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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA

DEPARTAMENTO DE SAÚDE

E.I. XI - MATERIAIS DENTÁRIOS E DENTÍSTICA PRÉ-CLÍNICO

PROFª. DRª MYRIA CONCEIÇÃO C. F. MELO DOS SANTOS

PROFª. DRª WANESSA MARIA DE FREITAS ARAS

CURSO DE ODONTOLOGIA 2018.2

ALUNA: LUANA SOUZA CARNEIRO


RESUMO DE PROPRIEDADES FÍSICAS, MECÂNICAS E BIOCOMPATIBILIDADE DOS
MATERIAIS RESTAURADORES

PROPRIEDADES FÍSICAS

As propriedades físicas são propriedades específicas de uma determinada matéria. No


caso dos materiais dentários restauradores, faz-se importante o conhecimento de tais
propriedades, pois, quando misturamos vários tipos de materiais, pode ocorrer que ao tentar
melhorar certa propriedade de um material acaba implicando em prejudicar outra, por exemplo,
o aumento da resistência ao desgaste torna o material mais frágil, diminuindo sua resistência à
tração. Segundo REIS & LOGUERCIO (2007), nenhuma substância pura é capaz de reunir
todas as propriedades que se deseja para um material restaurador, por isso sempre é
necessário que haja um processamento. Nessa etapa, é definida a composição e concentração
dos componentes de acordo com a propriedade que deve ser priorizada. A seguir, uma
classificação das propriedades:

 Mecânicas
 Acústica
 Óptica
 Matiz
 Luminosidade
 Croma
 Maturação
 Translucidez
 Termodinâmica
 Condutividade
 Difusidade
 Expansão Térmica
 Eletricidade
 Magnetismo
 Radiação
 Estrutura Atômica
 Fenômenos Nucleares
É importante que o profissional da Odontologia saiba a forma como os materiais
restauradores escoam ou deformam quando submetidos a tensões, sendo esse conhecimento
a base para o estudo da reologia. Segundo PHILIPS (2013), a reologia é o estudo das
características de deformação e escoamento da matéria seja ela sólida ou líquida durante e
após a sua manipulação. A viscosidade representa uma medida de escoamento de materiais
não cristalinos, assim como, a medida de consistência de um fluido. Quando maiores forem as
moléculas constituintes de um fluido e mais fortes forem as uniões intermoleculares, menor
será seu escoamento e, portanto, maior sua viscosidade. Na engenharia de materiais, essa
grandeza representa a razão entre a tensão de cisalhamento aplicada e a alteração na
velocidade em função da distância.

REIS & LOGUERCIO (2007) ressaltam que a viscosidade dos líquidos diminui com o
aumento da temperatura e depende da natureza da substância; com o passar do tempo, após
manipulação desses materiais para que eles adquiram propriedades relativamente elásticas,
sua viscosidade vai aumentando e assim sua capacidade de escoar pelas superfícies dos
tecidos bucais e promover uma reprodução de detalhes diminuem consideravelmente. Para
alguns materiais, a aplicação de uma força de cisalhamento reduz sua viscosidade e os torna
mais fluidos quando submetidos a aplicações repetidas de pressão e são chamados
tixotrópicos. Alguns exemplos desse tipo de material são: pastas profiláticas, gesso comum,
cimentos resinosos e alguns materiais de moldagem.

Todos os materiais de moldagem são parcialmente viscoelásticos e podem sofrer


deformação permanente quando removidos de áreas retentivas. Essa deformação permanente
depende da força requerida para remover o molde da boca e do tempo no qual essa força é
aplicada. O tamanho da força é descrita pelo módulo de elasticidade do material, pela sua
espessura e pela quantidade de áreas retentivas; portanto, quanto mais um material responder
elasticamente às forças de remoção, maior será a precisão do molde produzido. Ao retirar
esse material da boca, ele deve se deformar ao passar pelas bossas dentais e retornar a
posição original tão logo seja totalmente removido.

Existem duas propriedades importantes nos materiais viscoelásticos:

- Relaxamento das tensões: redução das tensões para materiais submetidos a


deformações constantes por forças mecânicas ou temperatura (diretamente proporcionais), ou
seja, uma alteração na forma ou contorno que pode levar a distorção. Alterações dimensionais
por relaxação podem resultar em um ajuste impreciso de dispositivos dentários.
- CREEP: deformação plástica dependente do tempo de um material sob uma carga
estática ou tensão constante. Em geral, o creep de um metal ocorre a medida que a
temperatura aumenta para valores algumas centenas de graus próximos ao seu intervalo de
fusão. Um dos materiais dentários que mais se deforma sob constantes tensões mastigatórias
é o amálgama, isso acaba exigindo um novo acabamento e polimento das margens da
restauração.
OBS: o termo creep é constantemente confundido com escoamento. Ele implica numa
pequena deformação produzida por altas tensões relativas durante um longe período, enquanto
o escoamento se refere a uma grande deformação produzida de forma mais rápida e sob
tensões aplicadas em menor magnitude.

→ Propriedades Ópticas
A odontologia busca nessa propriedade devolver ao paciente a cor e a aparência de
uma dentição natural aos tecidos danificados, utilizando materiais restauradores que
mimetizam a interação da luz com os dentes naturais. Para tal percepção das cores, a radiação
eletromagnética na região visível interage com o objeto através da reflexão, absorção,
refração ou transmissão. Esses fenômenos determinam a opacidade ou translucidez do
objeto.

PHILIPS (2013) destaca que “descrições verbais de cores não são suficientemente
precisas para descrever a aparência dos dentes” tampouco as descrições escritas. Em 1905, o
artista americano A.H. Munsell sugeriu um método de descrever as cores, classificando-as de
acordo com seu matiz, croma e valor.

- Matiz: é a cor dominante de um objeto, por exemplo, vermelho, verde ou azul. Refere-
se aos comprimentos de onda dominantes presentes na distribuição espectral.
- Valor ou luminosidade: é conhecido como a escala de cinza; no caso dos dentes, o
valor identifica a claridade ou o escuro de uma cor, que pode ser mensurado
independentemente do matiz.
- Croma ou saturação: é o grau de saturação ou intensidade de um matiz em particular.

A avaliação de cores em corpos translúcidos é significativamente mais complexa que em


corpos opacos. Matiz, croma e valor não são suficientes para descrever com precisão os
efeitos ópticos singulares de corpos translúcidos. Por essa razão, a translucidez é considerada
como a quarta dimensão da cor. Um exemplo na Odontologia é o esmalte, pois, sua variação
na translucidez e espessura determinam a intensidade com que ele e a dentina são percebidos.

A escolha da cor na prática odontológica é geralmente feita pela escala de cores


VITALUMIN Classical ou VITAPAN 3D. Porém, essa escala é insuficiente em alguns casos
como o de enviar informações para laboratórios protéticos; além disso, muitas vezes o paciente
busca mudanças na coloração dos dentes com o objetivo estético.

→ Propriedades Termofísicas

Essa propriedade é importante para a Odontologia quando materiais restauradores são


colocados em cavidades profundas, o calor transmitido para a polpa dentária deve ser limitado,
de modo a evitar choque e trauma térmico. Ou então, para as sensações que sentimos no
cotidiano com os alimentos.

- Condutividade térmica: é uma propriedade física que constitui uma medida da


transferência de calor através de um material por meio da condução. Materiais que apresentam
uma alta condutividade térmica são chamados de condutores, assim como materiais com baixa
condutividade térmica são chamados isolantes. Um alto valor relativo de condutividade térmica
de um material indica que ele não promove um isolamento térmico adequando da polpa. Por
essa razão, as vezes, é necessário associar aos materiais restauradores metálicos como o
amálgama, uma base de outro material com menor valor de condutibilidade térmica.
- Difusidade térmica: é a medida da velocidade pela qual um corpo de temperatura não-
uniforme atinge um estado de equilíbrio térmico e pode ser medida pelo quociente da
condutividade térmica pelo produto do calor específico e densidade do material. Ela tem maior
relevância em predizer o comportamento dos materiais no que se refere à proteção do
complexo dentinopulpar (a dentina e o esmalte são isolante térmicos efetivos) contra as
variações de temperatura extremas. É desejável que os materiais restauradores possuam baixa
difusidade térmica, a fim de evitar aumentos de temperatura na polpa; todavia, uma prótese
total ou parcial deve idealmente possuir alto valor de difusidade térmica para permitir que o
paciente tenha uma resposta satisfatória a estímulos quentes e frios na boca.
- Coeficiente de expansão térmica linear: é definido como a mudança em comprimento
por uma unidade do comprimento original de um material quando sua temperatura é
aumentada em 1ºC. Uma restauração pode expandir ou contrair mais que o dente durante uma
alteração na temperatura, caso o material restaurador tenha um CETL maior, uma fenda pode
se formar entre o material restaurador e o dente, ocasionando rompimento da união e a
recidiva de lesão de cárie.

PROPRIEDADES MECÂNICAS

As propriedades mecânicas são definidas pelas leis da Mecânica (ciência física que lida
com a energia e forças e seus efeitos nos corpos) e incluem propriedades como fragilidade,
resistência à compressão, ductilidade, módulo de elasticidade, resistência à flexão, tenacidade
à fratura, dureza e etc. Podem apresentar medidas como:
- deformações elásticas ou reversíveis: limite proporcional, resiliência e módulo de
elasticidade;
- deformações plásticas ou irreversíveis: percentual de alongamento;
- combinação de deformações plásticas e elásticas: tenacidade e limite de escoamento.

→ Tensão e Deformação

A tensão ocorre quando uma força atua sobre um corpo e uma reação a essa carga é
desenvolvida internamente. Essa reação tem a mesma magnitude e direção, entretanto,
sentido oposto à força externa. A resistência representa um nível médio de tensão em que um
material exibe certa quantidade de deformação plástica ou o ponto em que ocorre fratura em
vários corpos de prova de mesmo formato e tamanho, ela depende da taxa de desenvolvimento
da tensão, o formato do corpo de prova, o tamanho do corpo de prova, o acabamento da
superfície, o número de ciclos de tensão e o ambiente no qual o material é testado.

A tensão de tração é causada por uma carga que tende a esticar ou alongar um corpo e
é sempre acompanhada por uma deformação de tração. A tensão de compressão ocorre
quando um corpo é colocado sob uma carga que tende a encurtá-lo e está associada a uma
deformação compressiva. A tensão de cisalhamento tende a resistir ao deslocamento de uma
porção de um corpo sobre o outro pode ser produzida pela torção de um material; ela é a mais
improvável de acontecer porque muitos dos materiais dentários são frágeis em superfícies
dentárias restauradas e geralmente apresentam superfícies ásperas e encurvadas, a presença
de chanfros, biseis ou mudanças na curvatura de uma superfície dentária aderida e por fim,
para produzir a falha por cisalhamento é preciso que a força aplicada deve estar localizada
imediatamente adjacente à interface.
A deformação representa uma resposta à aplicação de uma força, podendo ser elástica
(reversível e desaparece quando a força é removida) ou plástica (permanente que nunca se
recupera quando a força é removida). De forma geral, espera-se que os materiais dentários
sejam capazes de resistir às tensões de tração, compressão e cisalhamento que podem
ocorrer no ambiente oral.

→ Propriedades Elásticas

PHILIPS (2013) descreve o módulo de elasticidade (módulo de Young) como a rigidez


relativa de um material e que tem um valor constante que descreve a rigidez relativa de um
material determinada a partir do gráfico tensão-deformação. Ainda salienta que o módulo de
elasticidade do esmalte é 3 vezes maior que o da dentina e, dependendo da área considerada,
pode chegar a um valor sete vezes maior. A dentina é capaz de apresentar uma deformação
plástica significativa sob cargas compressivas antes da fratura. Assim, o esmalte é mais rígido
e mais frágil (baixo módulo de resiliência) do que a dentina, e o esmalte sem suporte é mais
suscetível à fratura. Por outro lado, a dentina é mais flexível e tenaz. É importante lembrar que
a deformação elástica é totalmente reversível ou recuperada quando a força é removida ou
quando o fio se fratura. (Quanto mais baixo for a deformação para um determinado valor de
tensão, maior será o valor do módulo de elasticidade).

A flexibilidade máxima é deformação em flexão que ocorre quando o material é


tensionado ao limite proporcional. Para materiais usados na fabricação de dispositivos e
restaurações dentárias, uma valor alto para o limite elástico é necessário, pois espera-se que a
estrutura retorne à sua forma original após ter sido tensionada e a força removida.

A resiliência é a resistência de um material à deformação permanente, indicando a


quantidade de energia necessária para deformar o material até o limite de proporcionalidade.
Quando uma restauração é deformada durante a mastigação, a força mastigatória pode agir
sobre a estrutura dentária e/ou a restauração, e a magnitude da deformação da estrutura é
determinada pelas tensões induzidas. Na maior parte das restaurações, grandes deformações
são evitadas pela resposta proprioceptivas dos receptores neurais do ligamento periodontal
que faz com que a força de mordida diminua e a tensão induzida seja menor, de modo a evitar
danos aos dentes ou às restaurações.

→ Propriedades de Resistência

A resistência é o nível de tensão necessário para causar fratura ou uma quantidade


específica de deformação plástica ou uma tensão máxima para causar uma fratura. Ela pode
ser descrita pelas seguintes propriedades:
- Limite de Proporcionalidade: tensão acima da qual não existe mais proporcionalidade
entre tensão e deformação;
- Limite Elástico: tensão máxima que um material pode suportar antes de ser deformar
plasticamente;
- Limite de Escoamento ou Tensão de Prova: tensão necessária para produzir uma
quantidade de deformação plástica predeterminada.
- Resistência à fratura por tração, cisalhamento, compressão e flexão: medida de tensão
necessária para fraturar um material.
As forças e tensões mastigatórias é uma característica dinâmica, difícil de mensurar e
variável a depender da área, sendo a força de mordida dos homens estatisticamente maior.
Dentre outras propriedades temos:
• Tenacidade: quantidade de energia de deformação elástica e plástica necessária para
fraturar um material, geralmente também usado como medida de resistência à fratura. Obs: um
material tenaz é resistente, mas um material resistente não, necessariamente, tenaz.
• Tenacidade à fratura: pode ser também chamada de intensidade de tensão e é uma
propriedade mecânica que descreve a resistência de materiais frágeis à propagação
catastrófica de defeitos intrínsecos sob tensão aplicada.
• Friabilidade: incapacidade relativa do material de suportar uma deformação plástica
antes de a fratura deste material ocorrer.
• Ductibilidade: deformação plástica máxima que um material pode suportar quando é
esticado à temperatura ambiente.
• Maleabilidade: capacidade de um material suportar uma deformação permanente sem
ruptura sob compressão.
• Dureza: é baseada na capacidade de uma substância resistir ao arranhamento.

BIOCOMPATIBILIDADE

A biocompatibilidade na odontologia tem relação com sua harmonia com a vida e não
possui efeitos tóxicos ou prejudiciais às funções biológicas, ou então, a capacidade de um
material desencadear uma resposta biológica apropriada em uma dada aplicação no
organismo. Ela depende de diversos fatores:
- natureza física e química dos seus componentes;
- tipos e localizações dos tecidos do paciente que estarão expostos ao dispositivo;
- duração de exposição;
- características da superfície do material;
- quantidade e natureza das substâncias liberadas pelo material.

Isso tudo influi no processo que os materiais odontológicos não devem ser prejudicais à
polpa nem aos tecidos moles, não conter substâncias tóxicas que possam ser absorvidas pelo
sistema circulatório causando reação tóxica sistêmica, devem ser livres de agentes
sensibilizantes que possam causar reações alérgicas e não devem ter potencial carcinogênico.

O conceito de biomaterial o define como qualquer substância que não seja um


medicamento, e que possa ser suado durante qualquer período, como parte de um tratamento
estimulando a reparação de qualquer tecido, órgão ou função do organismo. Para verificar a
existência de uma biocompatibilidade no organismo, instituições como FDA criou um sistema
de classificação de dispositivos médicos a fim de eliminar qualquer produto em potencial, ou
componente de um produto, que possa causar dano ou prejuízo aos tecidos orais e
maxilofaciais.
- Classe I: baixo risco (testes primários e de genotoxidade).
- Classe II: risco moderado (testes secundários e de implantes).
- Classe III: alto risco (testes pré-clínicos empregados em polpa e dentina para
capeamento pulpar, pulpotomia e tratamento endodôntico).

Porém, ainda acontecem reações que podem prejudicar o organismo humano. Os


efeitos locais estão ligados aos acúmulos que podem ser metabolizados alterando suas
propriedades biológicas; esses efeitos ocorrem em função da capacidade dessas substâncias
serem distribuídas para esses locais, suas concentrações e tempo de exposição. Os efeitos
sistêmicos também ocorrem em função da distribuição das substâncias liberadas pelos
materiais dentários e suas rotas mais comuns incluem ingestão ou absorção; inalação de
vapor; infiltração através do ápice dentário e absorção através da mucosa oral. A migração
dessas substâncias geralmente ocorre por difusão entre os tecidos ou através da circulação
sistêmica e linfática. A resposta sistêmica final depende de quatro variáveis como a
concentração da substância, tempo de exposição, taxa de excreção e órgão de importância ou
local no qual a exposição aconteceu.

→ Reações De Inflamação Ou Alérgicas

• Dermatite de contato alérgica: é a doença ocupacional mais comum e ocorre


geralmente por contato com monômeros de adesivos e componentes acrílicos de cimentos
dentários. A manifestação ocorre entre 12 a 48 horas após o contato. O período de incubação
varia de dois dias a vários anos.
• Alergia a produtos de látex: a reação adversa mais comum é a dermatite nas mãos e
ocorre quando há contato com luvas, diques de borracha e etc.
• Estomatite de contato: é geralmente observada quando usados enxaguatórios bucais,
dentifrícios e medicações tópicas que contenham cromo, cobalto, mercúrio, eugenol,
componentes da resina, colofônio e formaldeído, porém, podem ocorrer sensibilidades a ouro
apesar de serem raríssimas.
• Mercúrio e Amálgama: há certas controvérsias do uso da amálgama e o mercúrio
presente nela. O mercúrio metálico quando ingerido é pouco absorvido pelo intestino (0,01%),
de modo que o principal meio de contaminação é a inalação com absorção de 65 a 85%. As
restaurações de amálgama convencionais são consideradas inertes ou ligeiramente irritantes a
polpa, sendo que se ocorrer é devido à pressão de condensação e não pelo mercúrio
envolvido. Dentre os sinais mais comuns temos fraqueza, cansaço, anorexia, perda de peso,
insônia, irritabilidade, tonteira, tremores nas extremidades. O metil-mercúrio geralmente
apresenta sintomatologia de parestesia das extremidades como lábios e língua, distúrbios
motores e visão em túnel. Obs: dor de cabeça não é um sintoma de intoxicação.
• Iatrogenia odontológica: criação de efeitos colaterais, problemas ou complicações
resultantes de tratamento feito por cirurgião-dentista.

→ Reações Pulpares

• Os instrumentais cortantes de B.V. apresentavam resposta pulpar, porém, os


instrumentais A.V. apresentam mínimo de resposta pulpar.
• Resina composta ativada quimicamente: graves reações pulpares, se não for precedida
de um adequado forramento.
• Resina composta fotoativada: é um preparo mais conservador com ativação de
pequenos incrementos cada vez. A polimerização completa minimiza reações pulpares, porém,
preparos profundos com resina ativada incompletamente permitem uma maior concentração de
monômero residual não polimerizado atingindo a polpa.
• Cimento de fosfato de zinco: é utilizado como base numa consistência de massa de
vidraceiro e não é altamente tóxico como a R.C.A.Q.; como cimentante (fluido) de provisório
após preparo, ele provoca lesão no tecido pulpar, além disso, em dentes jovens, com túbulos
dentinários abertos, é necessário o uso de um forramento.
• Cimento de ionômero de vidro: ele é irritante apenas se utilizado a menos de 1 mm da
polpa. Os ácidos utilizados na composição são fracos e de alto peso molecular.
• Agentes condicionantes: em altas concentrações, por longos intervalos de tempo,
aumentam o potencial de graves reações pulpares aos produtos restauradores colocados
posteriormente.
• Adesivos: não parecem ser tóxicos, porém, os valores de inflamação encontrados são
abaixo da média.

Para que essas reações ocorram, existem vários tipos de variáveis a serem analisadas.
A influência da idade conta na forma da resposta pulpar, por exemplo, pacientes idosos tem
uma capacidade de defesa menor para combater uma lesão e resistir à infecção. Por isso e
outros fatores, a prevenção das reações pulpares contam com a aplicação de um forramento
de cavidade efetivo e adequado ou base; ou a vedação da dentina através do uso do sistema
de adesivos. O capeamento pulpar se dá pela aplicação de hidróxido de cálcio que causa uma
ação cáustica quando solubilizado induz a necrose superficial estimulando a formação de
dentina secundária.

A microinfiltração é uma infecção causada pela entrada de microrganismos na infiltração


marginal em torno na restauração e abaixo dela, criando uma ameaça à polpa muito maior do
que a toxicidade do material restaurador. Todavia, se a polpa não estiver inflamada, não
existirá razões para os procedimentos dentários causarem morte pulpar.

REFERÊNCIAS

ANUSAVICE, k.J. & PHILLIPS. Materiais Dentários, 11a Ed; Elsevier LTDA, 2005.
REIS, Alessandra; LOGUERCIO, Alessandro D.. Materiais Dentários Diretos Dos
Fundamentos à Aplicação Clínica. 1ª ed. Santos Editora, 2007.

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