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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

RELAÇÕES ENTRE AS METODOLOGIAS DE CARL ORFF E EMILE


DALCROZE

LUCAS DE OLIVEIRA CASAGRANDE

Nª9786831

Ribeirão Preto

2018
1. APRESENTAÇÃO

O ensino de música, em quase todos os lugares, tem um foco especial no aprendizado


infantil, cuja vantagem se espelha na capacidade das crianças realmente pequenas de
reacionarem tudo ao seu redor e a partir dessas relações e conexões, criar suas
personalidades e sua inteligência.

O alemão Carl Orff (1895-1982) e o austríaco Emile Dalcroze (1865-1950), foram


grandes nomes desse processo, e a principal semelhança entre esses dois grandes
professores foi um fator essencial nas artes, o fazer arte.

CARL ORFF

Orff nasce na Alemanha, filho de músicos e aprendeu piano e violoncelo sobre


orientações dos pais. Cantou no coral de sua escola e tocava cello na orquestra da
mesma, estudou dois anos na Academia de Música de Munique e teve uma completa
educação musical. Suas composições preliminares foram de total influência de figuras
como Mahler e Debussy, uma mistura entre o místico e o poderoso, a força bruta e a
força misteriosa. COmbnando sons e ruídos ao se espelhar na obra de Arnold
Schoenberg, seu universo musical aumenta de perspectiva. Foi mestre de capela em
dois lugares diferentes e suas composições sempre abusaram de uma boa e criativa
experimentação.

Mas, embora relevante, não é a composição de Orff que fica gravado na história,
principalmente porque sua peça mais conhecida, a grandiosa Carmina Burana – divisor
de águas em sua vida como compositor – é a única sobrevivente do compositor que
tenha valor musical equidistante com outros compositores de sua época. O grande
trabalho da vida de Orff é a educação musical para crinças.

Criador do termo “Música Elementar”, Orff descobriu as relações possíveis entre


música e dança, audição e movimento trabalhando juntos para o aprendizado de
ambos. Orff desenvolveu uma série de pequenos instrumentos de percussão que até
hoje podem ser comprados até mesmo no Brasil. Esses pequenos instrumentos de
percussão, como o xilofone, tambores, triângulos, pratos, maracas, entre outros
pequenos instrumentos, foram utilizados por Orff no desenvolvimento de seu Orff-
Schulwerk, ou “Obra Escolar”, com ajuda de seu amigo Gunild Keetman, também
músico e professor de dança.

A Orff-Schuwerk teve suas cinco edições lançadas entre 1950 e 1954, e no decorrer
desta obra, Orff procura ampliar os conceitos de linguagem, o canto, a prática
instrumental, o movimento e tudo isso de uma forma gradativa e totalmente de acordo
com o universo infantil.

EMILE DALCROZE

Começou os estudos de piano aos seis anos, e em 1875 se mudou para Suíça. Morou
lá o por mai alguns anos, tendo sido aceito no Conservatório de Música de Genebra e
em 1883 terminou seus estudos secundários tendo feito apresentações como ator em
representações teatrais do Conservatório. Depois, viaja pela Europa e África para
estudar teatro e se apresentar, passando por Paris, Argélia e Viena. Em 1891, volta à
Suíça em um convite para ocupar a cadeira de História da Música na Academia de
Música de Genebra. No ano seguinte foi colocado como professor de Solfejo e
Harmonia, e nisso, começas suas experiências que culminariam em seu método de
pedagogia musical.

Dalcroze frequentemente reclamava que os alunos possuíam um precário preparo


auditivo, o que dificultava ainda mais os exercícios passados em aula. Ele estava
completamente convicto de que havia uma falha grava no convencional método de
ensino. Esse método era tratar a mente do aluno como o único receptor de
conhecimento e informação possível, sendo que a mente e o corpo estão
constantemente passando informações entre si. Segundo ele, os alunos aprendiam
música de forma estéril, mecânica e materializada demais. Sua nova proposta era que
o aprendizado passasse por uma fase de experiência corporal.

Na primeira metade do século XX, a metodologia de Dalcroze já era eficazmente


preparada e articulada. Ele porpôs gradualmente um método que introduzisse a
experiência corporal nas atividades musicais, aonde o aprendizado acontecia pela
música e por meio dela. O elo corpo-mente estava criando uma nova forma de
aprendizado.

Essas inovadoras ideias foram rejeitadas pela equipe menos liberal de professores da
Academia, o que obrigou Dalcroze a abrir um estúdio próprio para continuar seus
experimentos. Em 1905, uma Assembleia Internacional de Educadores Musicais
reconheceu seu trabalho, e o ofereceu um estúdio na Alemanha. Ele aceita, mas tem
que sair de lá com o inicio da Grande Guerra (1914-1918). De volta à Genebra, suas
ideias são finalmente aceitas e compreendidas.

O sistema de educação musical era conhecido como Rythmique, ou Rítmica, que


significa o que quer dizer, ou seja, a criação, atravéz do ritmo, de uma corrente rápida
de comunicação constante e tênue entre mente e corpo, aonde o ritmo agora é uma
experiência corporal física, não somente uma métrica metódica.

2. DAS RELAÇÕES ENTRE OS EDUCADORES

Assim como no Ballet, as figuras retóricas, feitas pelo corpo, presentes favorecem a um
melhor relacionamento com a música ambiente, a dança e a música, ou somente o
movimento do corpo em relação à música é um bom passo para um melhor
desenvolvimento do aprendizado musical.

Existem duas semelhanças cruciais em Orff e Dalcroze. A primeira, é a clara


insatisfação de com os métodos convencionais de ensino de música, muito
mecanizados e sem muita imaginação. A solução de ambos para esse problema,
embora que à primeira vista não seja nem sequer parecida, possui uma semelhança
clara: o uso da imaginação. Desde criar novas experiências auditivas com instrumentos
de percussão, até transformar passos e movimentos simples em figuras retórias que
ajudam as crianças a entenderem música, a imaginação está sempre presente. Mas
este não é o fator determinante. Ainda existem em ambos os métodos muito mais do
que a reles loucura que se deixa levar uma criança com um instrumento em mãos.
Dalcroze possui toda uma lógica e uma linguagem específica para demonstrar seu
método, no Rythmiqye e na Instrumentação Orff, vemos o uso de suas ferramentas
utilizadas para o ensino musical que funcione de acordo com a mente infantil, que
dialogue com ela de maneira inteligente e interessante e que as crianças possam
aprender a usar seus corpos e suas mentes para aprenderem música.
REFERÊNCIAS BIBLIGRÁFICAS

https://www.terradamusica.com/carl-orff/

https://www.terradamusica.com/dalcroze/

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