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Introdução
1.1 Considerações Gerais
O objetivo deste trabalho é mostrar um breve estudo sobre cerâmicas
odontológicas, resina acrílica, ligas odontológicas e materiais para implante,
e, como fazem parte das diversas maneiras de reabilitar sorrisos dentro da
odontologia.
1.2 Cerâmicas Odontológicas
Os materiais restauradores e protéticos usados normalmente na odontologia
podem ser agrupados em uma das quatro categorias: metais, polímeros,
compósitos e cerâmicas. As cerâmicas odontológicas podem consistir
principalmente em vidros, porcelanas, cerâmicas vítreas ou estruturas
altamente cristalinas. Elas possuem propriedades químicas, mecânicas,
físicas e térmicas que as distinguem de outros materiais, tais como metais e
resinas acrílicas. As cerâmicas odontológicas são estruturas não metálicas,
inorgânicas e contêm principalmente compostos de oxigênio com um ou mais
elementos metálicos ou não metálicos.
1.3 Resina Acrílica
A resina acrílica é um material utilizado para vários trabalhos na Odontologia:
confecção da base de próteses parciais e totais, placas miorrelaxantes,
moldeiras individuais, padrões de fundição, próteses provisórias imediatas,
coroas provisórias, dentes artificiais, reparo de próteses totais, acrilização de
aparelhos ortodônticos, dentre outros. As resinas acrílicas geralmente são
fornecidas na forma de pó e líquido. Líquido: O constituinte principal do líquido
é o metacrilato de metila (monômero). Pó: Composto por microesferas de
polimetacrilato de metila (polímero) polimerizadas industrialmente.
1.4 Ligas Odontológicas
As ligas dentárias foram devidamente classificadas de acordo com suas
características e indicações. Com novas descobertas na área da odontologia,
algumas ligas são raramente usadas em alguns tipos de restaurações. Ligas
para coroas totalmente metálicas, ligas de metais altamente nobres para
restaurações metalocerâmicas e ligas metálicas para próteses parciais são
exemplos de indicações de ligas. O uso de metais puros em Odontologia é
muito limitado. Os metais puros também têm uso limitado em aplicações de
Engenharia, uma vez que podem ser amolecidos facilmente, e, como o ferro,
muitos deles tendem a sofrer corrosão rapidamente.
1.5 Materiais para Implantes
Os biomateriais para implantes podem ser classificados de acordo com sua
composição química ou com base em suas propriedades físicas, mecânicas,
químicas e biológicas. Os materiais mais usados nos implantes são feitos, de
alguma forma, de substância metálica. Os sistemas de implantes diferem em
natureza da camada da superfície. Alguns implantes não são recobertos;
outros são recobertos com cerâmicas, carbono ou polímero. Dos quatro tipos
de implantes, os endósteos são os mais comumente usados em aplicações
dentárias.
Cerâmicas Odontológicas
TIPOS DE CERÂMICAS
As cerâmicas odontológicas podem ser divididas basicamente, quanto ao tipo,
em:
cerâmicas convencionais: feldspáticas; e
cerâmicas reforçadas: leucita, dissilicato de lítio, alumina, zircônia etc.
A cerâmica feldspática foi a primeira a ser utilizada na odontologia, sendo
essencialmente uma mistura de feldspato de potássio (K2 OAl2 O3 6SiO2 ) ou
feldspato de sódio (Na2 OAl2 O3 6SiO2) com quartzo (SiO2). O feldspato é um
mineral cristalino e cinza, facilmente encontrado na natureza.
A composição usual da cerâmica feldspática está descrita na Tabela 1, a seguir.
Cerâmicas aluminizadas
As cerâmicas feldspáticas eram as únicas aplicadas na odontologia, para
confecção de pró- teses, até a década de 1960. Entretanto, devido à baixa
resistência desse material, McLean e Hughes desenvolveram novo material pelo
aumento da fase cristalina da porcelana feldspática com adição de maior
conteúdo de óxidos de alumina.
As cerâmicas aluminizadas são inicialmente indicadas para confecção de coroas
em cerâmica pura.
Com composição semelhante à das porcelanas feldspáticas, porém com
aumento de 40% da fase vítrea com alumina (Al2 O3), as cerâmicas
aluminizadas tiveram a resistência à flexão praticamente duplicada (130MPa)
quando comparadas às cerâmicas feldspáticas convencionais.
O maior conteúdo de alumina foi responsável por diminuir a concentração de
tensões no interior do material, o que normalmente ocorre durante o
resfriamento, além de ocupar espaços estratégicos, impedindo, em parte, a
propagação de trincas.
Apesar do aumento da resistência, a inserção de alumina promoveu significante
aumento da opacidade da cerâmica. Essa nova formulação foi empregada como
recobrimento em lâminas de paládio com 0,5 a 1,0mm (jaquetas de porcelana),
sendo posteriormente também empregada como material de cobertura sobre
infraestruturas metálicas e cerâmicas.
As coroas produzidas com cerâmica aluminizada eram consideradas mais
estéticas do que as coroas metalocerâmicas, porém esse material não
apresentava resistência suficiente para suportar áreas de alto esforço
mastigatório, como nos dentes posteriores, sendo indicado apenas para
aplicações na região anterior, figura abaixo:
Indicação:
•Confecção da base de próteses parciais e totais
•Placas miorrelaxantes
•Moldeiras individuais
•Padrões de fundição
•Próteses provisórias imediatas
•Coroas provisórias
•Dentes artificiais
•Reparo de próteses totais
•Acrilização de aparelhos ortodônticos
Composição:
Polímero (Pó) Monômero (Líquido)
Polimetacrilato de metila Metacrilato de metila
Peróxido de benzoíla Hidroquinona (0,006 %)
Pigmentos Dimetacrilato de glicol
Copolímeros Dimetil-para-toluedin
Vantagens:
•Resistência à tração
• Fácil manuseio
•Baixo custo para dentista
•Tempo de trabalho suficiente
•Estética
•Reembasamento
•Boa tolerância pelos tecidos de suporte
Desvantagens:
•Baixa flexibilidade
•Pouca resistência à deflexão e ao impacto
•Baixa resistência transversal
•Temperatura na polimerização
Considerações Biológicas:
•Insípida
•Inodora
•Não tóxica
•Não irritante aos tecidos bucais
Propriedades Físicas:
•Resistência à compressão
•Estabilidade dimensional
•Apresentar baixa gravidade específica, quando usadas em próteses totais
Propriedades Estéticas:
•Possuir mimetismo.
Composição:
•Sistema pó/líquido. São esferas pré-polimerizadas e peróxido de benzoíla que
compõe o pó. E o líquido consiste em um metacrilato não polimerizado.
Proporção:
•A proporção indicada é de 3:1, 3 Partes de pó para 1 de líquido
Indicação
•Sua principal indicação é para o em base de prótese removível
Composição:
Sistema pó/líquido. Pó é composto por esferas pré-polimerizadas e no líquido
estão presentes o monômero e o ativador químico dimetil-para-toluidina.
Pó: poli (metacrilato de metila), peróxido de benzoila e liquido: metacrilato de
metila, hidroquinona e amina terciária.
Indicações:
Confecção de próteses provisórias, aparelhos ortodônticos, moldeiras individuais
e guias cirúrgicos.
Reação de polimerização – iniciador: peróxido de benzoila e ativador do
iniciador: amina terciária.
Vantagens: fase laboratorial menos trabalhosa, menor tempo para a obtenção
das peças.
Desvantagens: adaptação mais pobre, presença de porosidade, menor
resistência, maior quantidade de monômero residual.
Diferença entre RAAT e RAAQ – principal: método pela qual o peróxido de
benzoila é dividido para produzir os radicais livres, as quimicamente ativadas
tem menor contração de polimerização, com isso possui melhor adaptação
dimensional. Próteses totais construídas com RAAQ geralmente mostram
melhor adaptação do que com RAAT. Este fenômeno pode ser atribuído à sua
baixa contração térmica. A contração de processamento de uma típica RAAQ é
em torno de 0,26% enquanto que de uma RAAT é de 0,53%, fazendo com que
a adaptação daquelas seja melhor.
Propriedades:
Uma liga é definida para fins odontológicos, como uma substancia metálica que
contém dois ou mais elementos, na qual pelo menos um desses elementos é um
metal mutuamente solúvel na condição de fundido. Deve-se levar em conta que
o uso de metais no meio bucal não é algo recente, tendo em vista que existem
evidencias verídicas de estruturas protéticas em múmias com mais de 4000
anos. Com o passar dos séculos o homem foi se aprimorando em tal
conhecimento e então começaram a ser aplicados para recompor espaços
perdidos no meio bucal. O ouro é um metal nobre, fácil de manusear e não sofre
corrosão e oxidação no meio bucal, sendo assim, foi opção natural e aplicada
desde a antiguidade. Porém, com o passar do tempo o ouro puro não atenderia
a demanda por materiais mais duros, resistentes e elásticos. Por outro lado, a
manutenção do ouro associado a outros metais nobres ainda demonstra ser a
liga metálica mais confiável no ambiente bucal do ponto de vista de
biocompatibilidade.
1. Tipo I (Liga mole): São fracas e moles, sendo uteis em áreas não
sujeitas a tensões oclusais, não sendo muito utilizadas.
2. Tipo II (Liga media): São empregadas para RMFs, nas quais as
possibilidades de brunidura de margens são mais importantes que
a alta resistência.
3. Tipo III (Liga dura): São usadas em RMFs, coroas ¾, retentores e
ponticos de prótese fixa, onde a brunidura é menos importante que
a resistência.
4. Tipo IV (Extra dura): São duras e não dúctíveis, sendo indicadas
em regiões de altas tensões como PPR. Não usada de formas
extensas devido p custo.
5. Tipo V: Ligas para restaurações metalo-ceramicas (copings): são
usadas para confecções de estruturas metálicas de porcelana.
Tipo I/II
Tipo III
Tipo IV
Tipo V
Diante das explanações acima pode-se afirmar que a escolha de uma liga deve
estar baseada nos seguintes critérios: propriedades físicas, propriedades
químicas, biocompatibilidade, facilidade de trabalho e compatibilidade com
outros materiais associados. Devendo se atentar sempre para o limite de
proporcionalidade, ou seja, uma medida da tensão necessária para causar
deformação permanente (força de rendimento é necessário para determinar a
capacidade de carga, especialmente para próteses parciais). Propriedades
químicas são importantes porque afetam a resistência a manchas, a corrosão e
estabilidade térmica. Outras propriedades devem ser levadas em conta como o
modulo de elasticidade também é bastante importante, pois determina a
flexibilidade do material disponível para trabalho (flexibilidade e ME são
inversamente proporcionais).
http://www.odontologiaonline.odo.br/odonto/dentes/compatibilidade-das-ligas-
metalicas/
http://cng.com.br/ligas-nobres-na-odontologia/