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OBJETIVOS
I - INTRODUÇÃO
Uma unidade de queimados pode tratar adultos ou crianças ou ambos, portanto para
transferência deverá ser verificado as possibilidades de atendimento do CTQ.
A Sociedade Brasileira de Queimaduras orienta que após avaliação e estabilização inicial,
em um serviço de emergência, os pacientes que deverão ser transferidos para uma unidade
de queimados são aqueles que apresentarem:
Queimaduras de espessura parcial maiores que 10% da superfície corporal
total (SCT);
Queimaduras que atingem a face, as mãos, os pés, a genitália, o períneo e
grandes articulações;
Queimaduras de III grau em qualquer idade, > 2% na criança e > 5% no
adulto;
Queimaduras elétricas, inclusive queimaduras por raio;
Queimaduras químicas;
Lesões por inalação;
Queimaduras em pacientes com doenças pré-existentes que poderiam
complicar o tratamento, prolongar a recuperação ou afetar a mortalidade;
Qualquer paciente com queimaduras e trauma concomitante (tais como
fraturas, etc), nos quais a queimadura apresenta o maior risco de morbidade
ou mortalidade. Em casos em que o trauma apresenta o risco imediato, o
paciente deve ser primeiramente estabilizado num centro de trauma, antes
de ser transferido para uma unidade de queimados. O julgamento médico
será necessário em tais situações e deve estar de acordo como plano de
controle médico regional e os protocolos de triagem;
Hospitais sem pessoal qualificado e/ou equipamento para atendimento de
crianças queimadas, deverão fazer a transferência para um CTQ que atenda
a esta necessidade;
Pacientes queimados que necessitam atenção especial, tanto social,
emocional e/ou período de reabilitação prolongada como os casos
envolvendo suspeita de abuso infantil, agressões com substâncias, etc.
Uma vez tomada a decisão de transferir um paciente queimado é essencial que o paciente
esteja completamente estabilizado, antes do processo de transferência. Os princípios de
estabilização são executados durante a avaliação primária e secundária, da seguinte forma:
1. Suporte Respiratório
A via aérea superior deve ser avaliada devido a possíveis obstruções. Sinais de dificuldade
respiratória na via aérea inferior devem ser identificados.
As manifestações clínicas de queimaduras de vias aéreas são freqüentemente inaparentes
nas primeiras 24-36h após a lesão. Um importante edema de faringe pode se formar, sendo
necessário a entubação naso ou orotraqueal com ventilação mecânica.
Administrar oxigênio a 100%.
2. Suporte Circulatório
3. Gastrintestinal
Todos os pacientes devem estar em dieta oral zero até que a transferência tenha sido
realizada.
Uma sonda nasogástrica deve ser introduzida em todos os pacientes com queimaduras
maiores que 20% SCT.
5. Analgesia
A administração de qualquer analgésico, narcótico ou sedativo deve ser feita por via
endovenosa.As dosagens são dependentes das lesões co-existentes ou condições médicas
pré-existentes.
Uma queimadura severa causa mais ansiedade do que dor propriamente dita.
6. Imunização do Tétano
Avaliar o estado de imunização contra tétano é importantíssimo e não deve haver perda de
tempo.Caso haja algum retardamento desta imunização (quando necessário), deverá estar
especificamente anotado, assim a profilaxia não passará despercebida.
Em pacientes com imunização prévia completa, com última dose aplicada há mais de cinco
anos, administrar 0,5ml de Toxóide Tetânico.
Pacientes não imunizados, aplicar 250 UI de Gamaglobulina Hiperimune e 0,5ml de
Toxóide Tetânico.
7. Documentação
IV - PROCESSO DE TRANSFERÊNCIA
O contato entre médicos é essencial para assegurar que as necessidades do paciente sejam
garantidas através de cada aspecto da transferência. O médico transferidor deve
providenciar os dados demográficos e históricos como também os resultados de sua
avaliação primária e secundária.
Um acordo de transferência entre o hospital remetente e o centro de queimados é desejável
e deve incluir o comprometimento do centro em fornecer ao hospital remetente um apoio
apropriado. Indicadores de qualidade fornecerão instrução contínua sobre a estabilização e
tratamento de pacientes queimados.
O médico tem a responsabilidade de determinar os meios de transporte e as medidas de
estabilização necessárias. Esta decisão deverá ser tomada considerando-se a capacidade de
recursos da equipe de resgate, além de tempo-distância e o número de injúrias que a vítima
apresenta.
O transporte efetivo deve ser conduzido por uma equipe treinada em ressuscitação de
queimados.
Os veículos que poderão ser usados são:
V - RESUMO