Programação

Dois de Maio (02/04)

9h30: Recepção e credenciamento

14h - ​Oficina 1​: ​Religião, Etnicidade e Políticas Educacionais

Rosenilton S. Oliveira
Sessão 1

14h - ​Oficina 2​: ​Como usar imagens na pesquisa em Ciências ​Sociais

Daniela Feriani
Sessão 1

14h - ​Oficina 3: Etnografias Urbanas: da metrópole à aldeia

José Guilherme Magnani
Sessão 1

14h - ​Oficina 6: Antropologia como profissão

Eros e Marcelo Perilo
Sessão 1

14h - ​Oficina 7: Pesquisa de campo: conflitos, sentidos e diferenças

​Luiza Lima e Thiago Oliveira
Sessão única

14h - ​Oficina de Mestres-Salas e Porta-Bandeiras

​ Projeto Cisne do Amanhã
Sessão única

19h - Conferência de abertura

​Profa. Dra. Lilia Moritz Schwarcz (USP) “Olhar e não ver: racismo estrutural no Brasil”
 Três de Maio (03/05)

9h - ​GT 1: Variações sobre arte, cidade e ativismo

​ Debatedores: Felipe Gabriel Oliveira e Maurício Alcântara

“Partiu Balada: Perspectivas antropológicas da Balada Sertaneja Universitária”

Deiler Raphael Souza de Lima (PUC-PR)

​“O axé do som e o som do axé: multiplicidades sonoras em um terreiro de candomblé da nação Kaetu”
Erico de Souza Brito (UNIFESP)

​“Etnografia de um grupo musical: comportamentos, regras e escolhas de uma Orquestra Universitária”

Gregor Castro Erbiste (UNIFAL - MG)

“​As Bichas: uma vida no limite”

​Thiago Schindler (USP)

“Trançando a Música: Coletivos de Música Eletrônica nos Espaços Urbanos Submersos”

Gustavo Fiorini (UFPEL)

9h - GT 2: Direitos violados: debates sobre violência de gênero, feminicídio e poder

​Organizadora: Sabrina Damasceno Debatedor: Márcio Zamboni

​ “Foi estupro ou apenas uma piada? Os embates midiáticos e políticos no caso do ator Alexandre Frota”
Ana Carolina Braga (USP)

“A disputa por categorias no processo de Roger Abdelmassih”

Clara de Oliveira (USP)

“​ Eles matam mais por raiva: notas sobre homicídios cruéis de meninas mulheres em Fortaleza”
Lucilda Cavalcante (UFC)

“Brasilândia: outras formas de gestão da violência”

Mayara Amaral (FESPSP)

9h - GT 3: No cerne da cidade: diálogos sobre territórios e sociabilidade urbana

Organizadora: Luiza Cavallini Debatedor: Michel Soares

“Pessoas e objetos: agência e consumo de segunda mão na cidade do Rio de Janeiro”

Douglas de Souza Evangelista (UERJ)
 “Na margem da linha: conflitos urbanos em uma favela de Campos dos Goytacazes”
Isabel Clara Ferreira Moreira da Silva (UFF)

“Mercado das Pulgas São Paulo e a nova dinâmica cultural e espacial do centro”
Sâmia Graziela Pereira de Souza (USP)

“Entre patrimônio e cidade: conflitos e mediações na produção do Canteiro Aberto Vila Itororó”
Lucas Pinheiro Gariani (USP)

9h - GT 4: Poder e instituições públicas

​Mediação: Ana Caroline Bonfim

“Controlando o Estado: uma etnografia da fiscalização dos Jogos

Olímpicos de 2016 pelo Tribunal de Contas da União”
Clara Possebom Pinto (UFPR)

“Ocupação Urbana e Despejo: entre o ritual popular e o estatal”

Aiano Bemfica e Matheus Almeida (UFMG)

“As transformações do fazer etnográfico no mundo digital: uma discussão a partir de

narrativas midiáticas sobre violência sexual nas universidades paulistas”
Felipe Paes Piva (USP)

“Controle social e as redes Sociais: uma etnografia da atuação da Controladoria-Geral da

União no Youtube”
Pedro Henrique Nogueira Giordano (UFPR)

14h - ​Oficina 1: Religião, Etnicidade e Políticas Educacionais

Rosenilton S. Oliveira
Sessão 2

14h - ​Oficina​ ​4​: ​O campo em etnologia indígena: velhos e novos desafios

Marina Vanzolini
Sessão 1

14h - ​Oficina 2​: ​Como usar imagens na pesquisa em Ciências Sociais

Daniela Feriani
Sessão 2

14h - ​Oficina 5: Arte, literatura e cidades: olhares sobre São Paulo

Diogo Barbosa Maciel e Thais Chang Waldman
Sessão 1
14h - ​Oficina 6: Antropologia como profissão
Eros e Marcelo Perilo
Sessão 2

19h - ​Mesa redonda: diversidade e permanência estudantil na USP

Jacqueline Moraes Teixeira, Marcelo Mikley Vinturini, Emerson de Oliveira Souza, Terra Johari e Talita
Lazarin Dalbó (debatedora)

Quatro de Maio (04/05)

9h - ​GT 1: Variações sobre arte, cidade e ativismo

Debatedores: Felipe Gabriel Oliveira e Maurício Alcântara

“O Museu de Arte Indígena e suas narrativas”

Beatriz Rangel Thurler Amorim

“ABC do Açude: Percepção, Imaginário e Memória do Sertão”

Felipe Figueiredo

“Meios de teatro em Meios de rua - Teatro Oficina produção de lugares na cidade de São Paulo”
Bruno Campelo

“Um percurso afetivo-político pelo Baixo Centro de Belo Horizonte”

Lorena Braga Alves

9h ​- GT 3: No cerne da cidade: diálogos sobre territórios e sociabilidade urbana

Organizadora: Luiza Cavallini Debatedor: Michel Soares

“Um corpo que apanha junto: vínculos de família como proteção, cuidado, afeto e pertencimento
no fluxo da Cracolândia”
Marina Gouvêa Rabello (USP)

“A praça em vida: sociabilidade e sobrevivência dos filhos e filhas da Praça do Ferreira em

Fortaleza, Ceará”
Messias Douglas Coelho Pessoa (UNILAB)

“Praça viva: etnografia transmutada em ação”

Letícia Braga Aniceto (USP)
 “Uma observação acerca dos novos comportamentos perante às redes Sociais em Alfenas-MG”
Samira Cristina Silva Pereira (UNIFAL)

9h​ - GT 5: Religião e outras filosofias

Organizadora: Natalia Corazza Debatedor: Milton Bortoleto

“A Igreja Universal e seus círculos: uma análise estrutural da Igreja Universal do Reino de Deus
no
Brasil e Portugal”
Gustavo Aires Tiago (USP)

“A Igreja vai a Rodô: apontamentos etnográficos sobre uma ação caritativa na antiga rodoviária
de Campo Grande”
Vladimir Eiji (USP)

“Representações do gênero masculino e corporificações de uma masculinidade típica dos fiéis

do projeto intelliMen da Igreja Universal do Reino de Deus”
Marcos Phelipe José de Oliveira (USP)

“Concepções em conflito: repensando saúde e doença no restaurante macrobiótico Sartori”

Vinicius Alcantara Veríssimo de Mello (USP)

“A imagética da governança na Casa do Índio - RJ: tutela e religiosidade”

Bruno da Silva (UERJ)

“Crucifixos de Luta: Materialização da disputa por direitos sexuais e reprodutivos entre coletivos
religiosos”
Giovanna Paccillo (UNICAMP)

9h ​- GT 5: Diferenças e Interseccionalidade
Organizadora: Sabrina Damasceno Debatedor: Priscila Almeida

“Segredos, negociações e cosmoerostismo em uma cidade amazônica”

Bruno Domingues (UFPA)

“Tornando-se negro: Os efeitos do controle racial no processo de construção”

Daniara Thomaz (UEM)

“De médico a monstro: a mudança da narrativa midiática no caso de Roger Abdelmassih”

Lais Ambiel (USP)

“Gênero e Zoeira: reflexões a partir de observações etnográficas e intervenções com jovens de

 uma escola pública do Guarujá/SP”
Priscila Karaver (USP)

“Fujoshis e Fadanshis do Brasil: subjetividades a partir da leitura do mangá Yaoi”

Sasha Cruz (USP)

“Transexualidade e saúde pública: estratégias e dilemas na luta contra a patologização”

Tainá Scartezini (USP)

14h - ​Oficina 4 O campo em etnologia indígena: velhos e novos desafios

Marina Vanzolini
Sessão 2

14h - ​Oficina 5: Arte, literatura e cidades: olhares sobre São Paulo

Diogo Barbosa Maciel e Thais Chang Waldman
Sessão 2

14h - ​Oficina 3​: ​Etnografias Urbanas: da metrópole à aldeia

​José Guilherme Magnani
Sessão 2

14h - ​Oficina 7: Pesquisa de campo: conflitos, sentidos e diferenças

​Luiza Lima e Thiago Oliveira

19h - Kula: Trocas Festivas

 Resumos

“Ocupação Urbana e Despejo: entre o ritual popular e o estatal “

1.Aiano Bemfica

Universidade Federal de Minas Gerais - Antropologia

matheus.da.almeida@gmail.com

2.Matheus de Araújo Almeida

Universidade Federal de Minas Gerais - Antropologia

matheus.da.almeida@gmail.com

Em maio de 2017, a ocupação Manoel Aleixo,
no município de Mário Campos (MG), foi
violentamente reprimida e despejada pela
Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG). O
conflito, que gerou vários presos e feridos,
colocou em choque dois rituais urbanos que
são aqui analisados: o ritual popular de
ocupação e o estatal de despejo. Com esta
pesquisa buscamos compreender como tais
rituais se constituem e passam a se
antagonizar, analisando elementos internos
aos grupos sociais de cada ritual. Do lado das
famílias ocupantes, questiona-se o que é,
como se caracteriza e atua uma ocupação
urbana. Do lado da PMMG, verifica-se
comparativamente quais as normas para sua
atuação em despejos e como se deu,
concretamente, tal ação. Conclui-se que tal
debate possui grande relevância para os
estudos antropológicos sobre rituais, Estado e
temáticas urbanas, questões pujantes da
realidade brasileira.

Palavras-Chave: Ocupação, Despejo, Ritual

“Foi estupro ou apenas uma piada? Os embates midiáticos e políticos no caso do ator
Alexandre Frota “

Ana Carolina Braga Azevedo

Universidade de São Paulo - Ciências Sociais

anacarolinabragaazevedo@gmail.com
Orientadora: Heloisa Buarque de Almeida
Agência de Fomento: FAPESP
Este trabalho analisa o caso do ator Alexandre
Frota, que revela de modo jocoso ter “pegado
uma mãe de santo” no programa de entrevistas
Agora é Tarde. Após a reprise da entrevista em
2015, alguns setores e mídias ligados a
movimentos sociais interpretaram o relato
como uma cena de violência, acusando o ator
e o programa de apologia ao estupro. O caso
ganhou repercussão nas redes sociais que
promoveu a visibilidade do caso na mídia
Palavras-Chave: Gênero; mídia; violência.
“O Museu de Arte Indígena de Curitiba e suas narrativas”
Beatriz Rangel Thurler Amorim - Apresentação no GT 1
Universidade Federal do Paraná - Ciências Sociais
beatrizthrl@gmail.com
Orientadora: Prof. Dra. Edilene Coffaci de Lima
Este trabalho apresenta a etnografia do Museu
de Arte Indígena de Curitiba. Faremos uma
descrição da exposição do MAI - enquanto
museu privado derivado de vinte anos de
expedições por terras indígenas brasileiras - e
os discursos que a circundam, tanto durante as
visitas guiadas quanto em sua expografia.
Apresentaremos a colecionadora responsável
por sua idealização e realização, mostrando
como a proposta do museu se liga intimamente
Palavras-chave: Colecionamento; Trajetória; Museu de Arte Indígena de Curitiba
comercial. Este trabalho tenta compreender
como ocorreram as disputas por significados
em torno das categoriais de estupro, violência
sexual ou de gênero, crime, sexo com/e sem
consentimento, apologia ao estupro e cultura
do estupro a partir da interação entre as mídias
comerciais e não comerciais, movimentos
sociais e pronunciamentos de figuras políticas,
além da interação desses setores com o
judiciário.
à sua trajetória em seu movimento de
descoberta, encantamento e imersão nas
culturas indígenas brasileiras. Analisaremos as
narrativas proferidas por ela acerca de sua
trajetória, além de seu modo de traduzir este
“outro” que ela encontrou em suas viagens e
compartilhar através da criação do MAI. Para
tanto, refletiremos também sobre o lugar da
“arte indígena” nesta formulação enquanto
potencial pedagógico proposto pelo museu.
“Meios de teatro em Meios de rua: Teatro Oficina e produção de lugares na cidade de São
Paulo”

Bruno Campelo Pereira

Universidade Estadual de Campinas - Ciências Sociais

brunocampelop@gmail.com

A pesquisa volta-se aos processos de disputas por investimentos públicos, ora

modificação e remodelação de áreas urbanas
envolvendo embates políticos entre interesses
privados e especulativos e os de seus
tradicionais moradores e frequentadores.
Pretende-se assim focar, em um sentido
amplo: as tensões envolvendo bairros centrais,
históricos e/ou com potencial turístico da
cidade de São Paulo, no que diz respeito a
comprometidos com demandas sociais locais,
ora com os interesses da especulação
imobiliária. Em um sentido específico: as
noções de espaço, cidade, bairro acionadas
pelos diferentes atores sociais envolvidos
(direta ou indiretamente) nas atuais disputas
políticas pelo entorno do Teatro Oficina e no
processo de modificação desta área localizada
no bairro do Bexiga, em São Paulo.

Palavras-Chave: Cidade, Espaço, Teatro

“A imagética da governança na Casa do Índio-RJ: tutela e religiosidade”

1.Bruno da Silva Rangel Francisco

Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) ​- Ciências Sociais

brunosrfrancisco@gmail.com

Orientador: Marcus Albuquerque

2.Nadine Machado Tutunji

Universidade do Estado do Rio de Janeiro ​- Ciências Sociais

nadinetvu@gmail.com

Orientador: Marcus Albuquerque

A partir do trabalho de campo e de uma certos aparelhos de estado, buscamos

bibliografia antropológica voltada a debater a entender a história e as formas de poder
governança das populações indígenas por legítimo na Casa do Índio-RJ. Com uso de
fotografias autorais e de documentos cedidos dimensões: 1) a administrativa, em suas rotinas
pela gestão da instituição, privilegiamos e práticas; 2) a imagética, a partir dos objetos e
entender a dominação lá presente por duas coisas como fotografias, quadros, informativos
e afins.

Palavras-Chave indígenas; política indigenista; tutela; administração; religiosidade

“Segredos, negociações e cosmoerotismo em uma cidade amzônica“

Bruno Rodrigo Carvalho Domingues

Universidade federal do Pará - Ciências Sociais

brunodomingues121@gmail.com

Orientador: Prof. Dr. Flávio Bezerra Barros e Prof. Dr. Fabiano de Souza Gontijo

Agência de Fomento: CNPq

Neste trabalho busco analisar as etapas de as pesquisas, não consta na bibliografia

campo a partir da perspectiva do “segredo” em
uma cidade interiorana do Pará, cujos
moradores utilizam de “patuás” (ou feitiços)
com finalidades eróticas. Parto do princípio que
estes segredos montam um código de conduta
sobre estes usos, mas que ainda assim, nos
permite compreender um “interior” outro que
não o comumente associado ao
conservadorismo e atraso. Até onde realizamos
relevantes considerações acerca dos usos
destes, apenas pontuações. Logo, a pesquisa
visa desvelar as tramas destes usos, que
conceituo enquanto usos cosmoeróticos na
Amazônia. Será detalhado aqui o processo de
pesquisa de campo realizada para o meu
trabalho de conclusão de curso de Ciências
Sociais (em andamento) e as negociações
feitas com os interlocutores.

Palavras-Chave: Sociobiodiversidade; Sexualidade; Antropologia das emoções.

“A disputa por categorias no processo de Roger Abdelmassih”

Clara de Oliveira Coêlho

Universidade de São Paulo - Ciências Sociais

clara.colho@usp.br

Orientador: Profa.Dra. Heloísa Buarque de Almeida

Agência de Fomento: PIBIC
Este projeto visa entender e documentar a
construção e utilização das categorias de
violência sexual no transcorrer do processo do
Dr. Roger Abdelmassih, categorias que se
transfiguram e são utilizadas de diferentes
maneiras pelos atores envolvidos no processo
ao longo dos autos. O médico foi formalmente
acusado em 2009 e condenado em 2010 por
cometer violência sexual 56 vezes contra 39
Palavras-Chave: gênero, violência, sexualidade
“Controlando o Estado: uma etnografia da fiscalização dos Jogos Olímpicos de 2016 pelo
Tribunal de Contas da União”
Clara Possebom Pinto - Apresentação no GT 4
Universidade Federal do Paraná - Ciências Sociais
clarapossebom@gmail.com
Orientadora: Ciméa Barbato Bevilaqua
Agência de Fomento: CNPQ
5 de agosto de 2016. Começa a cerimônia de
abertura das Olimpíadas do Rio. Cada
delegação esportiva recebeu uma semente a
ser depositada dentro de “totens” por seus
atletas, enquanto um vídeo da “Floresta dos
Atletas” era transmitido. Quase um ano se
passa, 2 de agosto de 2017, mais uma sessão
do Tribunal de Contas da União (TCU)
referente a descumprimentos do Plano de
Legado da Rio 2016, como a não efetivação da
Floresta dos Atletas. Dentro do tema do Estado
Palavras-Chave Tribunal de Contas da União, Jogos Olímpicos Rio 2016, Plano de Legado.
pacientes. As categorias utilizadas entram em
disputa nos autos, tendo em vista que assédio
é utilizado pelas ofendidas para descrever os
abusos a que sofreram, ao passo que tais atos
foram classificados judicialmente como atos
libidinosos, atentado violento ao pudor ou
estupro. O médico nega qualquer acusação
sobre as agressões por ele perpetradas,
dizendo ser um galanteador que fora mal
interpretado.
e seus órgãos de fiscalização, esta etnografia
do portal do TCU na internet e páginas oficiais
dos Jogos, analisa as conclusões que o TCU
assumiu durante o monitoramento das
condições de efetivação do Plano de Legado.
O trabalho reflete sobre uma mudança de foco
no entendimento do TCU acerca do Legado
dos Jogos, que diante da falha deste fluiu do
desenvolvimento social para a produção de
uma imagem positiva do país.
“Tornando-se negro: os efeitos do contraste racial no processo de construção da identidade
negra”
Daniara Thomaz Fernandes Martins - Apresentação no GT
Universidade Estadual de Maringá - Ciências Sociais
daniaratfm@gmail.com
Orientadora: Profa. Dra. Marivânia Conceição Araújo
O objetivo deste projeto etnográfico é
apreender os significados sociais que
possibilitam a construção da identidade negra,
tendo como referência as influências exercidas
pelas relações de dominação entre o indivíduo
branco e negro na formação e representação
da identidade social da população negra dentro
do contexto brasileiro, segundo a perspectiva
Palavras-Chave Identidade negra, Etnografia, Racismo.
“Partiu balada: perspectivas antropológicas da balada sertaneja universitária“
Deiler Raphael Souza de Lima
Pontifícia Universidade Católica do Paraná - Ciências Sociais
deilersouza91@hotmail.com
Orientador Prof. Ms. Leonardo Carbonieri Campoy
Este trabalho apresenta uma etnografia
realizada na casa noturna Wood´s, localizada
na cidade de Curitiba-PR. Comumente
denominada de “balada” o espaço é destinado
ao segmento musical sertanejo universitário. A
pesquisa desenvolveu-se a partir de um estudo
que fomenta a compreensão das questões
motivacionais das (os) frequentadoras (es) que
as (os) levam a visitá-la periodicamente.
Sobretudo, no que diz respeito a utilização de
do próprio negro. Para tanto, focalizo minha
análise nos meios como o sujeito negro
constitui sua auto-imagem tendo como
referência sua contraposição ao sujeito branco,
e a partir disto, busco compreender os
impactos do contraste racial existente nas
relações heterocromáticas enquanto elemento
atuante no processo de formação da identidade
racial dos indivíduos negros.
uma perspectiva antropológica, buscou-se
identificar se essas motivações desenvolvem
no decorrer da estadia desse público no local
ações coordenadas análogas estimuladas por
meio dos elementos constitutivos e/ou
estruturantes como as bebidas e a música,
permeando um processo ritual. E se a
realização dessas ações se entrepõe nos
consumidores dos diversos espaços desse
local, como área Vip/camarote e pista.
“Pessoas e objetos: agência e consumo de segunda mão na cidade do Rio de Janeiro”
Douglas de Souza Evangelista
Universidade do Estado do Rio de Janeiro - Ciências Sociais
douglasevangelista@gmail.com
Orientadora: Profa. Dra. Roberta Sampaio Guimarães
Nos centros das grandes metrópoles,
mercados de segunda mão proliferam e são o
cenário em que complexas dinâmicas de troca,
de circulação, de construção de valores, de
significados e formas de sociabilidade se
desenvolvem e se sustentam pelas relações
sociais entre pessoas e objetos. O objetivo
desta comunicação é discutir essas relações a
partir da experiência do comércio informal
Palavras-Chave cidade, cultura material, subjetividade
“O Axé do som e o som do Axé: multiplicidades sonoras em um terreiro de Candomblé da
nação Ketu”
Érico de Souza Brito
Universidade Federal de São Paulo - Ciências Sociais
ericosbrito@gmail.com
Orientador: Prof. Dr. Uirá Felippe Garcia
Esta pesquisa pretende apresentar os diversos
aspectos da dimensão acústica dentro de um
candomblé de nação ketu e suas múltiplas
formas dentro dele. A relevância do tema se dá
pelo fato de que, sendo o candomblé uma
religião tão complexa e com tantos temas a
serem estudados e discutidos, pouca foi a
atenção dada a uma questão fundamental
dentro dele: a relação entre o que chamaremos
aqui de “som” – a saber, as diversas emissões
realizado na feira "shopping-chão" em São
Cristóvão, bairro situado na região central da
cidade do Rio de Janeiro. Partindo dos estudos
recentes da cultura material contemporânea,
que tomam o consumo como discurso
simbólico, busco analisar os vários sentidos
atribuídos por esses atores às suas práticas,
suas relações com os objetos e a cidade, e o
efeito desses processos sobre suas
subjetividades.
sonoras que compõem uma paisagem acústica
dos terreiros – e as cerimônias. E é em torno
do som, sua multiplicidade e sua importância
nos rituais públicos e privados que se dará a
discussão neste projeto. Para tanto, foi
realizada uma pesquisa de campo para a
montagem de uma pequena etnografia sobre
um terreiro localizado na cidade de Seropédica
– RJ, e somada a ela um estudo comparado de
bibliografias sobre teoria antropológica e
etnografias sobre candomblé.
Palavras-Chave: Candomblé, antropologia sonora, etnomusicologia

“As transformações do fazer etnográfico no mundo digital: uma discussão a partir de narrativas
midiáticas sobre violência sexual”

Felipe Paes Piva

Universidade de São Paulo - Ciências Sociais

lipepiva@gmail.com

Orientadora: Dr. Carolina Parreiras Silva

Agência de Fomento: CNPQ

Este paper tem como base a pesquisa de
iniciação científica, que venho desenvolvendo.
Nele, proponho entender como os atuais
processos de disputa política, em torno da
significação de categoriais de violência sexual
e de gênero, têm sido apropriados e
representados pela mídia hegemônica
brasileira. Para isso, é analisada a construção
da narrativa midiática dos casos de agressão
sexual nas faculdades paulistas, que foram
alvo de uma CPI, na Alesp, em 2014. A
repercussão midiática desses casos promoveu
a nomeação pública de certas práticas como
estupro, abuso e violência sexuais, práticas
que, até pouco tempo atrás, não eram
necessariamente significadas desta forma.
Busco discutir não apenas os resultados
obtidos até o momento, mas também
estratégias possíveis para utilização do digital
como campo de pesquisa e como artefato
técnico que se configura como uma base de
dados.

Palavras-Chave mídia, violência sexual, direitos sexuais

“ABC do Açude: Percepção, Imaginário e Memória no sertão”

Felipe Silva Figueiredo

Universidade Federal de São Paulo - Ciências Sociais

felipe.figueiredo1230@gmail.com

Orientadora: Prof. Dr. Andréa Cláudia Marques Miguel Barbosa

Agência de Fomento: FAPESP

Na década de 1930 o nordeste brasileiro foi
assolado por uma grande seca. O governo
federal iniciou então, uma empreitada para a
construção de imensos reservatórios artificiais
de água denominados açudes. Durante a
construção de um desses açudes no município
de Macaúbas, na Bahia, certo tipo de poesia
oral em forma de “ABC” foi criada e era
declamada pelos trabalhadores da obra. Tal
produção conta a trajetória dos operários na
Palavras-Chave semiárido, representações, barragem
“Crucifixos de Luta. Materialização da disputa por direitos sexuais e reprodutivos entre
coletivos religiosos”
Giovanna Paccillo dos Santos
Universidade Estadual de Campinas - Ciências Sociais
paccillo98@gmail.com
Orientador: Prof.Dr.Rodrigo Ferreira Toniol
Agência de Fomento: SAE/UNICAMP
Esse trabalho busca analisar as relações entre
três crucifixos: um deles, encontra-se na sede
da ONG Católicas pelo Direito de Decidir em
São Paulo; outro, foi colocado em 2006 em
frente a Catedral de Copenhague; o terceiro
percorreu a Nicarágua em 2007. O que os
torna associáveis é o fato de que em todos eles
os crucificados são mulheres grávidas. Com
isso, na primeira situação a imagem é
mobilizada como ícone do sofrimento da
mulher periférica, tema reinante na luta da
Palavras-Chave Crucifixo, Direitos Sexuais, Feminismos
construção da barragem e faz algumas
denuncias acerca da exploração a qual eram
submetidos os trabalhadores, por isso, diz-se
que quem era pego a recitando acabava preso
por desobediência. A presença da barragem
modifica não só a constituição física do
ambiente rural e urbano, mas também das
representações simbólicas dos agentes do
município, como por exemplo a mudança de
nome do povoado de Saco-Grande para
Açude, e a criação da Rua do Escritório.
ONG pela descriminalização do aborto no
Brasil. A segunda imagem fazia parte de uma
campanha de conscientização pelo direito à
contracepção e à educação sexual na Europa.
Por fim, a terceira, apareceu como um símbolo
de luta pelo direito das mulheres
nicaraguenses ao aborto terapêutico. Seguindo
esses objetos, pretendo discutir questões
relacionadas a direitos sexuais e
contraceptivos, feminismos, e a noção de
iconoclash
“Etnografia de um grupo musical: comportamentos, regras e escolhas de uma Orquestra
Universitária”

Gregor Castro Erbiste

Universidade Federal de Alfenas - Ciências Sociais

gregorccastro@gmail.com

Orientador: Prof. Dr. Leonardo Turchi Pacheco

Agência de Fomento: FAPEMIG

Este trabalho tem por objetivo compreender a
relação entre vivência e os fazeres musicais
dos integrantes do Projeto de Extensão
Orquestra Popular da UNIFAL-MG. A
metodologia utilizada foi a etnografia e através
do trabalho de campo enquanto membro ativo
do grupo e entrevistas com integrantes do
Projeto, buscou-se compreender a maneira
como um grupo pode se organizar, criar
padrões de comportamento e regras, além de
compreender os motivos que levaram à
escolha – seja ela pessoal ou no intuito de
viabilizar o Projeto – do estilo musical
desenvolvido na Orquestra, o “sertanejo-raiz”.
As análises efetuadas são importantes no
sentido de conhecer, compreender e explicar a
música enquanto objeto de significação e
representação de um grupo social. Os
resultados obtidos possibilitaram descrever o
perfil dos integrantes, bem como a relação
hierárquica presente no grupo, seja
institucional ou não.

Palavras-Chave Música, Vivência, Comportamento

“A Igreja Universal e seus círculos” Uma análise estrutural da Igreja Universal do Reino de
Deus no Brasil e Portugal”

Gustavo Aires Tiago

Universidade de São Paulo - Ciências Sociais

gustavo.tiago@usp.br

Orientadora: Profª. Drª. Paula Montero

Agência de Fomento: FAPESP

A pesquisa procura compreender a Deus (IURD) na ocupação dos espaços

territorialização e as formas de organização urbanos, com olhar direcionado para as regiões
adotadas pela Igreja Universal do Reino de metropolitanas do Porto, Lisboa e
principalmente a cidade de São Paulo, de
acordo com suas especificidades. Através da
análise socioespacial da localização dos
templos na malha urbana de cada região, o
perfil dos fieis que frequentam o local e as
estratégias de visibilidade adotadas pela igreja
em cada um dos casos, sistematizamos as
informações que nos interessam na análise da
ocupação e da disputa do espaço público pelas
religiões.

Palavras-Chave: Igreja Universal, Espaço urbano, Espaço Público

“Experiências nos espaços urbanas submersos: cena underground de festas eletrônicas”

Gustavo Fiorini Marques

Universidade Federal de Pelotas - Antropologia

gustavo.fiorini_@outlook.com

Aprofundar o pensamento a respeito da cidade transformando temporariamente lugares,

como uma particularidade da vida humana
contemporânea significa observar e traçar os
processos que envolvem as dinâmicas sociais,
espaciais, mentais, enfim. Trata-se, aqui, de
trazer algumas reflexões sobre coletivos de
música eletrônica que produzem festas
suspendendo sua lógica, através da
elaboração de outras variações para se viver
espaços citadinos submersos. São lugares
dinamizados em uma atmosfera underground
através da música Techno e grande
aglomeração de pessoas socializando e
ocupando politicamente.

Palavras chaves: Antropologia Urbana, Techno, Antropologia do Espaço.

“Na margem da linha: conflitos urbanos em uma favela de Campos dos Goytacazes”

Isabel Clara Ferreira Moreira da Silva

Universidade Federal Fluminense - Ciências Sociais

isabel.clara.moreira@hotmail.com

Orientador: Carlos Abraão Mouro Valpassos

Agência de Fomento: FAPERJ

A pesquisa "Na margem da linha: conflitos
urbanos em uma favela de Campos dos
Goytacazes" acompanha os desdobramentos
do programa municipal de habitação "Morar
Feliz", que tem por objetivo a construção de
casas populares para famílias em situação de
risco. Situada na margem de uma antiga linha
férrea, a Favela da Linha é considerada “área
de risco” pelo programa. Ao longo do processo
de remoção dos moradores, ocorreram
Palavras-Chave: CONFLITOS, DRAMAS SOCIAIS, HABITAÇÃO.
“‘De médico a monstro’: a mudança da narrativa midiática no caso de Roger Abdelmassih”
Laís Ambiel Marachini
Universidade de São Paulo - Ciências Sociais
lais.marachini@gmail.com
Orientador: Prof. Dr. Heloisa Buarque de Almeida
Agência de Fomento: CNPQ
O projeto de Iniciação Científica pretende
entender a abordagem midiática sobre o caso
de Roger Abdelmassih acusado de estuprar e
assediar suas pacientes. A pesquisa analisa
como o caso foi retratado; como a imagem até
então de uma celebridade se alterou com as
denúncias; como foi descrito o tipo de crime de
qual ele era acusado; e se estas imagens
mudam ao longo do período. A ideia é que o
retrato do personagem está sujeito às
Palavras-Chave: mídia, gênero, violência sexual
inúmeras manifestações, entre os que desejam
ser transferidos e aqueles que lutam para
permanecer, já que a mudança para o conjunto
habitacional traz problemas diversos: o conflito
entre facções rivais e o afastamento do centro
urbano – onde estão os locais de trabalho e
escolas. Acompanho as narrativas de
resistência e adaptação dos moradores através
da perspectiva dos “dramas sociais”, partindo
da observação empírica e da realização de
entrevistas
alterações, assim como as categorias
construídas na sociedade, como estupro e
violência sexual. Apesar disso, representações
hegemônicas sobre gênero, sexualidade,
família, casamento, reprodução e maternidade
são produzidos e reproduzidos como valores
culturais na mídia hegemônica. Dessa forma,
questiono a maneira como a mídia hegemônica
opera em um lugar social determinado
relacionado com o contexto social e cultural de
seus produtores.
“Praça Viva: etnografia transmutada em ação”
Letícia Braga Aniceto
Universidade de São Paulo - Ciências Biológicas
leticia.aniceto@usp.br
Orientador Prof.ª Ana Lúcia Pastore Schritzmeyer
A qualidade de vida urbana está diretamente
atrelada a vários fatores econômicos, sociais e
ambientais. Considerando que as áreas verdes
públicas são imprescindíveis para o bem-estar
da população, por influenciarem diretamente
em sua saúde física e mental, a preservação
de praças urbanas ganha destaque. No
entanto, tais espaços são preteridos devido ao
descaso governamental e decorrente
abandono, dificilmente atraindo moradores do
Palavras-Chave: praça urbana, percepção, topofilia
“PassAarão: Um percurso afetivo-político pelo Baixo Centro de Belo Horizonte”
Lorena Braga Alves
Universidade Federal de Minas Gerais - Antropologia
lorenabragaalves@gmail.com
Este trabalho consiste em uma análise do
último espetáculo do Grupo Espanca!,
“PassAarão”. Ele repensa a Rua Aarão Reis
onde, há mais de 7 anos, se encontra a sede
da companhia. Localizada no baixo centro de
Belo Horizonte ela é vista por muitos como
uma das regiões mais degradadas e perigosas,
chamando atenção pelo entrelaçamento da
vida cultural e política, que é experienciada
através do Carnaval e de movimentos como a
entorno. Isso ocorre na Praça Nossa Senhora
dos Prazeres, em São Paulo, que esquecida
pela subprefeitura, agora é lembrada por casos
de vandalismo e roubos. O presente trabalho
visou identificar as percepções ambientais dos
frequentadores da praça em questão a fim de
mapear as causas do abandono por parte da
sociedade, além de tentar resgatar uma das
funções de áreas verdes urbanas, a de
reconectar o ser humano à natureza.
Praia da Estação e o Duelo de Mc’s. Focado
nesta área, “PassAarão” procura dialogar com
a rua a partir de interesses
políticos-existenciais dos próprios atores,
abordando temas como racismo, homofobia,
misoginia, transfobia, dentre outros. É partindo
deste cenário que pretendo pensar como as
diferentes afecções desse coletivo e sua ação
na rua dialogam com o baixo centro desta
cidade e como elas são e estão refletidas nos
diversos grupos que a circulam.
Palavras-Chave: Teatro de Rua, Antropologia Urbana, Artivismo

“Entre patrimônio e cidade: conflitos e mediações na produção do Canteiro Aberto Vila Itororó”

Lucas Pinheiro Gariani

Universidade de São Paulo - Ciências Sociais

lucas.gariani@usp.br

Orientador: Prof. Dr. Heitor Frúgoli Jr.

O Canteiro Aberto Vila Itororó é um centro urbanos. Buscamos circunscrever a produção

cultural localizado na região central de São
Paulo. É um conjunto de edificações de uso
habitacional do início do século XX que foram
reconhecidas como patrimônio cultural e
destinadas para uso cultural nos anos 2000. O
objetivo desta pesquisa foi realizar uma
etnografia interessada nos processos de
mobilização da noção de patrimônio cultural
para a construção de espaços públicos
de diferentes formas de sociabilidades e situar
as práticas e os discursos dos diversos
agentes locais. Pudemos verificar um modelo
inédito relativo à politica cultural do patrimônio
urbano, em que se destaca a interlocução entre
gestores-programadores e usuários-citadinos,
onde a ideia de “publico” da cultura da espaço
à noção de “produtores” culturais, na qual os
fruidores do centro cultural são também
aqueles que o produzem

Palavras-Chave: Antropologia do patrimônio; consumo cultural; Vila Itororó

“Uma cura rápida, completa, duradoura e inexplicável: a expertise médica no milagre”

Lucas Toledo Martins Baccetto

Universidade Estadual de Campinas - Ciências Sociais

lucas.baccetto@gmail.com

Orientador: Dr. Rodrigo Toniol

Agência de Fomento: SAE/UNICAMP

O objetivo principal deste trabalho é elaborar beatificação e canonização de candidatos à

uma análise da participação de médicos, na santidade na Igreja Católica. Com base em
condição de peritos, na etapa de investigação testemunhos e resultados de exames
de possíveis milagres nos processos de produzidos por instrumentos científicos, os
médicos são convidados para elaborarem
pareceres a respeito de quatro dimensões que
atestam uma cura milagrosa: sua rapidez,
eficácia, longevidade e inexplicabilidade
científica. A conclusão desses pareceres
resulta no documento intitulado Positio Super
Miraculo, peça definitiva em processos de
Palavras-Chave: milagre, materialidade, expertise
“‘Eles matam mais por raiva’: notas sobre homicídios cruéis de meninas e mulheres em
Fortaleza”
Lucilda Cavalcante Lourenço
Universidade Federal do Ceará - Ciências Sociais
cavalcante.lucy18@gmail.com
Orientador: Prof. Dr. Luiz Fábio Silva Paiva
Agência de Fomento: PIBIC UFC
Esta pesquisa em andamento pretende
analisar como se configuram, desde a suposta
motivação até a forma como se operam, os
homicídios de mulheres pelos grupos
faccionados em Fortaleza a partir da
instauração destas organizações criminosas,
vindas de outros estados, na cidade. Um dos
casos mais alarmantes foi o da Chacina da
Cajazeiras, fato com repercussão internacional
que levou à morte 14 pessoas, dentre elas 8
Palavras-Chave: assassinato de mulheres, crueldade, facções
beatificação e canonização. O objeto de
interesse deste trabalho é a Positio de Madre
Paulina. A partir dele, proponho avançar em
questões referentes à materialidade das
provas, à utilização de instrumentos científicos
e à noção de expertise médica na
modernidade.
eram mulheres e 2 adolescentes, apontando
para uma nova forma de fazer o crime em
Fortaleza, tendo como marca principal a
crueldade. Utilizando-se da teoria já
consolidada sobre a crueldade (BARREIRA,
2015) tento articular como ocorrem e quais as
motivações das mortes violentas de meninas e
mulheres pelos grupos faccionados, apontando
para os novos desafios de pesquisar a ação de
organizações criminosas em Fortaleza.
“HOMENS INTELIGENTES: O corpo masculino em projeto da Igreja Universal do Reino de
Deus”

Marcos Phelipe José de Oliveira

Universidade de São Paulo - Ciências Sociais

marckph@gmail.com

Orientadora: Prof.ª Dr.ª Silvana de Souza Nascimento

Agência de Fomento: CNPq

A pesquisa, inicialmente para Iniciação Universal do Reino de Deus, dentro do recente

Científica, objetivou observar empiricamente a paradigma da corporeidade. Para tanto,
pedagogia inerente à construção das noções baseou-se nos esforços metodológicos de
de corpo masculino e masculinidade no projeto Almeida, Bourdieu, Butler, Wacquant e
IntelliMen (Homens Inteligentes) da Igreja Jacqueline Moraes Teixeira.

Palavras-Chave: Corpo, Masculinidade, Igreja Universal do Reino de Deus

“Um corpo que apanha junto: vínculos de “família” como proteção, cuidado, afeto e
pertencimento no fluxo da Cracolândia”

Marina Gouvêa Rabello

Universidade de São Paulo - Ciências Sociais

rabello.marina@gmail.com

Orientadora: Prof.ª Dr.ª Ana Lúcia Pastore Schritzmeyer

Pretende-se apresentar o processo de senso comum como uma “terra de zumbis”,

realização e os resultados parciais de uma
etnografia dos vínculos constituídos entre os
frequentadores do fluxo da chamada
“Cracolândia”, em São Paulo. A pesquisa foi
realizada no segundo semestre de 2017,
contexto marcada por violentas operações
policiais que visavam “acabar com a
Cracolândia”, e teve como objetivo dar
visibilidade etnográfica as formas de
sociabilidade vividas neste território visto pelo
contribuindo para a defesa de políticas públicas
que não reduzam os problemas sociais que
levam à permanência dos usuários na
Cracolândia à dependência bioquímica da
droga. Por meio da observação participante,
foram identificados vínculos de “família”
constituídos entre os usuários, os quais, além
de representarem relações de afeto e carinho,
possuem um forte sentido de proteção e
cuidado mútuo.

Palavras-Chave: Antropologia urbana, Cracolândia, Drogas - Aspectos sociais

“BRASILÂNDIA: OUTRAS FORMAS DE GESTÃO DA VIOLÊNCIA​“

Mayara Amaral dos Santos

Fundação Escola de Sociologia e Política - Sociologia e Política

may.amaral22@gmail.com

Orientadora: Profª Drª Sonia Nussenzweig Hotimsky

Ao longo dos últimos dez anos a violência
acirra-se nas periferias de São Paulo, a Praça
7 Jovens – A Praça da Paz é fruto de uma
chacina no Jardim Elisa Maria no período de
2007. Este trabalho tem por foco os jovens
promotores culturais da periferia no Jardim
Elisa Maria, no distrito da Brasilândia em São
Paulo. Procura-se descrever e analisar o modo
como esses jovens lidam com os diversos
dispositivos de poder presentes no local para
realizar atividades culturais no bairro e ocupar
o espaço público. Foi realizado um estudo de
caso na Brasilândia, a partir de uma etnografia,
e entrevistas com jovens promotores culturais e
moradores mais antigos do bairro. Busco
entender o processo de inserção de jovens na
política cultural local e como este processo
promove uma formação em política e, em
alguns casos, contribui para o desenvolvimento
de carreiras políticas em nível local.

Palavras-Chave: violência, periferia, juventude, cultura, política

“A praça em vida: sociabilidade e sobrevivência dos Filhos e Filhas do Ferreira em Fortaleza,

Ceára”

Messias Douglas Coelho Pessoa

Universidade da Integração da Lusofonia Afro-Brasileira - Antropologia

m.douglas.10@hotmail.com

Este trabalho é um exercício etnográfico feito com os moradores de rua do Ceará, no centro de
Fortaleza, o artigo segue uma discussão sobre cidades, políticas públicas para moradores de rua, e a
partir do estudo compreender as relações sociais e estratégias singulares de sobrevivência e
resistência de tais ocupantes fixos que fazem vários destes resistirem a décadas na Praça do Ferreira,
estes naturalizam o seu espaço e seu vínculo na praça onde se auto denominam filhos da praça.

Palavras-Chave: Fortaleza, Moradores de Rua, Antropologia Urbana

“Controle social e as redes sociais: uma etnografia da atuação da Controladoria-Geral da União

no Youtube “
Pedro Henrique Nogueira Giordano

Universidade Federal do Paraná - Ciências Sociais

pedrohngiordano@gmail.com

Orientadora: Prof. Dra. Ciméa Barbato Bevilaqua

Agência de Fomento: CNPq

Este trabalho é uma etnografia de práticas do algumas de suas implicações. Observando-se

Ministério da Transparência, Fiscalização e
Controladoria-Geral da União voltadas à
promoção do “controle social” da administração
pública. Valendo-se da análise de vídeos
disponibilizados pelo ministério na plataforma
YouTube, objetiva-se compreender a própria
noção de “controle social” que o órgão tenta
promover por meio de sua atividade no site e
os vídeos, é apontada a Lei do Acesso à
Informação como um “eixo” gerador dos
conteúdos que a CGU produz com os vídeos. A
temática lança um interesse para desvendar os
conceitos que cinco vídeos exprimem sobre as
noções de “sociedade”, “cidadão”, “controle
social” e “corrupção” mobilizadas pela CGU,
podendo-se pensar em um cidadão-modelo
gerado à luz desses conceitos.

Palavras-Chave:Controle Social, Controladoria-Geral da União, Lei do Acesso à Informação

“Gênero e Zoeira: reflexões a partir de observações etnográficas e intervenções com jovens de

uma escola pública do Guarujá/SP”

Priscilla Karaver Gonçalves de Sá

Universidade Federal de São Paulo - Psicologia

prikaraver@gmail.com

Orientadora: Profa. Dra. Cristiane Gonçalves da Silva

Agência de Fomento: FAPESP

A pesquisa de iniciação científica foi realizada relações de gênero que hierarquizam os

em escola pública do Guarujá/SP utilizando
como metodologia etnografia e pesquisa-ação.
A escola é um território privilegiado de
socialização de jovens pelas pedagogias
culturais que operam, na constituição das
sujeitos e organiza-se a partir dos corpos
masculinos/femininos e de seus significados. A
zoeira costuma ser protagonizada pelos
meninos e quando meninas zoam, causam
surpresa por subverterem expectativas de
gênero. As oficinas realizadas investiram na
sensibilização dos/as jovens para questões que
aparecem como conflitos, buscando a
desnaturalização do feminino/masculino,
utilizando linguagem do universo juvenil
(memes, músicas) desencadeando discussões
que ajudaram as/os jovens a questionaram
sobre o que se espera deles/as a partir da
condição de meninos e meninas.

Palavras-Chave: Escola, Gênero, Zoeira

“Mercado das Pulgas São Paulo e a nova dinâmica cultural e espacial do centro”

1. Sâmia Graziela Pereira de Souza

Universidade de São Paulo - Ciências Sociais

saam.pereira@gmail.com

2. Matheus Spinzan

Universidade de São Paulo - Ciências Sociais

matheuspinzan@hotmail.com

3. Letícia Binda Alves Ribeiro

Universidade de São Paulo - Ciências Sociais

binda.leticia@gmail.com

Orientador: Prof. Dr. José Guilherme Cantor Magnani

Agência de Fomento: CNPQ

Realizada entre os meses de dezembro de seu encaixe dentro de um contexto maior de

2015 e julho de 2016, a pesquisa tem como
objeto o Mercado das Pulgas São Paulo, feira
livre mensal que surgiu espontaneamente no
Minhocão e posteriormente migrou para o Vale
do Anhangabaú. Procura-se aqui demonstrar
que o evento se tratava de um “pedaço”, e de
maneira mais ampla, procura-se compreender
ocupação e apropriação de espaços por meio
de atividades culturais, levando em
consideração o perfil dos expositores e
frequentadores da feira livre, bem como a
requalificação do centro de São Paulo. Ao
longo de nove edições do evento, buscamos
descrever o processo de consolidação do
Mercado das Pulgas, sua dinâmica antes e depois da mudança de local e os padrões de
uso do espaço que permeiam esse evento.

Palavras-Chave: feira livre, espaço público, pedaço

“Uma observação acerca dos novos comportamentos perante às redes sociais em Alfenas-MG”

Samira Cristina Silva Pereira

Universidade Federal de Alfenas - Ciências Sociais

samiracsp@outlook.com

Esta pesquisa tem como objetivo analisar os observando os alunos, funcionários e a

novos comportamentos perante as mídias
sociais. Pretende-se, observar a relação entre
vivências e as mídias sociais, e, adensar na
compreensão das mídias sociais enquanto
objeto de significado. De cunho metodológico
qualitativo, utilizou-se aqui a técnica da
observação e a revisão bibliográfica. O campo
onde tal observação foi desenvolvido se refere
aos limites da Universidade Federal de Alfenas,
população da cidade de Alfenas que adentra os
portões da Universidade. Os resultados
parciais apontaram que a nossa sociedade tem
obtido transformações de hábitos e costumes
devido o surgimento de novas mídias sociais,
essa carrega um conjunto de significados.
Conclui-se, que análises sobre esses
comportamentos fazem-se necessárias, a fim
de compreender esses novos comportamentos.

Palavras-Chave Redes Sociais, Observação, Comportamento.

“Fujoshis e Fudanshis do Brasil: subjetividades a partir da leitura do mangá Yaoi”

Sasha Cruz Alves Pereira

Universidade de São Paulo - Ciências Sociais

sasha.pereira@usp.br

Orientador: Júlio Assis Simões

Agência de Fomento: CNPQ

Fujoshi e Fudanshi Estes termos referem-se a O mercado de mangás e animes é

fãs de anime e mangá yaoi e, portanto, faz-se extremamente amplo e atinge todas as faixas
necessária uma explanação destes conceitos. etárias e sexos. Mas podemos dividi-lo em dois
grandes nichos: os mangás shonen e os
shoujo. O shonen é a história voltada para o
público masculino jovem, enquanto o shoujo é
voltado para o público feminino jovem. O yaoi
insere-se como um subgênero do shoujo,
centrando a ação principal de sua trama no
relacionamento afetivo-amoroso entre dois
homens. Essas garotas, fãs de yaoi, são
denominadas Fujoshi, um termo que dá a ideia
de “garota podre”. Fudanshi é o correlato para
homem.

Palavras-Chave: Mangá yaoi, Fujoshi, subjetividades

“Transexualidade e saúde pública: estratégias e dilemas na luta contra a patologização“

Tainá Scartezini Orssatto

Universidade de São Paulo - Ciências Sociais

taiscartezini@gmail.com

Orientador: Professor Dr. Marcelo Tavares Natividade

Agência de Fomento: FFLCH/USP

O presente trabalho busca desenvolver
algumas reflexões sobre a reivindicação feita
por uma parte do movimento trans, em especial
homens trans, para que a transexualidade seja
equiparada à gravidez no que tange seu
tratamento pelo sistema de saúde. A partir dos
resultados do trabalho de campo, busco
aproximar a discussão antropológica da
discussão feita por alguns teórico-críticos do
reconhecimento como Charles Taylor, Axel
Honneth e Judith Butler. Tais teóricos podem
ajudar a compreender as reinvindicações dos
homens trans e o descompasso entre eles e as
concepções médico-hospitalares a partir de
suas ideias sobre as esferas do
reconhecimento e os efeitos que o
reconhecimento errôneo provoca nos sujeitos.
Procuro argumentar que a demanda pela
despatologização da transexualidade é uma
estratégia política frente a um reconhecimento
errôneo.

Palavras-Chave Transexualidade e saúde pública, SUS, Estado e reconhecimento.

“Concepções em conflito: repensando saúde e doença no restaurante macrobiótico Satori“

Vinicius Alcantara Veríssimo de Mello

Universidade de São Paulo - Ciências Sociais

vinicius.mello14@hotmail.com
Orientadora: Profa. Dra. Ana Lúcia Pastore

O recorte em questão está relacionado a área humana, concepção construída dentro do

de saúde, e a proposta desse trabalho é estabelecimento, localizado no bairro da
estudar a concepção que os frequentadores do Liberdade. O objetivo da pesquisa é observar
restaurante Satori possuem sobre a saúde como as relações no estabelecimentos
orientam essa ideia de saúde.

Palavras-Chave: Promoção-da-saúde, Alimentação, Macrobiótico

“A igreja vai à “Rodô”: apontamentos etnográficos sobre uma ação caritativa na antiga
rodoviária de Campo Grande – MS”

Vladimir Eiji Kureda

Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - Ciências Sociais

eijikureda@gmail.com

Orientador: Prof. Dr. Guilherme Rodrigues Passamani

O presente trabalho analisa as relações sociais desenvolvidas entre pessoas em situação de rua,
comerciantes locais e evangélicos numa ação caritativa na antiga rodoviária de Campo Grande - MS, a
“Rodô". Para tanto, do ponto de vista metodológico, foi realizada uma pesquisa qualitativa com viés
etnográfico tendo como base a observação participante, acompanhada de conversas informais. Nesse
sentido, objetiva-se apresentar, em um primeiro momento, uma breve contextualização da “Rodô” para
situar os leitores; em seguida, destacar os principais aspectos da etnografia realizada no contexto da
ação caritativa; e, por fim, tentar compreender como a ação caritativa ajuda a compor o mosaico de
relações estabelecidas pelos diferentes grupos que “habitam” a “Rodô”.

Palavras-Chave: Ação caritativa, etnografia, “Rodô”.