemia e câncer linfático causam imunodeficiência); infecções
(HIV é um ex. o seu vírus é um RNA viral que quando entra no organismo se transforma
em DNA viral, passando a ter acesso as cel e assim infecta CD4); drogas citotóxicas ou
radioterápicas; esplenectomia (remoção cirúrgica do baço); terapias imunossupressoras
(transplantes); stress/emoções; envelhecimento (atrofia do timo). O tratamento é a partir
de corticoides e ciclosporina A, que são drogas imunossupressoras não especificas que
acabam inibindo todas as outras cel do sist. Imune.

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